Вы находитесь на странице: 1из 14

FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 1

1. FUNDAMENTOS DE BANCO DE DADOS

1.1 INTRODUÇÃO
O propósito desse capítulo é delinear, a partir de conceitos mais abrangentes, a definição de Banco de
Dados dentro do contexto da Tecnologia da Informação.
A seguir, serão estabelecidas as características genéricas, comuns a todo e qualquer Banco de Dados.

1.2 ORGANIZAÇÕES COMO CONJUNTOS DE PROCESSOS


Dentro desse princípio, pode-se afirmar que qualquer organização pode ser vista como um conjunto de
processos relacionados, que consomem recursos e visam produzir resultados.

1.3 RECURSOS ORGANIZACIONAIS


Os recursos consumidos, citados anteriormente, são os recursos comuns a toda e qualquer organização,
os quais, por sua vez, podem ser classificados, inicialmente, como recursos humanos e recursos materiais.
Quanto aos processos, foi visto anteriormente, pela definição inicial, que eles se relacionam. Esses
relacionamentos são, na realidade, estabelecidos através da troca de recursos. Deve-se destacar, no entanto, que
a forma mais comum através da qual os processos se relacionam é através da troca de Informações.
A importância da Informação como um recurso organizacional é inquestionável e não será discutida nesse
momento.
Resumidamente pode-se classificar os Recursos Organizacionais em:
 Recursos Humanos;
 Recursos Materiais;
 Recursos Financeiros;
 Recursos da Informação.

1.3.1 RECURSOS DA INFORMAÇÃO


Os Recursos da Informação, aos quais daremos maior ênfase a partir desse ponto, para efeito de um
melhor entendimento, podem ser decompostos em:
• Informação: o componente que, efetivamente, transita entre os processos organizacionais e dessa
forma estabelece relacionamentos entre os mesmos;
• Tecnologia da Informação: que apoia ou dá suporte a Informação.

Dando continuidade a esse processo de decomposição, podemos dividir a Informação em:


• Dado: uma forma de representação de fatos, fenômeno e idéias;
• Significado: a interpretação do dado.

Dessa forma, Informação pode ser definida, de forma simplista, como a interpretação do Dado.

O papel da Tecnologia da Informação, nessa arquitetura, é dar suporte a Informação em todo o seu ciclo
de vida, compreendendo:
• Captura da Informação;
• Transmissão da Informação;
• Processamento da Informação;
• Armazenamento da Informação;
• Exibição da Informação.

Dentro desse contexto, Banco de Dados é o componente da Tecnologia da Informação voltado para o
Armazenamento da Informação.
Com a finalidade de dar um entendimento inicial e simplificado do termo Banco de Dados (BD), podemos
defini-lo como: "Um conjunto de arquivos relacionados".
O termo arquivo pode ser facilmente entendido se fizermos uma analogia com o mesmo termo
empregado num contexto mais usual, como, por exemplo, um arquivo de fichas utilizadas para controlar estoque
de uma empresa.
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 2

O arquivo de fichas pode ser visto como um conjunto de fichas, cada ficha por sua vez é um conjunto de
campos a serem preenchidos de acordo com regras previamente estabelecidas.
No momento, dentro dessa empresa hipotética, existem dois arquivos de fichas, contendo conjuntos
distintos de tipos de ficha:

• Ficha de Material: contendo campos voltados para a descrição do Material de interesse da empresa; e

• Ficha de Controle de Estoque: onde serão registradas de forma histórica, todas as entradas e saídas de
Material.

Quanto ao termo relacionamento, empregado na definição inicial de BD, ele pode ser visto como uma
associação ou ligação entre os "arquivos de fichas", pode-se dizer que ele é estabelecido através do campo
Código do Material, existente nas fichas pertencentes aos dois arquivos.
Esse campo permite que a partir do Código Material seja possível obter uma descrição detalhada do
material percorrendo o Arquivo de Fichas de Material até que seja localizada a ficha que contem o Código do
Material desejado. Pode-se ainda obter todas as entradas e saídas do Material desejado ao se percorrer o Arquivo
de Fichas de Controle de Estoques e encontrar-se a ficha que contem aquele Código de Material.
Nesse momento, pode-se fazer uma analogia entre um Banco de Dados manipulado por Computador e o
"Banco de Dados de Material" acima descrito.
Num Banco de Dados em computador os Arquivos são vistos como um conjunto de Registros e residem
em algum dispositivo magnético ou ótico. Um Registro pode ser visto como um agregado ("soma" ou composição)
de campos e equivale a uma ficha, do exemplo acima citado.
Num Banco de Dados em computador, com o mesmo propósito (Gerência de Material), teríamos, então,
dois Arquivos Relacionados (através do Código do Material). Cada Arquivo teria um conjunto de Registros com
seus respectivos campos, cujo "layout" pode ser observado abaixo.
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 3

1.4 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APOIADOS EM


BANCO DE DADOS (SISTEMAS DE BANCO DE DADOS)

