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B) Estimativas de velocidades:

Considerando a intensidade da colisão e tudo o que foi examinado, os peritos passam a estimar
as velocidades em que os veículos envolvidos estavam animados no momento imediatamente anterior à
colisão, baseados no Princípio Físico da Conservação da Quantidade de Movimento, onde são
utilizados como variáveis de cálculo as massas dos veículos, os ângulos das trajetórias dos veículos
anteriormente e posteriormente ao acidente e os deslocamentos dos mesmos após a colisão, sendo
adotado o seguinte:
Coeficiente de atrito de rolamento do V-1 sobre o pavimento (µ) = 0,1
Coeficiente de atrito de arrastamento tombado do V-2 sobre o pavimento (µ) = 0,2
Massa do V-1 com o condutor (m1) = 937 + 70 = 1007 Kg
Massa do V-2 com o condutor (m2) = 1060 + 70 = 1130 Kg
Ângulo de entrada do V-1 (a1) = 0 grau (alinhado com a sua direção de deslocamento)
Ângulo de entrada do V-2 (a2) = 90 graus (perpendicular à direção do V-1)
Ângulo de saída do V-1 (b1) = 45 graus (desvio após colisão, em relação à trajetória original)
Ângulo de saída do V-2 (b2) = 45 graus (desvio após colisão, em relação à trajetória original)
Deslocamento do V-1 após a colisão (d1) = 10 metros (aproximadamente)
Deslocamento do V-2 após a colisão (d2) = 88 metros (medido)

As velocidades dos veículos após colidirem (u1 e u2) foram calculadas pela expressão
u = √(2 x µ x 9,8 x d)
resultando u1 (velocidade do V-1 após a colisão) = 4,4 m/s ou 15,9 Km/h
u2 (velocidade do V-2 após a colisão, transferida do V-1) = 18,6 m/s ou 66,9
Km/h

Finalmente, as velocidades anteriormente ao acidente:

Velocidade inicial do V-1


V1 = (u1 x sen (a2 - b1) + (m2 / m1) x u2 x sen (a2 – b2)) / sen (a2 – a1)

V1 = 24,0 m/s ou 86,3 Km/h

Velocidade inicial do V-2


V2 = ((m1 / m2) x u1 x sen (b1 – a1) + u2 x sen (b2 – a1)) / sen ( a2 – a1)

V2 = 2,8 m/s ou 10,0 Km/h

Os peritos consideraram os deslocamentos dos veículos após a colisão pelas marcas deixadas
pelo V-2 sobre a pista, assumindo como sendo os deslocamentos aproximados dos centros de massa
dos veículos, e consideraram que o V-1 se deslocou em rolamento livre sem frenagem por cerca de 10
metros, em razão de que o veículo não foi encontrado em sua posição final de repouso, o que é uma
estimativa conservadora pois qualquer deslocamento superior a este aumentará o resultado do cálculo
de velocidade anterior à colisão. Exemplificando: Se o deslocamento considerado fosse zero, ou seja,
se toda a energia cinética do V-1 fosse transferida para o V-2, a velocidade inicial obtida seria de 75
Km/h. Se o deslocamento adotado fosse 50 metros, a velocidade obtida seria 100 Km/h. Finalmente o
modelo considerou que o V-2 se deslocou tombado, apoiado lateralmente, por todo o trecho
compreendido entre o sítio da colisão e sua posição final de repouso. Portanto, os resultados obtidos
estimam conservadoramente as velocidades efetivamente desenvolvidas pelos veículos no acidente,
sobretudo do veículo V-1, por ter sido o principal elemento fornecedor da energia cinética total do
sistema (colisão do V-1 contra o V-2), porém são aproximações razoáveis para dar idéia da dinâmica
do acidente.

IV – ANÁLISE TÉCNICA
Em vista das condições do local, disciplinamento do trânsito, vestígios materiais quanto à
natureza (principalmente avarias e marcas), disposição, alinhamento, intensidade, continuidade e
reciprocidade, e posições finais de repouso dos veículos, os Peritos Criminais entendem que a dinâmica
do evento ocorreu quando o veículo V-2 (Vitara) trafegava, por seu condutor, pela rua Tal XXXX,
quando derivou à direita e foi atingido na sua região lateral direita pela região frontal do veículo V-1
(206), que trafegava, por seu condutor, pela mesma via, quando teve o seu sentido de marcha
obstaculado pela presença do V-2, não ficando evidente ter havido tentativa de reação diante da colisão
iminente pelos condutores, nas formas de marcas de frenagens ou manobra evasiva. Após a colisão,
quando os veículos experimentaram súbitas variações de velocidades, o veículo V-1 sofreu uma intensa
desaceleração, deu um giro no sentido horário e se deslocou por um espaço não determinado em
movimento livre, sem a ação do motor ou sistema de freios, e estacionou em local posterior a sua
posição natural de repouso, sem que o sistema air-bag tivesse sido acionado, enquanto que o V-2, ao
ser atingido, tombou lateralmente e arrastou sobre a via até a posição de repouso final, seguindo ambos
em trajetória oblíqua, em cerca de 45 graus à direita da direção de marcha do V-1. Quanto ao V-2, a
despeito de possuir maior massa do que o V-1, a sua direção de movimento após a colisão foi
totalmente subjugada pela direção do V-1, movimentando-se em rotação de cerca de 45 graus e por
translação de cerca de 88 metros até o repouso (em linha reta).
Do exposto deduz-se que o veículo V-1 possuía uma quantidade de movimento expressivamente
superior à do V-2, portanto o V-1 trafegava em velocidade muito superior à velocidade do V-2,
permitindo aos peritos estimarem que o V-1 trafegava em velocidade aproximada de 86 Km/h, o que
deveria ter sido suficiente para acionar o sistema de air-bag, enquanto que o V-2 trafegava em
velocidade em torno de 10 Km/h.

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