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"O que precisam, e o que sentem precisar, é uma qualidade de espírito
que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de
perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode
estar acontecendo dentro deles mesmos. É essa qualidade, afirmo, que
jornalistas e professores, artistas e público, cientistas e editores
estão começando a esperar daquilo que poderemos chamar de imaginação
sociológica", e continua, "a imaginação sociológica capacita seu
possuidor a compreender o cenário histórico mais amplo, em termos de
seu significado para a vida íntima e para a carreira exterior de
numerosos indivíduos. Permite-lhe levar em conta como os indivíduos,
na agitação de sua experiência diária, adquirem freqüentemente uma
consciência falsa de suas posições sociais." (MILLS, Wright. A
imaginação sociológica, p. 11)
Dessa forma, quando traz algo novo, algo revolucionário para o seio
da sociedade, tem isso assimilado, mas não no plano profundo a que se
propõe estabelecer a nova discussão, e sim na esfera superficial do
senso-comum.
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fronteiras que separam a sala de aula dos contextos potenciais da
observação metódica e da intervenção prática sobre o real." (PINTO,
José Madureira, p. 204)
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Em última análise, seu olhar sobre o objeto de estudo foi
fragmentário, marca da visão própria ao senso-comum. Pode-se dizer
que apenas sentiram o aroma da criticidade, por terem entrado em
contato com bibliografias e realizado pesquisas, mas que, de fato,
não descobriram a criticidade e, com isso, logicamente, não
exercitaram a "imaginação sociológica".
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que o escolhido seja alguém com certa experiência intelectual e de
vida ‚ bem maior do que a de outra pessoa que acabe de sair do 2 o
grau e beire os 20 anos de idade.
Aluna F.C.: '1) Eu achei que as aulas, da forma que foram ministradas
no 2o semestre, foram muito mais proveitosas, e (de) por minha
parte, tive maior interesse e participação. Para mim, o único ponto
negativo foi que nem todo o grupo se interessou pelo trabalho, nem
todo mundo participou.
2) Os incisos do artigo 5o são importantes para a regulamentação de
normas que regem o convívio social no que é referente a (à)
propriedade, sua e alheia; juridicamente preserva o direito do
cidadão e sociologicamente tenta impossibilitar desavenças entre os
cidadãos, tenta impor a "paz social".'
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que os seminários do 2o. semestre ajudaram para dar uma visão não só
jurídica (,) mas também sociológica das desigualdades sociais, das
ideologias e o Estado, ou seja, o papel do Estado, dos movimentos
sociais (,) etc. Então a partir, principalmente, desses seminários
pude verificar que na teoria o que está estatuído, incisos XXII,
XXIII, XXIV são muito bonitos, mas não em muita, ou quase nenhuma
aplicação prática. É garantido o direito de propriedade, para quem? O
que se vê são muitos desabrigados, sem-teto. A propriedade atenderá
sua função social, mas não para todos. E assim por diante. A lei
estabelecerá o procedimento para despropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mas "quase nunca" com
justa e prévia indenização. E assim é a lei, e assim é o Brasil.'
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verdadeiramente uma postura crítica frente a vida, postura que enseja
o desenvolvimento da "imaginação sociológica", ou não foi além de
inculcar nos mesmos a ideologia da criticidade, algo distante da
reflexão sociológica e próximo ao doutrinamento sociológico, as
formulações sociológicas apreendidas e difundidas de maneira
superficial pelo senso comum?
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Dessa forma, percebemos que no processo educativo a estratégia de
realização de seminários e pesquisas de campo, integrada ao conteúdo
teórico transmitido na sala de aula, é muito frutífera, mesmo que
corramos o risco de formarmos juristas com certa noção da realidade
social, ao invés de cientistas sociais instrumentalizados com o saber
jurídico.
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BIBLIOGRAFIA:
FONTES: