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Avaliação
na Educação
Integral
Elaboração de novos
referenciais para políticas
e programas
Caderno
Avaliação
na Educação
Integral
Elaboração de novos
referenciais para políticas
e programas
Ficha Técnica
Realização
Centro de Referências em Educação Integral e MOVE
Apoio
Itaú Social
Coordenação Técnica
Daniel Brandão - MOVE
Natacha Costa – Cidade Escola Aprendiz
Pesquisa e sistematização
Julia Pinheiro Andrade
Juliana Moraes
Walquíria Tiburcio
Leitura crítica
Patricia Mota Guedes
Esmeralda Correa Macana
Direção de Criação
Glaucia Cavalcante
Diagramação
Vinícius Correa
Resumo Executivo 5
01 Introdução 9
Aprendizagem visível 36
Aprendizagem conectada 38
Conclusão 52
06 Referências bibliográficas 85
07 Anexos 95
Anexo 1 - Tabela síntese dos fatores preditivos 96
Durante o período de doze meses, foi realizada uma ampla revisão biblio-
gráfica, quatro estudos de casos municipais e foram desenvolvidos três
grandes produtos: 1) a presente nota técnica, com ampla bibliografia espe-
cializada nacional e internacional; 2) uma proposta de matriz de avaliação
para a educação integral e 3) múltiplos instrumentos de implementação de
1 O Centro de Referências em Educação Integral é uma iniciativa coletiva da Associação Cidade Escola Aprendiz,
Instituto Inspirare, Instituto Rodrigo Mendes, Instituto Alana, Fundação Itaú Social, British Council, Instituto
OI Futuro, Fundação SM, Centro Integrado de Estudos e Programas para o Desenvolvimento Sustentável
(CIEDS), Centro de Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Centro de Educação
e Documentação para Ação Comunitária (CEDAC), AVANTE – Educação e Mobilização Social, Fundação
Vale e Cenários Pedagógicos. O programa conta ainda com o apoio da Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Educação Integral Na Prática foi desenvolvido com base na
experiência de gestão municipal de educação de Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Nova Iguaçu (RJ), Novo
Hamburgo (RS), São Bernardo do Campo (SP), Santos (SP), Sorocaba (SP), São Miguel dos Campos (AL) e dos
estados de São Paulo, Bahia e Alagoas e dos instrumentos e referências do Ministério da Educação. Também
serviram de referência: os municípios de Betim (MG), Contagem (MG), Coronel Fabriciano (MG), Cuiabá (MT),
Curitiba (PR), Diadema (SP), Governador Valadares (MG), Palmas (TO), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro
(RJ); as organizações do Centro de Referências: Associação Cidade Escola Aprendiz, Fundação Itaú Social,
Fundação SM, Instituto Inspirare, Instituto Natura e Instituto C&A e Instituto Oi Futuro, o escritório Cenários
Pedagógicos, o Cenpec – Educação, Cultura e Ação Comunitária, o Centro Integrados de Estudos e Programas
para o Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), o Instituto Alana, Instituto Rodrigo Mendes e o Movimento de
Ação e Inovação Social (MAIS); as organizações Comunidade Educativa - CEDAC, Fundação Carlos Chagas,
Fundação Lemann, Instituto Chapada, Instituto Península e Instituto Singularidades. Conheça mais na
plataforma: educacaointegral.org.br/na-pratica. Último acesso em 08/10/2018
6
2 Compuseram este conselho Francisco Soares, Monica Franco, Italo Dutra, Pilar Lacerda, Maria Thereza
Marcilio, Ieda Castro, Vandré Brilhante e Macaé Evaristo.
3 Para a descrição completa da coleção dos INDIQUE, acessar o site: www.indicadoreseducacao.org.br. Último
acesso em 08/10/2018.
7
Avaliação
na Educação
Integral
ELABORAÇÃO DE
NOVOS REFERENCIAIS
10 CADERNO
BNCC – Base
Manifesto dos Educação como direito PNE – Plano Diretrizes Nacional
Pioneiros da e dever da Sociedade, Nacional de Curiculares Comum
Educação Nova família e Estado Educação Nacionais Curricular
1932 1950 1960 1980 1988 1990 1996 2001 2006 2007 2013 2015 2017
Escola Integrada
Escolas-parque: CEUS (SP) (BH) e Bairro PNE
Anísio Teixeira Escola Nova
(BA) Iguaçu (RJ)
LDB – Lei de
CIEPS – Centro Diretrizes e Bases
Integrados de da Educação Mais Educação:
Educação Pública LOAS – Lei 60.000 escolas
(RJ) Darcy Ribeiro Orgânica Experiências pelo país
Assistência Social inteiro (SBC-POA-TO)
CAP 01 • INTRODUÇÃO 11
4 A linha do tempo traz movimentos e marcos legais que afirmam paulatinamente no Brasil a concepção
de educação para o desenvolvimento integral como perspectiva de garantia de direitos e superação de
desigualdades a partir da escola e da articulação de um Território Educativo que a alargue e a situe: o
movimento escolanovista, cujo marco é o manifesto dos pioneiros da educação de 1932; a proposta das escolas
parque de Anísio Teixeira na Bahia; a proposta de educação popular e os círculos de leitura comunitários de
Paulo Freire; a proposta dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública) propostos por Darcy Ribeiro no
Rio de Janeiro; a instituição do direito à educação para o pleno desenvolvimento proposto pela Constituição
federal de 1988; o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, a Lei Orgânica da Assistência Social e a Lei
de Diretrizes de Bases da Educação em 1996; A Política Nacional Mais Educação de indução da ampliação
de ofertas curriculares socioeducativas em contraturno escolar; as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Básica de 2010; no Plano Nacional de Educação de 2015 (ampliando e aprofundando o PNE
de 2001) e na Base Nacional Curricular Comum de 2017. Para um aprofundamento dos exemplos veja:
www.educacaointegral.org.br/linha-do-tempo e educacaointegral.org.br/marcos-legais. Último acesso em
08/10/2018.
12 CADERNO
5 Esta proposta está alinhada com as propostas desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas (ONU),
em especial, pela UNICEF, para uma visão sistêmica, inclusiva e equitativa da centralidade da educação
para a garantia dos demais direitos de desenvolvimento integral. Desde 1996 com o chamado relatório
Jacques Dellors “Educação: um tesouro a descobrir” a ONU e UNICEF vem desdobrando a perspectiva de
desenvolvimento de competências gerais para a vida mediante a articulação intersetorial da educação no
território. Essa perspectiva sistêmica e territorial ganhou maior ênfase depois da declaração de INCHEON,
de 2015, com o relatório-plataforma de ação mundial para com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável,
dentre os quais a centralidade da educação de qualidade a todos e a importância do objetivo de parcerias
para garantir todos os demais 16 objetivos. Ver “Educação 2030: declaração de Icheon e Marco de ação da
educação: rumo a uma educação de qualidade equitativa e inclusiva ao longo da vida a todos” disponível em:
www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/incheon_declaration_is_translated_
into_portuguese. Sobre os Objetivos de desenvolvimento sustentável e a centralidade da educação e das
parcerias no território ver: Plataforma-Agenda para o Desenvolvimento Sustentável até 2030:
www.agenda2030.org.br
CAP 01 • INTRODUÇÃO 13
Por fim, vale explicitar que a proposta de uma avaliação da Educação Inte-
gral num contexto institucional (autoavaliação) não passa pela substituição
das avaliações externas, mas busca torná-las úteis localizando o papel
deste tipo de avaliação para a leitura de uma realidade educacional. Não
faz sentido apostar na dicotomia entre qualidade e quantidade. Pode-se
no máximo priorizar uma a outra, por diversos motivos, mas nunca para
insinuar que uma se faria às custas da outra, ou contra a outra (DEMO,
1998). O desafio que está posto é o da conjugação das avaliações externas
e avaliações institucionais (autoavaliação), dado que a avaliação externa
preza pela uniformidade do sistema, a qual deve ser foco de atenção, e a
autoavaliação dedica-se às particularidades e variações as quais as redes
educacionais estão submetidas.