Uma das principais motivações para a filosofia de Banco de Dados (BD) é a constante necessidade de
aumento da abrangência dos Sistemas de Informação (SI) apoiados em computadores.
Na década de 60, os equipamentos eram caros e a tecnologia primária, resultando em aplicações
pequenas, basicamente automatizando processos isolados. Dentro desse enfoque, os dados eram tratados como
"propriedade particular" do sistema de informações que o manipulava. Depois de algum tempo, começou a existir
uma certa redundância de dados (replicação ou cópia desnecessária) entre as diversas aplicações, em
decorrência da falta de um planejamento e controle centralizado dos dados.
Na década de 70, os custos dos equipamentos começaram a cair e a tecnologia a se sofisticar, resultando
em aplicações maiores e que consistiam na automação de conjuntos de processos cada vez mais abrangentes.
Neste estágio, se iniciaram as tentativas de integração de aplicações, visando eliminar redundâncias e aumentar o
compartilhamento dos dados. Devido ao aumento do número de aplicações construídas, tornou-se crescente a
necessidade de reaproveitamento dos dados existentes em novas aplicações. Para tal, percebeu-se como
requisito fundamental a existência de um controle centralizado de dados, permitindo que as informações sobre os
dados existents fossem obtidas. Sem a necessidade de uma análise detalhada das aplicações existentes, fase
essa tipicamente conhecida como levantamento de dados.
Na década de 80, com a continuidade das evoluções da década de 70, somadas a uma grande
diversificação dos tipos de aplicações e um maior nível de informatização da sociedade, tivemos um aumento na
dependência das empresas em relação ao seu acervo de dados. Com isso, os dados passaram a ser vistos como
um recurso importante, de cuja administração eficaz dependeriam os sistemas de informação e por conseguinte, a
sobrevivência da própria empresa.
Nos últimos anos, o interesse sobre a área de Banco de Dados tem aumentado consideravelmente e,
hoje, esta "nova atividade" começa a ser caracterizada como uma tendência irreversível, principalmente em
empresas de médio e grande porte, que já utilizam processamento eletrônico de dados há muito tempo e que, por
conseguinte, já possuem muitas aplicações desenvolvidas.
Esta tendência pode ser explicada por alguns fatores que, de modo geral, são característicos na evolução
da utilização de computadores em aplicações administrativas.
Entre estes fatores, pode-se citar o fato que depois de terem sido desenvolvidos muitos sistemas de
aplicação, o acervo de dados existentes em computador tornou-se bastante abrangente e significativo e, portanto,
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 4

o potencial teórico de desenvolvimento de novas aplicações sobre os dados já existentes tornou-se também
grande.
No entanto, a falta de um controle centralizado torna difícil a reutilização desses dados e, com isto, as
redundâncias aumentam e com elas, os custos. Além disso, é comum a dificuldade na reutilização dos dados
existentes provocar certo grau de insatisfação por parte dos usuários, para os quais é difícil compreender a
demora na obtenção de certas informações, para as quais os dados já existem no computador.
A evolução no número de tipos diferentes de dados no "CPD", em função do número de projetos
executados, é praticamente linear no caso de aplicações convencionais (arquivos isolados). Com a utilização de
sistemas de informação apoiados em bancos de dados, esta evolução tende a diminuir, devido ao
reaproveitamento de dados existentes em novas aplicações. Finalmente, com uma administração efetiva das
definições dos dados, o potencial atingido com a integração dos dados é mais aproveitado, resultando numa maior
capacidade de reutilização dos dados em novas aplicações.

1.4.1 NECESSIDADE DE PERSISTÊNCIA DE DADOS


Nos primórdios da Informática – "Pré-História"– uma das características marcantes era o fato de que os
Programas após o término de sua execução tinham os seus Dados perdidos. Existia, então, a necessidade de que
esses Dados continuassem existindo mesmo depois que o programa tivesse a sua execução terminada. Deu-se a
essa necessidade a denominação de PERSISTÊNCIA DE DADOS.
A Persistência de Dados foi conseguida através:
• da criação de um novo tipo de Estrutura de Dados:
• Registro; e
• desenvolvimento de dispositivos de armazenamento de Dados capazes de suportar esse novo tipo de
Estrutura de Dados:
• Unidades de Fita Perfurada;
• Cartão Perfurado;
• Fita Magnética;
• Discos Magnéticos; e
• Discos Óticos.
O atendimento da necessidade de Persistência de Dados levou a Informática, no que tange aos
aplicativos com finalidade administrativa e comercial, a um novo estágio que veio a ser denominado de ENFOQUE
CONVENCIONAL.

1.4.2 NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO DE DADOS


Uma vez atingido esse estágio, a demanda por Sistemas de Informação que já era reprimida tendeu a se
agravar, levando ao desenvolvimento de Sistemas de forma desordenada, ou seja, com pouca preocupação com o
planejamento global do desenvolvimento dos diversos Sistemas de Informações necessários (PDI – Plano Diretor
de Informática) e ainda menos com a integração com outros Sistemas já existentes, em desenvolvimento ou
previstos.
Tais fatos levaram ao surgimento de Sistemas isolados, contendo Dados replicados, com todas as
implicações negativas de tal replicação (redundância), das quais pode-se citar como principal, a possibilidade dos
Sistemas isolados apresentarem informações inconsistentes, o que pode ser danoso para os processos de
tomada de decisão. Como exemplo podemos citar o de uma universidade que possui um Departamento de Cursos
e Treinamentos com seus respectivos Setores de Controle de Matrículas e Coordenação Acadêmica.
Em tal universidade foram desenvolvidos, em momentos de tempo diferentes, Sistemas de Informação
para atender as necessidades dos dois setores. Supondo que o Setor de Controle de Matrículas foi o primeiro a
ser contemplado com um SI e que pode ser visto, em alto nível de abstração, através do Diagrama de Fluxo de
Dados abaixo:
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 5

Os Depósitos de Dados foram implementados através dos seguintes Arquivos Seqüenciais, acessados
através de programas em COBOL.

