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ABRA

SEUS
OLHOS
UMA INTRODUÇÃO
AO UNIVERSO DO
DESIGN GRÁFICO

RUAN BRAZ
O GUIA DO GUIA 1. Antes de tudo
Sobre o material .3
Geralmente chamado de Sumário

2. Contexto e definição
Este é o Guia do Designer gráfico. Um pouco de história .4
Um material produzido para te Definindo o design gráfico .5
introduzir no universo do design.
Fique à vontade para seguir pelo 3. Mentalidade
caminho que achar melhor. Clique
O que todo designer deve saber .8
para acessar um conteúdo.
A diferença entre design e arte .10
Para mais informações e conteúdos O processo criativo e seu repertório .11
sobre o universo do design gráfico Não só de prática vive o designer .12
acesse: www.ruanbraz.com
4. Profissionalismo
Entenda o mundo profissional .13
O QUE ESTE GUIA Ninguém vai longe sozinho .13

PODE FAZER O que esperam de um designer .14

5. Branding Pessoal
1. Dar uma visao ampla a respeito Administre sua marca .15
do universo do design. Descubra quem é você .15
Se posicione .16
2. Apresentar possibilidades de Construa seu portfólio .17
atuação na área.
6. Eventos e premiações
3. Expor a mentalidade dos
Uma lista de eventos e prêmios .19
designers profissionais.

7. Referências
4. Evidenciar algumas necessidades
do mercado. Biblioteca básica .24

5. Indicar caminhos para que você 8. Finalização


se desenvolva. O requisito principal .28
ANTES DE TUDO

SOBRE O MATERIAL

Talvez a melhor maneira de explicar o que é este guia seja começando a dizer o que ele não é. Se você
veio até aqui esperando um material que te apresente as ferramentas e técnicas do design, este guia
não é pra você. Apesar de eu indicar alguns conceitos e referências importantes que vão te capacitar
na prática esta é uma publicação sobre a mentalidade que um designer precisa ter para se tornar um
profissional qualificado.

Nos últimos anos pude perceber uma enorme quantidade de conteúdo disponível gratuitamente que
pode ensinar qualquer pessoa a dominar algumas ferramentas e técnicas que os designers gráficos
utilizam, mas a verdade é que o design vai além de tudo isso e muitos iniciantes não conseguem ter essa
noção. Por esse motivo resolvi criar um guia aprofundado no ofício do design indo além do domínio
técnico e explorando o domínio intelectual.

Se você quer aprender sobre o que é design gráfico e como pensam os profissionais que atuam nessa
área este é o lugar certo pra você. Neste material busquei percorrer o processo criativo e expor uma
percepção realista do mercado. Espero que este guia seja capaz de te dar uma visão holística do
design gráfico para que assim você possa seguir seu próprio caminho. Desejo a você uma ótima leitura
e um profundo aprendizado. Até logo!

Sobre o Autor
Ruan Braz é um designer gráfico brasileiro focado em contribuir com a comu-
nidade criativa do país. Além de amar o design, Ruan acredita que ele tem um
poder transformador para a sociedade.

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CONTEXTO E DEFINIÇÃO

UM POUCO DE HISTÓRIA
Se queres prever o futuro, estude o passado.
Confúcio

Pré-história, Antiguidade, Idade média, Idade moderna e Idade contemporânea. O design gráfico esteve
presente, de alguma forma, em toda história da humanidade. Desde as pinturas rupestres até o desen-
volvimento de interfaces digitais. Assim como os escribas egípcios transmitiam mensagens sagradas
através dos hieróglifos, ou os monges copistas reproduziam obras religiosas na idade média, a neces-
sidade de transmitir mensagens visuais esteve presente durante todas as épocas. O próprio alfabeto,
ou os algarismos arábicos, resultados de muitas décadas de transformação, são maneiras de repre-
sentar, visualmente, conceitos abstratos criados pelo homem.

Apesar de todo esse contexto em que o design está inserido, foi apenas há três séculos que ele se tornou
uma ciência a ser estudada e discutida. Pra você ter uma ideia, foi durante a Idade Moderna, no século
XIX, quando a revolução industrial quebrou diversos paradigmas e algumas atividades ganharam muito
destaque. O que antes era feito por artesãos, em suas corporações de ofícios manuais, com o tempo
passou a ser desempenhado por uma nova classe de profissionais, cada vez mais preparados para atuar
nesse novo mundo.

“O Exterior” de George Baxter, 1854 | Este é o Palácio de Cristal de Londres onde aconteceu a primeira exposição
dos trabalhos industriais, um momento importantíssimo na história do design.

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A produção industrial cresceu bastante e os valores de funcionalidade e estética ganharam muita impor-
tância. Não só por causa da demanda, que exigia profissionais aptos para as novas necessidades, mas
também pelos movimentos e vanguardas que surgiram após as transformações geradas pela revolução.

Vou te dizer, muita água correu nesse rio, o suficiente para lotar diversos livros sobre o assunto. Deixei
algumas referências no final do guia pra você se aprofundar, mas vou citar aqui alguns movimentos e
vanguardas artísticas que influenciaram a história do design: Arts and Crafts, Art Nuveau, Cubismo,
Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Construtivismo, Art Deco e De Stijl são resultados
das transformações acionadas na era moderna. Infelizmente não vou aprofundar no assunto, pois não é
esse o objetivo do guia, mas vou ser sincero com você, é uma história maravilhosa, vale a pena conhecê-la.

CONTEXTO E DEFINIÇÃO

O QUE É O DESIGN GRÁFICO?


Tudo é relativo, design é relação.
Paul Rand

De maneira simplificada nós podemos definir o design gráfico como um processo de comunicar, visu-
almente, uma mensagem, transmitir emoções, melhorar experiências e causar determinada percepção
nas pessoas. O designer gráfico, que é o profissional que executa essa função, tem a missão de solucionar,
graficamente, os problemas de comunicação, considerando o contexto social, econômico, político,
cultural e tecnológico em que está inserido. Carregado de muita responsabilidade, um designer deve
estar ciente de que sua função tem o poder, não só de informar, mas também de instruir e persuadir
pessoas a tomarem decisões, além de influenciar diretamente a cultura das sociedades.

O design gráfico é um campo amplo de estudos que cresce cada vez


mais devido às novas mídias e tecnologias que estão surgindo. Por se
tratar de um universo em expansão, novos horizontes estão constante-
mente aparecendo. Confira a seguir as principais áreas que você pode
atuar enquanto designer gráfico.

Conversas com Paul Rand é um livro de leitura rápida que vai te ajudar a com-
preender ainda melhor o design gráfico e como aplicá-lo.

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Design de interface
O mais novo campo de atuação do design sem dúvidas são as interfaces digitais. Com a chegada dos
computadores, videogames, smartfones e agora a realidade virtual e aumentada, o design de interface
se tornou o novo oasis. Projetar a melhor experiência possível para os usuários e suas interações com o
universo digital é o ofício do designer de interfaces. Num equilíbrio entre a funcionalidade e os elementos
visuais o designer de interfaces deve ser capaz de organizar a informação e distribuí-la em sistemas
úteis e preparados para atender às necessidades do usuário. Websites, softwares, aplicativos e sistemas
operacionais são algumas das interfaces em que um UI designer pode atuar.

Design editorial
Muita gente ainda acredita que os impressos estão sofrendo um terrível fim por causa da nova onda de
tecnologias, mas preciso lhe dizer que este é um grande engano. Depois de alguns anos de controvérsias
entre as publicações impressas e digitais, o design editorial ganhou força o suficiente para atuar ao lado
das mídias digitais. Design de livros, revistas, jornais, cadernos, cartazes, catálogos, relatórios, peças
institucionais, materiais promocionais e anúncios desde outdoors, painéis, telas até o infinito. O designer
editorial é responsável por reunir os princípios básicos de tipografia, layout, formatos, cores, suportes e
acabamentos na produção de materiais que vão desde os cartazes até os mais complexos livros.

Ilustração
Aqui mora a paixão de muitos designers. Desenhar pode ser uma uma tarefa muito divertida e prazerosa,
mas muito mais do que isso, o campo da ilustração é repleto de teorias e estudos aprofundados e vai
requerer seu comprometimento com a prática constante. Psicologia e percepção da forma, semiótica,
teoria das cores, composição, técnicas, materiais e a história da arte e do design são alguns dos assuntos
ricos para qualquer ilustrador.

Infografia
Os infográficos são um sistema de organização da informação muito didático e visualmente atraentes.
É amplamente utilizado em revistas, blogs e jornais para apresentar dados e assuntos complexos, com
o objetivo de levar a um melhor entendimento. Esta técnica já era utilizada no passado por grandes
nomes como Christoph Scheiner e Leonardo da Vinci e mesmo assim nunca esteve tão atual. O mapa
do metrô de Londres é um caso de sucesso de como muito caos de informação pode se transformar em
clareza com os infográficos.

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Motion Graphics
O motion graphics é a vertente audiovisual do design gráfico que une os princípios do design com o cinema
e a animação. Tem seu nascimento no início do século XX e vem evoluindo muito com o passar dos
anos. Se uma imagem vale mais que mil palavras, o movimento vale mais que mil imagens. Um designer
de movimento pode atuar com animação de personagens, efeitos visuais, edição de vídeos, elementos
interativos para interfaces digitais entre diversas outras manifestações de movimentos visuais.

Identidade de marcas
Umas das áreas mais reconhecidas do design gráfico são as identidades visuais, também chamadas
de identidades corporativas. Desde os tempos mais antigos as famílias e clãs já criavam símbolos para
representar suas linhagens e marcar presença. Esta foi uma atividade que evoluiu muito com o tempo e
hoje é comumente atribuída às empresas e organizações de todos os portes. Um designer de identidade
visual é capaz de sintetizar a identidade de uma empresa em um logotipo e expressar a personalidade
da mesma através de um sistema de visual. Ele é responsável por tomar uma série de decisões a favor
da percepção que determinada empresa quer passar para seu público.

Sistemas de sinalização
Uma área compartilhada entre designers gráficos, designers de ambientes e arquitetos. Preparados
principalmente para orientar e informar o fluxo de pessoas em determinado local, este profissional é
muito requisitado para projetar a sinalização de eventos, empresas, museus, parques, cidades entre
outros ambientes. Um profissional dessa área não se limita à orientação e informação de pessoas, mas
também expressa a identidade e personalidade do ambiente, trabalhando na experiência das pessoas
que têm contato com o local.

Design de embalagens
Agora uma área compartilhada entre designers gráficos e designers de produtos. Geralmente, um
designer de embalagens é responsável por apresentar um produto e diferenciá-lo dos demais. A linha
que costuma separar os designers gráficos dos designers de produtos neste campo é que, enquanto os
designers de produtos focam na funcionalidade e estética do produto em si os designers gráficos são
encarregados de projetar os rótulos, embalagens e apresentação dos produtos, tornando-o mais atra-
tivo e somando à experiência de compra do consumidor. Nunca comprou algum produto por que gostou
muito da embalagem?

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Design de superfícies
Os designers de superfície projetam texturas para diferentes suportes, em uma missão de encontrar so-
luções estéticas e funcionais para os diferentes materiais em que um design pode ser aplicado. É muito
comum encontrarmos designers de superfície no setor têxtil, com designs incríveis criados para estam-
paria, mas isso não é nenhuma limitação, uma vez que se trata de superfícies. É fácil encontrar design
de superfícies em outros suportes como cerâmicas, tapetes, vidros, materiais promocionais e também
no universo digital através dos games e animações 2d e 3d.

