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2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Talita Cristina Zechner Lenz
338.4791
L575t Lenz, Talita Cristina Zechner
Turismo e lazer /Talita Cristina Zechner Lenz. Indaial :
Uniasselvi, 2012.
191 p. : il.
ISBN 978-85-7830-536-9
1. Turismo e lazer.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico(a)!
Outros elementos irão fazer parte dessa rica disciplina, que pretende
contribuir alargando as perspectivas que permeiam a questão do turismo,
oferecendo subsídios para conduzir com eficiência e eficácia a gestão de
empresas e projetos de lazer e turismo.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER ............................................................. 1
VII
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 67
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 68
VIII
2 COMO O LAZER SE RELACIONA COM A TECNOLOGIA ...................................................... 147
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 156
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 157
IX
X
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO
DO LAZER
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, no decorrer dos estudos, você
encontrará atividades que o ajudarão a fixar os conteúdos adquiridos.
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Para muitas pessoas a palavra lazer parece trazer consigo um significado
de supérfluo, “perfumaria” (diriam alguns), ou ainda, um antônimo de prioridade.
Outros, já admitem sua importância para assegurar uma vida de qualidade e
mais equilibrada. A discussão em torno do tempo é carregada de sentidos que se
encontra atrelada a diferentes momentos históricos, isto é, dizem respeito a uma
construção cultural. Nesse tópico, vamos analisar, de forma introdutória, como o
tema lazer foi discutido ao longo da história.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
4
TÓPICO 1 | O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
um nível de produção que ultrapassasse o consumo, até então, maior que o dos
bens e serviços indispensáveis às famílias. Isto é, no início do período industrial,
a luta pelo consumo e equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos era grande,
pois antes o contato com tais aparatos domésticos era raro, e, portanto, a referida
etapa inicial, é marcada por um intenso consumo. Certamente que havia restrições
de ordem financeira o que dificultava o acesso a alguns itens, mas o desejo em
almejar tais produtos era grande. No Brasil, por exemplo, onde as condições de
financiamento mais dificultosas do que atualmente, havia os chamados ‘consórcios’
para aquisição de vários equipamentos, desde veículos até televisores.
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
6
TÓPICO 1 | O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
século XX, a CLT sofreu alterações em tópicos como a remuneração das férias,
merecendo destaque a equiparação gradual do trabalhador rural ao urbano.
Conforme pode ser visto, a consolidação das leis trabalhistas foi um passo
de suma importância para o trabalhador brasileiro, tendo sido criado inclusive a
expressão “celetista” para se referir aos empregados enquadrados no referida lei.
Tendo em vista que as leis trabalhistas são relativamente antigas em nosso país, já
nos acostumamos e consideramos ‘normal’ o direito às férias remuneradas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, as férias pagas não são obrigatórias, de tal
forma que somente 67% dos servidores públicos e 80% dos trabalhadores do setor
privado têm direito a férias pagas de duração variável. No Japão, outra potência
econômica, os trabalhadores têm direito a 10 dias de férias não remuneradas. Na
China, por sua vez, funcionários possuem atualmente o direito de gozar de até
três semanas anuais de férias, mas este direito não se aplica em todos os setores.
(REVISTA FÓRUM, 2011).
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
8
TÓPICO 1 | O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
TUROS
ESTUDOS FU
O tema recreação será estudado de forma mais aprofundada mais adiante nesta
disciplina.
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Olá acadêmico(a)! Vamos checar os pontos centrais desse tópico de
abertura.
• Até o século XIX, pouco de falava sobre a usufruição do lazer e sobre a natural
necessidade de repouso, pois durante essa fase, as pessoas sentiam seu valor
pessoal reduzido a sua capacidade de produção.
11
AUTOATIVIDADE
3 Cite cinco países que respeitam a Convenção 132, elaborada pela Organização
Internacional do Trabalho que regulamenta o direito a férias remuneradas.
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Conforme foi possível notar na seção anterior, o termo lazer carece de
uma apreciação mais cuidadosa e precisa, para que possa ser tratado de maneira
adequada, seja no setor privado, no setor público, ou ainda no âmbito de nossas
vidas pessoais. Na sequência, você vai aprender como os estudiosos tratam o
assunto. Isto lhe permitirá solidificar a compreensão do tema. Em seguida, os
assuntos lazer e turismo serão aproximados para você entender as interfaces que
se estabelecem entre os dois fenômenos.
2 O QUE É LAZER?
O termo lazer surgiu na antiga civilização greco-romana e deriva do
latim licere, que significa ‘ser permitido’. Nesse período, o ideal de lazer estava
atrelado à plena expressão de si mesmo nos planos físico, artístico e intelectual.
(CAMARGO, 1999).
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
14
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
a) Caráter liberatório: o lazer resulta de uma livre escolha e seria falso dizer
que lazer é sinônimo de liberdade, ausentando qualquer possibilidade de
obrigação que pudesse estar relacionado ao lazer. O lazer é a liberação de
certo gênero de obrigações, mas depende, como toda atividade, das relações
sociais e das obrigações interpessoais. Isto é, o lazer está sujeito às obrigações
decorrentes da formação de um grupo. Por exemplo, um grupo de amigos que
se reúne semanalmente para jogar pôquer, pode ter regras e obrigações, como
chegar no horário combinado, não faltar mais que duas vezes ao mês, ter de
avisar quando não puder comparecer etc. O aspecto liberatório do lazer está
relacionado à ausência de obrigações institucionais, imposta pelas instituições
profissionais, familiais, socioespirituais e sociopolíticas. Reciprocamente,
quando a atividade de lazer se torna uma obrigação, tal como sair para passear
com a família de forma imposta, ou quando o jogo de tênis semanal migra
para a categoria profissional, sob o ponto de vista sociológico, mesmo que
o conteúdo técnico da atividade não se altere, a atividade passa a ser uma
obrigação e deixa de ser lazer.
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
não se coloca a serviço de nenhum fim material ou social, mesmo que tais
aspectos perpassem indiretamente pela atividade escolhida, como por exemplo,
entrar para o time de vôlei da empresa. Em primeiro lugar, pesa o desejo de se
divertir e praticar o esporte, melhorar o contato com os colegas de labuta, não
assume a razão de ser da atividade.
d) Caráter pessoal: cada pessoa busca a sua maneira atender a suas próprias
necessidades de lazer. Ele oferece ao sujeito a possibilidade de libertar-se das
fadigas físicas ou nervosas que contrariam os ritmos biológicos das pessoas,
sendo uma fonte de recuperação. E ainda, permite a pessoa libertar-se do tédio
cotidiano que brota da realização de tarefas repetitivas, abrindo caminho de
uma livre superação de si mesmo e de uma liberação do potencial criador.
