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FICA EM CASA

UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais

Introdução à Economia I

Notas para aulas à distância

(08/05-15/05/2020)

Docente: Nélio Armando Gulube

TEORIA DE CONSUMIDOR

ATENÇÃO: QUANDO RETOMARMOS AS AULAS PRESENCIAIS ESTA MATÉRIA SERÁ OBJECTO DE ESTUDO
NA SALA DE AULAS.

Objectivos:

No final destas aula o aluno deverá ser capaz de:

 Determinar o coeficiente angular das curvas de indiferença;


 Representar analiticamente e graficamente o coeficiente angular;
 Determinar o ponto de maximização da utilidade do consumidor.

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1. COEFICIENTE ANGULAR DA CURVA DE INDIFERENÇA

Da aula anterior aprendeu-se que Curva de Indiferença (CI) é uma curva que representa as várias
combinações de consumo de dois ou mais bens que proporcionam igual utilidade.

Das propriedades das curvas de indiferença vimos que uma CI tem inclinação ou coeficiente angular
negativo, isto é, as curvas de indiferença se inclinam de cima para baixo.

Afinal o que é coeficiente angular ou inclinação? Da Matemática aprendeu-se que inclinação é o valor do
ângulo formado com a reta e o eixo OX.

45°
O X

Por exemplo: se Inclinação for igual a 45°, o coeficiente angular será igual a: m = tg 45° = 1.

 Qual é a interpretação matemática deste valor? R: Se X variar em uma unidade, o Y irá variar
também em uma unidade.
 É por isso que essa recta com inclinação de 45° no gráfico (atenção, podia ter outra inclinação.
Por exemplo, 35°, 145°, 78°, etc.) chama-se recta tangente.
 Qual é o significado económico deste valor? R: De entre várias aplicações, o coeficiente angular
interpreta fielmente a questão do trade-off. Em economia uma escolha significa uma renúncia,
contudo, teoricamente não sabemos com que intensidade ocorre esse trade-off. O Coeficiente
angular permite nos calcular e interpretar o trade-off que existe entre as variáveis. Determina
também a intensidade com que ocorre o Custo de Oportunidade.

Para determinarmos o coeficiente angular de uma curva de indiferença temos que assumir que:

 Cada ponto de uma curva tem a sua própria inclinação. As curvas não tem inclinação uniforme,
como acontece nas rectas onde as funções são lineares.
 Cada calcular a inclinação ou o coeficiente angular num ponto temos que encontrar ou traçar a
recta tangente nesse ponto.
∆𝑦 𝑦1−𝑦0
o A fórmula de cálculo do coeficiente angular é ∝= ∆𝑥
= 𝑥1−𝑥𝑜 ou

o Medir o angulo nesse ponto e determinar a tangente desse ângulo.


 Se o coeficiente angular representa a ideia de tradeoff, também pode ser determinado a partir
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
do conceito de Custo de Oportunidade. 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜𝑠

NAG/IECI/USTM/2020 2
Vamos determinar o coeficiente angular da Curva de Indiferença?

Passo 1: Representar graficamente a recta tangente.

 A recta em azul é tangente a curva de


indiferença no ponto Z
 A recta em azul é tangente a curva de
indiferença no ponto T
Z

T Utilidade Total = K

O
X

Verifica-se no gráfico a Curva de Indiferença com tem inclinações diferentes ao longo da mesma. A
inclinação no ponto Z é diferente da inclinação no ponto T. Se olharmos para os ângulos das duas rectas
tangentes (verde e azul) verificamos que tem inclinação diferente.

Cada recta tangente irá nos dizer rectamente qual é o angulo naquele ponto e qual é o coeficiente angular.
Logo, o coeficiente angular de uma curva, num ponto dessa mesma curva, é igual ao coeficiente angular
da recta tangente. Determinar o coeficiente angular de uma curva num ponto é determinar o coeficiente
angular da recta tangente.
𝑦1−𝑦0
 Já se sabe que coeficiente angular de uma recta é 𝑚 = 𝑥1−𝑥𝑜.

