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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

A REFORMA EDUCATIVA NO ASPECTO


FILOSÓFICO

ELABORADO POR:

 PEDRO PENA CATETA DUMBO


2.º ANO
TURMA: B
CURSO: CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PERÍODO: PÓS-LABORAL

O DOCENTE

___________________________
PhD. José Adriano Ukwatchali

LOBITO, 2019
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

A REFORMA EDUCATIVA NO ASPECTO


FILOSÓFICO

ELABORADO POR:

 PEDRO PENA CATETA DUMBO


2.º ANO
TURMA: B
CURSO: CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PERÍODO: PÓS-LABORAL

O DOCENTE

___________________________
PhD. José Adriano Ukwatchali

LOBITO, OUTUBRO DE 2019


PENSAMENTO

“É no desprezo dos pequenos deveres, que se faz a aprendizagem das


grandes faltas”.

“Suzanne Necker”
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao PhD. José Adriano Ukwatchali.

- Aos colegas de classe, pela espontaneidade e alegria na troca de


informações e materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade.

Finalmente a todos quanto directa ou indirectamente contribuíram neste


trabalho de pesquisa.
AGRADECIMENTO

Não nos é difícil o acto de agradecer, nem tão pouco nos é difícil lembrar-se
das razões pelas quais devemos e passamos a agradecer especialmente a Deus
Pai Todo-Poderoso, a Professora e Colegas, o nosso muito obrigado.
ÍNDICE

PENSAMENTO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTO

INTRODUÇÃO............................................................................................................7

1. A REFORMA EDUCATIVA NO ASPECTO FILOSÓFICO.....................................8

1.1. O ENSINO DE FILOSOFIA E A REFORMA EDUCACIONAL: O QUE FAZER


.................................................................................................................................8

1.2. ASPECTOS HISTÓRICOS...............................................................................8

1.3. A FILOSOFIA COMO HABILIDADE E COMPETÊNCIA NA REFORMA


EDUCATIVA.............................................................................................................9

1.4. O QUE FAZER................................................................................................10

CONCLUSÃO............................................................................................................12

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................13
INTRODUÇÃO

O problema central deste trabalho consiste em analisar, a Reforma Educativa


no Aspecto Filosófico, investigando o papel da Filosofia nesse nível de escolaridade
e as condições de seu ensino. Trata-se de um estudo acerca das directrizes oficiais
para o ensino de Filosofia e também acerca de como essas directrizes estão sendo
traduzidas na prática, a partir da percepção de professores e alunos, identificando
que relações se estabelecem, hoje, entre os âmbitos prescrito e interactivo do
currículo, já que, de acordo com Sacristán (2007), o currículo é um processo que se
mostra na interacção de todos os seus contextos, que vão desde o âmbito de
decisões políticas e administrativas que resultam no currículo oficial (documentos
curriculares) até sua transformação em currículo em acção.

Assim sendo, analisar comparativamente o lugar da disciplina Filosofia na


reforma educativa e a realidade de seu ensino na percepção de alunos e
professores interessa a esta pesquisa pelo que essa relação entre intenção e
realidade pode revelar sobre o papel da Filosofia nesse nível de escolaridade e
sobre as condições de seu ensino, bem como pelos elementos de compreensão que
podem ser encontrados na comparação entre as duas realidades.

Ruth Sautu (2005) afirma que a redacção do marco teórico de um projecto de


pesquisa deve incluir uma teoria geral e teorias substantivas. De acordo com a
autora (2005), a teoria geral é aquela que, como já indica o nome, tem uma
abrangência maior, engloba processos mais amplos. Já as teorias substantivas são
aquelas que serão aplicadas ao problema específico estudado, são aquelas mais
pontuais e “estreitas”. Assim sendo, o marco teórico deste projecto inclui, como
teoria geral, a Abordagem do Ciclo de Políticas, formulada por Ball e Bowe e como
marco teórico substantivo, os conceitos de Currículo Oficial ou Prescrito e
Regulamentado e Currículo em Acção, elaborados por Gimeno Sacristán e também
os conceitos de Currículo e Disciplina, elaborados por Goodson e Chervel, além do
conceito de Reforma de Viñao Frago.

7
1. A REFORMA EDUCATIVA NO ASPECTO FILOSÓFICO

1.1. O ENSINO DE FILOSOFIA E A REFORMA EDUCACIONAL: O QUE


FAZER

A reforma do ensino médio compreende uma série de alterações no escopo


legal do país que ocorreu nos últimos três anos 1. Pode-se considerar, além da lei nº
13.415/2017, a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCC/EM),
as Directrizes Curriculares Nacional para o Ensino Médio e a Educação Profissional
(DCNEM), a emenda constitucional nº 95 (EC/95), a nova política para a avaliação
do ensino médio e a proposta de Base Nacional Comum da Formação para o
Professor da Educação Básica (BNC/Professor)2. Todas essas mudanças têm
provocado uma série de dúvidas e apreensões na comunidade filosófica brasileira.
Assim, apresento algumas ideias com o objectivo de auxiliar o debate que ocorrerá
no decorrer de 20193.

