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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS
1.1 INTRODUÇÃO
As árvores têm sua classificação botânica entre os vegetais do mais alto nível de
desenvolvimento e da mais elevada complexidade anatômica e fisiológica.
Outras espécies de coníferas como o Pinus elliottii (Slash Pine) nativo da Flórida, o
Pinus taeda (Loblolly Pine) nativo da região do Atlântico e Golfo do México, nos EUA e o
Pinus hondurenses, variedade caribenha, estão sendo introduzidos com sucesso no Brasil,
com ampla aceitação na indústria de celulose e de chapas de madeira aglomerada.
Eucalipto Pinus
A solução diluída de sais minerais - a seiva bruta - que a árvore retira do solo
através de suas raízes e radículas sobe pela camada periférica do lenho, o alburno, até as
folhas, onde se transforma juntamente com o gás carbônico do ar sob a ação da clorofila e
da luz solar, em seiva elaborada, que desce pela parte interna da casca, designada como
floema, até as raízes, promovendo a alimentação das células vivas de toda a árvore, assim
permitindo o crescimento e multiplicação das mesmas. Parte da seiva elaborada é
conduzida radialmente para o centro da árvore através dos raios medulares.
- Traqueídes
- Raios Medulares
- Vasos
Os vasos vistos em seção transversal são chamados poros. São células alongadas,
com 0,2 a 1,0 mm de comprimento, 20 a 300 μ de diâmetro, seção transversal vazada e
arredondada. Tem basicamente a função de condutor de seiva. Os vasos constituem de 20
a 50% da estrutura da madeira das dicotiledôneas.
- Fibras
- Raios Medulares
- Celulose
HO HO
Cadeia de
celulose
Figura 2.12 - Ligações entre cadeias de celulose (pontes de hidrogênio).
O H O H O H
Moléculas de água
H H H
HO HO HO HO
Cadeias de
celulose
Figura 2.13 - União das moléculas de água.
Cada conjunto (C6H10O5) forma três oxidrilas e, portanto, pode receber três
moléculas de água. A relação 54/162 entre o peso molecular de três moléculas de água e
uma de celulose dá uma indicação da porcentagem máxima (33%) de água de impregnação
da celulose.
- Lignina
Desde sua descoberta, o Brasil, país rico em florestas nativas, vem convivendo com
a exploração destes recursos freqüentemente conduzida de maneira não racional. Isto
provocou, a partir da segunda metade do século XX, crises ambientais, localizadas
principalmente nas regiões sul e sudeste com o constante avanço da fronteira agrícola,
dada a não reposição da cobertura florestal. Na região norte, mais recentemente,
queimadas para a implantação de projetos agropastorís e de indústrias de mineração, tem
ocasionado a destruição de extensas áreas de florestas, com sub-aproveitamento dos seus
produtos.
Algumas empresas que possuem florestas mais antigas e árvores com dimensões
adequadas estão fornecendo madeira de Eucalipto para serraria e laminação. Outras
procuram manejar suas florestas para a produção de toras, visando diversificar a produção
florestal para enfrentar possíveis crises setoriais como as que ocorreram recentemente.
Entretanto, a maior preocupação é como obter produtos, madeira no caso, de melhor
qualidade e consequentemente com maior valor agregado.
Figura 1.13 – Florestas de Eucalipto e Pinus de 2004 a 2009 no Brasil. Fonte: ABRAF,
2010.
Tabela 1.1 - Características principais e área de florestas plantadas com outros grupos de
espécies no Brasil. Adaptado da ABRAF (2010).
Grupo de Nome científico Principais Área em Área em Principais usos
espécies Estados 2008 (ha) 2009 (ha)
Acácia Acacia meamsii e RS, RR 181.780 174.150 Madeira: energia, carvão, cavaco para
Acacia mangium celulose, painéis de madeira.
Tanino: curtumes, adesivos, petrolífero,
borrachas.
Seringueira Hevea Amazônia 129.850 128.460 Madeira: energia, celulose.
brasiliensis Seiva: borracha.
Paricá Schizolobium PA, MA 80.180 85.320 Lâmina e compensado, forros, palitos,
amazonicum papel, móveis, acabamentos e molduras.
Teca Tectona grandis MT, AM, 58.810 65.240 Construção civil (portas, janelas, lambris,
AC painéis, forros, assoalhos, e decks),
móveis, embarcações e lâminas
decorativas.
Pinheiro-do- Araucária PR, SC 12.520 12.110 Serrados, lâminas, forros, molduras,
Paraná ou angustifólia ripas, caixotaria, estrutura de móveis,
Araucária fósforo, lápis e carretéis.
Pópulus Populus spp. PR, SC 4.020 4.030 Fósforos, partes de móveis, portas,
marcenaria de interior, brinquedos,
utensílios de cozinha.
Outras (1) - - 1.870 2.740 -
Total - - 469.030 472.050 -
(1)
Outras espécies: ipê-roxo, fava-arara, jatobá, mogno, acapu entre outras.
Figura 1.14 – Fluxo da cadeia produtiva dos produtos florestais madeireiros e não
madeireiros. Fonte: ABRAF, 2010.
A fig. 1.11 foi baseada no trabalho de Vieira, L. Setor florestal em Minas Gerais:
caracterização e dimensionamento. Belo Horizonte – UFMG. 2004. Na mesma figura, o
termo PMS (produtos de madeira sólida) se refere à produtos como madeira serrada,
compensado e lâminas. O termo PMVA (produtos de maior valor agregado) se refere à
Figura 1.15 – Distribuição da área de florestas plantadas com eucalipto e pinus das
associadas individuais da ABRAF por estado em 2009.
Este capítulo foi retirado do Anuário 2010 da ABRAF – Asociação Brasileira de produtores
de Florestas plantadas e trata dos aspectos sociais, ambientais e econômicos do cultivo de
Eucalipto. A fig. 2.1 apresenta a logo da ABRAF.
A sociedade necessita cada vez mais de produtos de base florestal para a sua
sobrevivência e conforto. As florestas nativas, antes abundantes em todo o mundo, estão
cada vez mais escassas e ameaçadas de desaparecerem. O pouco que resta é
indispensável para a manutenção da biodiversidade e de diversos serviços ambientais.
Neste contexto, as plantações florestais apresentam um papel de destaque nos cenários
nacional e internacional. Sabe-se hoje que somente por meio de florestas plantadas serão
obtidas as matérias-primas (madeira, celulose) para dar conta das necessidades sociais
sem aumentar a pressão sobre o pequeno remanescente das florestas naturais.
Até pouco tempo, a necessidade de madeira era suprida quase que exclusivamente por
meio das florestas nativas, cuja destruição tem provocado, muitas vezes, danos irreversíveis
a alguns ecossistemas. A situação é alarmante.
É nesse contexto que entra o eucalipto, uma árvore da maior importância para o mundo,
em virtude de seu rápido crescimento, produtividade, grande capacidade de adaptação e por
ter inúmeras aplicações em diferentes setores. Esta planta está presente nos cinco
continentes e em todos os Estados brasileiros, segundo informações da Sociedade
Brasileira de Silvicultura.
(1 ha = 10000m2).
• No Brasil, dos 300 milhões de metros cúbicos de madeira consumidos por ano, somente
100 milhões provêm de plantios florestais.
A partir dessa época, o eucalipto passou a fazer parte da paisagem brasileira, ao lado de
outros estrangeiros conhecidos, como o café e o trigo (do Oriente Médio), o arroz e a soja
(da Ásia), o feijão, o coco, a cana-de-açúcar e gramíneas forrageiras (da África), o milho (do
México) e a banana (do Caribe).
Soja 16.326.000
Milho 12.096.000
Cana-de-açúcar 5.034.000
Feijão 4.186.000
Arroz 3.186.000
A indústria de base florestal é estratégica para o Brasil devido ao seu perfil fortemente
exportador. Isso contribui para a realização do superávit da balança comercial, propiciando
as condições econômicas necessárias à promoção do desenvolvimento social.
O setor já responde pela segunda posição na balança comercial do agronegócio brasileiro.
No período de setembro de 2002 a setembro de 2003, celulose e papel e produtos sólidos
de madeira acumularam exportações de US$ 5,1 bilhões. A liderança desse ranking é
ocupada pelo complexo agroindustrial da soja, que faturou US$ 7,7 bilhões no mesmo
período.
Estima-se que o setor florestal no Brasil seja responsável pela existência de 500 mil
empregos diretos e outros 2 milhões indiretos. Em termos tributários, o setor também dá
uma demonstração de força, pois a estimativa é de uma arrecadação anual de US$ 4,6
bilhões em impostos.
Nas propriedades destinadas ao cultivo do eucalipto são mantidas as matas nativas para
compor áreas de reserva legal (no mínimo, 20% da propriedade). As nascentes e as matas
ciliares também são protegidas. Estas áreas protegem e fornecem alimentos para a fauna
silvestre, entre outras funções. Além disso, a fauna silvestre utiliza, além das matas, as
áreas de plantio de eucalipto para a construção de ninhos, locomoção e alimentação.
As áreas preservadas também são importantes para o equilíbrio ecológico dos sistemas
produtivos, pois mantêm espécies importantes para o controle biológico de pragas e
doenças nas plantações. Essas áreas são protegidas contra caça e pesca ilegal, corte de
árvores e incêndios florestais.
Por ser uma cultura de porte florestal, o eucalipto e o sub-bosque presente nos plantios
formam corredores para as áreas de preservação e criam um hábitat para a fauna,
oferecendo condições de abrigo, de alimentação e mesmo de reprodução para várias
espécies.
Outro aspecto interessante com relação ao eucalipto é a eficiência do uso da água para a
produção de biomassa. O eucalipto é altamente eficiente, pois, comparado a outras culturas,
ele produz mais biomassa por unidade de água consumida.
A foto abaixo evidencia uma característica do sistema radicular (raízes) dos eucaliptos
utilizados em plantios comerciais, que é a concentração, nos primeiros 60 cm do solo, das
raízes responsáveis pela absorção de água e nutrientes. A raiz pivotante, que é a
responsável pela sustentação da árvore, normalmente não ultrapassa a faixa dos 3 metros
de profundidade.
Dessa forma, a crença popular de que a raiz de eucalipto cresce para baixo o mesmo
tanto que a copa cresce para cima não condiz com a realidade, e jamais atingem os lençóis
freáticos, situados os em profundidades bem maiores.
A folhagem ou copa do eucalipto retém menos água de chuva do que as árvores das
florestas tropicais, que possuem copas mais amplas. Por isso, nos plantios de eucalipto
mais água de chuva vai direto para o solo enquanto que na floresta tropical nativa a água
retida nas copas das árvores evapora-se diretamente para a atmosfera.
2.9. Conservação do solo e da água
O solo é um dos recursos mais preciosos que uma empresa florestal possui, sendo
essencial a sua proteção. Para tanto, medidas são adotadas para que as suas
características físicas, químicas e biológicas sejam mantidas ou até mesmo melhoradas.
No plantio dessas novas mudas, o fogo não é utilizado para a limpeza da área, e toda a
matéria orgânica depositada pelas árvores do eucalipto no ciclo anterior (galhos e folhas)
permanece no local, formando a serrapilheira. O revolvimento do solo é mínimo. A área é
sulcada e nos sulcos são abertas as covas que receberão as mudas. Em locais com
topografia acidentada, abrem-se apenas as covas para o plantio.
Com esse tipo de manejo, o solo permanece protegido contra a erosão causada pela
chuva, sol e vento. Além disso, a matéria orgânica favorece a infiltração da água das
chuvas, abastecendo o lençol de água subterrâneo (lençol freático), responsável pela
formação das nascentes.
As práticas acima descritas constituem o que é denominado cultivo mínimo, que, além de
conservar o solo, permite a ciclagem dos nutrientes. Afinal, os galhos, folhas, tocos e raízes
depositados e mantidos na área se decompõem, disponibilizando, assim, nutrientes para as
plantas.
Apesar disso, por ser uma cultura de porte florestal, o eucalipto e o sub-bosque presente
nos plantios formam corredores para as áreas de preservação e criam um hábitat para a
fauna, oferecendo condições de abrigo, de alimentação e mesmo de reprodução para várias
espécies.
• Celulose
• Madeira serrada
Móveis
Construção Civil
Brinquedos
• Óleos essenciais
Fármacos
Produtos de higiene
Produtos de limpeza
Alimentos
• Produtos apícolas
Mel
Própolis
Geléia Real
• Postes e mourões
Outras Utilidades:
3.1 INTRODUÇÃO
MADEIRA ROLIÇA
Corte em quatro -
Consiste em dar dois cortes perpendiculares
pelo centro.
A madeira serrada antes de ser utilizada nas construções deve passar por um
período de secagem. Essa secagem pode ser feita naturalmente empilhando a madeira,
deixando um espaço entre elas para a circulação do ar, e deve estar abrigada contra a
chuva. O tempo de secagem demora em tomo de 1 a 3 anos, dependendo da espécie, da
espessura e da densidade da madeira.
Para acelerar essa secagem foram desenvolvidos métodos artificiais que consistem
basicamente na circulação de ar quente com baixa umidade. O tempo de demora é
geralmente de 5 a 10 dias para cada 5 cm de espessura. As madeiras serradas são
vendidas com seções padronizadas.
MADEIRA FALQUEJADA
d 3
b
b= h= d
d
2 2
Figura 3.3 – Seção de madeira com maior momento de inércia
MADEIRA SERRADA
As diversas operações pelas quais a tora passa são determinadas pelos produtos que
serão fabricados. Na maioria das serrarias, as principais operações realizadas incluem o
desdobro, o esquadrejamento, o destopo das peças e o pré-tratamento.
MADEIRA BENEFICIADA
A madeira beneficiada é obtida pela usinagem das peças serradas, agregando valor às
mesmas. As operações são realizadas por equipamentos com cabeças rotatórias providas
de facas, fresas ou serras, que usinam a madeira dando a espessura, largura e
comprimento definitivos, forma e acabamento superficial da madeira.
Figura 3.5 – Dimensões principais peças de madeira beneficiada segundo a ABNT NBR
7203/1982.
MADEIRA EM LÂMINAS
As lâminas de madeira são obtidas por um processo de fabricação que se inicia com o
cozimento das toras de madeira e seu posterior corte em lâminas. Existem dois métodos
para a produção de lâminas: o torneamento e o faqueamento. No primeiro, a tora já
descascada e cozida é colocada em torno rotativo. As lâminas assim obtidas são
destinadas à produção de compensados. Por outro lado, a lâmina faqueada é obtida a partir
de uma tora inteira, da metade ou de um quarto da tora, presa pelas laterais, para que uma
faca do mesmo comprimento seja aplicada sob pressão, produzindo fatias únicas.
Normalmente, essas lâminas são originadas de madeiras decorativas de boa qualidade,
com maior valor comercial, prestando-se para revestimento de divisórias, com fins
decorativos.
PAINÉIS
Compensado
As chapas duras ou hardboards, cujas marcas mais conhecidas são Duratex e Eucatex, são
chapas obtidas pelo processamento da madeira de eucalipto, de cor natural marrom,
apresentando a face superior lisa e a inferior corrugada. As fibras de eucalipto aglutinadas
com a própria lignina da madeira são prensadas a quente, por um processo úmido que
reativa esse aglutinante, não necessitando a adição de resinas, formando chapas rígidas de
alta densidade de massa, com espessuras que variam de 2,5 mm a 3,0 mm.
As chapas MDF – medium density fiberboard - com densidade de massa entre 500 e 800
kg/m³, são produzidas com fibras de madeira aglutinadas com resina sintética termofixa,
que se consolidam sob ação conjunta de temperatura e pressão, resultando numa chapa
maciça de composição homogênea de alta qualidade. Estas chapas apresentam superfície
plana e lisa, adequada a diferentes acabamentos, como pintura, envernizamento,
impressão, revestimento e outros.
Estes painéis possuem bordas densas e de textura fina, apropriados para trabalhos de
usinagem e acabamento. São chapas estáveis, podendo ser cortadas em qualquer direção,
o que permite o seu maior aproveitamento. O aglomerado deve ser revestido, sendo
indicado na aplicação de lâminas de madeira natural e laminados plásticos.(fig. 3.7).
Os painéis de partículas orientadas ou oriented strand boards, mais conhecidos como OSB,
oram dimensionados para suprir uma característica demandada, e não encontrada, tanto na
madeira aglomerada tradicional quanto nas chapas MDF - a resistência mecânica exigida
ara fins estruturais. Os painéis são formados por camadas de partículas ou de feixes de
fibras com resinas fenólicas, que são orientados em uma mesma direção e então prensados
para sua consolidação. Cada painel consiste de três a cinco camadas, orientadas em
ângulo de 90 graus umas com as outras. A resistência destes painéis à flexão estática é
alta, não tanto quanto a da madeira sólida original, mas tão alta quanto a dos compensados
estruturais, aos quais substituem perfeitamente.
O seu custo é mais baixo devido ao emprego de matéria-prima menos nobre, mas não
admitem incorporar resíduos ou “finos”, como no caso dos aglomerados. Os OSB têm a
elasticidade da madeira aglomerada convencional, mas são mais resistentes
mecanicamente. Nos EUA, a construção de casas apresenta características de uso intenso
de madeira serrada e de painéis, especialmente em paredes internas e externas, pisos e
forros, e nestes usos, os painéis OSB têm tido bom desempenho. Estes produtos estão
encontrando nichos de uso também em aplicações industriais, onde a resistência mecânica,
trabalhabilidade, versatilidade e valor fazem deles alternativas atrativas em relação à
madeira sólida. Entre estes usos estão mobiliário industrial, incluindo estruturas de móveis,
embalagens, containers e vagões(fig. 3.9).
PAINÉIS DE ISOLAMENTO
São painéis compostos de partículas de madeira ligadas entre si por resinas de última
geração. Estas resinas, sob ação de pressão e temperatura, polimerizam garantindo a
coesão do conjunto. As partículas são classificadas e separadas por camadas, as mais
finas sendo depositadas na superfície, enquanto que aquelas de maiores dimensões são
depositadas nas camadas internas.
Os MDPs têm a densidade elevada das camadas superiores (950 a 1000 kg/m³ em
comparação a 800 kg/m³ do MDF), o que assegura um melhor acabamento para pinturas,
A madeira laminada e colada (MLC), na qual as tábuas são dispostas e coladas, com as
suas fibras na mesma direção, ampliando o comprimento ou a espessura (glulam). Vigas
laminadas e coladas, fabricadas com madeiras de reflorestamento - pinus e eucalipto –
preservadas contra ataque de insetos e fungos, além de protegidas contra fogo e umidade,
são um produto já encontrado no setor da construção civil neste país.
Figura 3.11 – Estrutura de cobertura de Hangar com vigas curvas de seção variável e
tirantes de aço. Fonte: ESMAD – Tecnologia em Estruturas de Madeira Colada.
A figura 3.12 apresenta o edifício comercial London South Bank University, de andares
múltiplos e totalmente em madeira laminada colada.
Figura 3.12 – Edifício comercial de andares múltiplos em madeira laminada colada. Fonte:
http://www.cowleytimberwork.co.uk/SouthBankUni.html
Figura 3.13 – Cobertura de quadra esportiva em arco de madeira laminada colada, 100 m
de vão. Fonte: http://www.cwc.ca/NR/rdonlyres/0C368425-CD79-4BB4-BB6F-
6A7EE57E2936/0/RichmondOvallow_res.pdf
As lâminas utilizadas (veneers) possuem espessura que variam entre 2,5 a 3,2 mm e
são obtidas das toras de madeira pelo corte utilizando-se facas especiais, conforme figuras
3.19 e 3.20.
O PSL é formado a partir da colagem de tiras longas e finas de madeira (strand) com
adesivos a prova d’água, geralmente fenol-resorcinol formaldeídos. A aparência final do
PSL é a de um “espaguete grudado”. A tiras são orientadas e distribuídas por um
equipamento especial.
MADEIRA AUTOCLAVADA
A madeira pode ser tratada com produtos químicos, para maior durabilidade das
peças. Um tratamento muito comum é a aplicação dos produtos químicos em autoclaves. O
CCA (Arsenito de Cobre Cromatado) é o produto químico mais usado no mundo para tratar
madeira. O cromo funciona como fixador, o arsênio como agente inseticida e o cobre como
fungicida. O CCA é aplicado à madeira em solução aquosa. O processo de Impregnação
com pressão em grande quantidade de madeira é o mais eficiente.
4- A bomba é desligada para aliviar a pressão, uma válvula é aberta para permitir a
saída da solução preservativa que não penetrou na madeira. Pode ser aplicado o
vácuo novamente, para facilitar a retirada da solução preservativa.
As dimensões nominais especificadas são aplicáveis para madeira serrada com teor de
umidade médio de 20% (m/m), determinado de acordo com a Norma NBR ISO – 4470.
A espessura e a largura nominal da peça de madeira serrada devem estar de acordo com
os valores especificados na tabela.
Produto ou uso
Embalagens, caixotes,
Instrumentos musicais
Cabos de ferramentas
Mobiliário, esquadrias
palletes e estrados
Artigos esportivos
Artigos artísticos
Uso estrutural
Combustível
Laminados
Dormentes
estrutural
Tonéis
Propriedades
Pisos
Resistência ao impacto R O R N O N N
Elasticidade N O N R
Resistência à flexão N R N R R
Mecânicas
Resistência à tração N R N O R
Resistência à compressão N R N N R N
Resistência ao cisalhamento N O N O R
Dureza R O R N N R N N
Relação resistência/peso N O N O N N N N O
Resistência a rachaduras N O N N N N N N N N
Desgaste suave e
homogêneo O O O N N N N N N
Amortecimento R O O N
Resistência à abrasão O O N N R
Isolamento térmico N O O N
Condutibilidade elétrica N O O N
Expansão térmica N O N N N N
Físicas
Resistência ao fogo N O O
Permeabilidade à água R O O R N
Durabilidade N N N N N
Estabilidade dimensional N N N N N
Energia térmica/unidade
madeira N
Empenamento, torção, etc N N N N N N
Resistência ao
arrancamento N R R R N N
Aparência R R O N N N
Cor O R N N R N N
Brilho O R N N R N
Sensoriais
Sabor O N
Odor N R N N R N
Ressonância O N N N N
Conforto acústico N R N N
Mudanças na coloração O R N N R
Conforto térmico N R O O
Trabalhabilidade R N N N N R N N N N N N R
Figura 3.29 - Environmental Education Centre Ralph Klein Legacy Park. Fonte:
http://www.cwc.ca/NR/rdonlyres/36BBE091-47B6-41E6-B22C-
C591624CBAD1/0/Ralph_Klein_Legacy_Park.pdf
4.1 INTRODUÇÃO
• Classificação botânica;
• O solo e o clima da região de origem da árvore;
• Fisiologia da árvore;
• Anatomia do tecido lenhoso;
• Variação da composição química.