Talvez você tenha percebido que mesmo existindo diversas áreas em que um designer possa atuar,
todas elas conversam muito bem entre si. Isso acontece por que todas são disciplinas que compartilham
os princípios do design. Sugiro que você explore ainda mais cada uma dessas áreas e não veja nada
disso como um limite. Você pode criar sua própria especialização combinando áreas do seu interesse.
Muitos designers de identidade visual trabalham com sinalização, muitos ilustradores trabalham com
motion graphics, muitos designers de embalagem trabalham com editoração. O tempo e as experiências
farão você construir sua própria identidade com base em suas afinidades.

MENTALIDADE

O QUE TODO DESIGNER GRÁFICO


PRECISA SABER
A essência de todo trabalho está na
mensagem a ser transmitida.

Me lembro dos dias felizes que passei no meu primeiro emprego como designer gráfico júnior em uma
agência de publicidade. Ainda não havia feito faculdade, mas tive a oportunidade de trabalhar ao lado
de pessoas incríveis que me mostraram a essência de um trabalho profissional. Uma das lições que
aprendi enquanto estava lá foi: mantenha a atenção ao que está sendo dito. Não importa em qual vertente
do design você atua, a essência de todo trabalho está na mensagem a ser transmitida. Uma lição que
parece simples, mas me fez compreender um dos maiores princípios que um designer pode ter, mas
muitas vezes passa despercebido:

O foco do design gráfico é a percepção, mas não se


trata de você, se trata do público e da mensagem.

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Um pouco depois de entrar na faculdade ainda trabalhava na agência e tive a oportunidade de comparar
dois cenários diferentes. De um lado, mestres, de outro, discípulos. Esse contraste entre profissionais e
alunos me fez perceber uma noção equivocada que muitos iniciantes têm ao se inserirem no universo
do design, e que inclusive eu tinha quando comecei. É normal acharmos que vamos fazer design para
deixar tudo mais bonito e com base no nosso gosto pessoal, mas essa é uma armadilha que retalha seu
calcanhar e te impede de seguir adiante, pelo menos até que você compreenda. Conheci um artista
abstrato expressionista que deu uma bela definição para o design.

Design é o intermediário entre


informação e compreensão.
Hans Hofmann

A beleza não é o seu objetivo final e sim sua ferramenta. O Design gráfico não existe para deixar algo
mais bonito e sim para causar determinada percepção¹ nas pessoas. Perceba que, se o objetivo do
projeto for causar uma percepção¹ de beleza, você vai utilizar isso a seu favor, mas, se for necessário,
poderá fazer o inverso. O que constrói a forma é a mensagem. Tudo depende da percepção¹ que você
quer causar. Repare se as peças gráficas a seguir querem causar a mesma percepção¹ e reflita sobre a
mensagem e o contexto em que estão inseridas. Se você fosse responsável por criar cada uma dessas
peças, seguiria seu padrão de beleza ou pensaria no público? Pesquise a história antes de responder.

Reino Unido (1939) Shepard Fairey (2008) J. Howard Miller (1943) Wes Wilson (1966)

¹ Segundo a Wikipédia, percepção é a função cerebral que atribui significados a estímulos sensoriais a partir do
histórico de vivencias passadas. Dessa forma, podemos definir a percepção como a noção de um indivíduo a
cerca de tudo que está em contato com ele.

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MENTALIDADE

A DIFERENÇA ENTRE DESIGN E ARTE


Design é a solução para um problema.
Arte é a questão para um problema.
John Maeda

Sem dúvidas esta é uma discussão que não se perdeu no tempo. Há algumas décadas que grandes
profissionais discutem se realmente existe uma diferença entre design e arte. Acredito fortemente que
design e arte são duas coisas diferentes, mas que andam juntas, como num casamento. Duas individua-
lidades que se completam num ciclo onde, o design se apropria da arte e a arte se apropria do design.
Não há como negar, sempre houve muita influência, a linha é tão tênue que as vezes nos vemos do outro
lado, mas existe uma diferença crucial entre os dois, uma diferença que pode fazer você refletir sobre
sua postura como designer.

Logo no primeiro período da faculdade de design gráfico, um professor dotado de muita experiência
apresentou à nossa turma uma das questões que mais nos ensinaria sobre design: Existe diferença
entre design e arte? Durante toda a aula muitos argumentos me faziam refletir se de fato havia alguma
diferença. Tudo parecia a mesma coisa, até que nos foi apresentado um argumento muito plausível.
Design não é arte porque a natureza da arte é a expressão e reflexão e a natureza do design é a comu-
nicação e resolução de problemas. Enquanto o artista está preocupado em se expressar ou causar uma
reflexão, o designer está preocupado em construir uma percepção de tal forma que a maioria do público
tenha um entendimento ou sensação semelhante.

Voltamos à questão que apresentei logo no início do capítulo, só que dessa vez, por outro ângulo. O foco
do design gráfico é a percepção, mas não se trata de você, se trata do seu público e da sua mensagem.
“Não se trata de você, se trata do seu público e da sua mensagem.” Nossos gostos pessoais são o reflexo
da maneira como enxergamos o mundo, ou seja, são o reflexo da nossa percepção. A grande questão
é que na maioria das vezes não somos o público para qual a mensagem é destinada e se isso não for
conduzido adequadamente, podemos dar a luz a um problema. Todo designer influencia os projetos
que trabalha de acordo com sua percepção, mas é seu dever colocar os gostos pessoais em segundo
plano para focar na percepção do público em relação à mensagem.

A arte questiona, o design responde. Não estou dizendo que um designer não possa ser artista, eu amo
todas as artes e jogaria contra mim, apenas reforço que você deve estar ciente de cada papel. Seja
designer quando precisa ser designer e artista quando precisa ser artista.

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MENTALIDADE

O PROCESSO CRIATIVO E SEU REPERTÓRIO


O processo do design vai da
complexidade à simplicidade.
Paul Rand

Ao contrário do que muita gente pensa, boas ideias não caem do céu. Existe uma relação muito rica entre
você e o mundo em que está inserido. Muitas vezes temos ideias em momentos inoportunos, é verdade.
Eu, por exemplo, tenho ótimas ideias enquanto tomo banho ou vou caminhar, mas elas não aparecem
ali por acaso. Isto é um reflexo do momento em que limpo minha mente dos problemas do dia e abro
espaço fazer novas conexões.