FD ALUNO
01 REG_ALUNO
03 COD_ALUNO
03 NOME_ALUNO
03 DATA_NASCIMENTO
03 MATRICULA
05 COD_MAT_1
05 COD_MAT_2
05 COD_MAT_3
03 CONCURSO
05 COD_CURSO
05 DATA_INSCRICAO

FD MATERIA
01 REG_MATERIA
03 COD_MATERIA
03 NOME_MATERIA
03 PRE_REQUISITO
05 COD_MAT_1
05 COD_MAT_2

FD CURSO
01 REG_CURSO
03 COD_CURSO
03 NOME_CURSO

Supondo que o Setor de Controle Acadêmico foi contemplado posteriormente com outro SI, isolado do SI
de Controle de Matrículas. Tal SI pode ser visto, em alto nível de abstração, através do Diagrama de Fluxo de
Dados abaixo
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 6

Os Depósitos de Dados foram implementados através dos seguintes Arquivos Seqüenciais, acessados
através de programas COBOL.

FD MATERIA
01 REG_MATERIA
03 COD_MATERIA
03 NOME_MATERIA
03 COD_CURSO

FD PRE_REQUISITO
01 REG_PRE_REQ
03 COD_MAT
03 COD_MAT_PRE_REQ

FD CURSO
01 REG_CURSO
03 COD_CURSO
03 DENOMINAÇÃO_CURSO
03 COD_DEP_COORDENADOR

FD DEPARTAMENTO
01 REG_DEP
03 COD_DEP
03 NOME_DEP
03 LOCALIZACAO_DEP

Supondo que em um determinado momento do tempo o Setor de Controle Acadêmico tenha criado mais
um pré-requisito para uma determinada Matéria e tenha esquecido de avisar ao Setor de Controle de Matrícula de
tal acontecimento. Tal fato pode levar a uma situação de um Aluno se matricular em uma Matéria sem que tenha
cumprido o novo pré-requisito ou até mesmo acarretar informações inconsistentes entre os dois sistemas se for
solicitado aos dois a emissão de um relatório contendo dados sobre pré-requisitos de Matérias.
A resolução de tal problema passa pela integração dos conjuntos de arquivos ("Banco de Dados") dos
Sistemas envolvidos com a eliminação da repetição desnecessária (redundância) de Dados.

1.4.3 NECESSIDADE DE INDEPENDÊNCIA DE DADOS


Além da necessidade de Integração de Dados, nessa época fez-se sentir com bastante intensidade a
necessidade de se prover Independência de Dados aos Programas Aplicativos de tal forma que uma alteração na
Estrutura do Banco de Dados não viesse a afetar ou afetasse o mínimo possível os Programas Aplicativos já
existentes.
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 7

1.4.4 NECESSIDADE DE ABSTRAÇÃO DE DADOS


Uma vez satisfeitas as necessidades de Integração de Dados e Independência de Dados, começou-se a
se perseguir uma nova meta. Tornar os Bancos de Dados mais fáceis (simples) de serem construídos e
manipulados. Tal necessidade veio a ser satisfeita através do provimento de níveis, "cada vez mais elevados", de
Abstração de Dados.
Entende-se por Abstração a capacidade que os seres humanos possuem de se concentrar nas
características relevantes de uma determinada situação e deixar de lado as características irrelevantes. Por
Abstração de Dados pode-se entender a capacidade de se prover Estruturas de Dados com níveis de Abstração
cada vez mais altos que se aproximem das Abstrações inerentes aos Seres-Humanos.
A satisfação dessa necessidade levou às seguintes evoluções dentro do enfoque de Banco de Dados,
partindo inicialmente de Bancos de Dados que implementavam Estruturas de Dados meramente "físicas", como
ponteiros, e chegando nos dias atuais a estruturas que se aproximam cada vez mais das estruturas conceituais
existentes na mente humana.

1.4.4.1 BANCOS DE DADOS CONVENCIONAIS


• Bancos de Dados Hierárquicos: um Banco de Dados Hierárquico é um conjunto de arquivos
relacionados, de tal forma que cada arquivo "pai" pode se relacionar com vários arquivos "filhos" e cada arquivo
"filho" pode ser filho de no máximo um arquivo "pai". Tal forma de implementação de relacionamentos
(hierárquica) apresentava sérias limitações quando um determinado mini-mundo apresentava situações "não-
hierárquicas" (Relacionamentos de M:N, ...). Tais situações, quando modeladas num BD Hierárquico, levavam a
necessidade de criação de redundâncias, com todos os efeitos desastrosos decorrentes dessa redundância. Além
do mais, os relacionamentos entre os arquivos eram implementados através de ponteiros físicos, cuja
manipulação era relativamente complexa, dificultando a criação de linguagens de manipulação de Banco de
Dados voltadas para usuários finais.

• Banco de Dados de Redes: um Banco de Dados de Redes é um conjunto de arquivos relacionados,


de tal forma que cada arquivo "pai" pode se relacionar com vários arquivos "filhos" e cada arquivo "filho" pode ser
filho de vários arquivos "pai". A limitação que existia anteriormente nos BD Hierárquicos para a implementação de
relacionamentos "não hierárquicos", deixa de existir com os BD de Redes, porém, os relacionamentos entre os
arquivos continuaram sendo implementados através de ponteiros físicos, cuja manipulação continuava sendo
relativamente complexa, dificultando a criação de linguagens de manipulação de Banco de Dados voltadas para
usuários finais. O termo "Redes", nesse contexto, deve ser entendido como "grafo" – uma estrutura matemática
não hierárquica.

