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APÓS ATINGIR “FUNDO DO POÇO” EM ABRIL, VAREJO CRESCE 13,9% EM MAIO

Queda do isolamento social e e-commerce ajudaram o varejo a repor parte das perdas impostas pela
Covid-19 até o momento. Com o início da flexibilização da quarentena, setor deverá avançar também
em junho. CNC projeta queda de 6,3% neste ano.

Em maio, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro avançou 13,9% em relação a abril, de
acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (08/06) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, no entanto, foi insuficiente para o setor recuperar as perdas
de março (-2,8%) e abril (-16,3%), que refletiram os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o
consumo.

QUADRO I
VOLUME DE VENDAS DO VAREJO
(Variações % em relação ao mês anterior com ajuste sazonal)
110

100
Índice 2014=100

90 mai/20
88,6
dez/16
80 87,3
jan/10 abr/20
77,6 77,8
70

60
set/09

set/10

set/11

set/12

set/13

set/14

set/15

set/16

set/17

set/18

set/19
mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16

mai/17

mai/18

mai/19

mai/20
jan/10

jan/11

jan/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16

jan/17

jan/18

jan/19

jan/20

Fonte: CNC

Mesmo com a alta inédita de maio, o volume de vendas correspondeu ao nível observado em
dezembro de 2016. No conceito ampliado, que agrega dados dos segmentos automotivo e de
materiais de construção, a alta foi ainda maior (+19,6%). Esse resultado representou o primeiro
avanço em três meses após fortes retrações de 14,0% em março e 17,5% em abril.

Todas as atividades envolvidas na pesquisa registraram crescimento em maio, com destaque para os
segmentos “não essenciais” do varejo, tais como: tecidos, vestuário e calçados (+100,6%), veículos,
motos, partes e peças (+51,7%) e móveis e eletrodomésticos (+47,5%).
QUADRO II
VOLUME DE VENDAS SEGUNDO SEGMENTOS DO VAREJO EM MAIO DE 2020
(Variações % em relação ao mês anterior com ajuste sazonal)
100,6

51,7 47,5 45,2

22,2 18,5 16,6


10,3 7,1 5,9

Tecidos, vestuário e Veículos, Móveis e Outros artigos de Material de Livros, jornais, Equipamentos e Artigos Hipermercados, Combustíveis e
calçados motocicletas, partes eletrodomésticos uso pessoal e construção revistas e papelaria materiais para farmacêuticos, supermercados, lubrificantes
e peças doméstico escritório, médicos, produtos
informática e ortopédicos, de alimentícios, bebidas
comunicação perfumaria e e fumo
cosméticos Fonte: CNC

Em relação a maio de 2019, as vendas apresentaram variação de -7,2% em maio - a terceira


consecutiva; contudo, as perdas ocorreram de forma menos intensa do que em abril (-17,1%). Exceto
o ramo de hiper e supermercados, todas as demais atividades seguem apresentando quedas. Ainda
nesta base comparativa, 23 das 27 unidades da Federação apresentaram recuo no volume de vendas,
no mês de junho.

De acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),
as perdas mensais de faturamento em relação ao período anterior à decretação da pandemia de
Covid-19 se aproximaram de R$ 40 bilhões em março, atingindo rapidamente um pico de R$ 77,4
bilhões no mês seguinte. Desde então, o setor segue apresentando perdas menos intensas. Desde o
início da crise, o comércio já deixou de faturar R$ 240,8 bilhões, por conta dos efeitos decorrentes da
pandemia.

QUADRO III
PERDAS MENSAIS DE RECEITAS NO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO EM RELAÇÃO AO PERÍODO
PRÉ-PANDEMIA
(R$ Bilhões)

77,4
69,5
54,6

39,3

março abril maio junho

Fonte: CNC
Três fatores ajudam a explicar a evolução verificada a partir de maio. No curto prazo, a menor
adesão ao isolamento social levou a uma maior circulação de consumidores no comércio. O índice de
isolamento social, medido pela consultoria Inloco, segue tendência decrescente no Brasil desde o
início de abril. Após alcançar 63% da população na segunda metade de março, o indicador abriu o
mês de julho com uma média semanal próxima a 40%.

