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METODOLOGIA CIENTÍFICA

O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS - PARTE 1

unidade 4

1
METODOLOGIA CIENTÍFICA - unidade 4
O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS - PARTE 1

SUMÁRIO

4 - O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS (PARTE I) ....................................................... 03

4.1 - O estudante e a atividade de pensar ........................................................................................... 03

4.2 - Atividades e trabalhos técnico-científicos: conceituação ........................................................... 05

4.2.1 - Seminário ....................................................................................................................................... 06

4.2.1.1 - As finalidades de um seminário ............................................................................................... 07

4.2.1.2 - As modalidades .......................................................................................................................... 07

4.2.2 - Fichamento .................................................................................................................................... 07

4.2.3 - Propósito do Fichamento ............................................................................................................ 09

4.2.4 - Modelo de Fichamento ................................................................................................................ 09

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................ 09

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 10

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4. O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS Fazendo isto, o estudante poderá desenvolver


ACADÊMICOS - PARTE I a capacidade de aprender a pensar, de
investigar e de socializar o saber produzido.
Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta Portanto, é por meio do estudo disciplinado e
a inteligência. Uma crise destrói uma herança, da produção qualitativa de trabalhos técnico-
mas não uma profissão. Não importa se você científicos que se torna possível participar
não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, dos espaços de conquista nas diversas áreas
pois possui o maior de todos os capitais: a sua do saber. Tudo isto ajuda o graduando a
inteligência. Invista nela. Estude! aprender mais, a pensar melhor, a se inserir
(Augusto Cury) efetivamente na iniciação científica e no
mundo da pesquisa. Dessa forma, pode-
A Unidade de estudo n° IV foi pensada, se afirmar que são trabalhos que exigem
planejada e destinada a auxiliar o graduando sempre fundamentação, questionamento e
nas tarefas e atividades acadêmicas, isto diálogo permanente com autores, teorias,
é, na confecção dos trabalhos acadêmicos professores e demais alunos que contribuem
das disciplinas que são cursadas. A FBMG para as experiências mais marcantes de
acredita que existe uma estreita relação entre aprendizagens, produção acadêmica e de
o ensino, a aprendizagem e a autonomia do crescimento intelectual e cultural.
aluno na confecção de trabalho e em todo
o processo de construção do conhecimento, 4.1 O estudante e a atividade de pensar
dentro da sala de aula e fora dela. Nesse
sentido, pode-se destacar que o aluno do Uma das características mais importante do
curso superior é um estudante de tempo ser humano é a atividade de pensar. Segundo
integral e a Metodologia Científica é uma Ruiz (1996) entre todos os animais, os seres
ferramenta que lhe é útil e necessária a humanos, são os únicos capazes de criar
cada atividade, tema, assunto e tipo de e transformar o conhecimento; os únicos
conhecimento a ser estudado e aprendido. capazes de aplicar o que aprendem, por
diversos meios, numa situação de mudança
Tendo em vista o fato de que os trabalhos do conhecimento. Todo ser humano pensa.
acadêmicos se relacionam com o ato de Mas, nem sempre o faz de maneira reflexa,
estudar e de produzir conhecimentos, esta rigorosa e sistemática. Portanto, a afirmação
Unidade de estudo objetiva impulsionar o de que todo ser humano pensa, diz respeito
potencial intelectual, afetivo e cognitivo do a um tipo de pensar que é espontâneo,
aluno, o que se dá pelo processo de aprender sem rigor e precisão. O modo de pensar
a pensar. Afinal, é preciso que o estudante espontâneo, na maioria das vezes, está
acredite no seu potencial, e seja despertado, fixado no fato, na coisa e no objeto pensado.
cada vez mais, para esta importante e
aprendível atitude intelectual que é pensar Existe um outro tipo de pensar que é
reflexivamente. diferente do pensar espontâneo e que pode
ser aprendido e desenvolvido. Este pensar é
É por meio da produção escrita de trabalhos um pensar reflexivo e complexo. O pensar
técnico-científicos, da participação efetiva em reflexivo não se trata de qualquer reflexão,
sala de aula, da perguntação constante e do mas o refletir sobre o próprio pensar, o qual
estudo extra-classe que o aluno desenvolve segundo Maria Lúcia Aranha e M. H. Martins
a autonomia intelectual e acadêmica. É (2003:74) envolve “pensar o já pensado,
através dos do estudo sistemático e dos voltar para si mesmo e colocar em questão
trabalhos e das atividades acadêmicas que o que já se conhece”.
o estudante aprende a pensar, a interagir
com o conhecimento, com aquilo que é O pensamento complexo exige, então, um
ministrado em sala e participa propostas “[...] pensar sobre seus procedimentos ao
pedagógicas das disciplinas. mesmo tempo em que pensa sobre seu