• Bancos de Dados Relacionais: um Banco de Dados Relacional, suporta tudo o que pode ser
implementado num Banco de Dados de Redes, porém, de forma mais simples. Nele os ponteiros físicos são
abandonados e substituídos por chaves estrangeiras ("ponteiros lógicos"). Um Banco de Dados Relacional pode
ser visto como um conjunto de Tabelas (Relações), relacionadas através de chaves estrangeiras. Sua proposição
baseou-se num ramo da teoria matemática (Álgebra Relacional) e visava tornar mais simples a manipulação dos
Banco de Dados pelos usuários finais.

1.4.4.2 BANCOS DE DADOS NÃO CONVENCIONAIS


• Bancos de Dados Semânticos: a próxima evolução dos Bancos de Dados visava elevar ainda mais o
"nível de abstração" dos dados representados no Banco de Dados, aproximando essa representação, da forma
como os Dados se apresentam "dentro da mente humana". Nesse ponto de evolução passa-se a ter não mais
Bancos de Dados e sim Bancos de Informação. A "simplicidade" existente nos Bancos de Dados Relacionais é
estendida ainda mais com os Bancos de Dados Semânticos. Até esse ponto de evolução, no entanto, o Banco de
Dados e as Aplicações são entes isolados, "independentes", com uma série de problemas decorrentes desse
isolamento.

• Bancos de Dados Orientados a Objetos: os BDOO são a evolução natural dos Bancos de Dados
Semânticos, com a incorporação da filosofia de Orientação a Objetos pela filosofia de Banco de Dados. Aspectos
como Identificação, Encapsulamento, Herança e Polimorfismo são incorporadas as características dos Bancos de
Dados. Bancos de Dados Orientados a Objetos são o casamento das áreas de: Banco de Dados e Linguagens de
Programação. Nesse ponto o Banco de Dados e as Aplicações passam a ser uma "única coisa".

• Bancos de Conhecimento: a denominação já demonstra que essa tecnologia visa incorporar a


evolução, dentro da mente humana, do dado para informação e dessa para o conhecimento. O conhecimento
humano, de forma simplista, pode ser visto como apresentando dois componentes (fatos sobre o mundo real e
regras de manipulação desses fatos). Os fatos correspondem a "informações sobre acontecimentos no mundo
real" e as regras, o outro componente, são as "formas de manipulação" desses fatos. Uma outra maneira de se
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 8

encarar esses dois componentes é através de uma analogia que permite que se estabeleça que os fatos
correspondem a OBJETOS REAIS e que as regras propiciam a derivação (dedução), de novos fatos ou OBJETOS
VIRTUAIS, consistentes com os OBJETOS REAIS. Bancos de Conhecimentos são o casamento das áreas de
Banco de Dados com Inteligência Artificial. Um Banco de Conhecimento, de forma simplista, seria um Banco de
Dados compartilhado por vários Sistemas Especialistas.

1.4.5 NECESSIDADE DE AUTONOMIA DE DADOS (AUTONOMIA LOCAL)


Se a tecnologia fosse perfeita, estaríamos hoje em dia trabalhando com "mainframes" cada vez mais
poderosos, sentados diante de "terminais burros", com interface gráfica, rodando algum tipo de "Windows",
interagindo, com o mesmo, através de dispositivos conceituais, lógicos e físicos de realidade virtual ou de
inteligência artificial ou uma combinação de ambas.
Como a tecnologia não é perfeita temos que nos curvar e aceitar a arquitetura cliente-servidor, bancos de
dados distribuídos, processamento paralelo, etc.
Uma das formas de se tratar da imperfeição da tecnologia é através de sua fragmentação. A tecnologia da
informação, deve, então, ter os seus componentes fragmentados, para que ela possa se aproximar da "perfeição
desejada" (ter a máxima performance, com a máxima economia, com a máxima confiabilidade e máxima
segurança).
Dos componentes dessa tecnologia será levado em consideração, inicialmente, o componente
responsável pelo processamento. Ao fragmentarmos o processamento chegamos ao que se convencionou chamar
de ARQUITETURA CLIENTE-SERVIDOR.

1.4.5.1 DISTRIBUIÇÃO DE DADOS


O grau de fragmentação pode ser expandido ainda mais se envolvermos outros componentes da
Tecnologia da Informação, como por exemplo, o componente voltado para o armazenamento da informação
(Bancos de Dados).
Ao fragmentarmos esse componente passamos a estar diante da tecnologia de Bancos de Dados
Distribuídos. Um Banco de Dados Distribuído deve parecer para os seus usuários como um Banco de Dados
Centralizado porém, nele, os dados encontram-se espalhados (distribuídos) ao longo dos nós de uma rede de
computadores e sua localização deve ser completamente transparente para os usuários.
• Bancos de Dados Distribuídos Homogêneos;
• Bancos de Dados Distribuídos Heterogêneos.

1.4.5.2 DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS


• Bancos de Dados Cliente-Servidor;
• Bancos de Dados Paralelos.

