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A adoção tem sua origem etimológica no termo ‘ab initio’ que significa
ato ou efeito de adotar. Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,
adoção é a “aceitação voluntária e legal de uma criança como filho, perfilhação”. Nesse
sentido traz Caio Mário da Silva Pereira: “É o ato jurídico pelo qual uma pessoa recebe
outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação de
parentesco consanguíneo ou afinidade.” A adoção não resulta de relação biológica, mas
de manifestação de vontade ou sentença judicial, sendo uma filiação exclusivamente
jurídica que se sustenta sobre uma relação afetiva. Há uma definição, escrita por
Orlando Gomes, que é adequada aos dias de hoje e se encontra em consonância com o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que assim diz: “adoção é o ato jurídico
pelo qual se estabelece, independente de fato natural de procriação, o vínculo de
filiação.”
Se uma nação caminha pelos pés de suas crianças e delas depende o seu
futuro, desenvolver uma “cultura de adoção” constitui, sem dúvida, um imperativo de
ordem nacional que merece ser abordado pelos diversos meios.
I
PARTE TEÓRICA
1. MARCO TEÓRICO
PARTE EMPÍRICA
1. ESTRATÉGIA METODÓLOGICA
Meninos e meninas não poderão ficar mais de dois anos esperando por
uma decisão sobre sua vida. Ou voltam para a família de origem ou seguem para adoção
sendo inseridas no Cadastro de Adoção. Antes da nova Lei de adoção, crianças e
adolescentes perdiam a oportunidade de serem inseridas no seio familiar, pois sem um
prazo determinado e sem fiscalização, as mesmas permaneciam muitos anos nos abrigos
mesmo estando aptas para adoção, ou seja, passando a infância institucionalizadas.
Além disso, o parágrafo 1º traz a necessidade de fundamentação do juiz.
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Esse sistema nacional visa a impedir a “adoção direta”, em que o interessado já comparece no Juizado
da Infância e Juventude com a pessoa que quer adotar.
precisos. Durante a pesquisa foram observadas várias áreas e opiniões que estão
presentes direta ou indiretamente no campo da adoção.
Em sua opinião, a lei não flexibiliza o perfil do adotante. Ela traz à tona a
realidade das instituições, buscando encontrar famílias para crianças de todas as idades,
etnias e condições de saúde. No tocante à jurisprudência, comenta decisões o STJ a
favor da adoção por casais homoafetivos que viviam em ‘união estável’.
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Ambos depois de completassem 21 anos.
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Artigo 42 § 2º: “Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou
mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.”
como união estável só aquela constituída por homem e mulher (artigo 226, parágrafo
3º).
Não obstante, registre-se que existem decisões judiciais que superam esse
entendimento e deferem adoções a pessoas em união homoafetiva. Em pergunta feita,
sobre a existência ou não de jurisprudência em relação a casos de adoção por casal de
mesmo sexo, uma das entrevistadas afirma que sim, e relembra caso mais recente do
STJ com relação a casal homoafetivo do Rio Grande do Sul. Para ela, o pensamento de
que casais homoafetivos não vivem em união estável ou que não seja possível a união
estável entre pessoas do mesmo sexo, é absolutamente preconceituoso. Daí tamanha
polêmica a respeito dessa problemática.
Para o desembargador Malheiros, dois anos pode ser pouco para trabalhar
uma família desestruturada. “Em muitos casos, a família só precisa de uma assistência
para ter a criança de volta e fazer com que ela permaneça no lar”, salienta.
- Etapas da adoção:
• GOMES, Orlando. Direito de Família, 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.369.
• http://www.doinet.com.br/bdp/default.aspx
• http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/07/17/ult5772u4675.jhtm
• http://veja.abril.com.br/especiais_online/adocao/
• http://www.mp.rs.gov.br/areas/infancia/.../adocaopassoapassso.pdf
• http://www.stj.jus.br/SCON/