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ANÁLISE DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS.
AULA 04

Marcelo Daniel Araujo Ermel


CONVERSA INICIAL

CONTEXTUALIZANDO
Muitas vezes nos encontramos debatendo se uma empresa tem sua
lucratividade baseado em Margem ou Giro, e assim, nesta aula, vamos introduzir
os conceitos necessários para entender essa afirmação, ou seja, aprenderemos
a calcular e interpretar os tipos de margem mais comumente referenciados no
mercado, além de também conceituar e interpretar o conceito de giro.
Ademais, para tomar decisões de investimento precisamos entender a
rentabilidade do negócio, e assim, precisamos conceituar o que é rentabilidade,
o que é a remuneração de cada grupo interessado na empresa (Credores,
Acionista e Governo) como também o que é o capital investido por cada um. E
assim, teremos os três índices de rentabilidade, ROA, ROE e ROIC.
Por último, utilizaremos o conhecido modelo Du Pont para decompor a
rentabilidade dos acionistas no grau de alavancagem financeira e na
rentabilidade dos ativos, assim, podemos comparar e descobrir as fontes de
aumentos ou diminuições na rentabilidade empresarial. Posteriormente,
discutiremos a rentabilidade dos ativos decompondo em margem operacional e
giro dos ativos, atribuindo assim mudanças na rentabilidade ou a obtenção de
uma maior/menor margem ou a um giro maior/menor de ativos.

TEMA 1 – Índices de Rentabilidade: Margem de Lucro e Giro do Ativo


Margens são indicadores de eficiências que tem como base dados da
demonstração de resultado de exercício, assim, como habitue nas nossas aulas,
vamos aprender por meio de exemplo. Considere a seguinte DRE da empresa
ABC.
DRE
Receita líquida R$100.000,00
Custo da Mercadoria Vendida R$60.000,00
Lucro Bruto R$40.000,00
Despesas Operacionais R$2.000,00
Depreciação R$2.000,00
Lucro Operacional (EBIT) R$36.000,00
Despesas Financeiras R$4.000,00
Lucro Antes dos Impostos R$32.000,00
Impostos (34%) R$12.160,00
Lucro Líquido R$19.840,00
Primeiro, vamos conceituar margem bruta. Margem bruta é uma medida
de eficiência em relação a custos, o seu cálculo consiste na divisão do lucro bruto
pela receita líquida, e assim, para a companhia ABC, a sua margem bruta é:
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 40.000
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 = =( ) = 0,40
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 100.000
Dessa forma, a margem bruta da companhia ABC é de 40%, o que
significa que a companhia consegue transformar somente 40% de sua receita
em lucro bruto, e assim, após pagar os custos com mercadoria vendida (ou custo
do serviço prestado em outras companhias) restam 40 centavos a cada 1 real de
receita. Por essa razão é que dizemos no início da aula que margem são
medidas de eficiência, afinal, se uma empresa do mesmo setor que a ABC
consegue ter uma margem bruta de 50%, quer dizer que ela consegue
transformar 50 centavos em lucro bruto a cada 1 real de receita, ou seja, tem
uma menor despesa com os custos. Outra razão possível pode ser a prática de
preços maiores aos clientes.
Outro tipo de margem comum na prática se refere a margem EBIT, vamos
calcular para a companhia ABC.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝐸𝐵𝐼𝑇) 36.000
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐸𝐵𝐼𝑇 = =( ) = 0,36
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 100.000
E assim, com um Lucro Operacional, também conhecido como EBIT, de
36.000 e uma receita líquida de 100.000, calculamos uma margem EBIT de 0,36
para a companhia ABC. Isso quer dizer que após o pagamento de custos e
despesas, a empresa ABC consegue reter 36 centavos a cada 1 real de receita
líquida. Assim, como dito anteriormente, é necessário a comparação com
empresas do mesmo setor. Além disso, calculamos a margem EBIT pois temos
o objetivo de também saber como a eficiência de despesas também recai sobre
o lucro.
Considere que a concorrente da ABC - a mesma que possui uma margem
bruta de 50% - possui uma margem EBIT de 0,32. O que podemos inferir? Ora,
o pensamento mais racional é de que, como a concorrente tinha uma margem
bruta maior, e agora possui uma margem EBIT menor, e a única diferença entre
as duas são as despesas, fica claro que a concorrente possui um gerenciamento
de suas despesas inferior ao gerenciamento da ABC, ou seja, apesar de menos
eficiente nos custos, a ABC consegue transformar mais receita em lucro
operacional devido a sua eficiência com as despesas.
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Além da margem bruta e EBIT, também podemos calcular o índice
chamado de Margem Líquida, vamos calcular para a ABC utilizando a seguinte
formula:
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 19.840
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = (100.000) = 0,20

