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Evolução do Athlon
O Athlon XP é sem dúvida o mais popular processador usado nos PCs modernos, sobretudo no Brasil.
Seu preço é acessível e o desempenho é muito bom. Por outro lado surgem constantemente
reclamações de usuários sobre problemas de aquecimento, e até a queima do processador.
Procuraremos neste artigo apresentar informações técnicas que permitam o uso correto deste
processador, minimizando eventuais problemas.
O primeiro Athlon
O Athlon foi desenvolvido entre 1997 e 1999, época em que reinavam os processadores AMD K6 e K6-2,
o Pentium MMX, Pentium II e Pentium III da Intel, e outros com menor participação no mercado, como o
Cyrix 6x86MX e o Cyrix M-II. Foi criado por uma equipe de engenheiros da AMD, originária da Digital,
que foi um grande fabricante de computadores de médio e grande porte nos anos 80. A Digital havia
desenvolvido o processador Alpha, de 64 bits, no início dos anos 90, para uso em servidores e estações
de trabalho de alto desempenho. Contratada pela AMD, esta equipe passou a implantar as técnicas
avançadas do Alpha em um novo processador para uso em PCs, chamado inicialmente de K7. No seu
lançamento, em meados de 1999, foi adotado o nome definitivo: Athlon. Entretanto muitos ainda
continuaram chamando este processador de K7. Até atualmente as placas de CPU para Athlon usam
nomes como K7xxx.
Os dois chips de memória existentes na placa interna do processador Athlon somavam 512 kB.
Dependendo da velocidade do Athlon, esta cache L2 operava com a metade, com 2/5 ou com 1/3 da
velocidade do núcleo do processador. A tabela que se segue resume as principais características do
Athlon:
Apesar de ser veloz e mais barato que o Pentium III, o processador Athlon demorou um pouco a se
tornar popular, por dois motivos. O primeiro era o alto custo das placas de CPU que o suportavam. Não
existiam na época, modelos econômicos com vídeo onboard, ao contrário do que ocorria com o Pentium
III. Devido ao alto custo da placa mãe, um PC com Athlon acabava sendo mais caro que um equipado
com o Pentium III. Outro grande problema foi a fama ruim que a AMD adquiriu entre os usuários na
época do K6-2. Aquele era um excelente processador, mas muitos micros que o utilizavam, tinham
também placas de CPU de baixa qualidade. Como o seu aquecimento era maior que o do Pentium e
Pentium MMX, muitos pequenos integradores produziam micros com o K6-2 sem os devidos cuidados
térmicos: usar um cooler de tamanho adequado e acoplado ao processador por pasta térmica. Os micros
apresentavam problemas e o processador acabava ficando com a culpa. Lentamente esta fama foi
desfeita e os usuários aos poucos começaram a adotar os processadores Athlon.
A AMD classifica seus processadores por números de modelo. O modelo 1, o primeiro a ser lançado, era
fabricado com o processo de 0,25 micron. O modelo 2 usava o processo de 0,18 micron.
Os processadores Athlon também eram bem quentes, muito mais que o K6-2 e o Pentium III. A tabela
abaixo mostra a dissipação de potência para os modelos que usavam encapsulamento em cartucho.
Note que o modelo 2 dissipa bem menos potência que o modelo 1, graças ao seu processo de fabricação
com 0,18 micron. Apesar de ser fabricado com 0,18 micron, o modelo 2 ainda tinha cache L2 discreta,
ou seja, formada por dois chips de SRAM no seu cartucho.
O ano de 2003 foi marcado por novidades na área de processadores e chipsets. Neste artigo
mostraremos o que foi feito pela Intel. É uma forma de você compreender os novos avanços que estão
previstos para 2004.
Ainda em 2002 ocorreram dois grandes avanços. O FSB (Fron Side Bus, ou System Bus, que gosto de
chamar de clock externo) dos processadores Pentium 4, aumentou de 400 MHz para 533 MHz. É um
aumento de 33%, porém para ser totalmente aproveitado seriam necessárias memórias mais rápidas.