Com o tempo você vai ganhar um olhar diferente, vai perceber que o alimento da sua criatividade é
justamente todo conteúdo que você absorve do mundo. Os filmes que você vê, as músicas que escuta,
os livros que lê, os eventos que vai, os cheiros que sente, os alimentos que come. Toda informação que
você recebe é uma peça do seu quebra-cabeça criativo e isso é muito importante para o desenvolvimento
do seu ofício enquanto designer gráfico. Chamamos tudo isso de repertório e damos muito valor a ele.

Um repertório rico mantém a criatividade saudável, enquanto viver uma rotina no modo automático pode
deixar seu cérebro sedentário. A missão número um de todo designer, seja gráfico ou não, é conhecer o
mundo em que vive e criar uma visão profunda a respeito do universo em que está atuando. Começamos
perguntando o porquê, para em seguida descobrir como. Avaliamos o contexto e nos desafiamos a
tornar o complexo em simples.

Se permita experimentar e conhecer, veja as situações por diferentes


ângulos e conecte os pontos. O processo criativo é como um quebra-
cabeças misterioso sem imagem no verso da caixa. As peças são as
informações que você absorve do mundo e o resultado final são boas
ideias para serem executadas.

De onde vêm as boas ideias é um livro empolgante que vai te dar uma bela
introdução sobre o processo criativo.

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MENTALIDADE

NÃO SÓ DE PRÁTICA VIVE O DESIGNER


Um designer muito prático e pouco teórico
é como um pião em um jogo de xadrez.

Vejo muitos profissionais fissurados em tutoriais, numa busca incessante por truques e técnicas,
acreditando que o domínio de um software é que define o profissionalismo de um designer, pensamento
perigoso. Ouvi muitas vezes ao longo da minha formação que é melhor ter a ideia e não saber executar
sozinho do que ser ótimo em executar mas não ter boas ideias. Um designer que é muito prático e
pouco teórico é como um pião em um jogo de xadrez, vai sempre pra frente, cego. Com determinação e
um pouco de sorte poderá chegar ao final do tabuleiro e pela experiência adquirida se tornar uma rainha,
mas isso acontece com poucos. Ele será muito necessário para o jogo, mas sua atuação é limitada.
Assim como um pião, esses designers são os que mais existem no mercado e por isso têm menos valor.

Qual é a peça mais importante do xadrez? O rei. Digamos que o rei seja o designer que consegue ter as
melhores ideias, mas tem pouca habilidade técnica para executar. Ele pode caminhar em todas as
direções e é amparado por todos. O rei é a principal peça do jogo, é valioso e único, mas, assim como
o pião, é muito frágil e sem uma equipe para apoiar é inútil.

Agora preciso falar de uma peça do xadrez que é o ícone do equilíbrio. Ela é imponente, poderosa e sua
falta faz toda diferença. Estou falando da rainha, a média perfeita. Uma rainha é como o designer que
conhece muito bem a teoria e a prática, sua raridade a torna muito valiosa e requisitada. Ela combina
muito bem com qualquer membro da equipe e faz tudo fluir melhor.

Reconhece a importância da teoria? Ainda assim consegue enxergar o valor


da prática? Lembre-se que o mais importante é saber equilibrar os dois
lados. Espero que este texto desperte em você a fome pelo conhecimento
e a determinação pela prática. Não se limite aos tutoriais e nem aos livros,
não se limite a nada.

O mundo codificado de Vilém Flusser trata de uma filosofia mais aprofundada


sobre o design e a comunicação. Geralmente é mais fácil encontrar o caminho
da prática, então resolvi indicar a filosofia de Flusser.

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PROFISSIONALISMO

ENTENDA O MUNDO PROFISSIONAL


Eles já perceberam que precisam te conhecer,
falta você perceber que precisa conhecê-los.

Não importa se você quer trabalhar com interface, identidade de marcas, motion graphics, embalagem,
tipografia ou com qualquer outra vertente do design gráfico; O mundo dos negócios é o seu mundo e
você precisa aprender a viver dentro dele. Seja para trabalhar como autônomo, freelancer ou funcionário,
conhecer o mundo profissional e entender como funcionam os negócios não deveria ser o diferencial de
alguns designers mas sim uma disciplina comum entre todos.

O design enquanto profissão nasceu na revolução industrial, trouxe grandes mudanças e resultados para
as empresas e organizações e reforça cada vez mais sua importância dentro desse cenário. Com tanta
relevância e responsabilidade nos cabe cumprir nossa missão número um, lembra qual é? Conhecer o
mundo em que vivemos e criar uma visão profunda a respeito do universo em que estamos atuando.

Ter noção de como são movidas as engrenagens deste universo vai te permitir entregar resultados
qualitativos e mais profundos para seus clientes. Amplie seus estudos para outras áreas, conheça mais
sobre o mundo dos negócios e confira a seguir alguns conselhos.

1. NINGUÉM VAI LONGE SOZINHO


Se quiser ir rápido vá sozinho,
se quiser ir longe vá acompanhado.
Provérbio Africano

Antes de tudo preciso lhe falar sobre a importância de ter pessoas a sua volta. Por mais que algumas
vezes sentimos que nossas habilidades individuais vão nos sustentar em nossa carreira profissional, são
nossos contatos que nos levam mais longe. No Xadrez, nem mesmo a rainha consegue ganhar o jogo
sozinha. Você pode ser perfeitamente equilibrado entre a teoria e a prática, pode ter e executar grandes
ideias, afirmo que sozinho você não vai tão longe quanto poderia.

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2. DESCUBRA O QUE ESPERAM DE VOCÊ
Para uma empresa, um quadro bonito é
apenas um quadro bonito.