Como o lucro líquido da ABC foi de 19.840 no período, e a receita líquida


foi de 100.000, nós temos uma margem líquida de 0,1984, entretanto, como a
menor unidade da moeda são os centavos, fizemos o arredondamento para 0,20.
Primeiro, temos que ter em mente a seguinte coisa, a remuneração do
acionista, caso seja ela paga por meio de dividendos, tem como base o lucro
líquido, assim, é importante para o acionista saber que a companhia ABC
consegue transformar cada 1 real de receita em 20 centavos para o acionista.
Isso significa que após cobrir os custos, despesas, possível pagamento de juros
e impostos, resta 20 centavos para o acionista para cada 1 real de receita líquida.
Tanto na margem bruta quanto na margem EBIT, fizemos um comparativo
entre eficiências, caso uma empresa tivesse uma margem bruta menor e uma
margem EBIT maior, isso se daria em razão de uma ineficiência nos custos
compensada por uma eficiência nas despesas, todavia, diferenças entre a
margem EBIT e a margem líquida se dão por duas razões, pagamento de juros
e impostos, ambos impactam na margem líquida, e assim, diferença entre
concorrentes pode se dar por uma alíquota de impostos menor – seja ela por
subsídios ou um adequado planejamento tributário – ou também por uma
alavancagem obtida por meio da contração de dívida, e assim, a razão deve ser
estudada mais a fundo pelo analista.
Por último, é comum no mercado utilizarem uma medida de aproximação
para os fluxos de caixa operacionais da firma (em casos que a firma não possui
DFC, pois a DFC não é obrigatória para todas as companhias, não sendo assim
elaborada por muitas pequenas e médias empresas), assim, somam a
depreciação, pois esta não é uma saída de caixa - é apenas o reconhecimento
contábil da passagem do imobilizado pela DRE – ao lucro operacional para obter
o chamado EBITDA. Vamos calcular para a companhia ABC.
𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 = 36.000 + 2.000 = 38.000
E assim, também é utilizado no mercado a margem EBITDA, calculada da
seguinte forma:
𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴 38.000
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = (100.000) = 0,38

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Com um EBITDA de 38.000 e a receita líquida de 100.000, obtemos uma
margem EBITDA para a ABC, isso quer dizer que a cada 1 real de receita, a
companhia consegue transformar 38 centavos em EBITDA. Caso você considere
o EBITDA uma aproximação do fluxo de caixa operacional, isso quer dizer que
a companhia transforma cada 1 real de receita, 38 centavos em fluxo de caixa.
Entretanto, considerar o EBITDA uma aproximação para o fluxo de caixa
operacional tem seus prós e contras.
Além das comparações entre empresas, a conclusão acerca de aumentos
ou diminuições de margem dentro de uma mesma empresa em relação a
períodos diferentes possui a mesma interpretação, por exemplo, se a empresa
no ano de 2017 teve uma margem bruta de 30% e no ano seguinte essa margem
subiu para 35%, isso se deu em razão de um ganho de eficiência na gestão de
custos, ou por um aumento no preço cobrado dos clientes.
Dessa forma, veja que todos os índices de margem, de eficiência, são
aplicações da análise vertical a demonstração do resultado do exercício,
tomando como base a receita líquida. Ressaltamos aqui que indicadores podem
ser calculados de forma diferente e cabe ao analista, ao se encontrar com um
indicador calculado por terceiro, buscar saber a fórmula que foi utilizada para
entende-lo.
Outra medida comum de eficiência é o giro do ativo. O giro do ativo
consiste em quanta receita a firma conseguiu obter no uso de seus ativos totais,
lembrando que o conceito de ativo é tudo aquilo que é controlado pela empresa,
resultados de eventos passados e a companhia espera obter benefícios
econômicos futuros. Assim, o giro do ativo é calculado da seguinte forma:
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Considerando que a companhia ABC possuía um ativo total de 50.000 ao


final do período, conseguimos calcular o Giro do Ativo utilizando a formula acima.
100.000
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = =2
50.000

