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PRECISÕES REQUERIDAS NO CADASTRO TÉCNICO

MULTIFINALITÁRIO
O cadastro territorial consiste na descrição geométrica das parcelas unida à outras
descrições como o interesse da propriedade, valor da parcela e as construções nelas contidas.
Neste texto é abordada a questão da qualidade requerida para a descrição geométrica no que
concerne à qualidade posicional da mesma.
É importante salientar que há diferenças quanto ao propósito do cadastro, podendo
este ser realizado nas seguintes formas:

 Fiscal: Neste tipo de cadastro, o objetivo geral gira em torno do valor da propriedade e
sua taxação. Para isto, é realizada a identificação do proprietário e da propriedade. O valor
é uma função das características geométricas, localização, benfeitorias, valor histórico e
valor de mercado. Como pontuado em OLANI (2016), o cadastro fiscal nem sempre está
apoiado em uma base cartográfica de precisão e neste contexto a taxação da propriedade
não está diretamente relacionada aos limites físicos estabelecidos.

 Jurídico: Trata-se do cadastro legal, que objetiva garantir o direito à propriedade. Ele
geralmente é mantido por um sistema de registro de títulos organizado pelo Estado
através dos Registros de Imóveis.

 Geométrico: Este tipo de cadastro baseia-se em métodos de mensurações realizadas


através de levantamentos geodésicos e/ou aerofotogramétricos combinados às
informações de propriedade para a confecção da planta cadastral. Nele, os limites físicos
da propriedade devem ser bem definidos.

 Multifinalitário: O cadastro técnico multifinalitário (CTM) é composto de múltiplas


aplicações, sobretudo o planejamento urbano e regional, servindo como base para a
tomada de decisões. Esta denominação também tem se aplicado ao anteriormente
denominado cadastro técnico urbano, resultado da união entre o cadastro geométrico e
o fiscal. Quando correlacionado às informações do registro de imóveis, constitui o Sistema
de Cadastro e Registro Territorial (SICART) (Ministério das Cidades, 2009).

Com base no disposto acima, é possível ver que o cadastro realizado nas Prefeituras é
o CTM, que em termos da descrição geométrica das parcelas, obedece aos critérios do cadastro
geométrico e descreve os limites físicos das parcelas. A portaria 511/09 do Ministério das
Cidades define que para o levantamento destes limites físicos pode-se lançar mão de métodos

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topográficos, geodésicos, fotogramétricos e outros que proporcionem precisões compatíveis. A
portaria também determina que a cartografia cadastral deve obedecer aos padrões
estabelecidos nas normas da cartografia nacional.
A NBR 13.133 prevê para o levantamento planialtimetrico cadastral (LEPAC) as classes
I PAC e II PAC, que representam níveis de escalas 1:1.000 e 1:500, respectivamente, ambas com
curvas de nível com equidistância de 1 metro. Segundo o disposto no decreto nº89.817, de 20
de junho de 1984, considerando o padrão de exatidão cartográfica (PEC) de classe A, para estas
escalas são dadas as seguintes precisões:

 Para a planimetria:

 0,5 metros no terreno para produtos na escala 1:1.000.; e

 0,25 metros no terreno para produtos na escala 1:500.

 Para a altimetria o valor equivale à metade da equidistância e, portanto, é de 0,5 metros


ou melhor.

É importante destacar que nos casos de regularização fundiária urbana o cadastro a


ser considerado é o legal. O Decreto 9.310/10, que institui normas e procedimentos de
regularização fundiária urbana, determina que os levantamentos topográficos
georreferenciados, assim como ocorre nos levantamentos cadastrais do CTM, devem ser
realizados conforme as normas técnicas da ABNT e o decreto 89.817/84. Em termos da precisão,
o decreto afirma ainda que cada vértice deve ser definido por suas coordenadas geodésicas
(latitude, longitude e altitude), com erro posicional esférico menor ou igual a 8 centímetros de
raio.
Pode-se ver que o cadastro praticado nas prefeituras se alinha ao conceito
multifinalitário, uma vez que este serve ao planejamento urbano e à gestão pública, além de
cumprir o papel fiscal-tributário. Quanto à exatidão posicional, conclui-se que tanto o cadastro
legal quanto o multifinalitário devem seguir a normatização da ABNT, sendo que no caso do
cadastro legal, o decreto 9.910/10 define a precisão à parte das normas.

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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rede de Referência Cadastral Municipal –
Procedimento: NBR 13.133. Rio de Janeiro, 1994.
BRASIL. Decreto nº 89.817, de 20 de junho de 1984. Estabelece as Instruções Reguladoras das
Normas Técnicas da Cartografia Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasília, 1984. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br>
BRASIL. Decreto nº 9.310, de 15 de março de 2018. Institui as normas e os procedimentos
aplicáveis à regularização Fundiária Urbana e estabelece os procedimentos para a avaliação e
alienação dos imóveis da União. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2018.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br>
BRASIL. Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano
e dá outras Providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1979.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L6766.htm>
SÃO PAULO, Ministério Público. Regularização Fundiária Urbana. São Paulo, 2017.
SÃO PAULO, Prefeitura. Secretaria de Habitação. Cartilha de Orientação sobre o Programa de
Regularização Urbanística e Fundiária. São Paulo, 2017.
OLIANI, L. O. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná. Noções de Cadastro
Territorial Multifinalitário – CTM. 2016. Disponível em: < www.crea-pr.org.br>.

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