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Principais temas

para provas

Reumatologia

SIC CLÍNICA
MÉDICA
© 2018 by

PRINCIPAIS TEMAS EM REUMATOLOGIA


Aleksander Snioka Prokopowistch - Hérica Cristiani Barra de Souza - Ana Cristina de Medeiros Ribeiro -
Renan de Almeida Agustinelli - Felipe Omura - Jozélio Freire de Carvalho - Rodrigo Antônio Brandão Neto -
Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda - Renato Akira Nishina Kuwajima - Leandro Arthur Diehl -
Viviane Teixeira - Bruna Savioli

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais


Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite
Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro
Diagramação: Diego Cunha Sachito - Jorlandi Ribeiro - Jovani Ribeiro - Paulo Sergio Gualtieri
Criação de Capa: R2 Editorial
Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore
Preparação de Originais: Andreza Queiroz
Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza
Revisão de Texto e de Provas: Caroline R. dos Anjos - Marcela Zuchelli Marquisepe
Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida
Serviços Editoriais: Eliane Cordeiro - Tatiana Alves
Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Principais temas em Reumatologia / Aleksander Snioka Prokopowistch


- Hérica Cristiani Barra de Souza - Ana Cristina de Medeiros Ribeiro
- Renan de Almeida Agustinelli - Felipe Omura - Jozélio Freire de Car-
valho - Rodrigo Antônio Brandão Neto - Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda
- Renato Akira Nishina Kuwajima - Leandro Arthur Diehl - Viviane
Teixeira - Bruna Savioli - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2018. --
(Principais temas em Reumatologia)

1. Reumatologia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as
tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica
ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das
diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente
no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Abril, 2018
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.
Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados
à Medcel Editora e Eventos Ltda.
Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil
www.medcel.com.br
(11) 3511 6161
Autoria e colaboração

Aleksander Snioka Prokopowistch Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda


Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de
de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e Londrina (UEL). Especialista em Clínica Médica e em Reu-
em Reumatologia e doutor em Reumatologia pelo HC- matologia pela UEL. Especialista em Aperfeiçoamento
FMUSP. Médico assistente da Divisão de Clínica Médica em Dor pela Faculdade de Medicina da Universidade de
do HU-USP. São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Reumato-
logia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Hérica Cristiani Barra de Souza
Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Renato Akira Nishina Kuwajima
Pará (UEPA). Especialista em Clínica Médica pela Socie- Graduado em Medicina pela Universidade de Mogi das
dade Brasileira de Reumatologia (SBR). Cruzes (UMC). Especialista em Clínica Médica pela Irman-
dade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (IS-
Ana Cristina de Medeiros Ribeiro CMSP). Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Pazzanese. Médico emergencista do Hospital do Câncer
Paraíba (UFPB). Especialista em Reumatologia pelo Hos- A. C. Camargo.
pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-
dade de São Paulo (HC-FMUSP). Reumatologista Assis- Leandro Arthur Diehl
tente no Ambulatório de Reumatologia do HC-FMUSP Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica
e no Centro de Dispensação de Medicamentos de Alto e em Endocrinologia pela Universidade Estadual de Lon-
Custo (CEDMAC), do HC-FMUSP. drina (UEL). Especialista em Endocrinologia pela Socie-
dade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Renan de Almeida Agustinelli Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela UEL e dou-
Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médi- tor em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do
cas de Santos (FCMS) e especialista em Reumatologia da Adolescente, linha de Ensino em Saúde, pelas Faculdades
Universidade Federal de São Paulo. Pequeno Príncipe. Médico docente da UEL, supervisor
Felipe Omura do programa de Residência Médica em Clínica Médica do
Hospital Universitário de Londrina/UEL e vice-coordena-
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos
dor do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HU/UEL.
(FCMS). Especialista em Clínica Médica e em Reumatolo-
gia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Viviane Teixeira
Jozélio Freire de Carvalho Graduada em Medicina pela Universidade Federal do
Ceará (UFC). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital
Graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde
do Servidor Público Estadual (HSPE).
Pública. Especialista e doutor em Reumatologia pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Bruna Savioli
(FMUSP). Pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv. Li- Graduada em Ciências Médicas pela Universidade Me-
vre-docente da FMUSP. Membro de Comissões da Socie- tropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em Clínica
dade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diretor científico Médica e em Reumatologia pelo Hospital do Servidor
da Sociedade Bahiana de Reumatologia. Médico do Cen- Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Pós-graduan-
tro Médico Aliança, Salvador. da em Ciências Aplicadas em Reumatologia pela Uni-
Rodrigo Antônio Brandão Neto versidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médica pre-
ceptora do Serviço de Residência de Clínica Médica do
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-
HSPE-SP.
versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-
cialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em
Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),
onde é médico assistente da disciplina de Emergências
Clínicas.
Atualização 2018
Bruna Savioli