Você pode ser funcionário ou ter seus próprios clientes, pode trabalhar para empresas ou para organi-
zações sem fins lucrativos, a primeira coisa que as pessoas vão esperar de você é o resultado que
consegue alcançar com os conhecimentos e habilidades que tem.

Todo design é feito para cumprir um propósito, que seja para atrair as pessoas, que seja para melho-
rar alguma experiência, que seja para transmitir uma emoção, que seja para ensinar ou educar alguém.
Você deverá ficar atento às necessidades e objetivos do cliente com o qual está lidando. Parece sim-
ples, mas é aqui que você deve focar grande parte do seu esforço. Nesta etapa desenvolvemos o
briefing: um documento que contém informações relevantes sobre o contexto, problema e condições
para se executar um projeto. Se quiser saber mais sobre briefing acesse www.ruanbraz.com/briefing

Seguindo adiante, para entregar os resultados para o seu cliente você vai precisar conhecer bem as
necessidades e objetivos dele, mas isto é apenas o começo. Logo após coletar e interpretar as informações
você terá que ser capaz de encontrar uma boa solução e este é um grande desafio. Uma vez que cada
projeto é único, cada solução é única e isso vai exigir toda sua criatividade e conhecimento. Procure
sempre ir atrás de metodologias, conhecimentos e exercícios para criatividade, ainda assim você vai
perceber que a magia de trabalhar com design é que toda vez é diferente e difícil, mas quando você acerta
a satisfação é verdadeira.

Para finalizar, não entregue o projeto sem esclarecer a solução que


encontrou e os resultados que conseguiu alcançar. Frequentemente
vejo designers apresentando todo o processo e deixando o cliente
julgar o que ele está vendo, sem questionar os caminhos tomados
e motivos de cada decisão. Faça seu cliente compreender o porquê
de suas decisões e não atue sem haver um motivo. Não importa se
você é funcionário ou profissional autônomo, se trabalha para empresas
ou organizações não lucrativas, todos esperam resultados.

Como ser um designer gráfico sem vender sua alma é um livro de leitura
fácil e divertida que vai te apresentar a rotina de um designer gráfico.

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BRANDING PESSOAL

ADMINISTRE SUA MARCA


Nosso cenário se torna cada vez mais competitivo e isso vai exigir de você esforço para se destacar em
meio a tantos outros designers. O campo de atuação é bem amplo e há bastante espaço no mercado,
mas na maioria dos casos ter a capacidade de execução não é suficiente para ter valor percebido.

Por estarmos inseridos em um universo pouco exato e muito intuitivo, seu portfólio terá muito valor, uma
vez que é através dele que você poderá mostrar os resultados que já alcançou. Ainda assim, sei como
é complicado dar os primeiros passos quando tudo ainda está confuso e pouco desenvolvido, por esse
motivo organizei algumas dicas importantes que vão fazer toda diferença na hora de se promover.

1. SAIBA QUEM É VOCÊ


Conhece-te a ti mesmo
Socrates

Faltavam mais de 2400 anos para chegar no tempo em que vivemos e Sócrates já falava da importância
do autoconhecimento. Apesar de tanto tempo ter passado, focar em se conhecer sempre foi uma
necessidade atual.

O primeiro passo para que você possa se libertar é entender quem é você e onde você quer chegar. Uma
missão difícil para qualquer pessoa, conhecer a si próprio exige tempo e esforço. Somos complexos e
mudamos a todo instante, mas precisamos ter compromisso com nossos objetivos.

Invista o tempo que for necessário para se conhecer melhor, faça perguntas que nunca fez a si mesmo.
O que eu quero pra mim? Onde quero estar daqui a 2 anos? Quais são meus defeitos? Quais são minhas
qualidades? Como eu me vejo? Como os outros me vêm? O que eu gosto nas pessoas? O que eu não
gosto nas pessoas? Você é o seu principal projeto de design, mas também é o seu trabalho mais difícil.
Não será nada instantâneo e quanto mais se observar, mais perceberá que está longe de chegar onde
você deseja. Tenha foco e continue em frente, o tempo te ajudará a encontrar o seu lugar.

Charles Chaplin foi um exemplo de pessoa que possuía autoconhecimento e compromisso com suas
próprias ambições e certa vez disse algo que revela isso:

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Aprendi que vai demorar para me transformar na pessoa que
quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso
ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Charles Chaplin

Saber quem você quer ser é o primeiro passo para um dia se tornar esta pessoa. Busque entender por
que você gosta de uma coisa e de outra não, cria seu próprio senso crítico e explore sua personalidade.
É um processo que não ocorrerá da noite pro dia, mas também só terá um início quando você decidir o
que quer. Não é fácil e nem rápido, pois se trata de vencer suas próprias barreiras.

2. SE POSICIONE
Posicionamento é mostrar para
seu público qual é seu diferencial.
Philip Kotler

Uma vez que você sabe o que quer, chega a hora de se posicionar de tal forma. É como ir acampar; você
escolheu o lugar onde quer ficar e agora precisa colocar ali a sua barraca para que todos vejam. Por que
alguém te escolheria ao invés de outro designer? Este pode ser um bom ponto de partida para pensar em
um posicionamento. É importante que você se especialize em algum campo para ser percebido como
autoridade, assim poderá agregar mais valor ao seu trabalho.

Me lembro da época em que decidi me posicionar como um designer gráfico focado em identidade de
marcas. Precisei abrir mão de outras áreas para me especializar. Depois que tomei a decisão e me
comprometi passei a me apresentar como designer de marcas. Boas oportunidades começaram a
surgir neste campo e inclusive meus próprios colegas designers passaram a me ver como referência.

Seu nome, sua personalidade, seu trabalho e seus resultados. Essa é a


sua marca. Busque explorar sua identidade compreendendo o que te faz
diferente dos outros profissionais. Quando estiver claro pra você será o
momento de deixar claro para os outros.

Personal Branding: Construindo sua marca Pessoal é um livro de leitura fácil que
pode te ajudar a se destacar em meio à multidão.