6 De acordo com levantamento feito pelo Todos Pela Educação com base nos resultados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio (Pnad), a taxa de atendimento de crianças e jovens entre 4 e 17 anos aumentou
4,7 pontos percentuais desde 2005, atingindo 94,2% em 2015, mas de forma ainda insuficiente para
alcançar a Meta 1 do Todos Pela Educação para esse ano, que era de 96,3%, e tampouco a universalização
determinada constitucionalmente para ser atingida até 2016. Disponível em: www.todospelaeducacao.org.
br/reportagens-tpe/41690/brasil-ainda-tem-25-milhoes-de-criancas-e-jovens-fora-da-escola-a-maioria-
entre-15-e-17-anos. último acesso em 29/11/2017.
CAP 03 • O QUE AVALIAR NA PERSPECTIVA DE ... 25
O texto que segue discute o conceito de eficácia escolar por meio de uma
revisão bibliográfica focada em modelos que iluminam a concepção pro-
posta pelo Centro de Referências em Educação integral (CREI). Assim, as
escolhas analíticas em torno de alguns modelos internacionais e nacio-
nais tiveram dois grandes objetivos: 1) evidenciar parte significativa do
corpo de conhecimentos e evidências que o campo da literatura acadê-
mica construiu sobre os fatores preditivos da eficácia escolar em termos
de seus resultados e 2) contextualizar a tomada de decisão da constru-
ção da matriz de avaliação em Educação Integral de modo a torná-la
coerente com os princípios que regem a proposta da Educação Integral
do CREI: Equidade, Inclusão, Contemporaneidade e Sustentabilidade.
7 A ideia de conceito programático e contextos de enunciação persuasiva foi desenvolvido em educação por
Israel Scheffler em “A linguagem da educação” e, no Brasil, muito utilizada por José Sérgio Carvalho em
diversos textos de filosofia da educação. Como exemplo, citamos a discussão acerca do conceito de liberdade
em CARVALHO, 2017.
26 CADERNO
que a escola tem um alcance muito limitado como agente desta mudança
na sociedade (BOURDIEU e PASSERON, 1990; COLEMANN et al, 1966)”.
(TRAVISTZKI, 2017, p.28).
Com efeito, o campo de pesquisa sobre eficácia escolar tem seu início por
volta de 1960 e é marcado no debate norte-americano com o relatório
Colemann e no debate europeu com o clássico livro “A Reprodução: uma
teoria sobre o sistema de ensino” de Pierre Bourdieu e Claude Passeron 8 .
8 Segundo Lara Simielli (2015) "o debate sobre a importância da escola tem início com a divulgação do
chamado relatório Colemann ou “Equality of educational opportunity”, de 1966. Este relatório demonstrou
que a grande diferença de desempenho entre brancos e negros não se devia a desigualdade entre os recursos
escolares, como era esperado, mas estava diretamente ligada ao nível socioeconômico dos alunos. Assim, o
relatório iniciou o questionamento importante sobre a capacidade da escola em reproduzir ou multiplicar
as desigualdades sociais que a rodeiam” (SIMIELLI, 2015, p.38). Em seguida, em 1970, “A Reprodução” de
Bourdieu e Passeron tem um grande e semelhante impacto no debate político e sociológico da educação.
Contra as teses de que a educação poderia transformar a sociedade, o argumento reprodutivista
demonstrava o contrário: que a escola fundamentalmente reproduzia e mantinha as desigualdades sociais -
culturais, políticas e econômicas.
CAP 03 • O QUE AVALIAR NA PERSPECTIVA DE ... 27
9 “Na literatura americana e inglesa usam-se duas nomenclaturas para identificar essa linha de pesquisa. Os
autores que descrevem seu objeto como School Effectiveness Research enfatizam modelos teóricos oriundos
da Economia e da Administração. Naturalmente seus trabalhos são, com frequência, incorporados às práticas
administrativas dos governos. Isso é particularmente visível na Inglaterra, onde foram amplamente divulgados
os onze fatores-chave de uma escola eficaz propostos por Sammons et al. (1995), obtidos através de uma
revisão de publicações na área. Outros autores, como Lee (2000), preferem descrever sua área de interesse
como pesquisa sobre Schools Effects Research. Aqui a abordagem é mais próxima da Sociologia da Educação
e da Pedagogia. As complexidades presentes em uma escola real, associadas à interação das pessoas que
fazem o seu dia a dia, são centrais ao raciocínio. Nessa abordagem a questão da equidade de resultados
merece tanto ou mais atenção do que a da eficácia escolar. Nessa vertente os trabalhos são mais teóricos
e os modelos, naturalmente, mais complexos. Embora seja útil reconhecer as duas diferentes abordagens
existentes na área, é preciso destacar a impossibilidade de se classificar, seja a maioria dos autores, seja a dos
artigos, como pertencentes somente a uma ou outra categoria" (SOARES, 2004, p.84).
10 Na Inglaterra trata-se a linha de pesquisa sobre “escolas efetivas” é conhecida como “school effectiveness
research”; nos Estados Unidos, é conhecida como “schools effects research” (SOARES, 2004, p.84). Já na
Espanha e nos países latino americanos, o campo se estabeleceu como “eficácia educativa”, mas se expandiu
mais com foco no ensino e nos fatores que ocorrem na aula, ou seja, a chamada “enseñanza eficaz” ou, em
inglês, “teaching effectiveness” (Martinez-Garrido & Murillo: 2016, p. 474).
28 CADERNO
11 Nessa mesma última linha, de articulação entre equidade e qualidade pelo “valor adicionado”, consagrou-
se a definição de Peter Mortimore (1991), quando define que “a escola eficaz é aquela que viabiliza que
seus alunos apresentem desempenho educacional além do esperado, face à origem social dos alunos e a
composição social do corpo discente da escola.” (CRESO-FRANCO, 2007, p.281)
32 CADERNO
FULLER, 1987; HATTIE, 2008, OECD, 2011) (...). Tanto Hattie (2008)
quanto Fuller (1987) fizeram uma metanálise dos estudos relacionados
aos fatores de impacto sobre o desempenho dos alunos (...). Nos dois
casos, os fatores relacionados à qualidade do professor têm importân-
cia central no processo de aprendizagem dos resultados escolares (...).
Hanushek (1992), por exemplo, demonstrou que ter um bom professor
(entre melhores na distribuição) pode representar um ano de aprendiza-
gem adicional para os alunos, comparando um professor que esteja entre
os piores na distribuição de qualidade” (SIMIELLI, 2015, p.43).
Aprendizagem Visível
John Hattie (2008; 2015; 2017a) fez a maior revisão sistemática e
metanálise em eficácia escolar dos estudos contemporâneos para iden-
tificar os fatores de maior impacto na aprendizagem dos estudantes. Sua
pergunta era: "O que funciona melhor para gerar impacto nos resultados da
educação escolar?"
