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Curso Auxiliar
Administrativo
- 2016 -
Nome: __________________________________________________________
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Escola Municipal do Trabalho
ÍNDICE
UNIDADE 1 – ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS ................................................................................. 3
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................... 131
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As Organizações
Vivemos em uma sociedade de organizações, e tudo o que precisamos para viver
provêm delas. São as organizações que criam maravilhas. Na sociedade atual, quase to-
do o processo produtivo é realizado dentro das organizações, das quais dependem para
nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças e obter todos
os produtos e serviços que necessitam. Assim, dentre todas as criações do homem, a
invenção mais completa é, sem dúvida, a organização administrada. Cada organização
constitui uma criação particular, uma invenção singular, uma entidade única, pois tem
características próprias, seus recursos, suas competências, seus objetivos etc. Enfim,
cada organização possui o seu próprio DNA, a sua própria natureza, as sua característi-
cas individuais e específicas. Da mesma forma, como não existem duas pessoas iguais
também não existe duas organizações iguais. Elas são profundamente diferentes umas
das outras.
Existe uma infinidade de organizações, desde gigantescas empresas e corpora-
ções multinacionais até pequenas e microempresas. Elas atuam em todos os tipos de
negócios: organizações públicas, privadas e não governamentais. Existem organizações
lucrativas e não lucrativas, industriais, comerciais, extrativas etc. As organizações são
comumente chamadas de organizações sociais por serem associações de pessoas que
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trabalham em conjunto para o alcance de objetivos comuns. Essa é a razão pela qual
elas alcançam objetivos que nenhuma pessoa poderia alcançar sozinha ou individual-
mente. O esforço em conjunto permite resultados incríveis. Uma das razões que expli-
cam a enorme variedade e diversidade das organizações no mundo atual é o fato de ser
mais eficiente e eficaz meio de satisfazer um grande número de necessidades humanas.
Por outro lado, não existem organizações sem pessoas. São as pessoas que dão vida e
inteligência às organizações. Mas para serem bem-sucedidas, as organizações precisam
ser administradas.
Mas afinal, o que são organizações? São unidades ou agrupamentos humanos in-
tencionalmente construídos ou reconstruídos a fim de atingir objetivos específicos. Elas
não constituem uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito
a constantes mudanças e transformações em seu caminho de desenvolvimento, apren-
dizado e busca de excelência.
As Empresas
As empresas são exemplos típicos de organizações sociais geralmente chamadas
de organizações lucrativas, embora existam empresas sem qualquer finalidade de lucro.
As empresas são organizações sociais por serem associações de pessoas que trabalham
em conjunto para a exploração de algum tipo de negócio ou atividade lucrativa. Na ver-
dade, as empresas são organizações sociais que utilizam uma cadeia de recursos a fim
de atingir determinados objetivos.
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Técnicos: as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa, ou seja, saber li-
dar com o que se propõe a fazer.
Financeiros: de fundamental importância, é o capital empregado na produção de bens,
na atividade comercial e/ou serviços.
Pessoa física
É o indivíduo ou pessoa natural dotada de vontade própria e capaz de direitos e
obrigações.
Pessoa jurídica
Há duas formas de entender a pessoa jurídica, a saber:
Empresário: um novo tipo de opção àquelas pessoas que pretendem se inscrever como
pessoa jurídica, independente de ser comerciante ou prestador de serviços, em que o
titular responde ilimitadamente por todos os atos praticados pela empresa.
Sociedade: a união de dois ou mais sócios que têm responsabilidade solidária e limitada
perante os compromissos assumidos.
Missão da empresa
A partir do conceito de negócio formulado e definida a forma jurídica, deve-se
desenvolver a declaração de missão da empresa em termos das metas que deverão ser
atingidas, relacionadas a: natureza e qualidade dos produtos, e/ou serviços oferecidos,
preços, relacionamento com clientes, com os funcionários e com outras empresas do
setor, características do ambiente de trabalho e estilo de administração, incorporação
de novas técnicas e tecnologias, perspectivas de crescimento e lucros, relacionamento
com a comunidade e com o meio ambiente.
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Razão Social
É o atributo legal que consta na escritura ou no documento de constituição para
identificar uma pessoa jurídica e demonstrar a sua constituição legal
Nome Fantasia
Também conhecido como nome comercial ou nome de fachada, é a designação
utilizada por uma instituição, seja ela de ordem pública ou privada, sob a qual ela se tor-
na conhecida do público. Essa denominação opõe-se à razão social que é o nome utiliza-
do perante os órgãos públicos de registro das pessoas jurídicas.
O nome fantasia pode ser formado a partir de palavras ou expressões contidas na
própria razão social, bem como a partir da criatividade do empresário.
De conformidade com o direito comercial, o registro de um nome fantasia dá-se
perante os órgãos de registro de marcas e patentes, resguardando o direito a sua utiliza-
ção ao primeiro que o registra.
Marcas
O assunto é regulado pela Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996 e interpreta como
marca todo o sinal distintivo (palavra, figura, símbolo etc.) visualmente perceptível, que
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Legalização da Empresa
Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências devem ser
tomadas antes do efetivo início de suas atividades.
Inicialmente, o Contrato Social e os documentos dos sócios devem ser levados à
Junta Comercial ou ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. Algumas taxas (que va-
riam de acordo com o estado) devem ser pagas. Após isso, o representante da empresa
receberá o NIRE (Número de Identificação de Registro da Empresa). Com o NIRE é possí-
vel seguir para os próximos passos:
Receita Federal
Expede o número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
Exemplo: 01.001.785/0001-01
Os números após a barra correspondem à unidade da empresa;
Os dois últimos números correspondem ao dígito verificador que testa se o CNPJ
é verdadeiro ou falso;
Esse sistema foi desenvolvido para melhorar as informações e controle da Recei-
ta Federal. Junto com esse sistema foram implantadas pela Secretaria políticas
para desenvolvimento de tecnologia e informação.
Inscrição Estadual
As empresas que realizam operações de compra e venda, tanto de produtos co-
mo de mercadorias, são consideradas CONTRIBUINTES perante o ESTADO, devendo ob-
ter a Inscrição Estadual. Os governos estaduais têm à disposição dos contribuintes e em-
presas os Postos Fiscais Eletrônicos, que oferecem muitos serviços, especialmente a DE-
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CA ESTADUAL.
Inscrição Municipal
Para finalizarmos o processo de abertura e para que possamos colocar a empresa
em funcionamento é necessária uma inscrição municipal e posteriormente requerer o
alvará ou licença de funcionamento.
Previdência Social
Ainda que inicialmente só os sócios trabalhem na empresa, é necessário fazer o
cadastro no INSS em até 30 dias após o início das atividades.
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10ª O administrador declara, sob as penas da Lei, que não está impedido de exercer a admi-
nistração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se en-
contrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou
contra a economia ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra
normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a proprie-
dade.
E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em 4 vias, na pre-
sença de duas testemunhas.
Taubaté, 2 de agosto de 2013.
JoaquimBSilveira.SiSilSilveira.
Joaquim Barbosa Silveira Silvio Silva Silveira
Testemunhas:
LisBarboSilveira .
Lisbela Barbosa Silveira
RG: 55.630.455-8
Ruth Ronsen .
Ruth Ronsen
RG: 23.222.555-7
1. Quanto à propriedade:
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jurídicas e firmas individuais que tiverem receita bruta anual igual ou inferior a R$
360.000,00. Pela mesma lei, são consideras empresas de pequeno porte (EPP) as pesso-
as jurídicas ou firmas individuais que, não enquadradas como microempresas, tiverem
receita bruta anual superior a R$ 360.000,00e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 – valo-
res monetários em vigor a partir de 01/01/2012.
1.5. Organograma
A estrutura formal de uma empresa é representada graficamente pelo organograma.
Ao analisar um organograma podemos observar:
• Hierarquia;
• Definição de cargos;
• Divisão de trabalho;
• Responsabilidades.
Na confecção de um organograma deve ser observada a estrutura organizacional
da empresa.
Existem vários tipos de organogramas. Entre eles, encontramos:
• Clássico (ou linear): Constituído de retângulos (cargos ou órgãos da empresa),
colocados de forma a possibilitar a análise da estrutura da esquerda para a di-
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1.6. Fluxograma
Representa graficamente a rotina de trabalho, evidenciando os movimentos e o tempo
de execução das tarefas.
Pelo fluxograma podem-se visualizar as atividades desnecessárias e a coerência da dis-
tribuição do trabalho entre as pessoas.
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1.7. Cronograma
É um gráfico de planejamento de tempo, isto é, um gráfico em que o padrão de
planejamento e controle é o tempo. Ele é constituído de um gráfico de dupla entrada:
nas linhas horizontais são alinhadas as atividades planejadas, enquanto nas colunas ver-
ticais são marcados os períodos de tempo considerados como padrão. Sua função é re-
lacionar as duas variáveis: atividades em função do tempo, mostrando o início e o tér-
mino de cada atividade por meio de linhas. Geralmente, as linhas cheias representam o
que foi planejado, enquanto as linhas pontilhadas representam o que foi realizado, per-
mitindo comparações rápidas e fáceis.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
1. Férias escolares
2. Elaboração do Plano Pedagógico
3. Reuniões com professores
4. Elaboração de Calendário Escolar
5. Preparação do material de ensino
6. Período de aulas
7. Primeira prova bimestral
8. Avaliação do 1º bimestre
9. Segunda prova bimestral
10. Avaliação do 2º bimestre
11. Férias escolares
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Vídeos Sugeridos
Você é o Dono (2011)
Fantástico (Rede Globo)
Responda às questões:
1) Quais foram as empresas apresentadas?
2) No início, qual foi o maior problema identificado no salão da família Bertocci?
3) Quais orientações passadas pelo Sebrae à empresa de almoço?
4) Quais as orientações passadas para a empresa de limpeza?
5) Você concorda com a alternativa de buscar ideias em outras empresas do mesmo
segmento que a sua? Justifique sua resposta.
6) Qual é a importância do Contrato Social para qualquer empresa?
7) Quais são os principais motivos da falência de pequenas empresas?