1.4.6 WAREHOUSE
1.4.6.1 DATA WAREHOUSE
Um Banco de Dados pode ser visto como um conjunto de dados relacionados. Os Banco de Dados de um
modo geral apoiam Sistemas de Informação Transacionais ou Operacionais. Um DATA WAREHOUSE pode ser
visto como um conjunto de dados relacionados, integrados e sumarizados.
Integrado significa que os dados nele contidos são o resultado da integração de dados existentes em
diferentes Bancos de Dados Operacionais.
Sumarizado significa que os dados são trabalhados, pré-processados, antes de serem armazenados no
DATA WAREHOUSE no sentido de se acrescentar ao mesmo algum conteúdo informacional.

1.4.6.2 INFORMATION WAREHOUSE


Pode-se definir a INFORMAÇÃO como o DADO + SIGNIFICADO. A partir dessa definição cria-se o
conceito de INFORMATION WAREHOUSE. Um INFORMATION WAREHOUSE é um DATA WAREHOUSE
acrescido de mecanismos que propiciem a interpretação do dado, ou seja, mecanismos que propiciem dar
significado ou semântica ao dado.
Tais mecanismos deverão responder as seguintes questões:
• O que é o dado? (QUALIFICADOR);
• Como é o dado? (QUALIFICADOR);
• Enfoque, Visão ou Abordagem.
• Profundidade ou Detalhamento.
• Complemento ou Parametrização.
• Quanto é o dado? (QUANTIFICADOR)
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 9

• Quando é o dado? (TEMPORIZADOR)


• De onde vem o dado?
• Campo
• Arquivo
• Banco de Dados Operacional
• Sistema de Informações Operacional
• De que forma ele é obtido?
• Algoritmos de Extração, Integração e Sumarização
• Para que é o dado?
• Processo de Tomada de Decisão
• Método de Tomada de Decisão
• Ferramenta de Tomada de Decisão
• Gerente
• De que forma ele é exibido?
• Quadros
• Formulários
• Algoritmo de Exibição
Todas essas perguntas e suas respostas são armazenadas num DICIONÁRIO DE METADADOS.

1.4.6.3 KNOWLEDGE WAREHOUSE


Pode-se definir o conhecimento como um conjunto de informações estruturadas e um conjunto de regras
de estruturação dessas informações. Essas regras são regras que permitem a inclusão de novas informações de
forma que o conhecimento seja sempre consistente e regras que propiciam a derivação ou dedução de novas
informações.
Um KNOWLEDGE WAREHOUSE pode ser visto, então, como um INFORMATION WAREHOUSE
acrescido da capacidade de se adicionar regras que irão manter o conhecimento consistente e de regras que irão
propiciar o crescimento desse conhecimento através da dedução de novas informações a partir de informações
previamente existentes no INFORMATION WAREHOUSE.

1.4.7 OUTRAS NECESSIDADES


1.4.7.1 BANCOS DE DADOS TEXTUAIS
1.4.7.2 BANCOS DE DADOS DE MULTIMÍDIA E HIPERMÍDIA

1.5 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO


Dado, informação e conhecimento podem ser definidos segundo diferentes abordagens ou enfoques,
sendo que dentro de cada abordagem existem inúmeras definições para esses termos.

1.5.1 PRIMEIRA ABORDAGEM


"A palavra dado vem do latim 'datum' e, literalmente interpretada, significa um fato. Porém algumas vezes
dado não corresponde a um fato concreto ou atual, algumas vezes ele é impreciso ou ele descreve coisas que
nunca aconteceram. Para nosso propósito, dado corresponde a uma descrição de qualquer fato, fenômeno ou
idéia que uma pessoa considera importante para formular e registrar". [TSI82]
Dado, como definido por WEBSTER'S é: "um fato; alguma coisa sobre a qual uma inferência ou um
sistema intelectual de qualquer sorte é baseado".
"Dado corresponde a um registro discreto sobre um fenômeno do qual nós ganhamos informação sobre o
mundo. Informação é um incremento de conhecimento que pode ser inferido do dado". [LAN77]
"Dados representam fatos que podem ser registrados e que tem um significado implícito". [ELM89]
Nas definições citadas anteriormente são identificadas algumas características comuns, que podem ser
sintetizadas através da figura abaixo.
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 10

Outras definições, baseadas em pontos de vista diferentes, procuram dar uma conotação diferente aos
termos dado e informação:

1.5.2 SEGUNDA ABORDAGEM


"Informação: é o dado que foi processado por um determinado sistema, obtida numa forma tal que seja de
utilidade para o usuário, seja para a execução de tarefas, bem como a tomada de decisão". [YON83]

1.5.3 TERCEIRA ABORDAGEM


Os termos "dado" e "informação" são tratados por D0ATE [DAT91] como sinônimos, reconhecendo porém
que alguns autores fazem uma distinção entre os dois, usando o termo "dado" para se referir aos valores
fisicamente registrados no banco de dados, e "informação" para se referir ao significado desses valores para
algum usuário. Ressalta ao final a importância da distinção apesar de utilizar os termos como sinônimos.
Com base nas definições anteriores, podemos estabelecer então que:
• Dado: é uma forma de representação de fenômenos, fatos e idéias; e
• Informação: é um incremento de conhecimento obtido através da percepção e interpretação de dados.