12 Hattie (2017a, p.13) cita os bancos de dados do PISA (Programa para Avaliação Internacional de Estudantes),
o NELS (Estudo Nacional de Investigação Longitudinal dos Estados Unidos), o NAPLAN (Programa de
Avaliação Nacional da Austrália em Linguagem e Aritmética), o NAEP (Avaliação Nacional de Progresso
Educativo), o TIMSS (Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências) e PIRLS (Estudo
Internacional no Progresso em Leitura e Linguagem).
13 A base da pesquisa “Visible learning” é refinar metanálises, ou seja, o estudo de outros estudos“...identificar
um recorte específico (tal como uma realização) e identificar uma influência naquele resultado (p.ex. tema de
casa) e, em seguida, realizar buscas sistemáticas em vários bancos de dados: principais jornais e livros (ERIC,
PsycINFO etc.); dissertações (p.ex. ProQuest), literatura cinza (materiais como conferências, submissões,
relatórios técnicos e documentos de trabalhos não encontrados facilmente pelos canais normais). Essa busca
envolve encontrar em contato com os autores para obter cópias dos seus trabalhos, checar referências nos
artigos encontrados e ler amplamente para encontrar outras fontes. Para cada estudo, os tamanhos de efeito
são calculados para as comparações adequadas. Em geral, há dois tipos principais de tamanhos de efeito:
comparações entre grupos (p.ex. comparando aqueles que fizeram o tema de casa com aqueles que não o
fizeram) ou comparações ao longo do tempo (p.ex. resultados de base comparados com resultados após quatro
meses). (HATTIE, 2017, p.9). John Hattie atualizou sua lista de 138 efeitos para 150 efeitos em Visible Learning
for Teachers (2011 versão original e 2017 edição brasileira) e, mais recentemente, em uma lista de 195 efeitos
na aplicabilidade da aprendizagem visível para o ensino superior (2015 em versão original). Com pesquisa
atualizada em ranking online (HATTIE 2017b), a pesquisa agora está baseada em quase 1200 metanálises.
38 CADERNO
Aprendizagem Conectada
A aliança e rede de Pesquisa sobre "Connected Learning" é uma inicia-
tiva de pesquisadores e designers de diversas universidades norte-a-
mericanas (Stanford, MIT, Berkeley, UCI, dentre outras) fomentada pela
iniciativa de Mídia Digital e Apredizagem da Fundação MacArthur. Seu
objetivo é promover uma colaboração interdisciplinar para a equidade
educacional baseada em evidências de eficácia de aprendizagem e de
design de ambientes de aprendizagem a partir da pesquisa direta aplica-
da em escolas.15
14 “O ensino e aprendizagem visíveis ocorrem (...) quando há uma prática deliberada destinada a obter
o controle sobre o objetivo, quando há feedback fornecido e recebido e quando há pessoas ativas e
apaixonadas envolvidas (professores, alunos, pares) participando no ato de aprendizagem. Trata-se de
professores vendo aprendizagem através dos olhos dos alunos e de alunos vendo o ensino como a chave para
sua aprendizagem contínua. A característica notável dessas evidências é a de que os maiores efeitos sobre
a aprendizagem dos alunos ocorrem quando os professores se tornam alunos da sua própria aprendizagem
e quando os alunos se tornam seus próprios professores. Quantos os alunos se tornam seus próprios
professores, exibem os atributos auto regulatórios que parecem ser mais desejáveis para aprendizes
(automonitoramento, autoavaliação, autoanálise e autoensino. Portanto, o que faz a diferença é o ensino e a
aprendizagem visíveis para professores e alunos.” Uma premissa chave é a de que a visão do professor sobre
seu papel é crítica. (...) o que os professores fazem faz a diferença - mas o que mais importa é ter uma atitude
adequada em relação ao impacto que eles apresentam. Uma atitude adequada, combinada a ações adequadas
trabalham juntas para alcançar um efeito positivo na aprendizagem.” (HATTIE, 2017 a, p.14).
15 A "Connected Learning Alliance" (CLA) define a aprendizagem conectada como: "A aprendizagem que
ocorre quando se articula um interesse pessoal [de um estudante] com o apoio de colegas, mentores e
adultos cuidadosos [educadores] forma a abrir oportunidades para eles. É um modo de aprendizagem
fundamentalmente diferente do que a educação centrada em assuntos fixos, instrução de um para muitos e
testes padronizados. A pesquisa é clara. Os jovens aprendem melhor quando se engajam ativamente, criam
e resolvem problemas que lhes interessam e são apoiados por colegas que apreciam e reconhecem suas
realizações. A aprendizagem conectada integra e articula as melhores ciências da aprendizagem a tecnologias
de ponta em um mundo em rede. Embora a aprendizagem conectada não seja nova, e não requer tecnologia,
as novas tecnologias digitais e em rede expandem as oportunidades para tornar a aprendizagem conectada
acessível a todos os jovens. O "conectado" na aprendizagem conectada se refere a conexão humana, fato
potencializado pelas tecnologias de conexão/comunicação. Ao invés de ver a tecnologia como um meio
para formas de educação mais eficientes e automatizadas, a aprendizagem conectada coloca abordagens
progressivas, experienciais e centradas no aluno no centro da aprendizagem aprimorada pela tecnologia."
(ITO et al, 2013, p.4. Tradução nossa)
CAP 03 • O QUE AVALIAR NA PERSPECTIVA DE ... 39
16 "These can be taken as near-term indicators of the effectiveness of learning environments in instantiating a
connected approach. Unlike more traditional knowledge and skills-based outcomes, these kinds of outcomes
are rarely the focus of assessments and program evaluations. The link between these proximal outcomes
and the more distal outcomes of 21st Century skills is a crucial long-term research priority that needs to be
pursued in tandem with the ongoing design, research, and evaluation of connected learning environments".
(ITO et al, 2013, p.7)
17 “As escolas visitadas, pesquisadas e analisadas no estudo Aprova Brasil, o direito de aprender não são
exatamente as melhores escolas, mas aquelas com o mais alto ‘efeito escola’. Ou seja, em municípios ou
bairros onde moram crianças de famílias de baixa renda – em suas casas, não há livros infantis; em sua
maioria, os pais dessas crianças têm baixa escolaridade; algumas dessas crianças até mesmo falam outra
língua, como as meninas e meninos Ticuna, no Amazonas, ou as crianças Kaingang de Charrua, no Rio
Grande do Sul. Nessas escolas e em todas as escolas pesquisadas, há maior número de crianças com maior
vulnerabilidade para a exclusão social, mas ali há também aprendizado. O aprender, portanto, deve-se
principalmente à escola.” (BRASIL, 2007, p.11)
CAP 03 • O QUE AVALIAR NA PERSPECTIVA DE ... 41
lias com mais capital econômico e cultural tendem sempre a ter uma van-
tagem, mas não uma garantia de melhor desempenho escolar. Famílias
de alto capital econômico e cultural podem não conseguir disponibilizar
recursos educacionais aos filhos e famílias de baixo capital econômico e
cultural podem conseguir disponibilizar recursos educacionais adicionais
aos filhos, demonstrando desempenho acima da média geral (OLIVEIRA
et al, 2012, p. 28).
19 ”O território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e de sistemas de coisas superpostas. O território
tem que ser entendido como o território usado, não o território em si. O território usado é o chão mais a
identidade. A identidade é o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é o fundamento
do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida.” SANTOS, Milton.