8) Quais as orientações passadas aos irmãos Bertocci?
9) Quais os problemas enfrentados pelas 3 empresas?
10) Qual é o papel do dono do negócio no início da empresa?
11) Qual é a palavra chave para o sucesso de qualquer empreendimento?
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Fases do Recrutamento
Para atrair candidatos, o recrutamento deve levar em conta as oportunidades
disponíveis na empresa e os possíveis candidatos. Deve localizá-los, informá-los sobre as
oportunidades de trabalho que a empresa oferece e atraí-los para uma entrevista inicial
de triagem. Trocando em miúdos, o recrutamento é um processo constituído de cinco
fases.
1. Análise das requisições de funcionários
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Fontes de Recrutamento
As fontes de recrutamento representam onde se pressupõe que estejam locali-
zados os candidatos à oportunidade que a empresa pretende oferecer. Em outros ter-
mos, as fontes de recrutamento são os segmentos do mercado de RH que podem abas-
tecer a empresa com os candidatos necessários à oportunidade em questão. Um recru-
tamento eficaz vai diretamente à fonte em que estão os candidatos e não fica atirando
a esmo sem saber onde eles estão.
Nesse sentido, existem duas espécies de fontes de recrutamento: as internas (is-
to é, os próprios funcionários da empresa) e as externas (os candidatos que estão no
mercado de mão de obra). Estamos falando de recrutamento interno e externo.
Recrutamento interno
Quando se trabalha com as fontes internas, ocorre o recrutamento interno. O
recrutamento interno é o preenchimento das vagas da empresa através da promoção ou
transferência de seus funcionários. As empresas que dão prioridade ao recrutamento
interno são aquelas que proporcionam oportunidade de crescimento aos seu funcioná-
rios. É obvio que o recrutamento interno traz vantagens como maior motivação entre o
pessoal, quando todos sabem que podem crescer dentro da empresa por meio das opor-
tunidades que surgem. O recrutamento interno traz outra vantagem, a de provocar uma
competição sadia entre os colegas de trabalho que procuram preparar-se profissional-
mente cada vez mais para conquistar as oportunidades. Mas o recrutamento interno
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Recrutamento externo
Quando se trabalha com as fontes externas ocorre o recrutamento externo. O
recrutamento externo é o preenchimento das vagas da empresa por candidatos que são
recrutados no mercado de recursos humanos. A grande vantagem do recrutamento ex-
terno é trazer sangue novo e experiências e ideias novas para a empresa. Mas quase
sempre frustra as expectativas internas daqueles que foram relegados e exige do candi-
dato admitido um tempo de adaptação à nova empresa e ao novo cargo. O recrutamen-
to externo exige uma variedade de técnicas de recrutamento, das quais nos ocuparemos
a seguir.
Técnicas de Recrutamento
As técnicas de recrutamento são as maneiras pelas quais o recrutamento é feito.
Em outros termos, são os meios pelos quais a empresa informa ao mercado de mão de
obra que dispõe de vagas a serem preenchidas.
As principais técnicas do recrutamento são:
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Eletricistas
Auxiliares de RH
Auxiliares Administrativos
Soldadores
Favor apresentar-se na
Seção de Recrutamento e Seleção
3. Banco de Candidatos
É a técnica de recrutamento mais eficaz e uma das mais utilizadas. Na medida em
que surgem candidatos e não são aproveitados por alguma razão, o órgão de
recrutamento e seleção arquiva e cataloga seus dados pessoais para futuras
oportunidades. Assim, surge o banco ou arquivo de candidatos. A classificação dos
candidatos nesse banco geralmente é feita por dois caminhos: de um lado, o cargo
desejado e, do outro, o sobrenome e o nome do candidato. Quando surge uma
oportunidade, a primeira tarefa do órgão de recrutamento e seleção é consultar o banco
de candidatos para verificar se existem algum candidato disponível por aquela
oportunidade. Assim, as demais técnicas de recrutamento somente serão atividas
quando não houver algum candidato em estoque no banco ou arquivo de candidatos.
Todavia, o banco de candidatos precisa ser continuamente atualizado, pois
muitos deles mudam de endereço, assumem outros empregos ou crescem
profissionalmente ocupando atividades diferentes ou mais sofisticadas. Assim, a
atualização do banco de dados requer contatos contínuos – por telefonemas, e-mails
etc. – com os candidatos para possíveis alterações em seus conteúdos. Esses contatos
devem sempre ser estimuladores para manter o desejo dos candidatos em ingressar
futuramente na empresa.
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recrutamento mais rápidae que menos envolve a empresa que possui a oportunidade a
ser oferecida e preenchida. Contudo, é uma das alternativas mais caras, pois os serviços
de uma agência de recrutamento podem envolver anúncios em jornais e revistas, tempo
de entrevistas de triagem e de selção, aplicação de testes, redação dos pareceres a
respeito dos candidatos e contatos com a empresa solicitante no sentido de
proporcionar informações sobre os candidatos e até viagens de recrutamento a outras
cidades. Todas essas atividades são remuneradas e a agência recebe uma porcentagem
sobre o salário anual do candidato escolhido, além de outras depesas efetuadas.
7. Recrutamento virtual
Sem dúvida alguma, o recrutamento virtual está em alta. Aos invés de solicitar
cartas dos candidatos à empresa ou o seu compareciemento ao órgão de recrutamento
e seleção, a internet está facilitando a vida das empresas e dos candidatos. Atualmente,
a maioria das empresas disponibilizam sites nos quais os candidatos podem se inscrever,
preenchendo o seu currículo, e aguardar a resposta da empresa por e-mail. Em muitos
casos, o recrutamento virtual inclui, após o recebimento do currículo do candidato, uma
triagem para avaliar se o candidato preenche as condições mínimas para dar
continuidade ao processo seletivo. Isso significa uma pré-seleção que elimina candidatos
cujo perfil se afasta do desejado pela empresa e abre as portas apenas para aqueles com
mais aderência às qualificações e competências desejadas. Algumas empresas ainda
incluem um segundo contato pela internet com os candidatos pré-selecionados ou que
passaram pela triagem e realizam uma entrevista virtual.
Quando o candidato selecionado é convidado a compararecer à empresa, parte
do processo seletivo já está em andamento.
A importância do Currículo
“Esta é uma máxima para você nunca mais esquecer: currículo não é autobiografia. Não adianta
escrever e encher páginas e mais páginas para tentar impressionar quem vai ler. Em um currícu-
lo, tamanho não é documento. Conteúdo é.” (Max Gehringer)
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Lembre-se de que o recrutador recebe vários currículos por dia e seu trabalho inicial é o de analisar rapida-
mente e catalogar aqueles que lhe parecem ser os mais adequados às oportunidades queEscola
a empresa
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Trabalho
oferecendo. É claro que uma empresa com excelente imagem no mercado recebe uma enorme quantidade
de currículos. A Google americana, por exemplo, recebe mais de 300 mil por mês, via internet. Assim, é im-
portante que o currículo seja uma peça agradável, sobressaia sobre os demais e atraia a atenção do recruta-
dor.
Modelo de Currículo
MARINA MONTEIRO
Brasileira, solteira, 27 anos, 1 filho.
Rua dos Amigos, 45, Jd. Alegria, Taubaté/SP.
FONE: (12) 3633-3333. CEL: (12) 9 9199-9199
E-mail: mmonteiro@gmail.com
OBJETIVO:
- Atuar como auxiliar de Recursos Humanos.
FORMAÇÃO:
- Técnico em Administração. Concluído em 2010. ETEC “Geraldo Alckimim” – Tauba-
té /SP.
- Ensino Médio. Concluído em 2005. EMEFM “Prof. José Ezequiel de Souza” – Tauba-
té /SP.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
1. Empresa: Escritório Contábil Conta Brasil – Taubaté /SP.
Função: Auxiliar Administrativa
Período: de 05/02/2011 até a presente data).
Atividades desenvolvidas: Controle de relatórios de despesa; Elaboração de Folha de
Pagamento; Conciliação Contábil.
CURSOS EXTRACURRICULARES:
- Recursos Humanos (80 horas), Escola Municipal do Trabalho – Taubaté/SP,
Concluído em dezembro de 2014.
- Informática Básica (Pacote Office completo), Concluído em dezembro de 2011.
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Atividade em Grupo
Na empresa onde você trabalha, a Secretaria é constituída por um Secretário, cinco Au-
xiliares de Escritório, dois Atendentes de Guichê, dois Arquivistas e quatro Digitadores.
Ocorre que dois Auxiliares de Escritório e um Arquivista pediram demissão e precisam
rapidamente ser substituídos. Faça um plano de recrutamento (incluindo recrutamento
interno e recrutamento externo) para solucionar o caso.
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Cargo 1
a. Requisição de Funcionários
Requisição de Funcionários (RF)
Do departamento: Secretaria Para: Depto. de Recrutamento e Seleção
Cargo a preencher: _____________________________ Código: _______________
Breve descrição do cargo: ______________________________________________
____________________________________________________________________
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Cargo 2
a. Requisição de Funcionários
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Cargo 3
a. Requisição de Funcionários
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SELEÇÃO DE PESSOAL
O recrutamento de pessoal incentiva os candidatos a se apresentarem (quando o
recrutamento é externo) ou localiza-os e identifica-os dentro da empresa (quando o re-
crutamento é interno). A partir daí surge a pergunta: como saber se os candidatos atraí-
dos pelo recrutamento – tanto interno quanto externo – estão aptos para a oportunida-
de oferecida? E quando o recrutamento atrai muitos candidatos, como saber quais deles
deverão ser considerados aptos ou adequados? Em outras palavras, como escolher ou
selecionar os candidatos? A resposta está na seleção de pessoal.
Enquanto o recrutamento é uma atividade convidativa e atraente, a seleção é
uma atividade de escolha, ou seja, de aceitação ou rejeição de um candidato. O recru-
tamento atrai os candidatos, a seleção escolhe os mais adequados às oportunidades
existentes na empresa. Na verdade, o recrutamento abastece a seleção dos candidatos
necessários para que a empresa possa escolher e identificar aqueles que irão preencher
as oportunidades oferecidas. Contudo, não se trata da quantidade, mas, sobretudo, da
qualidade dos candidatos atraídos pelo recrutamento.