16
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
3 TIPOS DE LAZER
Do mesmo modo como ocorre com o turismo, é possível classificar o
lazer em categorias para facilitar o entendimento das diferentes alternativas
existentes. O tipo de categoria irá variar de acordo com o critério e a finalidade
que se propõem. Inicialmente, apresenta-se uma divisão pautada no conteúdo da
atividade realizada com base em Dumazedier (1999), acompanhe:
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Por fim, o autor elabora o conceito de lazer habitual, que se perfaz das
sensações percebidas no intervalo das atividades cotidianas, à consciência do dever
cumprido e simples expectativa de diversão. Trata-se de um estado psicológico
ausente de preocupações. Como exemplo, seria a sensação de chegar a casa ao final
do dia e repousar no sofá, sem preocupações, apenas relaxando e tendo em mente
a sensação de que o dever daquele dia foi cumprido.
Ainda quanto aos tipos de lazer, é possível dividir as práticas de lazer que
acontecem dentro e fora de casa. É inegável que por uma série de fatores como
financeiros, culturais, de transporte e até mesmo de acomodação, as pessoas
passam uma parte importante do tempo livre e do tempo de lazer em casa. De
maneira alguma, pode-se afirmar que o lazer dentro de casa é menos importante
que o lazer que implica saídas.
18
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
da cultura e vivências imediatas, que resultam em produtos que são usados como
respaldo na constituição das mesmas – desde sua personalidade (interior) até sua
imagem (exterior) - e, rapidamente são substituídos, pois deixam de corresponder
às necessidades dos consumidores. (FÉLIX, 2003).
20
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
e explorá-lo nas novelas para que depois de tanto ouvir falar do tema, tudo se
torne “normal”, “natural”. Não se pode negar que esse tipo de estratégia pode ter
como impacto positivo, a desconstrução de alguns preconceitos e incita debates
sobre o tema. O problema reside no fato, de que a proposta dos programas reside
em apresentar uma resposta pronta, um ponto de vista que deve ser incorporado
de forma alienada, sem que o indivíduo chegue por si só as suas impressões e
opiniões sobre determinado tema.
Mas o próprio autor reconhece que tal promessa não passou de um sonho,
distanciado da realidade. Não há dúvidas que de fato ocorreu a revolução dos
transportes, a conquista da velocidade e a diminuição virtual da distância (embora
o custo de tais comodidades ainda mantenha afastada muitas pessoas). A ascensão
de diversas mídias e utilização indiscriminada de propagandas que por vezes
expressam conteúdo diverso do real contribuiu para a criação de estereótipos e
manipulação de massas, sendo que a imagem estereotipada ameaça a tomar o
lugar tão importante do gosto pela fantasia e pela descoberta. Tendo em vista
a perspectiva geográfica do trabalho de Santos (2000), ele acrescenta ainda que
o fenômeno da massificação das atividades de lazer sofre influência da própria
emergência das massas, resignificadas com a explosão urbana e metropolitana.
Quer dizer, a própria configuração de cidades com imensas zonas urbanas estimula
a homogeneização dos gostos e das opções de lazer.
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Cinthia Scheffer
“Não há chuva nem vento. As pessoas não cospem nem jogam tocos de
cigarro no chão. Não há moscas. Não há cachorros. A vida sob o teto de um
shopping é tranquila, segura e acolhedora”, diz o consultor Paco Underhill,
autor do livro A Magia dos Shoppings (Best Books) e considerado um dos maiores
especialistas do mundo em comportamento do consumidor.
22
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
Praças
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
24
TÓPICO 2 | DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
Desta forma, fica nítido que o turismo não se reduz ao lazer, já que parte
significativa dos deslocamentos turísticos obedece a expectativas que vêm das
esferas de saúde, profissionais, familiares, entre outras, logo, as viagens ocorrem
por distintas motivações, ainda que estejam ligadas a valores e expectativas
nascidas do lazer. (CAMARGO, 2001).
Trigo (2002) destaca que apesar de o lazer ser notável em nosso país,
ainda existem consideráveis lacunas na elaboração da problemática envolvendo o
setor. Pormenorizando as debilidades existentes, verifica-se que o setor de lazer é
relativamente recente no Brasil, de tal forma que as pessoas não têm consciência do
que o setor supracitado pode representar em termos econômicos ou profissionais.
Além disso, pesa o fato de não existirem programas e controles abrangentes de
qualidade em lazer e ainda, a constatação de que alguns setores privados não
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Cultura refere-se a um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e
deve ser classificado.
• O turismo pode ser uma alternativa na busca do lazer pelas pessoas, uma forma de
realizá-lo.
27
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
1 INTRODUÇÃO
Qual a importância do lazer na atualidade? Seria sua contribuição para
o bem-estar das pessoas? Um modo de recarregar as baterias para o trabalho e
estudo? Ou seria importante por sua capacidade de movimentar o mercado
enquanto modalidade de negócio? Nesse tópico, vamos nos aproximar dos temas
citados a fim de compreender qual a contribuição deste importante fenômeno em
nossa sociedade.
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
c) Vertigem: existem várias formas de vertigem que podem ser vivenciadas pelo
lazer, seja a de uma montanha-russa, em assistir a um filme 3D no cinema,
alguma atividade radical como o rafting entre tantas outras. Esse tipo de
sensação permite explorar a capacidade de se deixar levar, de perder o controle
e de correr riscos com segurança, calculados.
30
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
32
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Sim. Nós temos uma agenda interna no hipocampo que funciona como uma
lista de tarefas, armazenando as informações mais novas do dia. Para funcionar
bem, o cérebro precisa priorizar essas atividades e diminuir a complexidade dos
problemas. Esse é o segredo do bom planejamento mental. A satisfação aparece
quando nós resolvemos aquilo que nos deixa angustiados. Por isso é importante
dividir os grandes problemas em pequenos desafios, que podem ser resolvidos
com mais facilidade, e traçar uma estratégia simples para solucioná-los.
FONTE: Revista Você S/A. Disponível em: <http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/
materia/seu-cerebro-trabalho-612822.shtml#>. Acesso em: 18 dez. 2011.
d) Um cliente, ao receber o serviço, geralmente não tem nada de tangível até que o
serviço tenha sido prestado.
34
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
1. A liberdade.
2. A paz de espírito.
3. A companhia agradável.
4. A ausência de problemas.
5. A solitude.
6. A convivência comunitária.
7. A conveniência econômica.
8. A conveniência financeira.
9. As situações novas.
10. As expectativas de conforto.
11. O poder aquisitivo.
12. O desejo de rupturas.
13. O desejo de aparecer.
14. O amor.
15. A paixão.
5 EMPREENDIMENTOS DE LAZER
Na sequência, apresentam-se algumas modalidades de empreendimentos
em lazer para ilustrar quão amplo é o segmento.