Território e Dinheiro. In: Território e Territórios. Niterói: Programa de pós-graduação em Geografia –
PPGEO-UFF/AGB, 2002, p.10. “Por território entende-se geralmente a extensão apropriada e usada [do
espaço]. Mas o sentido da palavra territorialidade como sinônimo de pertencer àquilo que nos pertence...
esse sentimento de exclusividade e limite ultrapassa a raça humana e prescinde a existência do Estado.
Assim, essa ideia de territorialidade se estende aos próprios animais, como sinônimo de área de vivência e de
reprodução. Mas a territorialidade humana pressupõe também a preocupação com o destino, a construção
do futuro, o que, entre os seres vivos, é privilégio do homem.” (SANTOS e SILVEIRA, 2001, p. 19 e 20)
48 CADERNO
20 O território, portanto, traz em sua materialidade as diferentes formas de aprender (linguagens e interações)
e uma grande oportunidade afirmar a centralidade do estudante como sujeito que constrói conhecimentos.
Segundo Jaume Trilla Bernet (2009), isso fica evidente no conceito de cidade educadora, isto é, quando uma
cidade decide instituir seu território como espaço contínuo de oportunidades de aprendizagem: “O conceito
de cidade educadora concebe o meio urbano enquanto contexto, agente e conteúdo da educação”.
CAP 03 • O QUE AVALIAR NA PERSPECTIVA DE ... 49
21 O território, portanto, traz em sua materialidade as diferentes formas de aprender (linguagens e interações)
e uma grande oportunidade afirmar a centralidade do estudante como sujeito que constrói conhecimentos.
Segundo Jaume Trilla Bernet (2009), isso fica evidente no conceito de cidade educadora, isto é, quando uma
cidade decide instituir seu território como espaço contínuo de oportunidades de aprendizagem: “O conceito
de cidade educadora concebe o meio urbano enquanto contexto, agente e conteúdo da educação”.
50 CADERNO
Conclusão
No amplo debate sobre eficácia escolar, há diferentes noções de eficácia
e qualidade educacional. Exatamente porque esta noção é socialmente
construída e, portanto, variável no tempo e no espaço de acordo com
interesses dos sujeitos e das instituições, a aferição e a avaliação da qua-
lidade educacional devem que ser negociadas. A criação de uma exper-
tise compartilhada sobre os fatores implicados na eficácia escolar traz a
possibilidade de a escola ser, a um só tempo, ser justa, inclusiva e eficaz,
superando as desigualdades de entrada e superando a visão meritocráti-
ca, que perpetua desigualdades (CRAHAY, 2013).
22 Segundo SOARES NETO et al (2013), no Brasil, há 44% das escolas em nível elementar e apenas 0,6% são
avançadas segundo uma escala proposta em quatro níveis: elementar, básico, adequado, avançado. Ou seja,
44% das unidades escolares tem apenas uma cozinha, uma ou poucas salas de aula, banheiro, luz elétrica e
saneamento. Não tem refeitório, biblioteca, quadra esportiva ou pátio com brinquedos, muito menos sala de
informática e laboratório.
0
04 Eixos orientadores
para a avaliação da
educação integral
Avaliação
na Educação
Integral
ELABORAÇÃO DE
NOVOS REFERENCIAIS
56 CADERNO
A. Orientações curriculares
B. Infraestrutura
C. Articulação
Condições D. Formação e condições de trabalho
estruturantes
E. Perfil da rede docente
(Secretaria
de Educação) F. Perfil dos e das estudantes
G. Perfil das escolas
H. Desempenho escolar
I. Ativos do território
A. Sustentabilidade
B. Gestão democrática
Organização
C. Práticas pedagógicas
do território
D. Formação
E. Clima institucional
A. Gestão democrática
B. Ambiência e Clima escolar
Unidades
C. Práticas Pedagógicas
escolares
D. Currículo
E. Formação e Avaliação
58 CADERNO
A. Conhecimento
B. Pensamento científico, crítico e criativo
C. Repertório Cultural
D. Comunicação
Crianças, E. Cultura Digital
adolescentes
F. Trabalho e projeto de vida
e jovens
G. Argumentação
H. Autoconhecimento e autocuidado
I. Empatia e cooperação
J. Responsabilidade e cidadania
23 O Educação Integral Na Prática foi desenvolvido com base na experiência de gestão municipal de educação
de Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Nova Iguaçu (RJ), Novo Hamburgo (RS), São Bernardo do Campo
(SP), Santos (SP), Sorocaba (SP), São Miguel dos Campos (AL) e dos estados de São Paulo, Bahia e Alagoas e
dos instrumentos e referências do Ministério da Educação. Também serviram de referência: os municípios
de Betim (MG), Contagem (MG), Coronel Fabriciano (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Diadema (SP),
Governador Valadares (MG), Palmas (TO), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ); as organizações do
Centro de Referências: Associação Cidade Escola Aprendiz, Fundação Itaú Social, Fundação SM, Instituto
Inspirare, Instituto Oi Futuro, Cenários Pedagógicos, o Cenpec – Educação, Cultura e Ação Comunitária, o
Centro Integrado de Estudos e Programas para o Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), o Instituto Alana,
Instituto Rodrigo Mendes, a AVANTE e o Movimento de Ação e Inovação Social (MAIS); as organizações
Comunidade Educativa - CEDAC, Fundação Carlos Chagas, Fundação Lemann, Instituto Natura, Instituto
Chapada, Instituto Península e Instituto Singularidades. Para mais detalhes, consultar o "Caderno Formativo
1 - Conceitos" disponível no site: educacaointegral.org.br/na-pratica
CAP 04 • EIXOS ORIENTADORES PAR A ... 59
Unidade
Dimensões Categorias Indicadores
de Análise
1) Alinhamento às
A. Orientações Alinhamento diretrizes nacionais
curriculares conceitual 2) Alinhamento com os conceitos
da educação integral
1) Recursos disponíveis
Recursos para execução da política
Financeiros 2) Recursos das políticas de
transporte escolar e alimentação
B. Infraestrutura
1) Equipe técnica disponível
Recursos para implementação
Secretarias Humanos 2) Capacidade da equipe técnica
de Educação para implementação da política
1) Representatividade de
gênero por função;
E. Perfil da rede
docente 3) Participação, relações e convivência
1) Nível de escolaridade
Formação
2) Adequação da Formação Docente
1) Gênero
2) Raça
1) Nível Socioeconômico
Socioeconômico
(INSE) das Escolas
G. Perfil das 2) Complexidade da gestão escolar
escolas (porte da escola; n. de etapas ofertadas;
Gestão
complexidade das etapas atendidas; n. de
turnos de funcionamento;)
1) Aprovação
H. Desempenho
3) Abandono
Escolar
1) Promoção
3) Evasão
1) Existência de equipamentos
I. Ativos do públicos e privados
Existência
território 2) Existência de organizações
não governamentais
70 CADERNO
A dimensão das práticas pedagógicas versa sobre quais são as práticas pe-
dagógicas das organizações, ou seja, como são trabalhadas as múltiplas
dimensões da formação humana, os tempos e os espaços utilizados para
as atividades, além de valorizar um olhar atento às questões de gênero e
raça e o respeito à liberdade de escolha.