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Entrevista de Seleção
É a técnica de seleção mais utilizada e conhecida. Trata-se de efetuar perguntas
previamente programadas ao candidato e anotar suas respostas ou parte delas. As per-
guntas provocam respostas que ajudam a conhecer melhor o candidato, seja quanto às
suas características pessoais, seja quanto aos seus conhecimentos, experiências e com-
petências. Assim a entrevista de seleção permite dois tipos de conhecimento: as carac-
terísticas pessoais – tipo de comportamento, atitude, maneira de pensar e de agir, flexi-
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Apesar de as perguntas serem iguais em todos os processos de seleção não há uma res-
posta formatada para elas. Especialistas recomendam: seja o mais honesto que puder, dessa
forma terá mais chances de encontrar no mercado a vaga que seja a sua cara. Caso contrário,
não conquistará o emprego que disputa ou será um profissional frustrado. Porém, algumas re-
comendações podem ajudá-lo na hora do contato com o selecionador, quando a ansiedade e o
nervosismo resolvem aparecer. Veja as 20 perguntas mais comuns em uma entrevista de em-
prego e dicas de como você pode respondê-las para se dar bem em um processo de seleção.
1. Fale sobre você.
Não existe regra. Cada entrevistador tem uma expectativa. No geral, o selecionador quer sa-
ber mais sobre a formação acadêmica do candidato, o que ele gosta de fazer (hobby), seus so-
nhos e expectativas. A orientação é direcionar o discurso para o âmbito profissional.
2. Quais são seus objetivos a curto prazo?
O candidato tem de pensar qual é o seu objetivo antes da entrevista. Só assim vai saber se
determinada oportunidade de emprego é interessante para ele. É necessário que o profissional
“entreviste” também a empresa e averigúe se a proposta é significante para sua carreira.
3. Quais são seus objetivos a longo prazo?
Como em uma relação a dois, é primordial que a pessoa deixe claro quais são seus anseios na
vida profissional. Para isso, é preciso ter clareza. O erro da maioria dos candidatos é a passivida-
de, isto é, aceitar uma proposta sem saber o que é relevante para sua trajetória profissional.
4. Como você lida com as pressões do trabalho?
O candidato deve dar exemplos vivenciados por ele. Isso vai dar consistência à resposta e segu-
rança para o entrevistador enxergar que o profissional tem potencial para ocupar determinada
posição.
5. Por que devemos contratá-lo?
Dizer que você tem sede de aprender, de crescer profissionalmente e de contribuir com a em-
presa não são respostas satisfatórias. O candidato deve expor como pode colaborar com o de-
senvolvimento da organização.
6. Como você poderá contribuir para o desenvolvimento e crescimento da empresa?
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O entrevistado deve fazer a si mesmo essa pergunta antes de ser questionado. Quais as expecta-
tivas da empresa com relação ao profissional que vai ocupar a vaga disponível? Se isso não esti-
ver claro, o candidato deve questionar o selecionador.
7. Quais foram suas maiores realizações profissionais?
Cite até três exemplos. Procure falar sobre as realizações mais relevantes em sua vida profissio-
nal que estejam atreladas às expectativas ou ao negócio da empresa. “Nessa hora o profissional
deve ser marketeiro, ou seja, elencar o que tem de melhor e dizer sem receios”, destaca o con-
sultor Carlos Cruz.
8. Quais são seus pontos fortes?
O candidato deve listar suas principais características e eleger o que considera ser atributos de
um talento. Pergunte-se: o que os seus colegas de trabalho diriam positivamente de você? Pense
em sua rotina profissional e escolha as qualidades que mais o definam no trabalho.
9. Quais são os seus pontos a desenvolver?
Cite um exemplo e foque no que você está fazendo para superar a dificuldade. Não dê ênfase ao
seu ponto fraco.
10. Qual é o seu maior sonho?
Para responder a essa pergunta o candidato deve saber exatamente o que quer. Quanto mais
autêntico ele for, maior será a probabilidade de encontrar uma empresa alinhada ao seu perfil.
11. Por qual motivo você saiu da empresa anterior?
Diga que está em busca de crescimento profissional e melhores oportunidades de carreira.
12. Por que ficou pouco tempo nos empregos anteriores?
Justifique afirmando que busca acima de tudo uma empresa que investe nos funcionários, valo-
riza o seu trabalho e dá oportunidades de crescimento.
13. Por que está a tanto tempo no emprego atual?
Você pode dizer que a empresa atual possui valores compatíveis com os seus e o valoriza en-
quanto funcionário. Explique que no momento quer alcançar outros objetivos e ganhar experi-
ência em empresas diferentes.
14. Você já recebeu críticas sobre o seu trabalho? Como reagiu?
Segundo o consultor Eduardo Shinyashiki, críticas são sempre bem-vindas, pois ajuda o profissi-
onal a perceber os erros para não cometê-los novamente. Ele orienta o candidato a responder
que o feedback é essencial para o crescimento profissional.
15. O que você considera importante em uma empresa?
Responda com palavras que estejam ligadas aos seus valores pessoais. Exemplos: organização,
seriedade, valores profissionais e sociais, conforto para trabalhar e um quadro de funcionários
estável.
16. Como você se comporta no trabalho?
Diga o que as empresas gostam de ouvir, desde que seja verdade, é claro. Exemplo: sou pontual,
dedicado, comprometido, responsável, criativo, dinâmico, eficaz, flexível e sei trabalhar em
equipe.
17. Com que tipo de pessoa você prefere trabalhar?
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Pense em características pessoais valorizadas pelas empresas. Você pode dizer que gosta de
trabalhar com pessoas comprometidas, responsáveis e que tenham espírito de equipe.
18. Com que tipo de pessoa você encontra dificuldade em trabalhar?
Pense em características que firam o clima da organização e acabam influenciando negativamen-
te o rendimento no trabalho. Exemplo: pessoas arrogantes, impacientes e sem espírito de equi-
pe.
19. Por que você escolheu essa carreira?
Diga que você se identifica com a área, dedica-se a ela e sente prazer no que faz.
20. Como você se comporta quando algo não sai como planejou?
Nessas horas, o importante é manter a calma e tentar reverter a situação de outra maneira para
atingir o objetivo. Se você age dessa forma esta é uma resposta convincente.
Testes psicológicos
Permitem a avaliação psicológica dos candidatos. São testes ou provas objetivas
que visam a avaliar as aptidões e características psicológicas das pessoas.
Os testes psicológicos em geral medem as seguintes aptidões:
Inteligência geral;
Habilidade numérica;
Habilidade verbal;
Habilidade espacial;
Aptidão para detalhes;
Habilidade manual;
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Estes testes geralmente são aplicados por psicólogos que fornecem laudos a res-
peito dos resultados.
Técnicas de simulação
Simular significa representar alguma coisa ou fazer de conta. As técnicas de simu-
lação constituem os meios através dos quais o candidato representa o papel de ocupan-
te de um determinado cargo vago na empresa frente a um grupo de candidatos. A prin-
cipal das técnicas de simulação é a dramatização, na qual vários candidatos desempe-
nham papéis simulando situações reais que o ocupante do cargo deverá vivenciar. Um
facilitador acompanha o jogo avaliando o desempenho de cada candidato e comparando
sua adequação ao papel com os demais.
REJEIÇÃO Banco de
Candidatos
A seleção de pessoal funciona como uma sequência de fases que deverão ser
vencidas pelos candidatos: primeiramente a entrevista inicial, depois as provas de co-
nhecimentos, os testes e assim sucessivamente. À medida que os candidatos são rejei-
tados, são eliminados do processo seletivo. Os candidatos que forem aprovados em to-
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das as etapas serão encaminhados ao gerente requisitante, o qual deverá decidir por um
deles.
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Atividade em Grupo
Sua empresa tem um cargo de secretária vago que deverá ser preenchido imediatamen-
te. Elabore um esquema de seleção, mencionando todas as fases do processo e técnicas
de seleção que serão utilizadas. Siga o roteiro a seguir:
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CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Tipos de Treinamento
Transmissão de Informações e Conhecimento: o treinamento tem por conteúdo a trans-
missão de informação e de conhecimentos necessários ao cargo a ser ocupado, sejam
informações sobre o trabalho, sobre a empresa, seus produtos ou serviços, suas regras,
regulamentos e estrutura organizacional. Esse tipo de conteúdo pode ser ministrado em
sala de aula ou através de meios eletrônicos como CDs ou a internet.
Desenvolvimento de habilidades: o treinamento também se destina a desenvolver certas
habilidades e destrezas relacionadas com o cargo atual ou futuro, na operação de termi-
nais, máquinas de calcular, no preenchimento de formulários, cálculos, montagem de
peças, operação de máquinas industriais, condução de veículos etc. Algumas habilidades
são motoras ou manuais e seu desenvolvimento exige treino e prática constantes. Ge-
ralmente, os funcionários recebem treinamento no cargo para o desenvolvimento de
habilidades e destreza nas suas tarefas.
Desenvolvimento de atitudes: geralmente, mudança de atitudes negativas ou inadequa-
das para atitudes positivas e favoráveis. É o caso do desenvolvimento de atitudes e rala-
ções humanas (para melhorar o relacionamento entre pessoas), do desenvolvimento de
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Escola Municipal do Trabalho
O processo de treinamento
O treinamento é um processo educacional e que funciona ao longo de um ciclo
composto de quatro fases sequenciais:
Levantamento das necessidades de treinamento: corresponde ao diagnóstico de carên-
cias de treinamento e à verificação dos problemas. Uma necessidade de treinamento é
geralmente uma deficiência no desempenho do cargo ou uma ausência de competências
requeridas pela organização. Uma necessidade de treinamento é diagnosticada por meio
dos seguintes problemas atuais, isto é, que estão acontecendo no momento:
Baixa produtividade do pessoal;
Baixa qualidade no trabalho;
Comunicações deficientes;
Excesso de erros;
Desperdício de tempo e material;
Elevado número de acidentes;
Avarias frequentes nas máquinas e equipamentos;
Mau atendimento ao cliente.
