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unidade 4
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METODOLOGIA CIENTÍFICA - unidade 4
O UNIVERSITÁRIO E OS TRABALHOS ACADÊMICOS - PARTE 1
SUMÁRIO
GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................ 09
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 10
tema principal. [...]” (Lipman, 2001, p.42). Daí Filosofar: é a atividade de repensar
a importância da educação, da leitura e de o já pensado, para pensar ainda
metodologia adequadas para se estudar com não pensado. Para filosofar faz-se
dedicação e empenho, pois ações educativas necessário, tanto quanto possível,
nos ajudam a aprender a pensar para além que o aluno perca o medo de
daquilo que é espontâneo e comum. Para fazer as perguntas que a situação
pensar o que não é espontâneo e comum, permite, explorando novos modos
faz-se necessário ter muitas boas perguntas de ver e pensar.
e o compromisso com o filosofar. Boas
perguntas exigem que se pense de novo e
melhor sobre o que já havia sido pensado. O pensar criativo e rigoroso, o pensamento
reflexivo, sistemático e crítico constituem-se
Pensar é essencial para vida individual e numa atividade e num processo singular do
comunitária. Pensar é necessário à vida ser humano, estando atrelado às variadas
estudantil e à prática da pesquisa. Portanto, dimensões da vida. Como enfatiza Severino
fundamental para a pesquisa é a capacidade (2007), a aprendizagem universitária pode ser
de pensar a partir da realidade das coisas e resumida, de fato, num objetivo único, que é
da sua relevância, o que Heidegger1 formula aprender a pensar. O aluno que aprende a
em termos de “pensar sobre o que mais pensar “revoluciona” a sua aprendizagem, a
merece ser pensado”. sala de aula, os colegas e as demais coisas
que estão à sua volta.
Diante disso, a boa ideia, a boa notícia é que
podemos aprender a pensar, a filosofar e Aprender a pensar revoluciona e transforma
a desenvolver um pensamento reflexivo e a vida do aluno porque coloca o aluno
complexo, mais rigoroso e sistemático, e isto em movimento: para a liberdade e a
por meio de uma educação qualitativa, sólida, responsabilidade, para a ética e a cidadania.
de excelência, que adota metodologias Quem pensa reflexiva e criticamente não
de ensino-aprendizagem apropriadas a aceita o posicionamento acadêmico do
esta finalidade. E é nesse aprendizado do plágio ou do aluno-copista2, ou seja, aquele
pensar que entra a educação, pois uma das estudante que, por um lado, não escreve
finalidades mais importantes da educação nada novo e, por outro, pratica reproduz e
em todos os níveis de ensino, especialmente copia o que outros escreveram, cometendo
no curso superior, é desenvolvimento do o antigo e irrefreável erro do plagio.
processo de pensar reflexivo.
Plagio: A utilização de ideias ou
Além desta finalidade da educação superior formulações verbais, orais ou
que é a formação científica, atrelada ao escritas, de outrem sem dar-lhe
pensar , segundo Severino (2007), seu por elas, expressa e claramente,
objetivo é também a formação política. o devido crédito, de modo a gerar
Sobre a educação para o pensar reflexivo, razoavelmente a percepção de que
para o pensamento de ordem superior José sejam ideias ou formulações de
Auri Cunha (2008) esclarece: educar para autoria própria (FABESP, 2011).
pensar bem por si só, para refletir, dialogar e
investigar honestamente é formar o cidadão
livre e ético, consciente de si e da escolha de
valores com os quais se identifica. 2
O plágio é um tema que merece destaque no âmbito
acadêmico. É problema tão presente hoje em dia no am-
biente universitário. O plágio acadêmico se configura quan-
1
M. HEIDEGGER (cf. Was ist Metaphysik, p. 49-51.; cf. tb. Was do um aluno insere em seu texto aquilo que retirou de
heißt denken?, especialmente as três primeiras seções)faz livros ou da Internet, seja conceitos, seja frases de outro
um jogo de palavras entre denken (pensar), danken (agra- autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido
decer) e dichten (fazer poesia). p. 49-51. crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.
Como pode ser notado, o seminário tem Assim, todos os alunos recebem o mesmo
como objetivo principal envolver todos texto para leitura e estudo, preparando-
os alunos num estudo atencioso e numa se para a discussão em sala de aula. Em
reflexão aprofundada de um determinado sala de aula quando da realização da
problema ou tema de estudo, a partir de atividade o professor ou um aluno escolhido
um livro ou texto. Para alcançar o objetivo previamente fica com a coordenação do
de envolver todos os alunos no processo de seminário. Nos cursos de graduação, esta
discussão e debate, segundo Severino (2003) modalidade é comumente usada.