• Anisotropia
• Umidade
• Retratibilidade (inchamento)
• Resistência química
• Densidade
• Resistência ao fogo
• Durabilidade natural
4.2 ANISOTROPIA
ANISOTROPIA DA MADEIRA
ASSIMETRIA DE PROPRIEDADES
Influência de defeitos:
Nós, fendas, lenho de reação.
Influência de umidade
A resistência diminui até atingir o ponto de saturação das fibras de 30%, após este
nível permanece constante.
Influência de temperatura:
A resistência se altera com a variação da temperatura.
CAUSAS DA DETERIORAÇÃO
Na maioria das espécies, a natureza biológica da madeira torna-a suscetível a agressões por fungos
e insetos.
DURABILIDADE
CONHECIMENTO
4.3 UMIDADE
ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO
é a parte integrante da matéria lenhosa
Umidade de Equilíbrio
Umidade Zero
Impregnada
Água
Madeira
Sólida
mi − ms
U = × 100% (4.1)
ms
Sendo:
mi = massa inicial úmida da madeira, em g.
ms = massa da madeira seca, em g.
A umidade é determinada, experimentalmente, através de corpos de prova de seção
transversal retangular, com dimensões nominais de 2,0 cm x 3,0 cm e comprimento, ao
longo das fibras, de 5,0 cm, como indicadas na figura 4.4.
Um dos medidores de umidade mais utilizado está mostrado na figura 4.5. Ele opera
pelo princípio de alta freqüência. A medição da umidade é feita por intermédio da interação
do conjunto de sensores, localizados na face superior do medidor.
A diferença entre as retrações nas três direções: tangencial, radial e axial, explica a
maior parte dos defeitos que ocorrem com a secagem da madeira, rachaduras e
empenamentos. Dependendo da regularidade ou não da direção das fibras de certas
espécies de madeira, os empenamentos são ainda mais acentuados, como mostrado na
figura 4.9.
Arqueamento
Torcimento
Encurvamento
saturação das fibras, deve-se reumidificar o corpo de prova. Devem ser determinadas as
distâncias entre os lados do corpo de prova durante os processos de secagem e de
reumidificação, com precisão de 0,01 mm. As distâncias devem ser determinadas com pelo
menos 3 medidas em cada lado do corpo de prova.
4.7 DENSIDADE
ms
ρbas = (4.5)
Vsat
Onde:
ms = massa seca da madeira, em kg;
Vsat = volume da madeira saturada, em metro cúbico.
mi
ρap = (4.6)
Vi
Onde:
mi = massa inicial úmida em Kgf;
Vi = volume de madeira úmida em metro cúbico.
• APODRECIMENTO
Desenvolvimento de fungos e bactérias, devido a umidade da atmosfera e a
temperatura do meio ambiente, quando a percentagem de umidade é superior a
30% e as temperaturas forem superiores a 25oC ou 30oC.
• FOGO
as peças maiores tem mais resistência, devido a uma camada de carvão mineral na
superfície do tronco, que serve como isolante térmico.
• AÇÕES MECÂNICAS
- extração de pedaços do tronco;
• AGENTES QUÍMICOS
• Para espécies menos resistentes, o tratamento químico com produto eficaz é o único
processo capaz de garantir a sanidade das toras.
• ALTERAÇÃO MECÂNICA
• TRATAMENTO DE SOLO
• USO DE ISCAS
• SECAGEM DA MADEIRA
– de maneira natural ou artificialmente.
- No caso das toras, pelas dimensões das peças, o único processo de tratamento
possível é por aspersão de toda a superfície lateral e topo.
• MEDIDAS PREVENTIVAS
• TRATAMENTO TEMPORÁRIO
quando uma tora é serrada ou desenrolada, a madeira ainda está verde, acima do
ponto de saturação das fibras e ainda suscetível ao ataque de fungos e insetos.
Sendo assim, a madeira necessita de um Tratamento temporário até que ela passe
por secagem ao ar livre ou em estufa e, finalmente, pelo processamento industrial
definitivo.
•Superficiais
Depois da secagem, é aplicada com pincel ou imersão uma camada superficial de
preservativo para inibir a passagem de insetos e fungos.
Autoclave
MADEIRA AUTOCLAVADA - • significa madeira obtida de florestas cultivadas e renováveis
impregnada em unidades industriais (autoclaves) com um agente preservante,
apresentando alta durabilidade, economia, segurança, versatilidade, fácil manutenção e
garantia de qualidade.
DURABILIDADE ESTRUTURAL
A madeira, assim como outros materiais de construção, sofre deterioração quando exposta
a condições adversas. Adequadamente protegidas, a durabilidade das estruturas de
madeira pode ser comprovada. Veja-se, por exemplo, o edifício de cinco andares no
Templo Horyu-ji, mostrado na figura 4.14.
1ª) Cada parte estrutural dos pagodes japoneses foi fabricada com madeira. Por ser
flexível, a madeira absorve as tensões sísmicas.
3ª) Quando a terra treme cada piso (lâmina) oscila lentamente e independente uns
dos outros.
4º) Cada lâmina permite uma certa quantidade de oscilações em direções opostas e
logo voltam ao equilíbrio.
Apesar das vantagens evidentes da madeira, da sua já provada durabilidade e sua ampla
utilização em países como Estados Unidos, Canadá e Japão, a madeira ainda é muito
pouco utilizada nas construções brasileiras.
5.1 INTRODUÇÃO
A madeira é um material não homogêneo com muitas variações. Além disso existem
diversas espécies com diferentes propriedades. Sendo assim é necessário o conhecimento
de todas estas características para um melhor aproveitamento do material. Propriedades
físicas e mecânicas são desta forma estudadas e servem de parâmetros para escolha e
dimensionamento de peças estruturais.
E0
E90 = (5.1)
20
E0
G= (5.4)
20
5.3.1 COMPRESSÃO
5.3.2 TRAÇÃO
A ruptura por tração paralela às fibras pode ocorrer de duas maneiras, por
deslizamento entre as células ou por ruptura das paredes das células. Em ambos os modos
de ruptura, a madeira apresenta baixos valores de deformação e elevados valores de
resistência.
5.3.3 CISALHAMENTO
5.3.5 TORÇÃO
CAPÍTULO 06
CARACTERIZAÇÃO DA MADEIRA
___________________________________________________________________
6. 1 INTRODUÇÃO
De maneira simplificada podemos afirmar que para uma correta avaliação das
propriedades físicas e mecânicas de uma peça de madeira, alguns critérios relativos à
forma como a caracterização será feita devem ser considerados. Deve-se escolher
portanto o tipo de avaliação a ser feita, que poderá ser:
• Avaliação por meio de classes de resistências onde tem-se que fcok,ef > fcok,especif.
• Estimativa das características tabeladas. Os valores obtidos experimentalmente
são comparados a tabelas caracterizando-se assim a espécie. Os lotes
investigados devem possuir um volume inferior a 12 m3. Deve-se cuidar ainda
que sejam obedecidas as seguintes relações entre as resistências característica
e média: fwk,12=0,70×fwm,12 e fwv,k=0,54×fwv,m. Todos os valores obtidos
experimentalmente devem ser corrigidos para o teor de umidade de 12%.
Uma descrição mais detalhada de cada uma dessas avaliações será feita a seguir
aplicando-se conceitos já existentes. Porém, antes, serão definidas as propriedades a
serem consideradas para a caracterização da madeira.
Estruturas usuais de madeira Caracterização da madeira
6. 2.1 - AMOSTRAGEM
Do lote a ser investigado deve-se extrair uma amostra, com corpos de prova
distribuídos aleatoriamente ao longo do lote, devendo ser representativa da totalidade do
mesmo. Para isso não se devem retirar mais de um corpo de prova de uma mesma peça.
Os corpos de prova devem ser isentos de defeitos e retirados de regiões afastadas das
extremidades das peças de pelo menos 5 vezes a menor dimensão da seção transversal da
peça considerada, mas nunca menor que 30 cm, ver figura 3.2.
⎧ 5×b ⎫
⎪ ⎪
a ≥ ⎨ ou ⎬
⎪30 cm⎪
⎩ ⎭
⎛ x1 + x2 + ... + x n ⎞⎟
⎜ −1
xwk = ⎜2× 2 ⎟ × 1,1 (6.1)
⎜ n
−1 ⎟
⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠
6.3 DENSIDADE
MS
ρ= (6.2)
Vw
6.4 UMIDADE
Segundo a NBR 7190/97, o projeto das estruturas de madeira deve ser feito
admitindo-se uma das classes de umidade especificadas na tabela abaixo:
6.5 RESISTÊNCIA
A resistência é determinada pela máxima tensão que pode ser aplicada aos corpos
de prova isentos de defeitos considerando até o aparecimento de fenômenos particulares
do comportamento além dos quais há restrição do emprego do material em elementos
estruturais. Estes fenômenos são os de ruptura e os de deformações específicas
excessivas.
6.6 RIGIDEZ
E w0
E w90 = (6.3)
20
sendo:
E w0 o módulo de elasticidade na direção paralela às fibras, medidos no ensaio de
compressão paralela às fibras;
E w90 o módulo de elasticidade na direção normal às fibras, medidos no ensaio de
compressão normal às fibras.
⎡ 3 × ( U % − 12 ) ⎤
f12 = f u % × ⎢1 + ⎥⎦ (6.4)
⎣ 100
⎡ 2 × ( U % − 12 ) ⎤
E12 = Eu % × ⎢1 + ⎥⎦ (6.5)
⎣ 100
f c 0,k
= 0,77 (6.6)
f t 0,k
f tm ,k
= 1,00 (6.7)
f t 0,k
f c 90,k
= 0,25 (6.8)
f c 0,k
f e 0,k
= 1,00 (6.9)
f c 0,k
f e90,k
= 0,25 (6.10)
f c 0,k
f v 0,k
Para coníferas: = 0,15 (6.11)
f c 0,k
f v 0,k
Para dicotiledôneas: = 0,12 (6.12)
f c 0,k
b) para enquadramento nas classes de resistência deve ser feita pelo menos a
caracterização simplificada e sob a condição fc0k,ef > fc0k,esp.
Coníferas
(Valores na condição padrão de referência U =12%)
Dicotiledôneas
(Valores na condição padrão de referência U = 12%)
Para investigação direta dos lotes homogêneos, os mesmos não devem ter volume
superior a 12m3.
Para a caracterização simplificada deve-se extrair uma amostra composta por pelo
menos 6 exemplares retirados de modo aleatório distribuídos no lote.
⎛ f1 + f 2 + ... + f n ⎞
⎜ −1 ⎟
f wk ⎜
= 2 2
− f n ⎟ × 1 .1 (6.15)
⎜ n
−1 2 ⎟
⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠
Admite-se que o valor característico Xk seja o valor característico inferior Xk,inf, onde
Xk,inf é o valor característico inferior, menor que o valor médio onde ocorre apenas 5% de
probabilidade de não ser atingido em um dado lote de material.
⎡ 3 × (U % − 12) ⎤
f12 = f u % × ⎢1 + ⎥⎦ (6.18)
⎣ 100
Neste caso, para o projeto, pode-se admitir a seguinte relação entre as resistências
características e média (tabelas 6.6 e 6.7)
ρap
(12 ft90
Nome comum fc0 ft0 fv Ec0
Nome científico %) (MP N
(coníferas) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
(kg/ a)
m3)
Pinho do paraná Araucaria angustifolia 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225 15
Pinus caribea Pinus caribea var. caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431 28
Pinus
Pinus caribea var. Bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7110 32
bahamensis
Pinus
Pinus caribea var. Hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868 99
hondurensis
Pinus elliottii Pinus elliotti var elliottii 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889 21
Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904 71
Pinus taeda Pinas taeda L. 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304 15
Nomenclatura:
ρap
Nome comum fc0 ft0 ft90 fv Ec0
Nome científico (12%) N
(dicotiledôneas) 3 (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
(kg/m )
Angelim araroba Votaireopsis araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876 15
Angelim ferro Hymenolobium spp 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827 20
Angelim pedra Hymenolobium petraeum 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912 39
Angelim pedra
Dinizia excelsa 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694 12
verdadeiro
Branquilho Termilalia ssp 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13481 10
Cafearana Andira ssp 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14098 11
Canafistula Cassia ferruginea 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14613 12
Casca grossa Vochysia ssp 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224 31
Castelo Gossypiospermum praecox 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11105 12
Cedro amargo Cedrella odorata 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839 21
Cedro doce Cedrella ssp 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058 10
Champagne Dipterys odorata 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002 12
Cupiúba Goupia glabra 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627 33
Catiúba Qualea paraensis 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426 13
E. Alba Eucalyptus alba 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13409 24
E. camaldulensis Eucalyptus camaldulensis 899 48,0 78,1 4,6 9,0 13286 18
E. citriodora Eucalyptus citriodora 999 62,0 123,6 3,9 10,7 18421 68
E. cloeziana Eucaliptus cloeziana 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13963 21
E. dunnii Eucalyptus dunnii 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18029 15
E. grandis Eucalyptus grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813 103
E. maculata Eucalyptus maculata 931 63,5 115,6 4,1 10,6 18099 53
E. maidene Eucalyptus maidene 924 48,3 83,7 4,8 10,3 14431 10
E. microcorys Eucalyptus microcorys 929 54,9 118,6 4,5 10,3 16782 31
E. paniculata Eucalyptus paniculata 1087 72,7 147,4 4,7 12,4 19881 29
E. propinqua Eucalyptus propinqua 952 51,6 89,1 4,7 9,7 15561 63
E. punctata Eucalyptus punctata 948 78,5 125,6 6,0 12,9 19360 70
E. saligna Eucalyptus saligna 731 46,8 95,5 4,0 8,2 14933 67
E. tereticornis Eucalyptus tereticornis 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17198 29
E. triantha Eucalyptus triantha 755 53,9 100,9 2,7 9,2 14617 08
E. umbra Eucalyptus umbra 889 42,7 90,4 3,0 9,4 14577 08
E. urophylla Eucalyptus urophylla 739 46,0 85,1 4,1 8,3 13166 86
Garapa roraima Apuleia leiocarpa 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359 12
Guaiçara Luetzelburgia ssp 825 71,4 115,6 4,2 12,5 14624 11
Guarucaia Peltophorum vogelianum 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212 13
Ipê Tabebuia serratifolia 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011 22
Jatobá Hymenaea ssp 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607 20
Louro preto Ocotea ssp 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185 24
Maçaranduba Manilkara ssp 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733 12
Mandioqueira Qualea ssp 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971 16
Oiticica amarela Clarisia racemosa 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719 12
Quarubarana Erisma uncinatum 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067 11
Sucupira Diplotropis ssp 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724 12
Tatajuba Bagassa guianensis 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583 10
CAPÍTULO 07
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
SEGUNDO A NBR 7190/97
___________________________________________________________________
7.1 - INTRODUÇÃO
Estados que por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais
que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção, ou que
são indícios de comprometimento da durabilidade da construção, usualmente
caracterizados por:
• Deformações excessivas que afetem a utilização normal da construção
comprometam seu aspecto estético, prejudiquem o funcionamento de
equipamentos ou instalações, ou causem danos aos materiais de
acabamento ou às panes não estruturais da construção;
• Vibrações de amplitude excessiva que causem desconforto aos usuários
ou causem danos à construção ou ao seu conteúdo.
7.4 - AÇÕES
7.4.1 - DEFINIÇÕES
Para a elaboração dos projetos as ações devem ser combinadas, com a aplicação
de coeficientes sobre cada uma delas, para levar em conta a probabilidade de ocorrência
simultânea. A aplicação das ações deve ser feita de modo a se conseguir as situações mais
críticas para a estrutura.
7.5 - CARREGAMENTOS
Situações duradouras são aquelas que podem ter duração igual ao período de
referência da estrutura. São consideradas no projeto de todas as estruturas.
Situações transitórias são aquelas que têm duração muito menor que o período de
vida da construção. São consideradas apenas para as estruturas de construções que
podem estar sujeitas a algum carregamento especial, que deve ser explicitamente
especificado para o seu projeto.
Situações excepcionais são aquelas que têm duração extremamente curta. São
consideradas somente na verificação da segurança em relação a estados limites últimos.
Para outras ações permanentes que não o peso próprio da estrutura, podem ser
definidos dois valores: o valor característico superior Gk,sup, maior que o valor médio Gm,
e o valor característico inferior Gk,inf, menor que o valor médio Gm.
simultânea de duas ações características de naturezas diferentes, ambas com seus valores
característicos. Assim, em cada combinação somente uma ação característica variável é
considerada como principal. A combinação que fornecer a maior solicitação de cálculo será
a utilizada no projeto em questão.
São coeficientes multiplicativos das ações nas estruturas. Seus valores encontram-
se especificados na ABNT NBR 8681:2003 e estão apresentados na tabela 7.2.
m ⎡ n ⎤
Fd = ∑ γ Gi × FGi ,k + γ Q ⎢ FQ1,k + ∑ψ 0 j × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =2 ⎦
Sendo FGi,k o valor característico das ações permanentes e as ações variáveis, neste caso,
são divididas em dois grupos, a principal (FQ1,k) e as secundárias (FQ2,k) com os seus
valores reduzidos pelo coeficiente Ψ0j , que leva em consideração a baixa probabilidade de
ocorrência simultânea das ações variáveis.
m ⎡ n ⎤
Fd = ∑ γ Gi × FGi ,k + γ Q ⎢ FQ1,k + ∑ψ 0 j ,ef × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =2 ⎦
Onde FGi,k representa o valor característico das ações permanentes, FQ1,k o valor
característico da ação variável considerada como ação principal para a situação transitória
e Ψ0j,ef é igual ao fator Ψ0j adotado nas combinações normais, salvo quando a ação principal
FQi tiver um tempo de atuação muito pequeno, caso em que Ψ0j,ef pode ser tomado com o
correspondente Ψ2j.
m ⎡ n ⎤
Fd = ∑ γ Gi × FGi ,k + FQ ,exc + γ Q ⎢∑ψ 0 j ,ef × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =1 ⎦
m ⎡n ⎤
F d
uti
= ∑ FGi ,k + ⎢∑ψ 2 j × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =1 ⎦
As combinações de longa duração são consideradas no controle das deformações
das estruturas. Nestas combinações todas as ações variáveis atuam com seus valores
correspondentes à classe de longa duração.
m ⎡ n ⎤
F
d
uti
= ∑ FGi ,k + ψ 1 × FQ1,k + ⎢∑ψ 2 j × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =2 ⎦
As combinações de média duração são consideradas quando o controle das
deformações é particularmente importante, como no caso de existirem materiais frágeis não
estruturais ligados à estrutura.
Nestas condições a ação variável principal FQ1 atua com seu valor correspondente à
classe de média duração e as demais ações variáveis atuam com seus valores
correspondentes à classe de longa duração.
m ⎡n ⎤
F
d
uti
= ∑ FGi ,k + FQ1,k + ⎢∑ψ 1 j × FQj ,k ⎥
i =1 ⎣ j =2 ⎦
As combinações de curta duração, também ditas combinações raras, são
consideradas quando, para a construção, for particularmente importante impedir defeitos
decorrentes das deformações da estrutura.
Nestas combinações a ação variável principal FQ1 atua com seu valor característico
e as demais ações variáveis atuam com os seus valores correspondentes à classe de
média duração.
Adotar valores das tabelas 7.3, 7.4 ou 7.5, conforme o caso. Para madeira, a NBR 7190
adota o valor 0,9 para o efeito favorável nas tabelas 7.3 e 7.4.
Este coeficiente varia de acordo com a ação considerada, como pode ser visto na
tabela 7.2.
OBS.: Segundo a NBR 7190/97 o comprimento das peças tracionadas não pode exceder 50
vezes a menor dimensão, ou seja, L ≤ 50 × b ou λ ≤ 173.
As tensões atuantes causadas por esforços de tração paralelos às fibras devem ser
calculadas para a seção útil da peça, isto é, devem ser considerados todos os
enfraquecimentos da seção, (furos para colocação de parafusos ou pregos, entalhes,
defeitos na madeira, furos de insetos, etc. ou qualquer outro enfraquecimento).
Assim, tem-se:
Fd
σ td = σ td ≤ f t 0,d
Au
Sendo:
Au = Abarra - Aenfraquecida
OBS.: Os furos na zona tracionada das seções transversais das peças podem ser
desprezados, desde que a redução da área resistente não supere 10% da área da
peça integra.
Exemplos de Aplicação:
1) Qual o esforço admissível à tração paralela às fibras em uma peça de Ipê de seção (7,5 x
15) cm, sendo 3 cm a altura da peça utilizada para entalhes e colocação de parafusos?
Solução:
Fd
σ at = ≤ f wtd e Au = Abarra − Aenfraquecida
Au
f t 0,k 67,76
f t 0,d = K mod = 0,56 × = 21,08 MPa = 2108,1 N/cm 2
γ wt 1,8
Como está sendo pedido a máxima carga, adotaremos a tensão atuante como a
resistência de cálculo, assim:
σ at = f td
Fd
= f t 0,d
Au
Fd = 1,3 × Nd ≤ ft0,d × Au
f t 0,d × Au 2108,1 × 90
Nd = = = 145945 N
1,3 1,3
Esforços:
Solução:
[
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × 0,75 × wk + ψ 0 q × Qk ]
Fd = 1,3 × 20000 + 1,4 × (0,75 × 15000 + 0,4 × 5000) = 44550 N
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × [Qk + ψ 0 w × wk ]
Assim, consideraremos a ação de cálculo como sendo o valor dado pela primeira
combinação:
Fd = 44550 N.