Apenas as memórias RDRAM podiam operar nesta velocidade, porém são muito caras, razão pela qual
estão caindo em desuso e dando lugar às memórias DDR.
É fácil identificar esses processadores pela caixa, possuem uma indicação “533 MHz System Bus”. É
importante conhecer este detalhe, pois se instalarmos um processador com FSB de 533 MHz em uma
placa de CPU que suporta FSB de apenas 400 MHz, a velocidade do processador diminuirá, externa e
internamente. Um modelo de 2.4 GHz, por exemplo, irá operar com apenas 1,8 GHz.
Outro grande avanço de 2002 foi o lançamento da tecnologia Hyper-Threading no processador Pentium
4 de 3.06 GHz, e hoje presente nos modelos mais novos. A técnica consiste em duplicar algumas partes
do processador para que se comporte como se fossem dois processadores. Um Pentium 4 HT é visto
pelo sistema operacional e pelos programas como se fossem dois processadores. Um processador
normal pode executar vários programas ao mesmo tempo, porém, um de cada vez. O sistema
operacional direciona o processador para que fique alguns milésimos de segundo executando um
programa, depois o interrompe e entrega outro programa durante outros milésimos de segundo, e assim
por diante. O usuário tem a sensação que todos são executados ao mesmo tempo. O Pentium 4 HT
recebe instruções de dois programas simultaneamente. É possível por exemplo gravar um CD ao mesmo
tempo em que são executados jogos ou outras tarefas pesadas, coisa que não é recomendável em
processadores comuns.
Não existem na verdade dois processadores dentro do Pentium 4 HT, mas é como se existissem. Para os
programas é isso o que ocorre. Internamente, alguns circuitos são duplicados para permitir a execução
dual, mas a maior parte deles são compartilhados, por exemplo, as caches L1 e L2. O ganho de
desempenho é considerável, e depende do programa utilizado. Pude testar por exemplo a geração de
um filme de uma hora usando o Adobe Première e o DIVX. O tempo para a conversão para DIVX foi
cerca de 30% menor usando HT. O interessante é o Hyper-Threading é uma tecnologia barata e
eficiente, não torna o processador mais caro. Um Pentium 4 de 2.4 GHz comum, por exemplo, custa o
mesmo preço que um Pentium 4 de 2.4 GHz com HT.
Note ainda que é preciso que o computador tenha suporte para HT:
a) Processador Pentium 4 HT
b) BIOS com suporte a HT
c) Sistema operacional com suporte a HT (Windows XP, Windows 2003)
d) Chipset com suporte a HT
Na prática, basta checar se a placa de CPU tem a indicação “Support for Hyper-Threading Technology”,
usar o processador Pentium 4 HT e um sistema operacional que também tenha este suporte: Windows
XP ou Windows 2003.
Em abril de 2003 ocorreram outros grandes lançamentos. Foram lançados vários modelos de Pentium 4
com FSB de 800 MHz, um aumento de 50% sobre os 533 MHz dos modelos então existentes. Todos os
processadores Pentium 4 com FSB de 800 MHz possuem tecnologia Hyper-Threading. Foram os
seguintes os modelos lançados:
Note que são usados sufixos quando existem processadores diferentes com clocks iguais. Existem por
exemplo três modelos de 2.4 GHz: 2.40, 2.40B (FSB de 533 MHz) e 2.40C (FSB de 800 MHz). Não é
necessário usar sufixos para os modelos de 3 GHz e 3.2 GHz porque não existem outros processadores
Pentium 4 com estes clocks.
O aumento do FSB para 800 MHz é um grande avanço. No passado, processadores operavam com clocks
interno e externo iguais. Isto ocorreu até o 486DX-50. Como era difícil manter um clock externo alto, foi
feito um desmembramento. Foi lançado o 486DX2-50, com 50 MHz internos e 25 MHz externos.
