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BABA EGUNGUN
África
Brasil
Culto aos Egungun é uma das mais importantes
instituições, tem por finalidade preservar e
assegurar a continuidade do processo civilizatório
africano no Brasil, é o culto aos ancestrais
masculinos, originário de Oyo, capital do império
Nagô, que foi implantado no Brasil no início do
século XIX.
O culto principal aos Egungun é praticado na Ilha de
Itaparica no Estado da Bahia mas existem casas em
outros Estados.
Quanto ao aspecto físico, um terreiro de Egungun
ou Egun apresenta basicamente as seguintes
unidade:
um espaço público, que pode ser freqüentado por
qualquer pessoa, e que se localiza numa parte do
barracão de festas;
uma outra parte desse salão, onde só podem ficar e
transitar os iniciadores, e para onde os Egun vêm
quando são chamados, para se mostrar
publicamente;
uma área aberta, situada entre o barracão e o Ilê
Igbalé (ou Ilê Awô - a casa do segredo), onde
também se encontra um montículo de terra
preparado e consagrado, que é o assentamento de
Onilé;
um espaço privado ao qual só têm acesso os
iniciados da mais alta hierarquia, onde fica o Ilê
Awô, com os assentamentos coletivo, e onde se
guardam todos os instrumentos e paramentos
rituais, como os Isan pronuncia-se (ixan), longas
varas com as quais os Ojé invocam (batendo no
chão) e controlam os Egungun.
História
Hierarquia
Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só
homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou
Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é
muito rígida, apesar de existirem cargos femininos
para outras funções, uma mulher jamais será
iniciada para esse cargo.
Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos
alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun
(guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado
com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos
incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns
oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun,
Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo,
Olopondá.
Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino
perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as
mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com
os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu
(cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató
(adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá
kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.
Ritual
Calendário Litúrgico
Calendário Litúrgico do Ilê Agboulá (obtido do
Projeto Egungun)
As festas e obrigações obedecem, no Ilê Agboulá, a
um bem elaborado calendário litúrgico. E durante
essas festas podem ocorrer rituais não periódicos e
não obrigatoriamente integrados no calendário,
como iniciação de novos Amuixan ou de novos Ojé,
ou mesmo obrigações e oferendas de outros
titulados da comunidade. Mas o calendário, mesmo,
obedece ao seguinte:
Janeiro - Em janeiro, por ocasião do Ano Novo, as
obrigações transcorrem até o dia nove. Esses rituais
começam com uma obrigação para Onilê seguida de
outra para Babá Olukotun. Junto com esta são
celebradas as cerimônias anuais em homenagem a
Babá Alapalá e Babá Ologbojô.
Fevereiro - em fevereiro, começando no dia 2 e se
estendendo por duas semanas, ocorre uma festa
muito especial, principalmente porque a
comunidade de Itaparica vive do mar e para o mar.
É a festa de Yemanjá e Oxum, deusas das águas, e
de Oxalá, o deus da criação.
Junho - em junho, na época do São João, realiza-se
as festas de Babá Erin, que é o Egun do Sr. Eduardo
Daniel de Paula, fundador da Casa. As festas se
realizam por ocasião do ciclo de Xangô, que era o
orixá do Sr. Eduardo. E atingem grande brilhantismo
porque entre a comunidade do Ilê Agboulá, que é
descendente do povo de Oyó, a veneração a Xangô
é muito forte.
Setembro - De 7 a 17 de setembro ocorrem as
festas de Babá Agboulá. Por essa época é que é
feita a colheita dos primeiros frutos na Ilha de
Itaparica, sob a proteção de Babá. E isto é muito
importante pelo fato de até bem pouco tempo a
Ilha de Itaparica ter sido o grande fornecedor de
frutas para a cidade de Salvador.