Dimensionamento: σ td ≤ f t 0,d
Segundo a NBR 7190/97 o comprimento das peças tracionadas não pode exceder 50 vezes
a menor dimensão, ou seja:
L ≤ 50 × b
260 cm ≤ 50 × b ∴b ≥ 5,2 cm
Adotaremos a seção comercial: b = 7,5 cm e h = 12 cm ⇒ Abarra = 7,5 × 12 = 90 cm .
2
Consideraremos que a área enfraquecida pelos furos seja de 10%, ou seja, 9 cm2.
Au = 90 - 9 = 81 cm2.
E. Grandis:
ft0,m = 70,2 MPa (U = 12%)
ft0,k = 0,70 × ft0,m = 0,70 × 70,2 = 49,14 MPa
f 49 ,14
f t 0 ,d = k mod × t 0 ,k = 0 ,56 × = 15,29 MPa = 1529 N / cm 2
γ wt 1,8
RESUMO
a) Verificação
b) Dimensionamento
Fd
Au ≥
f t 0,d
Fd
Abarra ≥ + Aenfraquecida
f t 0d
Essa solicitação aparece com muita freqüência nos telhados e ligações por
intermédio de parafusos, cavilhas ou nos tarugos, dependendo da sua colocação, figura 9.1.
Também podemos encontrar em dormentes de ferrovias, apoios de tesouras, etc...
Quando a extensão da carga na direção das fibras for menor que 15 cm, e a carga
estiver afastada de, pelo menos, 7,5 cm da extremidade da peça, figura 9.2, a condição de
segurança deve ser verificada pela expressão:
σ c 90 ,d ≤ f c 90 ,d × α n (9.1)
onde:
σc90,d = Tensão de compressão de cálculo normal às fibras.
αn = Constante que depende da extensão da carga, dada na tabela 9.1.
Estruturas usuais de madeira Dimensionamento de peças solicitadas a compressão normal às fibras
B h
Peça de apoio
>7,5cm a >7,5cm
f c 90 ,k = 0,25 f c 0 ,k
(9.2)
f c 90 ,d = 0,25 f c 0 ,d
Sendo:
fc90,k = Resistência característica da madeira à compressão normal
fc0,k = Resistência característica da madeira à compressão paralela
fc90,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão normal
fc0,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão paralela
Exemplo de Aplicação
Solução:
N
σ c 90 ,d = ≤ f c 90 ,d × α r
A
A = a × b = 37 × 17 = 629 cm 2
N d = 1,4 × N = 1,4 × 160 = 224 kN
α n = 1,00 (a extensão da carga é 37 cm > 15 cm, αn = 1, da tabela 9.1)
224000
σ c 90 ,d = = 356,12 N/cm 2
629
2
E, portanto, pode-se usar qualquer espécie de madeira na qual: fc90,d = 356,12 N/cm
f c 0 ,k
f c 0 ,d = K mod ×
γw
Onde:
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
Kmod1 = 0,7 (carregamento de longa duração)
Kmod2 = 1,0 (classe de umidade 1 ou 2)
Kmod3 = 0,8 (levando o risco de ter defeitos para madeira de 1ª ou 2ª categoria)
Os valores tabelados fwm são valores médios à 12% de umidade, assim segundo a
NBR 7190/97 tem-se:
f c 0 ,k
f c 0 ,m =
0,7
3561,2
f c 0 ,m = = 5087 ,42 N/cm 2 = 50 ,87 MPa
0 ,7
N = 15.000 N
a = 7.5 cm
22,5 cm
Solução:
Nd
σ c 90 ,d = ≤ f c 90 ,d × α n
A
• Propriedades da madeira:
[
N d = ∑ γ Gi × Gik + γ Q × 0 ,75 × Wk + ψ 0Q Qk ]
γ Gi = 1,3 (tabela 7.3)
γ Q = 1,4 (tabela 7.6)
N d = 1,3 × 8000 + 1,4 × (0,75 × 7000 + 0 ) = 17750 N
A = 7,5 × 12 = 90 cm 2
N 17750
σ c 90,d = d = = 197 N/cm 2
A 90
α n = 1,15 (tabela 9.1 considerando a extensão da carga igual a 7,5 cm)
f 90,d × α n ≥ 197 N/cm 2
197 ≤ 0,25 × f 0,d × 1,15 ⇒ f c 0,d ≥ 685,22 N/cm 2
como f c 0,d = 1414 N/cm 2 > 685,22 N/cm 2 pode-se concluir que o travesseiro de apoio pode
ser de angelim araroba com (7,5 x 12 x 22,5) cm.
3) Em uma ferrovia, para trens cuja roda mais pesada tinha 85.000 N, não foram colocadas
as placas de apoio ficando o trilho direto sobre o dormente. Os dormentes eram de catiúba
com dimensões de (22 x 22) cm, os trilhos tinham uma aba de 7,5 cm. A falta de placas de
apoio trouxe prejuízo à ferrovia devido ao esmagamento dos dormentes?
OBS: Considerar: Situação de projeto duradoura
Umidade relativa de 70%
Madeira não classificada mecanicamente
N = 85.000 N
Trilho
22 cm
22 cm 7,5 cm
Solução:
Nd
σ c 90 ,d = ≤ f c 90 ,d × α n
A
N d = 1,4 × 85000 = 119000 N
A = a × b = 7 ,5 × 22 = 165 cm 2
N d 119000
σ c 90 ,d = = = 721,21 N/cm 2
A 165
α n = 1,15 (tabela 9.1 considerando a extensão da carga igual a 7,5 cm)
f 90 ,d × α n ≥ 721,21 N/cm 2
721,21 ≤ 0,25 × f 0 ,d × 1,15 ⇒ f c 0 ,d ≥ 2508,56 N/cm 2
como
f c 0 ,m
como f c 0 ,m = = 6271,41 = 8959 ,16 N/cm 2
0 ,70 0,70
f c 0 ,m (catiúba) = 83,8 MPa = 8380 N/cm 2 < 8959,16 N/cm 2
Desta forma, verificamos que a falta de placas de apoio trouxe prejuízo a ferrovia.
RESUMO
a) Verificação
Dada a seção transversal (A), extensão da carga no sentido das fibras (b), o
afastamento da carga a extremidade da peça (d) e o esforço solicitante (N),
verificar a seção:
A = a×b
se b ≤ 15 cm e d ≥ 7 ,5 cm ⇒ α n ≥ 1
se b > 15 cm ⇒ α n = 1
b) Dimensionamento
1 – INTRODUÇÃO
f c 0,d × f c 90,d
f cα ,d =
(f c 0,d ) (
× sen 2α + f c 90,d × cos 2 α )
Sendo:
f cα ,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão inclinada às fibras
f c 0,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras
f c 90,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão normal às fibras
α = Angulo entre a direção das fibras e o esforço solicitado.
Uma simplificação é admitida para inclinações menores que 6º (arco tangente igual
a 0,10) que poderão ser consideradas como paralelas às fibras, portanto não sendo
necessária a utilização da fórmula de Hankinson.
Estruturas usuais de madeira Dimensionamento de peças solicitadas à
compressão inclinada às fibras
f cα , d =
(f c 0,d ) (
× sen 2α + 0,25 × f c 0,d × cos 2 α )= (
f c 0, d × sen 2α + 0,25 × cos 2 α )
Simplificando,
0,25
f cα , d = × f c 0, d = Δ × f c 0, d
(
sen α + 0,25 × cos 2 α
2
)
A tabela mostrada a seguir fornece valores referentes a constante Δ para diversos ângulos.
1 - INTRODUÇÃO
A NBR 7190/97 estabelece, para uma seção retangular, que o comprimento da peça
não deve ser maior que 40 vezes a menor dimensão da peça (Lmáx ≤ 40⋅b). Assim, o índice
de esbeltez máximo será:
No caso de uma tesoura, as terças fixam os pontos superiores, a figura 11.2 mostra
o comprimento de flambagem das barras assinaladas.
Caso algum nó superior não seja fixado por uma terça, figura 11.3, os comprimentos
de flambagem serão:
Observações:
Lf = 2L
1. Peça Curta
2. Peça medianamente esbelta
3. Peça esbelta
Define-se como peça curta àquela situação onde não ocorre flambagem. Na peça
curta a condição de segurança é expressa por:
σ cd ≤ f wcd (11.4)
Sendo:
σcd = Tensão atuante na peça
fwcd = Resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras
ExempIos de Aplicação:
1) Qual a solicitação máxima admissível em uma peça de Jatobá de seção (15 x 15) cm?
OBS: Considerar carregamento de longa duração, com apenas ação permanente de
pequena variabilidade, classe de umidade (2) e peças sem classificação mecânica.
Solução:
Nd
σ cd = ≤ f wcd
A
• Propriedades da madeira:
0 ,56 × 6531
f wc 0 ,d = = 2612 ,4 N / cm 2
1,4
• Propriedades geométricas:
A = 15 x 15 = 225 cm2
Resolvendo,
225 × 2612 ,4
N= = 452146 N
1,3
2) Qual o comprimento livre máximo, de uma peça bi-articulada de Jatobá, com seção de
(15 x 15) cm e a carga encontrada acima?
Solução:
L fl
λ= ; L fl = L ⇒ (peça bi - articulada)
imín
h
Iy b3 ×
imín = = 12 = b = 15 = 4 ,33cm
A b×h 12 12
L
λ = 40 = ∴ L = 40 × 4 ,33 = 173,2cm ⇒ L ≅ 1,73m
4 ,33
Solução:
Lembrando-se que as peças em forma de tronco de cone, para efeito de cálculo, são
comparadas à peças cilíndricas de diâmetro igual ao diâmetro a 1/3 do comprimento da
peça a partir da parte mais delgada, e que não se pode considerar que ultrapasse a 1,5 do
diâmetro dessa extremidade. Deve-se então, calcular este diâmetro para efetuar os
cálculos.
d = Dt + x
Db − Dt x D − Dt
= ∴x = b
L L 3
3
Db − Dt 24,5 − 22,5
d = Dt + = 22,5 + ≅ 23,17cm
3 3
Nd
σ cd = ≤ f wcd ∴ N d ≤ f wcd × A
A
• Propriedades da madeira:
0 ,56 × 4186
f wc 0 ,d = = 1674 ,4 N / cm 2
1,4
• Propriedades geométricas:
πd 2 π × 23,17 2
A= = = 421,64cm 2
4 4
Resolvendo,
1674,4 × 421,64
N= = 543072N
1,3
σ nd σ md
+ ≤1 (11.5)
f c 0,d f c 0,d
sendo:
σnd = Valor de cálculo da tensão de compressão devido à força normal de
compressão
σmd = Valor de cálculo da tensão de compressão devido ao momento fletor Md,
calculado pela expressão:
Md
σ md = y ; (11.6)
I
Md = Ncd × ed (11.7)
com:
⎡ FE ⎤
ed = e1 ⎢ ⎥ ; (11.8)
⎣ FE − N d ⎦
π 2 × E c 0 ,ef × I
FE = (11.9)
L20
e1 = ei + ea (11.10)
onde,
⎧ L0
⎪ 300
M 1d h ⎪
ei = ≥ e ea ≥ ⎨ (11.11)
Nd 30 ⎪ h
⎪ 30
⎩
Exemplo de aplicação:
Solução:
• Propriedades da madeira
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
0,56 × 3535
f wc , 0,d = = 1414 N / cm 2
1,4
A = 12 × 12 = 144 cm2
12 × 12 3
Ix = Iy = = 1728cm 4 y = 6 cm
12
I b 12
i x = i y = imin = = = = 3,46cm
A 12 12
L fl 200
λx = λy = = = 57 ,8 (Peça medianamente esbelta)
imín 3,46
• Verificação da estabilidade
σ nd σ md
+ ≤1
f c 0,d f c 0,d
Md
σ md = ×y
I
⎡ FE ⎤
M d = N d × e1ef ⎢ ⎥
⎣ FE − N d ⎦
e1,ef = ei + ea
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ N d → ei = 0,40 cm
⎪ h = 12 = 0,40
⎩⎪ 30 30
Excentricidade acidental:
L0 200
ea = = = 0 ,67 cm
300 300
N cd N cd ⎧ ⎧ 307434 ⎫⎫
+ × 6 × ⎨1,07⎨ ⎬⎬ ≤ 1
144 × 1414 1414 × 1728 ⎩ ⎩ 307434 − N cd ⎭⎭
Resolvendo,
N cd
N cd = 564668 N ⇒ N ck = ⇒ N ck = 434360 N
1,3
Seção Transversal
Solução:
• Combinações
[
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × 0,75 × wk + ψ 0 q × Qk ]
Fd = 1,3 × 30000 + 1,4 × (0,75 × 17000 + 0,4 × 4000) = 59090 N
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × [Qk + ψ 0 w × wk ]
Assim, consideraremos a ação de cálculo como sendo o maior valor entre as combinações:
Fd = 59090 N.
• Propriedades da madeira
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
0,56 × 6531
f c ,0,d = = 2612,40 N / cm 2
1,4
• Propriedades geométricas
A = 7,5 × 12 = 90 cm2
7,5 × 12 3 12 × 7,5 3
Ix = = 1080cm 4 y = 6 cm Iy = = 422 cm 4 , x= 3,75 cm
12 12
Ix 1080 Iy 422
ix = = = 3,46cm iy = = = 2,17cm
A 90 A 90
L flx = 25 0cm , L fly = 125cm
L flx 250
λx = = = 72,25 (Peça medianamente esbelta)
ix 3,46
L fly 125
λy = = = 57,6 (Peça medianamente esbelta)
iy 2,17
• Verificação da estabilidade (em torno de x-x)
σ nd σ md
+ ≤1
f c 0,d f c 0,d
Md
σ md = ×y
I
⎡ FE ⎤
M d = N d × e1ef ⎢ ⎥
⎣ FE − N d ⎦
e1,ef = ei + ea
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ Nd → ei = 0,40 cm
⎪ h 12
= = 0,40
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
L0 250
ea = = = 0,83cm
300 300
σ nd σ md
+ ≤1
f c 0,d f c 0,d
temos:
0,46 ≤ 1 Ok!
Md ⎡ FE ⎤
σ md = y e M d = N d × e1ef ⎢ ⎥
I ⎣ FE − N d ⎦
π 2 × E c 0,ef × I
FE =
L20
com:
e1,ef = e1 + ec ; (11.12)
mas:
e 1 = ei + ea
onde:
Excentricidade inicial:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪
ei ≥ ⎨ Nd
⎪ h
⎩ 30
⎧ L0 ⎫
⎪ 300⎪
ea ≥ ⎨ ⎬ (11.13)
⎪⎩ h 30 ⎪⎭
[
⎧⎪ ⎡ φ N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk
ec = (eig + ea )⎨exp ⎢
] ⎤ ⎪⎫
⎥ − 1⎬
[
⎪⎩ ⎢⎣ FE − N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ]
⎥⎦ ⎪⎭
(11.14)
M 1g ,d
eig = ; ψ 1 +ψ 2 ≤ 1 (11.15)
N gd
Sendo:
Exemplos de Aplicação:
Solução
• Propriedades da madeira:
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
0 ,56 × 3535
f c 0 ,d = = 1414 N/cm 2
1,4
E c 0 ,m = 1287600 N/cm 2
• Propriedades geométricas:
12 4
Ix = Iy = = 1728 cm 2
12
A = 12 × 12 = 144 cm 2
I b 12
i x = i y = imim = = = = 3,46 cm
A 12 12
L0 480
λx = λy = = = 138,7 (Peça esbelta)
imim 3,46
• Verificação da estabilidade
σ Nd σ
+ Md ≤ 1
f c 0 ,d f c 0 ,d
Md
σ Md = ×y ; M d = N d × etotal
I
⎛ FE ⎞
etotal = e1,ef × ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ FE − N d ⎠
e1,ef = ei + ea + ec
Excentricidade inicial:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ N d → ei = 0,40 cm
⎪ h = 12 = 0,40
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
⎧ L0 480
⎪ 300 = 300 = 1,60
ea ≥ ⎨ → ea = 1,60 cm
h 12
⎪ = = 0 ,40
⎩ 30 30
[
⎧⎪ ⎡ φ N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎤ ⎫⎪
ec = (eig + ea )⎨exp ⎢
]
⎥ − 1⎬
[
⎪⎩ ⎣⎢ Fe − N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎦⎥ ⎪⎭ ]
M 1g ,d
eig = =0 (Não há momento aplicado)
Nd
N qk = 0 (Não há solicitação variável)
Logo
⎧ ⎡ φ( N d / 1,3) ⎤ ⎫
ec = ea ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬ Pela tabela o coeficiente de fluência vale:
⎩ ⎣ FE − ( N d / 1,3) ⎦ ⎭
φ = 0,80
⎧ ⎡ 0,80 × N d ⎤ ⎫
e1,ef = 0,40 + 1,60 + 1,60 × ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬
⎩ ⎣1,3 × 53374 − N d ⎦ ⎭
Resolvendo,
Nd
N d = 235.181 N ⇒ N k = = 180.908 N
1,3
Considerar bi-articulado
Solução
• Propriedades da madeira:
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
0 ,56 × 4340
f c 0 ,d = = 1736 N/cm 2
1,4
Ec 0 ,m = 1842100 N/cm 2
Db − Dt 24,5 − 17 ,7
D = Dt + = 17 ,7 + = 19,97 cm
3 3
D ≤ 1,5 × Dt = 1,5 × 17 ,7 = 26 ,6 cm ⇒ D = 19,97 cm
• Propriedades geométricas:
π × D4
I= = 7806 ,96 cm 4
64
π × D 2 π × 19,97 2
A= = = 313,22 cm 2
4 4
I
i= = 4,99 cm
A
L0 = L = 700 cm (Peça bi-articulada)
17 ,694
I= = 8161 cm 4
12
A = 312,94 cm 2
I
imim = = 5,11 cm
A
L0 700
λ= = = 137 ,08 (Peça esbelta)
imim 5,10
• Verificação da estabilidade
σ Nd σ
+ Md ≤ 1
f c 0 ,d f c 0 ,d
Md
σ Md = ×y ; M d = N d × etotal
I
⎛ FE ⎞
etotal = e1,ef × ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ FE − N d ⎠
e1,ef = ei + e a + e c
Excentricidade inicial:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ N d → ei = 0,59 cm
⎪ h = 17 ,69 = 0 ,59
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
⎧ L0 700
⎪ 300 = 300 = 2 ,33
ea ≥ ⎨ → e a = 2,33 cm
h 17 ,69
⎪ = = 0 ,59
⎩ 30 30
[
⎧⎪ ⎡ φ N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎤ ⎫⎪
ec = (eig + ea )⎨exp ⎢
]
⎥ − 1⎬
[
⎪⎩ ⎣⎢ Fe − N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎦⎥ ⎪⎭ ]
M 1 g ,d
eig = =0 (Não há momento aplicado)
Nd
N qk = 0 (Não há solicitação variável)
Logo
⎧⎪ ⎡ φ(N d / 1,3) ⎤ ⎫⎪
ec = ea ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬ Pela tabela o coeficiente de fluência vale
⎪⎩ ⎣ FE − ( N d / 1,3) ⎦ ⎪⎭
φ = 0,80
⎧ ⎡ 0,80 × N d ⎤ ⎫
e1,ef = 0,59 + 2,33 + 2,33 × ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬
⎩ ⎣1,3 × 169570 − N d ⎦ ⎭
Resolvendo,
Nd
N d = 643404 N ⇒ N k = = 494926 N
1,3
3) Verificar se a peça do banzo inferior de uma tesoura tipo Pratt de jatobá, de 375
cm de comprimento e seção transversal de 2x(7,5x12cm), resiste aos seguintes
esforços:
Seção Transversal
Solução:
• Combinações
[
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × 0,75 × wk + ψ 0 q × Qk ]
Fd = 1,3 × 50000 + 1,4 × (0,75 × 20000 + 0,4 × 6000) = 89360 N
Fd = ∑ γ gi × Gik + γ q × [Qk + ψ 0 w × wk ]
Assim, consideraremos a ação de cálculo como sendo o maior valor entre as combinações:
Fd = 89360 N.
• Propriedades da madeira
K mod = K mod 1 × K mod 2 × K mod 3 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56
0,56 × 6531
f c ,0,d = = 2612,40 N / cm 2
1,4
• Propriedades geométricas
⎛ 7,5 × 12 3 ⎞
I x = 2⎜⎜ ⎟⎟ = 2160cm 4 y = 6 cm
⎝ 12 ⎠
⎛ 7,5 × 12 3
I y = 2⎜⎜ + 7,5 × 12 7,5 2( )⎞⎟⎟ = 10969cm 4
y = 7,8 cm
⎝ 12 ⎠
Ix 2160 Iy 10969
ix = = = 3,46cm iy = = = 7,8cm
A 180 A 180
L fl x = L fl y = 375 cm
L flx 375
λx = = = 108 (Peça esbelta)
imín 3,46
L fly 375
λy = = = 48,1 A peça é múltipla separada deverá ter uma redução da
imín 7,8
inércia.