Tendo os interceptos da recta tangente nos eixos das abcissas e ordenadas, pelo menos teremos dois
pares ordenados e substitui-se esses pares ordenados na fórmula.
∆𝑄𝑦 𝑄𝑦1=𝑄𝑦0
𝑚 = ∆𝑄𝑥 = 𝑄𝑥1−𝑄𝑦0.

Onde:

 Q – Quantidade
 y – bem X
 y – bem y
 1 e 0 – samo os momentos 1 e momento 0, repectivamente.

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Será que do ponto de vista da economia estamos satisfeitos?

R: NÃO

A s curvas de indiferença representam um estado de espirito. Representam a satisfação. Determinar o


coeficiente angular usando apenas as quantidades não vai traduzir fielmente o que muda no estado de
espirito de um indivíduo quando deixa de consumir um bem e passa a consumir outro bem.

Qual é o trade-off em termos de satisfação para que a Utilidade Total não altere?

Consideremos que, mantendo o resto constante, a Maria fica satisfeita consumido Pizza e Sorvete. Em
algum momento fica saturada com Pizza, o que devera ela fazer para manter o mesmo nível de satisfação?
Ela vai perder uma parte do prazer que sentia ao consumir pizza e ganhar mais prazer (utilidade total) ao
aumentar a quantidade de sorvetes.

Como podemos traduzir essa troca de satisfação em expressão matemática?

Atenção:
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜𝑠
 Quando se consume mais de um bem, a utilidade total aumenta e a utilidade marginal diminui
ou perde-se – 1ª Lei de Gossen

Podemos expressar o coeficiente angula em termos de custo de oportunidade, ou seja:


∆𝑄𝑦 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑈𝑡𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ∆𝑄𝑦 ∆ 𝑈𝑡𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎)
𝑚 = ∆𝑄 = ou 𝑚 = =
𝑥 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ∆𝑄𝑥 ∆𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑔𝑎𝑛ℎ𝑜)

∆𝑄𝑦 𝑈𝑡𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑎


Se: ∆ Utilidade = Utilidade Marginal, temos que 𝑚 = =
∆𝑄𝑥 𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑀𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑎

Recorde-se que da 1ª Lei de Gossen apreendeu-se que aumentamos no consumo de um bem, aumenta-
se a Utilidade Total e Perde-se a Utilidade Marginal. No nosso gráfico, a medida que deslocamos de
Qx=0 para o +∞ verifica-se que a quantidade do bem Y reduz e a quantidade do bem X aumenta. Da 1ª
Lei de Gossen podemos interpretar que:

o Quando Qy reduz, Utilidade Total diminui e a Utilidade Marginal Aumenta – ganha-se utilidade
Marginal do Bem Y (Umgy).
o Quando o Bem X aumenta, a Utilidade Total aumenta e a Utilidade Marginal diminui – perde-se
Utilidade Marginal do Bem X (Umgx).

Caros estudantes façam revisão do exercício dado nos apontamentos


introdutórios da 1ª Lei de Gossen e revejam a relação entre a Utilidade Total
e Marginal.

NAG/IECI/USTM/2020 4
Estabelecidos os pressupostos voltemos à nossa formula de coeficiente angular:

∆𝑄𝑦 𝑈𝑡𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑎


𝑚= =
∆𝑄𝑥 𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑀𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑎

o Utilidade Marginal Perdida = 𝑈𝑚𝑔𝑥


o Utilidade Marginal Ganha = 𝑈𝑚𝑔𝑦

Logo a inclinação da Curva de Indiferença fica:


∆𝑄𝑦 𝑈𝑚𝑔𝑥
𝑚= =
∆𝑄𝑥 𝑈𝑚𝑔𝑦

Ou seja, a inclinação da curva de indiferença é dada pela fórmula:

∆𝑄𝑦 𝑈𝑚𝑔𝑥
=
∆𝑄𝑥 𝑈𝑚𝑔𝑦

NAG/IECI/USTM/2020 5
2. RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Quando estudamos a Fronteira das Possibilidades de Produção ficou claro de que com os recursos que
temos podemos produzir quantidades máximas de diferentes combinações de bens que satisfazem as
nossas necessidades. Contudo, essa produção dependia da existência de factores de produção, isto é, a
nossa capacidade de produção é limitada pela existência de factores de produção.

