Вы находитесь на странице: 1из 1

# $

As Bem-Aventuranças do Contentamento

& '

Papéis da mulher cristã, além


da submissão
4 de novembro de 2018 / Thamyris Millena

! " #

Qual é a primeira palavra que vem à sua mente quando


a questão é mulher cristã? É muito provável que
submissão tenha sido a resposta. Por certo, a Bíblia é
expressamente clara ao requerer das mulheres casadas
submissão aos seus maridos, mas as características
biblicamente exigidas não se resumem simplesmente a
uma atitude de sujeição e/ou subordinação, antes se
desdobram em virtudes que devem acompanhar a vida
da mulher verdadeiramente cristã em práticas cotidianas.

“Quanto às mulheres mais velhas,


semelhantemente, que sejam sérias em seu
proceder, não caluniadoras, não dadas a muito
vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as
mulheres mais jovens a amarem ao marido e a seus
filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de
casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a
palavra de Deus não seja difamada.” (Tt 2.3-5)

Ao descrever os deveres das mulheres cristãs nesta


passagem, o apóstolo Paulo revela que a finalidade
dessa instrução é “para que a palavra de Deus não seja
difamada”. Desta forma, uma mulher cristã
comprometida com a vida piedosa, a fim de que o nome
do Senhor não seja blasfemado por sua causa, deve se
dedicar à busca desses valores e à prática das boas
obras listadas para ela nas Sagradas Escrituras. Parece-
me, entretanto, que muitas se esforçam apenas para
exercer a submissão feminina no sentido de obediência
ao marido, achando que nisto se resume o modelo
proposto por Deus de uma mulher fiel.

É importante destacar a princípio que apesar da


passagem começar se referindo às mulheres mais
velhas, o comportamento descrito não é esperado
somente delas, pois o próprio texto pressupõe a
disposição das mulheres mais jovens a aprenderem
essas virtudes para praticá-las. Também levamos em
consideração que as jovens de hoje serão as mais
velhas de amanhã, que pela experiência no exercício
dessas boas obras, se tornarão as mestras de outras.
Por isso, tanto as jovens quanto as velhas estão debaixo
do mesmo mandamento nesse contexto.

Da mesma forma, devemos entender que esses


requerimentos não são meras sugestões. O Senhor não
nos dá a opção de escolhermos difamar ou não o Seu
nome. Pelo contrário, as Escrituras Sagradas dizem: “…
mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos
gentios, para que…observando-vos em vossas boas
obras, glorifiquem a Deus…” (1 Pe 2.12). Nossas ações
devem sempre render glórias a Deus.

Tendo dito isto, buscarei explorar melhor as atribuições


da mulher que ama ao Senhor mencionadas na
passagem de Tt 2.3-5, além da submissão que é um
assunto mais conhecido.

Sejam sérias em seu proceder

Em 1 Timóteo 3.11, o apóstolo Paulo dá exatamente as


mesmas instruções que vemos em Tito 2. O texto diz:
“As mulheres igualmente sejam dignas, não
caluniadoras, mas sóbrias…”. As orientações estão na
mesma sequência: primeiramente o proceder sério
(digno), não caluniadoras e que não negligenciem a
importância da sobriedade.
Ser séria no proceder não se trata de um rosto sem
expressões de alegria ou um comportamento quase que
mal humorado, e sim, um procedimento que inspire
confiança a outros. Logo após recomendar o
procedimento sério, isto é, digno, Paulo cita alguns
exemplos de uma mulher que se porta com seriedade:
não caluniadora, não dada a muito vinho. Os dois são
pecados frequentemente encontrados no gênero
feminino se encararmos ambos como princípios; o
primeiro, diz respeito a falta de domínio da língua, o
segundo, como a dificuldade em manter-se apta para
agir pela razão.

O pastor João Calvino sobre isso disse: “A maledicência


é um pecado que grassa entre as mulheres… nunca
ficam satisfeitas com sua conversação enquanto não se
embranham pela vereda da tagarelice e difamação,
atingindo a reputação alheia”[1]. De fato, é fácil demais
para as mulheres se acharem envolvidas em conversas
cheias de maledicência.

A Bíblia ainda nos ensina outras formas de nos


comportarmos com dignidade: “Da mesma forma quero
que as mulheres se vistam modestamente, com
decência e discrição, não se adornando com tranças,
nem ouro, nem pérolas, nem roupas caras, mas com
boas obras, como convém a mulheres que professam
adorar a Deus” (1 Tm 2.9-10).