• Verificação da estabilidade
σ Nd σ Md
+ Md ≤ 1 ; σ Md = ×y ; M d = N d × etotal
f c 0 ,d f c 0 ,d I
⎛ FE ⎞
etotal = e1,ef × ⎜⎜ ⎟⎟ e1,ef = ei + e a + e c
⎝ FE − N d ⎠
Excentricidade inicial:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ Nd → ei = 0,40 cm
⎪ h = 12 = 0,40
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
⎧ L0 375
⎪ 300 = 300 = 1,25
ea ≥ ⎨ → ea = 1,25 cm
h 12
⎪ = = 0,40
⎩ 30 30
[
⎧⎪ ⎡ φ N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk
ec = (eig + ea )⎨exp ⎢
] ⎤ ⎫⎪
⎥ − 1⎬
[
⎪⎩ ⎢⎣ Fe − N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ]
⎥⎦ ⎪⎭
M 1 g ,d
eig = =0 (Não há momento aplicado)
Nd
Logo
[ ]
⎧⎪ ⎡ φ N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎤ ⎫⎪
ec = ea ⎨exp ⎢ os coeficientes valem: φ = 0,80 ,
⎥ − 1⎬
[ ]
⎪⎩ ⎣⎢ Fe − N gk + ∑ (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎦⎥ ⎪⎭
e1,ef = ei + e a + e c
temos:
⎧ ⎡ 0,80 × [50000 + (0,2 + 0,0 )x6000 + (0,3 + 0,2 )x 20000] ⎤ ⎫
e1,ef = 0,40 + 1,25 + 1,25 × ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬
⎩ ⎣ 200410,18 − [50000 + (0,2 + 0,0 )x6000 + (0,3 + 0,2 )x 20000]⎦ ⎭
e1,ef = 2,03 cm
Substituindo os valores na equação:
σ Nd σ
+ Md ≤ 1
f c 0 ,d f c 0 ,d
temos:
0,68 ≤ 1 Ok!
Iy b
imin = =
A 12
L0
λ=
imín
1 - No plano da treliça
Lx
λx =
ix
d
ix =
12
Ly
λy =
iy
b
iy =
12
A verificação da capacidade da peça deve ser feita com o maior índice de esbeltez,
pois a flambagem ocorrerá em torno do eixo onde existir maior índice de esbeltez.
⎧λ x ⎫
⎨ ⎬ ≤ λcal ⇒ calcular a resistência de cálculo à flambagem
⎩λ y ⎭
Por mais cuidadosa que seja a execução e a solidarização das peças, a rigidez do
conjunto nunca será igual à rigidez de uma peça maciça. Na falta de demonstração da
segurança da peça múltipla através de ensaios de laboratório, algumas normas técnicas
recomendam considerar um índice de esbeltez fictício maior que o índice de esbeltez real.
Já a NBR 7190/97 recomenda uma redução no cálculo do momento de inércia, admitindo-
se um momento de inércia efetivo menor que o teórico, e ainda, considera um comprimento
de flambagem efetivo maior para o caso de peças múltiplas.
Sendo:
L = Comprimento da peça
L1 = Distância entre os elementos de fixação
b1 e h = Dimensões transversais
a = Distância entre as peças
(a) (b)
As ligações das peças podem ser feitas com pregos, parafusos, conectores e/ou
adesivos.
I ef = αrI th
λ 1 ≤ 40
L1 ≤ L
3
A = 2×b× d
2×b× d3
Ix = ⇒ I x ,ef = I x
12
d × (2 × b )
3
Iy = ⇒ I y ,ef = α r × I y (tabela 11.2)
12
Figura B
A = A1 + A2 + A3
I y ⇒ I y ,ef = I y
Figura C
A = A 1 + A2
I y ⇒ I y ,ef = I y
λ 1 ≤ 40
L1 ≤ L
3
A verificação da estabilidade pode ser feita como se elas fossem maciças com área
A e inércia Ix,ef e Iy,ef.
Exemplo de ApIicação:
• Propriedades geométricas:
A = 2 × (6 × 16) = 192cm 2
y cg =
(6 × 16 × 19) + (6 × 16 × 8) = 13,5cm
96 + 96
Ix =
16 × 6 3 6 × 16 3
12
+
12
[ 2
] [
+ 16 × 6 × (19 − 13,5) + 6 × 16 × (13,5 − 8) = 8144cm 4
2
]
16 × 6 3 6 × 16 3
Iy = + = 2336cm 4
12 12
a) Eixo x-x
I ef 7736,8
ix = = = 6,35 cm
A 192
440
λx = = 69,4 ⇒ peça medianamente esbelta
6,35
b) Eixo y-y
Iy 2336
iy = = = 3,49cm
A 192
220
λx = = 63,0 ⇒ peça medianamente esbelta
3,49
c) Condições
L 220
L1 ≤ ⇒ 40 < = 73,3 ⇒ OK!
3 3
L1 40
λ 1 ≤ 40 ⇒ λ 1 = = = 23,1 < 40 ⇒ OK!
i1 6
12
• Propriedades da madeira:
0 ,56 × 5803
f c 0 ,d = = 2321 N/cm 2
1,4
E wc 0 ,m = 2273300 N/cm 2
• Verificação da estabilidade
σ Nd σ
+ Md ≤ 1
f c 0 ,d f c 0 ,d
Md ⎛ FE ⎞
σ Md = ×y ; M d = N cd × e1 × ⎜⎜ ⎟⎟
I ⎝ FE − N d ⎠
e1 = ei + ea
Excentricidade inicial:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ Nd → ei = 0,73 cm
⎪ h 22
= = 0,73
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
L0 440
ea ≥ = = 1,47 cm
300 300
N cd N cd ⎧ ⎧ 606418 ⎫⎫
+ × 13,5 × ⎨2,20 × ⎨ ⎬⎬ ≤ 1
192 × 2321 2321 × 7736,8 ⎩ ⎩ 606418 − N cd ⎭⎭
Resolvendo,
Nd
N d = 1289429 N ⇒ N k = = 991868 N
1,3
A1 = b1 × h1
b1 × h13
I1 =
12
h1 × b13
I2 =
12
- Seção composta
A = n × A1
I x = n × I1
I y = n × I 2 + 2 × A1 × a12
I y ,ef = β1 × I y
I2 × m2
β1 =
I2 × m2 + α y × I y
Sendo:
m = Número de intervalos de comprimento L1 em que fica dividido o comprimento L
total da peça (m = L / L1)
αy =1,25 para espaçadores interpostos
αy =2,25 para chapas laterais de fixação
Nd M d × I2 Md ⎡ I ⎤
+ + × ⎢1 − n × 2 ⎥ ≤ f c 0 ,d
A I y ,ef × W2 2 × a1 × A1 ⎢⎣ I y ,ef ⎥⎦
I2
Com: W2 =
b1
2
⎧9 × b1 ≤ L1 ≤ 18 × b1 (Re comendado)
⎪ a ≤ 3 × b1 ⇒ peças interpostas
⎪⎪
⎨ a ≤ 6 × b1 ⇒ peças com chapas laterais
⎪ L L
⎪ L1 = ; λ 2 = 1 ≤ 40
⎪⎩ 3 i2
L1
Vd = A1 × f v 0 ,d ×
a1
Exemplo de Aplicação:
• Propriedades geométricas:
A1 = b1 × h1 = 6 × 12 = 72 cm 2
b1 × h13 6 × 12 3
I1 = = = 864 cm 4
12 12
h × b 3 12 × 6 3
I2 = 1 1 = = 216 cm 4
12 12
- Seção composta
A = n × A1 = 2 × 72 = 144 cm 2
I x = n × I 1 = 2 × 864 = 1728 cm 4
I y = n × I 2 + 2 × A1 × a12 = 2 × 216 + 2 × 72 × 6 2 = 5616 cm 4
I y ,ef = β1 × I y
I 2 × m2
Com: β1 =
I 2 × m2 + α y × I y
L 300
m= = =5
L1 60
α y = 2,25 ⇒ Chapas laterais de fixação
216 × 5 2
β1 = = 0,3
216 × 5 2 + 2,25 × 5616
I y ,ef = 0,3 × 5616 = 1681 cm 4
- Índices de esbeltez:
L0 300
λx = = = 86 ,6 ⇒ (peça esbelta)
ix 1728
144
L 300
λy = 0 = = 87,8 ⇒ (peça esbelta)
iy 1681
144
9 × b1 ≤ L1 ≤ 18 × b1
onde:
b1 = 6 cm e L1 = 60 cm
6 ≤ 6 × 6 = 36 ⇒ OK!
60
λ2 = 12 ≅ 35 < 40
6
Nd M d × I2 Md ⎡ I ⎤
+ + × ⎢1 − n × 2 ⎥ ≤ f c 0 ,d
A I y ,ef × W2 2 × a1 × A1 ⎢⎣ I y ,ef ⎥⎦
I2 216
Onde: W2 = = = 72cm 3
b1 6
2 2
- Propriedades da madeira:
0 ,56 × 5803
f c 0 ,d = = 2321 N/cm 2
1,4
E wc 0 ,m = 2273300 N/cm 2
Logo,
⎛ FE ⎞
M d = N cd × e1ef × ⎜⎜ ⎟⎟ (2)
⎝ FE − N cd ⎠
e1,ef = ei + ea + ec
Excentricidade inicial:
Como M1d = 0 temos:
⎧ M 1g ,d + M 1q ,d
⎪⎪ =0
ei ≥ ⎨ Nd → ei = 0,60 cm
⎪ h 1`8
= = 0,60
⎪⎩ 30 30
Excentricidade acidental:
L0 300
ea ≥ = = 1,00 cm
300 300
[
⎧⎪ ⎡ φ N gk + (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎤ ⎫⎪
ec = (eig + ea )⎨exp ⎢
]
⎥ − 1⎬
[
⎪⎩ ⎣⎢ Fe − N gk + (ψ 1 + ψ 2 )N qk ⎦⎥ ⎪⎭ ]
M 1g ,d
eig = = 0 Como M1g,d = 0 ⇒ eig = 0 (Não há momento aplicado)
Nd
Assim:
⎧ ⎡ φ( N cd / 1,3) ⎤ ⎫
ec = ea ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬ Pela tabela o coeficiente de fluência vale:
⎩ ⎣ FE − ( N cd / 1,3) ⎦ ⎭
φ = 0,80
⎧ ⎡ 0,80 × ( N cd ) ⎤ ⎫
ec = 1,0 × ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬
⎩ ⎣ 1,3 × 234677 − ( N cd ) ⎦ ⎭
⎧ ⎡ 0,80 × N cd ⎤ ⎫
e1,ef = 0,60 + 1,0 + 1,0 × ⎨exp ⎢ ⎥ − 1⎬
⎩ ⎣1,3 × 234677 − N cd ⎦ ⎭
⎛ FE ⎞
M d = N cd × e1ef × ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ FE − N d ⎠
⎧ ⎡ 0,80 × N cd ⎤ ⎫ ⎛ 234677 ⎞
M d = N cd × ⎨0,60 + exp ⎢ ⎥ ⎬ × ⎜⎜ ⎟⎟
⎩ ⎣1,3 × 234677 − N cd ⎦ ⎭ ⎝ 234677 − N cd ⎠
Finalmente temos:
N cd ⎛ 216 0,74 ⎞
+ Md ×⎜ + ⎟ ≤ 2321
144 ⎝ 1681 × 72 864 ⎠
N cd ⎛ N cd × 619,81 ⎞ ⎧ ⎡ 0,80 × N cd ⎤⎫
+⎜ ⎟⎟ × ⎨0,60 + exp ⎢ ⎥ ⎬ ≤ 2321
144 ⎜⎝ 234677 − N cd ⎠ ⎩ ⎣1,3 × 234677 − N cd ⎦⎭
Nd
N cd = 425606 N ⇒ N ck = = 327389 N
1,3
1 – INTRODUÇÃO
O cisalhamento pode ocorrer nas ligações e em vigas fletidas. Neste capítulo será
visto apenas o cisalhamento nas ligações. O cisalhamento em vigas fletidas será
apresentado no capitulo 13.
O nó de apoio de estruturas treliçadas deve ter uma folga “a” dimensionada para
resistir ao cisalhamento ocasionado pela componente horizontal da carga na peça da perna
da treliça, figura 12.1.
Nd
τ d ≤ f v 0 ,d (12.1)
N d × cos θ
≤ f v 0 ,d (12.2)
b×a
N × cos θ
a≥ d (12.3)
b × f v 0 ,d
Sendo:
τd = Tensão de cisalhamento de cálculo atuante na área
fv0,d = Resistência de cálculo ao cisalhamento
Nd = Carga de compressão de cálculo na peça do banzo superior
θ = Ângulo entre as duas peças
b = Largura da peça
a = folga necessária para resistir ao cisalhamento
Estruturas usuais de madeira Dimensionamento de peças solicitadas ao cisalhamento
Quando o nó é executado com dois dentes, a folga “a” é contada a partir do segundo
dente, além de se manter “ a' = a 2 ” a partir do primeiro dente como mostra a figura 12.2.
Nd
Exemplo de Aplicação:
θ = 15°
Solução:
• Considerações:
¾ Carga permanente de grande variabilidade
¾ Madeira de 2ª categoria
¾ Classe 2 de umidade
¾ Carregamento de longa duração
• Propriedades da madeira:
Madeira de Jatobá:
N = 65000 N
11719,9
≤ 263,8 ⇒ a 2 ≥ 44,4 cm
a2
a2
a1 ≥ ⇒ a1 ≥ 22 ,2 cm
2
1 – INTRODUÇÃO
Para o cálculo das peças fletidas considera-se o vão teórico com o menor dos seguintes
valores:
b) o vão livre acrescido da altura da seção transversal da peça no meio do vão, não
se considerando acréscimo maior que 10 cm
2 - TENSÕES NORMAIS
A verificação do estado limite último para as tensões normais pode ser feita pela
expressão abaixo:
σ c1,d ≤ f cd
(13.1)
σ t 2 ,d ≤ f td
Sendo:
fcd e ftd as resistências à compressão e à tração, respectivamente;
σc1,d e σt2,d as tensões atuantes de cálculo nas bordas mais comprimida e mais
tracionada da seção transversal considerada, calculadas pelas expressões:
Md
σ c1,d =
Wc
M
σ t 2,d = d (13.2)
Wt
onde:
Wc e Wt são os respectivos módulos de resistência à compressão e à tração,
determinados a partir das equações:
I I
Wc = Wt = (13.3)
y c1 yt 2
onde:
- Ith é o momento de inércia da seção total da peça como se ela fosse maciça
- αr = 0,95 ⇒ para seções Τ
- αr = 0,85 ⇒ para seções Ι ou caixão:
As peças compostas com alma em treliça formada por tábuas diagonais, e as peças
compostas com alma formada por chapa de madeira compensada devem ser
dimensionadas à flexão simples ou composta, considerando exclusivamente as peças dos
banzos tracionado e comprimido, sem redução de suas dimensões.
A alma dessas vigas e as suas ligações com os respectivos banzos devem ser
dimensionadas a cisalhamento como se a viga fosse de seção maciça.
As peças de madeira laminada colada devem ser formadas por lâminas com
espessuras não superiores a 50 mm de madeira de primeira categoria, coladas com
adesivo à prova d’água à base de fenol-formaldeído sob pressão, em processo industrial
adequado que solidarize permanentemente sistema.
As lâminas podem ser dispostas com seus planos médios paralelamente ou
perpendicularmente ao plano de atuação das cargas.
Em lâminas adjacentes, de espessura t, suas emendas devem estar afastadas entre
si de um a distância pelo menos igual a 25t ou a altura h da viga.
Todas as emendas contidas em um comprimento igual à altura da viga são
consideradas como pertencentes a mesma seção resistente.
As lâminas emendadas possuem a seção resistente reduzida,
Ared = α r × Aef
Onde αr tem os seguintes valores:
− αr = 0,9 ⇒ para emendas dentadas (finger joints)
- αr = 0,85 ⇒ para emendas em cunha com inclinação de 1:10
-αr = 0 ⇒ para emendas de topo
I ef = α r × I th
sendo:
- αr = 0,85 ⇒ para dois elementos superpostos:
- αr = 0,70 ⇒ para três elementos superpostos:
onde:
Ιef é o valor efetivo e Ιth o seu valor teórico.
3 - TENSÕES TANGENCIAIS
Vd × S
τd = ≤ f v 0 ,d (13.5)
b× I
Sendo:
τd = Tensão de cisalhamento atuante na linha neutra da seção considerada
Vd = Esforço cortante na seção considerada
S = Momento estático da seção em relação à linha neutra
b = Largura da seção na linha neutra
I = Momento de inércia da seção em relação à linha neutra
fv0,d = Resistência de cálculo da madeira ao cisalhamento.
3 Vd
τd = × (13.6)
2 b×h
Na região dos apoios, que distam de x ≤ 2h, sendo “h” a altura da viga, o efeito do
cisalhamento é diminuído pelo efeito de compressão normal. A NBR 7190/97 considera este
fato permitindo a redução da tensão de cisalhamento atuante de a/2h, obtendo-se na região
dos apoios a tensão dada a seguir:
Vd × S x
τd = × ≤ f v 0 ,d (13.7)
b× I 2× h
σ n = Rd ≤ f c 90,d (13.8)
Sendo:
x = Distância da seção considerada ao apoio
h = Altura da viga
Rd = Reação de apoio de cálculo
4 - FLECHA
As flechas totais (flechas efetivas) u ef , determinada pela soma das parcelas devidas
à carga permanente u g e a carga acidental u q com a combinação das ações dada por:
m ⎡ n ⎤
Fd ,Uti = ∑ FGi ,k + ⎢∑ ψ 2 j × FQj ,k ⎥ (13.12)
i =1 ⎣ j =1 ⎦
Estas flechas não podem superar 1 200 dos vãos, nem 1 100 do comprimento dos
balanços correspondentes.
Nas construções onde haja materiais frágeis ligados à estrutura, como forros, pisos
e divisórias, cuja fissuração não possa ser evitada por meio de disposições construtivas
adequadas, a verificação da segurança em relação aos estados limites de deformações
procura evitar danos a esses materiais não estruturais.
m ⎡ n ⎤
Fd ,Uti = ∑ FGi ,k + ψ 1 × FQ1,k + ⎢∑ ψ 2 j × FQj ,k ⎥ (13.13)
i =1 ⎣ j =2 ⎦
m ⎡ n ⎤
Fd ,Uti = ∑ FGi ,k + FQ1,k + ⎢∑ ψ 1 j × FQj ,k ⎥ (13.14)
i =1 ⎣ j =2 ⎦
Exemplos de Aplicação
1) Uma passarela para pedestres de seis metros de comprimento foi construída em Jatobá
conforme o esquema abaixo. Fazer os cálculos de verificação para as vigas principais.
OBS: Considerar situação duradoura, ação permanente de pequena variabilidade, classe de
umidade (2) e peças sem classificação mecânica.
7.5 cm
Solução
• Propriedades da madeira:
Madeira de Jatobá:
O peso próprio pode ser calculado a partir dos volumes e densidades dos elementos
(Jatobá: D = 0,0107 N/cm3)
P = D ×V
P = 6315,033 N
6315,033
Fg = = 1053N / m
6
y = 15 cm
b × h 2 12 × 30 2
S= = = 1350 cm 3
8 8
b × h 3 12 × 30 3
I= = = 27000 cm 4
12 12
c) Esforços solicitantes
Fd × L2 3469 × 6 2
M máx = = = 15610 N × m = 1561005 N × cm
8 8
Fd × L 3469 × 6
Vd = = = 10407 N
2 2
⎛L ⎞
Vd ,a = Fd × ⎜ − a ⎟ = 34,69 × (300 − a )
⎝2 ⎠
• Flecha máxima
Assim:
5 × (Fd .uti ) × L4 5 × 13,53 × 600 4
uef = = = 0,64 cm
384 × Ec 0, ef × I 384 × 1321992 × 27000
L
uef ≤ = 0,64 < 3 ⇒ ok!
200
d) Verificação
1561005
σ cd = × 15 = 867 N / cm 2
27000
• Tensão de Cisalhamento
O ponto onde se tem máximo esforço cortante teórico é no apoio, tem-se assim:
Vd × S
τd = ≤ f v 0 ,d = 264 N/cm 2
b× I
10407 × 1350
τd = = 43 N/cm 2 < 264 N/cm 2 ⇒ ok!
12 × 27000
Observação:
L 600
a= = = 150 cm > 2 × h = 2 × 30 = 60 cm
4 4
2) Calcular qual a máxima carga permanente uniformemente distribuída que poderá ser
aplicada a uma viga caixão de Angelim Pedra com 4 metros de comprimento e seção
conforme o esquema abaixo. A viga é simplesmente apoiada. Considerar carga acidental
igual a zero e considerar situação duradoura, ação permanente de pequena variabilidade,
classe de umidade (2) e peças sem classificação mecânica.
Solução:
• Propriedades da madeira:
y = 15 cm
b × h 2 11 × 302 6 × 202
S= = − = 937,5 cm3
8 8 8
b × h 3 11 × 30 3 6 × 20 3
I= = − = 20750 cm 4
12 12 12
b) Esforços solicitantes
M máx =
Fd × L2 Fd × 400 2
8
=
8
= 20000 × Fd N (
cm
)
Vd =
Fd × L Fd × 400
2
=
2
= 200 × Fd N (
cm
)
⎛L ⎞
(
Vd ,a = Fd × ⎜ − a ⎟ = Fd N
⎝2 ⎠ cm
)
× (200 − a )
u ef =
5 × Fd × L4
=
5 × Fd N
cm
( )
× 400 4
= 0,0261 × Fd N ( )
384 × E c 0 ,ef × I 384 × 723072 × 17638 cm
c) Verificações
• Flexão:
σ c1,d ≤ f c 0 ,d
M
σ c1,d = d × y c1 ≤ f c 0 ,d
I
20000 × Fd N ( )
cm × 15 ≤ 1674
17638
Fd ≤ 98,42 N ( cm
)
→ Borda comprimida
σ t 2 ,d ≤ f t 0 ,d
M
σ t 2 ,d = d × y t 2 ≤ f t 0 ,d
I
20000 × Fd N ( )
cm × 15 ≤ 1644
17638
Fd ≤ 96,66 N ( cm
)
→ Borda tracionada
• Cisalhamento:
(
Vd = Fd N
cm
)× (200 − x) = F (N cm)× (200 − 60) = 140 × F (N cm)
d d
Vd × S
τd = ≤ f v 0 ,d = 148 N/cm 2
b× I
τd =
(
140 × Fd N
cm
) × 937 ,5 60
× < 148 N/cm 2
5 × 17638 60
Fd ,a ≤ 99,44 N( cm
)
• Flecha:
L
u ef ≤
200
0,0261 × Fd N( cm) ≤ 400
200
Fd ≤ 76,63 (N ) → (Solicitação de utilização de cálculo)
cm
d) Conclusão
Desta forma, o máximo valor de Fg,k que satisfaz as equações será: 74,35 N
RESUMO
a) Verificação:
Dada as dimensões da seção transversal, a carga aplicada (permanente e
acidental), o comprimento da peça (L) e a espécie da madeira, verificar a seção:
• Flexão:
Md Md
σ c 1 ,d = = × y c1 ≤ f c 0 ,d
Wc I
M M
σ t 2 ,d = d = d × y t 2 ≤ f t 0 ,d
Wt I
• Cisalhamento:
Vd × S
τd = ≤ f v 0 ,d
b×I
Carga concentrada Carga distribuída
V ×S a a máxima tensão de cisalhamento
τd = d × ≤ f v 0 ,d ⇔ a ≤ 2 × h ocorrerá em:
b× I 2×h
a = L 4 se L 4 ≤ 2 × h ,
Vd × S 2 × h caso contrário, em a = 2 × h .