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Bares e restaurantes
d) Restaurantes fast food: não é um restaurante onde se come depressa, mas, sim,
aquele onde a comida é preparada rapidamente. Apresenta como característica,
um cardápio reduzido. Podem oferecer em alguns casos, serviços adicionais,
como brinquedos para crianças; computadores com acesso à internet; locais
para leitura; principais jornais e revistas e até mesmo telefones.
36
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Bibliotecas
Cassinos
Cartódromo ou kartodromo
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Cinemas
38
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Circo
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Clubes
Um fato curioso é que ao longo dos anos, os horários das baladas vem se
alterando, com as festas começando cada vez mais tarde. Em algumas cidades, é
comum antes de ir para as discotecas ou casas noturnas fazer o chamado ‘esquenta’,
reunião de amigos para tomar alguns drinks para então seguir para a festa em si,
depois da meia noite.
Hotéis de lazer
40
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Museus
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Parques aquáticos
42
TÓPICO 3 | A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Parques de diversão
Pesque e pague
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
de serem encontrados nesses locais são as carpas, tilápias, bagres, tambaquis entre
outras espécies dependendo de cada região. Buscando por diferenciais competitivos,
alguns “pesque e pague” oferecem a comodidade de limpar os peixes capturados
além de ofertar a possibilidade de prepará-los na hora, se assim o cliente desejar.
Teatros
44
RESUMO DO TÓPICO 3
Olá graduando! Agora vamos retomar alguns pontos fundamentais desse
tópico:
• Diferentes aspectos da vida de uma pessoa devem ser ponderados para mensurar
seu nível de qualidade de vida.
• Ainda que a escolha por determinados tipos de lazer dependa do poder aquisitivo
da pessoa, existe uma série de outros componentes que interferem na escolha de
consumo, muito além dos financeiros.
45
AUTOATIVIDADE
2 Cite duas motivações comuns das pessoas que buscam o lazer, de acordo
com o conteúdo estudado no tópico.
46
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
As discussões sobre o tema do lazer perpassam por várias áreas do
conhecimento, como o turismo, a economia, a psicologia, a educação física e
a sociologia. Neste tópico, vamos lançar um olhar especial sobre essa última
disciplina a fim de entender que papel cumpre o lazer no contexto social.
Padilha (2002) aborda tal questão e explica que muitas vezes, o lazer
acaba se configurando como residual, como compensatório, sendo considerado
como uma fonte de recuperação de energias que se perdem no trabalho ou
no tempo de realizar obrigações. Neste sentido, o quadro que se forma é
funcionalista, isto é, o lazer é encarado como um remédio capaz de curar os
males que a sociedade provoca.
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
DICAS
48
TÓPICO 4 | O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
Convém apontar, que estas duas teorias podem se relacionar entre si,
dependendo da maneira que se trabalha com cada uma delas. Por exemplo, a
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
ideia de lazer como uma restauração para o trabalho, não é equivocada. Porém,
não é exclusiva, quer dizer, sua única razão de ser. O lazer pode servir para
alguma coisa (racionalidade instrumental) ou não (racionalidade substantiva),
ter sentido por si só, como o desfrutar do ócio, ficar de pernas para o ar,
simplesmente pelo prazer do nada fazer.
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
A partir das teorias dos tempos sociais, surge, então, uma pergunta que
parece crucial para reiterarmos a importância de caracterizar esses três conceitos,
que dão título ao artigo, a saber, ócio, tempo livre e lazer. Considerando que, ao
longo da sociedade industrial, foi o trabalho a atividade que ocupou a centralidade
na organização da temporalidade social, seria o ócio a atividade que ocuparia
na sociedade pós-industrial o lugar que foi ocupado pelo trabalho na sociedade
industrial? A atividade social e o tempo que a demarca precisam ser postos em
50
TÓPICO 4 | O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
discussão para que tenhamos elementos para a formulação de uma análise crítica
do contexto social em que hoje vivemos.
No entanto, neste tempo que poderia ser um tempo voltado para o ócio mais
verdadeiro, o consumismo termina por deteriorá-lo, mercantilizá-lo, coisificando-o
e empobrecendo-o de significados.
Estudos atuais evidenciam que ambos são muito diferentes pelo contexto
de liberdade que invocam. No caso, um se apresenta na dinâmica social brasileira
carregado dos valores do capital, relacionando-se diretamente com tempo de
reposição de energia para o trabalho. O outro envolve um sentido de utopia por
orientar a uma liberdade supostamente, longe de ser alcançada, haja vista a própria
dinâmica socioeconômica preponderante.
[...]
54
TÓPICO 4 | O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
FONTE: AQUINO, Cássio Adriano Braz; MARTINS, José Clerton de Oliveira. Ócio, lazer e tempo
livre na sociedade do consumo e do trabalho. Revista Mal-estar e subjetividade. Fortaleza, v.7,
n. 2, p. 479-500, set. 2007. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/dcefs/
Prof._Adalberto_Santos/4-ocio_lazer_e_tempo_livre_na_sociedade_do_consumo_e_do_
trabalho_22.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2012.
55
RESUMO DO TÓPICO 4
Olá acadêmico! Vamos revisar alguns pontos importantes estudados.
• A educação para o lazer tem como finalidade formar o indivíduo para que
viva o seu tempo disponível da forma mais positiva, sendo um processo de
desenvolvimento total através do qual um indivíduo amplia o conhecimento de
si próprio, do lazer e das relações do lazer com a vida e com o tecido social.
56
AUTOATIVIDADE
2 Qual é o sentido de afirmar que o lazer deve fazer parte de uma cultura
vivenciada?
57
58
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos, no decorrer dos estudos, você
encontrará atividades que o ajudarão a fixar os conteúdos adquiridos.
Assista ao vídeo
desta unidade.
59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
OS CONSUMIDORES DE LAZER
1 INTRODUÇÃO
Cada cultura possui valores definidos, que estabelecem correlação com
o sistema técnico vigente, que em toda sociedade, influi sobre a capacidade de
consumo de bens e serviços, sobre as formas de trabalho e de vida e, especificamente,
sobre a forma de uso do tempo livre. (BACAL, 2003). Nesse tópico, vamos estudar
um pouco sobre os diferentes consumidores de lazer.
61
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
62
TÓPICO 1 | OS CONSUMIDORES DE LAZER
3 O LAZER E OS ADULTOS
Dentre os públicos que desfrutam do lazer, os adultos são aqueles que
apresentam maiores dificuldades para desfrutar da atividade em sua plenitude.
É um público difícil de trabalhar porque considerando algumas exceções, os
adultos tendem a apegar-se a hábitos adquiridos, a pessoas e atividades às quais se
acostumaram pela rotina, pela conveniência e por necessidades. (ANDRADE, 2001).
