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jusbrasil.com.br
16 de Julho de 2020
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§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará
honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
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11. Portanto, só poderá ser arbitrado honorários aº Advogadaº da
reclamada, se a reclamada atuar como autora e sair vencedora,
podendo, no caso de reconvenção, procedência de impugnação do
valor da causa; injusta oposição do reclamante a consignação
em pagamento, assim como quando comprovada a litigância de
má fé daº empregadaº.
16. Até o § 2º o art. 791 da CLT, foi mantida a coerência e respeito aos
princípios constitucionais, pois os honorários devidos pela parte
vencida, retrata o pagamento de honorários advocatícios pelo réu da
ação, qual seja, aquele que não cumpriu sua obrigação, no caso a
empresa, ou mesmo o empregado, quando da reconvenção.
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23. Ora, o empregado ao buscar a Justiça para questionar seus direitos,
muitas vezes, já sofre retaliações, sendo a condenação de
honorários uma forma de impedir o acesso à Justiça, o que é
incabível na relação de emprego.
26. Pede vênia para transcrever a verdadeira obra de arte jurídica que é
a Constituição Federal de 1988, que hoje, passados mais de 30 anos, é
orgulho e ferramenta a favor da democracia, protegendo a sociedade de
gananciosos e ditadores, que sempre rondam, com sua sede de poder!
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III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
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D) DA SUCUMBÊNCIA DO PEDIDO NA PROCEDÊNCIA
PARCIAL
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40. Ao declarar neste § ser o autor da ação trabalhista parte que possa
ser “vencida”, na Ação Trabalhista, equiparou o “mísero” ao dono
de empresa, porém isto não é real, e está em dissonância ao princípio
da isonomia.
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“Uma condenação que não respeita esses limites terá o
propósito indisfarçável de punir o reclamante e de
afrontar o direito fundamental de acesso à justiça,
conferido a todo e qualquer cidadão. A garantia do acesso à justiça
está fixada no inciso XXXV, do art. 5º da CF com os seguintes
dizeres: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito”. E se a lei não pode criar obstáculos ao acesso
à justiça, por certo não poderá fazê-lo o juiz, ainda mais por meio
de decisão sem suporte legal e sem oferecer, sequer, parâmetros de
ponderação e de razoabilidade.
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48. Sobre o assunto, o artigo 98, § 1º do CPC/2015 é expresso em
isentar o beneficiário da justiça gratuita de toda e qualquer despesa
processual, não se justificando, portanto, que o artigo da CLT importe
em condição mais gravosa ao empregado do que ao litigante da Justiça
comum, ainda mais quando considerada a condição desigual da
relação jurídica processual trabalhista(*16).
H) DAS DECISÕES
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Em interpretação constitucional do dispositivo, este não pode ser
aplicado de forma literal sendo imprescindível a análise dos
preceitos da isonomia processual, do amplo acesso à justiça e
gratuidade judiciária (art. 5º, caput, XXXV, LXXIV da CF88).
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Ademais, com supedâneo na garantia constitucional da assistência
judiciária gratuita, disposta no artigo 5ª da CF88, tal instituto
abrange todas as despesas processuais do beneficiário considerado
economicamente hipossuficiente. Nesse rol de despesas do processo
estão incluídos não só as custas, como os honorários advocatícios
de sucumbência e também os honorários periciais. Sobre o assunto,
o artigo 98, § 1º do CPC/2015 é expresso em isentar o beneficiário
da justiça gratuita de toda e qualquer despesa processual, não se
justificando, portanto, que o artigo celetista acima mencionado
importe em condição mais gravosa ao empregado do que ao
litigante comum, ainda mais quando considerada a condição
desigual da relação jurídica processual do ramo trabalhista.
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Deveras, a previsão legal é no sentido de que só incidem
honorários de sucumbência sobre um pedido que possa
ser liquidado e gerar proveito econômico. Assim, a
impossibilidade de mensuração do proveito econômico não equivale
a improcedência ou rejeição do pedido, seja de algum pedido ou de
toda a demanda. Na presente hipótese, a parte vencedora deixa de
ser condenada, sem que isso resulte para ela consequências na
esfera econômica. Cumpre observar, ainda, que quando o
legislador quis tratar da improcedência, inseriu na lei a expressão
'não havendo condenação principal' como ocorre no inciso IIIdo
parágrafo 4º do artigo 85 do CPC, inexistindo tal previsão na
norma da CLT. Diante disso, a inovação legislativa atrelou a verba
ao proveito econômico obtido pela parte, tão somente. Recurso do
reclamante ao qual se dá parcial provimento.
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De fato, o art. 791-A, da CLT é claro ao dispor que "ao advogado,
ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa"(g.n.).
Deveras, a previsão legal é no sentido de que só incidem
honorários de sucumbência sobre um pedido que possa
ser liquidado e gerar proveito econômico. Assim, a
impossibilidade de mensuração do proveito econômico não equivale
a improcedência ou rejeição do pedido, seja de algum pedido
ou de toda a demanda. Na presente hipótese, a parte vencedora
deixa de ser condenada, sem que isso resulte para ela
consequências na esfera econômica. Cumpre observar, ainda, que
quando o legislador quis tratar da improcedência, inseriu na lei a
expressão 'não havendo condenação principal' como ocorre no
inciso IIIdo parágrafo 4º do artigo 85 do CPC, inexistindo tal
previsão na norma da CLT. Diante disso, a inovação legislativa
atrelou a verba ao proveito econômico obtido pela parte, tão
somente. Assim, restringindo-se ao explicitamente prescrito no
dispositivo legal, indevida a condenação em honorários
advocatícios. Reformo.
I) CONCLUSÃO
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52. Requer ainda seja declarado indevida a condenação de
honorários sucumbenciais ao reclamante na Ação Trabalhista,
para aº Advogadaº da reclamada, conforme fundamentado.
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(H.A-*6) De fato, na regra, a única parte que pode ser vencida é a
empresa, motivo pelo qual só ela pode ser condenada aos
honorários advocatícios, salvo, quando a reclamada é a autora,
(nas reconvenções, impugnação ao valor da causa, consignação de
pagamento e comprovada litigância de má-fé do reclamante), aí
sim será cabível falar sobre arbitramento de honorários ao Patrono
da reclamada, sendo inclusive coerente inclusive a ressalva do
artigo, qual seja nos casos de “não ser possível mensurá-lo”.
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(H.A-*16) A Justiça do trabalho não se presta a ser um ringue, um
braço de ferro, onde sobrevive o mais forte, sendo a Justiça que se
presta a proteger o trabalhador de quem contrata e explora o
serviço braçal ou intelectual humano, ou seja, quem precisa ser
protegido na relação de emprego. Absurda a hipótese de se
considerar os créditos trabalhistas auferidos em outra demanda
trabalhista, seja utilizado para o pagamento de honorários
periciais e sucumbenciais, pois tais créditos possuem inegável
caráter alimentício. A gratuidade na Justiça do Trabalho viabiliza
ao trabalhador, que carece de recursos próprios para enfrentar os
riscos naturais da demanda.