Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
SÃO MATEUS
2010
FÁBIO OLIVEIRA DOS SANTOS
MÁRCIA APARECIDA NATALE DE ARAÚJO
RONÁRIA JULIANA SILVESTRE
SÃO MATEUS
2010
FÁBIO OLIVEIRA DOS SANTOS
MÁRCIA APARECIDA NATALE DE ARAÚJO
RONÁRIA JULIANA SILVESTRE
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
PROF. ADEMILSON JACINTO DA MOTA
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
ORIENTADOR
_________________________________
PROF. HELVÉCIO FAUSTINI JUNIOR
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
_________________________________
PROF. TACIANA M. COMMANDEUR
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
Dedico a Deus, que esteve comigo
durante todo esse período.
À minha família, que mesmo de longe me
apoiou e acreditou no meu triunfo.
Aos meus “amigos”, pela paciência e
apoio.
Fábio Oliveira dos Santos
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................13
1 LOGISTICA.......................................................................................................16
1.1 ABORDAGEM LOGÍSTICA...............................................................................16
1.2 LOGÍSTICA NO BRASIL ...................................................................................18
1.3 LOGÍSTICA INTEGRADA .................................................................................20
1.4 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .....................................23
2 PRODUÇÃO .....................................................................................................26
2.1 EVOLUÇÃO DA NECESSIDADE E DA PRODUÇÃO.......................................26
2.2 OS IMPACTOS DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS PARA O AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE.....................................................................................................30
7 REFERÊNCIAS.................................................................................................68
8 APÊNDICE........................................................................................................72
8.1 PESQUISA DE CAMPO SOBRE GERENCIAMENTO DO LIXO ELETRÔNICO
NA CIDADE DE SÃO MATEUS/ES...........................................................................73
8.2 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS NA PESQUISA DE
CAMPO UTILIZADA NO ESTUDO DE CASO...........................................................75
8.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO ..........................77
13
INTRODUÇÃO
Mas como será se as empresas não aderirem à logística reversa como parte
integrante dos seus processos empresariais?
É notório que o alto consumismo levará a superlotação de lixo eletrônico,
causando, por conseguinte um grande caos mundial, que inclusive implicará na
extração futura de nova matéria prima para novas produções. Por isso a importância
da conscientização organizacional com relação à realidade que é o lixo eletrônico,
bem como os prejuízos financeiros e ambientais que o gerenciamento ineficaz do
mesmo pode causar a todas as partes envolvidas.
A solução proposta na logística reversa como mecanismo para o descarte do
lixo eletrônico, trata do retorno dos produtos de pós-venda ou pós-consumo através
dos canais reversos de distribuição, agregando valor aos mesmos reinserindo-os
novamente ao ciclo produtivo como insumos, dessa forma esses insumos implicarão
em um novo produto final, que será enviado novamente para o mercado.
A organização que inserir o processo reverso em suas operações, agregará
valor à sua imagem corporativa frente ao mercado, além de reduzirem seus custos
com base no reaproveitamento de materiais.
Para melhor apresentação do tema, este trabalho esta dividido em cinco
capítulos. O primeiro capítulo faz um breve histórico do início das atividades
logísticas no mundo e no Brasil, bem como suas principais definições e melhores
práticas, além de sua importância organizacional e como ferramenta de gestão.
No segundo, é abordada a evolução da produção, onde é possível visualizar o
aumento gradativo da necessidade da produção, e como os avanços tecnológicos
impactaram nesse aumento.
No terceiro capítulo os problemas gerados pela evolução da tecnologia e seus
principais ímpetos para o meio ambiente e a saúde humana.
O mecanismo para o gerenciamento dos impactos provindos do avanço
tecnológico, e conseqüentemente aumento de competitividade empresarial são
abordados no quarto capítulo.
No quinto capitulo é apresentado o estudo de caso na cidade de São Mateus /
ES, onde foi realizado pesquisa nas principais empresas de eletrônicos da cidade, a
fim de avaliar as praticas de descarte do lixo eletrônico das mesmas.
Conforme descrição dos capítulos, o decorrer do trabalho abordara os
motivos da geração do lixo eletrônico, e como as organizações podem minimizar os
impactos dos seus produtos de pós-venda e pós-consumo no meio ambiente com a
15
inserção da logística reversa nos seus processos. Dessa forma a logística reversa
bem aplicada nas organizações além de ferramenta para destinação final da sucata
eletrônica, passa a ser uma ferramenta de gestão agregando competitividade às
organizações.