Curiosamente a redução do clock externo não causou queda de desempenho no processador. Isto
porque o tráfego no barramento externo não chegava ao seu valor máximo, ficava em torno de 50%. O
núcleo do processador não exigia um tráfego de dados tão elevado. Novos processadores foram
lançados desde então e com clock interno sempre maior que o externo, normalmente um múltiplo.
Por exemplo, o Pentium-200 operava com clock externo de 66 MHz e multiplicador 3x, resultando em
200 MHz internos. Outros processadores apresentam diferenças ainda maiores em relação a esses
clocks. O Pentium 3 de 1.4 GHz tem FSB de 133 MHz, portanto o clock interno é 10,5 vezes maior que o
interno. Quando o clock externo é muito menor que o interno, pode ocorrer queda de desempenho. Um
processador sempre fica mais rápido quando usa um clock externo maior. O Pentium 4 de 2.4 GHz já
apresentava uma relação de 6:1 entre os clocks, um valor ainda aceitável porém ligeiramente
comprometedor. A situação melhora bastante graças às caches L1 e L2 que aumentam o desempenho
da memória. No modelo 2.40C, esta relação é melhor, de 4,5:1. Com o FSB de 800 MHz do modelo
2.40C, esta relação fica em confortáveis 3:1. Processadores Pentium 4 com FSB de 800 MHz permitem
um tráfego de dados bastante elevado em seus barramentos externos, fornecendo dados em uma
velocidade suficiente para atender às exigências do núcleo do processador.
O FSB de 800 MHz é bom, significa que o processador tem condições de receber e transmitir para o seu
exterior (na maior parte do tempo, para a memória) em alta velocidade. Isso não adianta muito se
usarmos uma memória que não acompanha esta velocidade. Se usarmos uma memória DDR400, a mais
rápida encontrada no comércio em 2003, o tráfego de dados que a mesma suporta é apenas a metade
do suportado pelo barramento externo do processador: 400 MHz contra 800 MHz. Por isso,
simultaneamente com o lançamento do Pentium 4 com FSB de 800 MHz, a Intel lançou também chipsets
capazes de operar com dois canais de memória (dual channel). Isto dobra a velocidade da memória.
Dois módulo DDR400 operando em conjunto oferecem um desempenho equivalente a um módulo virtual
de 800 MHz (“DDR800”). O que ocorre na prática é que usando dois canais, a memória passa a operar
com 128 bits, ao invés de 64, porém mantendo os mesmos 400 MHz cada um deles. Os dois módulos
juntos são equivalentes a um módulo virtual de 64 bits e 800 MHz, exatamente o mesmo formato do
FSB das versões mais recentes do Pentium 4.
Os chipsets que suportam FSB de 800 MHz e duplo canal são o Intel 865 e o Intel 875, disponíveis em
diversas versões
A figura 1 mostra uma placa de CPU com memória dual channel. Observe que existem dois bancos. Para
facilitar a identificação, o fabricante usou soquetes de cores diferentes. Os dois soquetes superiores,
sendo um azul e um preto, formam o primeiro banco (canal). Os dois outros formam o segundo banco.
Para instalar, digamos, 512 MB, devemos usar dois módulos idênticos, usando inicialmente os soquetes
azuis, o seja, o primeiro módulo de cada banco. Quando vamos instalar mais memórias, devemos usar
os soquetes pretos. Normalmente os fabricantes identificam seus soquetes como 1A, 1B, 2A e 2B, ou
indicação similar.
Figura 2 – Organização de memória em uma placa de CPU convencional
Vemos então que um único canal de memória, mesmo que formado por vários módulos, oferece apenas
a metade da taxa de dados suportada pelo Pentium 4. O resultado é que o barramento do Pentium 4
ficará com uma ociosidade de 50%, contribuindo para redução do seu desempenho.