63
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Ocorre também que a fim de não desejarem correr o risco de serem levados
a reações que possam criar-lhes constrangimentos ou forçar rupturas em meu
modo de levar a vida, os adultos costumam fazer de tudo para garantir o clima de
coexistência pacífica. (ANDRADE, 2001). Não restam dúvidas que as mutações do
mundo atual, vão progressivamente afastando os indivíduos do convívio social de
caráter lúdico de modo que os tempos modernos impõem outras formas de lazer,
deslocando o eixo do lazer compartilhado para modalidades individuais. (NEGRINI;
BRADACZ; CARVALHO, 2001). As formas individuais de lazer são impulsionadas
pela tecnologia, por meio de equipamentos como os computadores portáteis, tablets,
a televisão, os celulares, os video games entre outros, fato perceptível já na fase infantil.
64
TÓPICO 1 | OS CONSUMIDORES DE LAZER
etc.). Mas muitas vezes não consegue mudar seu estilo de vida. O que falta para
convencer uma pessoa assim? A resposta não é fácil e nem evidente, mas um
caminho parece ser a insistência e a constante busca por maneiras de sensibilizar
os adultos para os benefícios que o lazer lhes reserva.
Não se quer de modo algum argumentar que o destino dos idosos seriam as
atividades tradicionais e, às vezes, sem graça, como o bingo ou encontros semanais
para tricotar, sabendo que existem muitos que praticam atividades radicais e
adoram se socializar e se divertir. O que se pretende deixar claro é que se trata de
um público que demanda cuidados e atenções específicas.
65
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
66
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
67
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 5
68
UNIDADE 2 TÓPICO 2
RECREAÇÃO E LAZER
1 INTRODUÇÃO
O termo “recreação” é amplamente utilizado e conhecido e inclusive
algumas pessoas o entendem como um sinônimo de lazer. Nesse tópico, vamos
explorar o tema da recreação visando entender a sua relação com o fenômeno do
lazer e do turismo.
Vale lembrar, que da mesma forma como ocorre com o turismo, que possui
termos e palavras específicas para cada ação empreendida, no dia a dia, no uso
comum, muitas vezes, ocorre uma utilização de termos inadequados, como é o
caso de excursão, por exemplo. Da mesma forma, é possível que você visualize
no cotidiano do seu campo de atuação, o emprego de termos pouco apropriados
e específicos, como por exemplo, departamento de recreação do hotel enquanto
o mais adequado seria “departamento de lazer”, dada a amplitude das tarefas
empreendidas. Nesse caso, o importante é ter discernimento dos sentidos e após a
construção de um relacionamento (o que demanda certo tempo), você pode sugerir
uma alteração. O que não soa bem é a partir de um determinado conhecimento
sair criticando todas as pessoas e iniciativas e querer que as mudanças ocorram
rapidamente. Os relacionamentos de trabalho são construídos gradualmente.
69
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
70
TÓPICO 2 | RECREAÇÃO E LAZER
• Oficinas de poesia.
• Oficinas e tour de fotografia (aproveitando a paisagem e espaços de lazer comuns
nos hotéis).
• Aulas de culinária.
• Aulas para aprender a preparar drinks.
• Oficinas sobre os ícones da Música Popular Brasileira.
• Oficinas sobre os principais talentos das artes plásticas no Brasil.
• Oficinas sobre como aproveitar melhor os passeios nas galerias e exposições de
artes.
• Oficina de introdução à musica clássica.
• Oficina sobre dicas de moda.
• Minicursos de automaquiagem.
• Minicurso para churrasqueiros.
• Minicurso sobre o uso de chás, ervas e temperos etc.
71
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
72
TÓPICO 2 | RECREAÇÃO E LAZER
73
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
74
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Existem várias áreas para atuar na recreação entre elas: pública, comercial,
industrial, escolar, turístico-hoteleira, ecológica e hospitalar.
75
AUTOATIVIDADE
76
UNIDADE 2
TÓPICO 3
ESPORTE E LAZER
1 INTRODUÇÃO
Grande parte da população em nosso país, quando opta por alguma
atividade corporal, não tem como finalidade o rendimento ou um desempenho
profissional, mas uma forma de se exercitar no tempo de lazer, fato que explicita a
relação direta que se estabelece entre esporte e lazer. (BRUHNS, 1997). Conforme
você aprendeu, o fenômeno do lazer abarca uma série de atividades diferenciadas,
de cunho recreacional, lúdico, artístico, cultural e esportivo.
77
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
d) Para a realização das atividades, não é necessário que a equipe seja homogênea.
78
TÓPICO 3 | ESPORTE E LAZER
79
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
80
TÓPICO 3 | ESPORTE E LAZER
Norte 449 24 6 3 1 1 - -
Rondônia 52 - - - - - - -
Acre 22 2 1 1 - - - -
Amazonas 62 6 1 - - - - -
Roraima 15 3 - 1 - - - -
Pará 143 8 4 1 1 1 - -
Amapá 16 4 - - - - - -
Tocantins 139 1 - - - - - -
Nordeste 1 790 33 13 1 5 - - -
Maranhão 217 - - - - - - -
Piauí 222 - - - - - - -
Ceará 184 9 1 - 2 - - -
Rio Grande do Norte 165 4 2 - 2 - - -
Paraíba 223 2 1 1 - - - -
Pernambuco 185 7 4 - - - - -
Alagoas 102 - - - - - - -
Sergipe 75 7 4 - 1 - - -
Bahia 417 4 1 - - - - -
81
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Rio de Janeiro 92 28 6 3 - - - -
São Paulo 645 338 136 3 22 - 64 2
Bettina Monteiro
Subir morro, andar até fazer bolhas nos pés, esfolar-se, arrepiar-se de medo
e acabar o dia esgotado numa cama nada confortável não são atividades geralmente
associadas a férias ideais. No entanto, cada vez mais brasileiros alistam-se nas
fileiras do turismo de aventura, exatamente para passar por essas desventuras.
Todo mundo sabe que corpo cansado dá a agradável impressão de vitória sobre
a vil matéria. E que, à adrenalina liberada diante de um penhasco, segue-se uma
incrível sensação de prazer. Mas o motivo mais contundente para tanta gente
passar maus bocados por livre e espontânea vontade não é a bioquímica, e sim o
cenário. Só o turismo de aventura leva a algumas das paisagens mais excepcionais
do Brasil. Muitas inatingíveis para quem não se dispõe a padecer um pouquinho na
Terra antes de atingir o paraíso, que pode estar logo ali, no alto de uma montanha
ou no fundo de uma caverna.
82
TÓPICO 3 | ESPORTE E LAZER
O turismo de aventura fez com que Brotas passasse dos dois hotéis que tinha
dez anos atrás para vinte. Hoje a cidade recebe 100.000 turistas por ano. O modelo
deu tão certo que vem sendo copiado. Basta a geografia colaborar. No Parque
Nacional de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul, os cânions são percorridos
a pé e de balão. No Vale do Itajaí, em Santa Catarina, as agências locais já oferecem
83
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
84
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• Grande parte da população em nosso país, quando opta por alguma atividade
corporal, não tem como finalidade o rendimento ou um desempenho profissional,
mas uma forma de se exercitar no tempo de lazer.
85
AUTOATIVIDADE
86
UNIDADE 2
TÓPICO 4
O PLANEJAMENTO E AS POLÍTICAS
DE LAZER E TURISMO
1 INTRODUÇÃO
Tanto o turismo como o lazer precisa ser devidamente planejado para que
tais áreas possam se desenvolver cada vez mais. Neste tópico, vamos estudar os
elementos que compreendem o planejamento das políticas de turismo e lazer.
87
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Como faz notar Lobato (2006, p. 304), “na formulação de uma política
interagem mutuamente interesses diversos, representados por vários setores,
entre eles o Estado”. Bramante (1997) explica que a elaboração de políticas de lazer
demanda do gestor a utilização de estratégias de grande complexidade. Na prática,
o que se tem observado, seja em instituições públicas (prefeituras e secretarias, por
exemplo) ou em organizações privadas (hotéis e clubes recreativos, por exemplo)
é um “cardápio” de atividades de lazer, isto é, uma oferta de eventos totalmente
desconectados entre si e em relação a uma macropolítica que determine as metas
e objetivos de uma dada instituição.
88
TÓPICO 4 | O PLANEJAMENTO E AS POLÍTICAS DE LAZER E TURISMO
Dias (2005) explica que sob o ponto de vista da sociedade civil, as ONGs
configuram uma forma de participação impessoal, constituindo-se por grupos de
pessoas a partir de uma perspectiva de cidadania atuante. Existem ONGs focadas
em diversos interesses, como o turismo, o meio ambiente, o lazer, a violência
doméstica entre várias outras.
89
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
90
TÓPICO 4 | O PLANEJAMENTO E AS POLÍTICAS DE LAZER E TURISMO
• Justificativa.
• Objetivos.
• Público alvo.
• Metas.
• Procedimentos Metodológicos.
• Cobertura Espacial e Localização.
• Cronograma.
• Equipe Responsável.
• Orçamento.
• Monitoramento.
É evidente que existem formatos diferentes e que cada entidade opta pela
estrutura de projeto que melhor lhe serve sob o ponto de vista legal e operacional.
91
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:
92
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
93
94
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos buscar elementos para refletir sobre de que modo o lazer
se relaciona com o espaço público. Para isso, há de se admitir que permaneçam as
preocupações debatidas na seção anterior. Política e utilização de espaços públicos
são temas que conectam entre si, pois existe uma grande discussão no que tange à
democratização dos espaços de lazer.
2 O ESPAÇO DO LAZER
O desenvolvimento do lazer ocorre sempre em um determinado espaço,
sobre o qual exerce influências e também é influenciado. Historicamente, os
espaços utilizados pela produção sempre foram considerados os mais relevantes.
Por “produção”, entende-se o ato ou efeito de criar alguma coisa, gerar algum
produto ou realizar uma tarefa ou aquilo que é elaborado pelo homem, associando
trabalho e capital. Nesse sentido, os espaços de produção permitem observar um
produto acabado, concreto e lucrativo, isto é, um espaço onde o ser humano quer
mostrar o seu potencial. (STUCCHI, 1997).
95
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Outra problemática que permeia a questão dos espaços públicos, tais como
as praças, é que justamente por sua natureza que permite o acesso de todos, tais
espaços precisam lidar com uma séria de problemas inerentes à cidade, como a
violência, os moradores de rua, questões de iluminação, uso de drogas, pichação,
conflitos entre grupos etc.
Para que uma praça seja um bom espaço de lazer, é importante que
além dos atributos físicos e de infraestrutura, tais como bancos, iluminação,
96
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
97
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
98
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
99
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Rapoport descobriu que Buenos Aires possui 3,5 m2 de áreas de lazer por
habitante. Para se ter uma ideia da insuficiência, a Organização Mundial da
Saúde recomenda 15 m2. Mas, Rapoport não se intimidou com o fato das praças
e bosques urbanos estarem cada vez mais escassos, desta forma criou o projeto
das praças itinerantes. "Acredito que as praças móveis tenham um potencial
gerador de cidadania. Um local para encontros, descanso, dividir momentos,
para o esporte e o lazer, ou seja, para a saúde e o bem-estar", diz ele.
3 INTERSETORIALIDADE NO LAZER
No setor público, a gestão das ações e dos equipamentos específicos para o
lazer depende de ações que necessitam de articulação entre as três esferas de poder,
pois o município depende do estado e deste depende da União. Nem sempre é
observada uma vontade política deliberada por parte dos dirigentes no que tange
100
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
às ações voltadas para o lazer. (STUCCHI, 1997). Por sua vez, o fenômeno turístico
reúne características, demanda uma permanente articulação entre o setor privado
e o público, e tal aproximação é indispensável. Nas palavras de Dias (2005, p. 140):
QUADRO 1 – COMPARATIVO
PRIVADO PÚBLICO
101
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
102
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
103
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Aportes teóricos
A oferta turística se constitui de tudo o que o local dispõe como seus recursos
naturais, culturais e artificiais, bem como os bens e serviços públicos e privados.
Sendo assim, o setor público exerce papel fundamental na atividade turística e de
acordo com Dias (2005) essa importância se dá principalmente por dois motivos:
(1) o turismo é uma atividade dinâmica que pode gerar efeitos tanto positivos
quanto negativos, sendo necessário, portanto, equilibrar o objetivo do lucro com sua
sustentabilidade econômica, ambiental e social; (2) o Estado é responsável por bens
públicos como a infraestrutura, segurança, recursos naturais, culturais e outros.
104
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
105
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Metodologia
Sobre a ABIC
106
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
107
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
Conclusão
Na medida em que este Núcleo, que possui apenas dois anos de atuação,
se fortalecer contando com uma representatividade mais expressiva, será possível
verificar os efeitos da intersetorialidade, promovida por ele, no desenvolvimento
turístico de maneira mais abrangente. Atualmente pode ser considerado como
uma ação em estruturação. Todavia, esta iniciativa já representa um caminho na
construção de novos olhares na relação das organizações quanto às parcerias. Um
resultado positivo desta análise é representado pela assiduidade (em 70% dos
entrevistados) nas atividades estabelecidas por este Núcleo. Acredita-se que este
resultado positivo demanda do fato de que o processo de definição estratégica é
decidido, segundo 70% dos entrevistados, de maneira coletiva representando um
compromisso conjunto na condução das ações.
108
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: SENAC, São Paulo, 2004.
109
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
INOJOSA, R. M. <Sinergiaempolíticaseserviçospúblicos:
desenvolvimentosocialcomintersetorialidade>. Cadernos FUNDAP, n. 22, 2001,
p. 102-110. <Disponível em: http://publicacoes.fundap.sp.gov.br/ cadernos/cad22/
dados/inojosa.pdf>.
110
TÓPICO 5 | LAZER E A QUESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
111
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você viu que:
• Espaço público é uma área de uso comum e posse coletiva, pertencente ao Poder
Público e por ele gerenciado e fiscalizado e pode servir para várias finalidades.
• Para que uma praça seja um bom espaço de lazer, é importante que além dos
atributos físicos e de infraestrutura, tais como bancos, iluminação, manutenção e
jardinagem dos canteiros, limpeza a população precisa se sentir atraída e segura
para frequentar tais espaços.
• Existem diferentes critérios para determinar qual área da cidade é rural ou urbana.
112
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
113
114
UNIDADE 2
TÓPICO 6
O PROFISSIONAL DE LAZER
E SUA FORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Dada à relevância do lazer enquanto fenômeno social no decorrer do
século, XIX, XX e XXI, faz sentido que se tenha organizado um campo de formação
profissional e um campo econômico que contemple esta temática. As reflexões sobre
o tema do lazer perpassaram o mundo inteiro, de modo que muitos intelectuais,
de forma direta ou indireta, destacam-se entre eles: Bertrand Russell, Thorstein
Veblen, Georges Fridmann e Herbert Marcuse. (MELO; ALVES JÚNIOR, 2003).
DICAS
Procure conhecer mais sobre esses intelectuais. Faça pesquisas na internet para
investigar as contribuições de cada um deles.
Embora seja uma dura realidade, é necessário admitir que grande parcela
dos profissionais que atuam na área do lazer não teve uma formação adequada
e solidificada para exercerem suas atribuições, fato perceptível perante algumas
fragilidades visualizadas nesse segmento. Felizmente, o quadro vem se alterando
e melhorando à medida que cresce a oferta de cursos especializados voltados
para a área. Várias denominações são utilizadas para denominar os profissionais
que atuam diretamente na área de lazer, tais como, recreadores, animadores,
dinamizador, agente cultural, monitores entre outras.
a) A compreensão equivocada que atuar na área de lazer é fácil (basta ser divertido
e carismático).
115
UNIDADE 2 | TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER E DO TURISMO
férias, museus, hotéis etc.; para exercer diferentes funções: animador, recreador,
gestor de atividades, gerente de planejamento do lazer entre outras.
e) Percepção das sutilezas do espaço físico e das diferentes respostas que podem
provocar em cada público.
116
TÓPICO 6 | O PROFISSIONAL DE LAZER E SUA FORMAÇÃO
Não se pode negar que existe uma crítica ao trabalho desenvolvido por alguns
recreadores. Seja nas colônias de férias ou em hotéis de lazer, existem profissionais
que apresentam programas de lazer no qual o hóspede tem de seguir um rígido
programa, que lembra a rotina de trabalho ou estudo, sem opções de escolhas.
Por isso, uma das habilidades fundamentais da pessoa que atua frente
a frente com os hóspedes de lazer, é ter bom senso e saber ler os sinais a sua
volta. Em estabelecimentos que recebem turistas internacionais, o cuidado deve
ser redobrado, pois dependendo da base cultural de cada um, alguns gestos ou
atitudes podem ter conotação diferente daquela inicialmente concebida.
117
RESUMO DO TÓPICO 6
Neste tópico, você viu que:
• Existe uma compreensão equivocada que atuar na área de lazer é fácil (basta ser
divertido e carismático).
• Espera-se que o profissional de lazer seja capaz de lidar com diferentes campos
e técnicas de trabalho e que conhecimento para lidar com diferentes públicos.
118
AUTOATIVIDADE
119
120
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, no decorrer dos estudos, você
encontrará atividades que o ajudarão a fixar os conteúdos adquiridos.
Assista ao vídeo
desta unidade.
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O comportamento reflete as atitudes do homem, que estão diretamente
vinculadas àquilo que a pessoa pensa, acredita e vê, e se realiza graças à capacidade
cognitiva e emocional de cada um. Neste sentido, a direção, a persistência e a
finalidade de um comportamento constituem o objeto de estudo da motivação,
isto é, trata-se de uma área de estudo que analisa quais razões e estímulos
norteiam as ações individuais. (BACAL, 2003). Vamos nos debruçar então sobre o
comportamento e a motivação dos consumidores de lazer e turismo.
123
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
Andrade (2001) comenta que as pessoas que demonstram uma busca obsessiva
por repouso e lazer, por conta de sua ideia fixa e do objetivo que esperam atingir, não
se distraem e nem relaxam. Ademais, o nível intelectual, as necessidades e os gostos
pessoais, somados a disposição para relaxar e as possibilidades para tanto, constituem-
se em fatores predeterminantes da qualificação do resultado do lazer.
124
TÓPICO 1 | MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
como “Teoria da Hierarquia das necessidades”, que oferece uma base sólida
para situarmos os motivos das viagens turísticas. Nessa teoria, as necessidades
humanas são divididas em cinco grupos, dispostos em uma ordem hierárquica. A
partir do momento em que uma necessidade é atendida, busca-se a satisfação da
próxima ascendente. (MAXIMIANO, 2007).
125
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
Isto quer dizer que muitas pessoas não foram educadas para o desfrute
do lazer e não possuem o costume de realizar certo esforço para organizar e
viabilizar seu lazer, seja organizando mentalmente suas atividades com cuidado,
afim de que sobre mais tempo para descansar; pesquisando em sites e jornais a
programação artística e cultural da sua cidade; economizando dinheiro ao longo
de todo o ano para poder realizar um passeio nas férias; planejando o ambiente de
sua casa (quartos, salas e varandas) para que estes fiquem mais aconchegantes e
estimulantes para o convívio social etc.
126
TÓPICO 1 | MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
2) Por saúde: engloba as pessoas que, sem estarem doentes, viajam por motivações
de beleza, estética e rejuvenescimento.
6) Para descansar: pressupõe certo nível de exaustão motivado pelo trabalho, pela
família ou pela vida urbana.
127
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
Para Coriolano e Silva (2005) a viagem turística de lazer possui por objetivo
a busca do prazer e do gozo, permitindo a pessoa se distanciar do seu cotidiano,
propiciando o encontro com o novo, o diferente e visa satisfazer diversos prazeres
que vão do luxo ao consumo, avançando para o resgate psíquico que permitiria, de
certa forma, a pessoa ser mais feliz. Evidentemente, as viagens de lazer são bastante
distintas das viagens realizadas por razões de negócios, seja em sua motivação
e pelas características inerentes a cada modalidade. Swarbrooke e Horner (2002)
identificam as diferenças no quadro a seguir:
128
TÓPICO 1 | MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
129
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
d) Turista errante: esse tipo realiza grande esforço para ser aceito, ainda que
temporariamente, como parte da comunidade local. Não possui um itinerário
planejado e escolhe suas destinações e acomodações de forma improvisada,
sem prévio planejamento. Tenta evitar ao máximo o contato com empresas
turísticas formais.
