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UMA BREVE HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Yuval Noah Harari

13.5 bilhões – Surgem matéria e energia. Começo da física. Aparecem átomos e moléculas. Começo
da química.
4.5 – Formação do planeta Terra.
3.8 bilhões – Surgimento de organismos. Começo da biologia.
6 milhões – Último ancestral em comum de humanos e chimpanzés.
2.5 milhões – Evolução do gênero Homo na África. Primeiras ferramentas de pedra.
2 milhões – Humanos se espalham dad África para a Eurásia. Evolução de diferentes espécies
humanas.
500 mil – Surgem os neandertais na Europa e no Oriente Médio.
300 mil – Uso cotidiano do fogo.
200 mil – Surge o Homo sapiens na África Oriental.
70 mil – Revolução Cognitiva. Surge a linguagem ficcional. Começo da história. Os sapiens se
espalham a partir da África.
45 mil – Os sapiens povoam a Austrália. Extinção da megafauna australiana.
30 mil – Extinção dos neandertais.
16 mil – Os sapiens povoam a América. Extinção da megafauna americana.
13 mil – Extinção do Homo floresiensis. O Homo sapiens é a única espécie humana sobrevivente.
12 mil – Revolução Agrícola. Domesticação de plantas e animais. Assentamentos permanentes.
5 mil – Primeiros reinos, sistemas de escrita e dinheiro. Religiões politeístas.
4.25 mil – Primeiro império – o Império Acádio de Sargão.
2.5 mil – Invenção da moeda – um dinheiro universal. Império Persa – uma ordem política universal
“em prol de todos os humanos”. Budismo na Índia – uma verdade universal “para libertar todos os
seres do sofrimento”.
2 mil – Império Han na China. Império romano no Mediterrâneo. Cristianismo.
1.4 mil – Islamismo.
500 – Revolução Científica. A humanidade admite sua ignorância e começa a conquistar a América e
os oceanos. O planeta inteiro torna-se um só palco histórico. Ascensão do capitalismo.
200 – Revolução Industrial. Família e comunidade são substituídas por Estado e mercado. Extinção
em massa das plantas e animais.
O presente – Os humanos transcendem os limites do planeta Terra. As armas nucleares ameaçam a
sobrevivência da humanidade. Cada vez mais, os organismos são moldados por design inteligente e
não por seleção natural.
O futuro – O design inteligente se torna o princípio básico da vida? O Homo sapiens é substituído por
super-humanos?

1 UM ANIMAL INSIGNIFICANTE
13.5 bi – “Big Bang” – física.
300 mil anos depois, matéria + energia se aglutinam em estruturas complexas chamadas “átomos”,
que então se combinam em “moléculas”. A história desses dois e de suas interações é chamado
química.
3.8 bi – moléculas se combinam em estruturas mais complexas chamadas “organismos” e a sua
história é chamada biologia.
História – história de culturas, aglomerações.
Espécies – geralmente se se acasalam, gerando descendentes férteis. Um número de espécies com um
ancestral comum – gênero. Biólogos nomeiam uma espécie por dois nomes em latim. Gênero +
espécie = Homo (homem) + sapiens (sábio)
Família – grandes primatas, vizinhos mais próximos incluem chimpanzés, orangotangos e gorilas.
Humanos surgem na África Oriental cerca de 2.5 milhões de anos, a partir de um gênero anterior de
primatas chamado Australopithecus, que significa “macaco do Sul”. Neandertais eram mais robustos e
resistiam ao clima frio da Eurásia ocidental do gelo. O Homo erectus é a espécie humana de maior
geração (1.5 milhões de anos).
Espécies humanas – cérebros extraordinariamente se comparado a outros mamíferos
Posição ereta – livra os braços para concentrar energia e habilidade nos dedos – produção de
ferramentas, as primeiras datam de 2.5 milhões. Para mulheres – downside, quadris mais estreitos
restringindo canal do parto – bebês precoces favorecidos
“A evolução, assim, favoreceu aqueles capazes de formar fortes laços sociais” (p. 18). “Os humanos
saem do útero como vidro derretido saindo de uma fornalha. Podem ser retorcidos, esticados e
moldados com surpreendente liberdade”.