Na teoria do consumidor, o dilema é o mesmo. Só que aqui estamos a falar de consumo e não produção.
A questão que se coloca é a seguinte: mantendo constante a Utilidade que um bem nos proporciona, de
que depende o consumo? Mantemos constante a Utilidade porque já estudamos a Teoria de Utilidade
(Utilidade Total, Utilidade Marginal, 1ª Lei de Gossen, Curvas de Indiferença, Ponto de Saciedade e
Ordenamento das Preferências). O que falta para responder a nossa pergunta? Não basta que o
consumidor escolhe o bem que melhor satisfaz as suas necessidades, tem de adquiri-lo. Para adquirir um
bem, tem que comprar e para comprar um bem é suposto que:

 O Consumidor tenha um Rendimento (R ou M);


 O conjunto de bens ou de cestas que vai comprar tenham preços (p).

Assim, restrição orçamentária será o conjunto de todas as combinações possíveis de consumo que alguém
pode pagar, tendo em conta os preços dos bens e a rendimento do indivíduo.

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 ≤ 𝑅

Onde:

 𝑝𝑥 – é o preço do bem X
 𝑄𝑥 – representa a quantidade do bem X
 𝑝𝑦 – representa o preço do bem Y
 𝑄𝑦 – representa a quantidade do bem Y
 𝑅 𝑜𝑢 𝑀 é o rendimento ou “Money – M”

Numa representação gráfica simplificada em que num dos eixos é colocado um bem (Y) e num outro eixo
e outro bem (X), a restrição orçamental surge como um espaço delimitado pelos eixos e por uma recta

NAG/IECI/USTM/2020 6
que une os dois pontos de cada eixo que correspondem ao máximo que é possível consumir de cada um
dos bens direccionando para ele todo o rendimento disponível (Rd).

BemY
Qy

Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

0 Qx
Bem X

Do ponto de vista matemático, qual é a primeira coisa que fazemos quando temos um gráfico?

 Identificar a origem;
 Determinar os interceptos;
 Determinar o coeficiente angular;

A origem está identificada. Isto é, no ponto 0 significa que o consumidor não adquire nenhuma quantidade
do bem X e nenhuma quantidade do bem Y.

No intercepto do eixo das ordenadas ou eixo do Y temos um par ordenado (Qx=0; Y) e no intercepto do
eixo das abcissas ou eixo do X temos o par ordenado (X; Qy=0).

Substituindo na nossa equação da restrição orçamentária temos que:

 Eixo dos Y: temos o par ordenado (Qx=0 e Qy=?) ou seja:

𝑺𝒆 𝑸𝒙 = 𝟎; 𝒕𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒙. 𝟎 + 𝑷𝒚. 𝑸𝒚 = 𝑹 , 𝒍𝒐𝒈𝒐

𝑹
𝒑𝒚 × 𝑸𝒚 = 𝑹 𝑸𝒚 = 𝒑
𝒚

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𝑅
Assim, o intercepto do eixo das ordenadas será: 𝑄𝑦 = 𝑝
𝑦

 Eixo dos X: temos o par ordenado (QX=? e Qy=0) ou seja:


𝑺𝒆 𝑸𝒚 = 𝟎; 𝒕𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒙. 𝑸𝒙 + 𝑷𝒚. 𝟎 = 𝑹 , 𝒍𝒐𝒈𝒐:
𝑹
𝒑𝒙 × 𝑸𝒙 = 𝑹 𝑸𝒙 =
𝒑𝒙

𝑅
Assim, o intercepto do eixo das abcissas será: 𝑄𝑥 = 𝑝
𝑥

Graficamente temos que:

BemY
𝑹
𝑸𝒚 =
𝒑𝒚

Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

0 𝑹
𝑸𝒙 =
𝒑𝒙
Bem X

Exemplo 1:

Considere um consumidor com um rendimento de 100 UM (Unidades Monetárias), o preço do bem x igual
a 2, preço do bem y igual a 10.

a) Apresente a expressão analítica da Restrição Orçamentária (RO) deste consumidor;


b) Represente graficamente a RO.