Figura 3 - Organização de memória em uma placa de CPU com memória de duplo canal.
Na figura 3 vemos como são feitas as ligações em uma placa de CPU com memória dual-channel. Note
que são usados os mesmos módulos de memória empregados em placas comuns. Quando vamos fazer a
primeira instalação de memória, usamos os soquetes 1A e 2A. Em uma expansão, usamos os soquetes
1B e 2B. Note que 1A e 1B formam um canal, enquanto 2A e 2B formam outro canal. Cada canal usando
módulos DDR400 oferece uma taxa de transferência igual a 3200 MB/s. Os dois canais operando
simultaneamente (128 bits) resultarão em uma taxa de 6400 MB/s, a mesma do barramento de dados
do Pentium 4.
Se você pretende utilizar um computador mais modesto (na faixa de 2 GHz, para os padrões do início de
2004), pode usar placas de CPU convencionais, sem duplo canal. Se pretende usar modelos mais
avançados, recomendamos processadores Pentium 4 HT, com FSB de 800 MHz, e uma placa de CPU com
duplo canal e suporte a memórias DDR400. Por exemplo, a placa Intel D865PERL, entre várias outras
disponíveis no mercado.
Figura 4 – Exemplo de placa de CPU com FSB 800 e duplo canal.
Se você pretende comprar uma placa mãe com FSB de 800 MHz, tome cuidado, pois existem muitos
modelos simples que não possuem duplo canal. Você estará provavelmente usando um processador
avançado e obviamente de custo maior, mas terá queda de desempenho causada pela baixa velocidade
da memória, operando com canal simples. É o caso da placa Asus P4S800, mostrada na figura 5.
Figura 5 – Especificações de uma placa com FSB 800 mas sem dual channel
Esta placa é considerada avançada, suporta Pentium 4 HT com FSB de 800 MHz, chegando até ao
modelo de 3.2 GHz. Suporta memórias DDR400, porém apenas com um canal. Isto significa que a
memória somente suportará a metade da taxa de transferência exigida pelo processador (3200 MB/s,
contra 6400 MB/s).
O Celeron foi lançado em 1998. Era uma versão simplificada do Pentium II, depois passou a ser uma
versão simplificada do Pentium III. Os atuais processadores Celeron são versões simplificadas do
Pentium 4. As simplificações estão no FSB e na cache L2:
1.7 GHz, 1.8 GHz, 2 GHz, 2.1 GHz, 2.2 GHz, 2.3 GHz, 2.4 GHz, 2.5 GHz, 2.6 GHz, 2.7 GHz e 2.8 GHz,
todos com 128 kB de cache L2 e FSB de 400 MHz.
Pelo fato de ter um bom desempenho e um preço mais acessível, o Celeron tornou-se um concorrente
para os processadores Athlon XP na faixa de 2 GHz. Por isso a AMD resolveu lançar novos modelos do
processador Duron, que havia sido descontinuado com 1,3 GHz. Foi lançado em novas versões de 1400,
1600 e 1800 MHz e FSB de 266 MHz, contra os 200 MHz do Duron anterior.
Esses dois chipsets suportam Hyper-Threading, FSB de 800 MHz e memória Dual Channel. São utilizados
em placas de CPU da própria Intel e também dos principais fabricantes de primeira linha. Aguarde nosso
próximo artigo que fará uma comparação entre esses chipsets e as placas de CPU que os utilizam. Esses
chipsets são portanto indicados para placas de CPU mais avançadas, para os modelos mais velozes do
Pentium 4.
Chipset 845
Este chipset destina-se a placas de CPU mais simples, e é produzido em diversas versões. Também será
apresentado detalhadamente no nosso próximo artigo. Sendo um chipset mais simples, é indicado para
placas de CPU de alta qualidade e baixo custo.
Você encontrará maiores informações sobre o Celeron e placas com chipset 845 no nosso artigo
Placa de CPU Intel D845GLVA com Celeron de 2,4 GHz
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