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melhoramento
FACULDADE DE MEDICINA
FACULDADE DE MEDICINA
Dissertação apresentada como parte dos requisitos para a obtensão do grau de Mestre em Saúde
Púbica
Elaborado por:
Supervisor:
I. RESUMO
As escolas constituem um importante espaço para a promoção da Saúde, uma vez que alcançam
mais de um bilião de crianças em todo mundo, através destas os funcionários das escolas, as
famílias e a comunidade no seu todo.
A Saúde Escolar (SE) integra várias componentes interligadas de entre as quais se destacam: (i)
a educação para fortalecer a auto-estima e a capacidade das crianças, adolescentes e jovens para
adoptar hábitos e estilos de vida saudáveis; (ii) a promoção da saúde do aluno, professor e
trabalhadores da escola; (iii) os serviços de saúde e nutrição; (iv) educação física; (v) recreação,
desportos e outras actividades que contribuam para o desenvolvimento humano integral.
Das poucas pesquisas feitas em Moçambique sobre a SE, nenhuma dedicou-se à análise do
sistema de M&A das intervenções, papel de um plano de M&A e importância do envolvimento
dos intervenientes chaves na definição de indicadores, principais sucessos e desafios.
Esta pesquisa-acção teve como objectivo geral o seguinte: Avaliar as condições do actual sistema
de M&A para o programa de SE implementado pelo MISAU e MINED e propor melhoramento.
O Estudo envolveu 145 participantes entre alunos, membros do Conselho da Escola (CE),
professores e técnicos de SE nas escolas e US, directores das escolas, responsáveis de SE nos
Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT), Serviços Distritais de Saúde,
Mulher e Acção Social (SDSMAS), directores dos SDSMAS, SDEJT, responsáveis de SE nas
Direcções Provinciais de Educação e Cultura (DPEC), Direcção Provincial de Saúde (DPS),
Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham na SE, técnicos de SE no MINED e
MISAU. Seis escolas foram visitadas nas províncias de Gaza, Zambézia e Nampula
representando as regiões Sul, Centro e Norte de Moçambique.
actividade. Como resultado não se registam horas extraordinárias, não havendo qualquer
compensação, o que de certa forma desmotiva o seu pleno desempenho;
O levantamento estatísco anual realizado pelo MINED, a 3 de Março de cada ano, não inclui
dados sobre o saneamento do meio (número de latrinas funcionais separadas para meninas e
meninos, bem como fontes de água funcionais na escola), apesar de ser um indicador muito
importante para a retenção da rapariga na escola.
As crianças desempenham um papel muito importante nas intervenções de SE ao nível da
turma, da escola e da comunidade mas não existe nenhum instrumento que elas podem usar
para a M&A das actividades desenvolvidas.
Os fundos do Apoio Directo às Escolas (ADE) têm contribuído para o melhor desempenho
das intervenções de SE em duas das 6 escolas visitadas. Porém, os recursos financeiros e
materiais alocados para as intervenções de SE e respectiva M&A são inadequados para as
reais necessidades desde o nível da escola, Zona de Influência Pedagógica (ZIP), distrital,
provincial e central.
Com base nos vários aspectos analisados e nas conclusões tiradas, as seguintes recomendações
são feitas:
Incluir a cadeira ou módulo de SE, incluindo a M&A, nas instituições de formação dos
professores e dos técnicos de Saúde.
Elaborar instrumentos de M&A de SE a serem usados pelos alunos para as intervenções que
desenvolvem ao nível da turma, escola e comunidade circumvizinha da escola;
II. ABSTRACT
Schools are an important space for health promotion, given the fact that they reach more than
one billion of children around the world as well as school workers, caregivers and the whole
community.
School Health (SH) is composed by various interlinked components including: (i) education for
building children, adolescents and youth self-steam in order to adopt health practices and life
styles; (ii) Students, teachers and school workers health promotion; (iii) health and nutrition
services; (iv) physical education; (v) recreation, sports and other activities that contribute for
integral human development.
The Ministry of Health (MoH) and the Ministry of Education (MoE) in Mozambique signed an
memorandum of understanding (MoU) for promotion of adolescent and school age children´s
health, in 2001, which was updated in 2009, however, research finds that many schools in
Mozambique do not implement SH in consistency with existing strategies, plans and guidelines.
In 2007, only 8% of children (325727 out of 4093423 school age children) were submitted to
general medical examination for early detection of diseases. The number of children submitted to
medical examination varied drastically from one province to other, for example Niassa examined
102792 while Nampula examined 700.
Existence of non-effective monitoring and evaluation (M&E) system that would provide
necessary information for planning, implementation, decision making on resource allocation and
distribution, is one of the reasons for ineffective implementation of SH program in Mozambique.
Out of the few research done in Mozambique on SH, none was dedicated to analyses of the M&E
system for SH interventions, the role of a M&E framework and importance of key actors in
identification of indicators, tools, challenges and main success.
The main objective of this Action-Research study was to evaluate the current conditions of the
M&E system of SH program implemented by the MoH and the MoE and propose improvements.
A total of 145 students, members of school council (SC), focal points for SH at school, HF,
district, provincial and central levels, school headmasters, Directors of Education and Health
Services, representatives of Non Government Organizations (ONGs) that work on school health,
head of SH departments at MoE and MoH. Six schools were visited in Gaza, Zambézia and
Nampula provinces, representing the South, Centre and North regions of Mozambique.
The M&E tools for SH Program developed in 2012, does focus on monitoring, leaving the
evaluation component without standardized tools. The focus on monitoring tools, instead of
evaluation might be due to the lack of an M&E Plan for the SH Program;
The development of an M&E Plan for SH Program can contribute for timely and good
quality data collection, producing information for decision making that leads to effective
implementation of SH Program;
Teachers and health technicians who are focal points for SH Program play a pivotal role for
the success of the SH interventions but there is no an indicator related to number of hours
they dedicate per week for SH activities. As result, there is no registration of extraordinary
hours for further compensation, leading to certain level of motivation, with consequences of
low performance;
The annual statistical survey undertaken by the MoE (March 3 rd) does not include data related
to water and sanitation (number of functioning latrines for girls and boys, number of
functional sources of water), although, it is a very important for retention of girls at school;
Children play an important in the SH interventions at the classroom, school and the
community bur there is no any tool that they can use for M&E of the activities that are
developing;
The Direct Support to School Fund (ADE) has contributed to better performance of SH
interventions in two out of the six schools visited. However, the financial and material
resources allocated for SH and its M&E are inadequate for the real need from school, the
Influencial Pedagogic Zone, district. Provincial and central levels;
There is low involvement of private sector in the promotion of SH interventions and its
respective M&E. Only one out of the 145 interviewers listed private sector as key player on
SH interventions and its M&A.
Based on research findings, analyses and conclusions, the following recommendations are made:
Inclusion of a training module on SH and its M&E in the teachers and health technicians
training institutions;
Review of the current indicators and tools of M&A that are focused on monitoring to
include those related to evaluation in a standardized manner as well as budgeting for the
M&E of SH Program interventions;
Development of a M&E Plan for SH Program implemented by MISAU and MINED that
would facilitate timely and good quality information for decision making for effective
implementation of the program. A reference framework for M&E of SH Program is
presented in this action-research;
Development of M&E tools to be used by students for SH intervention they perform at their
class room, school and school surrounding communities;
Key words: School Health Program; Monitoring and Evaluation System, Data, information,
monitoring and evaluation tools, Indicators and Reference framework for monitoring and
evaluation
III. DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, fruto de colheita e análise de
dados na área objecto de estudo, revisão bibliográfica e discussões com personalidades
tecnicamente competentes nos assuntos de Saúde Escolar.
--------------------------------------------------
IV. DEDICATÓRIA
Dedico esta tese `a memória do meu pai-Xavier Massingue, à minha mãe-Aulina Vilanculos pela
sábia orientação educacional dos seus filhos. Ao meu irmão mais velho- Reginaldo Massingue
por ter acreditado e apostado na minha Educação. Aos meus filhos- Jovial, Lúcia, Pérola; minha
sobrinha Sofia, meu cunhado Joseldo e à minha esposa-Brígida pelo encorajamento e
compreensão à minha missão académica, nas diferentes fases desta pesquisa.
V. AGRADECIMENTOS
O meu supervisor, Professor Doutor Baltazar Chilundo pelo seu incansável apoio e orientação
nas diferentes fases deste trabalho;
Aos alunos, membros dos Conselhos de Escolas, professores, directores de Escola, técnicos de
Saúde e de Educação responsáveis pela SE no distrito de Manhiça (EPC da Maragra), Província
de Maputo, pela colaboração na fase Piloto da pesquisa.
Aos alunos, membros dos Conselhos de Escolas, professores, directores de Escola, técnicos de
Saúde e de Educação responsáveis pela SE em Morrumbala (EP1 de Gera, CS de Pinda, EPC
Samora Machel), Nacala a Velha (EP1 de Niviria, EPC Josina Machel) e Chibuto e à Save the
Children Internacional em Moçambique (Baslucas Nhar, Mengos Nazaré, Celso Pereira, Galo
Mugaua, Arnaldo Sitóe) pela colaboração, apoio e compreensão nas fases de colheita de dados e
comentários da versão inicial;
Ao Dr Alfredo Zunguze (geógrafo) pelo apoio na elaboração dos mapas dos distritos abrangidos
pela pesquisa.
À minha família, amigos e Save the Children Internacional em Moçambique (Dra Lesley Holst,
Valério Zango) pelo apoio, carinho e compreensão durante a realização deste trabalho.
VI. Indice
No Título Página
I Introdução 1
II Revisão da literatura e quadro conceptual 10
No Título Página
No Título Página
Abreviatura Significado
CE Conselho de Escola
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA
DNSP Direcção Nacional de Saúde Pública
em língua inglesa)
SDEJT Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia
SDSMAS Serviços Distritais de Saúde, Mulher e da Acção Social
SE Saúde Escolar
SIDA Sindrome de Imunodeficiência Adquirida
SNS Sistema Nacional de Saúde
UEM Universidade Eduardo Mondlane
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância (sigla em língua
inglesa)
US Unidade Sanitária
USAID Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional
WHO Organização Mundial de Saúde (sigla em língua inglesa)
ZIP Zona de Influência Pedagógica
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
As escolas constituem um importante espaço para a promoção da Saúde, uma vez que alcançam
mais de um bilião de crianças em todo mundo, através destes, os funcionários das escolas, as
famílias e a comunidade no seu todo (Kwan et al., 2005). Com base nos princípios orientadores
da carta de Ottawa sobre a promoção de saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou
em 1995 a iniciativa global de saúde escolar (OMS, 1999). Esta iniciativa visa estimular as
escolas como promotoras de saúde que procuram mobilizar e fortalecer a promoção de saúde e
actividades educacionais para melhorar a saúde dos alunos, funcionários da escola, famílias e a
comunidade (WHO, 1998 e OMS, 2003).
A Saúde Escolar (SE) integra várias componentes interligadas de entre as quais se destacam: (i)
a educação para fortalecer a auto-estima e a capacidade das crianças, adolescentes e jovens para
adoptar hábitos e estilos de vida saudáveis; (ii) a promoção da saúde do aluno, professor e
trabalhadores da escola; (iii) os serviços de saúde e nutrição; (iv) educação física; (v) recreação,
desportos e outras actividades que contribuam para o desenvolvimento humano integral
(Yoshimura et al., 2009; Lee et al., 2005).
documentos para a operacionalização deste acordo, entre os quais: (i) Estratégia de SE (MISAU
e UNICEF, 2001); (ii) Documento de orientação sobre SE (MISAU e MINED, 2009); (iii)
instrumentos de recolha de dados. Embora o documento de orientação sobre SE, contenha a
proposta dos 11 indicadores, nota-se a ausência de um plano de Monitoria e Avaliação (M&A)
que possa facultar a informação necessária para a tomada de decisões no desenvolvimento do
programa de SE. Esses indicadores enquadram-se nas 5 categorias de desenvolvidas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), excepto a categoria relativa à habilidades de
aprendizagem, frequência e resultados da aprendizagem (WHO, 1996).