TUTANO – bone marrow
“Além disso, os próprios humanos não conseguiram se ajustar. A maior parte dos grandes predadores
do planeta são criaturas grandiosas. Milhões de anos de supremacia os encheram de confiança em si
mesmos. O sapiens, diferentemente, está mais para um ditador de uma república de bananas. Tendo
sido até tão pouco tempo atrás um dos oprimidos das savanas, somos tomados por medos e ansiedades
quanto à nossa posição, o que nos torna duplamente cruéis e perigosos. Muitas calamidades históricas,
de guerras mortais e catástrofes ecológicas, resultaram desse salto apressado” (p. 20).
Advento do fogo – hábito de cozinhar, encurtar o intestino longo e aumentar o tamanho do cérebro.
Neandertais – cuidavam de deficientes físicos * indícios de ossos encontrados por arqueólogos
70 mil anos sapiens da África Oriental se espalham pela península Arábica e tomam o território da
Eurásia (já ocupada por outros humanos) – a) miscigenação b) teoria da substituição: repulsa,
genocídio – nas últimas décadas a segunda teoria prevaleceu entre os cientistas, mas isso terminou em
2010 quando se mapeou o genoma dos neandertais.
70 mil – 30 mil anos atrás – sapiens inventam barcos, lâmpadas a óleo, primeiros objetos que podem
ser chamados de arte e joalheria, primeiros indícios de religião, comércio e estratificação social.
Linguagem incrivelmente versátil, evoluiu como um meio de partilhar informações sobre o mundo.
“Nossa linguagem evlouiu como uma forma de fofoca. De acordo com essa teoria, o Homo sapiens é
antes de mais nada um animal social” (p. 31).
Lendas, mitos, deuses e religiões aparecem pela primeira vez com a Revolução Cognitiva. “Essa
capacidade de falar sobre ficções é a característica mais singular da linguagem dos sapiens” (p. 32).
“Afinal, a ficção pode ser perigosamente enganosa ou confusa. As pessoas que vão à floresta à
procura de fadas e unicórnios parecem ter uma chance menor de sobrevivência do que as que vão à
procura de cogumelos e cervos. E, se você passa horas rezando para espíritos guardiães inexistentes,
não está perdendo um tempo precioso, tempo que seria masi bem utilizado procurando comida,
guerreando e copulando?” (p. 33). – ficção e redes sociais
“Mas a ficção nos permitiu não só imaginar coisas como também fazer isso coletivamente [...] Os
sapiens podem cooperar de maneiras extremamente flexíveis com um número incontável de
estranhos” (p. 33).
“As pessoas entendem facilmente que os “primitivos” consolidam sua ordem social acreditando em
deuses e espíritos e se reunindo a cada lua cheia para dançar juntos em volta da fogueira. Mas não
conseguimos avaliar que nossas instituições modernas funcionam exatamente sobre a mesma base.
Considere, por exemplo, o mundo das coorporações. Os executivos e advogados modernos são, de
fato, feiticeiros poderosos. A principal diferença entre eles e os xamãs tribais é que os advogados
modernos contam histórias muito mais estranhas” (p. 36).
Realidade dual: objetiva e imaginada – direitos humanos também é uma realidade imaginada
Companhia de responsabilidade limitada – Peugeot SA, “corporações” que ironicamente são
destituídas de corpo
Comércio – confiança entre estranhos: ancestral mítico ou animal totêmico em comum
Revolução Cognitiva – a história (cultura) declara independência da biologia
“Para entender a ascensão do cristianismo ou a Revolução Francesa, não basta compreender a
interação entre genes, hormônios e organismos. É necessário, também, levar em consideração a
interação entre ideias, imagens e fantasias” (p. 46).