Assessoria didática
Viviane Teixeira

Revisão de conteúdo
Natália Varago Franchiosi

Revisão técnica
Cinthia Ribeiro Franco
Dan Yuta Nagaya
Daniela Andrea Medina Macaya
Edivando de Moura Barros
João Guilherme Palma Urushima
Luan Forti
Lucas Kenzo Miyahara
Mariana da Silva Vilas Boas
Matheus Fischer Severo Cruz Homem
Nadia Mie Uwagoya Taira
Priscila Schuindt de Albuquerque Schil
Ryo Chiba
Viviane Aparecida Queiroz
Wilian Martins Guarnieri
William Vaz de Sousa
Yuri Yamada
Apresentação

O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide


pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em
grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo, obri-
gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino
superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las.
Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas práti-
cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande
parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno,
como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa
de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o
que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo.
Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel, forma-
da por profissionais das áreas pedagógica e editorial e médicos das mais
diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para
Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de
seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e
dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes
em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o alu-
no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao fi-
nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar
o gabarito de imediato.
Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma
preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.
Índice

Capítulo 1 - Osteoartrite.................................. 17 3. Achados clínicos ....................................................... 64


4. Forma sistêmica ou doença de Still ................... 65
1. Introdução ...................................................................18
5. Forma oligoarticular ................................................67
2. Epidemiologia.............................................................18
6. Formas poliarticulares (fator reumatoide
3. Classificação ...............................................................18 positivo ou negativo).............................................. 69
4. Fisiopatologia............................................................ 20 7. Forma relacionada a entesite ............................... 69
5. Manifestações clínicas.............................................21 8. Forma psoriásica ..................................................... 70
6. Achados radiológicos ............................................ 23 9. Forma indiferenciada............................................... 71
7. Achados laboratoriais ............................................. 25 10. Achados laboratoriais e de imagem .................72
8. Diagnóstico ................................................................ 26 11. Diagnóstico diferencial ..........................................73
9. Tratamento .................................................................27 12. Tratamento ...............................................................74
Resumo ............................................................................. 31 Resumo ............................................................................77

Capítulo 2 - Artrite reumatoide .....................33 Capítulo 4 - Artrites sépticas .........................79

1. Introdução .................................................................. 34 1. Introdução ..................................................................80

2. Epidemiologia............................................................ 34 2. Artrite não gonocócica............................................81

3. Etiologia ...................................................................... 34 3. Artrite gonocócica ................................................... 87

4. Patologia e patogenia..............................................35 4. Artrite viral ...............................................................90

5. Manifestações clínicas articulares ..................... 36 5. Micobactérias.............................................................91

6. Manifestações extra-articulares ........................ 39 6. Fungos ......................................................................... 92

7. Achados laboratoriais ............................................. 45 Resumo ............................................................................ 94

