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AULA 18 – HISTÓRIA DO BRASIL

Barão do Rio Branco recuperou alguns valores monárquicos.


Ele não tinha grandes posses, então tinha dificuldade de fazer aquele tour na Europa
que os jovens da época faziam. Na década de 1860, três dias antes de sua formatura, ele ganhou
na loteria. Viajou pela Europa, gastou todo o dinheiro e regressou ao Brasil. Aqui, foi professor
de história, procurador, jornalista, deputado pelo Mato Grosso, cônsul em Liverpool.
Ele só se casou após receber o título de nobreza – que era muito mais uma homenagem
ao pai do que a ele.
Em 1895, Floriano Peixoto delegou ao Barão uma arbitragem. Os EUA deram ganho de
causa integral ao Brasil.
Na arbitragem com a França, o Brasil disputava o território do Amapá. O Barão foi para
Suiça onde conseguiu ter interlocução política e encontrou de última hora um documento oficial
francês que reconhecia que a fronteira com o Brasil era o Oiapoque. O Brasil ganhava
integralmente outra vez.
Após vencer duas arbitragens seguidas, o Barão recebeu uma pensão vitalícia e foi
trabalhar em Berlim. A filha dele casou com um barão alemão. Ela, querendo se livrar do marido,
insinuou que ele estava entregando informações para os alemães durante a Primeira Guerra.
Ela foi bem-sucedida.
Quando Rodrigue Alves criou o ministério de notáveis, ele chamou o Barão para integrá-
lo. O Barão não pisava no Brasil há 26 anos. Ele começou então a tentar recuperar o Acre.
Nabuco foi reabilitado para representar o Brasil na arbitragem contra a Inglaterra.
Com a Bolívia, a assimetria de poder era favorável ao Brasil. O governo boliviano chegou
a mobilizar tropas. (O Barão defendia a modernização das Forças.) O Acre era uma região
riquíssima ocupada por brasileiros. Os peruanos diziam que o Acre era deles. A Bolívia dizia que
o Acre era dela, e tomou a decisão de arrendá-lo ao governo americano.
O Barão ofereceu para a Bolívia uma saída para o mar. Ele propôs a permuta de
territórios (cedeu uma parte do Mato Grosso e da Amazônia), a construção de uma ferrovia e
uma indenização. O argumento era que o Brasil queria o Acre por conta dos nacionais que
ocupavam essa região – uti possidetis.

Chancelaria Rio Branco


O Barão tinha alguns desafios a enfrentar. Ele viu o imperialismo europeu e o temia. O
Brasil sofreu a ocupação da Ilha de Trindade e o desembarque em Santa Catariana da cantoneira
Panter para recuperar desertores. Nabuco, nesse último caso, invocou a doutrina Monroe e a
Alemanha se desculpou.
Os ingleses bombardearam a Venezuela porque não tinham pago uma dívida. A
Argentina propôs a Doutrina Draco que proibia o uso da força para a cobrança de dívidas. O
Brasil foi contra porque cria que isso dificultaria a aquisição de novos empréstimos.
Na questão das fronteiras, havia uma preferência pelo uti possidetis e pelas negociações
bilaterais.
Uma das estratégias da chancelaria do Barão foi o americanismo pragmático: nos
aproximamos para conter o imperialismo europeu por meio da Doutrina Monroe. O Brasil abriu
uma embaixada em Washington.
Rui Barbosa em Haia defendeu a igualdade jurídica entre as nações, ou seja, ficamos
contra os EUA.
A III Conferência Interamericana aconteceu no Rio de Janeiro, foi a primeira vez na
história que um secretário de Estado americano saiu dos EUA. Nessa conferência, o Barão fez
um discurso sobre a importância da Europa deixando claro que o americanismo era pragmático.
A diplomacia do prestígio era outra estratégia relevante. O Brasil passou a se apresentar
para o mundo, a participar e a sediar conferências internacionais. Por conta disso, o Rio de
Janeiro tinha que deixar de ser o cemitério dos estrangeiros e se tornar a vitrine do Brasil.
Em 1905, o Papa comunicou que o arcebispo do Rio se tornaria o primeiro cardeal da
América Latina - Cardeal Arcoverde.
A IV Conferência Interamericana foi em Buenos Aires. Em 1909, em nome da diplomacia
do prestígio, foi concedido ao Uruguai o direito à navegação nos rios da fronteira. Um cubano
indicou o Barão para receber o Nobel da Paz, mas ele (o Barão) retirou sua candidatura.
O ápice das tensões se deu entre 1908 e 1909. O Barão tinha adotado uma postura
neutra no Paraguai não intervindo em um conflito interno.
Após a compra de três dreadnoughts, Zeballos fez uma reunião sugerindo que enquanto
houvesse inferioridade naval era hora de invadir no Brasil. Zeballos foi demitido, mas conseguiu
interceptar um telegrama brasileiro. Ele afirmou que o Brasil estava fazendo uma aliança militar
com o Chile para invadir a Argentina. O Barão entregou o telegrama verdadeiro com o código
(Caso Telegrama nº9). O telegrama, na verdade, propunha um pacto entre Brasil, Chile e
Argentina para afastar a ação de potências estrangeiras e deixava claro que o único entrave era
Zeballos.
O Barão vendeu o navio Rio de Janeiro recebendo só o São Paulo e o Minas Gerais.
O Barão morreu em 1912 no primeiro dia de carnaval. Hermes da Fonseca suspendeu o
carnaval. 1912 foi o ano de dois carnavais.

Leituras Obrigatórias:
Barão do Rio Branco : 100 anos de memória / Manoel Gomes Pereira (Org.).–
Brasília : FUNAG, 2012

Leituras Complementares:
BURNS, Bradford. A aliança não escrita: o Barão do Rio Branco e as relaçõ es Brasil-Estados
Unidos. Rio de Janeiro: EMC, 2003, 270 p. ISBN: 85-87933-07-8.
GARCIA, Eugenio Vargas. Entre América e Europa: A políti- ca externa brasileira na década de
1920. Brasília: Editora da Universidade de Brasília / Fundação Alexandre de Gusmão, 2006.
GARCIA, Eugenio Vargas. O Brasil e a Liga das Naçõ es (1919- 1926): vencer ou não perder. Porto
Alegre: Ed. UFRS, 2000

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