A mulher piedosa deve se vestir de forma que as suas


obras sejam mais notórias do que suas roupas. Ainda
hoje, as mulheres são as mais atraídas pela cobiça dos
olhos no mundo das confecções, apetrechos, moda e
hairstyle [2]. São seduzidas e cobradas a se vestirem de
forma que não as faça antiquadas no meio de outras
pessoas. Isso as leva a competições, invejas, falta de
contentamento e muitos outros males. Deus ordena a
simplicidade não apenas por causa de nós mesmas, mas
também porque podemos, com as nossas vestes,
sermos pedra de tropeço para outras mulheres. Nem
todas as coisas convém aos santos, por isso, é
necessário que haja moderação na hora de escolher o
que vestir, usar ou calçar, visando a edificação do
próximo, não provocando os irmãos e irmãs à inveja ou
lascívia.
Sobre isso, Calvino comenta o seguinte: “Seria por
demais errôneo negar a conveniência da simplicidade às
mulheres honradas e castas como sendo sua especial e
perpétua característica de distinção…”[3]

Em 1 Pedro 3.3-5, somos instruídas a observarmos o


proceder das santas mulheres de fé que a palavra nos
mostra, as quais demonstravam suas belezas não pelos
adereços externos, mas pelo caráter cristão que era “…
manifesto num espírito gentil e pacífico, o que é de
grande valor para Deus”. É precioso cultivarmos a
comunhão com irmãs que representam para nós um
exemplo de fé verdadeira, são aquelas em quem já
podemos observar o procedimento sério que a palavra
de Deus pede e por isso, estão aptas a nos ajudar no
desenvolvimento das outras virtudes necessárias.

Em termos gerais, ter sério proceder diz respeito a falar


com sabedoria, zelar pela sobriedade (não se deixando
levar pelo comportamento emocional e irracional), vestir-
se de maneira honrosa, decente e ser escrava da boa
consciência.

Sejam mestras do bem

Mestre é aquele que está na posição de ensinar aos


outros acerca de coisas já por ele conhecidas. As
mestras do bem são aquelas que pelo exercício pessoal
tornaram-se capazes de ensinar outras a praticarem o
bem. As boas obras são próprias às mulheres que
professam ser piedosas (1 Tm 2.10). A Bíblia nos mostra
repetidamente a participação das mulheres nos serviços
de misericórdia, assistência aos santos, cuidado,
socorro, etc.

Lucas registra no evangelho escrito por ele, a


participação financeira das mulheres no ministério de
Jesus (Lc 8.1-3); na epístola aos Romanos, Paulo cita o
serviço da irmã Febe em hospedar a muitos (Rm 16.1-2);
na carta de Paulo ao jovem Timóteo, vemos uma lista de
características de viúvas que foram grandes exemplos
de fé durante suas vidas e por isso deveriam ser
honradas pela igreja. O texto diz:

“...seja recomendada pelo testemunho de boas


obras, tenha criado filhos, exercitado a
hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido a
atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa
obra.” (1 Tm 5.10)

Ao longo da história da igreja temos também grandes


exemplos de mestras do bem, dentre as quais
poderíamos mencionar Katarina Vonbora, esposa do
reformador Martinho Lutero, que se desgastava em prol
do reino e dos santos acolhendo a muitos estrangeiros,
pregadores e estudantes em sua casa, servindo-lhes
alimento, e lugar para dormir.

A mulher que ama a Deus deve entender a importância


de servir. Ela deve se colocar a serviço dos seus, do
reino e dos santos, a fim de ornarem em tudo a doutrina
de Deus, nosso salvador.

A amarem ao marido e a seus filhos

Em uma leitura mais superficial, entendemos por


obviedade que essa parte se refere àquelas mulheres
que já estão casadas e já tem filhos. Mas uma visão
ainda mais ampla desta passagem nos leva a entender
que mesmo as solteiras devem amar filhos e maridos,
isto é, a ideia de tê-los; elas devem valorizar a ideia de
formar família.

O crescimento feminista da suposta luta pela suposta


liberdade das mulheres na verdade tem as conduzido a
odiar a visão bíblica de família. Muitas mulheres cristãs
só conseguem se imaginar formando famílias se o
modelo desta for tão somente igual ao modelo do
mundo: ambos trabalhando pelo sustento da casa e
evitando filhos. A maternidade se tornou um fardo para
elas, o amor bíblico ao marido demonstrado em serviço
também.