8. Avaliação radiológica ..............................................47


9. Diagnóstico ................................................................48
Capítulo 5 - Espondiloartrites
soronegativas ....................................................95
10. Diagnóstico diferencial ........................................ 50
1. Introdução .................................................................. 96
11. Evolução e prognóstico......................................... 52
2. Epidemiologia.............................................................97
12. Tratamento .............................................................. 52
3. Espondilite anquilosante ........................................97
13. Síndrome de Felty.................................................. 59
4. Artrite reativa.......................................................... 114
Resumo ............................................................................. 61
5. Artrite relacionada a doenças inflamatórias
intestinais (enteroartrites) .................................. 119
Capítulo 3 - Artrite idiopática juvenil .......... 63 6. Artrite psoriásica .................................................... 121
1. Introdução .................................................................. 64 7. Miscelânea .................................................................127
2. Epidemiologia............................................................ 64 Resumo .......................................................................... 128
Capítulo 6 - Febre reumática.........................129 Capítulo 9 - Fibromialgia................................195
1. Introdução................................................................. 130 1. Introdução..................................................................196
2. Epidemiologia.......................................................... 130 2. Epidemiologia...........................................................196
3. Etiopatogenia .......................................................... 130 3. Etiopatogenia............................................................196
4. Quadro clínico........................................................... 131 4. Manifestações clínicas...........................................197
5. Achados laboratoriais........................................... 138 5. Investigações laboratorial e radiológica ......... 199
6. Diagnóstico diferencial......................................... 138 6. Critérios diagnósticos............................................ 199
7. Tratamento................................................................140 7. Tratamento................................................................203
8. Alergia a penicilina..................................................143 Resumo...........................................................................205
Resumo........................................................................... 144
Capítulo 10 - Osteoporose............................ 207
Capítulo 7 - Gota...............................................145
1. Introdução................................................................ 208
1. Introdução................................................................. 146 2. Epidemiologia......................................................... 208
2. Epidemiologia.......................................................... 146 3. Fisiopatologia.......................................................... 208
3. Fisiopatologia............................................................147 4. Classificação ............................................................ 210
4. Estágios clássicos .................................................. 150 5. Fatores de risco........................................................213
5. Associações clínicas................................................152 6. Manifestações clínicas ......................................... 214
6. Achados radiográficos.......................................... 154 7. Avaliação diagnóstica ........................................... 214
7. Achados laboratoriais.............................................155 8. Screening................................................................... 218
8. Diagnóstico................................................................156
9. Tratamento............................................................... 218
9. Tratamento................................................................157
Resumo........................................................................... 227
10. Tratamento da hiperuricemia ...........................163
11. Condrocalcinose – pseudogota..........................163 Capítulo 11 - Vasculites.................................. 229
12. Doença articular por deposição de outros
cristais...................................................................... 166 1. Introdução.................................................................230

Resumo........................................................................... 168 2. Classificação..............................................................231


3. Vasculite predominantemente de grandes
vasos.......................................................................... 232
Capítulo 8 - Síndromes reumáticas dolorosas
regionais............................................................169 4. Vasculite predominantemente de
médios vasos...........................................................238
1. Introdução................................................................. 170 5. Vasculite predominantemente de pequenos
2. Ombro........................................................................ 170 vasos..........................................................................242

3. Cotovelo......................................................................175 6. Miscelânea................................................................254

4. Punho e mão.............................................................178 Resumo...........................................................................264

5. Quadril........................................................................ 184
6. Joelho..........................................................................187 Capítulo 12 - Síndrome de Sjögren.............. 267

7. Tornozelo e pé.......................................................... 190 1. Introdução.................................................................268


Resumo............................................................................193 2. Epidemiologia..........................................................268
3. Etiopatogenia e fatores de risco........................268 3. Patogênese...............................................................345
4. Quadro clínico..........................................................268 4. Quadro clínico .........................................................346
5. Achados laboratoriais........................................... 272 5. Exames laboratoriais.............................................350
6. Outros exames........................................................ 272 6. Outros exames ........................................................351
7. Diagnóstico................................................................ 274 7. Diagnóstico................................................................ 352
8. Tratamento .............................................................. 276 8. Diagnóstico diferencial......................................... 352
Resumo.......................................................................... 280 9. Tratamento...............................................................354
10. Dermatomiosite juvenil ..................................... 355
Capítulo 13 - Lúpus eritematoso Resumo........................................................................... 356
sistêmico............................................................281