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namento como uma mera função social e não econômica, como uma despesa ao invés
de um investimento que pode trazer retornos.
Por outro lado, as empresas estão preocupadas com o retorno do investimento
feito em treinamento. As medidas de retorno do investimento estão fazendo parte do
processo de avaliação do treinamento. Trata-se de estimar os custos e benefícios decor-
rentes, uma vez que os valores aplicados em treinamento estão aumentando gradati-
vamente. Algumas empresas chegam a dedicar uma parcela equivalente a 4% ou mais
do seu faturamento para programas de treinamento, mudança e melhoria organizacio-
nal. É um investimento para ficar sem um retorno definido e garantido.
Atividade em Grupo
1) Imagine que todo o pessoal da secretaria e da tesouraria da empresa onde você
trabalha e que mantém contato direto com o público, apresenta sintomas de neces-
sidade de treinamento, como erros frequentes, morosidade no atendimento, difi-
culdades de prestar informações rápidas, falta de cortesia etc. Com esses sintomas,
elabore um plano de treinamento, visando ao desenvolvimento de habilidades, des-
treza e novas atitudes.
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CONTRATO DE TRABALHO
Contrato de Experiência
É uma espécie de contrato por prazo determinado e tem por objetivo dar condi-
ções de mútuo conhecimento às partes contratantes. Durante esse período, o emprega-
dor observará o desempenho do empregado na execução de suas atribuições, não se
restringindo somente à parte técnica, como também a integração à equipe de trabalho,
conduta moral, social etc.
O Contrato de Experiência pode ser prorrogado uma única vez, não excedendo o
limite máximo de 90 dias.
Passado esse período, consolida-se ou não o contrato de trabalho.
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Pelo presente instrumento particular de Contrato de Experiência, a empresa Jolly Roger Equipamentos Náuticos Ltda., com sede à rua Princesa
Tigrinha, nº 256, bairro Pedra da Caveira, cidade Terra do Nunca , inscrita no CNPJ n.º 01.206.207/0001-02 , denominada Empregadora, e o(a)
Sr.(a) Peter Pan, domiciliado à rua Lost Boys, bairro Pedra da Caveira, cidade Terra do Nunca, portador da CTPS n.º e série 1046 -230, doravante
designado Empregado, celebram o presente Contrato Individual de Trabalho para fins de experiência, conforme legislação trabalhista em vigor,
regido pelas cláusulas abaixo e demais disposições vigentes :
1 – O empregado trabalhará para a empregadora na função de Conferente de Materiais e mais as funções que vierem a ser objeto de ordens
verbais, cartas ou avisos, segundo as necessidades da empregadora desde que compatíveis com as suas atribuições.
2 – O local de trabalho situa-se na empresa acima descrita, podendo a empregadora, a qualquer tempo, transferir o empregado a título temporá-
rio ou definitivo, tanto no âmbito da unidade para a qual foi admitido, como para outras, em qualquer localidade deste estado ou de outro dentro
do País, em conformidade com o parágrafo 1.º do artigo 469 da Consolidação da Leis do Trabalho.
3 – O horário de trabalho será o seguinte : de 8:00h às 12:00h e de 13:00h às 17:00h.
4 – O empregado receberá a remuneração de R$ 1.380,00 por mês.
5 – O prazo deste contrato é de 45 dias, com início em 01/03/2016 e término em 14/04/2016.
6 – Além dos descontos previstos em lei, reserva-se a Empregadora o direito de descontar do Empregado as importâncias correspondentes aos
danos causados por ele, com fundamento no parágrafo 1.º do artigo 462 da Consolidação das Leis do Trabalho.
7 – O empregado fica ciente do regulamento Interno da empresa e das Normas de Segurança que regulam suas atividades na empregadora e se
compromete a usar os equipamentos de segurança fornecidos, sob a pena de ser punido por falta grave, nos termos da Legislação vigente e de-
mais disposições inerentes à segurança e medicina do trabalho.
8 – Permanecendo o empregado a serviço da empregadora após o término da experiência, continuarão em vigor as cláusulas constantes deste
contrato.
9 – A rescisão do presente contrato, sem justa causa, por parte da empregadora ou do empregado, antes do término do contrato, implicará em
indenização, e por metade, a indenização que teria direito até o término do contrato, conforme artigos 479 e 480 da CLT.
Tendo assim contratado, assinam o presente instrumento, em duas vias, na presença da testemunha abaixo.
Terra do Nunca, 01 de março de 2016.
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Contrato Temporário
O serviço temporário é aquele prestado por pessoa física a uma determinada
empresa, com caráter transitório, a fim de atender a substituição de pessoal regular e
permanente ou de acréscimo extraordinário de serviços.
Quando a lei 6.019/1974, regulamentada pelo Decreto 73.841/1974 foi criada,
buscava-se atender situações específicas em que o empregador, por circunstâncias di-
versas, tinha falta de pessoal para atender suas atividades empresariais regulares ou,
por acréscimo de trabalho em determinado período do ano, pudesse atender sua de-
manda de mercado.
A lei estabelece que a prestação de serviços só será possível nas seguintes condi-
ções:
• Contrato escrito entre a empresa e empregado;
• Declarar expressamente no contrato o motivo justificador da demanda do traba-
lho temporário;
• Declarar expressamente a modalidade da remuneração da prestação de serviço,
onde estejam claramente discriminadas as parcelas relativas a salários e encar-
gos sociais;
• Declarar o início e término do contrato, não podendo ser superior a 3 (três) me-
ses, salvo necessidade de prorrogação, a qual deverá ser comunicada antecipa-
damente ao Ministério do Trabalho, desde que o período total não ultrapasse 6
(seis) meses;
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Rotinas de Admissão
Um processo de admissão de empregados, ao contrário do que se possa imagi-
nar, começa no momento em que é feito o anúncio da disponibilidade da vaga, seja por
meio de jornais, placas, quadros, internet ou qualquer outro meio.
Quando o novo funcionário é escolhido pelo RH, segue o processo de contrata-
ção.
Alguns documentos são solicitados para que seja feito o registro em Carteira:
• Carteira de Trabalho; • Exame Médico Admissional;
• RG; • Certidão de Nascimento dos fi-
• CPF; lhos menores de 14 anos ou in-
• Título de Eleitor; válidos de qualquer idade;
• Certidão de nascimento ou ca- • Caderneta de Vacinação dos fi-
samento; lhos atualizada;
• Declaração de escolaridade; • Declaração de Antecedentes
• Certificado de Reservista; Criminais.
• Fotografias;
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Jornada de Trabalho
Entende-se por Jornada de Trabalho certo número de horas estipuladas para que
o empregado preste serviço ao empregador.
A CLT afirma que esse número não pode exceder 8 horas diárias, embora seja
possível acrescentar horas suplementares quando houver necessidade.
O total semanal a ser trabalhado é de 44 horas, conforme rege a CLT, sendo 8
horas diárias de segunda a sexta-feira e mais 4 horas aos sábados, podendo estas últi-
mas ser compensadas durante a semana.
A jornada de trabalho mensal não pode ultrapassar 220 horas.
Período de Descanso
Em qualquer trabalho contínuo que exceda seis horas, é obrigatória a concessão
de um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo uma hora e no máximo du-
as horas (Art. 71 da CLT). Caso a jornada seja superior a quatro horas e inferior a seis
horas, haverá um intervalo de 15 minutos.
Entre duas jornadas de trabalho, há sempre a obrigatoriedade de, no mínimo,
onze horas consecutivas, destinadas ao descanso do trabalhador. Além disso, todo tra-
balhador tem direito a um descanso semanal de 24 horas consecutivas, que geralmente
são aproveitadas aos domingos. Vale lembrar que esse período é remunerado e é co-
nhecido como DSR (Descanso Semanal Remunerado) ou RSR (Repouso Semanal Remu-
nerado).
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Salário
Denomina-se Salário a contraprestação devida e paga diretamente pelo empre-
gador ao empregado. O salário pode ser mensal, quinzenal, semanal ou diário, depen-
dendo do combinado entre empregado e empregador.
O Salário pode ser:
Salário Mínimo: Segundo o Art. 7º da Constituição Federal, o trabalhador não
pode receber salário inferior ao Salário Mínimo e este deve ser capaz de atender às ne-
cessidades vitais básicas do empregado e de sua família, como alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Atualmente, esse valor é
de R$ 880,00.
Piso Salário ou Salário Normativo: instituído através de Convenção Coletiva de
Trabalho, após acordo entre sindicados.
Salário Variável: é geralmente a contraprestação devida aos empregados comis-
sionados, cujo contrato de trabalho prevê um percentual sobre as vendas concretizadas.
Desta forma, seu salário variará de acordo com suas vendas.
O Salário do empregado pode ser pago em cheque, dinheiro ou depósito bancá-
rio. Se o pagamento for feito em cheque, o empregador deve proporcionar ao emprega-
do:
• Horário para o desconto do cheque, sem ser descontado do salário;
• Gastos com transporte até a Agência Bancária devem ser por conta do empregador;
• Segurança de que não haverá atrasos no recebimento.
Adicional de Insalubridade
São consideradas atividades insalubres aquelas que pos-
sam expor seus empregados a agentes nocivos à saúde acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensida-
de do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Os graus de insalubridade classificam-se em três níveis:
Mínimo, o empregado recebe adicional de 10% do Salário Mínimo;
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Nível de Insa-
Funcionário Salário Bruto Valor do Adicional
lubridade
Adicional de Periculosidade
Considera-se atividade ou operação perigosa, aquela que implica o contato per-
manente do empregado com inflamáveis ou explosivos, em condições de risco acentua-
do.
Todo empregado que trabalha sob essas condições deve receber um adicional de
30% do salário bruto, sem considerar gratificações, prêmios ou participação nos lucros.
Quando um trabalhador exerce atividade insalubre e perigosa, deve optar pelo
adicional que melhor o remunere, seja ele o de insalubridade ou o de periculosidade.