O presente trabalho de pesquisa resulta da constatação de que grande parte das escolas em
Moçambique não implementa com consistência as acções de SE segundo as estratégias, planos e
guiões orientadores existentes no País (Cossa, 2009). Entre as razões do fracasso da
implementação efectiva da promoção de SE pode-se incluir a existência de um sistema de M&A
não efectivo (SADC, 2006). Um sistema efectivo de M&A estimula uma aprendizagem contínua
dos intervenientes na implementação de programas de desenvolvimento ou de assistência
humanitária (emergência). Ele faculta a informação necessária para os processos de planificação,
tomada de decisões sobre a alocação e distribuição de recursos (WHO, 2010). Esta planificação e
tomada de decisões visam melhorar processos de períodos anteriores e são baseados nas
evidências documentadas através de um sistema efectivo de M&A. O desenvolvimento de um
sistema efectivo de M&A passa pela definição de indicadores que (i) fornecem dados úteis com
valor acrescentado, (ii) estejam enquadrados nos programas em desenvolvimento; (iii) facilitam
conhecimento e compreensão sobre como o programa é implementado; (iv) são desenvolvidos
com o envolvimento dos principais actores e (v) representam as cinco dimensões dos programas
de SE (Leger, 2000).
Em 2007, apenas 8% dos alunos (325.727 num total de 4.093.423 matriculados) foram
submetidos a exames gerais de saúde nas escolas do País, para a detecção precoce de doenças. O
número de alunos examinados variou drasticamente de uma província para a outra, por exemplo
a provincia do Niassa examinou 102.792 e Nampula apenas 700. Dos alunos examinados, em
todo País, cerca de 10% foram detectados com problemas de Saúde (31.595), sendo que 42.102
foram transferidos para atendimento na unidade sanitária (US). Dos 292.574 alunos examinados
em Saúde oral, (9%) 26.549 apresentaram problemas, enquanto que dos 244.083 examinados à
saúde ocular (1%) 2.547 apresentaram problemas. Quanto à saúde mental, dos 243.592
examinados, (3%) 6.851 apresentaram problemas (MISAU, 2007).
Com base nstes dados, obtidos na fonte do MISAU, nota-se a magnitude dos problemas de Saúde
nas crianças e adolescentes matriculadas nas escolas do País, em 2007. Todavia, uma leitura
atenta dos mesmos mostra uma inconsistência, pois, o número de alunos transferidos à US é
maior que o número dos que foram detectados com problemas de saúde, em algumas províncias.
Em 2005, cerca de 70% das 9806 escolas do ensino primário que existiam em Moçambique, não
possuíam água, nem sistemas de saneamento. Além disso, a maioria das escolas também não
possuíam programas ou serviços de saúde (UNICEF, 2006).
Borge et al., (2008) constatou que há uma grande lacuna entre os guiões nacionais e
internacionais para a promoção de SE e as práticas correntes dos funcionários de saúde. A falta
de clareza dos guiões oficiais aliada à falta de uma formação adequada e contínua na área de
serviços de SE pode levar à implementação deficiente dessas intervenções.
Cossa (2009), constatou, por exemplo, que nas escolas avaliadas no distrito de Matola, província
de Maputo, não existem comissões de SE; nota-se uma clara ausência de muitos intervenientes
no processo de implementação da estratégia de SE. Esta ausência pode estar aliada à limitação da
percepção do papel que cada um dos intervenientes desempenha no processo de M&A.
por parte dos diferentes intervenientes no programa. A falta de um plano de M&A aliado à
limitada capacidade humana e institucional dos vários intervenientes bem como a falta de
consenso na estratégia de recolha de dados, verificação dos mesmos para assegurar a qualidade é
outro desafio importante (SADC, 2006).
Embora esforços estejam sendo feitos para monitoria das actividades, ainda não existem
instrumentos padronizados de recolha de dados a todos os níveis, que facilitem as equipas de
supervisão o acompanhamento da implementação das acções de SE durante as visitas de
supervisão pedagógica, nem a agregação desses dados de modo a acompanhar o desempenho do
programa no país e facilitar o processo de monitoria. A falta de um sistema padronizado, de
recolha e análise de informação sobre a SE a todos os níveis, não permite visualizar a magnitude
dos problemas de saúde na comunidade escolar no país (MINED, 2010).
A M&A é uma componente importante nas intervenções de desenvolvimento que quando não for
devidamente abordada leva a insucesso das iniciativas desenvolvidas. Das poucas pesquisas
feitas em Moçambique sobre a SE, nenhuma dedicou-se à análise do sistema de M&A das
intervenções, papel de um plano de M&A e importância do envolvimento dos intervenientes
chaves na definição de indicadores, principais sucessos e desafios.
1.2.1 Geral
1.3.1 Quais são as condições do actual sistema de M&A para o programa de SE implementado
pelo MISAU e MINED?
1.3.1.1 Qual é a percepção dos profissionais de Saúde e Educação bem como os alunos e
encarregados de Educação sobre a importância da M&A das intervenções de SE e do seu papel?
1.3.1.2 Que competências os profissionais da saúde e da educação bem como os alunos e
encarregados de educação possuem para monitorarem e avaliarem o programa de SE?
1.3.1.3 Quais são os indicadores que são usados para medir o desempenho do Programa de SE?
1.3.1.4 Que instrumentos são usados na M&A das intervenções da SE?
1.3.1.5 Quais são as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças do actual sistema de M&A das
intervenções de SE?
O autor do presente trabalho é colaborador, desde 2002 (11 anos), de uma organização não
governamental que luta pelos direitos da criança no mundo, a Save the Children, que em
Moçambique tem como uma das áreas de intervenção a SE. De 2002 a 2009 desempenhou as
funções de gestor de programas virados para a prevenção e mitigação do impacto de Virus da
Imunodeficiência Humana (HIV) e Sindrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) nas
crianças em cinco províncias do País, nomeadamente: Gaza, Manica, Nampula, Sofala e
Zambézia. De 2010 a 2012 desempenhou as funções de Coordenador de Participação da Criança
com enfoque na M&A dos programas, entre os quais, os de Saúde, Educação, Segurança
Alimentar e Nutrição. Actualmente, desempenha as funções de Gestor Sénior para os Programas
de Governação e Direitos da Criança, tendo como um dos princípios básicos a programação
Está convicto de que a sua contribuição através deste trabalho, pode levar `a melhoria do sistema
de M&A das intervenções de SE implementado pelo MISAU e MINED. Um plano de M&A que
guie o fornecimento de dados completos, correctos, consistentes e atempados contribui para a
produção de uma informação oportuna para facilitar processos de planificação e tomada de
decisões sobre alocação e distribuição de recursos necessários para o alcance dos objectivos do
programa de SE.
Esta tese é composta por sete capítulos. No Capítulo I, apresentamos o domínio do problema e
justificação do estudo, os objectivos, as questões de estudo, motivação individual e resultados
esperados.
O Capítulo II, revisão da literatura e quadro conceptual, focaliza nas principais definições, como
a de Saúde, Saúde Escolar, sistema de informação em Saúde, monitoria e avaliação, plano de
monitoria e avaliação. Descreve as principais intervenções de Saúde Escolar e sua respectiva
monitoria e avaliação. As principais boas práticas e lições aprendidas na monitoria e avaliação da
Saúde Escolar em Moçambique são explanadas neste capítulo.
No Capítulo V, faz-se a discussão dos resultados comparando-os com outros similares descritos
na literatura nacional e internacional, bem como a análise baseada nas impressões do
investigador colhidas durante a realização do trabalho de campo. A primeira parte da discussão
de resultados é focalizada nas condições do actual sistema de M&A para o programa de SE
implementado pelo MISAU e MINED (subcategoria de Pesquisa). Na segunda parte é
CAPÍTULO II
A Saúde é definida como o estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, social,
espiritual e não apenas a ausência de doença (WHO, 1998). Em 1978, ocorreu em Alma -Ata
(ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), a “Conferência Internacional sobre Cuidados
Primários de Saúde”, na qual “a saúde foi definida como um direito humano fundamental, e que
o alcance do mais alto nível de saúde é a principal meta social, cuja realização requer o
envolvimento de outros sectores económicos e sociais como as escolas, além do sector da saúde”
(WHO, 1998; WHO, 1996).
A Escola Promotora da Saúde (EPS) que “traz uma nova visão nesta área (Iervolino, 2000),
resulta da fraca evidência do impacto positivo e a longo - termo de programas de “cariz vertical”
pois, considera que o desenvolvimento harmonioso da criança em idade escolar depende em
grande parte das condições ambientais, da alimentação e nutrição adequadas, das oportunidades
de aprendizagem de habilidades, da construção de conhecimentos e do acesso à recreação e às
condições de segurança que lhes são oferecidas (Pelicioni, 2000).
A EPS, tem como finalidades: (i) melhorar a saúde de toda a comunidade escolar; (ii) prevenir
doenças; (iii) manter um ambiente ecologicamente sustentável; (iv) promover a auto–estima; (v)
reduzir gastos em saúde (cura de doenças preveníveis) e, (vi) monitorar e avaliar a eficácia das
suas acções (Moyés, 2000; Iervolino, 2000; MISAU e UNICEF, 2003; OPAS & OMS, 2003;
Shepherd, 2003; OPAS, 2003; Valadão, 2004).
Segundo o MISAU e UNICEF (2003), a promoção da saúde na escola representa uma estratégia
mediática entre as pessoas e o meio ambiente interligando a escola, o pessoal de saúde e a
comunidade sobre o que fazer para o bem estar da sua saúde.
A SE em Moçambique tem entre outras tarefas (MISAU e UNICEF, 2003): 1) vigiar e monitorar
as condições de segurança, higiene e saneamento do meio escolar, incluindo pátios, cantinas,
sanitários, água de consumo, equipamentos desportivos, dando especial atenção a eventual
necessidade de adequação dos edifícios e equipamentos às crianças com necessidades Educativas
Especiais; 2) garantir a existência de latrinas ou sanitários e água potável na escola; 3) facilitar a
preservação ou ajudar a criar um ambiente escolar e extra–escolar que dê a criança e ao
adolescente a segurança e o apoio de que necessita para crescer de forma harmoniosa e
equilibrada.
De acordo com esta estratégia, o sucesso do programa (MISAU e UNICEF, 2001) depende de
um compromisso entre todos os intervenientes, um compromisso nacional a todos os níveis, uma
capacidade institucional e uma ligação coerente entre o nível central, provincial, os distritos e as
escolas através de informação, apoio, coordenação e formação.
As acções do “pacote básico Mínimo de Saúde” de serviços de SE incluem: (i) a educação para
saúde com a finalidade de promover boas práticas saudáveis, o desenvolvimento psico-social e a
prevenção de acidentes na criança em idade escolar, bem como a participação na comunidade
escolar como mensageiro de boas práticas de hábitos de saúde à família e comunidade; (ii) a
vacinação Anti-Tetánica nas idades de ingresso na escola e nas meninas em idade fértil; (iii) a
melhoria das condições de saneamento do meio para reduzir a contaminação de doenças por falta
de higiene individual e a melhoria das condições dos sanitários, aterros sanitários, sistema de
remoção e tratamento do lixo e dejectos humanos, incluindo o abastecimento de água potável.