16
1 LOGISTICA
Logística integrada.
A Logística é uma grande palavra para um grande desafio (HARISSON; VAN
HOOKE, 2003).
Ela é a atriz principal que trabalha por trás do palco do capitalismo moderno.
Poucas áreas de operações envolvem a complexidade ou abrangem o escopo
geográfico característico da Logística, pois,
é um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores
estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disso, os
consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos donde
os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela
Logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os
consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na
condição física que o desejarem (BALLOU, 1993, p. 17).
exigente da globalização.
Há que se considerar ainda o que escreve Dias (2006), quando destaca a
situação brasileira:
Falando de Logística aqui no Brasil não há mais que 25 anos. Se trata de
algo ainda muito novo, nossos alicerces para consolidação dos conceitos
logísticos são muito frágeis, não apresentam condições mínimas de
sustentação, como podemos ver a seguir:
• Ausência de política que sincronize as ações dos governos (federal,
estaduais e municipais) e da iniciativa privada;
• Infraestrutura de armazéns inadequada;
• Não há equilíbrio na disponibilidade dos modais de transportes;
• A maior parte de nossa produção destinada à exportação é transportada
até o porto de embarque por meio de caminhões;
• 60% do total da carga transportada no Brasil é feita pelo modal
rodoviário e apenas 23% pelo modal ferroviário;
• As estradas estão em péssimas condições de utilização, com exceção
das do interior do estado de São Paulo;
• A idade média da frota brasileira de caminhões gira em torno de 17 anos.
Frota muito antiga e inoperante, chegando a faltar caminhões na época
da safra;
• Nas poucas ferrovias a velocidade é muito baixa (em torno de 25 km por
hora), em razão da falta de investimentos em composições ferroviárias,
trilhos e pelo tráfego em áreas urbanas;
• Baixa capacidade operacional dos portos. Necessidade de manutenção
e dragagem;
• Pouca utilização do transporte hidroviário, mesmo com a nossa riqueza
hidrográfica;
• Poucos profissionais com competência para fazer a gestão de Logística
nas empresas;
• Baixo investimento de tecnologia de informações para viabilizar sistemas
dinâmicos de relacionamentos entre fornecedores, prestadores de
serviços logísticos e clientes. (DIAS, 2006, p. 1).
recursos logísticos.
2 PRODUÇÃO
ter seus desejos saciados, requer cada vez mais, de novas estratégias de
sobrevivência e de negócios que vem a viabilizar caminhos que antes não foram
trilados nem percorridos por nenhum outro, como um marco diferenciado que
garante e viabiliza conceitos de produzir e negociar a favor da humanidade
doravante.
Destrate, que a evolução da produção de bens, teve inicio a modo artesanal
intencionalmente a suprir as necessidades de campo de conquistas terrestre em
combates por nações e poderes. Armaduras, arreios, ferraduras, coletes, lanças,
chuchus e escudos foram os principais produtos fabricados, porém com as
descobertas de novos continentes, as cordas de teares e as roupagens de algodão
se associaram aos métodos de navegações, originando novas necessidades e
passamos a um segundo momento histórico vivenciado pela Revolução Industrial.
O mundo sofreu profundas e aceleradas transformações, tanto no campo
econômico, como político e social.
A busca pela perfeição do negócio, as mudanças realmente revolucionárias
que descentralizam a autoridade, reduziram a hierarquia, também estimularam
parcerias e privilegiam a qualidade com foco nos clientes consumidores.
Ferramentas e tecnologias aplicadas foram fatores perseguidos ao longo dos anos
por pensadores que buscavam a exeqüibilidade acima de tudo em seus planos de
forma seqüencial e incremental, até atingir o estágio inicialmente visado.
Após a Segunda Guerra Mundial a economia entrou em uma fase de
crescimento, começou uma acelerada caminhada rumo à globalização. Desde então
começaram a ser desenvolvidas novas técnicas de produção, com o objetivo de
produzir mais e a custos mais baixos. O conceito de produtividade vem evoluindo
juntamente com as mudanças na economia.