1.5.4 UMA CLASSIFICAÇÃO PARA OS DADOS


• DADO OPERACIONAL: DATE em [DAT91] estabelece uma definição de dado operacional como sendo
algo essencial ao funcionamento de uma organização e reforça essa definição através da exclusão dos tipos de
dados que não devem ser classificados como tal, referindo-se aos dados em um banco de dados como dados
operacionais, estabelecendo uma distinção de dado de "input", dado de "output" e outros tipos de dados
(estruturas de dados de trabalho, resultados temporários, dados derivados, etc.).

1.5.5 IMPORTÂNCIA DO DADO E DA INFORMAÇÃO


Dado, informação e conhecimento como vistos anteriormente são conceitos fortemente relacionados,
sendo a informação gerada a partir do dado e o conhecimento a partir da informação. A importância do dado e da
informação pode ser avaliada através das seguintes opiniões:
"A informação é um recurso crítico para as empresas, seja qual for o seu ramo (indústria, comércio,
educação, etc.). Estas organizações estão agora automatizando não apenas suas funções operacionais básicas,
mas também suas funções de suporte à gerência. A fim de suportar essas funções as empresas mantém mais e
mais informações computadorizadas em bancos de dados e o seu crescimento depende do grau de correção
dessas informações..." [FER81]
TOFFLER em [TOF93] evidencia a importância do conhecimento e por conseguinte do dado e da
informação: "O conhecimento, portanto, revela-se não só a fonte do poder da mais alta qualidade, mas também o
mais importante ingrediente da força e da riqueza. Em outros termos, o conhecimento passou de adjunto ao poder
do dinheiro e da força para a própria essência desses poderes".
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 11

1.6 DEFINIÇÕES DE BANCO DE DADOS


A diversidade de definições do termo banco de dados se deve ao fato de que o mesmo possui inúmeras
características cujo grau de importância não é uma unanimidade entre os diversos autores do tema. Podemos, no
entanto, destacar as seguintes definições:
"Uma coleção de dados operacionais armazenados, usados pelos sistemas de aplicação de uma
empresa, onde os dados operacionais são apenas os dados necessários a operação da empresa". [DAT91]
"Um conjunto de arquivos integrados e compartilhados". [DAT91]
"Uma coleção de dados relacionados, armazenados com redundância controlada, para servir a múltiplas
aplicações. Os dados são armazenados de forma a serem independentes dos programas que o usam." [MAR77]
"Um banco de dados é qualquer coleção extensa de dados armazenada em um sistema baseado em
computador". [BAT92]
"Um banco de dados pode ser definido genericamente como uma coleção de dados relacionados. Uma
definição mais específica estabelece que um banco de dados deve possuir as seguintes características:
• Estrutura: um banco de dados é uma coleção de dados que obedecem a algum tipo de estruturação;
• Propósito: um banco de dados é projetado, construído e "populado" com dados para atender objetivos
específicos. Ele tem um grupo específico de usuários e algumas aplicações nas quais estes usuários
possuem algum tipo de interesse; e
• Consistência: um banco de dados modela algum aspecto do mundo real, algumas vezes chamado de
mini-
mundo. As mudanças no mini-mundo devem estar refletidas no banco de dados." [ELM89]

1.7 DEFINIÇÃO DE BANCO DE DADOS COMO UM COMPONENTE DA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO
Banco de Dados é o componente da Tecnologia da Informação cuja estrutura e o comportamento refletem
precisamente a estrutura e o comportamento do minimundo correspondente a ele e cuja finalidade é armazenar,
de forma persistente e consistente, dados sobre fatos e eventos ocorridos nesse mini-mundo, visando a atender a
um ou mais Sistemas de Informações.

1.8 CARACTERÍSTICAS DOS BANCOS DE DADOS


Todo e qualquer Banco de Dados apresenta uma série de características comuns, que podem ser classificadas
em:
• Características Básicas ou Intrínsecas: presentes em todo e qualquer Banco de Dados;
• Características Desejáveis Independentes de Tecnologia: são características que devem ser buscadas
durante a atividade de Projeto de Banco de Dados e que são independentes, por exemplo, da marca e classe do
SGBD a ser utilizado na implementação do Banco de Dados, do Sistema Operacional, das Linguagens de
Programação, Front-End e do Hardware; e
• Características Desejáveis Dependentes de Tecnologia: são características que devem ser buscadas
durante a atividade de Projeto de Banco de Dados porém são dependentes, por exemplo, das tecnologias citadas
acima.

1.8.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS OU INTRÍNSECAS


• Propósito: todo e qualquer Banco de Dados é construído para armazenar dados sobre fatos e eventos
ocorridos num determinado mini-mundo, visando a atender a um ou mais Sistemas de Informações;
• Estrutura: todo e qualquer Banco de Dados possui uma estrutura que deve corresponder ou representar da
forma mais precisa possível, a estrutura da parcela do mundo real (mini-mundo) correspondente. A Estrutura de
um Banco de Dados é formada por um conjunto de Estruturas de Dados relacionadas que visam representar a
Estrutura dos Objetos e dos Relacionamentos entre os Objetos que compõem um determinado Mini-Mundo
(Aspecto Estrutural do Mini-Mundo). Uma Estrutura de Dados é uma abstração (arranjo) que visa representar
Dados que irão residir na Memória de um Computador e que serão manipulados por Algoritmos também
residentes na Memória desse Computador. A estrutura de um Banco de Dados é descrita ou representada ou
especificada de acordo com as regras
de um Modelo de Dados;
• Comportamento: o Comportamento de um Banco de Dados é expresso pelas mudanças nele efetuadas ao
longo do tempo. Tais mudanças, denominadas mudanças de estado, são conseqüência da ocorrência de Eventos
que ocasionam mudanças de estado no Mini-Mundo correspondente. As mudanças de estado no Banco de
Dados são efetuadas através de Transações;
• Estado: todo e qualquer Banco de Dados possui um estado ou instância em um determinado momento do
tempo, possuindo n estados ao longo do tempo. Cada estado do Banco de Dados representa o estado do Mini-
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 12