QUADRO IV
ÍNDICE DE ISOLAMENTO SOCIAL NO BRASIL
(% da população)
70

60

50
%

40

30

20

Diário Média Móvel (7 dias)


Consultoria InLoco

Um segundo aspecto decorre da reação do próprio setor aos efeitos da pandemia. Com a queda no
consumo presencial, os varejistas passaram a intensificar ações de vendas via e-commerce. Segundo
levantamento da Receita Federal do Brasil, o volume de vendas no comércio eletrônico tem evoluído
de forma acelerada, nos últimos meses. Depois de crescer 39%, no comparativo de maio deste ano
com o mesmo mês do ano passado, em junho houve aumento real de 72% ante o mesmo mês de
2019.
QUADRO V
MÉDIA DIÁRIA DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO NO BRASIL
(R$ Bilhões)

0,67
0,57
0,47 0,49
0,44 0,43
0,40 0,39 0,41 0,41 0,39
0,38

jan fev mar abr mai jun

Faturamento 2019 (R$ bi) Faturamento 2020 (R$ bi)


Fonte: Receita Federal do Brasil

O número de notas fiscais eletrônicas, que, em fevereiro deste ano, registrava uma média diária de
aproximadamente 650 mil emissões, evoluiu sistematicamente, alcançando, em junho, 1,26 milhão
de operações. Em junho de 2019, foram emitidas 520 mil notas diárias, registrando-se, portanto, um
avanço de 142% no comparativo anual.

Finalmente, o início do processo de flexibilização da quarentena em diversas regiões do país acelerou


a queda no índice de isolamento social. Não fossem as medidas de flexibilização, o setor teria
perdido R$ 67,9 bilhões em vendas, no mês passado (R$ 13,3 bilhões a mais do que o observado,
segundo cálculos da CNC).

QUADRO VI
PERDAS DE VENDAS DIÁRIAS DO VAREJO BRASILEIRO EM JUNHO DE 2020
(R$ Bilhões)

4,00

3,00
R$ bilhões

2,00

1,00

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Com Flexibilização Sem Flexibilização
Fonte: CNC
Mantida a tendência de gradual abertura dos estabelecimentos comerciais, o setor deverá
apresentar perdas menos acentuadas nos comparativos interanuais, no decorrer dos próximos
meses. Contudo, mesmo em um cenário mais próximo à normalidade operacional, a recuperação da
atividade comercial ainda dependerá dos impactos sobre as variáveis condicionantes do consumo
nos próximos meses.

Os estragos provocados sobre o mercado de trabalho, a aversão à oferta e à demanda de crédito e o


nível de confiança dos consumidores tenderão a cumprir um papel cada vez mais determinante no
ritmo de vendas até o final de 2020.

Neste cenário, a CNC prevê uma retração de 6,3% do volume de vendas do comércio varejista, neste
ano. Para o conceito ampliado, a entidade projeta um recuo de 9,2%. Em ambos os casos, a crise sem
precedentes, imposta à atividade econômica, deverá levar o setor a registrar as maiores quedas
anuais da série histórica da PMC.

QUADRO VII
VOLUME DE VENDAS DO VAREJO
(Variações % em relação ao ano anterior)
13,6
11,1 10,911,3
9,2 9,7 9,1 9,9 8,4 8,0
4,8
6,2 6,4 5,9 6,8 6,7 6,6
5,0
4,3 3,6 4,0 3,9
3,1 2,2 2,1 2,3 1,8

-1,6 -0,7 -1,7


-3,7 -4,3
-6,2 -6,3
-8,6 -8,7 -9,2

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020*

Volume de Vendas do Varejo Volume de Vendas do Varejo Ampliado


* projeção CNC Fontes: IBGE e CNC

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