Fica, por determinação da Lei, proibido o trabalho do menor em atividades peri-
gosas.
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Adicional Noturno
Têm direito ao recebimento do Adicional Noturno os empregados que trabalham
no período entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
O Adicional Noturno é de, pelo menos, 20% sobre a hora diurna.
Ao contrário do trabalho diurno, no trabalho noturno a hora não é mais conside-
rada como sendo de 60 minutos, e sim como de 52 minutos e 30 segundos, o que consti-
tui um benefício ao trabalhador noturno.
Se um empregado trabalha das 22h às 5h, concluímos que ele trabalha 7 horas,
não é?
Exercício: Calcule o Valor do Adicional Noturno devido aos funcionários abaixo:
Horas no-
Salário Bru- Valor do
Funcionário turnas tra-
to Adicional
balhadas
Rogério Lopes R$ 2.300,00 100
Cristina Amélia R$ 1.600,00 200
Rosa Madalena R$ 890,00 220
Celina Alcântara R$ 1.450,00 150
Robson Palma R$ 1.200,31 160
Cleiton Mota R$ 930,11 98
Helena Maria R$ 880,00 56
Ana Silvia R$ 1.015,00 140
Bento Gomes R$ 1.320,00 123
Célio Prado R$ 1.110,00 201
Maria Paula R$ 810,00 207
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Salário Família
O Salário Família é um benefício pago aos empregados que possu-
em salário mensal de até R$ 1.212,64, para auxiliar no sustento dos
filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. São e-
quiparados aos filhos os enteados e os tuteladosdesde que não possu-
am bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência
econômica de ambos ser comprovada.
Para o ano de 2016, o valor do salário-família é de R$ 41,37, por filho de até 14 anos
incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 806,80. Para o trabalhador que rece-
ber de R$ 806,81 a R$ 1.212,64, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de
idade ou inválido de qualquer idade será de R$ R$ 29,16.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos
têm direito ao salário-família.
Horas-Extras
São consideradas horas extras aquelas em que o empregado trabalha mais do
que as horas estipuladas pela Jornada de Trabalho. Conforme o Art. 59 da CLT, o empre-
gado não pode fazer mais do que 2 horas extras diárias.
A remuneração de uma Hora Extra corresponde ao valor normal da hora normal
mais um adicional de 50% deste valor. Veja:
Valor da Hora = R$ 6,00
50% da Hora = R$ 6,00 x 50% = R$ 3,00
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Exercício: Calcule o Valor das Horas Extras devidas aos funcionários abaixo. Considero o
mês de Maio/2014 para a base dos cálculos.
nº de Horas Ex- Valor das Total a
Funcionário Salário Bruto DSR
tras (50%) Horas Extras Receber
Arnaldo Antunes R$ 1.000,00 30
Daniela Duarte R$ 901,12 21
Elsa Frozen R$ 2.500,00 12
Erick Machado R$ 927,41 20
Felipe Limeira R$ 1.300,23 17
Francine Reis R$ 890,40 23
Helio Penha R$ 3.614,00 15
Larissa Cristina R$ 1.100,00 17
Silvia Silva R$ 772,00 12
Túlio Amaral R$ 1.001,11 8
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Proventos
nº de Total (Salário +
Nome Salário Base Insalub. Ou
ordem Horas Extras DSR Adic. Noturno Salário Família Proventos)
Pericul.
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DESCONTOS
Vale Transporte
O Vale Transporte é um Benefício que o empregador
paga aos empregados para utilização efetiva em despesas de
deslocamento residência/trabalho e vice-versa.
Para receber o Vale-Transporte, o empregado deve
informar ao empregador, por escrito, o seu endereço resi-
dencial e os meios de transporte utilizados no deslocamento. Quando fornece essas
informações, o empregado firma um compromisso com o empregador de utilizar o
Vale-Transporte exclusivamente para o deslocamento residência/trabalho.
O custo do Vale Transporte será pago da seguinte forma:
• Pelo empregado, uma parcela equivalente a 6% de seu salário (desde que essa
taxa não exceda o valor gasto com o deslocamento);
• Pelo empregador, o restante para completar o valor do Vale Transporte.
É importante ressaltar que, quando o valor do Vale Transporte for inferior a 6%
do salário do empregado, o empregador ficará restrito a descontar-lhe o menor valor.
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Refeição ou alimentação?
Outro aspecto importante para o entendimento do benefício é a diferença
entre vale-refeição e vale-alimentação. O vale-refeição, seja ele fornecido tíquete ou
por meio de cartão magnético, é aquele utilizado para o pagamento de refeições na
rede conveniada da prestadora de serviços, ou seja, restaurantes, lanchonetes, pa-
darias e similares.
Já o vale-alimentação é aceito apenas para a compra de gêneros alimentícios
em redes como supermercados e mercearias, não sendo aceito em restaurantes e
similares. Algumas empresas oferecem a opção para o trabalhador da modalidade a
qual melhor lhe convier.
Vale dizer também que, no caso de a concessão do benefício de alimentação
estar prevista em contrato de trabalho ou em acordo coletivo, o empregador pode
fornecer um valor superior ao estipulado nestes documentos, mas nunca, em hipó-
tese nenhuma, um valor inferior, estando neste caso sujeito a multas e sanções.
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Exemplo de Cálculo:
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Exemplo de Cálculo:
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nº de Nº de Depen- Descontos
Nome Salário Base
ordem dentes
INSS IRRF
1 Abilio Diniz R$ 1.913,00 -
2 Alexandre Patto R$ 5.612,23 3
3 Caetano Veloso R$ 4.563,21 2
4 Claudia Abreu R$ 2.896,02 1
5 Edson Celulari R$ 2.413,89 2
6 Fernanda Lima R$ 3.162,85 2
7 Gaby Amarantos R$ 3.250,69 3
8 Glória Pires R$ 1.312,25 -
9 Isabelly Fontana R$ 3.781,25 2
10 Jayme Monjardim R$ 2.800,19 2
Sindicato
O Sindicato é uma associação de defesa e coordenação dos interesses de todos
os que, como empregados, empregadores, autônomos ou profissionais liberais, exer-
çam a mesma atividade profissional, ou seja, cabe ao sindicato a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da Categoria, agindo como um fiscalizador.
É dever do Sindicato:
• Representar interesses gerais da categoria ou
profissão;
• Celebrar Convenções Coletivas de Trabalho;
• Colaborar com os Poderes Públicos no desen-
volvimento da solidariedade social;
• Manter serviços de assistência judiciária para os
associados.
O reconhecimento de um Sindicato é dado pelo Ministério do Trabalho, que
fornecerá Carta de Reconhecimento, onde é especificada a representação econômica
ou profissional.
Contribuição Sindical
Todos os empregadores são obrigados a efetuar um desconto na Folha de Pa-
gamento de seus empregados, no mês de março de cada ano, o valor correspondente
a um dia de trabalho. É a Contribuição Sindical.
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Escola Municipal do Trabalho
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Seção: 01
FOLHA DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS Período: 01 a 31 de Janeiro de 2016
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Todos os funcionários desta empresa têm desconto de R$ 5,00 com Vale Refeição. Além disso, neste mês, todos tiveram Contribuição Sindical.
Para calcular os demais descontos, siga as instruções abaixo e complete a Folha de Pagamento de Salários:
1) Possui gasto com transporte de R$ 200,00 9) Tem 2 dependentes
2) Tem 1 dependente 10) Possui 1 dependente
3) Tem 2 dependentes
4) Tem 3 dependetes
5) Possui gasto de R$ 90,00 com transporte
6) Tem 1 dependente
7) Tem 1 dependente
8) Tem 2 dependentes
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13º Salário
O 13º Salário é uma gratificação paga pelo empregador a seus empregados, ge-
ralmente no final do ano. Consiste num valor referente a mais um salário por ano e pode
ser efetuado em 2 parcelas: a 1ª até dia 30 de novembro e a 2ª até dia 20 de dezembro.
O cálculo do 13º Salário é feito da seguinte maneira: a cada mês trabalhado, o
empregado adquire o direito ao recebimento de 1/12 da remuneração devida em dezem-
bro, sendo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será reconhecida como
um mês inteiro para efeito de cálculo.
Sobre o 13º Salário também incidem os descontos de INSS e IRRF e o recolhimento
do FGTS, como em um mês comum.
Férias
Chamamos de Férias o período de descanso concedido aos trabalhadores após 12
meses de vigência do contrato de trabalho, sem que haja prejuízo da remuneração. A
duração desse período obedece ao critério a seguir:
• 30 dias corridos (incluindo sábados, domingos e feriados) quando o empregado,
durante o Período Aquisitivo, tiver até 5 faltas.
• 24 dias corridos, quando o empregado tiver entre 6 e 14 faltas.
• 18 dias corridos, quando o empregado tiver entre 15 e 23 faltas.
• 12 dias corridos, quando o empregado tiver entre 24 e 32 faltas.
63 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Aos 12 meses que o empregado trabalha para adquirir o direito às Férias, chama-
mos de Período Aquisitivo.
Os dias que o empregado goza como Férias, chamamos de Período de Gozo.
Remuneração de Férias
Se um empregado quiser aproveitar apenas uma parte de suas férias, ele pode
vender 10 dias delas, que também serão remunerados.
Este abono dos 10 dias, assim como o pagamento relativo aos 20 dias de Férias,
juntos devem corresponder à totalidade do salário que o empregado recebe quando está
em atividade.
No caso dos empregados horistas, a remuneração de Férias será calculada com
base na média do que foi pago a ele em horas nos últimos 12 meses.
Com a Constituição Federal, ficou assegurado ao trabalhador um acréscimo de 1/3
de seu Salário junto ao pagamento das Férias. Por exemplo, se o funcionário recebe men-
salmente R$ 1.000,00, no mês de suas férias, ele terá direito a receber mais R$ 333,33.
Sobre o valor das férias também incidem os descontos de INSS e IRRF.
Faltas
O pagamento relativo às Férias deve ser feito ao empregado dois dias úteis antes
do início real das Férias.