Mundo correspondente naquele momento do tempo. As mudanças de estado do Mini-Mundo são provocadas por
eventos, as mudanças de estado num Banco de Dados são provocadas por transações;
• Persistência: de uma maneira simplista pode-se dizer que os dados são persistentes se eles continuarem
existindo mesmo depois das aplicações terminarem a sua execução;
• Consistência: as mudanças de estado de um Banco de Dados devem corresponder as mudanças de estado de
uma parcela do mundo real. Se um banco de dados representa uma parcela do mundo real, então toda e qualquer
mudança naquela parcela do mundo real deve acarretar mudanças no banco de dados. Não podem existir
mudanças no Banco de Dados sem que estas correspondam a mudanças na parcela do mundo real respectivo.
Como as mudanças de estado do Banco de Dados são efetuadas por transações, uma transação deve sempre
levar um banco de dados de um estado consistente a outro estado consistente.

1.8.2 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS INDEPENDENTES DE TECNOLOGIA


• Completeza: a ESTRUTURA de um Banco de Dados é COMPLETA se cada CLASSE DE OBJETOS do Mini-
Mundo correspondente é representado no Esquema desse Banco de Dados. Um Esquema de Banco de Dados é
COMPLETO se atender a todos os Requisitos de Informação do Sistema;
• Minimalidade: um Esquema de Banco de Dados é MINIMAL se cada CLASSE DE OBJETOS do Mini-Mundo
correspondente é representada no Esquema por no máximo uma CLASSE DE OBJETOS DE DADOS. Os objetos
de uma parcela do mundo real (mini-mundo) devem estar representados preferencialmente através de um único
objeto de dados no Banco de Dados. Ou seja, a redundância (repetição desnecessária) de dados deve ser evitada
ao máximo e se ela for necessária, por uma questão de performance, por exemplo, devem ser criados
mecanismos que a controlem de forma eficaz. A INTEGRAÇÃO DE DADOS que é uma técnica de Projeto de
Banco de Dados visa garantir esta característica desejável;
• Correção: um Esquema de Banco de Dados é CORRETO se cada CLASSE DE OBJETOS do Mini-Mundo
correspondente é representado no Esquema pela CLASSE DE OBJETOS DADOS "apropriada";
• Expressividade: um Esquema de Banco de Dados é EXPRESSIVO se cada CLASSE DE OBJETOS do Mini-
Mundo correspondente é representado no Esquema "da forma mais detalhada possível". A estrutura de um Banco
de Dados deve ser facilmente descrita ou especificada. Ou seja, um projetista de Banco de Dados deve ter
ferramentas que simplifique ou facilitem a especificação da estrutura de um Banco de Dados. Tais ferramentas ou
modelos de dados devem permitir a especificação do banco de dados em diversos níveis de abstração, sendo
que em cada nível o projetista deve ter uma preocupação diferente, se abstraindo de detalhes não relevantes para
aquele nível. A ABSTRAÇÃO DE DADOS visa garantir esta característica desejável;
• Legibilidade: um Esquema de Banco de Dados é LEGÍVEL se atender a determinados critérios gráficos e
sintáticos;
• Flexibilidade: um Esquema de Banco de Dados é FLEXÍVEL se ele puder se adaptar facilmente a mudanças de
Requisitos. Se o Esquema de Banco de Dados for Correto e Minimal, é "provável" que ele também seja flexível a
mudanças. Um Banco de Dados deve ser flexível a mudanças estruturais na parcela do mundo real
correspondente. Ou seja, um Banco de Dados deve suportar mudanças em sua estrutura de tal forma que isto não
afete as transações (programas de aplicação) que o manipulam. Em outras palavras as transações (programas de
aplicação) devem ser independentes de mudanças na estrutura do Banco de Dados. A INDEPENDÊNCIA DE
DADOS (LÓGICA E FÍSICA) visa garantir esta característica desejável.

1.8.3 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DEPENDENTES DE TECNOLOGIA


• Performance: um Banco de Dados é eficiente se ele propiciar um TEMPO DE RESPOSTA satisfatório para as
APLICAÇÕES que o acessam.
• Economia: um Banco de Dados é "econômico" se ele utilizar o mínimo possível dos recursos computacionais
disponíveis (Espaço em Disco, Tempo de CPU, etc.). A ECONOMIA tende a ser inversa em relação a
PERFORMANCE.
• Disponibilidade: Um Banco de Dados é disponível se ele estiver pronto para utilização o maior período de
tempo possível. A DISPONIBILIDADE depende dos seguintes fatores: Mecanismo de Controle de Concorrência
implementado pelo SGBD; e Mecanismo de Controle de Recuperação de falhas implementado pelo SGBD.
• Segurança: um Banco de Dados é seguro se ele permitir que determinadas Classes de Objetos de Dados
sejam acessadas apenas por determinadas Classes de Usuários previamente autorizados para tal. A
SEGURANÇA depende do seguinte fator: Mecanismo de Controle de Segurança implementado pelo SGBD.
• Autonomia Local: diz respeito a capacidade dos Bancos de Dados propiciarem aos usuários maior eficiência
(performance + disponibilidade), eficácia (confiabilidade = consistência + disponibilidade + segurança) e economia
na realização dos seus PROCESSOS ORGANIZACIONAIS.
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 13