Unidade
Dimensões Categorias Indicadores
de Análise
2) Representatividade de grupos da
comunidade na construção do Projeto
Político Pedagógico
Projeto Político
Pedagógico 3) Apropriação do Projeto Político
Organizações Pedagógico pelos diferentes grupos
do território
4) Nível de socialização do Projeto
Político Pedagógico
3) Existência de práticas de
transparência da gestão
1) Múltiplas linguagens
4) Múltiplos ambientes de
aprendizagem (diversificação dos
tipos e das formas de uso do espaço
interno e externo à organização para a
aprendizagem dos estudantes)
C. Práticas
pedagógicas Tempo e espaço 2) Diversidade de usos do território
1) Diversidade de ambientes
que favoreçam as interações
2) Estado de Conservação
dos equipamentos
Condições físicas
e materiais
3) Disponibilidade, diversidade e
adequação de recursos pedagógicos
Unidade
Dimensões Categorias Indicadores
de Análise
1) Existência de diagnóstico
Articulação
1) Existência de práticas de gestão compartilhada
com
entre organização do território e escolas
território
Condições
físicas e 3) Disponibilidade de recursos pedagógicos
materiais
Didáticas
3) Experimentação - existência de atividades
onde os e as estudantes possam aprender
a partir de experiências práticas que se
conectem com suas realidades
Formação
docente
24 A análise crítica da BNCC foi publicada em um especial lançado pelo Centro de Referências em Educação
Integral disponível em: <educacaointegral.org.br/especiais/bncc>. Último acesso em 06/06/2018. Em estudo
dos documentos curriculares do Ensino Fundamental 2 entre 2009 e 2014, verificou-se que o território
tinha presença discreta nas propostas pedagógicas das redes estaduais, que geralmente apresentam os
conteúdos considerados "universais" e endereçam às escolas a constituição da chamada "parte diversificada"
(LUGLI et al., 2015, p., 168). Algumas vezes, a "parte diversificada" aparece como "eixos temáticos" (com
focos em temáticas como Identidade e Cultura, Meio Ambiente, Meio Ambiente, Linguagens e Comunicação,
por exemplo), enquanto as componentes curriculares ficam responsáveis pelo desenvolvimento da "parte
comum" (por exemplo, documento curricular da Bahia, 2015). Ver também BATISTA et al 2015.
80 CADERNO
LINGUAGENS,
INVESTIGAÇÃO MÉTODOS E CAMPOS DE
DO TERRITÓRIO CONHECIMENTOS DA ÁREAS
COMPETÊNCIAS
GERAIS
25 ANDRADE, Julia Pinheiro; COSTA, Natacha; WEFFORT, Helena Freire. Currículo e Educação Integral na
Prática: uma referência para estado e municípios. Caderno 1 e 2 . In: Plataforma-Metodologia de Currículo
para a Educação Integral. São Paulo: Centro de Referências em Educação Integral/British Council, 2019.
Disponível em: educacaointegral.org.br/curriculo-na-educacao-integral. Último acesso em 09/12/2019.
CAP 05 • UMA PROPOSTA DE MATRIZ DE... 81
9
Fig 11. Competências gerais para o desenvolvimento integral
de crianças, adolescentes e jovens da Base Nacional Curricular
Comum (BRASIL, 2017).
8. Autoconhecimento
e autocuidado COMPETÊNCIAS 3. Repertório cultural
GERAIS
BNCC
7. Argumentação 4. Comunicação
6. Trabalho
e p rojeto de vida 5. Cultura digital
0
06 Referências
bibliográficas
Avaliação
na Educação
Integral
ELABORAÇÃO DE
NOVOS REFERENCIAIS
86 CADERNO
CRAHAY, Marcel. Como a escola pode ser mais justa e mais eficaz? Cader-
nos Cenpec | Nova série v. 3, n. 1 , 2013.
LEJANO, Raul P., ANDRIANI, Leticia H., Parâmetros para análise de polí-
ticas: a fusão de texto e contexto. Campinas, SP: Arte Escrita. 2012
SOARES NETO, Joaquim José et al. Uma escala para medir a infraestrutura
escolar. Estudos em Avaliação Educacional v. 24, n. 54, p. 78–99 , 2013.
SORDI, Mara Regina Lemes de; VARANI, Adriana; MENDES, Geisa do So-
corro Cavalcanti Vaz. (Org.). Qualidade(s) da escola pública: reinventando
a avaliação como resistência. Uberlândia: Navegando Publicações, 2017.
Avaliação
na Educação
Integral
ELABORAÇÃO DE
NOVOS REFERENCIAIS
96 CADERNO
1. Santos
•• Criado pela Prefeitura de Santos em 2006, sob coordenação da
Secretaria Municipal de Educação (Seduc), o Programa Escola Total
– Jornada Ampliada
•• Objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças e ado-
lescentes, democratizando o acesso à cultura, à arte e ao esporte.
•• Para isso, lança mão de duas estratégias: escolas de período
integral e outras com tempo de permanência ampliado, graças a
parcerias com espaços públicos ou alugados para essa finalidade.
•• Os quatro pilares da educação definidos no Relatório Jacques
Delors estão no cerne da organização do Programa Escola Total
– Jornada Ampliada.
•• O Programa se expandiu rapidamente: em 2012, já havia 38 UMEs
envolvidas: 5 escolas de tempo integral e as demais articuladas
como os núcleos parceiros.
2.1 Avaliação:
•• Ao longo do primeiro ano da iniciativa a SME estruturou uma
metodologia de monitoramento e avaliação capaz de apoiar
a atuação dos diferentes agentes, ONGs parceiras e escolas
municipais, oferecendo mecanismos capazes de garantir a coleta,
a produção e a sistematização de informações relevantes para
identificar a realidade, os problemas e experiências vivenciadas
pela iniciativa de Educação Integral do município.
•• A aposta em uma avaliação participativa relaciona-se fundamen-
talmente a uma perspectiva democrática do processo avaliativo.
CAP 07 • ANEXOS 109
3. Campinas
3.1 Processo de Avaliação Institucional Participativa (AIP)
na rede de Campinas:
•• Assume-se que avaliação institucional é um processo coletivo
de reflexão que deve ser global e que não se presta a ran-
queamentos ou classificações de escolas ou profissionais. Ela
pressupõe a conjugação da auto avaliação com a avaliação de
pares e com o olhar externo.
•• Princípio importante: qualidade negociada. A noção de quali-
dade é socialmente construída e, portanto, variável no tempo
e no espaço de acordo com interesses dos grupos organiza-
dos dentro da instituição e no âmbito mais amplo da sociedade
em que se situa. O princípio da qualidade negociada passa a ser
entendido como o melhor que uma comunidade escolar pode
conseguir diante das condições que possui.
•• O modelo de avaliação institucional compreende a avaliação inter-
na, a avaliação externa e a avaliação de desempenho dos alunos.
•• A avaliação interna (autoavaliação) constituí o componente cen-
tral, coordenado por uma comissão própria de avaliação, em que
o orientador pedagógico de cada escola desempenha um papel
chave como articulador.
CAP 07 • ANEXOS 111
26 SORDI, Mara Regina Lemes de; VARANI, Adriana; MENDES, Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz. (Org.). Qualidade(s)
da escola pública: reinventando a avaliação como resistência. Uberlândia: Navegando Publicações, 2017.
114 CADERNO
1) Múltiplas linguagens
1) Diversidade de ambientes
que favoreçam as interações
2. Quem participa
Este processo de auto-avaliação pode ser conduzido de diversas manei-
ras no que se refere à participação.
O que deve ser decidido nesta etapa?