Taylor deu inicio as primeiras técnicas de aumento da produtividade, a partir
de então novas técnicas foram introduzidas, como é o caso da produção em massa
ou escala desenvolvida por Henri Ford na década de 10 que consistia em produzir
em grande escala um mesmo produto. O método de produção em massa aumentou
muito a produção dos produtos acabados, além da diminuição dos custos, em
relação aos produtos artesanalmente fabricados, com um relativo ganho na
qualidade, pois a introdução de maquinários alavancou a produção e padronizou os
cortes que aperfeiçoou os encaixes das peças, entretanto o grande problema da
produção em escala eram as inspeções, como a produção era em linha graduada
28
3 O AVANÇO TECNOLÓGICO
De acordo com ROBINS (2002, p. 7-8) A historia humana pode ser dividida
em ondas. A primeira foi à agricultura, que prevaleceu até o fim do século XX. A
segunda foi à industrialização, onde a maioria dos países desenvolvidos passou de
sociedades agrárias para sociedades baseadas em maquinas que foi do final do
século XIX até os anos 1960. A terceira onda foi à informação, que chegou nos anos
1970, é voltada para os trabalhadores do conhecimento. Os trabalhos são
projetados em torno da aquisição e da aplicação de informações.
A Tecnologia tem nos proporcionado facilidades em nossas atividades
rotineiras, melhores condições de vida e melhorias ao acesso da informação e
entretenimento.
Além de facilidades quanto às atividades cotidianas, a tecnologia propicia a
otimização das atividades nas organizações. MIRANDA (1999, p.285) define
informação como sendo "dados organizados de modo significativo, sendo subsídio
útil à tomada de decisão".
Os integrantes das organizações necessitam de informações, dados e
conhecimento para o desenvolvimento das demandas de tarefas diárias, bem como
para traçarem suas possíveis estratégias, e para tanto é necessário a precisão nas
informações.
Os avanços tecnológicos foram de importância imprescindível para as
organizações, no que tange redução de custos, produtividade, qualidade,
flexibilidade e inovação. E continua sendo de grande importância para o alcance dos
objetivos estratégicos e o desafio de criar novos produtos, serviços, processos e
sistemas gerenciais.
A economia também sofreu grandes transformações com os avanços
tecnológicos, pois as operações de uma organização passaram a ser feitas além das
fronteiras nacionais.
“Para abrir novos mercados, conectando valiosos segmentos de mercado de
cada país a uma rede global, o capital necessitou de extrema mobilidade, e as
33
possível adquiri-los pela internet e receber em casa com toda comodidade. O fato é
que em loja física existe contato entre fornecedor, consumidor e produto. Já no
comércio eletrônico não existe contato físico com o produto o que gera muito mais
devoluções de mercadoria do que no comércio tradicional.
Dependendo do estado de conservação, alguns produtos ao fim de sua
vida útil poderiam ser reciclados e assim retornarem ao processo produtivo como
insumo. A reinserção desses produtos novamente no ciclo produtivo reduz custos e
tempo de produção. Além de benefícios econômicos essa reinserção acarreta ainda
benefícios ambientais. Contudo os resíduos eletrônicos têm sido encontrados em
ruas, rios, entre outros, e essa realidade têm aumentado a consciência ecológica do
consumidor, o que tem resultado em novos comportamentos de compras.
A conscientização da sociedade para as questões ambientais tem sido
despertada pela ocorrência de alguns desastres ecológicos que deixaram
marcas, muitas vezes ainda invisíveis e até permanentes, em sistemas em
todo o mundo. (VALLE e LAGE 2003, p. 9).
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/lei-equipamento-eletroeletronico-ong-
organizacao-nao-governamental-eletrodomestico-aterro-sanitario-550477.shtml
4 MODERNIZAÇÃO DA LOGISTICA
Diante da definição de Leite pode-se afirmar que além dos ganhos financeiros
e logísticos que a logística reversa proporciona, existem também os ganhos
41
O descarte dos produtos ao fim de sua vida útil é que dá origem ao processo
de logística reversa.
“O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos
ou materiais a cadeia de valor através do ciclo produtivo ou de negócios e, portanto,
um produto só é descartado em último caso”. (CHAVES e MARTINS, 2005, p. 3).
Os produtos de pós-consumo descartáveis em condições logísticas,
tecnológicas e econômicas, retornam ao ciclo produtivo pelo canal reverso de
“reciclagem industrial” como matéria prima secundária. Caso os bens de pós-
consumo não tenham as condições descritas às mesmas terão destinação final
adequada.
Na figura 7 abaixo representação de LEITE (2003) do fluxo logístico de pós-
consumo.
45
5 ESTUDO DE CASO
5.1 OBJETIVOS
O presente estudo de caso tem como objetivo avaliar como é feito o descarte
dos produtos eletrônicos na cidade de São Mateus/ES, e como é visto pelos
representantes a importância e necessidade dos fabricantes utilizarem métodos
reversos para retorno e descarte adequado dos produtos de pós-consumo.