Muitas vezes os dados colhidos pelos trabalhadores de Saúde são de baixa qualidade e as
estatísticas dos serviços de Saúde são incompletas, o que dificulta o seu uso na monitoria de
desempenho ao nível nacional (Equity, 2000 citados por Damtew, 2005 e Sauerborn e Lippeveld
2000; Shrestha e Boadart, 2000).
Para além de se colher dados para constarem em relatórios, é importante que se dê retorno ao
nível da escola para informar o que pode levar a mudanças no processo de colheita de
informação (Campbell, 1997).
Segundo WHO (1998), a avaliação da promoção de saúde é o levantamento feito para saber até
que ponto as acções promoção de saúde atingiram um resultado válido. Este resultado tem a
vertente impacto individual procurando saber até que ponto as acções desenvolveram habilidades
dos indivíduos ou comunidades para exercerem o controlo sobre a sua saúde.
A segunda vertente deste resultado está relacionada com o processo, procurando saber se as
actividades de promoção de saúde são participativas, isto é, envolvendo todos os intervenientes;
interdisciplinares, envolvendo a perspectiva de variadas disciplinas; integradas em todas fases de
desenvolvimento e implementação das iniciativas; ajudam na capacitação de indivíduos,
comunidades, organizações e governo para abordarem problemas importantes de saúde.
Medidas ou variáveis quantitativas e ou qualitativas que são usadas para aferir o progresso em
relação às metas, objectivos, produtos, actividades ou padrões (PDC e Save the Children, 2008).
mostra a Tabela 1. Uma das áreas que precisa de melhorar é a existência de Plano de M&A para
o programa de SE.
implementação do Programa de SE
05 Inquérito Nacional anual sobre latrinas Não Não Não Sim Sim
funcionais (saneamento) em cada
escola
Fonte: Adaptado a partir de Haileamlak (2013); Bandre et al. (2007) e Brenner, et al. (2011)
É destacada a evolução que houve nos últimos anos dentro e fora de Moçambique do Programa
de SE e da sua respectiva M&A. Esta evolução incluiu a produção de documentos orientadores
como (i) o memorando de entendimento entre o MISAU e o MINED, (ii) a estratégia de SE, (iii)
o guião de orientação para a implementação da estratégia e as fichas de recolha de dados. Está
evidenciada a falta de um plano de M&A e uma base de dados única do programa.
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DO ESTUDO
3.1. Metodologia
Esta é uma pesquisa-acção (Elden and Chisholm, 1993) num estudo de caso interpretativo
(Washalam, 1993) com uma combinação descritiva. A pesquisa-acção é definida como se segue,
segundo Greenwood e Levin (1998), citados por Nhampossa (2005):
“Pesquisa social realizada por uma equipe composta por um profissional da pesquisa e
membros de uma organização ou comunidade procurando melhorar a sua situação. A pesquisa-
acção promove uma ampla participação no processo de pesquisa e apoio às acções que levam a
uma melhor satisfação dos intervenientes.”
De acordo com Yin (2009), este é um estudo de caso descritivo que permite ao investigador
obter uma caracterização holística e significativa dos eventos da vida real ao nível individual,
comportamento de pequenos grupos, processos organizacionais e de gestão. O desenho
descritivo serve para observar, registar, analisar, descrever e correlacionar factos ou fenómenos
(variáveis) sem fazer associação entre exposição e efeito (Duhamel e Fortini, 1999). É uma
pesquisa de carácter qualitativa, pois permite a imersão do pesquisador no contexto e a
perspectiva interpretativa na condução da pesquisa (Bradley, 1993). Porém, tem carácter
quantitativo, uma vez que somará dados numéricos obtidos da análise qualitativa. Assim, as duas
abordagens (qualitativa e quantitativa), se completam, proporcionando uma base contextual mais
rica para interpretação e validação dos resultados (Kaplan e Duchon, 1998).
As diferentes fases da pesquisa tiveram lugar em diferentes locais, como se descreve nos
parágrafos seguintes.
A colheita de dados sobre as condições do actual sistema de M&A foi feita junto aos principais
intervenientes em diferentes níveis. Os técnicos da área de SE dos Ministérios de Educação e de
Saúde bem como representantes dos parceiros foram directamente entrevistados pelo pesquisador
como informantes chaves. O mesmo aconteceu aos responsáveis de SE das províncias de Gaza,
Zambézia e Nampula e dos distritos de Chibuto, Morrumbala e Nacala a Velha, onde se
realizaram as entrevistas e discussões em grupo com os alunos, encarregados de Educação,
profissionais de educação e de Saúde e outros intervenientes ao nível local.
Ao nível das Direcção Provincial de Educação e Cultura (DPEC) e Direcção Provincial de Saúde
(DPS)-Manica, Sofala, Maputo Cidade e Maputo Província, os técnicos das áreas de SE bem
como representantes dos parceiros intervenientes foram directamente entrevistados ou
indirectamente através do envio das questões contidas no guião de entrevistas através de correio
electrónico ou fisico respondidas por eles. Antes do envio, o pesquisador contactou os técnicos
através da via telefónicas posteriormente enviou o guião de questões via e-mail. Os técnicos da
área de SE ao nível das outras Direcções Provinciais de Educação e Cultura (DPEC), de Saúde
(DPS) bem como representantes dos parceiros na área de Saúde Escolar foram directamente
(Sofala, Maputo, Cidade de Maputo, Manica) entrevistados ou indirectamente através do envio
das questões contidas no guião de entrevistas pelo correio electrónico ou fisico respondidas por
eles. O pesquisador fez chamadas telefónicas ou enviou e-mail para o aprofundamento das
questões onde tal necessidade se manifestou.
Obteve-se a perspectiva dos diferentes actores chaves do programa de SE ao nível local, nas três
regiões de Moçambique, nomeadamente, Sul, Centro e Norte. Escolhemos as seis escolas através
de uma amostragem aleatória. Todas as escolas dos três distritos acima referidos, tiveram a
mesma probabilidade de serem seleccionadas. Foram recortados todos nomes e dobrados em
forma de rifa, seguindo o sorteio aleatório de três escolas da área urbana e outras três da rural.
Tabela 2: Locais onde foi feita a colheita de dados ao nível das escolas e US
Figura 1: Nacala a Velha, um dos distritos onde foi feita a colheita de dados ao nível das escolas
e Unidade Sanitária (US)
Figura 2: Nacala a Velha, Morrumbala, Chibuto, três distritos, nas zonas Sul, Centro e Norte do
País, onde foi feita a colheita de dados ao nível das escolas e US
Nesta fase de Acção foram envolvidos os técnicos do MISAU e MINED na área de SE, baseados
na cidade de Maputo, membros do grupo de referência constituído para a elaboração de um
quadro de referência para um plano de M&A do programa de SE.
O esboço do quadro de referência para um plano de M&A do programa de SE foi partilhado com
os técnicos responsáveis de SE, ao nível das DPS e de DPEC, por via electrónica para as
contribuições destes antes da versão final que foi recomendada a sua aprovação pelo grupo de
referência do nível central. A partir do momento em que foi recomendada a aprovação pelo
grupo de referência, o Mestrando submeteu essa versão para aprovação ao Núcleo de
Coordenação do Mestrado em Saúde Pública, na Faculdade de Medicina da UEM para os
devidos efeitos académicos.
Revisão de documentos
A colecta de dados secundários foi realizada através da análise da literatura física e virtual
existente ao nível internacional bem como outra existente em Moçambique, de diversos tipos
como relatórios, manuais, guiões, artigos publicados em revistas científicas, brochuras sobre
politicas e programa de SE, estratégias de implementação, M&A, fichas de recolha de dados.
As entrevistas constituem ainda a forma mais comum e poderosa através da qual procuramos
entender, o ser humano, nosso semelhante (Denzin e Lincolin, 2003).
Os responsáveis de SE ao nível das DPEC bem como DPS foram solicitados por via electrónica
ou telefónica a darem as suas contribuições ao esboço do quadro de referência para um plano de
M&A tipo do programa de SE.
As discussões em grupo focais com os alunos e membros dos Conselhos de Escola (CE) tiveram
lugar em seis escolas dos distritos de Chibuto (província de Gaza, zona Sul do País),
Morrumbala (província de Zambézia, zona Centro do País), Nacala a Velha (província de
Nampula, zona Norte do País) sendo três na área rural e outras três na urbana.
Observação no campo
A observação no campo foi feita em seis escolas dos distritos de Chibuto (província de Gaza,
zona Sul do País), Morrumbala (província de Zambézia, zona Centro do País), Nacala a Velha
(província de Nampula, zona Norte do País) sendo três na área rural e outras três na urbana.
O guião das questões de entrevista e o da discussão em grupo (ver apendice I) foram testados na
EPC da Maragra, distrito de Manhiça, província de Maputo. Este teste serviu para detecção de
dúvidas que são levantadas pela forma como as questões são colocadas. A população da área de
testagem possui características semelhantes às da população do estudo. Portanto, foram
envolvidos na testagem 6 alunos, 6 encarregados de Educação, 2 professores(as), um director
pedagógico da Escola e um técnico de Saúde alocado na US mais próxima da EPC da Maragra.
Análise de dados
A participação no estudo foi voluntária. A indisponibilidade das pessoas para participarem foi
um factor limitante que tomamos em consideração. Para contornarmos este aspecto enviamos
informação introdutória aos potenciais participantes e onde fosse necessário orientamos sessões
de explicação sobre objectivos e importância de participação no mesmo.
Por outro lado, o carácter multisectorial das intervenções de SE colocou um desafio para avaliar
a efectividade do sistema de M&A (Inchley et al, 2006; Pommier, et al, 2010). Envidamos
esforços para fazermos face a este desafio através de aprofundamento das entrevistas semi-
estruturadas com informantes chaves. Procuramos manter uma comunicação aberta com os
membros do grupo de referência do nível central, estimulando assim, uma participação activa
destes.
A reduzida literatura em Moçambique sobre sistemas de M&A das intervenções de SE, foi uma
limitante importante da pesquisa. Recorremos à literatura existente ao nível internacional bem
como outra existente em Moçambique que ainda não foi publicada.
A parte de pesquisa deste trabalho observou os preceitos éticos que estabelecem normas e
directrizes para a realização da pesquisa com seres humanos, tendo em conta referências básicas
da bioética que asseguram direitos e deveres, no que diz respeito aos pesquisados e ao
pesquisador.
Enviamos uma carta convite aos potenciais participantes onde resumimos os objectivos da
pesquisa e a importância da participação dos principais intervenientes nas intervenções de SE.
Deixamos instruções claras sobre como confirmar a disponibilidade, incluindo os nossos
contactos para esclarecimento de dúvidas que pudessem surgir.
Esta pesquisa-acção foi composta por duas fases principais, nomeadamente: (i) análise das
condições do actual sistema de M&A para o programa de SE e (ii) elaboração de um quadro de
referência para um plano de M&A tipo do programa de SE.
Apresentamos a seguir a tabela 3, com as categorias que foram utilizadas na recolha de dados
bem como na análise dos mesmos.