“Seria mais adequado chamar a Idade da Pedra de Idade da Madeira, pois a maioria das ferramentas
usadas pelos antigos caçadores-coletores era feita de madeira [...] Artefatos feitos de materiais
perecíveis – como madeira, bambu ou couro – só sobrevivem em condições especiais (p. 51)

 Um “horizonte de possibilidades” significa todo o espectro de crenças, práticas e experiências


que se apresentam diante de determinada sociedade, considerando suas limitações ecológicas,
tecnológicas e culturais. Cada sociedade e cada indivíduo normalmente explora apenas uma
pequena fração de seu horizonte de possibilidades (p. 54).
“Os debates acalorados sobre o “estilo de vida natural” do Homo sapiens perdem de vista a
questão princial. Desde a Revolução Cognitiva, não existe um único estilo de vida natural para os
sapiens. Há apenas escolhas culturais, dentro de um conjunto assombroso de possibilidades (p.
54).
“Os achés não eram anjos nem demônios – eram humanos. Como também eram os antigos caçadores-
coletores” (p. 63).
“O animismo (de “anima”, alma ou espírito em latim) é a crença de que praticamente todo lugar, todo
animal, toda planta e todo fenômeno natural tem consciência e sentimentos, e que pode se comunicar
diretamente com os humanos [...] Os animistas acreditam que não existe barreira entre os homens e
outros seres. Eles podem se comunicar diretamente por meio da fala, da música, da dança e de
cerimônias” (p. 63-4).
Cortina de silêncio – conjecturas, especulações, ponderações
Diprotodonte
“A extinção da megafauna australiana foi provavelmente a primeira marca significativa que o Homo
sapiens deixou em nosso planeta” (p. 79).
Revolução agrícola - 9500-8500 a.C. – sudeste da Turquia, oeste do Irã e no Levante, “Em vez de
prenunciar uma nova era de vida tranquila, a Revolução Agrícola proporcionou aos agricultores uma
vida em geral mais difícil e menos gratificante que a dos caçadores-coletores. Estes passavam o tempo
com atividades mais variadas e estimulantes e estavam menos expostos à ameaça de fome e doença. A
Revolução Agrícola certamente aumentou o total de alimentos à disposição da humanidade, mas os
alimentos extras não se traduziram em uma dieta melhor ou em mais lazer. Em vez disso, se
traduziram em explosões populacionais e elites favorecidas [...] A Revolução Agrícola foi a maior
fraude da história” (p. 89-90).
Domesticação de animais – Castração para menos agressividade. Nova Guiné, porcos: arrancam
pedaço do focinho para dificultar a atividade de respiração toda vez, cortam os olhos. Dependência
“Em consequência, desde o advento da agricultura as preocupações com o futuro se tornaram atores
importantes no teatro da mente humana” (p. 110).
“A história é o que algumas pessoas fizeram enquanto todas as outras estavam arando campos e
carregando baldes de água” (p. 111).
1776 a. C. – Babilônia é a maior cidade do mundo, Código de Hamurabi: deuses Anu, Enlil e Marduk
(principais deidades do panteâo mespotâmico) nomeiam Hamurabi para fazer a justiça prevalecer na
terram abominar o que é mau e perverso, impedir que os fortes oprimam os fracos. Lista de 300
julgamentos.
“Os norte-americanos tiraram a ideia de igualdade do cristianismo, que afirma que todo indivíduo tem
uma alma de origem divina e que todas as almas são iguais diante de Deus [...] A evolução se baseia
na diferença, e não na igualdade” (p. 117).
Liberdade existe só na imaginação.
Frase para a Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776):
Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens evoluíram de forma
diferente, que nasceram com certas características mutáveis, que entre estas estão a vida e a procura
do prazer.
“A escrita é um método para armazenar infomrações por meio de símbolos materiais” (p. 130)
Sistema sumério de base 6 deixa o legado do dia em 24 horas e do círculo em 360 graus.
O primeiro nome registrado ‘Kushim’ pode ser provavelmente aquele de um contador. Escrita
cuneiforme, hieroglifos, quipos.
“As hierarquias têm uma função importante. Elas permitem que estranhos saibam como tratar uns aos
outros sem desperdiçar o tempo e a energia necessários para se tornarem pessoalmente
familiarizados” (p. 144).
Raças, castas, minorias – fontes de contaminação. Preconceito racial: ciclo vicioso que retroalimenta.
Leis Jim Crow: negros proibidos de votar em eleições, estudar em escolas de branco, comer em
restaurantes de branco, dormir em hoteis de branco.
Sexo: categoria biológica (masculino e feminino)
Gênero: categoria cultural (homem e mulher)
“Diferentemente das leis da física, que estão livres de inconsistências, toda ordem criada pelo homem
é cheia de contradições internas. As culturas estão o tempo todo tentando conciliar essas contradições,
e esse processo alimenta a mudança” (p. 172).
“Da mesma forma que duas notas musicais discordantes tocadas ao mesmo tempo colocam em
movimento uma composição musical, a dissonância em nossos pensamentos, ideias e valores nos
compele a pensar, reavaliar e criticar. A consistência é o parque de diversões das mentes
entorpecidas” (p. 173).
“Se tensões, conflitos e dilemaas irremediáveis são o tempero de todas as culturas, um ser humano
pertencente a qualquer cultura específica deve ter crenças contraditórias e ser dilacerado por valores
incompatíveis” (p. 173).
1519 – Hernán Cortês invade o México, demandam ouro que cura a doença do coração
Dinheiro – evolução natural, verdade intersubjetiva. Conchas, gado, couro, sal, grãos, contas, tecidos.
Auschwitz – cigarro como moeda
“O dinheiro é, consequentemente, um sistema de confiança mútua, e não só isso: o dinheiro é o mais
universal e mais eficiente sistema de confiança mútua já inventado” (p. 188).
Cevada, siclo de prata 8,33 gramas de prata não moeda (Antiga Mesopotâmia).
“Seja como for, o dinheiro é também o apogeu da tolerância humana. O dinheiro é mais tolerante que
linguagem, leis estaduais, códigos culturais, crenlas religiosas e hábitos sociais” (p. 193).
“As comunidades humanas e as famílias sempre se basearam na crença em coisas “de valor
inestimável”, como honra, lealdade, moral e amor. Essas coisas ficam de fora do domínio do mercado
e não deveriam ser compradas ou vendidas por dinheiro. Mesmo que o mercado ofereça um bom
preço, certas coisas simplesmente não devem ser feitas. Pais não devem vender seus filhos como
escravos; um cristão devoto não deve cometer um pecado mortal; um cavaleiro leal não deve trair seu
senhor; e terras de tribos ancestrais não devem ser vendidas a estrangeiros” (p. 194).
“Não que esse caldeirão cultural tenha tornado o processo de assimilação mais fácil para os
conquistados. A civilização imperial pode muito bem ter absorvido inúmeras contribuições de
diversos povos conquistados, mas o resultado híbrido ainda era estranho à grande maioria. O processo
de assimilação era, com frequência, doloroso e traumático. Não é fácil abrir mão da tradição local e
familiar, assim como é difícil e estressante entender e adotar uma nova cultura” (p. 207).
“Se os impérios são, por definição, ruins, o que isso diz sobre nós?” (p. 212)
“Os indianos são apaixonados por críquete e chai, e tanto o jogo quanto a bebida são legados
britânicos” (p. 213)
“Ninguém sabe ao certo como resolver a questão espinhosa da herança cultural. Qualquer que seja o
caminho escolhido, o primeiro passo é reconhecer a complexidade do dilema e aceitar que a divisão
simplista entre mocinhos e bandidos não leva a lugar nenhum. A menos, é claro, que estejamos
dispostos a admitir que costumamos seguir o exemplo dos bandidos” (p. 214).
