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Instituto Superior Politécnico Katangoji

Departamento de Engenharia de Pesquisa e Produção de Petróleo

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PESQUISA E PRODUÇÃO


DE PETRÓLEO

ENHANCED OIL RECOVERY (EOR)


Utilização da injecção continua de vapor para o aumento da produção em reservatório
de óleo pesado.

Nome do aluno: Arnaldo Cláudio Leitão de Carvalho


Tutor: Eng.o Octávio Muanza

Outubro 2018
Luanda – Angola
Capítulo I: Introdução Geral

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO GERAL


O aumento continuo da demanda mundial de energia impulsionado pelo
desenvolvimento económico e o dramático crescimento populacional registado nas ultimas
décadas causou o declínio da disponibilidade de petróleo. Sabendo que a maior parte do
petróleo existente nas jazidas não podem ser extraídos de maneira economicamente viável,
considerando que só é possível recuperar somente uma fracção da quantidade total do óleo
acumulado. A maior parte permanece na jazida devido a complexidade dos reservatórios e os
mecanismos ainda pouco eficientes de recuperação. Esses recursos foram compostos
principalmente de reservas convencionais de petróleo com alto valor e cuja produção e
transformação consiste em métodos simples e tecnicamente bem estabelecidos.
Previsões preveem uma expansão continua no mundo no consumo de energia que deve
prolongar-se até pelo menos 2035, conforme indicado pela US Energy Information
Administration.
Além de ser mais complexas e cara do que a extração de óleos leves, o valor do barril
do óleo pesado no mercado internacional é menor do que o petróleo tipo Brent (petróleo
considerado padrão de qualidade no mercado mundial com densidade media de 39° API). Já
que os produtos gerados desse tipo de óleo, gera produtos de baixo valor agregado. Por isso,
em muitos casos, o reservatório é considerado inviável, e surge então a necessidade de se
aplicar investimentos cada vez maiores em novas tecnologias para o desenvolvimento das
jazidas.
Estudos estimam que as reservas de petróleo não convencional, incluindo pesadas,
extra pesadas e betuminosos excede os 6 trilhões de barris. Este montante é equivalente a
cerca de 70% de todos os recursos energéticos de combustíveis fosseis no mundo (oilfield
review –verão 2006).
A valorização dos óleos pesados dentro do cenário energético, viabiliza a exploração
de reservatórios considerados inicialmente não viáveis, isso leva a procura de tecnologias que
optimizam o processo de desenvolvimento de um campo dessa tipologia.
Com a descoberta de grandes reservas de óleo pesado, a optimização da tecnologia de
produção é necessária, sendo que o óleo pesado não flui facilmente, requerendo assim
métodos de produção especializados como exemplo temos: as areias petrolíferas canadenses e
óleos pesados venezuelanos.
A maioria dos reservatórios de óleo pesado ocorrem em profundidades consideradas
moderadas, pois são óleos que foram gerados em rochas geradoras profundas e posteriormente
migraram para regiões mais rasas, onde foram degradadas por bactérias e por intemperismo.
Esse óleo apresenta baixo poder calorífico e seus reservatórios apresentam baixo índice de
recuperação primaria e baixa produtividade dos poços, pois apresentam elevada viscosidade.
Os reservatórios de petróleo possuem um ciclo de vida, que começa com uma curva
ascendente até atingir o pico/platô de produção, alcançam a estabilidade e depois decaem.
Isto ocorre devido as mudanças das propriedades físico-químicas do óleo, por quedas
de pressão ou até mesmo redução do volume de óleo no reservatório. Essas alterações
dificultam o escoamento do óleo até o poço, tornando a produção cada vez mais escassa, de
alto custo e/ou com resultados que apontam a inviabilidade do reservatório, mesmo que nele
ainda contenha 70% do seu óleo original (Paiva, 2013). Casos como esse, a utilização de
métodos convencionais de recuperação não é apropriada ou conveniente, devido ao facto da
alta viscosidade do óleo dificultar seu movimento dentro do meio poroso, deixando passar o
fluido injectado, resultando em baixa eficiência de varrido.
Após essa fase, inicia-se o período de declínio em direção ao limite económico,
entretanto, se houver aplicação de técnicas de recuperação, esta curva de declínio pode ser
desacelerada, sem no entanto, ser interrompida (Rosa 2006).
Por tais situações, o termo recuperação terciaria foi sendo substituído por recuperação
avançada. Na literatura em inglês são comuns os termos “Enhanced Oil Recovery” (EOR) e
“Improved Oil Recovered” (IOR).
Historicamente, os métodos de recuperação de petróleo tem sido subdivididos
basicamente em três categorias: primário, secundário e terciário.
A literatura, tradicionalmente, classifica os métodos de recuperação avançada em
quatro grandes grupos: métodos térmicos, métodos miscíveis, métodos químicos e métodos