Tabela 3: Categorias que foram utilizadas na colheita de dados bem como na análise dos mesmos
No Objectivos Específicos Categorias
01 Descrever as condições do Percepção sobre a importância da M&A das
actual sistema de M&A das intervenções de SE;
intervenções de SE desde o Formação e capacitação em M&A das
nível da escola até ao central; intervenções de SE onde participou–conteúdos,
duração e frequência;
Indicadores usados para monitorar o processo e
avaliar o impacto das intervenções desenvolvidas;
Dados recolhidos, formulários usados,
responsável pela recolha e compilação de dados,
frequência de recolha de dados, mecanismo de
control de qualidade, retroalimentação.
02 Identificar as forças, Satisfação ou insatisfação, ameaças e oportunidades em
oportunidades, fraquezas e relação a:
ameaças das práticas actuais a) Formação e capacitação em M&A do
de M&A do programa de SE; programa de SE–conteúdos, duração e
frequência;
b) Indicadores usados para medir o resultado e
impacto das intervenções desenvolvidas;
c) Dados recolhidos, formulários usados,
responsável pela recolha e compilação de
dados, frequência de recolha de dados,
mecanismo de control de qualidade,
retroalimentação.
03 Analisar os instrumentos Conhecimento e disponibilidade dos documentos
Antes da submissão da proposta desse quadro de referência para aprovação pelos Ministérios de
Saúde e de Educação, organizaram-se encontros de colheita de subsídios dos diferentes
intervenientes que participaram na fase de avaliação das condições do actual sistema de M&A do
programa de SE. A participação destes nesta fase de elaboração de um quadro de referência para
um plano de M&A do programa de SE reveste-se de crucial importância, pois para além de
darem as suas contribuições, ganharam o sentido de pertença deste instrumento.
Nesta fase de Acção foi necessário envolver os actores chaves desde o nível da província e
central em todas as fases de elaboração.
Uma das etapas fundamentais para assegurar a qualidade no processamento de dados qualitativos
é o trabalho em equipe, composta por pessoas de diferentes perspectivas. O envolvimento de
pessoas com diferentes perspectivas na análise de evidências de campo, é um dos cinco
elementos de qualidade de estudos de casos descritivos (Yin, 2009). Neste contexto, foi
constituido um grupo de referência do nível central para condução deste processo, composta por
representantes do MISAU, MINED e o autor deste trabalho, estudante da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM). Coube a este grupo, providenciar subsídios no processo de elaboração de um
quadro de referência para um plano de M&A do programa de SE. Tratando-se de uma pesquisa-
acção, o envolvimento dos responsáveis pela direcção estratégica do programa de SE no MISAU
e MINED, consolida as bases para a aplicabilidade dos resultados.
O grupo de referência reuniu-se uma vez em cada mês durante a elaboração do quadro de
referência para um plano de M&A do programa de SE.
Após a incorporação das contribuições dos principais intervenientes foi realizado um encontro
alargado aos outros actuais ou potenciais intervenientes no programa de SE afim de darem as
suas contribuições, validando assim, a proposta de um quadro de referência para um plano de
M&A a ser submetida às Direcções do MISAU e do MINED para aprovação.
Participantes na pesquisa
Trata-se de um estudo qualitativo e que a validade dos resultados dependeu do alcance da
saturação, nas diferentes categorias da população do estudo (Guest, Bunce and Johnson, 2006).
Usando uma amostragem por conveniência, envolvemos nesta pesquisa, 145 participantes, dos
quais 107 participaram nas doze discussões em grupo, 13 responderam na qualidade de
intervenientes principais, 25 na qualidade de informadores chaves. Não chegamos ao número
246 planificado inicialmente por termos atingido a saturação.
Os critérios de inclusão que foram usados nesta fase de pesquisa são os mesmos usados para a
constituição do grupo de referência para a efectivação deste trabalho, nomeadamente:
As DPS e DPEC de 9 das 11 províncias foram envolvidas nesta fase da pesquisa, dando as suas
contribuições por via electrónica, observando-se os seguintes critérios de inclusão:
- Ser parceiro do MINED e MISAU apoiando ou com potencial de apoiar intervenções na área de
SE.
CAPÍTULO IV
RESULTADOS
4.1 Carateristicas sócio-demográficas dos participantes na pesquisa
Começamos a apresentação dos resultados da pesquisa com uma caracterização sócio-
demográfica dos participantes na pesquisa. Dos 145 participantes, destacamos as seguintes
caracteristicas: 40% foram do sexo feminino, 31% membros dos conselhos de escolas, 44%
possuem idade inferior a 25 anos, 24% tinham o ensino médio ou superior concluído. A tabela 4,
abaixo, mostra as características sócio-demográficas dos participantes na pesquisa.
“Os dados colhidos facilitam na tomada de decisão quando fazemos nova planificação para
produzir novo impacto...”, Responsável de SE, numa US, Agosto de 2012
Ao nível central do MINED, tivemos evidência de inclusão de actividades de desparasitação na
zona norte do País, no Plano Económico e Social de 2013, como resultado da pesquisa
recentemente feita sobre prevalência de parasitoses na população estudantil.
Uma das preocupações que nos foi colocada sobre as capacitações, prende-se com o facto de os
professores capacitados serem transferidos, deixando lacunas nas escolas onde estavam afectos.
Porém, não existe uma base de dados sobre os professores e técnicos de saúde formados em SE,
que possa ser actualizada quando ocorre a transferência dos mesmos, permitindo que nos locais
de destino sejam adequadamente integrados nas acções de SE.
Não tivemos a evidência da inclusão de uma cadeira sobre SE e sua respectiva M&A nos
Institutos de Formação de Professores, nos das ciências de Saúde e nas instituições de formação
dos Educadores de Infância. O curso de Educadores de Infância da Faculdade de Ciências de
Educação e Psicologia da Universidade Pedagógica, possui uma cadeira sobre Saúde Infantil mas
com pobre abordagem sobre a M&A.
4.2.3 Os indicadores que são usados para medir o desempenho do Programa de Saúde
Escolar
Notamos que a maior parte dos indicadores de SE são de processo e de produto, faltando
indicadores de resultado e de impacto.
Uma das preocupações que nos foi colocada é o reduzido número de vezes que os técnicos de
saúde desenvolvem as actividades de SE nas escolas, especialmente as de educação para saúde
(palestras e debates). A presença dos técnicos de Saúde resume-se nas actividades de exame
geral, vacinação e desparasitação dos alunos, planificadas ao longo do ano. Por outro lado, os
professores responsáveis pela SE organizam e controlam actividades de limpeza escolar nos
períodos de manhã e à tarde mas sem terem direito ao registo de horas extraordinárias e
respectiva compensação.
Nos três distritos abrangidos pela pesquisa, os indicadores e instrumentos de M&A usados são
diferentes. Porém, em algumas províncias, tivemos evidência do uso de indicadores instrumentos
de M&A aprovados conjuntamente ao nível central pelos dois Ministérios (MISAU e MINED).
Os principais intervenientes do programa de SE ao nível do distrito e da escola, não foram
envolvidos no processo de elaboração dos indicadores e instrumentos do Programa, actualmente
em uso.
recursos próprios dos SDSMAS de Morrumbala e o que contou com o apoio dos parceiros de
cooperação, neste caso a Save the Children.
Constatamos que os instrumentos de reccolha e compilação da informação sobre SE, variam nos
três distritos visitados e nas diferentes províncias. Para fazer face a esta situação, o MISAU e o
MINED desenvolveram fichas padronizadas de recolha e compilação de dados, em 2012. Os
instrumentos elaborados em 2012, estão focalizados na monitoria, ficando a componente de
avaliação sem instrumentos padronizados.
No Programa de SE em Moçambique, não existe um plano de M&A. Por outro lado, não
encontramos nenhum instrumento que permite aferir o grau de satisfação das crianças que são
referidas às unidades sanitárias para tratamento, a partir de escola.
No sector de Saúde, o NED e o NEP fazem a verificação e control de dados recebidos numa base
mensal através de reuniões organizadas para este efeito ao nível distrital e provincial.
Anualmente, realiza-se uma reunião nacional dos principais intervenientes do programa de SE,
onde os dados a M&A são apresentados e discutidos para a partilha das boas práticas e correcção
dos desvios que estejam ocorrendo. Esta prática não se replica em todas as províncias e distritos.
Não tivemos evidência da existência de uma base de dados ao nível distrital e provincial com
dados actualizados sobre o desempenho do programa de SE.
Não tivemos evidência do uso dos meios de Comunicação Social na disseminação dos resultados
do Programa de SE em Moçambique para os principais intervenientes em todos os níveis.
matriculadas. Na tabela 5, abaixo, pode-se notar uma diferença muito maior entre professores
formados saúde oral numa província e o número de alunos abrangidos pelas actividades destes.
Por exemplo, em Nampula foram abrangidas 17 escolas, formados 35 professores e apenas
abrangidos 867 alunos, quando em Sofala com quase o mesmo número de professores, foram
abrangidas 25000 alunos. O número total de escolas abrangidas é de 164 quando um cálculo
atento confere 166.
03 Gaza 12 79 11497
05 Sofala 42 39 25000
06 Manica 2 83 2010
07 Tete 9 48 3174
09 Nampula 17 35 876
11 Niassa 15 0 8636
Nas escolas onde estão em uso os instrumentos de análise e interpretação de dados, constatamos
que nas reuniões mensais que se realizam, essas fichas não são analisadas com os principais
intervenientes ao nível da escola.
Constatamos uma alocação inadequada de recursos para a implementação efectiva do pacote das
acções do programa de SE e respectiva M&A a todos níveis. Há alocação de recursos para
acções como vacinação e visitas de monitoria do programa de SE. Os recursos alocados para a
M&A estão muito longe de satisfazer as necessidades, sobretudo ao nível do distrito.
Os recursos alocados para as avaliações periódicas do impacto do programa são reduzidos, o que
se traduz em muito poucas avaliações realizadas, tanto no MINED como no MISAU.
CAPÍTULO V
Para fazer face ao facto de os professores e técnicos de saúde capacitados serem transferidos,
deixando lacunas nas escolas onde estavam afectos, a existência de uma base de dados sobre os
professores e técnicos de Saúde formados em SE, que possa ser actualizada quando ocorre a
transferência dos mesmos, pode permitir que nos locais de destino sejam adequadamente
integrados nas acções de SE. Em 2007, Moçambique fazia parte de 42% dos Países da África
Austral e Oriental que não possuíam uma base de dados sobre professores capacitados em SE
(Bandre et al., 2007).
As visitas de monitoria que são realizadas devem ser usadas como oportunidade para a formação
contínua em M&A. Com a expansão do uso das tecnologias de informação e comunicação em
Moçambique, urge o desenvolvimento de pacotes de formação ONLINE em M&A de SE para os
técnicos de Saúde e Educação, responsáveis pela implementação do programa. Os cursos
ONLINE permitiriam uma formação contínua dos profissionais (MEASURE Evaluation, 2006;
Metler et al, 2008) responsáveis pela SE ao nível das escolas e das unidades sanitárias com
acesso à internet.
Os indicadores que são usados nos diferentes níveis estão enquadrados naqueles recomendados
na iniciativa FRESCO: focalizar recursos numa saúde escolar efectiva (World Bank, et al, 2000)
e na Estratégia de Promoção da Saúde e Prevenção de Doença na Comunidade Escolar (MINED,
2010) que preconizam intervenções em quatro componentes principais; (i) políticas de saúde nas
escolas, (ii) fornecimento de água potável e saneamento, (iii) educação para a saúde baseada em
habilidades e (iv) serviços de saúde e nutrição baseados na escola. A educação para a Saúde,
serviços de saúde e nutrição baseados na escola fazem parte das prioridades do Plano Nacional
de Acção para Criança (PNAC II) para o período 2013 a 2019 (RM, 2012).