1. Definição....................................................................282 Capítulo 16 - Doença mista do tecido


2. Epidemiologia..........................................................282 conjuntivo......................................................... 357

3. Etiopatogenia...........................................................282 1. Epidemiologia...........................................................358
4. Manifestações clínicas..........................................283 2. Quadro clínico..........................................................358
5. Avaliação laboratorial...........................................295 3. Diagnóstico...............................................................360
6. Diagnóstico e diagnóstico diferencial...............299 4. Prognóstico...............................................................361
7. Tratamento................................................................302 5. Tratamento................................................................361
8. Prognóstico e sobrevida.......................................307 6. Síndrome de Marfan..............................................362
9. Situações especiais.................................................308 Resumo...........................................................................364
Resumo............................................................................312
Capítulo 17 - Síndrome antifosfolípide....... 365
Capítulo 14 - Esclerose sistêmica.................315 1. Introdução.................................................................366
1. Definição.....................................................................316 2. Anticorpos antifosfolípides.................................366
2. Epidemiologia...........................................................316 3. Critérios diagnósticos ........................................... 367
3. Etiopatogenia............................................................316 4. Quadro clínico ......................................................... 367
4. Classificação..............................................................317 5. Diagnóstico diferencial..........................................369
5. Manifestações clínicas...........................................321 6. Tratamento...............................................................370
6. Exames complementares.....................................334 Resumo........................................................................... 373
7. Tratamento................................................................ 336
8. Prognóstico............................................................. 340 Capítulo 18 - Principais características
Resumo.......................................................................... 340
laboratoriais e autoanticorpos das
doenças autoimunes...................................... 375

1. Artrite reumatoide................................................. 376


Capítulo 15 - Dermatomiosite e
polimiosite........................................................ 343 2. Polimiosite/dermatomiosite............................... 376

1. Introdução................................................................ 344 3. Doença mista do tecido conjuntivo................... 377

2. Epidemiologia..........................................................345 4. Síndrome de Sjögren............................................. 377


5. Esclerose sistêmica................................................ 377
6. Vasculites.................................................................. 377
7. Lúpus eritematoso sistêmico............................... 378
8. Padrões de imunofluorescência indireta........ 378
Resumo........................................................................... 379
Rodrigo Antônio Brandão Neto Hérica Cristiani Barra de Souza
Ana Cristina de Medeiros Ribeiro Renato Akira Nishina Kuwajima
Aleksander Snioka Prokopowitsch Bruna Savioli

5
As espondiloartrites incluem Espondilite Anquilosante
(EA), síndrome de Reiter e outras artrites reativas pós-
-infecciosas, Artrite Psoriásica (AP) e enteroartrites
(relacionadas às doenças inflamatórias intestinais),
espondiloartrite de início na juventude e espondiloar-
trite indiferenciada. Têm envolvimento inflamatório das
articulações axiais (coluna vertebral – espondilite – e
sacroilíacas – sacroileíte), e pela presença de oligoartrite
periférica assimétrica (de 2 a 4 articulações), entesites
(inflamação na inserção óssea de tendões, ligamentos

Espondiloartrites
e cápsulas articulares) e ausência de Fator Reumatoide
(FR). As entesites ocorrem na fáscia plantar, na inserção
do tendão de aquiles, ao redor de pelve, coluna, região
anterior do tórax (junções costocondrais) e tuberosi-
dade tibial. Já a Artrite Reativa (ARe) surge após certas
infecções dos aparelhos geniturinário (Chlamydia tracho-
matis) e gastrintestinal (Salmonella e Shigella) em homens
soronegativas
jovens, brancos, com HLA-B27 positivo (de 50 a 80%).
Exemplo clássico é a síndrome de Reiter (artrite, uretrite
não gonocócica e conjuntivite). Enteroartrite ocorre em
cerca de 20% daqueles com Doença de Crohn (DC) ou
Retocolite Ulcerativa (RU), sendo artralgias migratórias
ou artrite aditiva, não erosiva, oligoarticular, usualmente
assimétrica e predominantemente de membros inferio-
res, acometendo mais joelhos, tornozelos e pés. A AP
pode apresentar-se de muitas formas: monoartrite, oli-
goartrite assimétrica, envolvimento de articulações
axiais (com características de espondiloartropatias soro-
negativas), poliartrite simétrica (semelhante à artrite
reumatoide) e artrite mutilante. Ocorre em 10% daqueles
com psoríase. Outras doenças que entram como diagnós-
ticos possíveis são doença de Whipple (diarreia, perda
de peso severa, febre, artrite, linfadenopatias cervical
e axilar, hiperpigmentação generalizada e serosite) e
síndrome BAPHO (pustulose plantar, sacroileíte, hiperos-
teose vertebral e entesopatia) e artropatias relacionadas
a bypass intestinal e doença celíaca.
98 sic reumatologia

