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METAFÍSICA COM DE STIJL: O ENSINO DE FILOSOFIA NO

ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DAS AULAS DE ARTE.


METAFÍSICA COM DE STIJL: O ENSINO DE FILOSOFIA NO
ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DAS AULAS DE ARTE.

● O objetivo desta apresentação é mostrar algumas possibilidades para o ensino de filosofia


para alunos do ensino fundamental mesmo sem uma disciplina de filosofia.

● Tendo em vista que não existe ensino de filosofia no ensino fundamental na rede pública
de ensino do Estado de Pernambuco, a pretensão desse trabalho é apresentar algumas
possibilidades de reflexões filosóficas através do ensino de arte. A proposta consiste em
esclarecer processos metodológicos que possam utilizar fundamentos filosóficos por meio
da análise de correntes artísticas que apresentam um estreitamento entre as ideias que
fundamentam a plasticidade de certas obras de arte e determinados conceitos oriundos da
tradição filosófica.
● A abordagem que norteará esta apresentação consiste na análise de algumas obras do
movimento de arte moderna holandês conhecido como De Stijl de modo que suas formas
estilísticas e as ideias que fundamentam essa escola modernista sejam relacionadas com o
estudo da metafísica.

● O que fundamentará essa proposta de ensino, especificamente, será uma análise dos
fundamentos que norteiam a obra de Mondrian a partir dos pressupostos metafísicos presentes
na filosofia platônica e aristotélica.

● Sobre a primeira, o objetivo consiste na utilização da noção platônica acerca dos conceitos de
sensível e inteligível para analisar o processo de afastamento das formas sensíveis para a
abstração geométrica.

● Acerca da segunda, propõe-se pensar o conceito de hilemorfismo aristotélico, o qual é


composto de dois princípios inseparáveis (forma e matéria), de modo que a passagem das
formas representacionais para a abstração seja analisado à luz destes dois princípios.
O que foi o De Stijl?
● De Stijl foi um movimento de arte moderna holandês surgido em 1917 que defendia a ideia
de uma arte purificada, isto é, que estivesse afastada de qualquer traço que remetesse as
questões sensíveis ou que dizem respeito a personalidade e sentimentos. “Defendiam uma
arte severa, de pura geometria”. De acordo com as ideias deste movimento, à medida que a
arte fosse se integrando a vida, e transformando-a, ela já não seria mais necessária, pois a
harmonia que vai se estabelecendo no mundo através da arte faria com que a sua própria
existência não mais teria sentido.

● Segundo os membros deste movimento, deveria haver uma total desvalorização das
tradições. Deveria denunciar os embustes que envolvia qualquer traço de lirismo ou questões
de ordens sentimentais. A arte, segundo eles, possui forças suficientes para transformar toda
a cultura e para isso seria preciso a sua purificação por meio da redução visual através da
linha, cor e forma básicas.
“Mondrian baseou seu estilo em linhas e retângulos. Teorizando que as linhas não
existem na natureza, ele decidiu usá-las exclusivamente para criar uma arte de
ordem e harmonia – qualidades obviamente ausentes no mundo revirado pela
guerra. [...] Para Mondrian, as linhas verticais representavam a vitalidade e as
horizontais, tranquilidade. O ponto de cruzamento de duas linhas era o ponto de
‘equilíbrio dinâmico’.” (Strickland, p.145)

“Segundo Mondrian, cada coisa, seja ela uma casa, uma árvore ou uma paisagem,
possui uma essência que está por trás de sua aparência. E as coisas, em sua
essência, estão em harmonia no universo. O papel do artista, para ele, seria revelar
essa essência oculta e essa harmonia universal. ” (Proença, p.161)
Mondrian:
Abstração de
uma árvore
AS IDEIAS PLATÔNICAS

“O nível das aparências são o modo como as coisas aparecem aos homens e o
modo como estes as percebem por meio das sensações, dos sentidos. As
aparências constituem assim o mundo dos sentidos, o mundo sensível, e que tudo
é instável e variável, de acordo com as circunstancias e os pontos de vistas.”
(Abrão,p. 50)

“Neste mundo sensível, cada um se apega a um aspecto das aparências e o


transforma em certeza, em ‘verdade’. E, como cada um percebe o mundo de
maneira diferente, as opiniões que resultam dessa percepção também são variadas
e divergentes. Além disso, é comum que as opiniões ocultem interesses pessoais.
Desse modo, a opinião (doxa) jamais pode proporcionar o verdadeiro
conhecimento, que é a ciência (episteme).” (Abrão,p.50)
“É possível obter esse conhecimento, o que implica ultrapassar o nível da opinião?
Sim, com uma condição: a de que as essências existam. Para Platão elas existem,
e disso a geometria fornece exemplos. Afinal, essa essência trabalha com figuras
perfeitas (triângulos, círculos etc.), que, embora não se encontrem no mundo
sensível existem no universo intelectual.” (Abrão,p.50)

“Platão denomina as essências de eidos, palavra que pode ser traduzida por ideia
ou forma. Assim, se no mundo sensível há vários cavalos diferentes, existem por
outro lado, uma única ideia de cavalo. E para os diferentes círculos que
percebemos, há uma só ideia de círculo. A pluralidade das coisas e as mudanças
são próprias do mundo sensível; cada ideia, ao contrário, é única e imutável,
existindo verdadeiramente. Assim, o mundo suprassensível ou inteligível existe de
forma anterior e mais efetiva do que o mundo sensível. É ele o verdadeiro mundo
real.” (Abrão, p.51)
ARISTÓTELES E A TEORIA DO HILEMORFISMO

● Teoria aristotélica sobre a realidade por meio da qual defende a noção de que o inteligível e
o sensível pertencem ao mesmo mundo, numa relação híbrida no interior de cada ente que
envolve movimento (mudança) e identidade. Não são correspondem a duas realidades
distintas e separadas como defendia Platão. Ainda que haja uma diversidade e multiplicidades
dos entes no mundo, segundo Aristóteles deve haver uma ordem interna que se constitui
como um todo orgânico, ordenado e coeso que sustenta a identidade dos entes. Desse modo,
o inteligível é inerente as coisas mesmas aqui neste mundo.
“Ao contrário de Platão, Aristóteles não considera o universal algo
subsistente e, portanto, substancial. Mas se o universal existe apenas no
espirito humano, sob a forma de conceito, ele não é criação subjetiva: estaria
fundamentado na estrutura mesma dos objetos que o sujeito conhece a partir
da sensação. Os conceitos reproduziriam não as formas ou ideias
transcendentes ao mundo físico, mas sim a estrutura inerente aos próprios
objetos: a estrutura básica comum as diferentes árvores existentes é que
estaria expressa, universalmente, no conceito ‘árvore’. ” (Os pensadores, p.
21,22)

● Considerando esses pressupostos, Aristóteles concebe a noção de que todos os entes são
constituídos de dois princípios inseparáveis:

Matéria (hylé) – o principio indeterminado dos seres, mas que é determinável;

Forma (morphé) – o princípio determinado em si próprio, mas que é determinante em relação


à matéria.

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