0; 0%
SIM
NÃO
16; 100%
até 1 mês
4; 25%
de 01 a 6 mes es
mai s de 6 mes es
11; 69%
11; 69%
1; 6%
15; 94%
0; 0%
Lixo Ma te ens e
Devol ve a os
Fa bri ca ntes
Ma ntém
es toca do
2; 12,5%
SIM
NÃO
14; 87,5%
0; 0%
1; 6%
2; 13%
Posto de Coleta
Transportadora
Retirar no local
Como melhor forma para recolhimento dos resíduos sólidos eletrônicos, 81%
acham que a melhor maneira se dá por meio de um posto de coleta.
2; 13%
0; 0%
01 à 10 uni da de s
a ci ma de 20
uni da des
a ci ma de 50
uni da des
14; 87%
6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
futuras.
Acontece que a realidade apresentada no estudo de caso se faz presente de
forma global, pois as empresas e os órgãos governamentais ainda não se deram
conta da gravidade do problema que é o lixo eletrônico.
A questão é o que fazer com o lixo gerado? A empresa que produz e lança o
produto no mercado é responsável em dar destinação final adequada ao mesmo. A
logística reversa busca resolver esse problema, fazendo exatamente o caminho
inverso da logística tradicional, o produto ao fim de sua vida útil sai do consumidor
até a fábrica, onde é reinserido no ciclo produtivo como insumo, para então compor
um produto final com qualidade.
E se as organizações não aderirem à logística reversa como parte integrante
dos processos empresariais? Diante deste questionamento, analisamos que se as
empresas não implantarem esse processo em seu cotidiano empresarial, o lixo
eletrônico só terá dois caminhos a ser direcionado, o primeiro e mais comum é o
descarte do mesmo em lixo doméstico, que é direcionado aos aterros sanitários, e
que diferente do que muitos pensam, acarretará em problemas ambientais como
contaminação do solo ou dos lençóis freáticos, e isso tem acontecido com grande
intensidade devido aos avanços tecnológicos e a necessidade de se consumir aquilo
que estes avanços trazem, levando os produtos anteriores a essa evolução
tecnológica, a sofrerem uma obsolescência mais rápida que em tempos anteriores.
Quanto ao segundo caminho e não muito usual, é manter tais produtos dentro
de galpões, salas e cômodos dentro das empresas, formando assim lixões internos,
composto de sucata eletrônica, sujeira e principalmente acarretando na ocupação de
espaço que poderia ser destinado a uso benéfico para as empresas em questão.
Este acúmulo de lixo eletrônico é justamente devido a não se ter um local correto
para destinação desses produtos obsoletos. Algumas empresas até utilizam partes
dos produtos em consertos, mas quanto ao restante não se tem muito que se fazer.
Assim notamos que para se ter um local apropriado para esse descarte é
necessário haver uma nova postura governamental em nosso país. Não adianta
haver leis bem elaboradas em papel, se não há ação por parte dos órgãos
governamentais em implementá-las, e a não colaboração dos organismos sociais
em aderir e praticar no cotidiano de suas rotinas a atividade atinente em conter o
aumento dos resíduos descartados.
A logística reversa resolve o problema da destinação final dos produtos de pós-
66
7 REFERÊNCIAS
SANTOS, Josival Novaes dos. Evolução Logística no Brasil. 2007. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/evolucao-logistica-no-brasil/1
3574/.> Acesso em: 03 abr. 2010.
VALLE, Ciro Eyer do; LAGE, Henrique. Meio ambiente: aceidentes, lições,
soluções. São Paulo; Senac, 2003.
72
8 APÊNDICE
73
Alternativas Quantidade %
SIM 16 100%
NÃO 0 0%
TOTAL 16 100%
Alternativas Quantidade %
até 1 mês 11 69%
de 01 a 6 meses 4 25%
mais de 6 meses 1 6%
TOTAL 16 100%
Alternativas Quantidade %
Lixo Mateense 15 94%
Devolve aos Fabricantes 0 0%
Mantém estocado 1 6%
TOTAL 16 100%
76
Alternativas Quantidade %
SIM 14 87,5%
NÃO 2 12,5%
TOTAL 16 100%
Alternativas Quantidade %
Posto de Coleta 13 81%
Transportadora 0 0%
Retirar no local 1 6%
Negaram a pergunta anterior 2 13%
TOTAL 16 100%
Alternativas Quantidade %
01 à 10 unidades 14 87,5%
acima de 50 unidades 0 0%
TOTAL 16 100%
77