“Os protestantes acreditavam que o amor divino é tão grande que Deus encarnou e se permitiu a ser
torturado e crucificado, redimindo, desse modo, o pecado original e abrindo as portas do Céu a todos
aqueles que professassem a fé Nele. Os católicos defendiam que a fé, embora essencial, não era
suficiente. Para entrar no Céu, os crentes tinham de participar de rituais na igreja e fazer boas ações.
Os protestantes se recusavam a aceitar isso, argumentando que essa compensação diminuía a grandeza
e o amor de Deus” (p. 224)
Dia do Massacre de São Bartolomeu (1572)
“O dualismo é uma visão de mundo muito atraente, porque tem uma resposta simples e sucinta para o
famoso problema do mal, uma das preocupações fundamentais do pensamento humano. “Por que há
mal no mundo? Por que há sofrimento? Por que acontecem coisas ruins com pessoas boas?” Os
monoteístas têm d epraticar uma ginástica intelectual para explicar como um Deus onisciente, todo-
poderoso e perfeitamente bom permite tanto sofrimento no mundo” (p. 228)
1500 – 1000 a.C. profeta Zoroastro (Zaratustra) Centro da Ásia. Os zoroatristas viam o mundo como
uma batalha cósmica entre o deus bom Ahura Mazda e o deus mau Angra Mainyu.
“Na verdade, o monoteísmo, tal como se desenvolveu ao longo da história, é um caleidoscópio de
legados monoteístas, dualistas e politeístas que se misturam sob um único conceito divino. O cristão
típico acredita no Deus monoteísta, mas também no Diabo dualista, em santos politeístas e em
fantasmas animistas. Os estudiosos das religiões têm um nome para essa aceitação simultânea de
ideias diferentes e até mesmo nome para essa aceitação simultânea de ideias diferentes e até mesmo
contraditórias e a combinação de rituais e práticas tirados de fontes diferentes: sincretismo. O
sincretismo talvez seja, de fato, a única grande religião mundial” (p. 231)
“A religiãao é um sistema de normas e valores humanos que se baseia na crença em uma ordem
sobre-humana. A teoria da relatividade não é uma religião porque (pelo menos até agora) não há
normas e valores humanos baseados nela. O futebol não é uma religião porque ninguém afirma que
suas regras refletem decretos sobre-humanos. O islamismo, o budismo e o comunismo são religiões
porque são sistemas de normas e valores humanos que se baseiam na crença em uma ordem sobre-
humana. (Note a diferença entre “sobre-humano” e sobrenatural. A lei da natureza budista e as leis da
história marxistas são sobre-humanas, já que não foram legisladas por humanos. Mas não são
sobrenaturais.)” (p. 237)
Humanismo liberal – essência de cada um é válida, as respostas estão no interior de cada, “direitos
humanos”
Humanismo socialista – “humanidade” é coletiva, espécie homo sapiens, desigualdade é a pior
blasfêmia
Ideologias baseadas no monoteísmo, perante à figura divina somos todos iguais.
“A única seita humanista que rompeu com o monoteísmo tradicional é o humanismo evolutivo, cujos
representantes mais famosos são os nazistas. O que distinguia o nazismo de outras seitas humanistas
era uma definição diferente de “humanidade”, que era fortemente influenciada pela teoria da
evolução. À diferença de outros humanistas, os nazistas acreditavam que a humanidade não é algo
eterno e universal, e sim uma espécie mutável que pode evoluir ou se degenerar. O homem pode
evoluir e se tornar um super-homem, ou degenerar e se tornar um sub-humano” (p. 240)
Para os nazistas, tipos degenerados de Homo sapiens como os judeus, os ciganos, os homossexuais e
doentes mentais tinham de ser colocados em quarentena e até mesmo exterminados.