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3. CONSTRUA SEU PORTFÓLIO
Seu portfólio é como um palco. O momento
antes de ser avaliado é parecido com o instante
antes que a cortina se abra.
Ian Clazie

O portfólio é uma apresentação da sua experiência profissional, uma maneira pela qual você prova suas
habilidades de forma mais concreta. Por mais que você possa se vender muito bem, seu portfólio te
ajuda a quebrar possíveis objeções na hora de falar sobre seu trabalho com alguém, uma vez que uma
prova visual tem mais poder do que as palavras.

Um bom portfólio atribui valor para seu trabalho, atrai e seleciona os clientes que virão atrás de você,
destaca suas habilidades e cria uma promessa do que você é capaz de entregar. Por esse motivo ele
possui um alto grau de relevância para seu crescimento profissional.

Atualmente a forma mais comum de publicar o seu trabalho é através da web.


Seja pelo seu próprio site ou por meio de alguma plataforma. Há algum tempo
era muito comum os designers apresentarem portfólios impressos, mas hoje
isso é cada vez menos usual. Se você não trabalha com projetos editoriais, a
mídia digital provavelmente é a melhor opção a ser explorada. Confira a seguir
alguns caminhos possíveis.

Portfólio Digital de Design: Um guia prático para apresentar seus trabalhos online.
Um livro bem didático que pode te ajudar a construir um bom portfólio.

Seu próprio Website

Ter um website lhe permite construir seu próprio espaço e mostrar o que você quiser pra quem quiser.
Construir uma comunidade, expandir para qualquer lado sem restrições nem limites. Seu website é o
espaço máximo de liberdade que você pode conquistar na web. Apesar de toda essa liberdade, ter um
bom website pode não ser tão fácil. Tudo dependerá do seu objetivo final. Talvez uma apresentação
simples dos seus trabalhos é suficiente, talvez o conteúdo precise ser mais profundo. Se seus objetivos
estiverem claros você saberá tomar essa decisão.

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Behance
O Behance é a maior plataforma de network para criativos. Através dele você poderá exibir seus melhores
trabalhos, receber feedback de outros profissionais e também descobrir trabalhos de outras pessoas.
Atualmente a plataforma possui uma alta relevância no mercado global, não só pela comunidade mas
também pela curadoria. Então mesmo que você possua um site, é importante que você esteja por lá.

Dribbble
A Dribbble é uma rede social totalmente voltada para designers. O objetivo da rede é facilitar a interação
através do compartilhamento de ideias, projetos e conversas pelo fórum. Atualmente para conseguir
publicar é necessário que você seja convidado por outro designer que já esteja presente na rede.

Instagram
O Instagram ganhou muita força nos últimos anos. Esta é uma rede social que prioriza a imagem. Não é
exatamente uma rede para criar um portfólio mas é possível encontrar ótimos trabalhos por lá. Uma boa
estratégia de utilização do Instagram é aumentar o seu alcance publicando imagens do seu processo de
criação. Conheço grandes designers que se posicionam principalmente pelo Instagram e eles geram
ótimos resultados por lá.

DeviantArt
Uma plataforma comumente aderida por artistas e ilustradores. O DeviantArt também não é exatamente
uma plataforma para criar um portfólio de design; a própria interface da rede, que prioriza o resultado final
nos mostra isso. Mesmo assim é um ambiente que deve ser considerado por se tratar de uma comunidade
forte que pode lhe trazer bons feedbacks e também por ser um ótimo local para colher boas referências.

Sem limites
Mesmo que você possua um ótimo portfólio é bom que você se atente ao seu comportamento nas
outras redes sociais. Apesar de todas estas opções que apresentei é certo que existem muitas outras
possibilidades. Mesmo que eu tenha lhe mostrado bons caminhos é importante que você questione,
busque outros caminhos e seja diferente. É isso que vai te destacar no mercado, é assim que as pessoas
se lembraram de você.

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EVENTOS E PREMIAÇÕES

UMA LISTA DE EVENTOS E PRÊMIOS


Participar de eventos e premiações vai permitir que você aprenda cada vez mais sobre design. Além
de te apresentar grandes referências, novidades, tendências do mercado e questões importantes que
estão sendo discutidas atualmente, ao se ingressar em um evento ou premiação você poderá receber
feedbacks valiosos e ganhar bastante visibilidade.

Mesmo que não vá participar diretamente, sugiro que você acompanhe os principais eventos e premiações
sobre design no cenário nacional e global. Conheça os jurados e competidores, pesquise e se atualize
sobre o assunto. Nestes ambientes existem grandes profissionais que, com certeza, vão enriquecer seu
repertório. Confira a seguir algumas premiações e eventos importantes no cenário do design gráfico.

IF Design Awards
O IF Design Awards é considerado um dos mais conceituados e importantes prêmios de design no mundo.
Com mais de 70 anos de existência o IF Design é símbolo de prestígio e possui um dos principais
selos de excelência em design. As 7 categorias do prêmio são: produto, comunicação, embalagem,
design de interiores, conceito profissional, arquitetura e design de serviço. www.ifdesign.de

D&AD Awards
O prêmio britânico de Design e Publicidade é concorrido e influente. Possui uma edição estudantil e
outra profissional e se tornou uma comunidade internacional fortíssima e renomada. Qualquer pessoa
pode participar e quem receber o Pencil da D&AD será muito bem prestigiado. Além da premiação, a
associação realiza o festival D&AD em Londres com palestras de grandes nomes do cenário do design e
publicidade mundial. www.dandad.org

Pentawards
Pentawards talvez seja a maior premiação exclusiva em design de embalagens do mundo. Criado em
2007 os Pentawards são reconhecidos em todo o mundo. As embalagens são avaliadas por um juri
internacional de 12 designers e diretores altamente respeitados. O prêmio é dividido em bronze, prata,
ouro, platina e diamante e são selecionados com base nos critérios de avaliação envolvendo o processo
criativo e estratégia de marketing. www.pentawards.org