τd = × ≤ f v 0 ,d ⇔ a ≥ 2 × h
b× I 2×h
• Flecha:
L L
u ef ≤ ou
200 300
b) Dimensionamento
Dado o comprimento da peça (L) e a espécie da madeira, determinar a carga
máxima que pode ser aplicada:
• Tensão de flexão:
Md Wc × f c ,d
σ c 1 ,d = ≤ f c ,d M d = α × Fd ⇒ Fd ≤
Wc α
Md Wt × f t ,d
σ t 2 ,d = ≤ f t ,d M d = α × Fd ⇒ Fd ≤
Wt α
• Cisalhamento:
f v 0 ,d × b × I
Vd = β × Fd ⇒ Fd ≤
S×β
• Flecha:
L
u ef = ξ × Fd ⇒ Fd ×
200 × ξ
L
⇒ Fd ×
300 × ξ
1 – INTRODUÇÃO
α
a) FLEXÃO OBLÍQUA
α
α
α α
2 - TENSÕES NORMAIS
σ M x ,d σ M y ,d
+ kM × ≤1
f wd f wd
(14.1)
σ M x ,d σ M y ,d
kM × + ≤1
f wd f wd
Estruturas usuais de madeira Dimensionamento de Peças solicitadas à Flexão Oblíqua
Onde:
No caso de peças com fibras inclinadas com ângulos α=60° (arctg 0,10), aplica-se a
fwd a redução abaixo definida:
f 0 × f 90
fα = (fórmula de Hankison) (14.2)
( f 0 × sen α ) + ( f 90 × cos 2 α )
2
3 - TENSÕES DE CISALHAMENTO
τ x ,d + τ y ,d ≤ f v 0 ,d (14.3)
Onde:
• τ x ,d e τ y ,d são as tensões de cisalhamento nas direções x e y, respectivamente
• f v 0 ,d é a resistência de cálculo da madeira ao cisalhamento
τa = τb + τc ≤ f v 0 ,d (14.4)
4 - FLECHA
uef ,x ≤ f
(14.5)
uef , y ≤ f
Observações:
Exemplo de Aplicação
1) Verificar se é possível utilizar uma peça de Jatobá com dimensões de (7,5 x 15) cm para
resistir a uma carga inclinada uniformemente distribuída de 1000 N/m. O vão livre é de 3,50
metros, o ângulo formado pela direção da carga e o lado de 15 cm é de 20° e a carga é
considerada permanente de pequena variabilidade (carregamento normal), figura 14.4.
OBS: Considerar Situação duradoura, ação permanente de pequena variabilidade, classe
de umidade (2) e peças sem classificação mecânica.
α
α
Solução:
• Propriedades da madeira:
Madeira de Jatobá:
• Problema B
a) Esforços solicitantes
y = 7,5 cm
b × h 2 7 ,5 × 152
S= = = 211 cm3
8 8
b×h 3
7 ,5 × 153
Ix = = = 2109 cm 4
12 12
c) Tensões atuantes
M 187059
σb = ×y= × 7 ,5 = 665,22 N/cm2 ⇒ σ M x ,d = 665,22 N/cm 2
Ix 2109
V ×S a 2138 × 211
τd = d × = = 28,53 N/cm 2
b × I x 2 × d 7,5 × 2109
d) Flecha
• Problema C
a) Esforços solicitantes
x = 3,75 cm
b × h 2 15 × 7 ,52
S= = = 105,5 cm3
8 8
b× h 3
15 × 7 ,53
Iy = = = 527 cm 4
12 12
c) Tensões atuantes
M 68079
σc = ×x = × 3,75 = 484 ,12 N/cm 2 ⇒ σ M x ,d = 484 ,12 N/cm 2
Iy 527
Vd × S a 778 × 105,5
τd = × = = 10,38 N/cm 2
b× Iy 2× d 15 × 527
d) Flecha
• Verificações:
A verificação com relação à flecha pode ser determinada a partir das seguintes equações:
L 350
fb ≤ ⇒ 0,66 < = 1,75 ⇒ ok!
200 200
A viga passa
L 350
fc ≤ ⇒ 0,96 < = 1,75 ⇒ ok!
200 200
Observação:
Em geral, nos problemas de flecha oblíqua, o eixo x-x possui uma série de travamentos
intermediários de forma que a flecha no problema c (fc) se torna desprezível e portanto
basta fazer f a ≤ f . É o que acontece nas terças de um telhado, onde os caibros para
fixação das ripas que receberão as telhas cerâmicas, ou as próprias telhas de cimento
amianto que são fixas nas terças, fornecem um bom travamento para as terças.
2) Calcular qual a máxima carga permanente uniformemente distribuída que poderá ser
aplicada a uma viga de uma terça de Angelim Pedra com 3,0 metros de vão livre e seção de
7,5 x 12 cm conforme o esquema abaixo. O ângulo formado pela direção da carga e o lado
de 12 cm é de 15°. A viga é simplesmente apoiada. Considerar situação duradoura, ação
permanente de pequena variabilidade, classe de umidade (2) e peças sem classificação
mecânica.
α
α
Seção transversal
Solução:
• Propriedades da madeira
PROBLEMA B
y = 6 cm
b × h 2 7,5 × 12 2
S= = = 135 cm 3
8 8
b × h 3 7,5 × 12 3
I= = = 1080 cm 4
12 12
• Esforços solicitantes
M máx =
q1,d × L2
8
=
1,3 × 0,96 × q × 300 2
8
= 14040 × q N (
cm
)
Vd =
q1,d × L 1,3 × 0,96 × q × 300
2
=
2
= 187,2 × q N
cm
( )
e a seguinte flecha permanente:
(
5 × 0,96 × q N )
× 300 4
u ef =
5 × q1, d ,util × L4
384 × E c 0,ef × I
= cm
384 × 723072 ×1080
= 0,1297 × q N (
cm
)
• Tensões atuantes
M 14040 × q
σb = ×y= × 6,0 = 78 × q (N/cm) ⇒ σ M x , d (N/cm 2 ) = 78 × q (N/cm)
Ix 1080
V ×S a 187,2 × q 24
τd = d × = × = 0,0231 × q (N/cm) ⇒ τ x ,d (N/cm 2 ) = 0,0231 × q (N/cm)
b × I x 2 × d 7,5 × 1080 2 × 12
PROBLEMA C
y = 3,75 cm
b × h 2 12 × 7,5 2
S= = = 84,38 cm 3
8 8
b×h 3
12 × 7,5 3
I= = = 421,88 cm 4
12 12
• Esforços solicitantes
M máx =
q 2,d × L2
8
=
1,3 × 0,26 × q × 300 2
8
(
= 3802,5 × q N
cm
)
Vd =
q 2,d × L
2
=
1,3 × 0,26 × q × 300
2
= 50,7 × q N
cm
( )
e a seguinte flecha permanente:
u ef =
5 × q 2,d ,util × L4
=
5 × 0,26 × q N
cm
(
× 300 4 )
= 0,0899 × q N ( )
384 × E c 0,ef ×I 384 × 723072 × 421,88 cm
• Tensões atuantes
M 3802,5 × q
σc = ×y= × 3,75 = 33,8 × q (N/cm) ⇒ σ M y , d (N/cm 2 ) = 33,8 × q (N/cm)
Ix 421,88
V ×S a 50,7 × q 24
τd = d × = × = 0,01 × q (N/cm) ⇒ τ y , d (N/cm 2 ) = 0,01 × q (N/cm)
b × I x 2 × d 12 × 421,88 2 × 12
VERIFICAÇÕES
78 × q 33,8 × q
0,5 × + ≤ 1 ⇒ q = 22,99 N / cm
1674 1674
O valor de q deverá ser então igual a 17,64 N/cm, pois deve-se adotar a condição mais
rigorosa.
A verificação com relação à flecha pode ser determinada a partir das seguintes equações:
L 300
fb ≤ ⇒ 0,1297 × q < = 11,57 N / cm
200 200
L 300
fc ≤ ⇒ 0,0899 × q < = 16,69 N / cm
200 200
O valor de q deverá ser então igual a 8,90 N/cm, pois deve-se adotar a condição mais
rigorosa.
Resp: A máxima carga permanente uniformemente distribuída que poderá ser aplicada a
esta viga será de 11,57 N/cm ou 1157 N/m, para que sejam atendidas todas as
condições.
1 – INTRODUÇÃO
Quando uma peça, além de fletida, está também submetida a uma carga axial de
compressão ou de tração tem-se um problema de flexão composta. Quando a carga axial é
de compressão tem-se a flexo-compressão, quando a carga é de tração tem-se a flexo-
tração.
Problemas de verificação das tensões na flexão composta aparecem com frequência
no cálculos das vigas inclinadas (caibros, escadas), arcos, montantes de pórticos e banzos
de tesouras com as terças colocadas fora dos nós, figura 15.1.
N M
σ=− ± (15.1)
A W
Estruturas usuais de madeira Dimensionamento de Peças solicitadas à Flexão Composta
2 - FLEXO-COMPRESSÃO
Md Nd
σ md = y (− ) e σ nd = (15.2)
I A
Sendo:
σ md = Tensão atuante de cálculo à flexão simples, devido a ação do momento fletor
M d , na borda comprimida.
σ nd = Tensão atuante de cálculo à compressão, devido a ação da carga de
compressão N d .
y (− ) = Distância da linha neutra à borda comprimida.
I = Momento de inércia em relação a linha neutra
A = Área da seção transversal.
L0
λ= (15.3)
i
Sendo:
λ = Indice de esbeltez da peça
L0 = Comprimento de flambagem
i = Raio de giração do eixo considerado,
2.3 - VERIFICAÇÃO
⎛ σ N c ,d ⎞ σ M x ,d σ M y ,d
2
⎜ ⎟ + + k × ≤1
⎜ f ⎟ f c 0 ,d
M
f c 0 ,d
⎝ c 0 ,d ⎠
(15.4)
⎛ σ N c ,d σ σ M y ,d
2
⎞
⎜ ⎟ + k M × M x ,d + ≤1
⎜ f ⎟ f c 0 ,d f c 0 ,d
⎝ c 0 ,d ⎠
Onde,
σ N c ,d é o valor de cálculo da parcela de tensão normal atuante em virtude apenas
da força normal de compressão;
f c 0 ,d é a resistência de cálculo à compressão paralela às fibras
σ M x ,d e σ M y ,d são as tensões máximas devido às componentes de flexão
atuantes segundo as direções principais;
k M é o coeficiente de correção, como visto no capítulo 14.
Peças curtas
σ nd σ
+ md ≤ 1 (15.5)
f c 0 ,d f c 0 ,d
sendo
Md ⎡ FE ⎤
σ md = ×y ; M d = N d × e1 × ⎢ ⎥
I ⎣ FE − N d ⎦
M 1d
ei = ≥h
π × E c 0 ,ef × I
2 Nd 30
e FE = ; e1 = ei + ea
L20 L0
ea ≥ 300
h
30
Sendo
fc0,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras;
Ec0,d = Módulo de elasticidade efetivo da madeira;
λ = Índice de esbeltez
σn,d = Tensão de compressão de cálculo devido à carga normal de compressão
σm,d = Tensão de compressão de cálculo devido ao momento fletor
Nd = Carga de cálculo atuante na peça
A = Área da seção transversal.
FE = Carga crítica de Euler
ea = excentricidade acidental mínima
h = altura da seção transversal
ei = excentricidade de 1a ordem da situação de projeto
Peças esbeltas
σ nd σ
+ md ≤ 1 (15.5)
f c 0 ,d f c 0 ,d
sendo
Md ⎡ FE ⎤ π 2 × E c 0 ,ef × I
σ md = ×y ; M d = N d × e1ef × ⎢ ⎥ ; FE =
I ⎣ FE − N d ⎦ L20
e e1ef = e1 + ec onde e1 = ei + ea e
M 1g ,d + M 1q, d ⎧ L0
M 1d h ⎪
ei = = ≥ ; ea ≥ ⎨ 300
Nd Nd 30 ⎪⎩ h 30
Sabendo-se que:
fc0,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão paralela às fibras;
Ec0,d = Módulo de elasticidade efetivo da madeira;
λ = Índice de esbeltez
σn,d = Tensão de compressão de cálculo devido à carga normal de compressão
σm,d = Tensão de compressão de cálculo devido ao momento fletor
Nd = Carga de cálculo atuante na peça
A = Área da seção transversal.
FE = Carga crítica de Euler
ea = excentricidade acidental mínima
h = altura da seção transversal
e1,ef = excentricidade efetiva de 1a ordem
ei = excentricidade de 1a ordem da situação de projeto
ec = excentricidade suplementar de 1a ordem, representando a fluência da
madeira
M1gd = momento de cálculo na situação de projeto devido às cargas permanentes
M1qd = momento de cálculo na situação de projeto devido às cargas variáveis
Ngk = valores característicos da força normal devido às cargas permanentes
Nqk = valores característicos da força normal devido às cargas variáveis
ψ1 e ψ2 = fatores de combinação e de utilização
φ = coeficiente de fluência (tabela 11.1)
3 - FLEXO-TRACÃO
Md Nd
σ md = y (+ ) e σ nd = (15.6)
I A
Sendo:
σ md = Tensão atuante de cálculo à flexão simples, devido a ação do momento fletor
M d , na borda tracionada.
σ nd = Tensão atuante de cálculo à tração, devido a ação da carga de tração N d .
y (+ ) = Distância da linha neutra à borda tracionada.
I = Momento de inércia em relação à linha neutra
A = Área útil da seção transversal, descontados os furos e entalhes.
3.2 - VERIFICAÇÃO
⎛ σ Nt ,d ⎞ σ M x ,d σ M y ,d
⎜ ⎟+ + kM × ≤1
⎜ f ⎟ f f t 0,d
⎝ t 0,d ⎠ t 0,d
(15.7)
⎛ σ Nt ,d ⎞ σ σ
⎜ ⎟ + k M × M x ,d + M y ,d ≤ 1
⎜ f ⎟ f t 0,d f t 0,d
⎝ t 0,d ⎠
Onde
σ N t ,d é o valor de cálculo da parcela de tensão normal atuante em virtude apenas da
força normal de tração;
f t 0 ,d é a resistência de cálculo à tração paralela às fibras
σ M x ,d e σ M y ,d são as tensões máximas devidas às componentes de flexão atuantes
segundo as direções principais;
k M é o coeficiente de correção, visto no capítulo 14.
Exemplo de Aplicação
5000 N/m
50.000 N 50.000 N
12 cm
7,5 cm
Solução
Eixo x-x
Logo,
I ef 2425,76
i x − x ,ef = = = 4,39 cm
A 126
L0 200
λ= = = 45,58 (peça medianamente esbelta)
i x − x ,ef 4,39
Eixo y-y
L0 200
λ= = = 77 (peça medianamente esbelta)
i y − y ,ef 2,60
N = 50000 N
p × L2 50 × 200 2
M máx = = = 250000 N × cm
8 8
L 200
V x = p × = 50 × = 5000 N
2 2
Md 250000 × 1,4
σ md = y (− ) = × 6 ,86 = 989,79 N/cm 2
I 2425,76
N 50000 × 1,4
σ nd = d = = 555,55 N/cm 2
A 126
e) Verificações
Em torno de x-x
Verificação à resistência
⎛ σ N c ,d σ σ M y ,d ⎛ σ N c ,d σ σ M y ,d
2 2
⎞ ⎞
⎜ ⎟ + M x ,d + k M × ≤1 e ⎜ ⎟ + k M × M x ,d + ≤1
⎜ f ⎟ f f ⎜ f ⎟ f f
⎝ c 0 ,d ⎠ c 0 ,d c 0 ,d ⎝ c 0 ,d ⎠ c 0 ,d c 0 ,d
Madeira de Jatobá:
Verificação à estabilidade
f c 0 ,d = 2612,4 N/cm 2
E c 0 ,m = 2360700 N/cm 2
σ nd σ Md ⎡ FE ⎤
+ md ≤ 1 σ md = ×y M d = N d × e1 ⎢ ⎥
f c 0 ,d f c 0 ,d I ⎣ FE − N d ⎦
⎧ M 1d 250000
⎪⎪ N = 50000 = 5
ei ≥ ⎨ d → ei = 5,0 cm ⇒ ok !
⎪ h = 15 = 0,50
⎪⎩ 30 30
L0 200
ea = = = 0 ,67 cm
300 300
e1 = ei + ea = 5,0 + 0,67 = 5,67 cm
Logo:
⎡ 791251,64 ⎤
M d = 70000 × 5,67 × ⎢ ⎥ = 435420,54 N × cm
⎣ 791251,64 − 70000 ⎦
435420 ,54
σ md = × 6 ,86 = 1231,37 N/cm 2
2425,75
σ nd σ 555,56 1231,37
+ md ≤ 1 ⇒ + = 0,68 < 1 ⇒ ok !
f c 0 ,d f c 0 ,d 2612,4 2612 ,4
Em torno de y- y
Verificação à estabilidade
σ nd σ Md ⎡ FE ⎤
+ md ≤ 1 σ md = ×y M d = N d × e1,ef ⎢ ⎥
f c 0 ,d f c 0 ,d I ⎣ FE − N d ⎦
A = 126 cm 2 I ef = 853,87 cm 4 y = 6 cm
⎧ M 1d
⎪⎪ N = 0 , como M 1d = 0 em relação a este eixo
ei ≥ ⎨ d → ei = 0,4 cm
⎪ h 12
= = 0,40
⎪⎩ 30 30
L0 200
ea = = = 0 ,67 cm
300 300
h 12
= = 0,40 ⇒ logo ea=0,67
30 30
Logo:
σ nd σ md 555,56 768,69
+ ≤1⇒ + = 0,507 < 1 ⇒ ok!
f c 0,d f c 0,d 2612,4 2612,4
Vxmax = 5000 N
• Verificação da Flecha
5 × Fd ,uti × L fl
4
5 × 50 × 200 4
u ef = = = 0,33 cm
384 × E c 0,ef × I ef 384 × 1321992 × 2425,76
L 200
u ef ≤ = = 1 cm, como 1 > 0,33 ok!
200 200
Pelas verificações acima pode-se concluir que a viga nessas condições pode ser utilizada.
1 – INTRODUÇÃO:
fig 16.1
CONCLUSÃO:
L1 E c 0 ,ef
> (16.3)
b β M f c 0 ,d
Solução:
• Propriedades da madeira:
0,56 × 6531
f c 0,d = = 2612,4 N / cm 2
1,4
h 40
= = 13,3 de acordo com a tabela 16.1 o valor de β M = 48,5.
b 3
Fd * L2 15 * 500 2
M máx = = = 468750 N * cm
8 8
3 * 40 3
I
W = = 12 = 800cm 3
yc 40
2
M 468750 * 1,4
σ c1,d = d = = 820 N / cm 2
W 800
E c 0,ef
σ c1d ≤
⎛ L1 ⎞
⎜ ⎟× βM
⎝b⎠
0,56 * 2360700
820 ≤ onde L1 ≤ 99,72cm
⎛ L1 ⎞
⎜ ⎟ × 48,5
⎝ 3⎠
L 500
= = 5 travamentos intermediários
L1 99,72
1 – INTRODUÇÃO
As peças de madeira têm o comprimento limitado pelo tamanho das árvores, meios
de transporte, etc. As peças de madeira serrada são desdobradas em comprimentos ainda
mais limitados, geralmente entre 4 e 5 metros. Porém, algumas vezes em elementos
estruturais, é necessária a utilização de peças de dimensão superior a encontrada no
mercado, sendo assim necessária a execução de ligações
Devido a sua importância será feita neste capítulo de forma detalhada a descrição de
ligações estruturais em peças de madeira.
a) Tipo de Ligação
PLACA DENTADA
10 1 PARAFUSO
8
PREGOS
6
0
0 2 4 6 8 10
DEF (mm)
3 - TIPOS DE LIGAÇÕES
Os pregos são peças metálicas cravadas na madeira com impacto (na maioria das
vezes é feita uma pré-furação). Eles são utilizados em ligações de montagem e ligações
definitivas. A NBR 7190/97 os considera como pinos.
Os parafusos utilizados nas ligações estruturais são cilíndricos e lisos, tendo numa
extremidade uma cabeça e na outra uma rosca e uma porca. Eles são instalados em furos
com folga variando de 0,5 mm até 2,0 mm e depois apertados com a porca. Para reduzir a
pressão de apoio na superfície da madeira, utilizam-se arruelas metálicas. A NBR 7190/97
os considera como pinos e não permite levar em consideração a contribuição do atrito entre
as superfícies de contato devido à retração e à deformação lenta da madeira.
4 - CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
Na prática, vários tipos de ligações são realizados sem um modelo de cálculo, essas
ligações são “criadas” por carpinteiros experientes e intuitivamente ou através de ensaios
simples, nota-se que são eficientes e seguras.
Observação: A emenda entre as terças deve ser feita perto da região dos apoios e nunca
no meio da terça.