•• Quem lidera o processo;
•• Quem será convidado a participar;
•• Qual a responsabilidade de cada um/a no processo da auto-avalia-
ção (quem sistematiza, quem organiza o espaço);
•• As dimensões prioritárias para este momento da auto-avaliação par-
ticipativa e seu planejamento (por módulos ou temas prioritários);
•• Como a organização irá funcionar no dia da auto-avaliação;
•• Como o resultado da auto-avaliação será comunicado à organiza-
ção e comunidade?
CAP 07 • ANEXOS 117
A. Crianças e jovens
B. Educadores e técnicos
C. Gestão pedagógica
D. Gestores
F. Familiares
Uma sugestão é trabalhar por blocos, o que pode ser mais viável, uma
vez que este instrumento traz uma longa série de perguntas. Considera-
mos que a organização pode escolher os blocos a trabalhar segundo suas
necessidades. As orientações para o trabalho que são apresentadas a se-
guir podem ser seguidas mesmo que a opção seja trabalhar com apenas
parte deste instrumento de avaliação.
118 CADERNO
3. Material Necessário:
•• Cópias dos roteiros de perguntas, pelo menos um para cada grupo.
•• Cartões ou papéis nas cores verde, vermelha e amarela, um para
cada pessoa que irá participar do trabalho. Para não tornar com-
plicado esta produção de materiais, pode-se pintar alguns papéis
sulfite com marcas nas cores que orientam este trabalho.
•• Papel e caneta para registro.
•• Espaço para receber o grupo que irá participar.
•• A depender do tempo estimado para a atividade será necessário
oferecer lanche e/ou um almoço para os participantes.
•• Forma de registro do processo para documentação e para comuni-
cação: registro fotográfico e registro escrito (se haverá um ambiente
virtual para publicação, como um google drive, um padlet ou blog)
5. A dinâmica do trabalho:
Aqui sugere-se uma proposta de agenda para o dia todo, caso a proposta
seja envolver toda a comunidade e trabalhar o documento na íntegra. Se
a opção for por discutir uma dimensão (ou mais) de forma específica a
agenda precisa ser revisada.
CAP 07 • ANEXOS 119
Hora
Atividade Objetivo Responsável Duração
sugerida
Esclarecer a intenção
da proposta do trabalho
09h00 Apresentação Coordenador 20’
para todos, apresentar a
dinâmica e a agenda do dia.
Organizar os grupos
Formação
que farão a análise das
dos grupos e
09h20 perguntas. Cada grupo Coordenador 20’
distribuição dos
deve ter cerca de 6 pessoas
materiais
idealmente.
Encerramento Agradecimento
16h30 Agradecimento e despedida
das atividades e despedida
As dicas essenciais para que o grupo trabalhe bem, e que podem ser
indicadas na “Apresentação” da proposta de trabalho, conforme agenda
mostrada acima, são:
5. Os papéis no grupo:
O trabalho envolve que pessoas possam assumir os seguintes papéis:
H. O/a mediador/a faz nova pergunta e inicia nova rodada que segue os
mesmos passos.
122 CADERNO
O PLANO DE AÇÃO
O Plano de Ação é uma resposta da escola sobre como lidará com os
resultados gerados com a avaliação participativa de sua proposta de
Educação Integral. Idealmente este plano pode ser feito com toda a
comunidade, mas considera-se que isso pode ser de difícil viabilidade.
Neste sentido, propõe-se que este plano seja uma tarefa a ser assumida
pela coordenação do processo e, uma vez elaborado, seja publicado no
mural da unidade e tenha aproveitamento para a revisão ou complemen-
tação do Projeto Político Pedagógico da organização.
Pontos Recursos
Dimensão Propostas Responsáveis Prazo
críticos Necessários
27 Quadro inspirado na proposta apresentada nos Indicadores da Qualidade da Educação Infantil Paulistana,
Prefeitura Municipal de São Paulo 2016
CAP 07 • ANEXOS 125
Dimensão 1: Sustentabilidade
Sustentabilidade é um conceito amplo e que pode ter múltiplos signifi-
cados para Organizações da Sociedade Civil ou Organizações Sociais
que atuam com Educação Integral em um determinado território. No
fundo poderíamos ter um instrumento exclusivo para debater apenas a
sustentabilidade, tão vasta podem ser suas categorias de análise. Entre-
tanto a nossa opção é um caminho mais leve e enxuto, e por isso viável
de ser aplicado na realidade cotidiana das organizações. Dispomos, como
disposto a seguir, de três dimensões centrais para esta reflexão:
A. A sustentabilidade política
B. A sustentabilidade econômica
C. A sustentabilidade da equipe
126 CADERNO
28 Pergunta inspirada nos Indicadores de qualidade da Educação Infantil Paulistana Dimensão 4.3.2
29 Extraído do questionário de autoavaliação da rede de Campinas in SORDI, 2017, Reinventando a avaliação
como resistência, pag. 254
CAP 07 • ANEXOS 129
4.1 Didáticas
4.1.1 As questões do território em que a organização está inserida são
considerados no seu planejamento e em suas práticas?
4.1.2 Existem projetos coletivos envolvendo educadores de distintas
linguagens e/ou agentes da comunidade?
4.1.3 As experiências de aprendizagem oferecem múltiplas linguagens
(verbal, imagética, audiovisual, programação de computadores, sonora,
corporal, dramatúrgica, etc.)?
4.1.4 Para expressar suas aprendizagens as crianças e jovens as regis-
tram em múltiplas linguagens (verbal, imagética, audiovisual, programa-
ção de computadores, sonora, corporal, dramatúrgica, etc.)?
4.1.5 As educadoras e educadores estão abertos a experimentar novas
ideias e propostas pedagógicas?
5.2 Inclusão
5.2.1. As crianças e jovens com necessidades especiais (deficiência ou su-
perdotação) são reconhecidos/as e atendidos/as em suas especificidades?
5.2.2. As crianças e jovens com necessidades especiais (deficiência ou
superdotação) estão integrados ao espaço da organização, participando
das atividades cotidianas da organização?
5.2.3 Há estratégias específicas para a qualificação dos processos de
aprendizagem As crianças e jovens com necessidades especiais?
5.2.4 Estas estratégias facilitam a participação destas crianças e jovens
na organização e no território?
5.2.5 O espaço é adaptado com materiais didáticos e com acessibilidade
para receber e atender crianças e jovens com algum tipo de deficiência e/
ou necessidades especiais?
CAP 07 • ANEXOS 131
30 Pergunta extraída de Indicadores da Qualidade da Educação Fundamental Ação Educativa Dimensão 4.3.5.
132 CADERNO
Dimensão 7: Formação
Sabemos que a valorização da ação técnica é importante para garantir
a qualidade do trabalho a ser desenvolvido na organização. A presente
dimensão tem por objetivo colocar essa questão em debate.
7.1. Há momentos de formação específica para os educadores e educa-
doras incluídos em sua rotina de trabalho?
31 Pergunta extraída de Indicadores da Educação Infantil Município de São Paulo Questão 8.4.1.
CAP 07 • ANEXOS 133
1. Organização da autoavaliação
Esta etapa exige as seguintes atividades:
A. Defina o grupo de liderança que deve organizar e estimular o processo.
B. Este grupo deve conhecer bem esta proposta, lendo este docu-
mento integralmente, bem como o texto “Função da avaliação em
uma política de Educação Integral32 ”.
C. Articular com Secretaria de Educação, caso necessário, uma vez que
este trabalho pode exigir dispensa de docentes de outras atividades.