Dessa forma, é possível inferir que os ativos da companhia ABC “giraram”


duas vezes no período, o que, falando de forma solta, quer dizer que a empresa
ABC vendeu todos os seus ativos, comprou novamente, e vendeu novamente.
Ou Seja, o ciclo de adquirir o ativo e transformar o ativo em lucro aconteceu duas
vezes. Caso uma concorrente da ABC obtivesse um giro de 1.5, com uma
mesma quantidade de ativos (50.000) significa que a firma obteve uma receita

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de apenas 75.000, ou seja, uma vez e meia os ativos totais. Por essa razão, ao
avaliar empresas no mesmo setor, ou a mesma empresa ao longo do tempo,
quanto maior o giro, melhor.
Assim, com esses dois tipos de indicadores de eficiência somos capazes
de concluir que o ideal seria a empresa obter lucratividade tanto na margem,
quanto no giro, entretanto, sabemos que a realidade é diferente, e muitas vezes
a companhia deve optar por giro ou margem.
TEMA 2 – Índices de Rentabilidade: Retorno Sobre Investimento e Retorno
sobre o PL
Para muitas coisas na análise empresarial é necessária uma medida de
comparação, e para a rentabilidade não é diferente. Imagine a seguinte situação,
um funcionário de um banco de investimento oferece para você um investimento
que garante um retorno de R$ 2000,00. Você irá aceitar? Provavelmente sua
resposta será que depende – e depende mesmo de vários fatores – o primeiro é
qual o valor necessário para investir e garantir esse retorno? Qual o retorno de
investimentos de risco parecido? Dessa forma, para analisar o retorno de uma
companhia, primeiro precisamos definir investimento, e depois o que de fato é o
retorno do investimento, para assim podermos comparar o investimento na
empresa com investimento em ativos de risco similar.
Como fizemos em aulas anteriores, consideramos uma visão de que os
ativos representam o investimento realizado pela empresa, assim, podemos
considerar num primeiro momento o Total de Ativos como o investimento
realizado pela companhia. Dessa forma, precisamos agora definir o retorno
desse investimento.
Considere a seguinte DRE da companhia ABC:
DRE
Receita líquida R$100.000,00
Custo da Mercadoria Vendida R$60.000,00
Lucro Bruto R$40.000,00
Despesas Operacionais R$2.000,00
Depreciação R$2.000,00
Lucro Operacional (EBIT) R$36.000,00
Despesas Financeiras R$4.000,00
Lucro Antes dos Impostos R$32.000,00
Impostos (34%) R$12.160,00
Lucro Líquido R$19.840,00

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Primeiro vamos identificar padrões, a Receita líquida, o Custo da
Mercadoria Vendida, as Despesas Operacionais, e a depreciação são todos
fatores operacionais para a empresa atingir seu objetivo, certo? A partir do Lucro
Operacional, EBIT, nós temos que a empresa pagou 4 mil de despesas
financeiras, ou seja, os credores da empresa receberam 4 mil reais pelo
empréstimo de dinheiro realizado para a companhia, na parte seguinte, o
governo recebeu 12.160 por ter investido nas estruturas de uso geral para a
empresa poder funcionar, certo? E por último, os acionistas que investiram o
patrimônio líquido receberam 19.840.
Assim, a primeira parte da DRE, até o Lucro Operacional, pode ser vista
como a operação da companhia e a parte de baixo da DRE pode ser vista como
de que forma foi distribuído o capital entre o grupo de interessados nos seus
fluxos de caixa (Credores, Acionistas e Governo).
Dessa forma, já que estamos considerando o Total de Ativos como valor
investido na companhia, temos que pensar em qual desses valores é adequado
para representar o retorno do investimento. Ora, sabemos que o Total do Ativo
é igual ao patrimônio líquido somado ao passivo total, assim, temos que
considerar os valores que remuneraram ambos o passivo total, quanto o
patrimônio líquido. Sabemos que a remuneração do patrimônio líquido é o lucro
líquido, assim, o acionista espera dividendos somente do que for residual após
pagar todos os interessados e todos os custos. E também sabemos que o credor
(seja ele banco, debenturista) quando investe na empresa, tem seu retorno
assegurado em contrato por meio da aplicação da taxa cobrada prevista no
contrato de dívida, e isso é reconhecido contabilmente como despesa financeira.
Dessa forma, temos o nosso primeiro modo de medir retorno, somando o
lucro líquido as despesas financeiras, pois o Ativo Total é financiado por ambos.
Assim, Retorno sobre o Investimento é:
(𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝐸𝐵𝐼𝑇))
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜

Ademais, caso a companhia ABC possuísse um ativo total de 50.000, ela


proporcionou um retorno de:
(36.000)
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 0,72
50.0000

Ou seja, companhia ABC proporcionou um retorno naquele período de


72% sobre o investimento. O retorno sobre Investimento também é comumente

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chamado de ROA, do inglês, Return on Assets, ou adaptando para o português,
Retorno sobre os Ativos.
Ainda sobre retornos, muitas vezes estamos interessados em computar
somente o retorno para o acionista, e não para os investidores como um todo.
Isto posto, sabemos que o valor investido pelo acionista é igual ao patrimônio
líquido, e que a remuneração desse capital é o lucro líquido, caso a ABC tenha
um patrimônio líquido de 45.000, o Retorno Sobre o PL é computado da seguinte
forma:
(19.840)
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝐿 = = 0,496
40.000
Isso significa que os acionistas obtiveram um retorno de 50% sobre o seu
investimento na companhia. O retorno Sobre o PL também é chamado de ROE
do inglês Return on Equity.
Alguns autores consideram o ativo total como denominador no cálculo do
retorno para o acionista, entretanto, isso é incorreto pois já vimos que o Ativo
Total é financiado tanto por meio do PL quanto por meio do passivo, e assim, ao
considerar ativo total, o analista está subestimando o retorno para o acionista.

TEMA 3 – Índices de Rentabilidade: Retorno Sobre o Capital Empregado


Um outro índice calculado para mensurar a rentabilidade leva em
consideração algo importante, alguns passivos não são referentes a contratos
de dívida, e sim são decorrentes naturais da operação empresarial, como os
fornecedores, por exemplo. Dessa forma, como os fornecedores e tantos outros
não são remunerados pelo seu investimento na empresa, iremos considerar
como capital investido somente os passivos onerosos, ou seja, aqueles que
geram juros.
Dessa forma, o capital investido é a soma entre passivo oneroso e
patrimônio líquido. Como a empresa ABC possui 40.000 de Patrimônio Líquido,
e considerando que ela tenha 3 mil em passivos operacionais (contas a pagar,
fornecedores, salários, entre tantos outros), necessariamente o passivo oneroso
é de 50.000-40.000-3.000 = 7.000. E assim, o Retorno Sobre o Capital
Empregado é de:

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𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝐸𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜
(𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠) (19.840 + 4.000)
= =
(Patrimônio Líquido + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑛𝑒𝑟𝑜𝑠𝑜) (40.000 + 7.000)
= 0,507
Assim, o Retorno Sobre o Capital Empregado é de aproximadamente
50%. O Retorno Sobre o Capital Empregado também é chamado de ROIC.
Uma reflexão necessária sobre os indicadores de liquidez se põe no fato
de que ao utilizarmos para o cálculo o Lucro Operacional de 2018 e o Ativo Total
de 2018, estamos subestimando o indicador, em vista que boa parte do Lucro
Operacional do ano de 2018 já foi incorporado no Ativo Total de 2018 por meio
do Caixa, Clientes, e etc. E assim, a base de ativos é maior do que a que foi no
momento em que o lucro foi auferido. Assim, tenham em mente os períodos das
contas que foram utilizadas para o cálculo, entretanto, esse ajuste geralmente
retorna benefícios muito marginais a quem o pratica.
TEMA 4 – Análise pelo método Du Pont e Termômetro de Insolvência
O método Du Pont – que tem esse nome devido a sua criação pela
companhia Du Pont – consiste em analisar analiticamente os indicadores de
rentabilidade para identificar os motivos pelos quais a rentabilidade ficou maior
ou menor.
Por exemplo, vamos começar com o ROE (Retorno sobre o Patrimônio
Líquido). Considerando a DRE e o Balanço Patrimonial da companhia ABC
abaixo.
DRE
Receita líquida R$100.000,00
Custo da Mercadoria Vendida R$60.000,00
Lucro Bruto R$40.000,00
Despesas Operacionais R$2.000,00
Depreciação R$2.000,00
Lucro Operacional (EBIT) R$36.000,00
Despesas Financeiras R$4.000,00
Lucro Antes dos Impostos R$32.000,00
Impostos (34%) R$12.160,00
Lucro Líquido R$19.840,00