A duração das Férias varia de acordo com as faltas do empregado, como vimos
anteriormente, porém, não podemos considerar como falta a ausência no trabalho nas
seguintes ocasiões:
• até 2 dias consecutivos, quando há falecimento de parente próximo.
• até 3 dias consecutivos, quando o empregado se casa.
• por 5 dias, quando há nascimento do filho do empregado.
• por 1 dia (a cada 12 meses), quando utilizado para doação voluntária de san-
gue.
• por 2 dias, consecutivos ou não, para adquirir o Título de Eleitor.
• no período em que está cumprindo o Serviço Militar.
• nos dias em que estiver prestando Exames Vestibulares.
• durante a Licença Maternidade.
• por motivos de acidente de trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS.
• justificada pela empresa.
64 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Não é o empregado que marca a data de suas férias. Isso cabe ao empregador e,
para isso, ele tem o prazo de 11 meses a contar do dia em que o empregado adquirir o
direito de gozá-las. Se o empregador deixar passar o prazo máximo de 11 meses, terá de
pagar em dobro a Remuneração das Férias daquele empregado.
Em alguns casos, as férias podem ser concedidas em dois períodos, porém ne-
nhum deles pode ser inferior a 10 dias.
Se membros de uma mesma família trabalharem na mesma empresa, terão direito
a gozar suas Férias no mesmo período, caso haja interesse destes e isso não prejudique as
atividades da empresa.
Férias Coletivas
São aquelas concedidas a todos os empregados de uma empresa ou de setores da
empresa. As Férias Coletivas devem ser avisadas ao Ministério do Trabalho e ao Sindicato
da categoria com, no mínimo, 15 dias de antecedência pelo empregador.
Cálculo de férias:
O funcionário pode aproveitar integralmente suas férias, ou seja, aproveitar os 30
dias de descanso que tem direito, mas também pode “vender” 10 dias de férias e aprovei-
tar somente 20. Veja o exemplo dos dois cálculos e veja o que é mais vantajoso para cada
caso:
65 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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30 dias de férias:
Salário Bruto: R$ 3.000,00
Funcionário que não fez Horas Extras e não possui dependentes.
Proventos Descontos
66 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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SEGURANÇA DO TRABALHO
Acidente de trabalho
Um acidente de trabalho é um fato não premeditado do qual resulta dano consi-
derável ao patrimônio, à pessoa ou a ambos. Assim, existem os seguintes tipos de aciden-
tes:
1. Acidentes sem afastamento: quando o empregado continua a trabalhar normalmen-
te após o acidente.
2. Acidentes com afastamento: quando o empregado deixa de trabalhar durante algum
tempo, devido às consequências do acidente. Os acidentes com afastamento podem
resultar em:
a. Incapacidade temporária: é a perda total da capacidade para o trabalho, que pode
perdurar por um ou mais dias. No retorno, o empregado assume o cargo sem re-
dução de sua capaciade.
b. Incapacidade permanete parcial: é a redução da capacidade para o trabalho moti-
vada pelo acidente. A incapacidade permanente parcial pode ser a perda de
qualquer membro ou parte dele; perda parcial da visão ou audição, ou ainda,
qualquer lesão ou perturbação que diminua a capaciade de trabalho.
67 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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68 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Princípios de contabilidade
Princípio é a causa da qual algo procede, é a origem, o começo de um fenômeno
ou de uma série de fenômenos.
Os princípios, quando entendidos como preceitos básicos e fundamentais de uma
doutrina, são imutáveis, quaisquer que sejam as circunstâncias de tempo ou lugar em que
a doutrina é estudada.
Abaixo, seguem os princípios de contabilidade conforme determina a Resolução nº
750/93 do Conselho Federal de Contabilidade.
I) Princípio da entidade
O patrimônio da entidade não se confunde com o dos seus sócios, acionistas ou
proprietário individual.
69 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Funções da Contabilidade
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, anali-
sar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou
social que a empresa exerce no contexto econômico.
Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário.
Organizar: um sistema de controle adequado à empresa.
Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de de-
monstrativos a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa.
Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos re-
sultados obtidos pela empresa.
Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a
serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais
problemas.
70 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Finalidades da Contabilidade
As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da adminis-
tração das empresas no exercício de suas funções. Portanto, a Contabilidade é o controle
e o planejamento de toda e qualquer entidade socioeconômica.
Controle: a administração por meio das informações contábeis via relatórios pode
certificar-se, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformi-
dade com os planos e políticas determinados.
Planejamento:a informação contábil, principalmente no que se refere ao estabeleci-
mento de padrões e ao interrelacionamento da Contabilidade e os planos orçamen-
tários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo de
decisão sobre que curso de ação deve ser tomado para o futuro.
Direitos
• Contas a receber
• Títulos a receber
• Clientes
71 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Bens
Sob o ponto de vista contábil, bem significa tudo aquilo que uma empresa possui,
seja para uso, troca ou consumo. Os bens podem ser materiais e imateriais. Os bens ma-
teriais constituem todas as coisas ou objetos concretos da empresa, representados por
seu valor monetário. Exemplo: móveis, dinheiro, imóveis, máquinas, veículos, mercadori-
as em estoque etc. Os bens imateriais são aqueles que não existem fisicamente. Exem-
plos: marcas, patentes, gastos com pesquisa etc.
Direitos
São valores que a empresa tem a receber de terceiros, decorrentes de bens, servi-
ços ou dinheiro que ela forneceu. Exemplos: duplicatas a receber referentes às vendas a
prazo, dívidas a receber etc.
É comum as empresas efetuarem vendas a prazo. Quando isso ocorre, a empresa
não recebe no ato o dinheiro correspondente à venda; receberá futuramente, porque a
venda foi a prazo. Sendo assim, a empresa fica com o direito de receber o valor da venda
no prazo determinado.
Esses direitos geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da ex-
pressão a receber.
Obrigações
São valores correspondentes a dívidas ou compromissos que a empresa assume
com terceiros, decorrentes de bens, serviços ou empréstimos que ela recebeu. Exemplos:
duplicatas a pagar referentes a compras a prazo, empréstimos a pagar, promissórias a
pagar etc.
É comum também as empresas efetuarem compras a prazo. Quando isso ocorre, a
empresa não paga a compra no ato; deverá pagar futuramente, porque a compra foi a
prazo. Neste caso, a empresa fica com a obrigação de pagar o valor da compra no prazo
determinado.
Essas obrigações geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da
expressão a pagar.
72 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Patrimônio Líquido
É o quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os bens, os di-
reitos e as obrigações, completará a demonstração contábil denominada balanço patri-
monial.
O total do grupo Patrimônio Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da empre-
sa.
Representa os valores que pertencem à empresa. Se considerarmos tudo o que a
empresa tem (bens + direitos) e subtrairmos o que ela deve (obrigações), encontraremos
o Patrimônio Líquido.
O Patrimônio Líquido é composto basicamente pelo capital da empresa, acrescido
ou diminuído dos lucros ou prejuízos que ela obtém em seus negócios.
Esse grupo, no balanço patrimonial de uma empresa, aparece sempre do lado di-
reito, juntamente com as obrigações.
Demonstração:
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido
73 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Patrimônio
Ativo Passivo
Elementos Positivos Elementos Negativos
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido
74 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Vejamos o gráfico:
Balanço Patrimonial
Ativo = Débito Passivo = Crédito
Contas Devedoras Contas Credoras
75 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Plano de Contas
No cotidiano, entendemos por conta tudo aquilo que temos para pagar.
Na linguagem contábil, definimos da seguinte forma:
Conta é o nome dado a um componente patrimonial, que são os Bens, Direitos,
Obrigações e Patrimônio Líquido ou aos elementos de resultado que são as Despesas e
Receitas.
São divididas em dois grupos:
Contas Patrimoniais: representam os Bens e Direitos no lado Ativo e as Obrigações e Pa-
trimônio Líquido no lado Passivo.
Contas de Resultado: representam as Despesas e Receitas.
Assim, tudo o que denominávamos elementos como Caixa, Veículo, Duplicatas a
Pagar, Promissórias a Receber, será tratado daqui por diante como Contas.
A partir das Contas serão feitos os registros contábeis.
Registro Contábil é a demonstração em papel dos atos e fatos ocorridos em uma
empresa.
Para que os Registros Contábeis sejam feitos, é necessária uma relação de contas,
que denominamos Plano de Contas.
76 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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A – Contas Patrimoniais
1 – Ativo 2 – Passivo
10. Ativo Circulante 20. Passivo Circulante
10.1 Caixa 20.1 Fornecedores
10.2 Bancos Conta Movimento 20.2 Duplicatas a Pagar
10.3 Clientes 20.3 Promissórias a Pagar
10.4 Duplicatas a Receber 20.4 Salários a Pagar
10.5 Promissórias a Receber 20.5 Impostos e Taxas a Recolher
10.6 Estoque de Mercadorias
10.7 Estoque de Material de Expediente 21. Passivo Exigível a Longo Prazo
21.1 Duplicatas a Pagar
11. Ativo Realizável a Longo Prazo 21.2 Promissórias a Pagar
11.1 Duplicatas a Receber
11.2 Promissórias a Receber 22. Resultados de Exercícios Futuros
77 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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B – Contas de Resultado
3 – Despesas 4 – Receitas
30. Despesas Operacionais 40. Receitas Operacionais
30.1 Água e Esgoto 40.1 Vendas de Mercadorias
30.2 Aluguéis Passivos 40.2 Aluguéis Ativos
30.3 Café e Lanches 40.3 Descontos Obtidos
30.4 Combustíveis 40.4 Juros Ativos
30.5 Descontos Concedidos 40.5 Receitas Eventuais
30.6 Fretes e Carretos
30.7 Impostos e Taxas
30.8 Luz e Telefone
30.9 Despesas Bancárias
30.10 Juros Passivos
30.11 Material de Expediente
30.12 Salários
30.13 Despesas Eventuais
Escrituração
É uma técnica que consiste em registrar nos livros próprios (diário, razão, caixa
etc.) todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa por intermédio de lança-
mentos.
