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Erick Corrêa e Gustavo Kraemer unem-se à coletivo de Artistas em disco de estréia

A parceria entre os compositores Erick Corrêa, 32, e Gustavo Kraemer, 26, nasceu
através da música: os dois aproximaram-se ao ajudar a fundar o coletivo de músicos
“EntreAutores”, na cidade de Santa Maria, em meados de 2013.

De lá para cá, as vivências da dupla no cotidiano resultaram em diversos frutos


musicais. O cotidiano, justamente, é um dos principais temas na lírica de Erick
Corrêa, que traduz neste disco de estréia - com letras diretas e linguagem informal -
os preços e promoções da feira, a resistência quebrada do chuveiro, o chinelo de dedo
arrebentado pelo tempo e os cartazes de tarólogas nos postes da rua.

Não à toa, Erick é atualmente o detentor do troféu de música mais popular por voto
do público da última edição da Moenda da Canção, realizada em 2019, sendo um dos
compositores da ganhadora “Deli, Cadê Zazá?”.

Gustavo Kraemer, assina a produção musical do trabalho, tendo escrito os arranjos de


cordas e sopros do disco – que conta com Sax Tenor/Alto/Soprano, Clarinete, Flautas,
Violino e Acordeom - além de figurar como compositor e instrumentista (Piano,
Rhodes, Guitarra, Violão, Voz) em grande parte das faixas.

Somam-se à dupla um verdadeiro coletivo de artistas: Jordana Henriques, Ricardo


Borges, Paola Matos, Pedro Borghetti, Paola Kirst, Wagner Lagermann, Cabo Déco
(Rafael Ovídio), Pirisca Grecco, Lutiano Nascimento, Yuri ML, Alexandre Brandt e
Lara Monteiro são intérpretes e musicistas que ajudaram a materializar a obra
completa, gerando um trabalho diversificado, rico em influências e sotaques.

Destaca-se à atuação de Lucas Fê (KIAI grupo) na bateria e Daniel Horn, que gravou
todos os instrumentos de sopro, ajudando a dar a coesão e fluência para a sequência
de faixas.

A captação sonora de cada camada do trabalho dividiu-se entre as cidades do Rio de


Janeiro, Porto Alegre, Santa Maria e Uruguaiana, tendo sido mixado e masterizado
pelas mãos atentas de Wagner Lagemann, na Pedra Redonda, sede do coletivo
homônimo que vêm se destacando na nova cena sulista por distribuir trabalhos de
qualidade.

O disco “CARONEIRO” acabou tendo que ser dividido ao meio para ter seu
lançamento garantido nesse primeiro semestre, devido à paralisação geral de
quarentena que impediu a finalização de outras faixas do trabalho. O mote do nome,
escolhido no período inicial de gravações – em julho do ano passado – tem como
tema a “Valsa Caroneira”, uma das faixas que compõe o álbum completo.
A referida canção foi composta inicialmente como forma de distração enquanto a
dupla pedia carona de mochila na beira de uma rodovia de Santa Catarina, junto com
os músicos Lutiano Nascimento e Ricardo Borges, em 2016. O poema narra, de uma
maneira lúdica, a história real da viagem como reflexão sobre a efemeridade do
contato breve entre motorista e caroneiros, pessoas que se ajudam e acabam por
nunca mais se encontrar no caminho, pela simples natureza impermanente do
movimento da vida.

“CARONEIRO vol.I”, ou como os compositores carinhosamente apelidaram,


“CARONEIRO de ida” é composto por 5 faixas. “Manga Rosa” é a abertura
instrumental do trabalho, que flerta pelo candombe e a música andina com uma
energia forte, empregando movimento. “Cigana Bianca”, interpretada por Paola
Matos e Erick Corrêa com participação de Ricardo Borges (guitarra) e Alexandre
Brandt (baixo) , narra a história verídica da Cigana que alugava a casa do lado de
Erick em Santa Maria, que ao abandonar a sua residência deixou sua placa de serviço
(“CIGANA BIANCA, com forte poderes”) e sua mesa posta na sala com o baralho,
as velas e os santos. “Banho de Gato” é a história cômica e cotidiana de um chuveiro
com a resistência quebrada, funk interpretado por Jordana Henriques em potência
máxima. “Cabo Polônio” é o ponto alto de orquestração do disco, inspirado pela
natureza idílica da reserva natural uruguaia. “Do Interior” fecha o trabalho com a voz
e violão de Erick, em um silêncio que contribui para a lírica do poema, que reflete
sobre o choro incessante de um bebê na viagem de ônibus do interior para a capital.

“CARONEIRO vol.I”, com seus climas diversos, é uma convite ao ouvinte para ser o
Caroneiro nessa viagem por paisagens sonoras, conduzido pela musicalidade das
canções de Erick e Gustavo e todo o grupo artístico que os acompanham neste
trabalho.

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