Balanço Patrimonial
AC 10000 PC 3300
Caixa 10000 Fornecedores 3000
Passivo Oneroso CP 300

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ANC 40000 PNC 6700
Imobilizado 40000 Passivo Oneroso 6700
PL 40000

Total do Ativo 50000 P + PL 50000

Assim, sabemos de tópicos anteriores que o ROE da ABC é de:


(19.840)
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝐿 = = 0,496
40.000
Contudo, o ROE é composto pela multiplicação entre o GAF (Grau de
Alavancagem Financeira) e o ROA (Return on Assets) ou ROIC (Return over
invested Capital). Por exemplo, utilizando a DRE acima, o GAF é calculado pela
divisão entre o Lucro Líquido e o EBIT multiplicado pela divisão entre o Ativo
Total e o Patrimônio líquido. Ou seja:
𝐿𝐿 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜
𝐺𝐴𝐹 = ( ) 𝑥( ) = 0,55 𝑥 1,25 = 0,688
𝐸𝐵𝐼𝑇 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
O GAF representa qual alavancada a empresa está, pois, a única coisa
que influencia a diferença entre o EBIT e o Lucro antes do Imposto são as
despesas financeiras. Dessa forma, GAF > 1 representa que a empresa está
alavancada, GAF = 0 representa que a empresa não utilizou dívida ou ao menos
não pagou juros no período e GAF < 1 representa que a empresa tem sucesso
ao cobrar juros de seus clientes ou receber juros de suas aplicações financeiras.
Assim, o ROE pode ser dividido entre
𝑅𝑂𝐸 = 𝑅𝑂𝐴(𝑅𝑂𝐼𝐶)𝑥 𝐺𝐴𝐹
Do tópico anterior sabemos que o ROA da ABC é de 0,72 ou 72%, com
um GAF de 0,688, Assim, obtemos um ROE utilizando essa formula de:
𝑅𝑂𝐸 = 0,72 ∗ 0,688 = 0,496%
Que é exatamente o ROE encontrado pela divisão entre o Lucro Líquido
e o Patrimônio Líquido.
Assim, o gestor ou analista pode identificar quedas na rentabilidade do
acionista devido a reduções no grau de alavancagem financeira ou reduções na
rentabilidade dos ativos. Interessante dizer que a rentabilidade dos ativos
também pode ser dividida entre o Giro do Ativo e a Margem Operacional.
Assim, com um ROA de 0,72, uma margem operacional de 0,36 e um giro
do ativo de 2. Temos um ROA de:

𝑅𝑂𝐴 = 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 0,36 ∗ 2 = 0,72

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Que também é exatamente o encontrado no utilizando a divisão entre
lucro operacional e ativo total.
TEMA 5 – Mapa de Indicadores Du Pont
. O mapa abaixo resume o que foi dito na seção anterior.

TROCANDO IDEIAS
Alguns setores são conhecidos por trabalharem com menores margens e
um maior giro, você consegue identificar alguns?