130
TÓPICO 1 | MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
Por isso, muitas vezes, durante uma viagem de férias é comum que o sujeito
leve alguns dias (ou pelo menos algumas horas) para se ambientar e passar
a desfrutar do seu tempo de lazer. Por tal razão, o turismo é tão eficiente na
tarefa de permitir a restauração mental, física e psicológica, pois usualmente,
assegura tempo e espaço para tanto.
Tal fato é realmente instigante, mas é notável que muitas pessoas mudam
sua postura e sua atitude quando viajam. Algumas se tornam mais expansivas e
alegres, outras passam a utilizar roupas bem mais coloridas, vibrantes e despojadas
do que no dia a dia, outras demonstram interesse por assuntos que antes pareciam
não lhe agradar. Se a viagem for em grupo então, parece que as mudanças e até
mesmo os exageros são potencializados. Como é notável em várias situações
cotidianas, duas moças acomodadas em um restaurante, tendem a falar em um
tom de voz natural. Em um grupo de dez mulheres, por sua vez, a tendência é
um aumento expressivo no tom da conversação e que estas se apresentem de
forma mais expansiva. O estudo do comportamento das pessoas e dos diferentes
consumidores é um tema complexo que cresce nos últimos anos.
131
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
132
RESUMO DO TÓPICO 1
• As motivações são as causas subjetivas que vão fazer com que o turista decida
sua viagem.
133
AUTOATIVIDADE
134
UNIDADE 3
TÓPICO 2
O LAZER E A EMPRESA
1 INTRODUÇÃO
Durante muitos anos, os tempos de trabalho e os tempos de lazer
mantiveram-se claramente separados e a dicotomia existente impedia a realização
de práticas mais integradoras. Nos últimos anos, essa realidade foi alterada e no
âmbito das organizações, o lazer passou a ser debatido e incorporado por muitas
empresas. Neste tópico, vamos analisar de que modo ocorreu esse processo e
observar quais são os avanços e as fragilidades que permeiam essa relação.
135
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
137
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
138
TÓPICO 2 | O LAZER E A EMPRESA
g) aumento da produtividade.
139
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
Priscilla Nery
Ele informa que a produtividade aumenta cerca de 20% nas empresas que
investem em qualidade de vida. "Além disso, com um ambiente de trabalho
equilibrado, a redução de custos com saúde chega a 50%, já que os colaboradores
ficam doentes com menos frequência e por menos tempo", conta.
140
TÓPICO 2 | O LAZER E A EMPRESA
A especialista citou vários serviços que podem ser oferecidos para o bem-
estar dos funcionários. Quem sabe sua empresa não resolve implantar algum:
141
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
142
TÓPICO 2 | O LAZER E A EMPRESA
143
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
144
RESUMO DO TÓPICO 2
145
AUTOATIVIDADE
5 Cite três atividades de lazer que podem ser realizadas nas empresas.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
146
UNIDADE 3
TÓPICO 3
LAZER E TECNOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Após a Revolução Industrial, o advento tecnológico impulsionou uma série
de inovações e mudanças que passaram a fazer parte da vida das pessoas e das
empresas. No âmbito do lazer e do turismo, a tecnologia também foi responsável
por profundas alterações e indispensável para que se criassem novas modalidades
de entretenimento. Neste tópico, vamos analisar de que modo a tecnologia e os
avanços da era digital interferem no lazer das pessoas.
chama atenção que em vez de se ter um conhecimento mais verdadeiro dos lugares,
com a possibilidade de consultar imagens de praticamente todos os destinos em
qualquer parte do mundo, o turismo pode ser impactado pela criação de imagens
estereotipadas. (SANTOS, 2000).
148
TÓPICO 3 | LAZER E TECNOLOGIA
151
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
152
TÓPICO 3 | LAZER E TECNOLOGIA
Sob o ponto de vista econômico, tamanho é o sucesso dos video games como
forma de entretenimento que nos últimos anos, despontam-se novos cursos, em
nível técnico e de graduação, focados na elaboração de jogos.
Simone Tinti
Jogos de video game sempre geram polêmica entre os pais. Afinal, fazem bem
ou mal para as crianças? Para a psicóloga Andréa Jotta Nolf, do Núcleo de Pesquisa
da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP, as crianças de hoje não conhecem
o mundo sem tecnologia. Portanto, não seria possível privá-las do video game.
153
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
compulsão. E como perceber isso? “Se a criança não pede mais para ir ao parque,
deixa de estudar, não se interessa por outras atividades ou não telefona mais
para os amigos, é o momento de diminuir as horas de jogo”, diz.
Uma saída para o equilíbrio é oferecer mais opções de lazer dos filhos.
Além de jogar video game, eles devem ter outras formas de diversão, como a
prática de esportes ou brincadeiras ao ar livre. Além disso, o game não pode
atrapalhar a hora da lição ou do banho. “Os pais precisam criar regras e
serem firmes na execução delas. Até pode ser atraente ter algumas horas de
sossego, com o filho quietinho em frente à televisão ou computador, mas os
combinados devem ser seguidos”, explica.
Prislaine Krodi diz, ainda, que no caso dos games violentos, a atenção deve
ser maior com os menores de 7 anos. “Até essa idade, aproximadamente, a criança
não separa muito bem a fantasia da realidade”, diz. Uma solução é explicar a
diferença do que acontece no jogo e na vida real e, se possível, incentivá-lo a
brincar com outro game. “Os pais precisam saber o que o filho está jogando,
discutir o que acontece na tela e oferecer outras opções”, afirma Prislaine.
154
TÓPICO 3 | LAZER E TECNOLOGIA
155
RESUMO DO TÓPICO 3
• A concepção de que o lazer cultural seria uma forma mais sofisticada e que seria
destinada a camadas privilegiadas da população, precisa ser abandonada nos
dias de hoje.
156
AUTOATIVIDADE
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 4
O LAZER E O JOGO
1 INTRODUÇÃO
Muitos turistas viajam motivados em participar de jogos e apostas. O
jogo é um segmento do turismo que cresceu nos últimos anos. Existem destinos
e cruzeiros famosos por seus cassinos, e talvez Las Vegas seja um ícone desse
segmento. Neste tópico, vamos estudar a relação que se estabelece entre os jogos,
o lazer e o turismo.
2 OS JOGOS E OS CASSINOS
O primeiro cassino europeu foi fundado por volta de 1638, quando os
venezianos decidiram trabalhar profissionalmente o jogo, batizando-o de Il
Redotto e, em seguida, fundaram diversos outros. Nesse período inicial, houve
muitas brigas, impasses e falências, pois muitas famílias levaram suas finanças a
ruínas, jogando suas posses e até sua dignidade pessoal nas mesas e nas roletas.