O amor bíblico é praticado e não sentido. Por ser o


casamento uma representação de Cristo e a Igreja, o
amor do homem é demonstrado em sacrifício (Ef
5.23,25-30), enquanto o amor da mulher é demonstrado
em obediência (Ef 5.24) da mesma forma como a igreja
é chamada a dar prova de seu amor mediante a
observação dos mandamentos (Jo 14.15). Através da
obediência e do respeito ao marido (Ef 5.33b), a mulher
pratica o amor para com ele, reconhecendo o seu papel
dado por Deus como cabeça do lar para a proteção dela
mesma.

Quanto a maternidade, a Bíblia sempre nos mostra a


condição da mulher de gerar filhos como bênção – e não
somente isso, mas também nos dá todos os incentivos
necessários para que amemos a ideia de sermos mães.
Então por que tantas têm se deixado enredar na visão
pós-moderna adotando o modelo de um casamento
estéril?

Nos conselhos às mulheres encontrados na palavra de


Deus, a maternidade está constantemente incluída; o
amor aos filhos (possíveis e existentes) é tão importante
que é dito que a “missão de mãe” preserva a mulher (1
Tm 2.15). As viúvas jovens deveriam casar-se
novamente e criarem filhos (1 Tm 5.14), e a viúva mais
velha para ser inscritas para receber o auxílio da igreja
deveria ter criado filhos durante a vida (1 Tm 5.10). É
importante observar que esses últimos textos não dizem
que elas deveriam necessariamente dar luz a filhos, mas
sim criar filhos. Isso implica em serem mães mesmo se
limitações físicas as impedissem de gerar. E além de
desses ensinamentos do Novo Testamento ainda há
inúmeras passagens que exaltam a visão da mulher
como mãe no Antigo Testamento.

Fomos criadas para sermos auxiliadoras e esse termo


acima de tudo, representa o nosso auxílio principal:
sermos mães. Deus nos criou para auxiliar o homem,
dentre outras coisas, naquilo que ele não pode fazer
sozinho, gerar vidas.

Boas donas de casa

Não tem sido difícil ouvir de mulheres (até mesmo as


cristãs) a frase “eu não nasci para ser dona de casa”, é
tão comum quanto ouvir “eu não nasci para ser mãe”.
Mas será mesmo que uma mulher cristã pode acreditar
de que não nasceu para fazer serviços domésticos?
Entendo que nem todas as mulheres possuem as
mesmas aptidões quando se trata de cuidados com o lar:
algumas têm dificuldades em administrar o tempo, outras
em executar as tarefas, umas não são muito
familiarizadas com a cozinha, enquanto outras são muito
mais habilidosas em todas essas coisas.

Independentemente da nossa capacidade, a mulher que


teme ao Senhor deve buscar desempenhar seu papel
como dona de casa com afinco. Não é um mero trabalho
de limpeza e organização: há um motivo pelo qual o
Senhor deseja que a mulher esteja no interior do lar (Sl
128.3). Cuidar dos serviços domésticos faz parte da
edificação do lar, são cuidados externos que vão além
das aparências, revelando a dedicação da mulher em
manter um ambiente harmonioso para reunir sua família.

Paulo utiliza o adjetivo “boa” (Tt 2.5 e 1Tm 5.14) para


mostrar que não se trata apenas de ser uma dona de
casa, mas de fazer o melhor no serviço do lar. Como
seres humanos, somos limitados no exercício de várias
tarefas, porém nos esforçamos para melhorar nosso
desempenho naquelas que são do nosso interesse. A
mulher cristã deve buscar os interesses do seu Senhor
acima dos seus próprios, sendo assim, diante de suas
limitações em executar os serviços domésticos, ela deve
empreender esforços para progredir no seu
desempenho.

Ainda falando sobre o papel da mulher como dona de


casa, a Bíblia nos ensina outros importantes princípios.
Em 1 Timóteo 5, o apóstolo Paulo está dando instruções
sobre as viúvas jovens e condena aquelas que andam
“ociosas, andando de casa em casa…” (1Tm 5.13). A
ociosidade diz respeito ao pecado da preguiça (parece
que não é de hoje que donas de casa deixam seus
serviços domésticos para conversar com as vizinhas – e
assistir novelas). Logo no versículo posterior, o conceito
antagônico à ociosidade é colocado: “Quero, portanto,
que… se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa
e não deem ao adversário ocasião favorável de
maledicência” (1 Tm 5.14). Uma boa dona de casa não
pode viver ociosa, ela deve ter disposição para o serviço.