1.2. ASPECTOS HISTÓRICOS

O retorno do carácter obrigatório da Filosofia no ensino médio, em 2008,


reforçou o conjunto de leis existentes em vários estados, impulsionando seu ensino
na educação básica em nosso país. Reflectindo um desejo de toda comunidade
filosófica, actuou decisivamente, no âmbito institucional e académico, para que esta
vontade se transformasse em realidade4.

Entretanto, a lei nº 13.415/2017, que instituiu a escola em tempo integral e


que ficou conhecida como reforma do ensino médio, caracteriza a Filosofia como
estudos e práticas, caracterização que foi reforçada pela BNCC/EM e DCNEM,
documentos aprovados no final de 2018. Nesse sentido, o ensino da Filosofia volta
ao patamar de 20 anos atrás, momento que coincide com a aprovação da última Lei
de Directrizes e Bases para a Educação (LDB), que afirmava que o estudante

1
BENÍTEZ, Manuel de Puelles. Las grandes leyes educativas de los últimos doscientos años. Participación
Educativa, n.7, 2008, p.7-15,
2
DUARTE, Newton. Educar para o capitalismo. Entrevista concedida à jornalista. Verônica Bercht. Revista
Reportagem, Araraquara, ano V, n. º52, janeiro de 2004, p.63-66.
3
DUSSEL, Inés. A transmissão cultural assediada: metamorfoses da cultura comum na escola. Cadernos de
Pesquisa, Fundação Carlos Chagas, v.39, nº137 maio/ago. São Paulo, 2009, p.351-365.
4
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. Perspectivas sociais e políticas da formação de nível médio:
avanços e entraves nas suas modalidades. Educação e Sociedade, v.32, n.116, jul-set. Campinas, 2011, p.619-
638.
8
precisava ter noções fundamentais de Filosofia para o exercício da cidadania após
concluir o ensino médio5.

1.3. A FILOSOFIA COMO HABILIDADE E COMPETÊNCIA NA REFORMA


EDUCATIVA

A legislação educacional em vigor caracteriza que, ao concluir o ensino


médio, o estudante deve ser capaz de desenvolver as seguintes competências:

1) Analisar processos políticos, económicos, sociais, ambientais e culturais


nos diversos âmbitos em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos
epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se
criticamente em relação a eles;

2) Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e


espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as
territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações;

3) Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e


sociedades com a natureza e seus impactos económicos e socioambientais;

4) Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção,
consolidação e transformação das sociedades;

5) Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e


violência, adoptando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e
respeitando os Direitos Humanos;

6) Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes


posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projecto
de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Actualmente, o ensino é baseado na História da Filosofia e/ou em temas


filosóficos (Epistemologia, Estética, Metafísica, Lógica e Ética), conteúdos
distribuídos nos três anos do ensino médio. A nova configuração, além de diluir o
carácter peculiar da Filosofia na área denominada Ciências Humanas e Sociais

5
GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ GÓMEZ, A.I. Compreender e transformar o ensino. Tradução por Ernani
F. da Fonseca Rosa. 4ª Ed. ArtMed, Porto Alegre: 2007, p. 396.
9
Aplicadas, contempla apenas duas áreas da Filosofa: Epistemologia e Ética e
Filosofia Política, e mesmo assim de forma sumária 6.

Outro aspecto, este mais conceitual, diz respeito ao significado dos termos
habilidades e competências. Nesse sentido, o carácter crítico e criativo que a
educação pode permitir aos indivíduos é totalmente podado, tornando-os apenas em
sujeitos que operam funções previamente determinadas por outrem 7.

1.4. O QUE FAZER

Após a aprovação da reforma educativa no âmbito nacional, o espaço de


diálogo e construção foi transferido para o Ministério da Educação e Governos
Provinciais, cabendo a estes arquitectarem arranjos curriculares de acordo com suas
peculiaridades8. Em 2019, as Direcções Provinciais de Educação (DPE’s) e os
respectivos Conselhos Provinciais de Educação (CPE’s) convertem-se em palcos
privilegiados para a defesa de conteúdos de Filosofia no novo ensino médio. Nesse
sentido, aponto algumas sugestões ao debate:

1- Agendar reuniões com o secretário estadual de educação visando expor os


motivos que legitimam a manutenção da Filosofia no ensino médio;

2- Dialogar com os CEE’s na busca de consensos em torno da permanência


da Filosofia no arranjo curricular de cada rede de ensino;

3- Estabelecer canais de interlocução com os professores da rede pública


estadual, particularmente com os que leccionam Filosofia no ensino médio;

4- Procurar deputados estaduais e/ou comissões de educação para defender


a manutenção da Filosofia no ensino médio;

5- Construir espaços de convergência com entidades académicas (ANPUH,


ABECS, SBS, ANPOCS, etc.), sindicatos de professores, movimento estudantil, etc.
para defender o ensino das Humanidades no ensino médio;

6
GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história. Tradução por Attilio Brunetta. Editora Vozes, Petrópolis:
2012, p. 141.
7
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. Cortez Editora /Autores
Associados, São Paulo: 1980, p. 224.
8
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. A psicologia...e o resto: o currículo segundo César Coll. Cadernos de
Pesquisa, Fundação Carlos Chagas, n.100, março, São Paulo, 1997, p.93-107.
10
6- Difundir, nos mais diversos meios de comunicação, informações que
fortaleçam a manutenção da Filosofia no ensino médio;

7- Considerando as habilidades e competências contidas na BNCC/EM,


procurar inserir conteúdos filosóficos em todas, independentemente da área de
conhecimento;

8- Envolver os Programas de pós-gradução em Filosofia (PPGF).