Os indicadores de M&A usados actualmente devem ser revistos, uma vez que a maior parte são
de processo e de resultados, faltando indicadores de impacto.
Dada a importância das intervenções de SE, sugere-se a inclusão de um indicador sobre horas
dedicadas pelos técnicos de saúde e os professores envolvidos nas actividades de SE por semana
(MISAU, 2006). Outros indicadores propostos, incluem: (i) percentagem de aluno(a)s com
gravidez (menor de 18 anos), aluno(a)s com ITS, doenças preveníveis ou que consomem
estupefacientes (drogas) ou álcool; (ii) percentagem de escolas com condições adequadas de
segurança para os alunos; (iii) percentagem de escolas com plano anual elaborado e relatório
anual feito sobre actividades de SE; (iv) percentagem do orçamento do Sector da Educação e
Saúde alocado à SE desde o nível central, Provincial, Distrital, Escola e US; (v) percentagem
dos professores, técnicos de saúde, alunos e outros intervenientes capacitados no uso dos
instrumentos de M&A do programa de SE desde o nível da escola até ao central.
distrital pode fazer a diferença. A boa práctica constatada no distrito de Morrumbala, deve ser
replicada pelos outros distritos. A técnica responsável de SE ao nível dos SDSMAS é solicitada a
apresentar um informe trimestral nas reuniões do consultivo deste sector, reportando sobre os
indicadores de saúde escolar, factores do sucesso, limitações e recomendando acções para a
melhoria dos processos. Este informe é dividido em partes, mostrando o que foi feito com base
nos recursos próprios dos SDSMAS de Morrumbala e o que contou com o apoio dos parceiros de
cooperação, neste caso a Save the Children. Esta prática da liderança dos SDSMAS de
Morrumbala aumenta a responsabilização dos principais actores envolvidos nos programas de
SE.
Para fazer face à variação dos instrumentos de reccolha e compilação da informação sobre SE, o
MISAU e o MINED desenvolveram fichas padronizadas de recolha e compilação de dados, em
2012. A falta de instrumentos de M&A que as crianças podem usar ao nível da turma, escola e
comunidade pode fragilizar o papel que as crianças podem ter na M&A, contrariando o princípio
de participação da criança preconizado no FRESH (World Bank, et al., 2000; UNESCO, 2012):
“As crianças devem ser participantes importantes em todos aspectos dos programas de saúde
escolar e não serem simplesmente beneficiárias”;
“A participação da Criança deve ser parte integral de todas as actividades, desde a
planificação, implementação e avaliação de todas intervenções, no nível da escola, distrital,
provincial e national. É um princípio de trabalho que deve ser adoptado por todos
intervenientes (professores, provedores de cuidados de saúde, pais e membros da comunidade)”.
Os instrumentos e ferramentas de M&A acessíveis às Crianças como: (i) “Teia de Aranha” (Save
the Children, 2006), (ii) Potes e Feijões (Save the Children, 2012), Graffiti (Gibbs et al., 2002)
entre outros, podem ser adaptados pelo programa de SE em Moçambique.
Os métodos de avaliação qualitativa, incluindo o grau de satisfação das crianças que são
referidas às unidades sanitárias para tratamento, a partir de escola, podem ser usados para avaliar
a implementação ou processo de um programa, bem como, para determinar melhorias e
mudanças no mesmo (McDavid, 2005. GAO, 2005).
O levantamento estatístico anual realizado pelo MINED, a 3 de Março de cada ano, oferece uma
oportunidade de inclusão de dados sobre o saneamento do meio (número de latrinas funcionais
separadas para meninas e meninos). Este indicador do programa de SE é importante na
prevenção das doenças e na criação de um ambiente seguro para a retenção da rapariga na escola.
Contudo, dados deste indicador não constam no leque dos dados colhidos na estatística de 3 de
Março. Os dados a serem recolhidos sobre o saneamento do meio (número de latrinas funcionais
separadas para meninas e meninos) podem ser traduzidos num formato que facilite a partilha e
análise de informação, influenciando consequemente a mobilização e alocação de recursos nesta
componente do programa de SE, desde o nivel distrital, Municipal, Provincial e Nacional.
Um dos aspectos que pode contribuir para a agregação e análise de dados é o estabelecimento de
uma unidade de M&A ao nível central, provincial e distrital composta por técnicos dos dois
ministérios (ver figura 5, abaixo) que teria entre outras, a responsabilidade de apresentar um
relatório único anual sobre o desempenho do programa, nos indicadores básicos consensuais. O
estabelecimento de repositório de dados e informação, partilhado ao nível central, provincial e
distrital é um importante processo para a melhoria das práticas de partilha de informação,
permitindo a necessária alta qualidade de análise de dados (WHO, 2010).
Figura 5: Proposta de introdução de uma unidade de M&A para o programa de SE. Fonte:
Adpatado a partir de Piotti et al., 2006
Uma outra ameaça no actual sistama de M&A do Programa de SE é a falta de realização de uma
auditoria independente da qualidade de dados que conferia maior credibilidade aos mesmos. A
verificação/control de dados a todos os níveis no sistema de informação do programa de SE, visa
assegurar que os mesmos reflictam o que acontece no mundo real. Essa verificação, incide nas 7
dimensões de qualidade de dados (PEPFAR, 2007), como demonstrado na figura 6, abaixo:
QUALIDADE DE DADOS
“Gostariamos de ter fichas que nos permitem saber o número de famílias com copas para loiça,
cova para enterrar o lixo e latrinas na nossa comunidade”- Alunos na EP1 de Gera, distrito de
Morrumbala, Agosto de 2012.
Os outros indicadores a serem considerados, incluem: (i) percentagem de aluno(a)s com gravidez
(menor de 18 anos), ITS, doenças preveníveis ou que consomem estupefacientes (drogas) ou
álcool; (ii) percentagem de escolas com condições adequadas de segurança para os alunos; (iii)
percentagem de escolas com plano anual elaborado e relatório anual feito sobre actividades de
SE; (iv) percentagem do orçamento do Sector da Educação e Saúde alocado à SE desde o nível
central, Provincial, Distrital, Escola e US; (v) percentagem dos professores, técnicos de saúde,
alunos e outros intervenientes capacitados no uso dos instrumentos de M& A do programa de SE
desde o nível da escola até ao central. Instrumentos adequados para estes indicadores deverão ser
elaborados.
Este documento serve como um quadro de referência para um plano de M&A do Programa de
SE, implementado pelo MISAU e MINED em Moçambique.
Um plano de M&A consiste num documento formal que contém um conjunto de indicadores
consolidados, metas, cronologicamente ordenadas para as actividades, resultados e objectivos
que serão confrontados com as realizações num determinado período (Ministério do Turismo,
2007).
Este plano de M&A visa garantir o bom desempenho e sucesso do programa de Saúde Escolar
através da disponibilização regular da informação para ser usada pelos gestores do mesmo no
MISAU e MINED, desde o nível da escola/US até ao central.
Este quadro de referência para o plano de M&A do programa de SE foi concebido como parte
integrante da avaliação do estudante para a obtensão do grau de mestre em Saúde Pública, pela
Faculdde de Medicina da UEM. Pretende ser uma contribuição para a M&A das intervenções do
Programa de SE em Moçambique.
Para efeitos da sua elaboração, foi feita uma avaliação das condições actuais do sistema de M&A
no País, consultada a documentação básica do MISAU e MINED complementada com revisão da
bibliografia relevante. Foram igualmente auscultados os principais intervenientes na
Gabinete do Ministro
Gabinete do Ministro
1. Análise da situação
10. Revisão,
aprendizagem e 2. Decisão Sobre
melhoria das intervenções
intervenções
3. Plano do
9. Avaliação
Projecto
Ciclo de
Planificação
do Programa
8. de Saúde
Implementação
e monitoria dos
Escolar 4. Decisão sobre
indicadores indicadores
7. Adaptação
baseada nos 5. Estudo de base
resultados do para os indicadores
teste 6. Testagem da realizado antes da
intervenção/técnicas implementação
a serem usadas
Mais alunos, professores e funcionários da escola participam do processo de ensino-aprendizagem sem problemas de saúde
Mais alunos aprendem num ambiente escolar seguro e Aumenta a proporção de actores chave (alunos, professores, profissionais de
saudável saúde, comunidades, gestores dos sectores de educação e da saúde, parceiros)
que demonstra boas práticas de gestão do Programa de SE
Aumenta a proporção de alunos 3. Percentagem de alunos abrangidos Produto Proporção. Indicador calculado pelo nº de
abrangidos pelas actividades de pelas actividades de promoção de alunos abrangidos pelas actividades de
promoção de saúde (listar as saúde (listar as principais três promoção de saúde/nº total dos alunos.
actividades realizadas).
principais três actividades
realizadas).
Reduz o número de acidentes que Produto Número. Indicador calculado pelo número de
ocorrem na escola ou nos arredores 8. Número de acidentes que ocorrem acidentes que ocorrem na escola ou arredores
dela. na escola ou nos arredores dela. dela, num ano.
Resultado Intermédio 4:
Aumenta a proporção de alunos com problemas de saúde identificados, tratados e ou
referidos à US.
Resultado Intermédio 5:
Aumenta a proporção de alunos dos 6 aos 10 anos com exames médicos recomendados
pelo MISAU realizados.
Aumenta a proporção de escolas 15. Percentagem de escolas que Processo Proporção. Indicador calculado pelo nº de
que realizam uma reunião de realizam uma reunião de planificação escolas que realizam uma reunião de
planificação e uma de balanço das e uma de balanço das actividades de planificação e uma de balanço das actividades
SE. de SE, num ano/por área geográfica
actividades de SE.
(distrito/província/País).
Resultado Intermédio 7:
Aumenta a proporção de professores e técnicos de saúde formados em SE por
escola/US.
Designação Tipo Comentários
16. Percentagem de Produto Proporção. Indicador calculado pelo nº de
professores/técnicos de saúde professores/técnicos de saúde formados ou
Indicadores formados/capacitados em SE por capacitados em SE por escola/US, nos
escola/US, nos últimos 2 anos. últimos 2 anos/Nº total de professores ou
técnicos de saúde existentes na
escola/US/distrito/província/País.
Resultado Crítico Indicadores Tipo Comentários
Introduz-se nos Institutos de 17. Introdução nos Institutos de Processo Facto. Indicador verificado pela introdução
Formação de Professores e dos Formação de Professores e dos nos Institutos de Formação de Professores e
técnicos de Saúde a disciplina de técnicos de Saúde da disciplina de SE. dos técnicos de Saúde da disciplina de SE, até
2019.
SE.
Resultado Intermédio 8:
Inclui-se nos relatórios de balanço do MINED e MISAU desde o nível do distrito até ao
central, indicadores sobre a SE.
Indicadores Designação Tipo Comentários
18. Inclusão nos relatórios de balanço Processo Facto. Indicador verificado pela inclusão nos
do MINED e MISAU desde o nível do relatórios de balanço do MINED e MISAU
distrito até ao central, de indicadores desde o nível do distrito até ao central, de
5.4.3.5. Matriz de operacionalização do quadro de referência para o plano de M&A do programa de Saúde Escolar
Judas Xavier Massingue Page 72
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu melhoramento
Tabela 8: Matriz de operacionalização do quadro de referência para o plano de M&A do programa de SE em Moçambique
R.I.1 Reduz a proporção de aluna(o)s com gravidez (menor de 18 anos), ITS, doenças preveníveis ou que consomem estupefacientes
(drogas) ou álcool.
1. Percentagem de Definição: Este indicador seráAjuda-nos aFontes: IDS Valor de base
alunas com gravidez calculado pelo nº de alunas comverificar as (2013): .........................