Distinção clara entre “nós” e “eles” – resquício de guerra
Culto ao corpo belo, esguio – nazismo
“Cada ponto da história é um cruzamento. Uma única estrada percorrida leva do passado ao presente,
mas uma série de caminhos se bifurca em direção ao futuro. Alguns desses caminhos são mais largos,
mais planos e mais bem sinalizados, e, por isso, há uma chance maior de que sejam seguidos. Mas às
vezes a história – ou as pessoas que fazem a história – dão voltas inesperadas” (p. 246)
“O determinismo é atraente porque implica que nosso mundo e nossas crenças são um produto natural
e inevitável da história” (p. 249)
“Estudamos história nao para conhecer o futuro, e sim para ampliar nossos horizontes, entender que
nossa situação presente não é natural nem inevitável e que, consequentemente, existem mais
possibilidades diante de nós do que imaginamos” (p. 250)
IGNORAMUS
Declaração de verdades finais e absolutas – tanto com os nazistas que afirmaram que suas políticas
raciais eram corolários de fatos biológicos e comunistas que afirmaram que Marx e Lenin haviam
revelado verdades econômicas que jamais poderiam ser refutadas.
“Os discípulos do progresso não partilham dessa atitude derrotista. Para os homens da ciência, a morte
não é um destino inevitável, mas meramente um problema técnico” (p. 277)
Pesquisas e agenda científica
“A ciência é incapaz de estabelecer suas próprias prioridades, Também é incapaz de determinar o que
fazer com suas descobertas. Por exemplo, de uma perspectiva puramente científica, não está claro o
que devemos fazer com nossa compreensão cada vez maior da genética. Devemos usar esse
conhecimento para curar o câncer, para criar uma raça de super-homens geneticamente modificados
ou para criar vacas leiteiras com úberes extragrandes?”
“Nenhuma cultura africana ou asiática sabia da América, e nenhuma cultura americana sabia da
África ou da Ásia. Mas áreas desconhecidas eram simplesmente deixadas de fora, ou preenchidas com
maravilhas e monstros imaginários” (p. 295) mapas preenchidos com a ideia de uma familiaridade
global
“Assim, os partidos direitistas da Eruopa que se opõem à imigração muçulmana geralmente tomam
cuidado para evitar a terminologia racial. Os responsáveis por escrever os discursos de Marine le Pen
teriam sido dispensados imediatamente se propusessem que a líder da Frente Nacional fosse à
televisão para declarar que “não queremos que esses semitas inferiores diluam nosso sangue ariano e
degenerem nossa civilização ariana”. Em vez disso, a Frente Nacional francesa, o Partido para a
Liberdade holândes, a Aliança para o Futuro da Áustria e similares tendem a argumentar que a cultura
ocidental, tal como evoluiu na Europa, é caracterizada por valores democráticos, tolerância e
igualdade de gênero, ao passo que a cultura muçulmana, que evoluiu no Oriente Médio, é
caracterizada por política hierárquica, fanatismo e misoginia. Visto que as duas culturas são tão
diferentes, e visto que muitos imigrantes muçulmanos não estão dispostos (e talvez nem sejam
capazes) de adotar valores ocidentais, sua entrada não deve ser permitida, para que eles não fomentem
conflitos internos e corroam a democracia e o liberalismo europeus” (p. 312-3)
Crescimento de um império baseado em créditos (ficção)
Cristóvão Colombo – com a sorte de Fernando e Isabel, governantes da Espanha recém-unificada.