Lançamento é o registro dos fatos administrativos, enquanto escrituração é o con-
junto de lançamentos.
A gestão do patrimônio das empresas se dá pelos fatos administrativos registrados
por meio da escrituração.
Livro Diário
À medida que uma empresa desenvolve-se, o seu Patrimônio está em constante
movimento.
Podemos classificar os acontecimentos que ocorrem dentro de uma empresa em
dois tipos:
Atos administrativos: que são os acontecimentos que ocorrem na empresa e não alteram
o Patrimônio. Ex: Admissão de empregados, assinaturas de contratos de compra e vendas
etc.
Fatos administrativos: que são os acontecimentos que ocorrem na empresa e podem ou
não alterar o Patrimônio. Ex: Compras ou vendas de bens, pagamentos de impostos etc.
Todos os Fatos Administrativos ocorridos devem ser registrados em livros da em-
presa através da escrituração.
O controle contábil começa com a escrituração no Livro Diário, que só pode ser
feita a partir de documentos que comprovem tais fatos, como as Notas Fiscais por exem-
plo.
O Livro Diário também é muito importante para a fiscalização, sendo este um livro
obrigatório pela legislação comercial.
O Livro Diário deve:
Conter termos de abertura e encerramento autenticados;
Ser encadernado com folhas numeradas em sequência;
Conter escrituração completa, em idioma e moeda nacionais;
Ser claro, legível, sem rasuras ou emendas;
Ter ordem cronológica de dia, mês e ano.
Atualmente, os departamentos de Contabilidade estão totalmente informatizados
e, o Livro Diário é gerado pelo próprio software das empresas.
Os lançamentos são feitos em ordem cronológica e o método utilizado na escritu-
ração dos fatos administrativos é o Método das Partidas Dobradas, que diz o seguinte:
79 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Antes de fazer um lançamento em um Livro Diário, você deve estar atento a al-
guns elementos:
Local e data de ocorrência do fato;
O documento que foi emitido na operação;
Quais elementos foram envolvidos na operação;
As contas que serão utilizadas para registrar os elementos;
O histórico do problema;
Qual conta será debitada ou creditada.
Veja o exemplo:
Con- Conta
Data Histórico Débito Crédito
ta Nº Nome
03/01/2013 12.6 Veículo Referente a compra de
um veículo na loja Cars,
conforme N.F. 48993 15.000,00
03/01/2013 10.1 Caixa Pagamento de um veículo
conforme N.F. 48993 15.000,00
80 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Con- Conta
Data Histórico Débito Crédito
ta Nº Nome
Referente à integralização
18/06/2013 10.1 Caixa 25.000,00
de Capital em dinheiro
18/06/2013 Referente à integralização
23.1 Capital 25.000,00
de Capital em dinheiro
Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 12.2 Computa- compra de um com-
013 dores putador na loja PC
Mania, conforme
NF 897. 1.500,00
18/06/2 10.1 Caixa Pagamento de um
013 computador, con-
forme NF 897. 1.500,00
81 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 10.6 Estoque compra de mercado-
013 de Merca- rias na loja Conge-
dorias lados e Cia, confor- 2.000,0
me NF 5497 0
18/06/2 10.1 Caixa Pagamento de com-
013 pra de Mercadorias,
conforme NF 5497. 2.000,0
0
Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 12.6 Móveis e compra de um free-
013 Utensílios zer marca Consul,
conforme N.F. 5189 659,00
18/06/2 10.1 Caixa Pagamento de um
013 freezer, conforme
N.F. 5189 259,00
18/06/2 20.2 Duplica- Duplicata nº 5189,
013 tas a Pa- referente freezer
gar 400,00
82 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 10.7 Estoque compra de embala- 282,00
013 de Mate- gens para produ-
riais tos,cf N.F. 6112.
Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 30.1 Água e Referente a paga- 48,50
013 Esgoto mento de conta de
água em banco
18/06/2 30.8 Luz e Te- Referente a paga- 69,30
013 lefone mento de conta de
luz em banco
18/06/2 10.1 Caixa Referente ao paga- 117,80
013 mento de contas de
água e
luz em banco
2) Venda de mercadorias, no valor de R$ 250,00, conforme Nota Fiscal 001, sendo entrada
de R$ 125,00 em dinheiro e restante de R$ 125,00 a prazo:
Débito: Conta Caixa e Conta Duplicatas a Receber
Crédito: Conta Receitas de Vendas de Mercadorias
83 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 10.1 Caixa Vendas de mercado- 125,00
013 rias, conforme N.F.
001.
Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
18/06/2 12.7 Linha Te- Referente à compra 200,00
013 lefônica de Linha Telefônica,
conforme N.F. 520.
Aparelho Telefôni-
cos, conforme N.F.
520
85 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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UNIDADE 7
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira é a parte da organização que cuida das finanças da
empresa ou, mais especificamente, da sua saúde financeira. Isso quer dizer que toda e
qualquer movimentação, ou planejamento, que envolva valores é contemplada ou está
inserida no conceito de administração financeira e estuda a circulação do dinheiro.
Várias são as ferramentas utilizadas na condução da vida financeira das empresas,
cujos conceitos básicos observamos a seguir:
Capital
É o valor principal de uma operação financeira, sobre o qual incidem outros aplica-
tivos com juros e descontos.
Juros
É o produto obtido por meio da aplicação de uma determinada taxa percentual
sobre um capital conhecido. Temos duas formas ou dois pontos de vista a considerar so-
bre os juros. O primeiro é sob o prisma do investidor para o qual significa a remuneração
do capital investido ou aplicado. A segunda forma de considerarmos os juros é sob o pon-
to de vista do tomador, que representa o custo do dinheiro tomado a empréstimo.
Prazo
É o tempo que o capital fica disponibilizado ou imobilizado em determinada ope-
ração financeira.
Taxa de Juros
É o percentual aplicado em determinado capital ou valor por um prazo conhecido
contado em 100 unidades.
Montante
É o produto final de um capital somado ou adicionado aos juros produzidos ao
final de um período ou prazo determinado, ou seja, é o capital mais os juros.
86 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Valor atual
É o valor em determinada data de um montante a ser produzido em um tempo ou
prazo futuro.
Capitalização
É o mecanismo financeiro capaz de produzir um novo montante a cada período
com aplicação de uma determinada taxa de juros.
Amortização
É a injeção de um valor com a finalidade de abater de um montante, um determi-
nado valor visando diminuir uma dívida contraída.
Onde:
J = juros
i = taxa de juros (produzida em fração, decimal ou porcentagem)
C = capital
M = montante
n = prazo (ou tempo)
87 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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C= ouC = M – Jou C =
M = C. (1 + i . n) ou M=C+J
n=
i=
88 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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8) Em uma aplicação, recebi juros de R$ 141,75. O dinheiro ficou aplicado por 45 dias.
Eu tinha aplicado R$ 3.500,00. Qual foi a taxa de juros a.a. da aplicação?
9) Maria Cecília recebeu R$ 5.000,00 de juros por um empréstimo de 1 mês. A taxa de
juros aplicada dói de 37,5% a.a. Quanto Maria Cecília havia emprestado.
10) Roberto Carlos recebeu R$ 1.049,60 de juros ao aplicar R$ 8.200,00 à taxa de 19,2%
a.s. Qual foi o prazo da aplicação em meses?
Juros compostos
Também chamados de capitalizados, consistem na formação de novo capital a ca-
da período a que a taxa se referir até o final do tempo desejado.
Nesse caso o produto final será o montante. Para conhecer os juros, basta subtrair
deste o capital empregado.
Exemplo: suponhamos um capital de R$ 5.000,00 tomado emprestado a juros de
5% a.m. por um prazo de 5 meses capitalizados.
A fórmula utilizada será a seguinte: M = C . (1 + i)n
M = R$ 5.000,00 . (1 + 0,05)5
M = R$ 5.000,00 . (1,05)5
M = R$ 5.000,00 . 1,27628
M = R$ 6.381,40
C= ouC = ouC = M – J
M = C .(1 + i)nouM = C + J
J = M–C
i= -1
n=
90 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Desconto Simples
É o valor ser deduzido do título, calculado a juros, simples por antecipação do res-
gate. Ele pode ser “por fora” ou “por dentro”, acompanhe:
A) Desconto Simples Bancário, Por Fora ou Comercial:é a parcela a ser deduzida do tí-
tulo, calculada a juros simples sobre o valor nominal do título.
Onde:
Db = Desconto Bancário
N = Valor Nominal
i = Taxa de Desconto
n = número de períodos
Db = ?
Db = N . i . n A = N – Db
Db = 60.000,00 . 0,021 . 1,5 A = 60.000,00 – 1.890,00
Db = R$ 1.890,00 A = 58.110,00
91 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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B) Desconto Simples Racional, Por Dentro ou Real: é a parcela a ser deduzida do título,
calculada a juros simples sobre o valor atual.
Onde:
Dr = Desconto Racional
Db = Desconto Bancário
N = Valor Nominal
i = Taxa de Desconto
n = número de períodos
Dr = 1.832,28
92 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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ou
93 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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94 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Títulos de crédito
Denominam-se títulos de crédito os papéis representativos de uma obrigação e
emitidos de conformidade com a legislação específica de cada tipo ou espécie.
Duplicata
A duplicata mercantil é título de crédito que constitui o instrumento de prova do
contrato de compra e venda. É obrigatória nas vendas mercantis a prazo e pode ser pro-
testada por falta de pagamento, quando vencida.
A duplicata de prestação de serviços é título emitido por profissionais ou por em-
presas, para cobrança de serviços prestados.
Triplicata
Segunda via ou reprodução da duplicata por motivo de extravio ou por não ser
aceita.
Nota promissória
A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de
promessa de pagamento, a determinada pessoa, de certa quantia em data especificada. A
nota promissória, portanto, é uma promessa indireta e unilateral de pagamento, à vista
ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor.
Letra de Câmbio
Ordem de Pagamento – à vista e a prazo. Título de crédito formal, consistente
numa ordem escrita de pagamento, de um emitente ou sacador, ou outrem, chamado
aceitante ou sacado, para que pague a um terceiro, denominado tomador, determinada
importância em local e data determinados.