Figura 1 - Patogenia da lombalgia inflamatória

Figura 2 - (I) Tomografia computadorizada no plano coronal oblíquo mostrando es-


paços articulares preservados e simétricos, com superfícies regulares. O espaço é
considerado normal entre 2 e 4mm; (II) classificação radiográfica na avaliação das
articulações sacroilíacas. Grau 0 – normal; (A) grau I – suspeito; (B) grau II – discreta
irregularidade e esclerose das superfícies articulares, com o espaço articular pre-
servado; (C) grau III – redução articular, além de intensa irregularidade e esclerose
subcondral; (D) grau IV – anquilose bilateral
Fonte: The Assessment of SpondyloArthritis international Society (ASAS) handbook:
a guide to assess spondyloarthritis. Annals of the Rheumatic Diseases.
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Ana Cristina de Medeiros Ribeiro Renan de Almeida Augustinelli
Aleksander Snioka Prokopowitsch Renato Akira Nishina Kuwajima
Hérica Cristiani Barra de Souza Bruna Savioli

14
A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença rara, com maior inci-
dência em mulheres entre 30 e 50 anos. Na forma difusa, o
espessamento cutâneo ocorre no tronco e nas extremidades
proximais, podendo também acometer a face e a porção dis-
tal dos membros, estando mais associada a fibrose pulmonar
e anticorpo antitopoisomerase (anti-Scl-70). Na forma limitada,
há espessamento cutâneo limitado a membros distalmente
aos cotovelos e joelhos, estando mais associada a hiperten-
são pulmonar e anticorpo anticentrômero (ACA), e síndrome
CREST (C – Calcinose; R – Raynaud; E – dismotilidade Esofá-

Esclerose
gica; S – eSclerodactilia; T – Telangiectasias), com diagnóstico
na presença de 3 ou mais critérios, tendo relação alta com ACA.
Há, ainda, esclerodermia localizada, que afeta áreas restritas
à pele, como morfeia, esclerodermia linear ou face (lesão “em