“Esse era o círculo mágico do capitalismo imperial: o crédito financiava novas descobertas; as
descobertas levavam às colônias; as colônias geravam lucros; os lucros criavam confiança; e a
confiança se traduzia em mais crédito” (p. 327)
“Na Idade Média, o açúcar era um luxo raro na Europa. Era importado do Oriente Médio a preços
proibitivos e usado com parcimônia como um ingrediente secreto em iguarias e medicamentos à base
de óleo de cobra. Depois que grandes plantações de açúcar foram estabelecidas na América,
quantidades cada vez maiores de açúcar caiu, e a Europa desenvolveu paladar insaciável por doce. Os
empreendedores satisfizeram essa necessidade produzindo enormes quantidades de bolos, biscoitos,
chocolates, doces e bebidas adocicadas feitas com cacau, café e chá. A ingestão anual de açúcar de
um inglês cresceu de quase zero no início do século XVII para aproximadamente oito quilos, em
média, no início do século XIX” (p. 340)
“Nos anos 1860, o imperador Napoleão III da França encomendou talheres de alumínio para seus
convidados mais ilustres. Os visitantes menos importantes tinham de se virar com facas e garfos de
ouro. Mas, no fim do século XIX, os químicos descobriram uma maneira de extrair enormes
quantidades de alumínio barato, e hoje a produção global fica em torno de 30 milhões de toneladas
por ano. Napoleão III ficaria surpreso de saber que os descendentes de seus súditos usam papel-
alumínio descartável para embrulhar seus sanduíches e jogam as sobras no lixo” (p. 350)
“Assim como o comércio de escravos no Atlântico não resultou do ódio para com os africanos, a
indústria animal moderna não é motivada por animosidade. Novamente, é alimentada pela
indiferença” (p. 354) – auxílio da ciência para justificar?
“A obesidade é uma vitória dupla para o consumismo. Em vez de comer pouco, o que levará à
contração econômica, as pessoas comem demais e então compram produtos para dieta – contribuindo
duplamente para o crescimento econômico” (p. 359)
“Ao contrário dos camponeses e sapateiros medievais, a indústria moderna se importa pouco com o
Sol ou com a estação do ano. Santificada a precisão e a uniformidade. Por exemplo, em uma oficina
medieval cada sapateiro fazia um sapato inteiro, da sola ao cadarço. Se um sapateiro se atrasasse para
o trabalho, isso não atrasava os demais. No entanto, na linha de montagem de uma fábrica de sapatos
moderna, cada operário maneja uma máquina que produz apenas uma pequena parte de um sapato,
que então é passada à maquina seguinte. Se o funcionário que opera a máquina número 5 perdeu a
hora, atrasa todas as outras máquinas. A fim de evitar tais calamidades, todos devem aderir a uma
grade horária precisa. Cada trabalhador chega no trabaalho exatamente à mesma hora. Todos
almoçam juntos, quer tenham fome, quer não. Todos vão para casa quando uma sirene anuncia que
seu turno chegou ao fim – e não quando terminaram seu projeto” (p. 363)
“O Estado e o mercado abordaram as pessoas com uma oferta que não podia ser recusada. “Tornem-se
indivíduos”, eles disseram. “Casem-se com quem quiserem, sem pedir permissão aos seus pais.
Aceitem o emprego que quiserem, mesmo que os mais velhos da comunidade não aprovem. Vivam
como desejarem, mesmo que não possam chegar a tempo para o jantar com a família toda semana.
Vocês jaá não dependem da família ou da comunidade. Nós, o Estado e o mercado, tomaremos conta
de vocês. Nós lhe daremos alimento, abrigo, educação, saúde, bem-estar e emprego. Nós lhe daremos
pensões, seguros e proteção” (p. 370)
“Eles também são definidos acima de tudo por aquilo que consomem. É a base de sua identidade” (p.
375)
“O poder corrompe, dizem, e, à medida que ganhou cada vez mais poderm a humanidade criou um
mundo frio e mecanicista mal-adaptado a nossas necessidades reais. A evoluçãao moldou nossa mente
e nosso corpo para a vida de caçadores-coletores. A transição primeiro para a agricultura e depois para
a indústria nos condenou a levar uma vida antinatural que não permite expressar plenamente nossas
inclinações e nossos instintos inerentes e, portanto, não é capaz de satisfazer nossas aspirações mais
profundas” (p. 388)

“Talvez também seja um equívoco considerar apenas a felicidade dos humanos” (p. 390)
Estudo da bioquímica – níveis de felicidade e bem-estar

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