Вы находитесь на странице: 1из 13

PROJETO DE MEMÓRIA

FUNDIÇÃO ZANI

CENTRO CULTURAL CAPIBERIBE 27


~ para ~
RUMOS ITAÚ CULTURAL 2019
C ENTRO C ULTURAL C APIBERIBE 27 - Q UEM S OMOS
O Centro Cultural Capiberibe 27 consolida-se com a posse da
propriedade da antiga Fundição Zani, unificando projetos e
pessoas sob um mesmo ideal, tendo a comunidade, o território
e a memória do Morro do Pinto como seus alicerces. Toda ação
tem como ponto de partida a cultura e formação do Santo
Cristo e arredores, premissa fixada na ata de formação como
fio condutor do funcionamento de nossa associação. Somos
formados majoritariamente por moradores e moradoras do
Morro do Pinto. Face à riqueza de recursos históricos,
culturais e humanos do território, nascemos com a missão de
cultivar as ricas e diversas manifestações do lugar, a começar
pelo local de sua sede instalada numa das mais importantes
fundições artísticas de todo o Brasil, responsável pela
confecção de obras escultóricas de artistas de renome
internacional. Como organismo vivo, registramos o passado
com o olhar no futuro, na sustentabilidade, multiplicação e
resgate de nossas identidades. Uma história feita por nós para
nós.
C ENTRO C ULTURAL C APIBERIBE 27 - A PROPRIEDADE
O terreno de 1.400 m2 construído dentro das contenções de encosta do
morro abrigou a Fundição Zani desde cerca de 1939-1940. A
arquitetura ampla e construída seguindo as demandas da fundição em
diversas épocas nos conta e nos traz um circuito de como o espaço se
desdobrará. Temos como horizonte a construção de ateliês, área
expositiva, salas de aula, área de eventos, reserva técnica, inclusive a
revitalização dos maquinários e fornos para a criação de uma fundição
modelo, potencializando assim o conceito de pesquisa e formação, viés
que temos enquanto Centro Cultural. Os prédios do terreno ainda
possuem seus telhados originais de exaustão feitos com terças de
maçaranduba e telha francesa. Além disto, abrigam fornos a diesel e
gás, geradores a diesel da década de 40, formas de gesso refratário
(lutto), matrizes de esculturas públicas, moldes de placas e medalhas
comemorativas: tudo misturado com entulho e lixo, fruto do
abandono e esquecimento de um rico legado.
P ROJETO DE M EMÓRIA F UNDIÇÃO Z ANI
O projeto pretende tem como pretensão inicial criar um acervo e
arquivo sobre a importância da Fundição Zani para a cultura
brasileira, através da catalogação e mapeamento e higienização de
esculturas, peças de arte decorativa, documentos, registros de processo,
objetos e maquinário da fundição artística e industrial, a partir de
material que há que resgatar no próprio local, entrevistas e contato
com diferentes instituições (públicas ou privadas), pesquisadores, ex-
funcionários e o próprio Amadeu Zani(neto) sobre os objetos ali
fundidos e de sua importância para o país.