D. Defina uma data para a condução deste trabalho.
E. Defina o local onde irá acontecer o encontro. Este deve ter espa-
ço para reunir todo o grupo de convidados, bem como possibilida-
de de trabalho em pequenos grupos.
F. Convide todos os que devem participar. Ver adiante item específi-
co sobre a participação.
G. Providencie os materiais necessários. Basicamente impressões
das perguntas deste instrumento e fichas de cores verde, amarela
e vermelha. A quantidade de fichas deve ser correspondente à
quantidade de grupos.
H. Definir como será o lanche e prepará-lo.
I. Definir os papéis de cada um no grupo.
2. Quem participa
Este processo de autoavaliação pode ser conduzido de diversas manei-
ras no que se refere à participação.
O que deve ser decidido nesta etapa?
32 educacaointegral.org.br/na-pratica/wp-content/uploads/2017/08/caderno-1_conceitos-principios-e-
estrategias-estruturantes_na-pratica-1.pdf
CAP 07 • ANEXOS 137
A. Estudantes;
B. Docentes;
C. Gestão pedagógica;
D. Diretor e vice-diretor;
E. Servidores que trabalham na escola;
F. Equipe técnica da Secretaria de Educação;
G. Familiares dos alunos;
H. Convidados da comunidade que gerenciam equipamentos e simi-
lares e todxs que tenham alguma atuação no território.
3. Material Necessário:
•• Cópias dos roteiros de perguntas, pelo menos um para cada grupo.
•• Cartões ou papéis nas cores verde, vermelha e amarela, um para
cada pessoa que irá participar do trabalho. Para não tornar com-
plicado esta produção de materiais, pode-se pintar alguns papéis
sulfite com marcas nas cores que orientam este trabalho.
•• Papel e caneta para registro.
•• Espaço para receber o grupo que irá participar.
•• A depender do tempo estimado para a atividade será necessário
oferecer lanche e/ou um almoço para os participantes.
•• Forma de registro do processo para documentação e para comuni-
cação: registro fotográfico e registro escrito (se haverá um ambiente
virtual para publicação, como um google drive, um padlet ou blog)
5. A dinâmica do trabalho:
Aqui sugere-se uma proposta de agenda para o dia todo, caso a proposta
seja envolver toda a comunidade escolar e trabalhar o documento na
íntegra. Se a opção for por discutir uma dimensão (ou mais) de forma
específica a agenda precisa ser revisada.
Hora
Atividade Objetivo Responsável Duração
sugerida
Esclarecer a intenção
da proposta do trabalho
09h00 Apresentação Coordenador 20’
para todos, apresentar a
dinâmica e a agenda do dia.
Organizar os grupos
Formação
que farão a análise das
dos grupos e
09h20 perguntas. Cada grupo Coordenador 20’
distribuição dos
deve ter cerca de 6 pessoas
materiais
idealmente.
Encerramento
16h30 Agradecimento e despedida Coordenador
das atividades
140 CADERNO
As dicas essenciais para que o grupo trabalhe bem, e que podem ser
indicadas na “Apresentação” da proposta de trabalho, conforme agenda
mostrada acima, são:
O grupo deve:
•• Seguir as perguntas do roteiro.
•• Trabalhar uma pergunta de cada vez.
•• Registrar as conclusões do grupo sobre cada pergunta.
•• Criar espaço que permita a todos e todas falarem e expressarem
sua opinião.
•• Buscar construir um acordo, por meio do debate, sobre qual seria
a cor (verde, amarela e vermelha, conforme apresentado adiante)
que melhor expressa a opinião do grupo. Esta conversa é fun-
damental para qualificar a visão do grupo sobre o tema que está
sendo tratado.
CAP 07 • ANEXOS 141
5. Os papéis no grupo
O trabalho envolve que pessoas possam assumir os seguintes papéis:
Coordenador/a geral do processo: responsável por apresentar a pro-
posta, orientar o trabalho e coordenar a plenária onde os resultados dos
pequenos grupos serão apresentados.
E. O
bserva-se as diferenças entre as cores e pede-se para que as
pessoas esclareçam o motivo de escolha das referidas cores.
F. D
epois de uma rodada de conversa, o mediador pergunta no-
vamente qual deve ser a cor para aquela pergunta. Se continuar
existindo diferenças, nova rodada de diálogo pode ser feita. Se
não houver consenso, deve-se assumir a cor que tem mais pre-
sença no grupo, como um voto. Mas é importante que isso seja
feito apenas depois da segunda ou terceira rodada de conversa. O
exercício do grupo chegar a um entendimento sobre a cor é muito
rico e precisa ser aproveitado.
H. O/a mediador/a faz nova pergunta e inicia nova rodada que segue
os mesmos passos.
I. Q
uando completada todas as perguntas de um indicador, o grupo
deve observar o resultado geral e definir qual a cor que expres-
sa o desempenho total do indicador. Ou seja, deve responder à
questão: qual a cor final que este indicador deve ter considerando
nosso debate?
O PLANO DE AÇÃO
O Plano de Ação é uma resposta da escola sobre como lidará com os
resultados gerados com a avaliação participativa. Idealmente este plano
pode ser feito com toda a comunidade escolar, mas considera-se que isso
pode ser de difícil viabilidade. Neste sentido, propõe-se que este plano
seja uma tarefa a ser assumida pela coordenação pedagógica e direção
da escola e que, uma vez elaborado, seja publicado no mural da unidade
e tenha aproveitamento para a revisão ou complementação do Projeto
Político Pedagógico da unidade escolar.
Pontos Recursos
Dimensão Propostas Responsáveis Prazo
críticos Necessários
33 Quadro inspirado na proposta apresentada nos Indicadores da Qualidade da Educação Infantil Paulistana,
Prefeitura Municipal de São Paulo, 2016
146 CADERNO
1.2. Participação
1.2.1. A comunidade escolar (professoras e professores, crianças, equi-
pe gestora, equipe de apoio e responsáveis, participa dos processos de
tomada de decisão de forma contínua na escola34?
1.2.2. A escola possui Conselho Escolar atuante, composto de forma pari-
tária por todos os segmentos da comunidade escolar (professoras e pro-
fessores, estudantes, equipe gestora, equipe de apoio e responsáveis)?35
1.2.3. Os membros que compõem o conselho escolar, são eleitos e pres-
tam contas periodicamente a comunidade escolar?
1.2.4. Há grêmio estudantil ou outra representação discente, coletivos ou
outras formas de organização dos estudantes para participarem da toma-
da de decisões na escola e ajudarem os e as estudantes a se organizar?
34 Pergunta inspirada nos Indicadores de qualidade da Educação Infantil Paulistana Dimensão 4.3.2
35 Pergunta inspirada nos Indicadores da Qualidade na Educação: Relações Raciais na Escola Questão 6.1.2
36 Extraído do questionário de autoavaliação da rede de Campinas in SORDI, 2017, Reinventando a avaliação
como resistência, pag. 254
CAP 07 • ANEXOS 149
BLOCO 2 - DIMENSÕES D, E e F
1.6. Didáticas
1.6.1. O ensino dos diferentes temas e dos diferentes componentes curri-
culares é oferecido em múltiplas linguagens (verbal, imagética, audiovisual,
programação de computadores, sonora, corporal, dramatúrgica, etc.)?
1.6. 2. Para expressar suas aprendizagens os e as estudantes as regis-
tram em múltiplas linguagens (verbal, imagética, audiovisual, programa-
ção de computadores, sonora, corporal, dramatúrgica, etc.)?