Para se obter uma boa ligação deve-se adotar adesivo de qualidade garantida por
produtor idôneo, execução perfeita com relação às dimensões de maneira a se obter
L ≥ 20 × b .
Observação: A ligação deve ser realizada o mais próximo possível dos apoios e nunca no
meio da viga.
Vigas laminadas são vigas compostas por tábuas coladas e/ou pregadas.
Quando uma viga é fletida ou tracionada a ligação deve ser executada conforme o
esquema da figura 17.6.
L
Figura 17.6 - Ligação para vigas laminadas fletidas ou tracionadas
Edgar V. Mantilla Carrasco 17.4
Estruturas usuais de madeira Ligações Estruturais em Madeira
Quando a viga é comprimida, a ligação pode ser feita de topo, conforme o esquema
da figura 17.7, facilitando a execução da ligação.
Os pregos são utilizados para manter a peça unida durante a secagem da cola, não
se considera sua resistência na ligação.
É o tipo de ligação mais prático e natural entre duas peças de madeira. Só pode ser
utilizada quando temos uma das peças comprimida, devendo-se verificar as resistências
das superfícies ao esmagamento e, às vezes, a resistência ao cisalhamento de um certo
trecho (caso das juntas extremas das tesouras). Os entalhes não podem ser usados para
resistir a inversões de esforços devido a ação do vento.
A B
(a) (b)
C
(c)
D
(d)
Figura 17.8a - Temos uma ligação do apoio de uma tesoura, onde o banzo superior
(comprimido) se liga ao banzo inferior (tracionado).
Figura 17.8b - Temos uma ligação de um nó superior de uma treliça, onde a diagonal é
comprimida.
Figura 17.8c - Temos uma ligação de uma diagonal comprimida com o banzo inferior.
Figura 17.8d - Temos uma ligação da cumeeira onde o banzo superior é comprimido.
Seja uma ligação típica por meio de entalhes do apoio de uma tesoura onde o
banzo superior (comprimido) se liga ao banzo inferior (tracionado), figura 17.10.
Nd N d × cos θ
σ at = ou seja, σ at =
AB × b e×b
Essa tensão atuante deve ser menor ou igual à resistência de cálculo da madeira
inclinada de θ em relação às fibras, oriunda da fórmula de Hankison.
N d × cos θ
σ at = ≤ f cα ,d
e×b
e, portanto,
N d × cos θ
e≥
f cα ,d × b
generalizando γ = θ , temos:
N d × cos γ
e≥
f cα ,d × b
onde:
e = Altura do dente;
Nd = Solicitação de cálculo (banzo superior)
γ = Ângulo entre as peças de ligação
b = Largura da peça do banzo inferior
fcα ,d = Resistência de cálculo da madeira à compressão inclinada de ângulo com a
direção das fibras
θ = Ângulo entre o segmento AB e a normal ao banzo inferior.
Para que não ocorra ruptura devido ao cisalhamento, figura 17.12, é necessário que
se mantenha uma folga (f) suficiente.
Na área b×f aparece uma tensão de cisalhamento devido à força N d × cos γ , dada por:
N d × cos γ
τ at = ≤ f v 0 ,d
b× f
e, portanto:
N d × cos γ
f ≥
b × f v 0 ,d
Onde:
f = Folga necessária ao cisalhamento;
Nd = Solicitação de cálculo do banzo superior;
γ = Angulo entre as peças de ligação;
b = Largura da peça do banzo inferior;
f v 0 ,d = Resistência de cálculo ao cisalhamento.
1. Os eixos das barras de treliças devem encontrar-se, sempre que possível no nó teórico
do esquema estrutural.
2. Como a peça do banzo inferior é em geral tracionada, para que a área útil desta peça
não seja muito diminuída, a experiência prática nos diz que a altura do dente (e) não
deve ultrapassar 1/4 da altura da peça do banzo inferior (d) e não deve ser inferior a 1/8
da altura da peça ou 2 cm, assim, o dente deve se encontrar no intervalo:
1 1
d ≤e≤ d com e ≥ 2 cm
8 4
3. Quando se obtiver nos cálculos e > d/4, mantém-se o cálculo mas constroem-se dois
dentes, figura 17.13, com a altura igual a e/2 e medindo-se a folga f a partir do segundo
dente, observando-se que a partir do primeiro dente deve-se ter f/2.
Neste caso ainda é conveniente manter o segundo dente um pouco mais baixo que
o primeiro, evitando-se assim uma linha contínua para resistir ao cisalhamento.
Quando nem mesmo a utilização de dois dentes for suficiente para transmitir os
esforços (e/2 > d/4), costuma-se usar dois dentes de altura d/4 e o restante da carga é
transmitida através de cobrejuntas pregadas ou parafusadas.
Para se garantir a indeslocabilidade lateral dos entalhes das treliças nas juntas
extremas e centrais, deve-se colocar estribos, braçadeiras de aço ou cobrejuntas de
madeira pregadas. Lembrando-se sempre que esse tipo de ligação serve somente para
conexão de peças comprimidas.
Além do entalhe para a ligação do banzo inferior com o superior, as ligações por
meio de dentes também são usadas nas diagonais comprimidas de tesouras. Seu cálculo é
idêntico ao visto anteriormente, podendo-se, entretanto, dispensar o cálculo da folga (f).
Exemplo de Aplicação:
Solução
• Propriedades da madeira:
f v 0 ,m = 15,7 MPa
f v 0 ,k = 0 ,54 × 15,7 = 8,48 MPa
0 ,56 × 8,48
f v 0 ,d = = 2 ,64 MPa
1,8
f c 0 ,d × f c 90 ,d
f cα ,d =
f c 0 ,d × sen 2 γ + f c 90 ,d × cos 2 γ
26,12 × 6,53
f cα ,d = = 20 ,79 MPa = 2079 N/cm 2
26 ,12 × sen 17 + 6 ,53 × cos 17
2 2
N d × cos γ d d
e≥ e ≤e≤
b × f cα ,d 8 4
106600 × 0,956
e≥ = 8,17cm e 2≤e≤4
6 × 2079
Como e ≥ 4cm, deverão ser usados dois entalhes com altura de 4 cm e ainda cobrejuntas
pregadas ou parafusadas para transmitir o restante da carga.
P 2250
n= = = 2 ,75 ⇒ adotar 3 pregos
F prego 819
• Detalhamento
20 cm
As ligações com 4 ou mais pinos podem ser consideradas rígidas desde que sejam
seguidas as considerações de pré-furação.
A NBR 7190/97, define a resistência total de um pino como sendo a soma das
resistências correspondentes às suas seções de corte.
Caso existam mais de oito pinos em linha, dispostos paralelamente ao esforço a ser
transmitido, os pinos suplementares devem ser considerados com apenas 2/3 de sua
resistência individual. Neste caso, sendo n o numero efetivo de pinos, a ligação deve ser
calculada com o número convencional:
2
n0 = 8 + ( n − 8 )
3
• Madeira:
- Resistência ao embutimento (fed) das duas peças interligadas;
- Espessura convencional “t”, dada em função das madeiras a serem unidas.
• Pino:
- Resistência de escoamento (fyd);
- Diâmetro do pino.
A comparação deste coeficiente com o valor βlim, que leva em conta as resistências
da madeira e do aço, determina a forma de cálculo da resistência de uma seção de corte do
pino. O coeficiente βlim é determinado pela seguinte expressão:
f yd
β lim = 1,25
f ed
Sendo:
fyd = resistência de cálculo do pino metálico, podendo ser admitida como igual à
resistência nominal característica de escoamento;
fed = resistência de cálculo de embutimento da madeira (podendo ser paralela,
normal ou inclinada em relação às fibras, dependendo da direção da solicitação).
d2
Rvd ,1 = 0,625 × × f yd
β lim
f yk
f yd = com γs=1,1
γs
Caso sejam utilizadas chapas de aço nas ligações, são necessárias as seguintes
verificações: a primeira delas do pino metálico com a madeira como visto anteriormente; e a
segunda, do pino com a chapa metálica de acordo com os critérios apresentados pela NBR
8800.
(a) (b)
Figura 17.21 — Ligações com pinos. (a) um corte e (b) dois cortes
8- LIGAÇÕES PREGADAS
A resistência de uma ligação pregada depende de uma série de fatores, tais como:
Relativos à madeira:
Conclusão
8.1.1 - Pré-furação
Coníferas: d0 =0,85×def
Dicotiledôneas: d0 =0,98×def
Quando a ligação pregada é entre uma peça de madeira e uma chapa metálica,
figura 17.22-b, a espessura convencional será a espessura da madeira.
(a) (b)
obs: t1 é o menor valor entre t1 e t2
• Diâmetro do prego:
- O diâmetro do prego não deve exceder a 1/5 da espessura convencional. Permite-se
d < t/4 quando a pré-furação seja com d0 = def.
- Diâmetro mínimo: 3 mm.
• Penetração do prego:
- A penetração em qualquer uma das peças ligadas não deve ser menor que a
espessura da peça mais delgada e ainda a penetração na segunda peça não deve
ser menor que12d, figura 17.24.
6d = entre o centro de dois pinos situados em uma mesma linha paralela à direção das
fibras (pregos, parafusos ajustados e cavilhas);
4d = entre o centro de dois pinos situados em uma mesma linha paralela à direção das
fibras (parafusos);
7d = do centro do último pino à extremidade de peças tracionadas;
4d = do centro do último pino à extremidade de peças comprimidas;
3d = entre os centros de dois pinos situados em duas linhas paralelas a direção das
fibras, medido perpendicularmente à fibras;
1,5d = do centro de qualquer pino à borda lateral da peça, medido perpendicularmente
às fibras, quando o esforço transmitido for paralelo às fibras;
1,5d = do centro de qualquer pino à borda lateral da peça, medido perpendicularmente
às fibras, quando o esforço transmitido for normal às fibras, do lado onde atuam
tensões de tração normal;
4d = do centro de qualquer pino à borda lateral da peça, medido perpendicularmente às
fibras, quando o esforço transmitido for normal às fibras, do lado onde atuam
tensões de compressão normal.
Os pregos são fabricados com arame doce, fy = 600 MPa, em grande variedade de
tamanho.
3 - Determinação β e βlim:
t f yd
β= β lim = 1,25
d f ed
- Paralela às fibras:
f c 0,m
f ed = f e 0,d = f c 0,d = k mod × 0,70 ×
γw
- Normal às fibras:
f ed = f e90 ,d = 0,25 × f c 0 ,d × α e
- Inclinada às fibras
f e 0 ,d × f e 90 ,d
f eα ,d =
f c 0 ,d × sen 2 α + f e90 ,d × cos 2 α
Exemplo de Aplicação:
1) Calcular o número de pregos necessários para a ligação do pendural com a linha de uma
tesoura e determinar as distâncias mínimas entre eles. Sendo a madeira Jatobá e o
carregamento permanente de pequena variabilidade.
N N/2 N/2
4d
6d
1,5d
7d
10 cm
Solução
d = Diâmetro do prego
L = Comprimento do prego
t = Espessura convencional
1 2,5
d≤ ×t = = 0,5 cm = 5 mm ⇒ d= 4,9 mm
5 5
⎧12 × d = 58,8
Penetração: ≥ ⎨ ⇒ L = 58,8 + 25 = 83,8 mm
⎩ t = 25
Procurando uma bitola que mais se aproxima das dimensões (4,9 x 83,8) mm2 na
tabela 17.1 e escolhendo os prego com dimensões de 21 x 36 (4,9 x 83) mm2.
- Determinação de β e βlim
f yk 60000
f yd = = = 54545 N/cm
2
1,1 1,1
0,56 × 0,7 × f c 0 ,m 0,56 × 0,7 × 9330
f c 0 ,d = = = 2612,4 N / cm 2
1,4 1,4
f e 90 ,d = 0 ,25 × f c 0 ,d × α e = 0 ,25 × 2612,4 × 2,5 = 1633 N/cm 2
Assim:
t 25
β= = = 5,1
d 4 ,9
f yd 54545,5
β lim = 1,25 × = 1,25 × = 7 ,22
f ed 1633
Como β < β lim (Estado limite por embutimento da madeira)
t2 2,5 2
Rvd ,1 = 0 ,40 × × f ed Rv1,d = 0,40 × × 1632 = 800 N
β 5,1
2) Dimensionar uma ligação em uma peça de Jatobá com (6 x 16) cm2 de seção
transversal. A peça está sujeita a uma carga permanente de tração de 8.000 N, de
pequena variabilidade.
Solução
• Espessura convencional, t
t1 = 3 cm
t2 = 6 cm ⇒ t= 3 cm
d = Diâmetro do prego
L= Comprimento do prego
t= Espessura convencional
1 3,0
d ≤ × t1 = = 0,6 cm = 6 mm ⇒ d= 5,9 mm
5 5
⎧12 × d = 71
Penetração: ≥ ⎨ ⇒ L = 71 + 30 = 101 mm
⎩ t = 30
- Determinação de β e βlim
f yk 60000
f yd = = = 54545 N/cm
2
1,1 1,1
fc0,d = 0,56 × 0,7 × 9330 = 2612,4
1,4
fe0,d = fc0,d = 2612,4 N/cm2
Assim:
t 30
β= = = 5,08
d 5,9
f yd 54545
β lim = 1,25 × = 1,25 × = 5,71
fed 2612,4
Como β < β lim (Estado limite por embutimento da madeira)
t2 32
R vd,1 = 0,40 × × f ed R v1,d = 0,40 × × 2612,4 = 1851 N
β 5,08
Usaremos 6 pregos (23 x 59) cm2, (atravessando toda a ligação), obtendo-se uma
distribuição como mostrado abaixo (detalhe da ligação)
3
5
16 cm
8.000 N 8.000 N
5
3
4 4 4 4 4 4 3 6 3
24
8.000 N 8.000 N
9 - LIGAÇÕES PARAFUSADAS
9.2.2.1 – Pré-furação
Quando a ligação parafusada é entre uma peça de madeira e uma chapa metálica,
figura 17.30-b, a espessura convencional será a espessura da madeira.
1 - Conhecidas (ou estimadas) as dimensões das peças da ligação (t1 e t2), determina-
se a espessura convencional (t).
t
d≤
2
3- Determinação β e βlim:
t f yd
β= β lim = 1,25
d f ed
- Paralela às fibras:
fed = fe0,d = fc 0,d = k mod × 0,70 × fc 0,m
- Normal às fibras:
fed = fe90,d = 0,25 × fc 0,d × α e
-inclinada às fibras
fe0,d × fe90,d
feα ,d =
fc 0,d × sen 2 α + fe 90,d × cos 2 α
Exemplo de Aplicação:
1) Determinar o número de parafusos para emendar duas peças de Jatoba (6 x 12) cm,
solicitadas por um esforço axial de tração de 40000 N paralelo às fibras. Considerar a
solicitação permanente e de pequena variabilidade.
Solução
• Espessura convencional, t:
t2 = 6 cm/2 ⇒ t= 3 cm
• Escolha do diâmetro:
t 3,0
d≤ = = 1,5 cm ⇒ Adotar: d = 12,7 mm
2 2
- Determinação de β e βlim
f yk 30000
f yd = = = 27272 N/cm
2
1,1 1,1
0 ,56 × 0,7 × 9330
= = 2612 ,4 N/cm
2
f c 0 ,d
1,4
f e 0 ,d = f c 0 ,d = 2612,4 N/cm 2
Assim:
β = t = 30 = 2,36
d 12,7
f yd 27272
β lim = 1,25 × = 1,25 × = 4,04
f ed 2612,4
t2 32
Rvd ,1 = 0 ,40 × × f ed Rv1,d = 0,40 × × 2612,4 = 3985 N
β 2,36
Nd 52000
Número de cortes = = ≅ 13
Rv1,d 3985
número de cortes 13
Número de parafusos = = = 6 ,5
2 2
9 8 8 8 8
Solução
• Espessura convencional, t:
t1 = 3 cm
t2 = 8 cm/2 ⇒ t= 3 cm
• Escolha do diâmetro:
t 3,0
d≤ = = 1,5 cm ⇒ Adotar: d = 12,7 mm
2 2
- Determinação de β e βlim
f yk 30000
f yd = = = 27272 N/cm
2
1,1 1,1
0,56 × 0,7 × 4030
= = 1128,4 N/cm
2
f c 0,d
1,4
α e = 1,67 (por interpolação)
t2 32
Rvd ,1 = 0 ,40 × × f ed Rv1,d = 0,40 × × 471,11 = 718,64 N
β 2,36
Nd 4550
Número de cortes = = = 6,3
Rv1,d 718,64
4d
3 - Determinar o número de parafusos para o caso de uma ligação em uma tesoura Pratt de
três peças solicitadas por: um esforço axial de tração de 13000 N na diagonal e um
esforço de compressão de 2300 N na vertical. A madeira é de Jatobá (8,0 x 12) cm e o
carregamento é permanente de pequena variabilidade. O angulo entre o banzo inferior e
a diagonal é de 39º.
Detalhe A
Detalhe A
Vertical
Diagonal
Banzo Inferior
3,0 3,0
Medidas em cm
Solução
Diagonal Vertical
Banzo Inferior
Banzo Inferior
Medidas em cm Medidas em cm
1º) Diagonal com o Banzo Inferior 2º) Vertical com o Banzo Inferior
• Espessura convencional, t:
Para o 1º caso
t1 = 3 cm
t2 = 8 cm/2 ⇒ t= 3 cm
Para o 2º caso
t1 = 2,5 cm
t2 = 3,0 cm ⇒ t= 2,5 cm
• Escolha do diâmetro:
Para o 1º caso
t 3,0
d≤ = = 1,5 cm ⇒ Adotar: d = 12,7 mm
2 2
Para o 2º caso
t 2,5
d≤ = = 1,25 cm ⇒ Adotar: d = 9,5 mm
2 2
Obs: Deve-se adotar o mesmo diâmetro do parafuso para os dois casos. É aconselhável
(não é obrigatório) adotar o diâmetro onde o β se aproxima mais do β lim .
Neste caso adotou-se então o diâmetro do primeiro caso Ø 12,7 mm, como pode ser
observado nos cálculos de β e β l im a seguir.
Para o 1º caso
- Determinação de β e βlim
f yk 30000
f yd = = = 27272 N/cm
2
1,1 1,1
0 ,56 × 0,7 × 9330
= = 2612 ,4 N/cm
2
f c 0 ,d
1,4
Assim:
β = t = 30 = 2,36
d 12,7
f yd 27272
β lim = 1,25 × = 1,25 × = 3,93
f ed 2754
t2 32
Rvd ,1 = 0 ,40 × × f ed Rv1,d = 0,40 × × 2754 = 4201 N
β 2,36
Para o 2º caso
- Determinação de β e βlim
f yk 30000
f yd = = = 27272 N/cm
2
1,1 1,1
0 ,56 × 0,7 × 9330
= = 2612 ,4 N/cm
2
f c 0 ,d
1,4
Assim:
Para Ø = 0,95
t 25
β= = = 2,63
d 9,5
Como neste caso o β está mais afastado do β l im do que no primeiro caso adotou-se o Ø
=12,7 então:
t 25
β= = = 1,97
d 12,7
f yd 27272
β lim = 1,25 × = 1,25 × = 6,25
f ed 1091
t2 2,5 2
Rvd ,1 = 0 ,40 × × f ed Rv1,d = 0,40 × × 1091 = 1384,5 N
β 1,97
Para o 1º caso
Nd 16900
Número de cortes = = ≅4
Rv1,d 5201
número de cortes 4
Número de parafusos = = =2
2 2
Para o 2º caso
Nd 2990
Número de cortes = = ≅ 2,20
Rv1,d 1384,5
4,0 d
1,5 d
3,0 d
7,0 d
1,5 d
Para o 2º caso
1,5 d
4,0 d
4,0 d
3,0 d
1,5 d 1,5 d
3,0 d 3,0 d
• Detalhamento Geral
1,5 d
4,0 d
4,0 d
4,0 d
1,5 d
7,0 d 3,0 d
1,5 d
1,5 d 1,5 d
3,0 d 3,0 d
1 – TIPOS DE AÇÕES
As ações que devem ser consideradas, além de outras que possam surgir em casos especiais são:
• Carga permanente;
• Carga de vento (ação do vento - NBR - 6123);
• Cargas acidentais verticais - NBR - 6120.
Segundo a NBR-6123, “A carga permanente será constituída pelo peso próprio da estrutura suposta
de madeira verde e por todas as sobrecargas fixas. O peso próprio avaliado depois do dimensionamento
definitivo da estrutura, não deve diferir de mais de 10% do peso próprio inicial admitido para o cálculo” - NBR
- 6123.
O material de cobertura e do forro constituem cargas fixas. Quando o forro fizer parte da estrutura do
edifício e for independente do telhado, pode ser dispensado.
A avaliação do peso do material de cobertura, poderá ser feita a partir dos valores apresentados nas
tabelas 18.1 e 18.2.
Na cobertura com telhas cerâmicas, pode-se incluir, no peso da cobertura, os caibros e as ripas.
Na cobertura com chapas onduladas dispensa-se ripas e caibros, assim o peso da cobertura
distribuído na área inclinada da cobertura será:
Como o peso da cobertura (gi) encontra-se distribuído na superfície inclinada do telhado, costuma-se
considerar a carga permanente atuando em projeção horizontal (planta), figura 18.1.
gi
gc =
cosα (18.3)
Onde : gc = Carga da cobertura em projeção horizontal, kgf / m2;
gi = Carga da cobertura na superfície inclinada;
α = Inclinação da cobertura;
Estruturas usuais de madeira Ações Estruturais de Telhado
A estimativa do peso próprio dos elementos estruturais que compõem o madeiramento, poderá ser
feita através da:
a) Determinação do peso próprio dos elementos estruturais a partir de ante-projetos. É claro que para
a elaboração deste ante-projeto é necessária certa experiência profissional.
b) Aplicação de fórmulas empíricas. Uma das formas mais utilizadas para a determinação do peso
próprio da tesoura é a fórmula de Howe, apresentada a seguir:
O peso próprio das terças pode ser estimado a partir da tabela 18.3 ou de um pré -dimensionamento.