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tema principal. [...]” (Lipman, 2001, p.42). Daí Filosofar: é a atividade de repensar
a importância da educação, da leitura e de o já pensado, para pensar ainda
metodologia adequadas para se estudar com não pensado. Para filosofar faz-se
dedicação e empenho, pois ações educativas necessário, tanto quanto possível,
nos ajudam a aprender a pensar para além que o aluno perca o medo de
daquilo que é espontâneo e comum. Para fazer as perguntas que a situação
pensar o que não é espontâneo e comum, permite, explorando novos modos
faz-se necessário ter muitas boas perguntas de ver e pensar.
e o compromisso com o filosofar. Boas
perguntas exigem que se pense de novo e
melhor sobre o que já havia sido pensado. O pensar criativo e rigoroso, o pensamento
reflexivo, sistemático e crítico constituem-se
Pensar é essencial para vida individual e numa atividade e num processo singular do
comunitária. Pensar é necessário à vida ser humano, estando atrelado às variadas
estudantil e à prática da pesquisa. Portanto, dimensões da vida. Como enfatiza Severino
fundamental para a pesquisa é a capacidade (2007), a aprendizagem universitária pode ser
de pensar a partir da realidade das coisas e resumida, de fato, num objetivo único, que é
da sua relevância, o que Heidegger1 formula aprender a pensar. O aluno que aprende a
em termos de “pensar sobre o que mais pensar “revoluciona” a sua aprendizagem, a
merece ser pensado”. sala de aula, os colegas e as demais coisas
que estão à sua volta.
Diante disso, a boa ideia, a boa notícia é que
podemos aprender a pensar, a filosofar e Aprender a pensar revoluciona e transforma
a desenvolver um pensamento reflexivo e a vida do aluno porque coloca o aluno
complexo, mais rigoroso e sistemático, e isto em movimento: para a liberdade e a
por meio de uma educação qualitativa, sólida, responsabilidade, para a ética e a cidadania.
de excelência, que adota metodologias Quem pensa reflexiva e criticamente não
de ensino-aprendizagem apropriadas a aceita o posicionamento acadêmico do
esta finalidade. E é nesse aprendizado do plágio ou do aluno-copista2, ou seja, aquele
pensar que entra a educação, pois uma das estudante que, por um lado, não escreve
finalidades mais importantes da educação nada novo e, por outro, pratica reproduz e
em todos os níveis de ensino, especialmente copia o que outros escreveram, cometendo
no curso superior, é desenvolvimento do o antigo e irrefreável erro do plagio.
processo de pensar reflexivo.
Plagio: A utilização de ideias ou
Além desta finalidade da educação superior formulações verbais, orais ou
que é a formação científica, atrelada ao escritas, de outrem sem dar-lhe
pensar , segundo Severino (2007), seu por elas, expressa e claramente,
objetivo é também a formação política. o devido crédito, de modo a gerar
Sobre a educação para o pensar reflexivo, razoavelmente a percepção de que
para o pensamento de ordem superior José sejam ideias ou formulações de
Auri Cunha (2008) esclarece: educar para autoria própria (FABESP, 2011).
pensar bem por si só, para refletir, dialogar e
investigar honestamente é formar o cidadão
livre e ético, consciente de si e da escolha de
valores com os quais se identifica. 2
O plágio é um tema que merece destaque no âmbito
acadêmico. É problema tão presente hoje em dia no am-
biente universitário. O plágio acadêmico se configura quan-
1
M. HEIDEGGER (cf. Was ist Metaphysik, p. 49-51.; cf. tb. Was do um aluno insere em seu texto aquilo que retirou de
heißt denken?, especialmente as três primeiras seções)faz livros ou da Internet, seja conceitos, seja frases de outro
um jogo de palavras entre denken (pensar), danken (agra- autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido
decer) e dichten (fazer poesia). p. 49-51. crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.