RESOLUÇÃO:

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a) 𝒑𝒙. 𝑸𝒙 + 𝒑𝒚. 𝑸𝒚 = 𝑹 𝟐𝑸𝒙 + 𝟏𝟎𝒚 = 𝟏𝟎𝟎

b) Para representar graficamente temos que primeiro encontrar os interceptos:

𝑹 𝟏𝟎𝟎 𝑹 𝟏𝟎𝟎
𝑸𝒙 = = = 𝟓𝟎 𝑸𝒚 = = = 𝟏𝟎
𝒑𝒙 𝟐 𝒑𝒚 𝟏𝟎

BemY

Restrição Orçamentária

10 𝟐 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎

0 50 Bem X

 COEFICIENTE ANGULAR:
𝑦1−𝑦0
o Fórmula geral: 𝑚 = 𝑥1−𝑥𝑜

o Vamos identificar dois pares ordenados (Xo;Yo) e (Y1;X1):


𝑹
o (Xo;Yo) = de facto coincide onde o X é igual a zero. Logo 𝒙𝒐 = 𝟎; 𝒚𝒐 =
𝒑𝒚

o (Y1;X1) =? Verifique que a leitura de um gráfico é da esquerda para direita, sempre tendo
como base o eixo das abcissas. Se X0=0 é que o X1 vai ser diferente de zero. O gráfico já
facilita porque tem o valor do intercepto, apenas temos que fazer a leitura do X1 no ponto
𝑹
de intercepto com o eixo das abcissas: 𝒙𝟏 = ; 𝒚𝒐 =𝟎
𝒑𝒙

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BemY
𝑹
(𝟎; )
𝒑𝒚
Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

0 𝑹
( ; 𝟎)
𝒑𝒙
Bem X

o Após a substituição na expressão analítica do coeficiente angular, temos que:


𝑅 𝑅
0− 𝑝 −𝑝
𝑦1 −𝑦0 𝑦 𝑦 𝑅 𝑝𝑥 𝑝𝑥
𝑚 = = 𝑅 = 𝑅 =− × = −
𝑥1 −𝑥0 −0 𝑝𝑦 𝑅 𝑝𝑦
𝑝𝑥 𝑝𝑥

𝑝𝑥
o Resultado: 𝑚 = −
𝑝𝑦

c) Usando o exemplo anterior, determine o coeficiente angular da RO e interprete.

𝒑𝒙 𝟐
∝= − =− = −𝟎. 𝟐
𝒑𝒚 𝟏𝟎

Alteração do Rendimento:

Mantendo o resto constante, quando o rendimento altera o consumidor ganha o poder de compra, isto
é, passa a adquirir quantidades maiores dos dois bens.

Graficamente, a RO descola-se paralelemente para direita, alterando os seus interceptos e mantendo o


coeficiente angular.

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BemY
𝑹𝟏
𝒑𝒚

Restrição Orçamentária

𝑹𝒐 𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅o
𝒑𝒚
𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅1

0 𝑹𝒐 𝑹𝟏
𝒑𝒙 𝒑𝒙
Bem X

d) Qual serão Impacto do aumento do rendimento do consumidor em 50 unidade monetárias?

RESOLUÇÃO:

𝑹𝟏 = 𝑹𝒐 + ∆𝑹 = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟓𝟎 = 𝟏𝟓𝟎

𝒑𝒙. 𝑸𝒙 + 𝒑𝒚. 𝑸𝒚 = 𝑹𝟏 𝟐𝑸𝒙 + 𝟏𝟎𝒚 = 𝟏𝟓𝟎

𝑹𝟏 𝟏𝟓𝟎 𝑹𝟏 𝟏𝟓𝟎
𝑸𝒙 = = = 𝟕𝟓 𝑸𝒚 = = = 𝟏𝟓
𝒑𝒙 𝟐 𝒑𝒚 𝟏𝟎

NAG/IECI/USTM/2020 11
BemY
𝟏𝟓𝟎
= 𝟏𝟓
𝟏𝟎
Restrição Orçamentária

𝑹𝑶𝟎 : 𝟐 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎
𝟏𝟎𝟎
= 𝟏𝟎
𝟏𝟎 𝑹𝑶𝟏 : 𝟐 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟓𝟎

0 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎
= 𝟓𝟎 = 𝟕𝟓
𝟐 𝟐

Aumento do Preço de X.