Tabela 18.3 – Estimativa do peso próprio das terças (só para determinação do peso próprio)
TIPO DE COBERTURA VÃO MÁXIMO PESO ESTIMADO
RECOMENDADO (m) (kgf / m2)
Telha francesa 3,00 6,0
Telha colonial 2,50 8,0
Chapas de cimento e amianto 4,00 4,5
O peso próprio do forro é composto do peso das chapas do forro e da estrutura de sustentação das
chapas.
gf = peso das chapas + estrutura de sustentação (18.5)
O peso das chapas pode ser determinado a partir da tabela 18.4. O peso da estrutura de sustentação
deve ser determinado após a elaboração de um projeto específico para cada tipo de forro. Por exemplo, para
forros de eucatex o peso da estrutura de sustentação em Pinho do Paraná será de 10 a 12 kgf / m2, assim o
peso total do forro será (sustentação + chapa)....gf = 15 kgf / m2.
Estas cargas devem ser obtidas através de projetos elaborados por profissionais especializados.
Normalmente são provenientes do peso das luminárias, dutos de renovação de ar, projeção contra incêndios,
caixa d’água, painéis de propaganda comercial sobre a cobertura, etc.
gA em kgf / m2
ga = Cargas adicionais;
Quando o peso próprio da estrutura (go + gt) for maior ou igual a 75% da totalidade dos pesos,
considera ação permanente de pequena variabilidade. Caso contrário, considerar de grande variabilidade.
As cargas acidentais para os telhados, além de outras que possam surgir em casos especiais, tais
como poeiras das minerações que se acumulam nos telhados dos edifícios próximos de algumas zonas
industriais acham-se especificadas na NBR-6123 e na NBR-6120.
As considerações para a avaliação das forças devidas à ação do vento, para o efeito de cálculo das
edificações, acham-se especificadas na NBR - 6123. O procedimento dessa norma recomenda o cálculo da
ação do vento visando sua atuação nas várias partes que compõem a edificação:
Será interesse deste trabalho apenas a parte da estrutura correspondente ao telhado, já que as
considerações a respeito dos elementos de vedação e suas fixações estão afetos aos fabricantes dos
materiais para a cobertura.
A estrutura como um todo, faz parte da verificação da estabilidade estática do conjunto, ou seja, a
força global do vento sobre a edificação, obtida pela soma vetorial das forças do vento que atuam em todas
as partes (força do arrasto).
A carga devido à ação do vento depende de vários fatores os quais serão apresentados a seguir.
A determinação da velocidade básica (V0 ), adequada ao local onde será construído o telhado, é feita
pelo mapa do vento (gráfico das isopletas), fig. 18.2.
Figura 18.2 - Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento; Vo, em m/s
a) Fator topográfico S1
Topografia S1
a Todos os casos, exceto os seguintes 1,0
b Encostas e cristas de morros em que ocorre aceleração do vento. 1,1
Vales com efeito de afunilamento
c Vales profundos, protegidos de todos os ventos. 0,90
⎛ z⎞
(
S1 ( z) = 1,0 + ⎜ 2 ,5 − ⎟. tg θ − 3o ≥ 1
⎝ d⎠
)
• θ ≥ 45o :
⎛ z⎞
S1 ( z) = 1,0 + ⎜ 2 ,5 − ⎟.0,31 ≥ 1
⎝ d⎠
• Interpolar linearmente para 3o < θ < 6o e 17o < θ < 45o.
Onde:
z = altura medida a partir da superfície do terreno até o ponto considerado;
d = diferença de nível entre a base e o topo do talude ou morro;
θ = inclinação média do talude ou encosta do morro.
Onde z é a altura medida a partir da superfície do terreno. A rugosidade do terreno é subdividida nas
categorias 1 a 5, conforme especificação a seguir:
• Categoria I: Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, medida na
direção e sentido do vento incidente. Exemplos: mar calmo;lagos e rios; pântanos sem vegetação.
• Categoria II: Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos
isolados, tais como árvores e edificações baixas. Exemplos: zonas costeiras planas; pântanos com
vegetação rala; campos de aviação; pradarias e charnecas; fazendas sem sebes ou muros.
• Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros, poucos
quebra - ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos: granjas e casas de campo, com
exceção das partes com matos; fazendas com sebes e/ou muros; subúrbios a considerável distância
do centro, com casas baixas e esparsas.
• Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal,
industrial ou urbanizada. Exemplos: zonas de parques e bosques com muitas árvores; cidades
pequenas e seus arredores; subúrbios densamente construídos de grandes cidades; áreas industriais
plena ou parcialmente desenvolvidas.
• Categoria V: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados.
Exemplos: florestas com árvores altas de copas isoladas; centros de grandes cidades; complexos
industriais bem desenvolvidos.
• Classe A: Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas
sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20 metros.
• Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical
da superfície esteja entre 20 e 50 metros.
• Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical
da superfície exceda 50 metros.
c) Fator estatístico S3
Vk = V0 . S1 . S2 . S3 (18.7)
Vk 2
q=
16 (18.8)
O vento ao incidir sobre uma edificação provoca pressões ou sucções que dependem dos seguintes
fatores:
1- forma e proporção das dimensões da construção. Dois coeficientes dependem diretamente destes
fatores:
Ce = Coeficiente de forma externo - valor médio em uma superfície plana - para cálculo da
estrutura principal (Tabela 18.8 e Tabela 18.9);
Cpe = Coeficiente de pressão externo - valor médio para regiões específicas, onde há altas
sucções locais - para cálculo dos elementos de vedação e estrutura secundária ( terças, travessas,
tesouras secundárias, telhas, etc) (Tabela 18.8 e Tabela 18.9);
2- localização das aberturas (barlavento ou sotavento);
3- saliências e pontos angulosos (beirais, chaminés, ondulação da cobertura);
4- situação de outros edifícios e obstáculos circunvizinhos (turbulência);
O hachurado na figura 18.4 representa as regiões de altas sucções ( próximas às arestas e quinas da
parede e da cobertura ) - vento incidente em um ângulo qualquer.
Tabela 18.8 - Coeficientes de pressão e de forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular.
Fonte: NBR 6123/1988
Tabela 18.9 - Coeficientes de pressão e forma, externos, para telhados com 2 águas, simétricos, em
edificações de planta retangular. Fonte: NBR 6123/1988
SOBREPRESSÃO
SUCÇÃO
1) Se a edificação for totalmente impermeável ao ar, a pressão no interior da mesma será invariável no
tempo e independente da velocidade da corrente de ar externa. Porém, usualmente as paredes e/ou a
cobertura de edificações consideradas como fechadas, em condições normais de serviço ou como
conseqüência de acidentes, permitem a passagem de ar, modificando-se as condições ideais supostas nos
ensaios. Enquanto a permeabilidade não ultrapassar os limites indicados em 3), pode ser admitido que a
pressão externa não é modificada pela mesma, devendo a pressão interna ser calculada de acordo com as
especificações dadas a seguir.
sem portas, janelas ou quaisquer outras aberturas. Os demais elementos construtivos e vedações são
considerados permeáveis. A permeabilidade deve-se à presença de aberturas tais como: juntas entre painéis
de vedação e entre telhas, frestas em portas e janelas, ventilações em telhas e telhados, vãos abertos de
portas e janelas, chaminés, lanternins, etc.
3) O índice de permeabilidade de uma parte da edificação é definido pela relação entre a área das
aberturas e a área total desta parte. Esse índice deve ser determinado com toda a precisão possível. Como
indicação geral, o índice de permeabilidade típico de uma edificação para moradia ou escritório, com todas as
janelas e portas fechadas, está compreendido entre 0,01% e 0,05%. Para aplicação dos ítens desta seção,
excetuando-se o caso de abertura dominante, o índice de permeabilidade de nenhuma parede ou água de
cobertura pode ultrapassar 30%. A determinação deste índice deve ser feita com prudência, tendo em vista
que alterações na permeabilidade , durante a vida útil da edificação, podem conduzir a valores mais nocivos
de carregamento.
4) Abertura dominante é uma abertura cuja área é igual ou superior à área total das outras aberturas
que constituem a permeabilidade considerada sobre toda a superfície externa da edificação ( inclui a
cobertura, se houver forro permeável ao ar ou na ausência de forro ) Esta abertura dominante pode ocorrer
por acidente, como a ruptura de vidros fixos causada pela pressão do vento ( sobrepressão ou sucção ), por
objetos lançados pelo vento ou por outras causas.
5) Para edificações com paredes internas permeáveis a pressão interna pode ser considerada
uniforme. Neste caso devem ser adotados os seguintes valores para o coeficiente de pressão interna Cpi:
1.....................................................Cpi = +0,1
1,5..................................................Cpi = +0,3
2.....................................................Cpi = +0,5
3.....................................................Cpi = +0,6
6 ou mais.......................................Cpi = +0,8
- abertura dominante na face de sotavento: Adotar o valor do coeficiente de forma externo, Ce,
correspondente a esta face (tabela 18.8).
1.abertura dominante não situada em zona de alta sucção externa: Adotar o valor de
coeficiente de forma externo, Ce, correspondente ao local da abertura nesta face ( tabela 18.8).
2.abertura dominante situada em zona de alta sucção externa: Proporção entre a área
da cobertura dominante ( ou área das aberturas situadas nesta zona ) e a área total das outras
aberturas situadas em todas as faces submetidas a sucções externas:
0,25.............................................Cpi = -0,4
0,50.............................................Cpi = -0,5
0,75.............................................Cpi = -0,6
1,0...............................................Cpi = -0,7
1,5...............................................Cpi = -0,8
3 ou mais.....................................Cpi = -0,9
Zonas de alta sucção externa são as áreas hachuradas nas tabelas de Cpemédio.
6) Para edificações efetivamente estanques e com janelas fixas que tenham uma probabilidade
desprezível de serem rompidas por acidente, considerar o mais nocivo dos seguintes valores:
Cpi = -0,2 ou 0
7) Quando não for considerado necessário ou quando não for possível determinar com exatidão
razoável a relação de permeabilidade (ítem 6.2.5-c da Norma), deve ser adotado para valor do coeficiente de
pressão interna o mesmo valor do coeficiente de forma externo, Ce (para incidências do vento de 0o e de
90o), para a zona em que se situa a abertura dominante, tanto em paredes como em coberturas.
8) Aberturas na cobertura influirão nos esforços sobre as paredes nos casos de forro permeável
(porosidade natural, alçapões, caixas de luz não estanques, etc) ou inexistente. Caso contrário, estas
aberturas vão interessar somente ao estudo da estrutura do telhado, seus suportes e sua cobertura, bem
como ao estudo do próprio forro.
9) O valor de Cpi pode ser limitado ou controlado vantajosamente por uma distribuição deliberada de
permeabilidade nas paredes e cobertura, ou por um dispositivo de ventilação que atue como uma abertura
dominante em uma posição com um valor adequado de pressão externa. Exemplos de tais dispositivos são:
- cumeeiras com ventilação em telhados submetidos a sucções para todas as orientações do vento,
causando uma redução da força ascensional sobre o telhado.
- aberturas permanentes nas paredes paralelas à direção do vento e situadas às bordas de barlavento
(zonas de altas sucções externa), causando uma redução considerável da força ascensional sobre o
telhado.
Ci ≡Cpi
a) Pressão do vento no interior da construção: C pi .q (18.9)
b) Ilustração da sobrepressão e sucção interna (Figura 18.5)
1- Dados:
Desenho do Projeto Arquitetônico de um edifício térreo destinado a depósito de matéria prima,
figura 18.6. (Fonte: Moliterno,1981)
2- Considerações Preliminares:
• Telhado de duas águas, beiral de 0,50 m em todo o perímetro externo. Cobertura com chapas
onduladas de cimento amianto;
Vk = V0 . S1 . S 2 . S 3
- Velocidade Básica: gráfico das isopletas (mapa do vento) - Pela figura 18.2 V0 = 45 m/s
- Fator Topográfico S1 = 1,0 (Terreno plano)
- Rugosidade do terreno: Categoria V, Classe B - Altura 9,00 m.
Adotamos H = 10,00 m => S2 = 0,62
- Fator estatístico- (Tabela 18.7- S3 = 0,95)
Vk 2
q=
16 = 26,52/16 = 44 Kgf / m2
5.1- Paredes
h 5,20 1 a 50,00
= = = = 2 ,4
b 21,00 4 e b 21,00
h 1 1 a
= = 2,4
b 4 < 2 e 2 < b < 4
0º 90º
A1 e B1 - 0,8 A + 0,7
A2 e B2 - 0,4 B - 0,5
C + 0,7 C1 e D1 - 0,9
D - 0,3 C2 e D2 - 0,5
Figura 18.6 B
OBS: Zonas de maior sucção (Cpe médio), somente para elementos de vedação e estrutura secundária.
5.2- Telhados
h 5,20 1
= =
b 21,00 4 altura relativa
Entrada: θ = 20o
h 1
<
b 2
d) Esquemas
Combinando as ações determinadas separadamente para paredes (figura 18.6) e telhado (figuras 18.8
e 18.9), resultam os carregamentos das sobrepressões e sucções externas atuando no edifício, conforme as
figuras 18.10 e 18.11.
30,8 Kgf / m2
17,6Kgf / m2
22 Kgf / m2 ou 44 Kgf /
22 Kgf / m2 m2 para elemenetos de
vedação até 1uma
30,8 Kgf / m2
profundidade de 0,25xb
22 Kgf / m2 = 5,25m na direção do
comprimento do galpão.
17,6 Kgf / m2
Figura 18. 11 A
Figura 18.11 B
Neste ponto já se pode determinar a ação do vento no beiral, objetivando-se separar o cálculo
estático da sua estrutura dos demais elementos estruturais que compõem o madeiramento do telhado.
Essa consideração é perfeitamente válida, porque, no caso, as ações da pressão interna que adiante
serão determinadas não afetam o beiral, por se encontrar exposto na parte externa do edifício.
Convém lembrar, na figura 18.11, a nota 1 da tabela 18.9, concluindo-se que a ação do vento na face
interior do beiral é igual ao da parede correspondente.
b) Beirais Laterais
b1) Resultantes máximas para cima: Figura 18.10 A: 48,4 Kgf/m2; Figura 18.8: Cpe
desprezado;
b2) Resultantes máximas para baixo: Figura 18.10 B: 44 Kgf/m2; conservativamente, não se
deve subtrair os efeitos).
Figura 18.12
Evidentemente, o beiral deverá ser dimensionado para as duas solicitações máximas extremas,
ficando assim ressalvados os efeitos intermediários.
Portanto, vamos lançar mão da permissão da NBR - 6123, admitindo o mais nocivo dos dois
seguintes valores:
2
13,2 Kgf / m2
30,8 Kgf / m
8,8 Kgf / m2 26,4 Kgf / m2
2
13,2 Kgf / m2
30,8 Kgf / m
8,8 Kgf / m2 22 Kgf / m2
Obs: Ver figura 18.6 B – Elementos secundários e a própria parede em regiões de alto Cpe
teriam resultantes ainda maiores.
Ce = 0
22 Kgf / m2 22 Kgf / m2
Cpi = -0,3
Ce = -0,5 Ce = -0,5
Ce = -0,7
8,8 Kgf / m2
8,8 Kgf / m2
Cpi = + 0,2
Ce = -0,5 Ce = -0,5
44 Kgf / m2
48,4 Kgf / m2
“No meio do vão dos elementos isolados de coberturas (ripas, terças e barras do banzo
superior de treliças), deve ser considerada atuando uma carga vertical de 1 kN (100 kgf), sempre que
a carga do vento sobre o elemento respectivo for inferior a 2 kN (200 kgf). A carga acima referida deve
ser considerada adicionalmente à carga permanente”.
Entenda-se que, para o caso das ripas, a NBR-6120 objetiva considerar a sobrecarga por m2
de telhado, visto que as bitolas usuais não podem isoladamente suportar essa solicitação de 100 kgf
no meio da peça.
1 – INTRODUÇÃO
O emprego das telhas cerâmicas, tanto do tipo marselha como colonial paulista, para
a cobertura de residências, condicionam o projeto do telhado à inclinação de pelo menos
26o ou 22o respectivamente. Verifica-se facilmente, que quanto maior for a inclinação do
telhado tanto menor será a solicitação dos esforços nas barras principais de uma tesoura
(linha e empena).
Por outro lado, a carga permanente, elevada com este tipo de cobertura, torna quase
sem efeito uma possível inversão dos esforços nas barras das treliças, que poderiam ser
provocadas pela ação da sucção do vento. Convém ressaltar que o efeito da sucção,
provocada pela ação do vento, só passou a merecer um exame mais cuidadoso quando do
emprego de chapas onduladas de cimento amianto. Essas chapas, fixadas à estrutura por
meio de ganchos ou parafusos, transmitem integralmente a solicitação dessa carga; ao
passo que as telhas cerâmicas, geralmente não estando presas às estruturas, não chegam
a transmitir sucção, mas somente pressão. A explicação intuitiva está no fato de que,
quando se forma uma forte corrente de ar na face interior para a exterior da cobertura, dá-se
possivelmente o deslizamento de uma ou mais telhas ou até mesmo, conforme a
intensidade, expulsão, permitindo o escoamento desse fluxo de ar sem que a estrutura seja
solicitada.
Outro fato a ser considerado é que, usualmente, os vãos teóricos não são grandes,
pois dificilmente excedem de 8,00 m, e as bitolas comerciais empregadas satisfazem com
folga aos esforços solicitantes nas barras, desde que sejam respeitados os seguintes
espaçamentos:
teríamos que verificar a solicitação como flexão composta, que é sem dúvida uma solução
mais trabalhosa.
Atualmente a arquitetura vem impondo soluções cada vez mais particulares aos
telhados residenciais, exigindo pouca inclinação da cobertura, o que tem dificultado o
emprego das clássicas telhas cerâmicas, que estão cedendo lugar à adoção de novas
formas ou pelo uso de cobertura de cimento amianto e alumínio. Embora esses materiais
sejam mais leves, a pouca inclinação provoca grandes solicitações nas barras das tesouras.
Os esforços devidos à ação do vento merecem cuidados especiais no tocante ao
dimensionamento e projeto dos detalhes, pelo fato da inversão dos esforços com relação
aos de carga permanente.
Por um outro lado, hoje não é possível, mesmo em obras de pequeno porte,
executar-se um telhado sem projeto como se fazia há tempos atrás, em que se relegava aos
cuidados do mestre de obra a execução do telhado. A economia com que alguns
construtores executam os telhados residenciais chegou ao ponto de suprimir as tesouras,
pois apoiam as terças diretamente sobre as paredes divisórias e perimetrais da construção.
Essa solução não é recomendada pela boa norma do trabalho. Só pode ser aceita no caso
dos oitões.
Para vãos de terças que não excedam 4,00 m, deve-se apoiá-las sempre em
paredes de um tijolo de largura, procurando distribuir a carga na alvenaria por intermédio de
uma cinta corrida de concreto armado ou apoios de madeira; jamais em paredes de meio
tijolo, pois estas não oferecem condições de apoio. O incoveniente dessa solução de apoio
diretamente sobre paredes é devido ao empuxo que as mesmas poderão sofrer, pelas
direções das reações da terça como viga inclinada verticalmente.
• A treliça Howe;
• A treliça Pratt;
• A treliça Fink.
Para vãos maiores do que 18,00 m é recomendável utilizar a tesoura Pratt. Neste
tipo de tesoura as diagonais não serão mais comprimidas e sim tracionadas. As verticais
serão comprimidas, sendo seus comprimentos menores do que as diagonais e trabalharão
com resistências de cálculo maiores. As barras são mútiplas exceto a diagonal, figura 19.2,
detalhe B.
Quando a inclinação exigida para o telhado for muito pequena, isto é, em torno de 10
% (18 %), podemos recorrer ao emprego de uma viga armada de alma cheia de seção
variável em perfil duplo T ou caixão, figura 19.4.
Nestas condições, as terças ficarão apoiadas na viga, que terá altura bem mais
reduzida que a tesoura convencional, pela existência de maior área para absorver os
esforços cortantes. Além do aspecto funcional, temos que levar em conta o aspecto estético:
o forro poderá ser fixado nas próprias terças, servindo as vigas também como efeito
decorativo.
As telhas cerâmicas tipo plan e telhão (capa e canal em canudo de barro branco),
têm contribuído para reavivar essa opção, onde a prioridade pela estética acaba sempre
prevalecendo sobre a econômica.
a) Elevação da empena
Quando, por imposição arquitetônica, o forro de madeira tiver que ser fixado à
estrutura do telhado, solucionamos o problema lançando mão de arcos invertidos fabricados
com madeira laminada colada, executada por firma especializada, fig.19.9.
• Vigas em treliça;
• Pórticos;
• Arcos.
Podem ser utilizadas as tesouras mencionadas no item 2.1 (Tesoura Howe até 18,00
m e Pratt acima de 18,00 m), figuras 19.10 e 19.11.
Muitos projetistas têm por norma considerar o lanternim separado da estrutura, figura
19.13, considerando a sua carga como concentrada nos nós da tesoura. Isso permite
padronizar um determinado tipo de lanternim (calculado em outras estruturas, permitindo
desta forma a padronização dos detalhes não só da estrutura em si como também caixilhos,
venezianas e passadiço).
Os telhados tipo Shed são construídos por vigas mestras, vigas estas de banzos,
paralelos do tipo Howe, figura 19.17, e meias tesouras também do mesmo tipo, figura 19.18,
ou então vigas retas inclinadas de seções compostas em perfil duplo T ou vigas armadas,
figura 19.19.
Figura 19.19 - Vigas retas inclinadas de seções compostas em perfil duplo T ou vigas
armadas
As reações das meias tesouras e vigas inclinadas, serão as concentrações nos nós
das vigas mestras. Convém esclarecer da diferença entre tesoura e vigas ou trave Howe.
Em ambas as diagonais trabalham à compressão e, para tal, temos as direções das
diagonais conforme o esquema indicado, figura 19.20.