A relação de determinação sociedade-cultura-currículo-prática explica que a


actualidade do currículo se veja estimulada nos momentos de mudanças nos
sistemas educativos, como reflexo da pressão que a instituição escolar sofre desde
diversas frentes, para que adapte seus conteúdos à própria evolução cultural e
económica da sociedade (...) Isso confirma o acto de que, em nossa tradição e no
campo jurídico-administrativo, as reformas curriculares vão ligadas na estrutura do
sistema mais que a um debate permanente sobre as necessidades do sistema
educativo9.

Por fim, além de procurar entender algumas nuances da reforma do ensino


médio, as orientações aqui apresentadas visam sugerir possíveis caminhos de
intervenção, ou seja, não tem a pretensão de ser uma receita a ser seguida, muito
menos cegamente.

9
SAUTU, Ruth; BONIOLO, Paula; DALLE, Pablo; ELBERT, Rodolfo. Manual de metodología: construcción
del marco teórico, formulación de los objetivos y la elección de la metodología. CLACSO, Buenos Aires: 2005.
192p.
11
CONCLUSÃO

O que se constata, então, é que a hipótese cunhada no início dessa pesquisa


se confirma. A Filosofia, institucionalizada, está sujeita aos dispositivos e discursos
legais e ao controle social que exercem, na medida em que a escola e seu currículo
constituem instâncias que preparam para a vida e para a inserção dos sujeitos no
mundo, ou seja, a escola veicula um conhecimento já solidificado e útil para a
manutenção da sociedade.

Nesse contexto, então, a escola não consegue se desvencilhar da condição


de produzir trabalho alienado, tanto dos professores como dos alunos, e a função da
Filosofia no currículo escolar se torna apenas a de ser mais um elemento
concorrente para o atingimento da satisfação das necessidades do mercado. Esse
predomínio quase que sem mediações do mercado, que também é conhecido por
sociedade neoliberal, acaba, portanto, por determinar, mesmo que de formas
indirectas, a função do ensino da Filosofia.

Na verdade, o que acontece é que a Filosofia não é uma disciplina que vai
simplesmente ser deixada de lado por não servir. Ela é uma disciplina que, a partir
do momento que se insere nessa organização escolar, visa justamente a
manutenção do todo.

É, principalmente, em decorrência dessa conjuntura que surgem os


problemas internos da Filosofia enquanto disciplina escolar, tais como a dificuldade
de se estabelecer objectivos que sejam próprios da Filosofia e de se definir qual a
sua especificidade. E esses problemas, além de dificultarem ainda mais a auto-
afirmação da Filosofia como disciplina necessária à formação dos sujeitos, acabam
contribuindo também para o acirramento das influências externas neoliberais.

12
BIBLIOGRAFIA

BENÍTEZ, Manuel de Puelles. Las grandes leyes educativas de los últimos


doscientos años. Participación Educativa, n.7, 2008.

DUARTE, Newton. Educar para o capitalismo. Entrevista concedida à jornalista.


Verônica Bercht. Revista Reportagem, Araraquara, ano V, n. º52, janeiro de 2004.

DUSSEL, Inés. A transmissão cultural assediada: metamorfoses da cultura comum


na escola. Cadernos de Pesquisa, Fundação Carlos Chagas, v.39, nº137 maio/ago.
São Paulo, 2009.

FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. Perspectivas sociais e políticas da


formação de nível médio: avanços e entraves nas suas modalidades. Educação e
Sociedade, v.32, n.116, jul-set. Campinas, 2011.

GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ GÓMEZ, A.I. Compreender e transformar o


ensino. Tradução por Ernani F. da Fonseca Rosa. 4ª Ed. ArtMed, Porto Alegre:
2007.

GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história. Tradução por Attilio Brunetta. Editora
Vozes, Petrópolis: 2012.

MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. A psicologia...e o resto: o currículo segundo


César Coll. Cadernos de Pesquisa, Fundação Carlos Chagas, n.100, Março, São
Paulo, 1997.

SAUTU, Ruth; BONIOLO, Paula; DALLE, Pablo; ELBERT, Rodolfo. Manual de


metodología: construcción del marco teórico, formulación de los objetivos y la
elección de la metodología. CLACSO, Buenos Aires: 2005.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. Cortez


Editora /Autores Associados, São Paulo: 1980.

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