Se o preço do bem X aumenta, mantendo o resto constante, o consumidor irá perder o poder de compra
apenas do bem em que o preço aumentou, isto e, do bem X, gerando um deslocamento da Ro apenas do
lado do bem X para esquerda.

BemY
𝑹
𝒑𝒚

Restrição Orçamentária

𝑝𝑥𝟎 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

𝑝𝑥𝟏 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

Onde: 𝑝𝑥𝟎 < 𝑝𝑥𝟏

0 𝑹 𝑹
𝒑𝒙𝟏 𝒑𝒙𝟎
NAG/IECI/USTM/2020 12 Bem X
Exemplo (continuação do Exemplo 1):

e) Suponha que o preço do bem X aumentou de 2 U.M. para 5 U.M., mantendo o resto constante,
represente graficamente o novo poder de compra deste consumidor.

RESOLUÇÃO:

Como alterou apenas o preço do Bem X, teremos a nova expressão analítica que representa a RO e a
partir desta, para representar graficamente, vamos determinar o novo intercepto:

 𝑹𝑶𝟏 : 𝟓 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎
𝑹 𝟏𝟎𝟎
 Novo intercepto: 𝑸𝒙 = = = 𝟐𝟎
𝒑𝒙 𝟓

 Graficamente:

BemY
10

Restrição Orçamentária

𝟐 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎

𝟓 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎

Onde: 𝒑𝒙𝟎 < 𝒑𝒙𝟏

0 50
20

Bem X

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REDUÇÃO DO PREÇO Do BEM X

Quando o preço de um bem reduz, mantendo o resto constante, o consumidor ganha o poder de compra
nesse bem, isto é, para este caso, passa a ter possibilidade de comparar maiores quantidades do X. Curva
da RO desloca-se para direita.

BemY
𝑹
𝒑𝒚

Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅

0 𝑹 𝑹
𝒑𝒙𝟎 𝒑𝒙𝟏
Bem X

EXEMPLO (CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO 1):

f) Suponha que o preço do bem X reduziu em 50%, determine a nova RO.

RESOLUÇÃO:

 Primeiro vamos determinar 50% de 2=????


 A nova RO fica: 𝑹𝑶𝟏 : 𝟏 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎
𝑹 𝟏𝟎𝟎
 Novo intercepto: 𝑸𝒙 = = = 𝟏𝟎𝟎
𝒑𝒙 𝟏

 Graficamente:

NAG/IECI/USTM/2020 14
BemY
10

Restrição Orçamentária

𝟏 × 𝑸𝒙 + 𝟏𝟎 × 𝑸𝒚 = 𝟏𝟎𝟎

0
20 100

Bem X

ATENÇÃO: PARA SITUAÇÕES DE ALTERAÇÃO DE PREÇOS NO BEM Y, SEGUE-SE A MESMA


RESOLUÇÃO E REPRESENTAÇÃO FEITA PARA O CASO DE ALTERAÇÃO DE PREÇOS DO BEM X.

Aumento do Preço de Y

BemY
𝑹
𝒑𝒚𝟎

Restrição Orçamentária

𝑹 𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅
𝒑𝒚𝟏
Onde

𝑝𝑦𝟎 < 𝑝𝑦𝟏

0 𝑹
𝑸𝒙 = Bem X
𝒑𝒙

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Redução do Preço de Y

Bem Y
𝑹
𝒑𝒚𝟏
Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅
𝑹
𝒑𝒚𝟎

0 𝑹
𝒑𝒙
Bem X

Aumento dos preços de X e Y

Bem Y
𝑹
𝒑𝒚𝟎
Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅
𝑹
𝒑𝒚𝟏

0 𝑹 𝑹
𝒑𝒙𝟏 𝒑𝒙𝟎
Bem X

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Redução dos Preços de X e Y

Bem Y
𝑹
𝒑𝒚𝟏
Restrição Orçamentária

𝑝𝑥 × 𝑄𝑥 + 𝑝𝑦 × 𝑄𝑦 = 𝑅
𝑹
𝒑𝒚𝟎

0 𝑹 𝑹
𝒑𝒙𝟎 𝒑𝒙𝟏
Bem X

Sumário:

 A restrição orçamentária representa


 Mantendo as preferências constantes, as possibilidades de consumo de um consumidor podem
variar dependendo das alterações no rendimento ou nos preços.