• Quando houver dúvida quanto aos esforços de tração das diagonais, adotar contra-
diagonais e sentimento, figura 19.26. A justificativa é que, aplicando-se o processo
Ritter, o centro de momentos das diagonais fica fora da treliça (prolongamento dos
banzos), ocorrendo algumas inversões, mesmo com a ação da carga permanente.
a) Os eixos geométricos das barras devem concorrer no mesmo ponto (nó ou junta),
como também os centros de gravidade das seções das barras devem coincidir com o eixo
geométrico da estrutura;
c) As cargas devem ser aplicadas diretamente nos nós da treliça (posição das
terças), evitando-se assim, momentos fletores que não haviam sido previstos no cálculo
estático;
Outra observação que não deve ser descuidada, é a maneira como se processará o
carregamento permanente, por exemplo a colocação das chapas de cimento amianto na
cobertura.
Figura 19.28 A - Levantamento braçal com um ou mais operários em cada junta do banzo da
tesoura
3) Içamento da treliça.
Figura 19.30 – Içamento da treliça com o auxilio de torre estaiada e pessoal braçal
1 – INTRODUÇÃO
Os nomes que são dados às peças que compõem os elementos de um telhado são
bastante diversos nas várias regiões do Brasil. Para evitar a confusão de nomes, será
dividido o assunto em dois ítens:
• Termologia das construtoras - serve para comunicação com o pessoal das obras,
embora bastante diversa;
• Termologia Estrutural - para ser adotado na comunicação de engenheiros e
arquitetos.
11) ESCORA;
3 - TERMOLOGIA ESTRUTURAL
1) TERÇAS: Vigas apoiadas sobre as tesouras: Para evitar flexão das terças,
empregamos escoras, denominadas mão francesas;
S..................................Banzo superior;
I...................................Banzo inferior;
V.................................Barras verticais ou simplesmente verticais;
D.................................Barras Diagonais ou simplesmente diagonais
N.................................Nó ou junta.............Ponto de interseção de barras;
ρ..................................Painel - Distância entre dois nós;
h..................................Altura da tesoura;
L..................................Vão da tesoura - Distância entre os apoios extremos;
α..................................Inclinação da tesoura;
6) MEIA TESOURA;
7) TESOURA DE CANTO;
Até agora abordamos os casos das vigas mestras ou principais com suficiente
rigidez no plano em que se situam, isto é, o próprio plano da tesoura; resta, entretanto,
complementar de modo que se consiga a rigidez do conjunto. Quando não dispomos de
uma grelha de vigotas para a fixação do forro, a simples armação das tesouras e terças
passa a funcionar como uma malha de várias rótulas e, portanto, com possibilidades de livre
rotação nos vários pontos de interseção. É intuitivo que essa condição só se apresente
estável para a atuação de cargas permanentes, e a hipótese casual da carga devida à ação
do vento atuar no mesmo plano da tesoura. Acontece, porém, que o vento atua também em
outras direções, seja o caso da direção esconsa com relação ao plano da tesoura, figura
20.10, aparecendo então a componente total WT, desequilibrando o conjunto.
Para observarmos os efeitos WT, somos obrigados a lançar mão de outra estrutura
que denominamos de contraventamento, mesmo porque o cálculo estático é baseado na
condição de que, para cada plano de forças, corresponde uma treliça.
Figura 20.11 A
Figura 20.12 B
O outro sistema será o triângulo composto pela diagonal D2, a cumeeira, no trecho
entre a tesoura a e b e o pendural da tesoura a.
Possivelmente essa é uma das razões, fora do efeito favorável, da flexão, que
justifica a opção de alguns projetistas de colocarem MF em todos os vãos de terças, mesmo
que teoricamente desnecessários.
1 – INTRODUÇÃO
A parte externa de uma cobertura é o telhado que é o conjunto das telhas e peças
especiais tais como: cumeeira, rufo, etc.
Uma cobertura bem feita deve ter espessura tal que o telhado tenha seus diversos
planos com inclinação constante, permitindo um rápido e eficiente escoamento das águas. E
seja tal que garanta sua integridade sob o efeito do vento. Deve-se além disso, ao se fazer
uma cobertura, procurar a melhor maneira de preservar o conforto térmico do ambiente a se
cobrir.
O que se tem notado é que a maioria das pessoas, inclusive engenheiros civis, não
têm dado a devida importância à cobertura residencial, deixando esta parte da obra
entregue aos carpinteiros, que por absoluta falta de conhecimento e, por uma questão de
tradição, fazem a estrutura de sustentação super dimensionadas, com ligação entre os
vários elementos não condizentes com os esforços existentes, e, além disso, a maneira não
racional de desenvolver o projeto da cobertura provoca um grande desperdício de madeira.
2.1 - Definição
É bom frisar que o projeto da cobertura deve ter seu início quando se começa a
definir a planta da casa, a disposição de seus cômodos, sua fachada; pois o tipo de
cobertura deve estar coerente com o tipo de residência a construir. Mesmo porque, muitas
vezes, alguma modificação pode ser feita na planta da casa, pensando numa maior
facilidade na construção da cobertura. Por exemplo, às vezes o deslocamento de 15 cm em
uma parede provoca um alinhamento tal que não seja necessária a construção de uma viga
sobre a laje para se apoiar um pontalete.
A figura 21.1 mostra um telhado onde podem ser visualizados os diversos planos
inclinados e suas interseções. Esses planos inclinados serão chamados de “águas” e suas
interseções formarão as cumeeiras (letra a das figuras 21.1 e 21.2), espigões (letra b) e
águas furtadas ou rincões (letra c).
Estruturas usuais de madeira O traçado dos telhados
A figura 21.2 é a vista em planta do telhado da figura 21.1. Esta planta contém as
mesmas informações contidas na figura 21.1, ou seja, nela pode-se visualizar as linhas de
cumeeiras, espigões, águas furtadas e os diversos panos do telhado com setas indicando o
sentido das respectivas quedas.
O traçado do telhado nada mais é do que o que está exposto na figura 21.2, ou seja,
fazer o traçado de um telhado é projetar o telhado em planta indicando as linhas da
cumeeira, espigões e águas furtadas, assim como indicar o sentido da queda da água nos
diversos panos constituintes. Indica-se também no traçado do telhado, a localização dos
condutores verticais e as linhas de calhas quando existirem.
O telhado pode terminar sobre uma parede: em oitão e em água. Vê-se na figura
21.3 um telhado de duas águas e portanto com dois oitões.
O traçado de um telhado requer uma certa prática do projetista, mas a seguir serão
dadas algumas regras práticas que auxiliarão no traçado do telhado:
1- Os espigões formam ângulos de 45o com as paredes e saem dos cantos externos;
2- As águas furtadas formam ângulos de 45o com as paredes e saem dos cantos
internos;
4- Do encontro entre uma linha de cumeeira e uma linha de água furtada sai-se com
um ângulo de 90o determinando outra linha.
EXEMPLO 1
Um telhado cujo traçado foi feito de acordo com essas regras terá inclinação constante
em todos os seus panos e, além disso, terá todo o pé direito externo da casa constante.
Agora, se desejar que o telhado não tenha tantas águas, pode-se simplificá-lo, mas, no
entanto, sua inclinação pode variar nos seus panos constituintes e seu pé direito externo
não será mais constante, como mostra a figura 21.6.
A questão que pode ser levantada é se um telhado cuja geometria foi determinada
de acordo com essas regras é mais econômico que um telhado onde se faz algumas
simplificações, como por exemplo, obter-se planos com diferentes inclinações, cumeeiras
não eqüidistantes das paredes, etc. Essa é uma comparação difícil de ser feita pois se de
um lado um telhado de duas águas é mais simples de ser feito que um telhado de quatro
águas, por outro lado os dois oitões que um telhado de duas águas exige acaba igualando-o
em termos de trabalho ao de quatro águas.
O que poderia ser dito é que em muitos casos, esteticamente é mais agradável não
se usar tantas águas no telhado. É portanto, uma questão de gosto.
Mas, convém salientar que tem-se utilizado essas regras para determinar o traçado
devido à simplicidade de execução que elas exigem, além de terem duas características
importantes citadas anteriormente: inclinação constante em todos os panos e pé direito
externo constante. Os construtores e marceneiros responsáveis pela execução da abertura
as utilizam sempre. Eles sabem que de todos os cantos sai-se com 45o, que a cumeeira é
eqüidistante das paredes, etc. Não é preciso ninguém fiscalizar, ninguém falar nada. E é
essa simplicidade que eles preferem.
1 - INTRODUÇÃO
Nas coberturas com telhas cerâmicas temos as ripas que são pregadas nas vigas
que constituem as terças e estas descarregam todo o peso da cobertura sobre as tesouras.
2 - LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
Partindo de uma área a ser coberta (retangular l x z), figura 22.1, devemos colocar
as vigas treliçadas (tesouras) na direção do menor vão, isto é, em l.
Para vãos até 18 m pode ser utilizada a tesoura Howe, figura 22.2.
Estruturas usuais de madeira Telhado de duas águas
Para vãos entre 18 e 30 m pode ser utilizada a tesoura Pratt, figura 22.3.
A água de embebição máxima nas telhas de material poroso pode ser considerada
como carga acidental. A água absorvida dificilmente ultrapassa 25 % do peso da telha.
Utilizando telhas cerâmicas não é difícil escolher a posição das terças. A distância
entre elas geralmente é função do peso das telhas e rigidez dos caibros, geralmente se
aproximando da valor 1,5 m, figura 22.4. Entretanto o vão deve ser calculado como sendo
uma viga simplesmente apoiada entre duas terças, com carga uniformemente distribuída
(flexão-compressão).
lt = l -14 (22.1)
Assim, para a telha de 1,83 m a distância entre as terças é de 1,69 cm, figura 22.5.
Esta terça auxiliar vai introduzir um esforço adicional na tesoura, que deve ser
determinado separadamente.
A dificuldade para calcular esse esforço está em saber que parte do carregamento
pode caber à terça auxiliar e através dela à tesoura. Pode-se admitir uma contribuição
correspondente ao peso das telhas na sua área de influência, entre as duas terças
principais.
N N
Entre as soluções que possam ser admitidas, para evitar o dimensionamento à flexo-
compressão, pode ser armada a perna da tesoura colocando um suporte logo abaixo do
ponto de apoio da terça auxiliar, figura 22.8.
Geralmente para cada terça é lançada uma barra vertical e uma diagonal. Desta
maneira a geometria, o número de barras e as dimensões da tesoura estão definidas.
O vão da terça ou a distância entre tesouras deve ser dimensionado supondo a terça
como uma viga simplesmente apoiada solicitada a flexão oblíqua com as ações
correspondentes.
• Para dimensionar a terça deve ser adotada inicialmente uma seção comercial.
• Calculam-se os elementos geométricos (A, Jx, Jy, y,x, Sx, Sy);
• A viga será calculada como uma viga simplesmente apoiada solicitada à flexão
oblíqua, figura 22.28.
qt = q . lt (kgf/m) (22.4)
A carga do vento deve ser determinada de acordo com o exposto no capítulo 18. A
seguir é apresentado um roteiro para a determinação do carregamento do vento.
Vk = V0 . S1 . S2 . S3 (18.7)
Dados de entrada:
α = 90o ⇒ Ce
α = 0o ⇒ Ce
Dados de entrada:
α = 90o ⇒ Ce
α = 0o ⇒ Ce
Nesta composição será considerado todo carregamento que alivia a estrutura, figura
22.18.
Figura
22.18 – Vento que alivia
Toda carga que estiver na área de influência da tesoura i (área hachurada), será
absorvida pela tesoura i. Multiplicando a carga permanente (g) pela distância entre tesoura
(lT), obtém-se uma carga uniformemente distribuída ao longo da tesoura, figura 22.21.
g(6) = g . lT . l
q(6)= q . lT . l
Deve ser determinada a concentração das cargas nos nós da tesoura para os dois
tipos de vento (qc = vento que carrega e qa = vento que alivia).
A determinação dos esforços nas barras poderá ser feita por qualquer método de
cálculo (equilíbrio de nós, processo das forças, processo dos deslocamentos, método
cremona e através de programas para o computador). Um dos métodos mais práticos é o
método cremona.
Para poder iniciar o dimensionamento das barras da tesoura, devem ser adotadas
algumas dimensões iniciais que poderão ser feitas através de ante-projetos. Na tabela 22.5
são apresentadas algumas indicações para a adoção dessas seções.
A contraflecha será a soma da flecha elástica mais a flecha devida à deformação dos
elementos de ligação.
Onde: Δ = Contraflecha;
ΔE = Flecha elástica.
1 n li
1. ΔE = .∑ .N i .N i (22.5)
E i =1 Ai
12 - DESENHOS E DETALHES
Os detalhes das ligações devem ser feitos em escala e com as respectivas vistas,
figura 22.33.
1 – INTRODUÇÃO
2 - MEIA TESOURA
Esta meia tesoura pode ser considerada como sendo apoiada e móvel, figura 23.2.
3 - ESPIGÃO
O espigão vem a ser a linha de interseção de dois planos de inclinação das águas do
telhado.
É uma peça que servirá de apoio e mudança de direção das terças. Geralmente
somos obrigados a fazer alterações no projeto durante a execução, ora por razões de
concordâncias de níveis, ora por diferenças no esquadro das paredes. Na figura 23.3
observa-se claramente os pontos de apoio do espigão: no vértice da tesoura a, na tesoura
de canto e no frechal.
O cálculo estático poderá ser elaborado para o caso de uma viga inclinada
recebendo as concentrações das terças, podendo ser do tipo de alma cheia ou armada,
figura 23.4.
4 - TESOURA DE CANTO
5 - DETALHES
5.2 - Apoios
Para tesouras de pequeno vão em construções fechadas a figura 23.8 mostra o tipo
freqüente de apoio. É conveniente proteger a madeira colocando uma lâmina de zinco ou
chumbo, separada do tirante. por feltro alcatronado. Deve-se também permitir a ventilação a
fim de aumentar sua durabilidade.
5.3 - Fixação
A cobertura, sendo leve, toda estrutura pode ser lançada fora por não haver
dispositivos de fixação.
A extremidade do tirante pode ficar embutida, mas arejada. O apoio móvel pode ser
executado conforme a figura 23.9, acrescentando-se um coxim de madeira dura entre o
tirante e a cinta, a fim de facilitar os deslocamentos horizontais que possam ocorrer.
Outra solução para o apoio móvel seria aquele da figura 23.9, desde que os furos
das faces verticais das cantoneiras sejam rasgados horizontalmente.
1 – INTRODUÇÃO
À primeira vista pode parecer que a necessidade de se fazer vigas invertidas para
apoio dos pontaletes, quando necessário, seja um inconveniente para o seu uso. Mas é bom
frisar que quando se tem uma laje relativamente grande, é preferível fazer uma laje
invertida, dividindo ao meio esta laje, para que esta se torne mais rígida; e é nesta laje que
se apoiará o pontalete, pois se a laje for grande, além da viga exigida para sua rigidez, o vão
exigirá um pontalete para apoio da trama.
A distância entre dois pontaletes está limitada pela seção das terças. Para terças de
peroba rosa com seção de (6 x 12) cm, essa distância máxima é de 2,20 m; para terças de
(6 x 16) cm pode-se ter uma distância de até 3,00 m, isso para telhas cerâmicas.
Os caibros são pregados nas terças com pregos de 25 x 30. Por facilidade
construtiva, os caibros serão emendados sobre as terças, daí a necessidade de se prever os
locais onde serão emendados os caibros, para na compra da madeira, não perder
comprando a mais.
2 - DETALHES
2.1- Ligação entre terça e pontalete e entre pontalete e berço (figura 24.1)
Estruturas usuais de madeira Coberturas pontaletadas
Os pontaletes são fixados sobre os berços de madeira que podem ser pedaços de
vigas (6 x 12) ou (6 x 16).
2.2.1 – Ripas
Portanto, para garantir esse espaçamento constante, o carpinteiro constrói uma guia
(figura 24.5).
As ripas são compradas por dúzia e sem comprimento padronizado, pois podem ser
emendadas, raramente dando retalhos. Porém normalmente as serrarias especificam as
ripas com um comprimento padrão de 4,40 m, ou seja, ao informarem o preço das ripas,
subentende-se que o preço dito é para 12 ripas de 4,40m.
2.2.2 - Caibros
A bitola dos caibros varia com o espaçamento entre as terças, já que este
espaçamento constitui o vão livre em que irão trabalhar. Assim, quando as terças estão
espaçadas de até 2,00 m, usam-se caibros de 5 x 6; quando as terças estão espaçadas de
mais de 2,00 m e menos de 2,80 m, usam-se caibros de 6 x 8.
A distância entre os caibros é no máximo 0,50 m (de eixo a eixo), isso para ripas
comuns de peroba rosa com seção (1,2 X 5,0 cm).
2.2.3 – Terças
As terças apoiam-se nas tesouras ou nos pontaletes e servem de apoio aos caibros.
Sua disposição na cobertura é paralela à cumeeira.
Sobre as ripas atua somente o peso das telhas, para telha francesa é de 45 kg/m2.
As ripas devem ser dimensionadas à flexão oblíqua.
Sobre os caibros atuam o peso das telhas mais o peso das ripas. Conhecida a
densidade da madeira utilizada e estimando qual é a área de influência do caibro é possível
calcular o peso das ripas nessa área, que somando com o peso das telhas nessa mesma
área fornece a carga distribuída sobre o caibro. Os caibros devem ser dimensionados à
flexão composta.
Sobre as terças atuam o peso das telhas mais o peso das ripas e dos caibros.
Novamente, conhecida a densidade da madeira e a área de influência da terça é possível
calcular o peso das ripas e dos caibros nessa área, que somado com as telhas nessa área
fornece a carga distribuída sobre a terça. As terças devem ser dimensionadas à flexão
oblíqua.
As etapas que devem ser analisadas são apresentadas a seguir e serão mostradas
através do desenvolvimento de um projeto de uma cobertura residencial.
1- Planta da casa;
Figura 24.9 - Planta do com indicação das águas, beirais, inclinações, elevações e principais
linhas do telhado
Figura 24.11 - Planta de localização dos pontaletes, terças, cumeeiras, espigões e água-
furtada
Figura 24.12 - Planta de localização das emendas das terças, cumeeiras, espigões e água-
furtada
8.1.1- Ripas
Com a planta de localização das ripas do ítem 6 e com uma tabela adequada,
somam-se os comprimentos das ripas, acrescentando-se 10 % ao valor obtido
8.1.2- Caibros
Seção (5x6) cm
Comprimento Unidade
2,50 7
3,00 4
Caibros 3,50 9
4,00 10
4,50 14
5,00 41
5,50 3
8.1.3- Vigas (terças, cumeeiras, águas furtadas, espigões, pontaletes e berços dos
pontaletes);
Tabela 24.3 - Medidas dos comprimentos das terças, cumeeiras, águas furtadas e espigões
Valor medido já Valor pedido Valor medido já Valor pedido Valor medido já Valor pedido
acrescido (m) acrescido (m) acrescido (m)
(m) (m) (m)
4,50 4,50 5,00 5,00 5,00 5,00
4,50 4,50 5,00 5,00 2,00 5,00
3,00 3,00 3,50 3,50 2,60
2,90 3,00 3,50 3,50 4,00 4,00
2,60 3,00 5,00 5,00 3,35 3,50
3,25 3,50 3,50 3,50 3,90 4,00
4,20 4,50 5,00 5,00 4,30 4,50
3,40 3,50 5,00 5,00 5,00 5,00
4,00 4,00 5,00 5,00 4,50 4,50
2,80 3,00 4,30 4,50 4,00 4,00
3,30 3,50 3,20 3,50 5,00 5,00
3,20 3,50 3,00 3,00 3,20 3,50
4,00 4,00 4,00 4,00 4,50 4,50
3,20 3,50 2,90 3,00 4,30 4,50
3,20 3,50 2,70 3,00
Seção (6x12) cm
Comprimento Unidade
2,50 -
Terças, Cumeeiras,
3,00 7
Águas Furtadas,
3,50 12
Espigões
4,00 6
4,50 8
5,00 10
b) Pontaletes
Seção (6x16) cm
Comprimento Unidades
2,50 1
3,00 -
Pontaletes
3,50 -
4,00 -
4,50 4
5,00 3
• Ripas: 716 m;
• Caibros: Tabela 24.2;
• Vigas: Tabela 24.4 e Tabela 24.6.
A telha usada é a capa e canal que tem um consumo médio por m2 de 28 unidades.
A área a ser coberta é de 185 m2 . Logo serão necessárias 5180 telhas. Faz-se o
pedido de 5200 telhas.
9- Observações construtivas
Etapas principais:
Se não houver nenhum cômodo da casa com teto para proteger o madeiramento, é
necessário que se cubra com algum tipo de lona ou plástico. O que não pode é deixar a
madeira ao intemperismo.
Não se pode jogar a madeira de qualquer jeito num canto da obra. Para facilitar o
uso das várias peças é conveniente empilhá-las de acordo com o seu comprimento e seção,
assim quando se necessita, por exemplo, de uma viga de 3,5 m, facilmente ela é localizada
na pilha.
Depois de tomar todos esses cuidados com a madeira, começa-se a construção
propriamente dita da cobertura. E a primeira etapa da construção é a marcação dos
pontaletes que sustentarão as cumeeiras. A figura 24.16 mostra a colocação das
cumeeiras.
Os primeiros pontaletes são escorados inicialmente, depois de pronta a cobertura
essas escoras são retiradas, figura 24.17.
Depois das terças são colocados os caibros, depois as ripas e por fim as telhas,
figuras 24.18 e 24.19.
que o carpinteiro comece a realizá-lo antes mesmo de estar pronta a laje para receber a
cobertura. Cabe ao projetista indicar ao carpinteiro quais serão as peças que ficarão com as
suas pontas aparentes no beiral, para que sejam moldadas.
Uma cobertura bem feita mostra um telhado com cada pano plano e uniforme, sem
saliências e reentrâncias, permitindo um escoamento rápido e eficiente das águas das
chuvas.
CALIL Jr., C., Lahr, F. A. R., Dias, A. A., Dimensionamento de Elementos Estruturais
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