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Notas
[1] Não vale como contra-argumento o exemplo do orangotango que caça com um graveto
em forma de arpão, ou do grupo de golfinhos que se comunica com alguma desenvoltura.
Tais habilidades são desenvolvidas em vinculação direta e inseparável da sobrevivência
biológica e são orientadas por um mero germe de consciência. Parafraseando importante
pensador do séc. XIX, o pior caçador e o mais automatizado operador de telemarketing
serão sempre superiores ao mais ágil orangotango e ao mais eloquente golfinho.
[2] O grupo Krisis (1999) o destaca em todas as principais línguas europeias, em que as
raízes do vocábulo “trabalho” sempre remontam a sofrimento, menoridade, submissão
etc.
[3] Mensurado em tempo. Mas explorar o papel crucial do tempo na caracterização dessa
sociedade não é possível nesse texto que, devo consignar, baseio largamente nas ideias
do historiador Moishe Postone, em especial sua obra Tempo, trabalho e dominação social
(2014).
[4] Prova desse contrassenso são as crises periódicas cada vez mais graves sem que haja
qualquer escassez.
[5] A cena do filme “Você não estava aqui” (K. Loach, 2020) em que o consumidor mal
se aguenta de ansiedade para receber o celular comprado já havia longos três dias ilustra
bem as necessidades que essa lógica engendra para se autorreproduzir.
[6] Embora sem enfatizar a sociabilidade mediada pelo trabalho, cf. no ponto HIRSCH,
2010 e, no Brasil, MASCARO, 2013.
Referências bibliográficas
HIRSCH, Joachim. Teoria materialista do Estado. Rio de Janeiro: Revan, 2010.
KRISIS, Grupo. Manifesto contra o trabalho. [s. l.], 1999. Disponível em:
https://www.krisis.org/1999/manifesto-contra-o-trabalho/. Acesso em: 30 jun. 2020.
LUKÁCS, György. Para uma ontologia do ser social I. São Paulo: Boitempo, 2012.
E-book.
MASCARO, Alysson. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013. E-book.
MENEGAT, Marildo. O giro dos ponteiros do relógio no pulso de um morto. Revista
EPOS, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 0–0, 2011. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epos/v2n1/03.pdf
POSTONE, Moishe. Tempo, trabalho e dominação social. São Paulo: Boitempo,
2014.