Recursos Auxiliares:

https://www.youtube.com/watch?v=6bMmUC2RXlA

NAG/IECI/USTM/2020 17
CONSUMIDOR RACIONAL

Visto que as escolhas de um consumidor dependem da utilidade que o bem proporciona e que podem ser
expressadas por meio de curvas de indiferença e que também, dependem do rendimento e dos preços, a
ultima a pergunta a ser feita é esta:

o Quando é que um consumidor é racional?

Um consumidor racional quando adequa as suas preferências à sua restrição orçamentária.

As suas férias de sonho (que maximizam a sua utilidade) poderiam ser passadas na Disneylândia, contudo
a sua restrição orçamentária pode dar possibilidades de viajar à Praia de Bilene. Certamente que
Disneylândia está numa curva de indiferença que proporciona maior satisfação que viajar a Bilene,
contudo, a restrição orçamentária não lhe permite.

O velho ditado popular já diz: “contenta-se com o pouco”. Isto explique que independentemente dos
desejos, um consumidor racional deverá sempre maximizar o que pode consumir.

O ponto de maximização do consumidor é descrito pela 2ª Lei de Gossen:

2ª Lei de Gossen: um consumidor maximiza a sua utilidade se a utilidade marginal da última


unidade monetária gasta num bem é exatamente igual a utilidade marginal da última unidade
monetária despendida nos outros bens.

𝑼𝒎𝒈𝒙 𝑼𝒎𝒈𝒚 𝑼𝒎𝒈𝒛 𝑼𝒎𝒈𝒊


= = = ⋯..=
𝒑𝒙 𝒑𝒚 𝒑𝒛 𝒑𝒊

NAG/IECI/USTM/2020 18
Como interpretar esta lei:

o x,y,z,i são diferentes bens que o individuo pode adquirir e que deixam satisfeito o consumidor;
o Assumimos que o indivíduo é racional, equilibrado, enfim, um indivíduo normal.
o Um indivíduo normal, se comprar pão, bolsa, sapato, no final do dia deve estar igualmente
satisfeito por ter comprado e consumido estes bens.
o Se chegar em casa, tomar o seu lanche vai obter uma satisfação. Se experimentar a bolsa e lhe
ficar bem, a sua satisfação aumenta mais. E se o sapato não lhe servir???? A nossa consumidora
irá dormir feliz? Não vai dormir a pensar no sapato que não lhe serviu e no dinheiro gasto? Logo
ele não maximizou a sua satisfação.
o Por isso, para que a satisfação seja maximizada, a satisfação retirada do valor despendido no pão
tem que ser igual a satisfação retirada com o valor despendido na bolsa e deverá ser igual à
satisfação retirada ao valor despendido no sapato e assim, mantendo o resto constante, o
indivíduo irá dormir tranquilamente.
o Assim, temos que recorrer às Curvas de Indiferença (pois representam as preferências do
consumidor) e juntar à Restrição Orçamentária, pois representa as suas possibilidades de
consumo, dado o rendimento e os preços dos bens.
o Graficamente:

Y Restrição Orçamentária e ao mesmo tempo desempenha a


função de Recta Tangente

𝑄𝑦∗ Z
Curva de indiferença

T Utilidade Total = K

O 𝑄𝑋∗
X

NAG/IECI/USTM/2020 19
No gráfico, o ponto de maximização da utilidade verifica-se que quando a Restrição Orçamentária
é tangente à Curva de Indiferença. Nesse ponto a inclinação da curva de indiferença ´é igual a
inclinação da recta tangente, ou seja:

Inclinação de Curva de indiferença = Inclinação


da recta Tangente.

𝑈𝑚𝑔𝑥 𝑝 𝑈𝑚𝑔𝑥 𝑝𝑥
= |− 𝑥 | ou =
𝑈𝑚𝑔𝑦 𝑝 𝑦 𝑈𝑚𝑔𝑦 𝑝𝑦
Z
𝑄𝑦∗

Utilidade Total = K

O 𝑄𝑥∗
X

Usando a regra de três simples, temos que o ponto de maximização da satisfação


do consumidor:

2ª Lei de Gossen
𝑼𝒎𝒈𝒙 𝑼𝒎𝒈𝒚
=
𝒑𝒙 𝒑𝒚

No ponto Z, temos as quantiadas ótimas que maximizam a satisfação do consumidor.