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Aluno copista: É o aluno que faz O pensamento de ordem


seus trabalhos e textos acadêmicos superior é um tipo de pensamento
reproduzindo neles aquilo que que faz a fusão dos pensamentos
outros disseram, sem nenhum juízo crítico e criativo, uma vez que
de valor, de crítica ou apreciação. É tal pensamento exige tanto um
o aluno que copia texto ou parte pensamento flexível como um
dele e coloca-o em seus trabalhos pensamento rico em recursos, pois
sem fazer a devida referência é necessário saber onde procurar
bibliográfica. recursos e ser capaz de lidar com
esses recursos a fim de que sejam
eficazes.
Desta feita, aprender a pensar está associado
à utilização da Metodologia Científica.
Considerando a relação estreita e imbricada Quando o estudante tem algo a dizer,
existente no processo educativo entre ler a escrever, argumentar e a comunicar,
e escrever, ensinar e aprender, pensar, porque pensou, e pensou com clareza, sua
expressar-se e comunicar, Othon Moacyr expressão, sua fala e seu argumento são
Garcia (2006) declara: geralmente satisfatórios. Como enfatiza
(Edgar Morin, 2000, p. 18), “O pensamento é,
Aprender a escrever é, em grande parte, mais do que nunca, o capital mais precioso
se não principalmente, aprender a pensar, para o indivíduo e para a sociedade”. É
aprender a encontrar ideias e a concatená-las, por isso que o aluno não pode jamais
pois, assim como não é possível dar o que não abrir mão de seu direito e também de sua
se tem, não se pode transmitir o que a mente responsabilidade ética de aprender a pensar
não criou ou não aprovisionou. (...) Portanto, e de desenvolver um pensamento reflexivo
é preciso fornecer-lhe os meios de disciplinar e rigoroso. Aprender a pensar nesse sentido
o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de pode e deve ser um projeto de todo aluno
observação dos fatos e ensiná-lo a criar ou que faz um curso superior.
aprovisionar ideias: ensinar, enfim, a pensar.
4.2 Atividades e trabalhos técnico-
Aprender a pensar é um dos requisitos mais científicos: conceituação
importantes do graduando. A atividade de
pensar é aprimorada com a incorporação O estudante do ensino superior se
disciplinada da metodologia. Aprende-se a depara com diversos e diferentes tipos
pensar à medida que se sabe fazer perguntas de trabalhos acadêmicos e/ou trabalhos
sobre o que se pensa. técnico-científicos. Há aqueles trabalhos
que são solicitados pelos professores nas
Todas as ações pedagógicas no ensino disciplinas cursadas e que são realizados
superior, tanto as que envolvem o docente, durante todo o período da graduação. Há
quanto as que diretamente dizem respeito ao ainda na graduação um trabalho que será
trabalho do aluno devem estar direcionadas feito na finalização do curso, que é aquele
ao aprender a pensar. Este deve ser um dos denominado de Trabalho de Conclusão de
focos principais do ensino superior. Segundo Curso, também conhecido como TCC.
Matthew Lipman (2001), uma educação
voltada para o aprender a pensar pauta- O domínio do saber, dos métodos e das
se em primeiro lugar no desenvolvimento técnicas é uma exigência do ensino superior
de um pensar de ordem superior e de para vencer o superficialismo e a falta de
habilidades cognitivas. rigor científico na produção e socialização do
conhecimento. Isso significa que, a partir de
então, o aluno dará início a uma nova etapa
de estudos e pesquisas que resultarão em

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sua formação profissional ou especificação Seminário: É uma técnica de