As Escrituras nos mostra um modelo da mulher ideal


descrita em Provérbios 31. Embora pareça utopia, esta é
a mulher na qual toda dona de casa cristã deve se
espelhar para ser bem-sucedida. Ela trabalha com as
próprias mãos, dorme tarde, acorda cedo, provê os
mantimentos, planta, cuida das vestes de todos, “atende
ao bom andamento da sua casa e não come o pão da
preguiça” (Pv 31.27).

Ser uma boa dona de casa é uma boa obra


indispensável para as mulheres que temem ao Senhor.

Entendemos assim: que a mulher cristã deve viver de


maneira digna e séria, vestir-se decentemente, ser ativa
na prática das boas obras, amar seu papel de esposa,
mãe e dona de casa, e sobre tudo o que foi dito,
tragamos à memória o essencial: todo ato cristão deve
ser feito com fé. Uma mulher que ama a Deus buscará
cada uma dessas características entendendo a sua
situação de dependência diante dEle para viver
piedosamente a feminilidade cristã. Que Deus nos ajude!

Soli Deo Gloria!

Revisão: Vanessa Lima | Publicação: Alicia Cat


arina

REFERÊNCIAS

[1] CALVINO, João em Série comentários Bíblicos


Pastorais. 1. ed. – São Paulo: Editora Fiel, 2015. p. 330.

[2] Hairstyle neste caso é o conceito da moda aplicada


ao corte, cor e penteado do cabelo.

[3] CALVINO, João em Série comentários Bíblicos


Pastorais. 1. ed. – São Paulo: Editora Fiel, 2015. p. 69.

! " #

Thamyris Millena

24 anos, casada, membro na Congregação Batista da Graça em


Recife; amante da boa teologia. Meu coração deseja a
eternidade, Cristo em mim é a esperança da Glória.

Postado em Feminilidade bíblica, Submissão da mulher

! A memorização dos A glória da vida é viver


Salmos: sua para morrer – Parte I "
importância e modo –
parte III

4 comentários em “Papéis da
mulher cristã, além da
submissão”

Laura disse:
15 de novembro de 2018 às 11:32

Excelente texto.

Responder

Lídia disse:
11 de janeiro de 2019 às 10:36

Muito bom! Deus abençoe e capacite a cada uma de nós


para que sejamos mulheres piedosas, vivendo a
verdadeira feminilidade ordenada pelo Senhor na Sua
Palavra, e assim glorifiquemos o Seu nome!

Responder

Cléo Goulart disse:


22 de março de 2019 às 06:18

Texto maravilhoso!!
DEUS os abençoe !
Abc

Responder

Mel disse:
29 de abril de 2019 às 01:16

Esse texto incentiva a idolatria do casamento. Não, a


passagem de Tito se refere sim, a casadas. O mesmo
Paulo que escrevia para Tito dizia que era melhor ficar
solteiro do que casar, em Coríntios 7. Não, não é crime
ser solteira, você não é menos abençoada sem um
homem do lado. Sabe o que vocês estão fazendo com
mulheres que frequentam as igrejas mas ouvem o tempo
inteiro sobre marido marido marido marido e filho filho
filho? Vocês estão contribuindo para crise de depressão.
A minha irmã só quer se matar porque foi abandonada
pelo marido e nenhum homem quer casar com ela
agora. Já vi muitas solteiras dependente de remédio pra
viver. Parem com isso, vocês estão destruindo o
psicológico das mulheres e com coisas que não são
bíblicas.

Responder

Deixe uma resposta


Comentário

Nome *

E-mail *

Site

Publicar comentário

Pesquisar …

Tags

Arrependimento Casamento

Doutrina da Depravação Total Escatologia Esposa

feminilidade Jesus Jesus Cristo Lutero

Marxismo Masculinidade Pastor Pecado

Perseverança dos santos Política

Reforma Protestante Soberania de Deus

Orgulhosamente desenvolvido com WordPress | Tema


Oria por JustFreeThemes. 5
! " # SHARES

Вам также может понравиться