microbiológicos.
Para uma recuperação efectiva deste tipo de óleo, tem sido identificado como redução
da viscosidade do óleo, que na qual resulta em melhoramento da mobilidade do petróleo.
A escolha do método depende de factores como as características do reservatório,
natureza do óleo, quantidade do óleo “in place”, evolução do campo de acordo com a
produção passada.
Os métodos térmicos são conhecidos como efectivo com altos factores de recuperação
até 75% do óleo original no local (OOIP) visando a melhorar o escoamento através da
redução da viscosidade, aumento do factor de mobilidade e consequentemente aumentando a
produção de óleo, através da recuperação térmica típica que inclui a injecção de fluidos
quentes (vapor e água quente) e a combustão in situ.
A recuperação de óleo em alguns destes reservatórios pode ser incrementada através
de processos térmicos de recuperação avançada, principalmente, a injecção de vapor, uma
tecnologia que aprimora o escoamento de óleo traves da redução da viscosidade,
possibilitando a produção de petróleo em campos considerados inviáveis (jabbour et al,1996).
Para reservatórios com grandes volumes de óleos pesados e de alta viscosidade (API ˂
20º), onde as recuperações primarias e secundarias são ineficientes, há uma demanda por
utilizar técnicas de recuperação terciaria. Ou seja, produzir o petróleo de forma assistida por
outras fontes de energia e/ou efeitos físicos, químicos ou biológicos, que aumentam o factor
de recuperação.
No inicio da produção, muitos campos de petróleo possuem certa quantidade de
energia suficiente para que os fluidos contidos sejam produzidos. Essa energia é denominada
de energia primaria, e esta relacionada com os mecanismos de produção original tais como:
gás em solução, influxo de água capa de gás. Esta energia sobre um processo de depleção
naturais devido a retirada e descompressão dos fluidos contidos no reservatório, pelas
resistências associadas as forças viscosas e tensões interfaciais durante o escoamento no meio
poroso. Isso será refletido basicamente em dois aspectos: decréscimo de pressão e redução de
produtividade.
Para minimizar os efeitos da dissipação de energia do reservatório, são empregados
métodos de recuperação que podem actuar em duas linhas gerais: suplementar a energia
através da injecção de fluidos em determinados poços; reduzir as resistências viscosas e/ou
capilares por métodos especiais.
Em alguns reservatórios, principalmente os de óleos pesados, altamente viscosas, pode
ser que a energia primaria não seja suficiente ou economicamente viável para a produção e,
frequentemente não são susceptíveis a métodos convencionais.
A introdução de calor é feita normalmente através da injecção de fluidos quentes, em
processos conhecidos pelos nomes de injecção cíclica e de injecção continua de vapor. O
propósito da injecção térmica é aquecer o reservatório, para aumentar a mobilidade do óleo, a
eficiência de deslocamento, consequentemente, facilitar a recuperação (Moreira e
Trevisan,2007).
Diante desse contexto, o objectivo deste trabalho é estudar o efeito da injecção de
vapor, através de simulações, visando analisar a produtividade e a influencia da distancia
entre os poços, modelos de injecção e vazão de injecção.
1.1 Problema de estudo
A medida que exploramos um reservatório de hidrocarbonetos, ele vai perdendo a sua
capacidade natural de permitir que os fluidos ali contidos escoam até ao poço.
Segundo estudos, com o desenvolvimento da tecnologia, já existem métodos capazes de
facilitar o escoamento dos fluidos no reservatório de óleo pesado e assim aumentar o factor de
recuperação. Tal método é o de Injecção de vapor.
Este trabalho vem esclarecer esta problemática, se o método descrito acima é eficiente ou
não.

1.2 Objectivos
Este estudo tem os seguintes objectivos:

1.2.1 Objectivo geral


 Analisar o método térmico de recuperação avançada capaz de melhorar o
escoamento em um campo de óleo pesado aumentando a produção de petróleo.

1.2.2 Objectivo especifico


 Analisar o desempenho da injecção de vapor continua no reservatório (Luther-
16).
 Analisar a influencia na produção sobre a distancia entre os poços de injecção.

1.3 Justificativa
Ao longo do tempo a produção de petróleo no reservatório vai diminuindo devido as
alterações físico-químicas, a diminuição da pressão e tensões interfaciais elevadas
dificultando o óleo escoar pelo reservatório até o poço e sua produção.
A recuperação de petróleo pelos métodos convencionais, geralmente, com baixos factores
de recuperação requer custos elevados e estudos demorados para chegar até a produção do
óleo, portanto acredita-se que a utilização de tecnologias capazes de aumentar o fator de
recuperação dos campos já descobertos e de campos de óleo pesado é de grande importância
para a economia petrolífera.

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