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Prêmio Design Museu da Casa Brasileira
Realizado desde 1986, o Prêmio Design MCB é uma das premiações mais tradicionais de design no país.
Dividido em duas partes: o concurso do cartaz e a premiação de produtos e trabalhos escritos. O vencedor
do concurso do cartaz, além de receber um prêmio em dinheiro assinará um contrato para desenvolver as
demais peças gráficas do prêmio. www.mcb.org.br

Prêmio ABRE da embalagem brasileira


O objetivo do Prêmio ABRE é eleger as melhores embalagens como ícones de excelência em qualidade,
tecnologia, design, funcionalidade, sustentabilidade e inovação no Brasil. Para participar da premiação é
necessário que as embalagens tenham sido criadas e estejam circulando em território nacional, exceto
no caso de “Produtos para Exportação”. www.premioabre.org.br

Prêmio Jabuti
O Prêmio Jabuti é o mais importante prêmio literário do Brasil. Uma historia com mais de 50 anos premiando
o melhor do design editorial brasileiro. As categorias como “Melhor Ilustração” e “Melhor projeto gráfico” são
as mais relevantes em relação ao design. www.premiojabuti.com.br

HOW Design Competitions


A HOW Design inicialmente era uma revista de design gráfico. Hoje a marca expandiu e possui, além de
cursos e livros de design, os prêmios reconhecidos internacionalmente e os eventos de destaque.
É possível competir no prêmio de logotipos, posters, marketing além da competição internacional que
engloba prêmios em grande parte dos materiais gráficos como embalagem, camisas, infográficos,
vídeo, website, tipografia, ilustração entre muitas outras categorias. www.howdesign.com

Prêmio Lusófonos da criatividade


Os Prêmios Lusófonos da criatividade é um evento internacional dedicado à evidenciar o melhor do mercado
publicitário e de comunicação dos países que têm a língua oficial portuguesa. O evento ocorre ao longo do
ano em três edições quadrimestrais. A última edição do ano ocorre em conjunto com o Festival dos Prêmios,
onde são entregues os prêmios de agência e produtora do ano. www.premioslusofonos.com

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International Design Awards
Com foco no design multidisciplinar a IDA valoriza e celebra os trabalhos relacionados à arquitetura,
design de ambientes, design gráfico, design de produtos e design de moda. O Objetivo do prêmio é
promover grandes nomes do design e descobrir novos talentos emergentes. www.idesignawards.com

Bienal Brasileira de design gráfico


A Bienal Brasileira de Design Gráfico é um evento organizado pela ADG Brasil ( Associação dos Designers
Gráficos do Brasil) que acontece desde 1992. Com o objetivo de discutir e refletir o rumo do design no país e
reconhecer a produção criativa executada ao longo do ano. A Bienal seleciona e avalia os melhores trabalhos
através de uma curadoria de grandes designers nacionais e internacionais. www.bienaladg.org.br

Bienal Ibero Americana de design


A Bienal Ibero Americana de Design é um evento organizado pela DIMAD (Associação de Designers de
Madri). O objetivo é apresentar e potencializar as melhores e mais inovadoras propostas de design na
Ibero América (Países da américa que possuem o idioma português ou espanhol). www.bid-dimad.org

Bienal de tipografia latino-americana


A Bienal de tipografia latino-amaricana é um evento que ocorre desde de 2004. Organizada pelo comitê Tipos
Latinos, a bienal possui sede em 12 países (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Guate-
mala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) e busca apresentar os melhores trabalhos tipográficos
na América Latina. www.tiposlatinos.com/br

Awwwards
Um prêmio que promove e valoriza o melhor do design de interfaces web no mundo. O Awwwards é um
ponto de encontro para se inspirar, compartilhar, se conectar com outros profissionais e ser reconhecido.
Além do selo de excelência a awwwards promove também uma conferência anual para debater o rumo
do design digital. Os melhores sites selecionados durante o ano vão para o livro dos 365 melhores
websites do mundo. www.awwwards.com

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Pixel Show
O Pixel Show é um dos maiores festivais de arte e criatividade da América Latina. Organizado pela Zupi
desde 2005. Com a participação de artistas e designers renomados na área de ilustração, motion
graphics, quadrinhos, 3D, cinema, moda, pintura, games e muito mais. O evento conta com workshops,
palestras e exposições e busca discutir os temas atuais sobre arte, design e o mercado de trabalho.
Uma experiência riquissima para qualquer designer. www.pixelshow.co

OFFF

O OFFF é um evento internacional que já existe há mais de 17 anos. Um ponto de encontro que reune
os melhores talentos no mundo. O OFFF acontece tradicionalmente em Barcelona mas também possue
uma turnê pelo mundo, passando por cidades como Londres, Porto e Fortaleza. www.offf.barcelona

London Design Festival

Um festival que quer promover Londres como a capital do design para o mundo. O evento foi criado em
2003 com o objetivo de promover a criatividade da cidade e atrair grandes pensadores e profissionais.
São 9 dias de imersão no que há de melhor no design em todo o mundo. www.londondesignfestival.com

SXSW
The South by Southwest é uma conferência que une o universo da música, interatividade e cinema com o
objetivo de promover o crescimento criativo e profissional da indústria. O Evento é o destino dos profissionais
que querem conhecer o que há de mais novo no mercado criativo. A SXSW é, atualmente, um dos eventos
mais importantes não só mundo da música, cinema e interatividade mas também em tecnologia e inovação.
www.sxsw.com

Adobe Max

Um evento para conhecer outros profissionais do mercado e aprender mais sobre as ferramentas da Adobe.
O Adobe Max é uma imersão de quartro dias de treinamento dos softwares da Adobe e palestras de grandes
do profissionais do mercado. O evento acontece em Los Angeles, na California e é uma ótima oportunidade
para impulsionar seu desenvolvimento enquanto designer. www.max.adobe.com

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Siggraph
Uma conferência de computação gráfica internacional que acontece todo ano. O evento já possui 44 anos e
busca reunir pesquisadores, artistas, desenvolvedores, cineastas, cientistas e profissionais de negócios que
compartilham do mesmo interesse por computação gráfica e técnicas interativas. www.siggraph.org

Campus Party
A Campus Party é uma experiência tecnológica que une pessoas em torno de um festival de inovação,
ciências, criatividade, empreendedorismo e o universo digital. No Brasil o evento acontece desde 2008 e
apresenta palestras, debates e oficinas relacionadas ao universo da tecnologia. A Campus Party é uma
comunidade forte de pessoas apaixonadas por tecnologia e inovação. www.campuse.ro

N Design & R Design


O N Design e R Design é são respectivamente os encontros nacionais e regionais de estudantes de
Design que acontece desde 1991. O evento é organizado por estudantes para os próprios estudantes.
Esta é uma comunidade que busca gerar discussões sobre a atividade do design e abordar as caracte-
rísticas culturais de cada região.