(menor de 18 anos), gravidez (menor de 18 anos), ITS,mudanças deMétodos: Inquéritos aos ........
aluno(a)s com ITS, doenças preveníveis ou quecomportamento dosmeninos e meninas em
doenças preveníveis consomem estupefacientesaluno(a)s comoidade escolar nos seusDe 5 em 5Meta: 5% em relação
ou que consomem (drogas) ou álcool/nº total dosresultado do reforçoagregados familiares. anos ao valor de base.
estupefacientes aluno(a)s. das acções de
(drogas) ou álcool. educação eResponsável: INE
Unidade: Proporção promoção de Saúde
nas escolas.
Desagregado por: Escola, ZIP,
Urbano e Rural, distrito e
província.
R.C.1 Aumenta a proporção de alunos com habilidades que contribuam para o sucesso escolar através do reforço das acções de
educação e promoção da saúde (Ver a lista de verificação 3, apendice II).
R.C.1.1 Aumenta a proporção de alunos abrangidos pelas actividades de promoção de saúde (listar as principais três actividades
realizadas).
3. Percentagem de Definição: Este indicador seráAjuda-nos aFontes: Relatórios Valor de base
alunos abrangidos calculado pelo nº de alunosverificar atrimestrais das escolas,Anualmente (2013) ..........................
pelas actividades de abrangidos pelas actividades deabrangência dasdos SDEJT, SDSMAS, .......
promoção de saúde promoção de saúde (listar asactividades deDPEC e DPS
(listar as principais principais três actividadespromoção de saúde Meta: Aumento de 5%
três actividades realizadas)/nº total dos alunos. nas escolas. Métodos: Recolha de em relação ao valor de
realizadas). dados nas actividades de base.
Unidade: Proporção promoção de saúde,
realizadas nas escolas.
Desagregado por: Escola, ZIP,
Urbano e Rural, distrito e Responsável:
província. MINED/MISAU no nível
central.
R.I. 2. Aumenta a proporção de escolas com condições adequadas de higiene e saneamento para os alunos (Ver a lista de
verificação 1, apendice II).
4. Percentagem de Definição: Este indicador seráEste indicador Fontes: Relatórios Valor de base
escolas com condições calculado pelo nº de escolas comajuda verificação trimestrais das ZIPs, dosDe 6 em 6(2013): .........................
adequadas de higiene e condições adequadas de higienedas condições de SDEJT, SDSMAS,meses ........
saneamento para os e saneamento para os alunoshigiene e DPEC e DPS
alunos (Ver a lista de (Ver a lista de verificação 1,saneamento nas Meta: Aumento de 5%
verificação 1, em apendice II)/nº total de escolasescolas Métodos: Recolha de em relação ao valor de
anexo). existentes. dados nas visitas de base.
monitoria às escolas e
Unidade: Proporção leitura dos relatórios.
Responsável: ZIP,
SDEJT, SDSMAS,
DPEC, DPS, MINED e
MISAU no nível central.
R.C.2.2 Aumenta a proporção de escolas com condições para as crianças lavarem as mãos.
6. Percentagem de Definição: Este indicador seráEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
escolas com condiçõescalculado pelo nº de escolas compermite atrimestrais das ZIPs, dosDe 6 em 6(2013): .........................
para as crianças
condições para as criançasverificação dasSDEJT, SDSMAS,meses ........
lavarem as mãos. lavarem as mãos/nº total deescolas comDPEC e DPS
escolas existentes. condições de Meta: Aumento de 5%
higiene eMétodos: Recolha de em relação ao valor de
Unidade: Proporção saneamento, nadados nas visitas de base.
componente demonitoria às escolas e
Desagregado por: ZIP, Urbanolavagem das mãosleitura dos relatórios.
e Rural, distrito e província. das crianças.
Responsável: ZIP,
SDEJT, SDSMAS,
DPEC, DPS, MINED e
MISAU no nível central
R.I. 3: Aumenta a proporção de escolas com condições adequadas de segurança para os alunos (Ver a lista de verificação 2,
apendice II).
7. Percentagem de Definição: Este indicador seráEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
escolas com condições calculado pelo nº de escolas compermite atrimestrais das ZIPs, dos (2013): .........................
adequadas de condições adequadas deverificação dasSDEJT, SDSMAS e De 6 em 6........
segurança para os DPEC. meses
segurança para os alunos (Verescolas com
alunos (Ver lista de
verificação 2, em lista de verificação 2, apendicecondições Meta: Aumento de 5%
anexo). II)/nº total de escolas existentes. adequadas deMétodos: Recolha de em relação ao valor de
segurança para osdados nas visitas de base.
Unidade: Proporção alunos. monitoria às escolas e
leitura dos relatórios.
Desagregado por: ZIP, Urbano e
Resultado Crítico 3: Reduz o número de acidentes que ocorrem na escola ou nos arredores dela.
8. Número de acidentes Definição: Este indicador éEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
que ocorrem na escola medido pelo número de acidentespermite monitorartrimestrais das ZIPs, dos (2013): .........................
ou nos arredores dela. que ocorrem na escola ou nosa situação da SDEJT, SDSMAS, DPS De 6 em 6........
arredores dela. e DPEC. meses
ocorrência de
Unidade: Número acidentes dentro da Meta: Redução de 5%
escola e nosMétodos: : Recolha de em relação ao valor de
Desagregado por: Escola, ZIP,arredores dela. dados nas visitas de base.
Urbano e Rural, distrito e monitoria às escolas e
província. leitura dos relatórios.
Responsáveis: ZIP,
SDEJT, SDSMAS,
DPEC, DPS, MINED e
MISAU no nível central.
R. I. 4: Aumenta a proporção de alunos com problemas de saúde identificados, tratados e ou referidos à US.
Resultado Crítico 4.1: Aumenta a proporção de escolas com “Kits” de primeiros socorros.
10. Percentagem de Definição: Este indicador éEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
escolas com “Kits” de medido pelo número de escolaspermite verificaçãotrimestrais das ZIPs, dos (2013): .........................
primeiros socorros com “Kits” de primeirosdas condiçõesSDEJT, SDSMAS, DPSDe 6 em 6........
funcionais. socorros funcionais/nº total de e DPEC. meses
existentes na escola
escolas existentes.
para a prestação de Meta: Aumento de 5%
Unidade: Proporção primeiros socorros Métodos: Recolha de em relação ao valor de
na escola paradados nas visitas de base.
Desagregado por: ZIP, Urbanocrianças commonitoria às escolas e
e Rural, distrito e província. problemas de saúde.leitura dos relatórios.
Responsáveis: ZIP,
SDEJT, SDSMAS,
DPEC, DPS, MINED e
MISAU no nível central.
Resultado Crítico 4.2: Funcionamento adequado do sistema de referência às US do SNS, incluindo as crianças com necessidades
educativas e de saúde especiais.
11. Percentagem de Definição: Este indicador éEste indicador Fontes: Relatórios de Valor de base
alunos satisfeitos com medido pelo número de alunosmede o grau deinquéritos semestrais (2013): .........................
o funcionamento do satisfeitos com o funcionamentosatisfação na formasobre o grau de satisfação De 6 em 6........
sistema de referência do sistema de referência dos alunos em relação aomeses
Resultado Crítico 5: Realizam-se acções preventivas que preservem a saúde: visual, auditiva, oral e mental dos alunos bem como o
diagnóstico precoce.
13. Número de sessões Definição: Este indicador seráEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
de sensibilização aos medido pelo número de sessõespermite aferir ostrimestrais das escolas, (2013): .........................
pais/encarregados de de sensibilização aos pais ouesforços das acçõesZIPs, dos SDEJT,De 6 em 6........
educação, professores e
encarregados de educação,
de prevenção deSDSMAS, DPS e DPEC. meses
alunos para adopção deprofessores e alunos para
práticas que preservemadopção de práticas quedoenças e aderênciaMétodos: Recolha de
a saúde preservem a saúde visual,ao tratamento nodados nas visitas de
visual,
auditiva, oral e mental dosseio das crianças emonitoria às escolas e
auditiva, oral e mental Meta: Duas sessões
dos alunos bem como a alunos bem como a aderênciaadultos daleitura dos relatórios. por mês por escola.
aderência aos cuidadosaos cuidados de saúde,comunidade
de saúde. realizadas. escolar. Responsáveis: Director
da escola, Coordenador
Unidade: Número de ZIP, SDEJT,
SDSMAS, DPEC, DPS,
Desagregado por: Escola, ZIP, MINED e MISAU no
Urbano e Rural, distrito e nível central.
província.
R.I. 6: Aumenta a proporção de escolas com plano anual elaborado e relatório anual feito sobre actividades de SE.
14. Percentagem de Definição: Este indicador será Este indicadorFontes: Relatórios Valor de base
escolas com plano medido pelo número de escolaspermite aferir o semestrais das ZIPs, dos (2013): .........................
anual elaborado e com plano anual elaborado egrau deSDEJT, SDSMAS, DPSDe 6 em 6........
relatório anual feito e DPEC. meses
relatório anual feito sobrecompromentimento
sobre actividades de Métodos: Recolha de
SE. actividades de SE/número totalda escola emdados nas visitas de Meta: Até 2018, 100%
de escolas existentes. relação à SE atravésmonitoria às escolas e das escolas do País
de um plano deleitura dos relatórios.
Unidade: Proporção acção, elaborado deResponsável:
Desagregado por: ZIP, Urbanoforma participativa,Coordenador de ZIP,
e Rural, distrito e província. o qual expressa asSDEJT, SDSMAS,
metas e umDPEC, DPS, MINED e
relatório sobre asMISAU no nível central.
realizações e
desafios.
Resultado Crítico 6: Aumenta a proporção de escolas que realizam uma reunião de planificação e uma de balanço das actividades
de SE.
15. Percentagem de Definição: Este indicador será Este indicadorFontes: Relatórios
escolas que realizam medido pelo número de escolaspermite aferir osemestrais das ZIPs, dos Valor de base
uma reunião de que realizam uma reunião degrau deSDEJT, SDSMAS, DPS De 6 em 6(2013): .........................
planificação e uma de planificação e uma de balanço e DPEC. meses ........
compromentimento
balanço das actividades das actividades de SE/ número Métodos: Recolha de
de SE. total de escolas existentes. da escola emdados nas visitas de
relação à SE atravésmonitoria às escolas e Meta: Até 2018, 100%
Unidade: Proporção de planificaçãoleitura dos relatórios. das escolas do País.
participativa eResponsáveis:
Desagregado por: ZIP, Urbanoprestação de contasCoordenador de ZIP,
e Rural, distrito e província. á comunidadeSDEJT, SDSMAS,
DPEC, DPS, MINED e
escolar.
MISAU no nível central.
R.I. 7: Aumenta a proporção de professores e técnicos de saúde formados em SE por escola/unidade sanitária.
16. Percentagem de Definição: Indicador calculado Este indicadorFontes: Relatórios Valor de base
professores e técnicos pelo nº de professores/técnicospermite aferir ossemestrais das ZIPs, US, (2013): .........................
de Saúde de saúde formados ouesforços dedos SDEJT, SDSMAS, De 12 em 12........
formados/capacitados DPS e DPEC. meses
capacitados em SE porcapacitação dos
em SE por escola/US, Métodos: Recolha de
nos últimos 2 anos. escola/US, nos últimos 2professores edados nas visitas de Meta: Até 2018, 10%
anos/Nº total de professores outécnicos de saúdemonitoria às escolas e dos professores e
técnicos de saúde existentes naem SE, incluindoleitura dos relatórios. técnicos de saúde
escola/US/distrito/província/País componentes deResponsável: capacitados.