sistêmica
golpe de sabre”). Sintomas iniciais são inespecíficos e incluem
Fenômeno de Raynaud (FRy), fadiga e sintomas musculoes-
queléticos, que duram por semanas e meses, sendo que o 1º
sinal clínico que sugere diagnóstico de ES na pele é o edema
dos quirodáctilos ou da mão. FRy ocorre, na maioria das vezes,
desencadeado por temperaturas frias ou estresse emocional,
gerando contratura da musculatura das artérias digitais e pré-
-capilares, com palidez cutânea, cianose, hiperemia reativa,
promovendo lesões cutâneas típicas (geradas pela isquemia):
reabsorção de polpas digitais, pitting scars, reabsorção óssea
e perda de falanges. A esclerose possui 3 fases: edematosa,
fibrótica e atrófica. O acometimento pulmonar é a principal
causa de mortalidade, sendo que pacientes com a forma difusa
da ES têm maior risco de doença intersticial pulmonar (antito-
poisomerase I), enquanto aqueles com a forma limitada têm
maior risco de hipertensão pulmonar (ACA positivo). O apa-
relho digestório é o 2º mais atingido depois da pele. Podem
ocorrer artralgias e mialgias inespecíficas, sendo artrite das
mãos e dos punhos, simétrica, não erosiva e responsiva a tera-
pia com imunossupressores. Pode haver, ainda, osteólise ou
reabsorção de extremidades ósseas distais. A crise renal escle-
rodérmica caracteriza-se por hipertensão arterial acelerada
com perda da função renal, proteinúria e hematúria microscó-
pica. Inibidores da enzima conversora de angiotensina devem
ser rapidamente instituídos. Nos exames complementares,
pesquisa do fator antinúcleo é indispensável (positiva em 95%,
porém inespecífico), além de antitopoisomerase I, ACA e os anti-
-RNA polimerase. Outros exames, para acompanhamento, são
esôfago-estômago-duodeno, pHmetria e endoscopia digestiva
alta, prova de função pulmonar completa, tomografia computa-
dorizada de alta resolução, ecocardiograma, eletrocardiograma
e cateterismo cardíaco direito, para acometimentos pulmonar e
cardíaco. Não existe tratamento específico para a doença, com
medidas gerais e medicamentos sintomáticos o mais recomen-
dado. Medidas essas, como proteção das extremidades contra
o frio, fisioterapia e terapia ocupacional, ajudam a evitar a pro-
gressão das deformidades e estados de contratura.
esclerose sistêmica 319

Formas
ES difusa ES limitada
clínicas
Quadro pul-
Fibrose intersticial pul- Hipertensão Arterial
monar mais
monar Pulmonar (HAP)
associado

Anticorpo
mais asso- Antitopoisomerase I ACA
ciado

Melhor do que o da
Reservado, associado à
forma difusa, mas limi-
Prognóstico gravidade do acometi-
tado pela gravidade da
mento visceral
HAP

O prognóstico da esclerodermia é reservado e, frequentemente,


é tema de prova. Os fatores de risco que aumentam a morta-
lidade são: envolvimento cutâneo extenso (escore de Rod-
nan ≥35), envolvimentos cardíaco e pulmonar, doença renal extensa
e presença do anticorpo antitopoisomerase I. Em alguns estudos, en-
controu-se maior mortalidade no sexo masculino, bem como idade pre-
coce de início dos sintomas. A hipertensão pulmonar é determinante
no prognóstico da doença, além do envolvimento visceral extenso, in-
cluindo doença pulmonar intersticial, que são marcadores de gravidade
na forma cutânea difusa.
Além da ES em suas 2 formas, difusa e limitada, que atinge órgãos in-
ternos (não só a pele), o espectro da esclerodermia compreende uma
forma de esclerodermia localizada, que afeta áreas restritas à pele e
estruturas adjacentes, poupando órgãos internos. Pode ocorrer em
placas (morfeia – Figura 4), em áreas lineares (esclerodermia linear –
Figura 5) ou na face (lesão “em golpe de sabre” – Figura 6). Apesar de
raramente a ES e a esclerodermia limitada ocorrerem juntas, são con-
sideradas doenças distintas, inclusive epidemiologicamente. A esclero-
dermia limitada é muito mais frequente em crianças e adolescentes.

Figura 3 - Síndrome CREST


Fontes: Rheumatology in Prac-
tice, 2010.

Figura 4 - Morfeia em placas


Principais temas
para provas

QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Reumatologia

SIC R3
Questões

Reumatologia - R3 Questões
Reumatologia

c) os anti-inflamatórios não hormonais podem ser utili-


zados com segurança em pacientes de qualquer ida-
Osteoartrite
de, sempre que há sinais inflamatórios na articulação
acometida
2017 - AMP - CLÍNICA MÉDICA d) o sulfato de glicosamina e condroitina é contraindica-
1. Uma mulher de 64 anos relata 2 anos de evolução de do como tratamento de base devido aos efeitos cola-
dor nos joelhos bilateralmente, desencadeada à deam- terais gastrintestinais
bulação, e que a dor piorou há 6 meses. Ao exame, apre- Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
senta bom estado geral, com IMC = 36kg/m2, crepitação Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder

de joelhos, sinal da tecla negativo e aumento de volume


2017 - UFPA - CLÍNICA MÉDICA
nas articulações interfalangianas distais das mãos, bila-
3. Com relação à osteoartrite, é correto afirmar que:
teralmente. Considerando o diagnóstico mais provável,
a) existe rigidez matinal com duração superior a 30 mi-
é correto afirmar que:
nutos
a) o paracetamol é a droga de escolha no tratamento
b) o tratamento com paracetamol tem eficácia seme-
inicial
lhante à dos anti-inflamatórios não hormonais no alí-
b) a redução ponderal, apesar da redução de pressão
vio da dor
nos joelhos, não modifica os sintomas
c) o repouso articular absoluto quase sempre está indi-
c) as injeções de corticosteroides intra-articulares mos-
cado nos casos avançados de osteoartrite
tram-se efetivas e com resultados por até 6 semanas
d) por não ser uma doença sistêmica, a velocidade de
d) treinos aeróbicos e/ou de resistência não são benéfi-
hemossedimentação encontra-se normal
cos, piorando os sintomas da doença dos joelhos e) nos casos de estenose do canal medular por espon-
e) há evidência de que o fortalecimento muscular de diloartrose lombar, a dor lombar piora quando o pa-
mãos é eficaz na redução da dor associada à doença ciente fica sentado e melhora na ortostase
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2017 - UFMT - CLÍNICA MÉDICA 2016 - HSPE - CLÍNICA MÉDICA


2. A.C.R., de 33 anos, apresenta diagnóstico de Artrite 4. Com relação aos pacientes com osteoartrite/artrose
Reumatoide (AR) há 1 ano e 5 meses. Vem apresentan- de coluna, assinale a alternativa correta:
do artralgias, principalmente no cotovelo e no punho a) todos apresentam dor aos movimentos e melhora do
direitos, com piora ao esforço físico e no frio. Desde o quadro álgico quando em repouso
diagnóstico, faz uso de metotrexato, 15mg/sem às se- b) apresentam maior risco de fraturas osteoporóticas
gundas-feiras, ácido fólico, 5mg às terças-feiras e, dia- c) tendem a ser obesos e a apresentar dislipidemia
riamente, amitriptilina 25mg à noite, omeprazol 20mg d) infiltrações das articulações interfacetárias estão in-
em jejum e meloxicam 15mg pela manhã, em caso de dor. dicadas em 70% dos casos
Há 8 meses, parou com a prednisona 10mg/d. Mesmo e) devem ser encorajados a utilizar terapia medicamen-
em uso desses medicamentos, vem apresentando crises tosa e reabilitação física
de dores recorrentes. O resultado da última dosagem do
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fator reumatoide foi o qualitativo reagente e o quanti-
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tativo, igual a 64UI/mL. Considerando as manifestações
clínicas e o tratamento da osteoartrite, assinale a afir- 2016 - SANTA CASA-BH - CLÍNICA MÉDICA
mativa correta: 5. Sobre as doenças do quadril, sua cronologia de apare-
a) pode ocorrer aumento da temperatura local nos perí- cimento dos sintomas e a relação com a idade do pacien-
odos de piora clínica te, assinale a alternativa correta:
b) dor articular é o principal sintoma, bem como rigidez a) idade avançada: artrose primária e doença de Paget
matinal e pós-repouso geralmente superior a 30 mi- b) 10 a 16 anos: tuberculose, subluxação congênita e os-
nutos teoporose transitória
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Reumatologia