científico-acadêmica. O trabalho científico em estudo que inclui leitura, pesquisa,
geral, do ponto de vista lógico, é um discurso discussão e debate em sala de aula.
completo, organizado e bem elaborado. Esta técnica geralmente é utilizada
nos cursos de graduação e de pós-
De modo geral, pode-se afirmar que trabalhos graduação.
técnico-científicos são textos que expressam
determinado conhecimento do mundo e Devido a esta natureza de semear, plantar
que se diferenciam de outras expressões e colher, o seminário pode ser qualificado
simbólicas e de outras expressões do como um dos primeiros trabalhos de
conhecimento, pois constituem-se de iniciação metodológica à pesquisa acadêmica
textos sistematizados (frutos de pesquisa, e uma das primeiras e mais importantes
elaboração e compreensão) e organizados atividades acadêmicas do aluno do ensino
considerando orientações, que sustentam superior. “O seminário é considerado aqui
as produções da comunidade científica. como um método de estudo e atividade
didática específica de cursos universitários”
Nesse sentido, devem ser elaborados de (SEVERINO, 2007, p. 63). O Seminário
acordo com as normas preestabelecidas e constitui uma das técnicas mais eficientes de
com os fins a que se destinam, contribuindo, aprendizagem, quando convenientemente
dessa forma, para a compreensão dos elaborado e apresentado.
saberes produzidos pelos homens, refletindo
suas dúvidas, suas certezas e, mais ainda, O seminário é uma estratégia didático-
os processos resultantes do enfrentamento pedagógica muito utilizada por professores
com o mundo. Sendo assim, a seguir de diferentes disciplinas, pois se assemelha
apresentam-se dois tipos de trabalhos que a uma dinâmica de grupo em que o objetivo
são muito utilizados nos cursos de graduação é a discussão de um tema de estudo. O
que são o Seminário e o Fichamento. seminário é muito usado em sala de aula
porque requer um preparo prévio do aluno
4.2.1. Seminário na leitura, estudo e registro de partes
importantes do texto antes da aula. Em sala,
A palavra “seminário” está ligada ao conceito onde acontece o seminário, há a participação
de semear, cultivar e espalhar. Sendo assim, de todos os alunos na socialização, discussão
de acordo com Henrique Cristiano José Matos e análise do texto ou tema estudado.
(1994), esta palavra inclui a ideia plantar,
colher e alimentar. Nesta perspectiva, o Nesta perspectiva Lakatos e Marconi assim
termo seminário, seja como uma técnica, caracterizam a atividade de Seminário:
seja como uma estratégia de aprendizagem,
indica que o espaço da sala de aula é uma ...é uma técnica de estudo que inclui
ocasião/situação de plantar ideias ou de pesquisa, discussão e debate; sua finalidade
favorecer a sua germinação. é pesquisar e ensinar a pesquisar. Essa
técnica desenvolve não só a capacidade
É isto que deve acontecer em sala de aula de pesquisa, de análise sistemática de
quando um professor e um grupo de alunos fatos, mas também o hábito do raciocínio,
desenvolvem e utilizam a estratégia didático- da reflexão, possibilitando ao estudante a
pedagógica denominada seminário. Esta elaboração clara e objetiva de trabalhos
técnica, quando bem planejada e organizada científicos. O debate abrangerá a classe toda,
possibilita o desenvolvimento do raciocínio e incluindo o professor a quem cabe introduzir
reflexão e ainda a capacidade investigatório o assunto mais amplo, e realizar a apreciação
do aluno. Por isso, Lakatos e Marconi (2007) dos trabalhos parciais, chegando, juntamente
afirmam que o seminário deve ter um lugar com a classe, às conclusões finais (LAKATOS &
privilegiado e comum nas aulas e disciplinas. MARCONI, 2003, p. 35-36).

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Como pode ser notado, o seminário tem Assim, todos os alunos recebem o mesmo
como objetivo principal envolver todos texto para leitura e estudo, preparando-
os alunos num estudo atencioso e numa se para a discussão em sala de aula. Em
reflexão aprofundada de um determinado sala de aula quando da realização da
problema ou tema de estudo, a partir de atividade o professor ou um aluno escolhido
um livro ou texto. Para alcançar o objetivo previamente fica com a coordenação do
de envolver todos os alunos no processo de seminário. Nos cursos de graduação, esta
discussão e debate, segundo Severino (2003) modalidade é comumente usada.
o seminário deve propiciar um contato
íntimo com o texto básico e criar condições B - Seminário clássico individual: este
para uma análise rigorosa e radical. tipo de seminário fica a cargo de um só
estudante, que após os estudos e pesquisa
4.2.1.1. As finalidades de um seminário realizados apresenta o trabalho em sala
de aula. De acordo com Lakatos e Marconi
Tendo em vista que o seminário é uma (2007), o seminário clássico pode ser
técnica que coloca o estudante em contado denominado de seminário individual, pois
com as operações rudimentares da atividade o estudo ou a exposição do tema ou texto
intelectual e que é importante para o fica na responsabilidade de apenas um
desenvolvimento do pensar, suas principais estudante. Contudo, todos os demais alunos
finalidades são: precisam ler e estudar o texto ou mesmo
pesquisar sobre o assunto a ser apresentado
 Ensinar a trabalhar em grupo e desenvolver o e discutido. Geralmente esta modalidade é
sentimento de comunidade intelectual entre mais utilizada nos cursos de pós-graduação.
os educandos e entre estes e os professores;
 Permitir o domínio da Metodologia Científica, C - Seminário clássico em grupo: Nesta
conferindo assim aos participantes, um espí- modalidade todos os alunos da classe
rito científico; devem participar do grupo de trabalho. Na
 Aprofundar um tema; preparação do seminário são formados
 Propiciar o debate; grupos que variam ente 5 e 8 integrantes. A
 Socializar o conhecimento; apresentação, segundo Lakatos & Marconi
 Despertar o interesse; (2007) pode ser feita por um membro do
 Estimular a participação; grupo que foi escolhido pelos alunos ou
 Tornar o estudo aprazível; departida entre eles.
 Ensinar a utilização de instrumentos lógicos
de trabalho intelectual; 4.2.2. Fichamento