A Reserva técnica se localizará no prédio mais antigo, com arquitetura


quase residencial, dando acesso próximo às áreas de circulação que
serão planejadas como circulação de público, pensando em
acessibilidade e utilidade de cada espaço.
P ESQUISA
Através de pesquisa e recorrentes conversas com Sr Amadeu
Zani (neto), conferimos alguns dados pesquisados, saber das
pessoas e de instituições que fizeram parte daquele lugar.
Através de sua memória afetiva, enquanto neto e
posteriormente como continuador dos negócios da família, ele
nos narra a história e identidades de alguns bustos, moldes e
pedaços de esculturas que se encontram aos montes pelo espaço.
Isto sem contar as histórias vividas com seu avô, sua relação
com o entorno, nos contando por exemplo que o artista Alfredo
Ceschiatti possuía seu ateliê na mesma rua Capiberibe,
praticamente ao lado da fundição no número 17.
P ESQUISA
Com isso, conseguimos traçar um cronograma dos principais pontos a
serem visitados, com o intuito de reunir material sobre o valor do selo
Fundição ZANI e de sua projeção nas principais obras que formam a
história e cultura nacional, em diferentes campos como artes, política,
futebol e religião em diferentes épocas desde a década de 30 quando a
fundição vem de São Paulo, contratada pelo então Ministério da
Guerra exclusivamente para fundir a escultura do Marechal Deodoro
da Fonseca. Lugar de referência, servindo de transmissão de
conhecimento e amparo para estudantes, escultores, além de
pertencente à história sobretudo do Santo Cristo, a Fundição Zani se
consolidou como espaço fundamental para o desenvolvimento da
escultura brasileira.
P ESQUISA – R IO DE JANEIRO
O Rio de Janeiro acolhe não somente a Fundição Zani, quanto de
antigos funcionários que moram na comunidade e de moradores
integrantes de sua história, possibilitando a coleta também de
memória vivas e afetivas, constituindo também a importância
subjetiva daquele lugar para o Santo Cristo. Além disto, há algumas
entidades a serem visitadas para entrevistas, registros e estudo, desde
museus, setores públicos, clubes de futebol, catedral, entre outros,
além do departamento do Exército Brasileiro, localizada também na
região central da cidade do Rio de Janeiro, importante lugar de
pesquisa sobre o começo da fundição.
P ESQUISA – S ÃO P AULO
Fundamental para conhecer a Fundição Zani é conhecer mais a fundo
a trajetória de seu fundador Amadeu Zani. São Paulo é um lugar
significativo para o seu desenvolvimento, tendo ministrado aulas,
feito contato com diferentes personalidades do cenário artístico-
cultural do país, além de ter criado importantes esculturas. Esse
percurso contribuiu para construção de sua fundição mais tarde
transferida para o Rio de Janeiro. Além disso, há importantes
instituições que possuem suas obras ou que realizaram exposições
sobre a Fundição Zani, seja em caráter mais abrangente inserindo-a
num contexto das principais fundições artísticas do Brasil ou mais
específicas que relatam justamente o abandono de seu rico legado.
R ESERVA T ÉCNICA
Concomitante com a pesquisa a ser realizada, será necessário a elaboração
de um acervo que reúna as peças existentes incluem desde esculturas
ainda dentro da fôrma, documentos que narram a história da fundição,
dos artistas que lá trabalharam, fotos de processos de esculturas realizadas,
além das matrizes e moldes de diversos tamanhos. Há também extensa
catalogação dos processos escultóricos de diversas épocas desde a década
de 30, incluindo testes de ligas e seus resultados. Isto possibilitará um
importante resgate da memória da história da fundição Zani, quanto dos
processos de fundição no Brasil para pesquisas Para que este trabalho
ocorra é necessário a construção de uma reserva técnica que adeque o
espaço para as diferentes etapas do processo, realizadas por uma equipe de
museologia e restauro, como também para arquivar o material interno
quanto o reunido pela pesquisa. A começar pela triagem dos itens
existentes, higienização, identificação e sua posterior catalogação
amparada pelo processo de pesquisa, importante instrumento para
compreender a importância artística, histórica e cultural dos objetos a
serem conversados, elaborando assim o nosso acervo.
R ESERVA T ÉCNICA
Para poder receber a coleção e poder arquivar-los de forma
museológicamente consistente, o espaço será reformado de forma a
ter um ambiente controlado e higienizado, pensado para o processo de
classificação e higienização das peças, como também da criação de um
arquivo físico e digital. Essa etapa é fundamental para abrigar o
volume de peças que se encontra no espaço e possibilitar a
conservação das mesmas.
C ONSOLIDAÇÃO
Numa última etapa, essa pesquisa e catalogação nos
permitirá traçar novas estratégias, novos rumos para onde
a pesquisa e catalogação possam ir, relacionando com a
história da propriedade, do bairro, do território e da
comunidade.
S OBRE OS PROPONENTES
Sandro Rodrigues é morador do Morro do Pinto, com formação Rio e no Museu Bispo do Rosário. É curador e tem como principal
em História e fotógrafo. Vem desde 2017 pesquisando a história do pesquisa a relação entre políticas culturais e o sistema de arte.
bairro, além de registrar com imagens seu casario peculiar e sua
Thiago Rodrigues, 37 anos morador de Laranjeiras artista urbano
gente.
e fotógrafo, usa o stencil e outras técnicas para retratar moradores
Fernanda Carvalho, Arquiteta e Urbanista formada pela UFRJ, e povos nativos da região portuária ,região cujo é oriundo.
com uma breve passagem pela Escola de Belas Artes. Trabalha
Keith Soares, 34 anos, administradora, produtora, gestora cultural,
com expografia, assistência curatorial, projetos arquitetônicos e
trabalhou em diversas instituições como museu de arte do Rio e
interiores. Foi pesquisadora voluntária e bolsista na EBA e FAU
theatro municipal de São Paulo, nascida e criada no morro do
(UFRJ), desenvolvendo pesquisas científicas sobre cultura Carioca
pinto e representante internacional da zona portuária!
e suas derivações.
Marianne Giuliano, é gestora cultural, produtora e artista plástica.
Ualace Durvilho Miliorini é nascido e criado no Morro do Pinto ,
Trabalhou para diversos artistas com gestão de projetos, ou
formado em logística. Integrado com produção em projetos como
execução de obras, como também em diversos setores de
o bloco de carnaval Fala Meu Louro, coletivo I Love MP, além de
instituições culturais como o Museu de Arte do Rio, Instituto Casa
trabalhar em Centros Culturais desde 2015.
Roberto Marinho, e no momento é Coordenadora de Produção do
Leandro Guedes é museólogo, formado pela UniRio e possui Programa CCBB Educativo Arte e Educação. Em breve também
experiência de 10 anos em TI. Atualmente é museólogo consultor moradora do Moro do Pinto.
da UNESCO no Museu do Índio.
Gustavo Barreto suburbano de Irajá e Madureira, formado em
artes visuais e mestrando na mesma área pela UERJ, é educador
no CCBB- Arte e educação, tendo trabalhado no Museu de Arte do
A GRADECIMENTOS
A Equipe proponente queria agradecer primeiramente a todos os membros da associação Centro
Cultural Capiberibe 27 que contribuíram a conceitualização do Projeto, em especial o Mario Pitanguy
com seus conhecimentos sobre a história e processos da Fundição Artística no Brasil.

Queríamos agradecer principalmente a colaboração do sr Amadeu Zani,


que muito amavelmente nos autorizou a fazer um projeto de Acervo com
o nome da família dele.

E finalmente, a Clarissa Diniz por elucidar o potencial que o espaço poderá vir a ter colocando uma
fundição modelo e centro de pesquisa concomitante ao resto das atividades do Centro Cultural que
estamos em tramites de conceituar.

Вам также может понравиться