M&A. Coordenador de ZIP,
Unidade: Proporção Responsável da US,
Desagregado por: ZIP, US, SDEJT, SDSMAS,
Urbano e Rural, distrito e DPEC, DPS, MINED e
Resultado Crítico 7: Introduz-se nos Institutos de Formação de Professores e dos técnicos de Saúde a disciplina de SE, incluindo a
respectiva componente de M&A.
17. Introdução nos Definição: Indicador verificadoEste indicadorFontes: Relatório de Valor de base
Institutos de Formação pela introdução nos Institutos depermite aferir osverificação dos curricula (2013): .........................
de Professores e dos Formação de Professores e dosesforços dede formação professores De 12 em 12........
técnicos de Saúde da técnicos de Saúde da disciplina
capacitação dose os de formação dosmeses
disciplina de SE, de SE e da respectiva
incluindo a respectiva componente de M&A, até 2018 professores etécnicos de saúde. Meta: Até 2018, os
componente de M&A. técnicos de Saúde Institutos de Formação
através da inclusão Métodos: Verificação
Unidade: Facto dos professores e os de
dos curricula de
da disciplina de SEformação de professores formação dos técnicos
Desagregado por: Institutos dee respectivae os de formação dos de saúde com a
Formação de Professores e os decomponente detécnicos de saúde.
Formação de Técnicos de Saúde. disciplina de SE,
M&A, nos incluindo a respectiva
institutos deResponsáveis: MINED e componente de M&A
formação. MISAU, no nível central.
introduzidos.
R.I. 8: Inclui-se nos relatórios de balanço do PES do MINED e MISAU desde o nível do distrito até ao central, indicadores sobre a
SE.
18. Inclusão nos Definição: Indicador verificado Este indicadorFontes: Relatórios de Facto de base
relatórios de balanço pela inclusão nos relatórios depermite verificar abalanço do MINED e (2013): .........................
do MINED e MISAU balanço do MINED e MISAUinclusão dosMISAU desde o nível do De 6 em 6........
desde o nível do distrito até ao central; meses
desde o nível do distrito até ao indicadores
distrito até ao central,
de indicadores central, de indicadores sobre aessenciais de SEMétodos: Verificação de Meta: Até 2015,
essenciais sobre a SE. SE. para seremindicadores sobre a SE incluir nos relatórios de
monitorados desdenos relatórios de balanço. balanço do MINED e
Unidade: Facto o nível do distrito MISAU desde o nível
até ao central. do distrito até ao
Resultado Crítico 8.1: Aumenta a proporção do orçamento do Sector da Educação e Saúde alocado à SE.
Resultado Crítico 8.2: Aumenta a proporção dos professores, técnicos de saúde, alunos e outros intervenientes capacitados no uso
dos instrumentos de M&A do programa de SE desde o nível da escola até ao central.
20. Percentagem dos Definição: Indicador calculadoEste indicadorFontes: Relatórios Valor de base
professores, técnicos de pelo nº de professores, técnicospermite aferir ossemestrais das ZIPs, US, (2013): .........................
saúde, alunos e outros de saúde, alunos e outrosesforços dedos SDEJT, SDSMAS,De 6 em 6........
intervenientes intervenientes capacitados no DPS e DPEC. meses
melhoria de
capacitados no uso dos uso dos instrumentos de M&A
qualidade das
instrumentos de M&A do programa de SE/ nº total deintervenções de SEMétodos: Recolha de Meta: Até 2018, 15%
do programa de SE professores, técnicos de saúde,através dadados nas visitas de dos professores,
desde o nível da escola alunos e outros intervenientes nocapacitação dosmonitoria às escolas e técnicos de saúde,
até ao central. programa de SE existentes, leitura dos relatórios.
actores chaves no alunos e outros
desde o nível da escola até ao
central. uso dosResponsáveis: Director intervenientes
instrumentos deda Escola, Coordenador capacitados no uso dos
Unidade: Proporção M&A. de ZIP, Chefe da US, instrumentos de M&A
SDEJT, SDSMAS, do programa de SE.
Desagregado por: ZIP, US,
Urbano e Rural, distrito e DPEC, DPS, MINED e
província. MISAU no nível central.
A garantia de qualidade para qualquer sistema de M&A de programas de SE é vital porque ajuda
a compreender como é que o programa funciona e se os objectivos estão a ser alcançados.
A qualidade dos dados, é outra componente importante. Para tal, deve-se capacitar recursos
humanos sobre a importância duma informação correcta, completa, consistente, antepada,
confidencial, precisa e íntegra (PEPFAR e USAID, 2007) para o sucesso das intervenções de
SE. Essa capacitação deverá incluir o uso dos instrumentos de M&A. As formações iniciais
deverão ser seguidas de apoio técnico regular através do acompanhamento do uso dos
instrumentos em diferentes níveis.
Para tal, deve-se dotar as escolas, unidades sanitárias, SDEJT, SDSMAS, DPEC, DPS, MINED e
MISAU recursos humanos e materiais, incluindo instrumentos de monitortia e avaliação, para
aumentar a cobertura actual e qualidade destes serviços de forma segura e sustentável (CNCS,
2010).
Os recursos alocados para a M&A estão muito longe de satisfazer as necessidades, sobretudo ao
nível do distrito. Porém, há alocação de recursos para acções como vacinação e visitas de
monitoria do programa de SE. Os recursos para a M&A ao nível do distrito e da escola, são
muito exíguos. A alocação de motociclos para os responsáveis de SE ao nível do distrito
contribuiria para facilitar o acesso desses às escolas onde o acesso através da viatura é difícil
devido ao estado das vias de transporte.
“É importante disponibilizar meios de transporte aos técnicos de SE para facilitar a deslocação
às escolas do distrito. Recordo-me que em 2004, existiam motorizadas disponibilizadas com o
financiamento do UNICEF”, Técnica dos SDSMAS, Agosto de 2012.
Os recursos alocados para as avaliações periódicas do impacto do programa são reduzidos, o que
se traduz em muito poucas avaliações realizadas.
Não foi possível termos a percentagem de recursos do programa de SE para a área de M&A, pois
as visitas de minitoria são feitas de forma integrada com os outros programas. De acordo com a
MEASURE Evaluation (2006) e PEPFAR (2012), 5 a 10% do total do orçamento de um
programa ou projecto deve ser alocado à M&A.
Com base nas principais constatações da fase de pesquisa e nos documentos orientadores do
Programa de SE, dentro e fora de Moçambique, um quadro de referência para a M&A do
programa é apresentado, composto pela grelha de resultados, a lista dos 20 principais indicadores
propostos, matrix de operacionalização e considerações críticas para o sucesso de
implementação.
Nas questões críticas para o sucesso da implementação, uma ênfase é dada à alocação dos
recursos para os processos de M&A a todos os níveis, recomendando-se que do total do
orçamento do programa de SE, 5 a 10% deve ser alocada nesta componente.
CAPÍTULO VI
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1 Conclusões
Da análise do actual sistema de M&A para o programa de SE implementado pelo MISAU e
MINED, tiramos as seguintes conclusões:
A maior parte dos técnicos de saúde e educação responsáveis pela SE, não têm formação
sobre a M&A. As transferências dos técnicos capacitados não têm sido acompanhadas de
uma base de dados, dificultando a integração destes nas intervenções de SE com
consequente limitação do uso do seu potencial. As capacitações dadas até à altura da
realização deste trabalho eram presenciais, não se aproveitando as novas tecnologias de
informação e comunicação.
Os instrumentos de M&A elaborados em 2012, estão focalizados na monitoria, ficando a
componente de avaliação sem instrumentos padronizados. A ausência de um plano de M&A
para o programa de SE, pode estar aliada a este foco nos instrumentos de monitoria em
deterimento dos de avaliação.
A elaboração de um plano de M&A do programa de SE pode contribuir para a colheita e
tratamento de informação atempada e de boa qualidade para informar a tomada de decisões
para a sua implementação eficaz;
Os professores e os técnicos de saúde responsáveis pela SE desempenham um papel
importante para o sucesso das intervenções de SE, incluindo a respectiva M&A, porém, não
existe um indicador sobre o número de horas que estes dedicam por semana a esta
actividade. Como resultado não se registam horas extraordinárias, não havendo qualquer
compensação, o que de certa forma desmotiva o seu pleno desempenho;
O levantamento estatístico anual realizado pelo MINED, a 3 de Março de cada ano, não
inclui dados sobre o saneamento do meio (número de latrinas funcionais separadas para
meninas e meninos, bem como fontes de água funcionais na escola), apesar de ser um
indicador muito importante para a retenção da rapariga na escola.
6.2 Recomendações
Com base nos vários aspectos analisados e nas conclusões tiradas, as seguintes recomendações
são feitas:
Incluir a cadeira ou módulo de SE, incluindo a M&A, nas instituições de formação dos
professores e dos técnicos de Saúde;
Oferecer oportunidades sistemáticas de formação contínua em SE, incluindo a M&A para os
professores e técnicos de saúde responsáveis pela SE, que podem incluir um módulo de
formação ONLINE. Para o efeito devem ser feitos estudos sobre como as tecnologias de
informação e comunicação podem fortalecer a gestão da M&A do Programa de SE;
Rever os actuais indicadores e instrumentos de M&A, que estão focalizados na monitoria,
para se incluir os relativos à avaliação de forma padronizada bem como a percentagem do
orçamento institucioanal em acções de M&A das intervenções de SE;
Elaborar um plano de M&A do programa de SE implementado pelo MISAU e MINED que
possa facultar informação atempada e de boa qualidade para a tomada de decisões para a
implementação eficaz do programa. O mesmo dever ser custeado e orçamentado;
Incluir o indicador sobre o saneamento do meio na escola (número de latrinas funcionais
separadas para meninas e meninos, número de fontes de água funcionais) no levantamento
estatístico anual realizado pelo MINED, a 3 de Março de cada ano;
A M&A é uma componente importante nas intervenções de desenvolvimento que quando não for
devidamente abordada leva a insucesso das iniciativas desenvolvidas. Esta importância reside na
oportunidade que o processo oferece para formação e aprendizagem contínua a partir das lições
aprendidas partilhadas.
Das poucas pesquisas ou dissertações feitas em Moçambique sobre a SE, nenhuma dedicou-se à
análise do sistema de M&A das intervenções de SE, papel de um quadro de referência para um
plano de M&A e importância do envolvimento dos intervenientes chaves na definição de
indicadores, principais sucessos e desafios.
Dada a relevância da qualidade de dados um sistema de M&A funcional dos programas como o
de SE, recomendamos que seja introduzida a prática de auditoria periódica e externa da
qualidade de dados do Programa de SE em Moçambique.
Neste trabalho, foi apresentado um quadro de referência para a um plano de M&A do programa
de SE mas para uma efectiva implementação, o mesmo deve ser custeado e orçamentado.
Recomenda-se um estudo para a orçamentação do Plano de M&A do Programa de SE, em
Moçambique.
CAPÍTULO VII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 100
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
APENDICES
I. Guiões de entrevista e discussões em grupo, cartas convite, carta de
Consentimento
Faculdade de Medicina
Dados do entrevistado
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Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
________________________________________________________________________
2. Qual é o seu papel nas intervenções de Saúde Escolar?
________________________________________________________________________
3. Que documentos orientam as intervenções que estão sendo desenvolvidas na saúde
escolar e do adolescente?