NA PRÁTICA
Como dito no trocando ideias, alguns setores são conhecidos por uma
maior margem enquanto outros são conhecidos por um maior giro, isto posto,

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utilize as demonstrações contábeis da Lojas Renner S/A e do Magazine Luiza
para verificar a fonte da rentabilidade dos acionistas e dos ativos de ambas a
firmas.
Solução:
Utilizando os dados das demonstrações contábeis de ambas as companhias,
vamos primeiro decompor o ROE em ROA e GAF.
Começando com a Lojas Renner, para calcular o ROA precisamos de
(𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝐸𝐵𝐼𝑇))
𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑅𝑂𝐴) = assim, o lucro
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜

operacional da Renner é de 1.087.238 para o ano de 2017.

Com um ativo total de 7.547.658. Assim, o ROA da Renner para o Ano de 2017
1087238
foi de 7547658 = 0,14 ou 14%.

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Já o GAF foi de
𝐿𝐿 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 732679 7.547.658
𝐺𝐴𝐹 = ( )𝑥( )= 𝑥 = 1,57
𝐸𝐵𝐼𝑇 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 1087238 3.223.446

Assim, o ROE calculado pelo modelo DUPONT é de:

𝑅𝑂𝐸 = 𝑅𝑂𝐴(𝑅𝑂𝐼𝐶)𝑥 𝐺𝐴𝐹 = 0,14 ∗ 1,57 = 0,22


Que é exatamente igual ao ROE calculado pela divisão do Lucro líquido e do Patrimônio
Líquido.

732679
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝐿 = = 0,22
3223446
E assim, vamos agora decompor o ROA da Renner em Giro do Ativo e Margem Operacional.
1087238
Utilizando a DRE, a Margem Operacional da Renner é de = 0,14605 e o Giro do
7444305
7444305
Ativo é de 7547658 = 0,9863, assim, o ROA pelo modelo Dupont é:

𝑅𝑂𝐴 = 0,14605 ∗ 0,9863 = 0,14

Já para a Magazine Luiza S.A, para calcular o ROA precisamos do lucro


operacional. A demonstração do resultado do exercício abaixo mostra um lucro
operacional de R$ 887.694, enquanto possui um ativo total de 7.419.513.

Assim, o ROA é igual a:


887694
𝑅𝑂𝐴 = 7419513 = 0,1196

Enquanto possui um GAF de:


𝐿𝐿 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 389022 7419513
𝐺𝐴𝐹 = ( )𝑥( )= 𝑥 = 1,56
𝐸𝐵𝐼𝑇 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 887.694 2073977

Assim, o ROE calculado por meio do modelo Dupont é de:


𝑅𝑂𝐸 = 𝐺𝐴𝐹 𝑥 𝑅𝑂𝐴 = 0,1196 ∗ 1,56 = 0,18
Que é exatamente igual ao ROE calculado pela fórmula.

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𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 389.022
𝑅𝑂𝐸 = = = 0,1875
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 2073977
Assim, ao decompor o ROA, temos:
887694
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = = 0,074
11984250
E o Giro do Ativo de:
11984250
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = = 1,61
7419513

E assim, um ROA de:


𝑅𝑂𝐴 = 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑥 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 0,074 ∗ 1,61 = 0,11

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Assim, podemos inferir que o Retorno dos Ativos da Magazine Luiza advém
principalmente do Giro dos Ativos, já que possui um giro de 1,61 contra um giro
dos ativos da Renner de 0,98. Enquanto a Margem da Renner é
significativamente maior, de 0,14 contra 0,07 da Magazine Luiza. Quanto a
alavancagem, ambas as firmas possuem GAF’s muito similares.

FINALIZANDO
Prezados, nesta aula aprendemos medidas de eficiência no uso dos
ativos como as margens, tanto a margem bruta, quanto a operacional e a líquida,
para assim identificar onde empresas similares estão sendo eficientes ou
ineficientes. Ademais, conseguimos decompor o Retorno sobre o PL (ROE) –
que é basicamente o retorno dos acionistas – em sua alavancagem e o Retorno
do Ativo, para assim, conseguir identificar de onde vem a lucratividade da
companhia. Ainda assim, decompomos o Retorno do Ativo em Margem
Operacional e Giro do Ativo, com o objetivo de entender o quase ditado de “ou
se ganha na margem ou no giro” e exemplificamos isso analisando a Lojas
Renner e a Magazine Luiza.

REFERÊNCIAS

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