trite erosiva, o calor pode ser percebido com maior fa-


cilidade.
Osteoartrite
b) Incorreta. Caracteristicamente, a rigidez matinal da
osteoartrite dura menos de 30 minutos.
Questão 1. A paciente do caso, idosa, apresenta uma dor c) Incorreta. Os anti-inflamatórios podem ser utilizados
articular de caráter mecânico (desencadeada à movimen- quando não há contraindicação, principalmente no caso
tação), com crepitação ao exame físico e sem evidência de de pacientes idosos, com maior risco de complicações
sinovite, o que nos faz pensar na hipótese de osteoartrite. gastrintestinais, renais e cardiovasculares.
O aumento de volume nas articulações interfalangianas d) Incorreta. Apesar de não serem rotineiramente reco-
distais indica a presença de nódulos de Heberden. O obje- mendados, em virtude de resultados conflitantes nos úl-
tivo do tratamento da osteoartrite é minimizar a dor, oti- timos estudos, os efeitos adversos relacionados a essas
mizar a funcionalidade e modificar os processos de dano medicações são muito pequenos, de modo que não há
à articulação. Como terapia não farmacológica, temos a contraindicação bem estabelecida.
prática de exercícios físicos, perda de peso e o uso de dis- Gabarito = A
positivos de auxílio quando necessários, como órteses.
Como terapia farmacológica, podemos utilizar anti-infla- Questão 3. A osteoartrite ou osteoartrose é a doença
matórios não esteroides tópicos e orais, capsaicina tópica, articular mais comum da atualidade, com uma vasta va-
duloxetina e corticoide intra-articular. O uso de parace- riabilidade com relação à apresentação clínica, que usu-
tamol, considerado de 1ª linha anteriormente, tem sido almente consiste em dor articular e limitação funcional.
deixado de lado, atualmente, por não apresentar efeitos Analisando as alternativas:
analgésicos significativos. Analisando as alternativas: a) Incorreta. A rigidez matinal na osteoartrite é caracte-
a) Correta. O uso do paracetamol, durante muito tempo, risticamente menor do que 30 minutos.
foi considerado de 1ª linha para analgesia em pacientes b) Correta. Atualmente, como terapia farmacológica,
com osteoartrose, sendo recomendado por algumas so- podemos utilizar anti-inflamatórios não esteroides tó-
ciedades. picos e orais, capsaicina tópica, duloxetina e corticoide
b) Incorreta. Perda ponderal é uma medida não farmaco- intra-articular, a depender do grau de acometimento
lógica importante para o manejo da osteoartrite. articular no paciente. O uso de paracetamol, durante
c) Incorreta. O corticoide intra-articular não é recomen- muito tempo, foi considerado de 1º linha, porém tem sido
dado de rotina, em virtude do seu tempo curto de dura- deixado de lado por não apresentar efeitos analgésicos
ção, de aproximadamente 4 semanas. significativos. Esses dados são provenientes da literatu-
d) Incorreta. A prática de exercícios físicos, atualmente, ra americana, de modo que, no Brasil, essa medicação
tem sido considerada tão benéfica para o alívio sintomá- ainda é bastante utilizada.
tico quanto o uso de anti-inflamatórios, sendo a associa- c) Incorreta. Para todos os pacientes com osteoartrite
ção de atividades aeróbicas e de fortalecimento a forma moderada a grave está indicada a prática de exercícios
mais indicada para sua realização (ressaltando que sem- físicos com o objetivo de alívio álgico e proteção articular.
pre se deve individualizar cada caso). d) Incorreta. A VHS pode estar alterada, porém usual-
e) Incorreta. O fortalecimento muscular tem benefício mente com valores menores do que nas artropatias in-
comprovado na osteoartrose de joelhos, principalmente. flamatórias (<40mm/1ª hora).
Gabarito = A e) Incorreta. Na estenose de canal medular, a dor melho-
ra ao assumir a posição sentada e piora com a ortostase
Questão 2. A osteoartrite, ou osteoartrose, é a doença e a deambulação.
articular mais comum da atualidade, com uma vasta va- Gabarito = B
riabilidade em relação à apresentação clínica, que usu-
almente consiste em dor articular e limitação funcional. Questão 4. Pacientes com osteoartrite (OA) de coluna
Analisando as alternativas: podem apresentar alterações radiográficas sem dor, o
a) Correta. Pincipalmente no caso de osteoartrite com que chamamos de dissociação clínico-radiográfica. A
deposição de cristais de pirofosfato de cálcio e osteoar- osteoartrite associava-se a média mais elevada de den-

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