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Esse parágrafo apenas dispõe que um ato não deve ser designado ou
deixar de ser adiado sem que o magistrado competente analise a possibilidade
das partes realmente participarem das audiências virtuais/digitais e que essa
responsabilidade de garantir a intimação e presença das partes nessas
audiências virtuais não deve ser repassada aos advogados e aos procuradores
quando esses atos ocorrerem fora dos prédios oficiais do Poder Judiciário para
a participação dos atos virtuais.
Uma das duas mudanças trazidas pela Lei n. 13994/20 foi a inserção
do § 2º no artigo 22 da Lei n. 9099/95, que passou a dispor que: “É cabível a
conciliação não presencial conduzida pelo Juizado mediante o emprego dos
recursos tecnológicos disponíveis de transmissão de sons e imagens em tempo
real, devendo o resultado da tentativa de conciliação ser reduzido a escrito com
os anexos pertinentes”.
Está claro que a nova Lei não trouxe mudança significativa[7] nos
efeitos de quem se ausenta da audiência de conciliação, mas trouxe uma
modificação substancial aos efeitos da ausência das partes na audiência,
quando se trata da ausência numa audiência virtual num país de tamanha
desigualdade social e no momento de uma crise sanitária mundial que agravou
uma crise econômica nacional.
INCOERÊNCIA CONSTITUCIONAL.
A Lei n. 13.994/20 utiliza uma única medida para tratar situações
diferentes, o que demonstra uma incoerência constitucional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOUD, Georges. Responsabilidade fiscal e COVID-19. Medidas de
urgência em tempos de crise. Estado da Arte. Jornal O Estadão. On line, 2020.
In: https://estadodaarte.estadao.com.br/responsabilidade-fiscal-covid-medidas-
urgencia/. Acesso em 10 de abril de 2020.