Passado o período de conflitos e tumultos, houve a regulamentação do jogo e dos
cassinos, que há séculos compõe um dos setores mais lucrativos no âmbito do
lazer, nos países onde sua prática é legalmente permitida. (ANDRADE, 2001b).
159
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
160
TÓPICO 4 | O LAZER E O JOGO
Ciudad Del Leste (CDE), no Paraguai, têm dois cassinos – Gran Casino
Paraná e Gran Casino Itaipu. Com ambientes cuidadosamente decorados,
sempre com muito glamour e elegância, ambos levam os visitantes a cenários
que lembram os grandes centros de jogos, como Las Vegas.
“De cara nova” – Outra opção é o Gran Casino Paraná (antigo Casino
Acaray), que foi remodelado recentemente e se tornou opção de lazer para toda
a família. A casa de jogos conta também com boate e restaurante internacional,
com um cardápio para agradar aos paladares mais exigentes. Caso a intenção seja
apenas um happy hour, o Casino Paraná é uma boa opção para saborear petiscos.
Essa nova estrutura foi inaugurada no final de outubro do ano passado. Situado
próximo ao Rio Paraná, o cassino é anexo ao luxuoso Hotel Casino Acaray, de
padrão quatro estrelas. O local ganhou fama internacional por ter sido cenário
para a gravação do filme “Miami Vice”.
161
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
162
RESUMO DO TÓPICO 4
163
AUTOATIVIDADE
164
UNIDADE 3
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Se a tarefa de relacionar alguns assuntos, como lazer e trabalho, podem
requerer algum esforço inicial, algumas associações parecem tão evidentes e parecem
se encaixar perfeitamente. Festa e lazer são um desses casos. A festa é uma expressão
de alegria, de diversão, de encontro. As festas são uma forma de lazer muito difundida
e antiga. Neste tópico, vamos abordar a questão das festas e do lazer.
2 FESTAS E TURISMO
As festas são um espetáculo à parte e ocorrem em um espaço e tempo
especiais e o setor do entretenimento empreende significativos esforços para fazer
com que as pessoas se abstraiam de seu lugar comum social e temporal a fim de
integrá-las na esfera festiva. As festas podem acontecer em diferentes espaços, tais
como: ruas, clubes, bares, praças das cidades, centros de eventos entre outros. As
festas permitem explorar a variável temporal de diferentes formas. O complexo
Disney Village, em Orlando, Flórida, comemora todas as noites, à meia-noite, uma
festa de réveillon. (TRIGO, 2003).
165
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
166
TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
167
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
A cada ano que passa, o carnaval brasileiro toma força e os desfiles das
escolas de samba, do Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente, são atrações
aguardadas por muitos durante vários meses.
Seja para descansar ou para cair na folia, o fato é que o brasileiro vai sair de
casa durante o carnaval. É o que revela levantamento do Ministério do Turismo
que estima a realização de seis milhões de viagens, dentro do Brasil, no período
que começa na sexta-feira (17) e se estende até a Quarta-Feira de Cinzas (22).
Os destinos mais procurados são Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Recife
(PE). As seis milhões de viagens, realizadas por turistas brasileiros e internacionais,
devem resultar em uma movimentação financeira de R$ 5,5 bilhões.
168
TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
LEITURA COMPLEMENTAR
1. INTRODUÇÃO
169
UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
É nesse sentido que Ecléa Bosi (1981) insiste em destacar que o lazer deve
ser sempre definido em relação (de posição e oposição) ao trabalho. Não com fato
externo, mas como é vivido pelo trabalhador, como é integrado na vida cotidiana
e qual é a significação para a sua consciência.
170
TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
É justamente nesse sentido que vemos o papel social importante das festas
que no dizer de Balandier (1985) abrem espaços no interior da sociedade e ela
não seria apenas um espetáculo onde se joga com a realidade e com o imaginário,
mas igualmente, oferece a possibilidade para uma participação ativa onde se
criam momentos para a libertação física e psíquica propiciando a vivência da
convivialidade e solidariedade.
2. FESTA
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Capra, em sua obra às conexões ocultas (2002, s.n.), diz que “a capacidade
marcante do nosso planeta é a sua capacidade intrínseca de sustentar a vida” e sinto-
me tentada a parafraseá-lo dizendo que a capacidade marcante do Homem é a sua
capacidade de sustentar a vida social. Entre os mecanismos alienantes da economia
e as limitações opressoras do poder, o Homem reage infiltrando, nos interstícios
da sociedade, formas de vivências revitalizadoras para recuperar seu sentido de
participação e construção de identidade. Assim, numa convivência solidária, em
diferentes modos de ser e viver, os homens criam, imaginam e inventam formas de
sustentar o humano no social, a identidade na impessoalidade.
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TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
projetos, artes e devoção; como modelo de ação popular e como produto turístico
capaz de revitalizar e revigorar muitas cidades.
3. METODOLOGIA
4. O FESTEJAR
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5. FESTA DE PARINTINS
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TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
Tudo que se possa ler e ouvir, imagens que se possam ver, não conseguem
transmitir a efervescência da festa, seu aspecto monumental e seu clima feérico.
Ao amanhecer do primeiro dia dos festejos a cidade entra em ebulição. As ruas
se transformam, num abrir e fechar de olhos, barracas se erguem com os mais
variados produtos e as embarcações típicas do amazonas, com dois ou três andares
e dezenas de redes para acomodar os passageiros, buscam lugar para atracar. Desse
momento em diante, as ruas centrais, se transformam em palco onde milhares de
turistas passeiam, dançam e compram artesanato. Sucos de frutos afrodisíacos são
anunciados e pratos típicos são disputados nas barracas. Bicicletas, transformadas
em ‘taxi’, disputam espaço com os turistas.
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6. A FESTA DA CAVALHADA
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TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
ensaio das pastorinhas, para a programação dos fogos de artifício, para a confecção
das máscaras dos cavaleiros. Alguns moradores confirmam esse prolongamento
do ‘festejar’ durante muito tempo e nas mais variadas ocasiões.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vemos, portanto, que a festa é uma realidade social que requer abordagens
e interpretações múltiplas e complementares. Entre elas, gostaria de ressaltar o
fato de que ela é um espaço privilegiado para a prática do lazer.
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UNIDADE 3 | TURISMO E LAZER - TEMAS TRANSVERSAIS
REFERÊNCIAS
178
TÓPICO 5 | FESTAS, LAZER E CULTURA
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culturaeturismo /edicao3/artigo3.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2012.
179
RESUMO DO TÓPICO 5
180
AUTOATIVIDADE
181
182
REFERÊNCIAS
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trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
BACAL, Sarah. Lazer e o universo dos possíveis. São Paulo: Aleph, 2003.
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REVISTA EXAME – Praça móvel traz solução para espaços públicos carentes
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TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Entretenimento: uma crítica aberta. São Paulo: Ed.
Senac, 2003.
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ANOTAÇÕES
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