o seminário deve propiciar um contato
íntimo com o texto básico e criar condições B - Seminário clássico individual: este
para uma análise rigorosa e radical. tipo de seminário fica a cargo de um só
estudante, que após os estudos e pesquisa
4.2.1.1. As finalidades de um seminário realizados apresenta o trabalho em sala
de aula. De acordo com Lakatos e Marconi
Tendo em vista que o seminário é uma (2007), o seminário clássico pode ser
técnica que coloca o estudante em contado denominado de seminário individual, pois
com as operações rudimentares da atividade o estudo ou a exposição do tema ou texto
intelectual e que é importante para o fica na responsabilidade de apenas um
desenvolvimento do pensar, suas principais estudante. Contudo, todos os demais alunos
finalidades são: precisam ler e estudar o texto ou mesmo
pesquisar sobre o assunto a ser apresentado
Ensinar a trabalhar em grupo e desenvolver o e discutido. Geralmente esta modalidade é
sentimento de comunidade intelectual entre mais utilizada nos cursos de pós-graduação.
os educandos e entre estes e os professores;
Permitir o domínio da Metodologia Científica, C - Seminário clássico em grupo: Nesta
conferindo assim aos participantes, um espí- modalidade todos os alunos da classe
rito científico; devem participar do grupo de trabalho. Na
Aprofundar um tema; preparação do seminário são formados
Propiciar o debate; grupos que variam ente 5 e 8 integrantes. A
Socializar o conhecimento; apresentação, segundo Lakatos & Marconi
Despertar o interesse; (2007) pode ser feita por um membro do
Estimular a participação; grupo que foi escolhido pelos alunos ou
Tornar o estudo aprazível; departida entre eles.
Ensinar a utilização de instrumentos lógicos
de trabalho intelectual; 4.2.2. Fichamento
O fichamento não é obrigatório, posto É uma síntese das principais ideias contidas
que possui um fim meramente auxiliar na na obra. O aluno elabora com suas próprias
elaboração do trabalho técnico-científico. palavras a interpretação do que foi dito. A
Porém, se houver o registro de cada ficha de conteúdo é usada para registrar
leitura realizada no decorrer da pesquisa, esquemas, resumos, cópias ou críticas.
a organização e a elaboração do trabalho Para Lakatos e Marconi (2007:60), a ficha
serão facilitadas. Por isso, nos cursos de de conteúdos “Apresenta uma síntese bem
graduação geralmente são usados dois tipos clara e concisa das ideias principais do autor
de fichamentos: fichamento bibliográfico e ou um resumo dos aspectos essenciais da
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Os registros podem ser feitos em folhas de papel comum obra”. Este tipo de fichamento é solicitado
ou em programas de banco de dados de um computador. O ao estudante como um exercício acadêmico-
aluno poderá O importante é que estejam bem organizados pedagógico, cuja finalidade é desenvolver as
e de fácil acesso, para que os dados não se percam.
habilidades exigidas para o estudo de textos.
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Existem vários modelos de fichamento. O próprio leitor, Fichar um texto significa SINTETIZÁ-LO, o
inclusive, pode criar o seu. Lakatos e Marconi (2007:52) que requer:
apresentam os tamanhos mais utilizados e comuns aqui no
Brasil, sendo: tipo grande 12,5 cm x 10,5 cm e 10,5 cm x
15,5 cm. - Uma leitura atenta do texto;
- Sua compreensão;
MACHADO, Maria das Dores Campos. Identidade. Globalização e secularização. In: VIEIRA, Liszt.
Identidade e globalização: impasses e perspectivas da identidade e a diversidade cultural. Rio de
Janeiro: Record, 2009.
Até o século XIX, as religiões de conversão, assim como as guerras, representavam as principais forças
propulsoras das interações culturais. Embora a circularização de maquinaria, das pessoas, do dinheiro,
das ideias e das imagens tenha a variação em alguma medida em todas as épocas históricas, a velocidade,
a escola e o volume que cada um desses processos atingiu nos dias atuais é tão grande que as disjunções
se tornaram fundamentais para a política global. (pp. 176-179).
Com a globalização, as religiões manifestam uma dupla tendência que o aumento da secularização e
o fundamentalismo. Neste contexto societário, há um declínio do valor da religião e da autoridade das
instituições confessionais. (pp 182-183).
A globalização favorece a secularização, jogando água nos moinhos do individualismo, o que tem sido
uma marca na sociedade e também nas identidades das pessoas. Com isso, o processo de privalização
ainda maior na religião. (pp. 184-185).
GLOSSÁRIO
Perguntação: ato e processo de inquirir, isto é, fazer perguntas por meio do diálogo e da
conversação com o objetivo de conhecer e construir conhecimentos. É um interrogatório
hábil que pode ser desenvolvido tanto pelo discente quanto pelo docente para fazer
interlocução, aprofundar aquilo que é estudado, aprender coisas novas, refutar o incorreto
e abrir possibilidades para a construção do conhecimento.
exatidão.
REFERÊNCIAS
CUNHA, José Auri (org.). Filosofia para criança: orientação pedagógica para educação
infantil e ensino fundamental. Campinas: Editora Alínea, 2008.
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho Científico:
métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Editora
FEEVALE, 2013.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.