NAG/IECI/USTM/2020 20
UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE ECONOMIA E CONTABILIDADE
Aula Introdução
DISCIPLINA: Pratica à Economia I
Aula Pratica IV - A

1. Qual é a diferença entre utilidade total e utilidade marginal?

2. Explique a Lei da utilidade Marginal Decrescente.

3. Enuncie a 2ª Lei de Gossen

4. Represente graficamente o Mapa de Curvas de Indiferença de dois bens. Qual é o significado


económico da CI?

5. Quais são as propriedades das curvas de indiferença?

6. Porquê a curva de indiferença apresenta inclinação negativa, da esquerda para a direita?

7. Dê exemplo de bens complementares, substitutos e independentes. Desenhe as curvas de


indiferença:
a) Entre bens complementares: sapato do pé esquerdo e sapato do pé direito;
b) Entre bens substitutos perfeitos: duas garrafas de coca-cola colocadas lado a lado
numa loja.

8. Verdadeiro ou falso:

I. Se existem dois bens com preços positivos e o preço de um bem é reduzida,


enquanto a renda e outros preços permanecem constantes, em seguida, o tamanho
do conjunto de orçamento é reduzido.
II. Se um bem 1 está localizado no eixo horizontal e um bem 2 é medido no eixo
vertical, e se o preço do bem 1 é p1, e o preço do bem 2 é p2. Então a inclinação da
linha de orçamento é –p2/p1.
III. Se todos os preços são dobrados e a renda é mantida constante, o conjunto de
orçamento não muda porque os preços relativos não se alteram.
IV. Se os preços dos bens dobrarem e a renda triplicar, então a restrição orçamentária
será mais inclinada.

NAG/IECI/USTM/2020 21
V. O consumidor prefere mais a menos de cada bem. Sua renda sobe, e o preço de um
dos bens cai enquanto os outros permanecem constantes. Essas mudanças devem
ter efeito melhor ao consumidor.
9. Se você tem uma renda de US$ 40 para gastar, se as commodities 1 custam US$ 4 por unidade,
e as commodities 2 custam US$$ 20 por unidade, então a equação para sua linha de orçamento
pode ser escrita como:
a) x1 + 5x2 = 10.
b) 5x1 + 21x2 = 41.
c) 24 (x1 + x2) = 40

10. Se Isabella gasta todo a sua renda em limões e tangerinas, Isabella pode apenas pagar 30 limões
e 8 tangerinas por dia. Ela também pode usar seu orçamento inteiro para comprar 6 limões e
14 tangerinas por dia. O preço de limões é de 6 guinéus cada. Quanto é a renda de Isabella por
dia?

11. Se Mariagasta todo o seu rendimento em uglifruit e breadfruits, Maria pode pagar apenas 11
uglifruit e 4 breadfruits por dia. Ela também pode usar seu orçamento inteiro para comprar 3
uglifruit e 8 breadfruits por dia. O preço do uglifruit é de 6 pesos cada. Quanto é a renda de
Maria por dia?

12. Se ela gasta o seu orçamento total, Vanessa pode comprar 47 damascos e 10 cerejas. Ela
também pode apenas pagar 20 damascos e 19 cerejas. O preço de damascos é de 18 centavos.
Qual é o preço das cerejas em centavos de dólar?

13. A partir de quantidades de dois bens e conhecidas suas respectivas utilidades marginais,
determine qual a quantidade de cada produto que maximiza a satisfação do consumidor,
p  2,00 pb  1,00u.m.
sabendo que a renda do individuo é 18,00 u.m. e os preços são a e

qa Umg a qb Umg b
1 135 1 56
2 100 2 45
3 60 3 39
4 57 4 35
5 52 5 32
6 50 6 25
7 48 7 24
8 45 8 20
9 30 9 10
10 12 10 8

NAG/IECI/USTM/2020 22

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