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Rosa Luxemburgo
Reforma ou Revolução
Parte II
https://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/1900/ref_rev/cap04.htm#p2c3 1/13
14/07/2020 Rosa Luxemburgo: Reforma ou Revolução - Parte II - Capitulos 3 a5
https://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/1900/ref_rev/cap04.htm#p2c3 2/13
14/07/2020 Rosa Luxemburgo: Reforma ou Revolução - Parte II - Capitulos 3 a5
https://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/1900/ref_rev/cap04.htm#p2c3 3/13
14/07/2020 Rosa Luxemburgo: Reforma ou Revolução - Parte II - Capitulos 3 a5
mascara hoje, tanto quanto antigamente era mascarada, toda a espécie de relações
de dominação e de ideologia".
Isto não é tudo. O regime capitalista tem uma característica particular; todos os
elementos da sociedade futura, ao progredirem, em vez de se orientarem para o
socialismo, pelo contrário, afastam-se. A produção tem um carácter cada vez mais
social. Mas que carácter social? Ganha a forma de grande empresa, da sociedade
por acções, da concentração, no seio das quais os antagonismos capitalistas, a
exploração, a opressão da força do trabalho, se exasperam em extremo.
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Concretamente isto quer dizer que não existe nenhum momento em que o
proletariado, levado pelas circunstâncias ao poder, não possa, ou não esteja
preparado para tomar certas medidas visando realizar o seu programa, medidas de
transição para o socialismo. Afirmar que o programa socialista se pode revelar
impotente numa fase qualquer da conquista do poder e incapaz de dar as directivas
para a sua realização, é repetir a afirmação de que o programa socialista é, de um
modo geral e sempre, irrealizável.
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Ora já vimos que o proletariado não pode fazer outra coisa além de apoderar-se
"prematuramente" do poder político, ou por outras palavras, só o pode conquistar
uma ou várias vezes mais cedo para o conseguir conquistar definitivamente; por
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4. A Derrocada
Não pode haver luta proletária de classes sem um objectivo final determinado e
sem base económica na sociedade actual. Bernstein abandona a luta de classes e
prega a reconciliação com o liberalismo burguês.
política do governo; surgem não como uma consequência natural, histórica, mas
como o resultado fortuito da política dos Hohenzollern; representam não os filhos
legítimos da sociedade capitalista mas os bastardos da reacção. É assim que
Bernstein passa, com uma lógica rigorosa, da concepção materialista da história
para a do Frankfurter Zeitung ou do Vossische Zeitung.
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Mas depois da evolução da luta de classes e das suas condições sociais, uma
vez abandonadas essas teorias e formulados os princípios do socialismo científico –
não pode existir, pelo menos na Alemanha, outro socialismo que não seja o
socialismo marxista, nem outra luta de classes socialista que não seja a da social-
democracia. Retornar às teorias socialistas anteriores a Marx, não é apenas voltar
ao b-a-ba, ao primeiro grande alfabeto do proletariado, é balbuciar o catecismo
anacrónico da burguesia.
traduzem na prática é que podem ser ultrapassados pelo próprio movimento – mas
exclusivamente com o auxílio das armas fornecidas por Marx.
Tudo isto continua a ser verdade, mesmo depois de ter sido edificado o
socialismo científico. O movimento proletário, mesmo na Alemanha, não se fez de
repente socialista, faz-se um pouco em cada dia, faz-se corrigindo os
desviacionismos opostos: o anarquismo e o oportunismo; um ou outro erro são
fases do movimento considerado como um processus contínuo.
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14/07/2020 Rosa Luxemburgo: Reforma ou Revolução - Parte II - Capitulos 3 a5
sombra de pensamento original! Nem uma ideia que o marxismo já não tivesse, há
dezenas de anos, refutado, esmagado, ridicularizado, reduzido a pó! Bastou que o
oportunismo começasse a falar para demonstrar que nada tinha para dizer. É isso
que dá, para a história do partido, tanta importância ao livro de Bernstein.
Bernstein termina o seu livro com um conselho ao partido: que ouse parecer o
que é, quer dizer, um partido reformista, socialista e democrata. O partido, ou seja,
o seu órgão supremo, o Congresso deveria, em nossa opinião, seguir esse conselho
propondo a Bernstein, parecer o que é: um progressista democrata pequeno-
burguês.
A primeira edição terminava com estes dois parágrafos que Rosa Luxemburg
suprimiu por lhe parecer terem perdido oportunidade.
Início da página
Notas:
(9) Foi em 1884 e em 1885 que se discutiu no Parlamento a questão da subvenção que Bismark
pretendia conceder às companhias marítimas, em particular àquelas que faziam carreiras para as
primeiras (ou futuras) colónias alemãs. As opiniões da social-democracia sobre este problema
apresentaram-se bastante diversificadas. (N. T.). (retornar ao texto)
(10) Votação do orçamento na Baviera: A partir dos anos 90 foi introduzida no partido socialista da
Baviera a tradição de votar o orçamento do Land. Isto era contrário às tradições do Partido no seu
conjunto: no Reichstag, os deputados socialistas recusavam todos os anos em bloco o orçamento.
(retornar ao texto)
(3) O "movimento dos Independentes" foi iniciado pelo grupo dos "Junge" de tendências
anarquistas, no interior do S. P. D. (N. T.). (retornar ao texto)
Inclusão 15/01/2005
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