DiaTipo
O Dia Tipo é considerado o mais importante encontro de tipografia no Brasil. O evento reúne tipógrafos,
calígrafos, pesquisadores, designers, profissionais de comunicação e entusiastas para compor palestras,
debates e workshops relacionados ao universo da tipografia. www.diatipo.com.br

Esses são alguns dos eventos e premiações que conheço e sigo atualmente, mas não tenho dúvidas
que existem diversos outros excelentes para você absorver. O importante é você ficar atento às progra-
mações e se dedicar a conhecer pelo menos um pouco sobre cada um deles. Além disso não se limite
apenas aos eventos da sua área de atuação, lembre-se de enriquecer seu repertório buscando conheci-
mentos de outras áreas.

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REFERÊNCIAS

BIBLIOTECA BÁSICA
Se eu vi mais longe, foi por
estar sobre ombros de gigantes.
Isaac Newton

Quanto mais aprendi sobre design mais ignorante me percebi. Ao longo da minha jornada (que ainda
continua) me relacionei com muitas pessoas, profissionais, autores, designers que me deram a
oportunidade de absorver muito conhecimento. Nessa jornada pude mapear referências importantes
para meu desenvolvimento, referências essas que quero compartilhar agora com você.

Textos Clássicos História do Linha do tempo do Conversas com


do design gráfico design gráfico design gráfico no Brasil Paul Rand
Michael Bierut Philip Meggs Chico Homem de Melo Michael Kroeger

O mundo Design para um Roube como De onde vêm


codificado mundo complexo artista as boas ideias
Vilém Flusser Rafael Cardoso Austin Kleon Steven Johnson

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O valor do Briefing: A gestão Como ser um designer Design
design do projeto de design sem vender sua alma Thinking
ADG Brasil Peter Phillips Adrian Shaughnessy Tim Brown

Grid: Construção O livro e o A forma Ensopado de


e desconstrução designer II do livro design gráfico
Timothy Samara Andres Haslam Jan Tshichold Timothy Samara

Guia de princípios Curso de Desenho para


básicos do design design gráfico designers
Timothy Samara David Dabner Alan Pipes

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Pensar com Elementos do Design e Manual dos
Tipos estilo tipográfico Tipografia Tipos
Ellen Lupton Robert Bringhurst Ina Saltz John Kane

A cor como A psicologia A psicodinâmica A cor no processo


informação das cores das cores criativo
Luciano Guimarães Eva Heller Modesto Farina Lilian R. M. Barros

Produção gráfica Novo Manual de Design de Design de


para designers Produção gráfica Embalagem Embalagem
André Villas-Boas David Bann Sarah Roncarelli Celso Negrão

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Design de Logotipos Design de identidade Personal Portfólio digital
que todos amam da marca Branding de design
David Airey Alina Wheeler Arthur Bender Ian Claze

Lovemarks: O futuro Cultura da Design de Economia


além das marcas convergência Interação criativa
Kevin Roberts Henry Jenkins Rogers, Sharp, Preece John Howkins

Diversos livros ficaram de fora, mas acredito que seja uma ótima lista para começar. Novos livros estão
sempre surgindo e muitos eu ainda não li. Por esse motivo resolvi criar uma biblioteca online onde
disponho uma resenha de todos os livros que acabei de ler. Caso tenha interesse, você pode acessá-la
direto pelo site www.ruanbraz.com/biblioteca.

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FINALIZAÇÃO

O REQUISITO PRINCIPAL

Se você chegou até aqui depois de ler todo esse guia eu preciso expressar minha completa satisfação.
Espero que este material tenha sido capaz de abrir mais seus horizontes. Se deseja obter o máximo de
proveito de tudo que escrevi você só precisa de mais uma coisa. A verdade é que se este requisito for
observado e implementado você poderá ir muito longe na sua jornada, e, dessa forma, alcançar maravilhas
sem ao menos se dar conta.

Do que eu estou falando? Da coisa mais importante no seu desenvolvimento: uma intensa vontade de
aprender e uma poderosa determinação para aprimorar suas habilidades.

Falamos um pouco sobre história, definimos alguns conceitos importantes, conversamos sobre a
mentalidade que um designer deve ter, alucinamos sobre o processo criativo e discutimos a respeito da
sua jornada profissional. Essas são questões muito importantes, mas nada disso fará sentido algum se
você não meditar sobre o assunto e, de alguma forma, aplicar o que aprendeu.

Espero que este material tenha, de fato, lhe servido de guia e me coloco a disposição para responder
qualquer dúvida sua. Hoje é muito mais fácil contactar as pessoas, existem diversos canais por onde
podemos nos comunicar. De qualquer forma deixarei aqui o meu e-mail pessoal e se quiser conversar
sobre qualquer assunto relacionado ao universo do design basta se conectar. Me esforço bastante para
responder todos os e-mails que recebo.

Desejo a você uma jornada incrível de muito aprendizado e conquistas. Este é apenas o começo de algo
muito maior. Siga em frente com determinação e poderá alcançar grandes resultados. Te vejo em breve!

Ruan Braz
CONTATO@RUANBRAZ.COM

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