Fichamento: É o ato e o processo


4.2.1.2. As modalidades de transcrever anotações em fichas
para fins de estudo ou pesquisa.
Considerando que o seminário objetiva que Registro sintético e documentado
o aluno reflita sobre um tema e interaja das ideias e/ou informações mais
com as discussões e debates, partilhando importantes de uma obra. É uma
informações, discutindo-as de forma lúcida forma organizada de registrar as
e madura, para tirar conclusões relevantes, informações obtidas na leitura de
esta estratégia pode ser organizada de um texto.
três maneiras. A seguir, apresentam-se
as modalidades mais utilizadas para a Uma importante ferramenta metodológica
realização de um seminário: utilizada nos cursos de graduação é o
fichamento e que se constitui numa forma
A - Seminário único para todos: nesta de investigar que se caracteriza pelo ato de
modalidade toda a classe está envolvida. fichar. O fichamento tem a finalidade de

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identificar as obras consultadas, registrar o fichamento de conteúdo.


seu conteúdo, as reflexões proporcionadas
pela leitura e organizar as informações A - A ficha bibliográfica
colhidas. Desse modo, o fichamento, além de
possibilitar a organização das informações É a descrição, com comentários dos
colhidas em textos, serve como método de tópicos abordados em uma obra inteira ou
aprendizagem. parte dela. A ficha bibliográfica destina-se
essencialmente ao registro da referência
O fichamento é feito após a realização de bibliográfica completa da obra, podendo
uma leitura aprofundada do texto. Sendo apresentar também a sinopse da mesma.
assim o fichamento é uma técnica de Pode ser ficha bibliográfica por autor quando
trabalho que consiste em documentar as o nome vem em destaque no cabeçalho (na 1a
ideias e informações de uma obra. Nesse linha) e em seguida a referência bibliográfica
sentido, Cleber Cristiano Prodanov & Ernani da obra e, se for o caso, a sinopse do assunto
Cesar de Freitas (2013:133) explicitam que “O tratado.
fichamento é uma forma de investigar que
se caracteriza pelo ato de fichar (registrar A ficha bibliográfica pode ser feita também
em fichas) todo o material necessário à por assunto quando este vem em destaque
compreensão de um texto ou tema”. no cabeçalho (na 1a linha) e em seguida a
referência bibliográfica da obra. Neste caso,
O fichamento quando bem praticado pode-se apresentar também a sinopse da
ajuda o aluno a assimilar criticamente os obra. A referência bibliográfica deve sempre
melhores textos num curso universitário. está em consonância com as normas da
O fichamento ocorre sempre após a leitura ABNT (Associação Brasileira de Normas
de um livro ou de textos relacionados ao Técnicas). Assim, neste primeiro tipo de
tema, campo ou área de conhecimento fichamento, o bibliográfico, a argumentação
investigado. Para fazer seu fichamento, do autor da obra consultada e estudada
o aluno poderá adquirir3 suas fichas 4ou dirigirá o trabalho e por isso é muito usado
elaborá-las no computador, anotando a durante a organização e a redação de um
síntese dos conceitos e pressupostos sobre trabalho científico.
o tema e conhecimento abordado, os quais
são apresentados pelos autores estudados. B - A ficha de conteúdo