1.9 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO APOIADO EM BANCO DE DADOS


"Um sistema de informação apoiado em banco de dados ou sistema de banco de dados é basicamente um
sistema de manutenção de registros por computador – ou seja, um sistema cujo objetivo global é manter as
informações e torná-las disponíveis quando solicitadas. Um sistema de banco de dados envolve quarto
componentes principais: usuários, hardware, software [software aplicativo + Sistema de Gerência de Banco de
Dados (SGBD) + Sistema Operacional] e
dados (Banco de Dados)." [DAT91]

1.10 DEFINIÇÕES DE SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS (SGBD) OU DATA


BASE MANAGEMENT SYSTEM (DBMS)
"Um SGBD é o software que manipula todos os acessos ao banco de dados, de acordo com os seguintes passos:
• O usuário emite uma solicitação de acesso, usando uma sub-linguagem específica de dados [por exemplo SQL
Sructured Query Language)];
• O SGBD intercepta a solicitação e analisa-a;
• O SGBD, por sua vez, inspeciona os esquemas externos para aquele usuário, o mapeamento externo/conceitual
correspondente, o esquema conceitual, o mapeamento conceitual/interno e a definição da estrutura de
armazenamento; e
• O SGBD executa as operações necessárias no banco de dados armazenado". [DAT91] "Um Sistema
Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é uma coleção de programas que possibilita aos usuários a criação e
manutenção de bancos de dados. Sendo, então, um software de propósito geral que facilita o processo de
definição, construção e manipulação de bancos de dados para várias aplicações.
• A definição envolve a especificação dos tipos de dados a serem armazenados no banco de meta-dados
(dicionário de dados), junto com uma descrição detalhada de cada tipo de dados.
• A construção é o processo de armazenar o dado em algum meio de armazenamento controlado pelo SGBD.
• A manipulação compreende: consultas e atualizações no banco de dados de tal maneira que ele reflita as
mudanças no mundo real."[ELM] "Um Sistema de Gerência de Banco de Dados é um conjunto de pacotes de
'software' para manipular os bancos de dados e particularmente para armazenar, alterar e recuperar dados em um
sistema de computador." [BAT92]

1.11 PORQUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APOIADOS EM BANCO DE DADOS?

1.11.1 CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DESENVOLVIDOS DENTRO DO


"ENFOQUE CONVENCIONAL"
DATE em [DAT91], descreve as principais características deste enfoque:
FUNDAMENTOS DE BANCOS DE DADOS Página 14

• Filosofia de implantação a curto prazo;


• Aplicações isoladas organizacionalmente;
• Aplicações mecanizam os procedimentos; e
• Os sistemas não são flexíveis à mudanças.
VETTER em [VET] ressalta os seguintes aspectos considerados como inerentes aos sistemas desenvolvidos
dentro do enfoque convencional:
• Atendem aos requisitos de uma aplicação específica;
• Os programas são projetados e codificados quase que independentemente;
• Os arquivos são dedicados exclusivamente às necessidades de uma aplicação;
• Dão pouca atenção a estruturas que facilitam, por exemplo, uma futura aplicação utilizar dados de
arquivos inicialmente não relacionados entre si;
• Gradualmente, são criadas novas aplicações que duplicam dados e processos;
• Os resultados são apresentados em períodos (semanal, mensal,...) o que nem sempre satisfaz às
necessidades dos usuários;
• Possuem elevado processamento de ordenação e intercalação ("Sorting" e "Merging"); e
• Quando surgiram, memória secundária em disco e o acesso aleatório, esses sistemas permaneceram
com estruturas dedicadas exclusivamente a uma aplicação individual.
YONG em [YON83] cita como características dos sistemas convencionais:
• Os sistemas são isolados uns dos outros;
• Os arquivos são criados de acordo com as necessidades provenientes da análise do sistema, em
particular, em concordância com a seqüência de execução de programas;
• Temos um conjunto de arquivos projetados e orientados especificamente para cada sistema;
• O centro de gravitação do sistema é constituído pelos programas;
• Há normalmente uma grande utilização de classificações;
• O analista/programador normalmente tem conhecimento e acesso aos arquivos;
• O acesso aos dados do arquivo é efetuado diretamente pelo programa de aplicação;
• A responsabilidade sobre a qualidade dos dados normalmente é delegada ao usuário, podendo ainda
passar sob o crivo da equipe de controle de qualidade das informações que entram e saem do CPD; e
• A utilização de arquivos intermediários é marcante, sobretudo se temos diversos arquivos contendo
diferentes níveis de agregação ou sumarização de informações.

1.11.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS DO ENFOQUE CONVENCIONAL


• Redundância não controlada: ocasionando múltiplas versões da realidade e desperdício de espaço de
armazenamento;
• Baixa qualidade de dados: conseqüência da redundância e da dificuldade de se fazer consistências cruzadas;
problemas na atualização de várias versões da realidade; e
• Baixo nível de resposta às necessidades dos usuários: conseqüência da redundância e da dificuldade de
implementar novas aplicações, conseqüência da falta de integração dos dados.

Вам также может понравиться