________________________________________________________________________
4. Como é feita a monitoria e avaliação das intervenções de Saúde Escolar?
________________________________________________________________________
5. Quem são as pessoas que participam nos processos de M&A?
________________________________________________________________________
6. Que formação relacionada com a M&A do programa de SE recebeu?
________________________________________________________________________
7. Se fosse a participar numa formação sobre M&A dos Programas de Saúde Escolar, que
matérias gostaria de aprender?
______________________________________________________________________________
8. Que indicadores são (sugere que sejam) usados para a monitoria e avaliação dos
processos, resultados e o impacto das intervenções do programa de Saúde Escolar?
Indicadores de Processo
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.
Indicadores de Resultado
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.
Indicadores de Impacto
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.
a) Se fosse necessário rever ou incluir algum indicador no actual sistema de M&A qual é
que seria e porquê acha que é necessário?
Indicadores de Processo
________________________________________________________________________
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Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
_______________________________________________________________________.
Indicadores de Resultado
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.
Indicadores de Impacto
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.
9. Que instrumentos de recolha e ou compilação de dados são usados para M&A das
intervenções em Saúde Escolar?
________________________________________________________________________
9.a) Se fosse necessário sugerir alguma alteração em algum dos instrumentos de recolha e ou
compilação de dados para a M&A do programa de SE, o que seria?
________________________________________________________________________
9.b) Nos actuais instrumentos de M&A qual é o dado que é mais fácil de colher e ou compilar?
Porquê?
9.c) Nos actuais instrumentos de M&A qual é o dado que é mais difícil de colher e ou compilar?
Porquê?
Se não está usando nenhum, que instrumentos de recolha e ou compilação de dados sugere que
sejam usados para M&A das intervenções em Saúde Escolar?
______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________.
9.d) O que é feito para assegurar que os dados ou a informação que é colhida ou compilada é de
boa qualidade?
________________________________________________________________________
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 103
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
Se nada é feito, o que deve ser feito para assegurar que os dados ou a informação que é colhida
ou compilada seja de boa qualidade?
______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________.
10. Para quê são usados os dados ou informação colhida/compilada nos processos de M&A
do programa de SE?
__________________________________________________________________________.
11. Como é (deve ser) feita a planificação e coordenação das actividades de M&A?
12. Se fosse necessário sugerir algo para ser mudado (introduzido) na maneira como é feita a
M&A das intervenções de SE, o que seria? Porquê?
________________________________________________________________________
13. O que entende por Plano de M&A do Programa de SE? Qual é a sua importância?
__________________________________________________________________________.
15. Se tem alguma(a)s pergunta(s) que gostaria que lhe tivessemos feito sobre M&A do
Programa de Saúde Escolar que não fizemos, pode partilhar connosco agora.
__________________________________________________________________________.
16. Tem algo que gostaria de acrescentar antes de terminarmos a nossa conversa?
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 104
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
Faculdade de Medicina
Dados do entrevistado
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Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
___________________________________________________________________________
2. Que tipo de intervenções de saúde escolar são desenvolvidas na sua
escola/comunidade/organização/distrito/província/instituição [assinale, dependendo da
área de responsabilidade do(a) entrevistado(a)]?
________________________________________________________________________
3. Qual é o seu papel nas intervenções de SE?
________________________________________________________________________
4. Que documentos orientam as intervenções que estão sendo desenvolvidas na saúde
escolar?
________________________________________________________________________
5. Como é feita a monitoria e avaliação das intervenções de Saúde Escolar?
________________________________________________________________________
6. Quem são as pessoas que participam nos processos de M&A?
________________________________________________________________________
7. Que formação relacionada com a M&A do programa de SE recebeu?
________________________________________________________________________
8. Se fosse a participar numa formação sobre M&A dos Programas de Saúde Escolar, que
matérias gostaria de aprender?
______________________________________________________________________________
9. Que Indicadores são usados para a monitoria e avaliação das intervenções do programa
de Saúde Escolar?
________________________________________________________________________
b) Se fosse necessário rever, incluir ou sugerir algum indicador no actual sistema de M&A
qual é que seria e porquê acha que é necessário?
___________________________________________________________________________
10. Que instrumentos de recolha e ou compilação de dados são (podem ser) usados para
M&A das intervenções de SE?
________________________________________________________________________
10.a) Se fosse necessário sugerir (alguma alteração em) algum(s) dos instrumentos de recolha e
ou compilação de dados para a M&A do programa de SE, o que seria?
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 106
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
________________________________________________________________________
10.b) Nos actuais instrumentos de M&A qual é o dado que é mais fácil de colher e ou compilar?
Porquê?
10.c) Nos actuais instrumentos de M&A qual é o dado que é mais difícil de colher e ou
compilar? Porquê?
10.d) O que é (deve ser) feito para assegurar que os dados ou a informação que é colhida ou
compilada é de boa qualidade?
________________________________________________________________________
11. Para quê são usados os dados ou informação colhida/compilada nos processos de M&A
do programa de SE?
__________________________________________________________________________.
12. Como é feita a planificação e coordenação das actividades de M&A?
13. Se fosse necessário sugerir algo para ser mudado na maneira como é feita a M&A das
intervenções de SE, o que seria? Porquê?_______________________________________
_______________________________________________________________________
14. O que entende por Plano de M&A do Programa de Saúde Escolar? Qual é a sua
importância?
________________________________________________________________________
14.a) O que é preciso (recursos) para a implementação do plano de M&A do programa de saúde
escolar implementado pelo MISAU e MINED?
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 107
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
__________________________________________________________________________.
15.a) Do orçamento para programas de Saúde Escolar qual é a percentagem que é alocada
para a componente de Monitoria e Avaliação?
__________________________________________________________________________.
16. Se tem alguma(a)s pergunta(s) que gostaria que lhe tivessemos feito sobre M&A do
Programa de SE que não fizemos, pode partilhar connosco agora.
__________________________________________________________________________.
17. Tem algo que gostaria de acrescentar antes de terminarmos a nossa conversa?
Faculdade de Medicina
Carta Convite
Exmo(a) Senhor(a),
Director da
Escola...........................................................................................................................
Distrito de Chibuto
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Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
A sua participação é voluntária, isto é, deve ser da sua livre vontade. Poderá interromper a
sua participação ao longo do processo, caso assim, o pretender. Não receberá nenhuma
recompensa em forma de dinheiro ou outro tipo de incentivos pela sua participação neste
trabalho.
Neste contexto, convido-lhe para a entrevista, proposta para as 13:10 horas, do dia 09 de
Abril de 2013, no seu local de trabalho, na
Escola ......................................................................, distrito de Chibuto. A sua participação
na qualidade de Director da Escola de _____________________________________é muito
valiosa para o alcance dos objectivos desta pesquisa.
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 109
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
CARTAS CONVITE
Cara(o) menina(o),
No dia 09/04/2013, pelas 11:00 horas, estarei na tua escola para conversar com algumas
meninas e meninos. Precisamos de 6 meninos e 6 meninas da tua escola, que se
voluntariarem para participar neste trabalho. Esse(a)s menino(a)s deverão ter idades entre 12
a 17 anos de idade. Nesse dia, vamos falar sobre a monitoria e avaliação dos programas de
Saúde Escolar, num grupo do(a)s 6 meninos e 6 meninas que terão se inscrito. A nossa
conversa será realizada num lugar à escolha do(s) menino(s) sem a presença dos papás, dos
professores e terá a duração máxima de 2 horas. O(a) director(a) ou professor(a) responsável
pela SE apresentará-me a vós e ficaremos a conversar.
Se tens 12 a 17 anos e queres participar inscreve o teu nome junto do(a) professora(o) que é
responsável pela Saúde Escolar na vossa escola. Sabes quem é? Se não conheces pergunte
o(a) teu(ua) professor(a) ou Director(a) da Escola.
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 110
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
Lembres-te que a(o) professor(o)a responsável pelo programa de Saúde Escolar só vai aceitar
a inscrição apenas do(a)s primeira(o)s 6 meninas e 6 meninos que se aproximarem a ela(e).
Em caso de alguma dúvida ou precisar de mais informações pode contactar-me através dos
seguintes endereços: (i) telefone móvel: +258 82 40 39 810; endereço electrónico:
jmassingue@yahoo.com
Cara(o) Senhor(a),
A sua participação é voluntária, isto é, deve ser da sua livre vontade. Poderá interromper a
sua participação ao longo do processo, caso assim, o pretender. Não receberá nenhuma
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 111
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
recompensa em forma de dinheiro ou outro tipo de incentivos pela sua participação neste
trabalho.
Neste contexto, convido-lhe para a uma discussão em grupo, no dia 09/04/2013, pelas
12:05 horas na Escola____________________________________. A sua participação na
qualidade de membro do Conselho de Escola é muito valiosa para o alcance dos objectivos
desta pesquisa. A nossa conversa será realizada num lugar à escolha dos participantes, sem a
presença do Director da Escola e terá a duração máxima de 2 horas.
Lembre-se que a(o) professor(o)a responsável pelo programa de Saúde Escolar só vai aceitar
a inscrição apenas do(a)s primeira(o)s 16 pessoas (das quais 8 muheres) que se aproximarem
a ela(e).
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 112
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melhoramento
Faculdade de Medicina
Carta de Consentimento
Exma(o) Senhora(o),
A sua participação é voluntária, isto é, deve ser da sua livre vontade. Poderá interromper a
sua participação ao longo do processo, caso assim, o pretender. Não receberá nenhuma
recompensa em forma de dinheiro ou outro tipo de incentivos pela sua participação neste
trabalho.
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 113
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
A informação que nos fornecer trataremo-la como confidencial, de modo que não haja quem
lhe prejudique por ter participado neste trabalho.
Assim, gostaria ter a sua participação nesse trabalho, respondendo às perguntas que seguem
em anexo.
Li ou foi lido para mim, o conteúdo desta carta de consentimento, compreendi e pretendo
participar.
Carta de Consentimento
Faculdade de Medicina
Judas Xavier Massingue, Tese de Mestrado em Saú de Pú blica, UEM Page 114
Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
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Cara(o) menina(o),
A tua participação é voluntária, isto é, deve ser da tua livre vontade. Poderá interromper a tua
participação ao longo do processo, caso assim, o pretender. Não receberás nenhuma
recompensa em forma de dinheiro ou outro tipo pela tua participação neste trabalho.
A informação que nos fornecer trataremo-la como segredo, de modo que não haja quem te
prejudique por ter participado neste trabalho.
Assim, gostaria ter a tua participação nesse trabalho, respondendo às perguntas que poderei
fazer só para ti ou para um grupo de outras crianças que tu conheces.
Pedimos também a assinatura da tua mãe ou teu pai ou teu(ua) encarregado(a) de Educação.
Li ou foi lido para mim, o conteúdo desta carta de consentimento, compreendi e pretendo
participar.
_____________________________________________________________________,
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Programa de Saúde Escolar em Moçambique: Análise do actual sistema de Monitoria e Avaliação e contribuição para o seu
melhoramento
___________________________aos______/_______/201_
Li ou foi lido para mim, o conteúdo desta carta de consentimento, compreendi e autorizo o(a)
meu(inha) educando(a) a participar.
Nome______________________________________________________________________
(assine o seu nome como no seu bilhete de identidade) na qualidade de: Mãe_____,
Pai_____, Outro_______(qual?):___________________ (Colocar x, num dos três lugares).
_____________________________aos___________/______/201_
Lista de Verificação 1
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melhoramento
As escolas com condições adequadas de higiene e saneamento para os alunos, são aquelas
que possuem:
Lista de Verificação 2
As escolas com condições adequadas de segurança para os alunos, são aquelas que:
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Lista de Verificação 3
Não fumam;
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