O fichamento não é obrigatório, posto É uma síntese das principais ideias contidas
que possui um fim meramente auxiliar na na obra. O aluno elabora com suas próprias
elaboração do trabalho técnico-científico. palavras a interpretação do que foi dito. A
Porém, se houver o registro de cada ficha de conteúdo é usada para registrar
leitura realizada no decorrer da pesquisa, esquemas, resumos, cópias ou críticas.
a organização e a elaboração do trabalho Para Lakatos e Marconi (2007:60), a ficha
serão facilitadas. Por isso, nos cursos de de conteúdos “Apresenta uma síntese bem
graduação geralmente são usados dois tipos clara e concisa das ideias principais do autor
de fichamentos: fichamento bibliográfico e ou um resumo dos aspectos essenciais da
3
Os registros podem ser feitos em folhas de papel comum obra”. Este tipo de fichamento é solicitado
ou em programas de banco de dados de um computador. O ao estudante como um exercício acadêmico-
aluno poderá O importante é que estejam bem organizados pedagógico, cuja finalidade é desenvolver as
e de fácil acesso, para que os dados não se percam.
habilidades exigidas para o estudo de textos.
4
Existem vários modelos de fichamento. O próprio leitor, Fichar um texto significa SINTETIZÁ-LO, o
inclusive, pode criar o seu. Lakatos e Marconi (2007:52) que requer:
apresentam os tamanhos mais utilizados e comuns aqui no
Brasil, sendo: tipo grande 12,5 cm x 10,5 cm e 10,5 cm x
15,5 cm. - Uma leitura atenta do texto;
- Sua compreensão;

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- A identificação das ideias principais;


- Seu registro escrito de modo conciso, coerente e objetivo.

4.2.3 Propósito do Fichamento

• Identificar as obras consultadas;


• Registrar o seu conteúdo;
• Registrar as reflexões proporcionadas pelo material de leitura;
• Organizar as informações colhidas.

4.2.4 Modelo de Fichamento

Nome da disciplina que se está cursando) (Nome do tema estudado e fichado)

Nome de um livro completo:

LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em


ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

Nome de um capítulo de um livro:

MACHADO, Maria das Dores Campos. Identidade. Globalização e secularização. In: VIEIRA, Liszt.
Identidade e globalização: impasses e perspectivas da identidade e a diversidade cultural. Rio de
Janeiro: Record, 2009.

Até o século XIX, as religiões de conversão, assim como as guerras, representavam as principais forças
propulsoras das interações culturais. Embora a circularização de maquinaria, das pessoas, do dinheiro,
das ideias e das imagens tenha a variação em alguma medida em todas as épocas históricas, a velocidade,
a escola e o volume que cada um desses processos atingiu nos dias atuais é tão grande que as disjunções
se tornaram fundamentais para a política global. (pp. 176-179).

Com a globalização, as religiões manifestam uma dupla tendência que o aumento da secularização e
o fundamentalismo. Neste contexto societário, há um declínio do valor da religião e da autoridade das
instituições confessionais. (pp 182-183).

A globalização favorece a secularização, jogando água nos moinhos do individualismo, o que tem sido
uma marca na sociedade e também nas identidades das pessoas. Com isso, o processo de privalização
ainda maior na religião. (pp. 184-185).

GLOSSÁRIO

Perguntação: ato e processo de inquirir, isto é, fazer perguntas por meio do diálogo e da
conversação com o objetivo de conhecer e construir conhecimentos. É um interrogatório
hábil que pode ser desenvolvido tanto pelo discente quanto pelo docente para fazer
interlocução, aprofundar aquilo que é estudado, aprender coisas novas, refutar o incorreto
e abrir possibilidades para a construção do conhecimento.

Concisão: qualidade de um discurso (texto/fala) que é claro, objetivo, sucinto ou breve. É


uma característica ou um atributo daquilo é resumido, conciso, curto, e que não perde a

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exatidão.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia e MARTINS, M. H. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo:


Moderna, 2003.

CUNHA, José Auri (org.). Filosofia para criança: orientação pedagógica para educação
infantil e ensino fundamental. Campinas: Editora Alínea, 2008.

FAPESP. Código de Boas Práticas Científicas. (Versão de 16/09/2011). Disponível em:


<http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo- 050911.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2014.

GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico:


procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e
trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 2007.

_______. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.

LIPMAN, Matthew. O pensar na educação. Petrópolis: Vozes, 2001.

MATOS, Henrique Cristiano José Matos. Aprenda a estudar: orientações metodológicas


para o estudo. Petrópolis: Vozes, 1993.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensa a reforma, reformar o pensamento. Rio de


Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho Científico:
métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Editora
FEEVALE, 2013.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1996.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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