1.6.3. O currículo da escola prevê a integração das diferentes compo-
nentes curriculares em benefício de competências gerais?
1.6.4. As questões do território em que a escola está inserida são consi-
derados no planejamento e nas práticas da escola?
1.6.5. Existem projetos coletivos envolvendo professores de diferentes
matérias e/ou agentes da comunidade?
1.6.6. Os e as estudantes são estimulados a participar de práticas de
estudo e investigação onde os conhecimentos são experimentados em
situações reais?
1.6.7. As professoras e professores estão abertos a experimentar novas
ideias e propostas pedagógicas em sala de aula?
1.6.8. Os diferentes interesses, conhecimentos prévios, ritmos e formas de
aprendizagem dos alunos e alunas são considerados e respeitados na escola?
1.6.9. Os estudantes têm oportunidade de escolher seus temas de pes-
quisa e estudo?
CAP 07 • ANEXOS 151
1.8. Inclusão
1.8.1. Os e as estudantes com necessidades especiais (deficiência ou su-
perdotação) são reconhecidos/as e atendidos/as em suas especificidades?
1.8.2. Os e as estudantes com necessidades especiais (deficiência ou
152 CADERNO
DIMENSÃO E: CURRÍCULO
1.10. Princípios orientadores
1.10.1. O currículo da escola foi construído com base na matriz curricular
da rede?
37 Pergunta extraída de Indicadores da Qualidade da Educação Fundamental Ação Educativa Dimensão 4.3.5
154 CADERNO
1.11. Avaliação
1.11.1. A gestão escolar, junto com o corpo docente, discute e contextua-
liza os resultados das avaliações externas, a partir da realidade escolar e
dos dados da autoavaliação institucional?
38 Pergunta extraída de Indicadores da Qualidade na Educação: Relações Raciais na Escola Questão 5.4.1.
39 Pergunta extraída de Indicadores da Educação Infantil Município de São Paulo Questão 8.4.1.
156 CADERNO
Instrumento de Observação
Este é um instrumento que apresenta de forma simples um conjunto de
elementos fundamentais que devem ser observados para a o desenvolvi-
mento e implementação de uma política de Educação Integral. Ele pode
ser utilizado como leitura geral da equipe técnica das Secretarias de
Educação, de algumas condições básicas que devem ser observadas na
construção e implementação de uma política de Educação Integral.
Procedimento:
•• Reunião da equipe técnica e gestores da Secretaria de Educação, na
qual as perguntas são respondidas pelo grupo.
A. Orientações curriculares
1. As orientações curriculares estão alinhadas às diretrizes nacionais?
Ação: Observar se as
referências à educação Ação: elaborar documentos
integral estão alinhadas que orientam as escolas para
às diretrizes curriculares a adoção da política integral Ação: Verificar a informação.
nacionais. Use o instrumento alinhados com as diretrizes
de avaliação das orientações nacionais
curriculares como auxílio.
Ação: Observar se as
referências à educação
Ação: elaborar documentos
integral estão alinhadas
que orientam as escolas para
com os princípios propostos
a adoção da política integral Ação: Verificar a informação.
pelo “Na Prática”. Use o
alinhados com as propostas
instrumento de avaliação
do “Na Prática”.
das orientações curriculares
como auxílio.
158 CADERNO
B. Infraestrutura
3. O valor do investimento e custeio da política de Educação Integral
está calculado?
Ação: Ótimo! Vale a pena Ação: Articular processos Ação: Articular processos
observar o alinhamento de formação que possam de formação que possam
destes conhecimentos com fortalecer os conhecimentos fortalecer os conhecimentos
as propostas do “Na Prática”. dos docentes. dos docentes.
CAP 07 • ANEXOS 161
Ação: Ótimo! Vale a pena Ação: Articular processos Ação: Articular processos
observar o alinhamento de formação que possam de formação que possam
destes conhecimentos com fortalecer os conhecimentos fortalecer os conhecimentos
as propostas do “Na Prática”. dos docentes. dos docentes.
C. Articulação
9. Existem parcerias articuladas entre as secretarias municipais alinha-
das aos princípios da Educação Integral?
Ação: Ótimo! Vale a pena Ação: Articular processos Ação: Articular processos
observar o alinhamento de formação que possam de formação que possam
destes conhecimentos com fortalecer os conhecimentos fortalecer os conhecimentos
as propostas do “Na Prática”. dos docentes. dos docentes.
162 CADERNO
Ação: Estruturar um
Ação: Ampliar as parcerias
Ação: Fortalecer uma processo de articulação com
com organizações do
proposta de parceria focada as organizações do território
território de maneira
nos princípios e práticas para de maneira alinhada aos
alinhada aos princípios da
a educação integral para princípios da Educação
Educação Integra propostos
organizações do território. Integra propostos pelo “Na
pelo “Na prática”.
Prática”.
Ação: Observar as
oportunidades nos espaços
existentes nas quais as Ação: Estruturar um
Ação: Inserir ou fortalecer
pautas de educação integral processo mínimo de
uma proposta focada nos
podem ser inseridas. Sugere- formação continuada que
princípios e práticas para a
se também estruturar a permita o debate sobre a
educação integral.
formação continuada em educação integral.
todos os espaços que pode
ocorrer
E. Ativos do Território
15. Os equipamentos do territórios e organizações da sociedade civil são
conhecidos e mapeados para sua participação em uma política de
Educação Integral?
Ação: Observar os
protocolos de parceria e as Ação: Elaborar um
orientações de planejamento mapeamento dos
conjunto propostos pelo equipamentos considerando Ação: Verificar a informação.
“Na Prática” para viabilizar as orientações do “Na
a participação de todos na prática”.
política de educação integral.
Natureza do instrumento
Este instrumento tem como objetivo gerar uma análise sobre as orienta-
ções curriculares para observar em que medida os princípios da Educa-
ção Integral estão nele presentes. Busca-se criar, por meio das perguntas
aqui apresentadas, um espaço de discussão que permita à equipe técnica
reconhecer em que medida as orientações curriculares estão adequadas
para guiar a implementação de uma política de Educação Integral.
Procedimento
1. Reunião da equipe técnica durante a qual as perguntas são apre-
sentadas e debatidas pelo grupo. Estima-se uma reunião de meio
período (3 a 4 h).
2. As perguntas devem ser debatidas na sequência em que
são apresentadas.
3. A intenção é que toda a equipe reflita sobre cada pergunta, num diá-
logo que constrói uma resposta que expresse o pensamento do gru-
po. Isso é muito mais importante do que cada um/uma simplesmente
apresentar sua resposta a cada pergunta, de maneira individual.
4. Deve-se buscar um consenso ao redor das reflexões do grupo.
5. Idealmente as conclusões do grupo devem ser registradas para
orientar novos passos para o desenvolvimento de uma política de
Educação Integral.
PERGUNTAS DE INTRODUÇÃO
A. O PME traz referencias e orientações sobre política de Educa-
ção Integral?
B. Quais são as orientações principais deste plano em relação à Educa-
ção Integral? Que conceitos estão presentes e o que eles significam?
C. O município elaborou e divulgou um documento de “Orientações
curriculares” à luz da Base Nacional Comum Curricular?
CAP 07 • ANEXOS 167
11. O que deve ser priorizado pela Secretaria de Educação para que a
Educação Integral seja fortalecida nas orientações curriculares do
município?