95 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Fluxo de Caixa
É a compatibilização entre a saída de caixa e ingressos de recursos, em que saídas
de caixa ocorrem para honrar obrigações e ingressos de recursos são provenientes de
vendas de produtos e serviços.
O Fluxo de caixa é um instrumento gerencial que controla e informa todas as mo-
vimentações financeiras (entradas e saídas de valores) de um dado período, pode ser diá-
rio, semanal, mensal etc., e é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pa-
gar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e de todos os de-
mais elementos que representem as movimentações de recursos financeiros da empresa.
A sua grande utilidade, é possibilitar a identificação das sobras e faltas no caixa,
permitindo à empresa planejar melhor suas ações futuras ou acompanhar o seu desem-
penho.
Em uma empresa, o recomendável é que o período de acompanhamento seja diá-
rio, entretanto, dependendo da movimentação financeira, é possível utilizar períodos
mais longos – semanal, quinzenal e até mensal. Em períodos menores o acompanhamen-
to é mais eficiente, possibilitando o ajuste das finanças em caso de contingências, por
outro lado requer maior esforço no acompanhamento.
De uma forma ou de outra, um controle de fluxo de caixa bem feito é uma grande
ferramenta para lidar com situações de alto custo de crédito, taxas de juros elevadas,
redução do faturamento e outros fantasmas que rondam os empreendimentos.A manu-
tenção do controle do fluxo de caixa na empresa apresenta as seguintes vantagens:
• Planejar e controlar as entradas e saídas de caixa num período de tempo determi-
nado.
• Avaliar se as vendas presentes serão suficientes para cobrir os desembolsos futu-
ros já identificados.
• Auxiliar o empresário a tomar decisões antecipadas sobre a falta ou sobra de di-
nheiro na empresa.
• Verificar se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira no período
avaliado.
• Verificar a necessidade de realizar promoções e liquidações, reduzir ou aumentar
preços.
96 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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97 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
Escola Municipal do Trabalho
pagou por este, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor ou seu re-
presentante.
O grande risco do Contas a Pagar é efetuar o pagamento sem o devido recibo.
Vejamos um exemplo de Fluxo de Caixa:
98 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
Entradas Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado
Vendas a Vista 700,00 650,00 750,00 650,00 800,00 850,00 900,00 850,00 900,00 880,00
Duplicatas 250,00 210,00 320,00 120,00 380,00 380,00 180,00 150,00 750,00 420,00
Cheques Pré-Data 300,00 250,00 0,00 0,00 250,00 150,00 120,00 120,00 150,00 150,00
Total das Entradas (A)
Saídas Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado
Fornecedores 200,00 200,00 2.300,00 2.300,00
Aluguel 750,00 750,00
99 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
Como pode ser observado não existe nada de complexo na planilha apresentada,
embora a obtenção dos dados possa ser uma tarefa trabalhosa, pois exige outros contro-
les adicionais.
Vejamos a análise dos dados apresentados:
a) As vendas previstas foram realizadas?
b) Quando a empresa recebeu o valor total das duplicatas previsto?
c) O que houve no dia 4?
d) O pró-labore, de R$ 1.800,00, previsto, foi pago no próprio dia 3. A empresa po-
deria utilizar outra estratégia? Por quê?
A falta de recursos implica na revisão das estratégias da empresa, devendo, entre
outros, observar os seguintes aspectos: renegociar com fornecedores o pagamento das
obrigações; revisar o sistema de cobrança; fazer uma promoção de mercadorias; traba-
lhar com estoques mínimos; reduzir os prazos nas vendas a prazo; programar melhor as
compras; vender bens e equipamentos ociosos.
No caso de haver sobra de recursos, a empresa poderá aplicá-lo de forma planeja-
da em estoques; mercado financeiro; antecipação de pagamento de obrigações mediante
desconto financeiro; ativo imobilizado, entre outros.
As informações apresentadas no fluxo de caixa revelam a diferença entre previsto
e realizado, e com essas informações o empresário possui melhores condições para ad-
ministrar a empresa, sem um controle financeiro eficiente é mais difícil atingir os resulta-
dos planejados.
Lembre-se que implantar e, sobretudo, manter um fluxo de caixa eficiente exige
disciplina, inclusive com a manutenção de outros controles financeiros, como contas a
receber, contas a pagar, estoques etc. É melhor saber com antecedência e precisão sobre
a situação financeira da empresa, do que ser apanhado de surpresa com uma situação
desfavorável.
100 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
Escola Municipal do Trabalho
Recibos
Todos os valores recebidos diariamente passam pela tesouraria para receberem
seu destino final de acordo com a política da empresa, como depósito em banco, paga-
mento de despesas correntes ou mesmo pagamento a fornecedores.
101 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Cheques
O cheque é uma “ordem de pagamento à vista” e como tal somente deve ser emi-
tido pela empresa quando ela estiver com suficiente saldo em bancos. O talão de che-
ques, depois de recebido pela empresa do banco correspondente em que ela mantenha
conta corrente, é de sua inteira responsabilidade, inclusive para efeito de controle e
guarda física.
Existem duas formas de emissão de cheques: ao portador e nominativo.
Cheques ao portador:não é recomendável que uma empresa emita cheques dessa forma
porque não identifica o favorecido. Isso quer dizer que, nos dias atuais, os cheques ao
portador podem ser utilizados como moeda corrente, passando de mão em mão até en-
contrar alguém disposto a depositar. Essa atitude dificulta a conciliação bancária porque
demora a entrar na conta corrente da empresa no banco.
Cheques nominativos:emitidos pela empresa em que declara o favorecido pelo pagamen-
to da importância neles contida. Essa modalidade melhora os efeitos da movimentação,
102 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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103 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Conciliação bancária
Processo de caráter periódico destinado a constatar as diferenças entre os contro-
les da empresa e os extratos bancários.
É preciso acompanhar a movimentação da conta corrente de determinado banco
por meio de controles de movimento bancário, em que devem ser lançados avisos de
débito, crédito, cheques emitidos etc.
À primeira via desse controle devem ser anexados todos os documentos de débito
e crédito para efeito de contabilização.
Esse procedimento detecta as diferenças que podem ser, por exemplo:
Cheques lançados no controle da empresa e ainda não compensados pelo banco;
Avisos de débito e crédito lançados pelo banco e ainda não considerados nos con-
troles da empresa.
Observamos que os controles bancários mantidos pela empresa são de caráter ins-
tantâneo, ou seja, quando se emite um cheque, por exemplo, nem sempre é compensado
no mesmo dia, mas é lançado nos controles.
Da mesma forma, o banco pode considerar um aviso de débito, como, por exem-
plo, a CPMF, ou mesmo o estorno de um cheque de cliente que não é compensado por
qualquer motivo.
Tudo isso é detectado na conciliação, que tem por objetivo, após o encontro das
contas, fazer com que os saldos estejam de acordo com os controles da empresa com o
apresentado pelo banco. Essa conciliação vai inclusive instruir a contabilidade da empresa
que, após devidamente conferidos pelo responsável, efetuará os lançamentos ainda não
constantes dos registros contábeis. Então vemos a importância desse procedimento.
Apresentaremos a seguir um exemplo de uma empresa fictícia, que chamaremos
de MAPS Ltda, confrontando seus registros com o Banco Sugar S.A., utilizando os formu-
lários mais usados para esse fim:
104 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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105 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Conciliado por:
James Valentine
106 | A u x i l i a r A d m i n i s t r a t i v o
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Competência Tributária
A Constituição em vigor distribui as competências tributárias da seguinte forma:
1. Compete à União instituir impostos sobre:
Produtos Industrializados (IPI)
Rendas e Proventos de Qualquer Natureza (IR)
Importação de Produtos Estrangeiros (II)
Exportação de Produtos Nacionais (IE)
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores
imobiliários (IOF)
Propriedade Territorial Rural (ITR)
Grandes Fortunas (IGF)
Obrigação tributária
É a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do con-
tribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições descritas na
lei (fato gerador).
Vemos na Obrigação Tributária o aparecimento dos quatro elementos, ou seja, Su-
jeito Ativo, Sujeito Passivo, Objeto e Fato Gerador.
6. Base de Cálculo: é o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a
finalidade de apurar o montante a ser recolhido.
7. Alíquota: é o percentual definido em lei, que aplicado sobre a base de cálculo, de-
termina o montante do tributo a ser recolhido.
O que é industrialização?
Considera-se industrialização a operação que modifique a natureza, o funciona-
mento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo.
Divide-se em cinco modalidades, a saber:
Transformação: operação que, exercida sobre a matéria-prima ou produto interme-
diário, resulta na obtenção de um novo produto.
Beneficiamento: operação que modifica, aperfeiçoa ou altera o funcionamento, a
utilização, o acabamento, ou a aparência do produto.
Montagem:consiste na reunião de produtos, peças etc. que resulta um novo produ-
to.
Acondicionamento: operação que altera a apresentação do produto pela colocação
da embalagem.
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Crimes Fiscais
Constituem crimes de sonegação fiscal, entre outros, os seguintes:
Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos ou omitindo operação
em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais;
Falsificar ou alterar nota fiscal ou qualquer outro documento relativo à operação tri-
butável;
Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber
ser falso ou inexato;
Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equiva-
lente, relativo à venda de mercadorias ou prestação de serviços, ou fornecê-los em
desacordo com a legislação;
Falta de atendimento da exigência da autoridade fiscal;
Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social descon-
tado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher
aos cofres públicos etc.
Atividades
1. Os Tributos são divididos em quantas espécies e quais são elas?
2. Cite os elementos fundamentais da obrigação tributária.
3. Para efeito de industrialização, quais as modalidades consideradas para recolhimento
de IPI?
4. O que significa COFINS?
5. Quais as alíquotas mínimas e máximas determinadas por lei para recolhimento do
ISSQN?
6. Qual o documento de maior importância a empresa deve emitir para efeito de apura-
ção de imposto?
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1. Públicos
São conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por órgãos governamen-
tais, em nível federal, estadual ou municipal, em decorrência de suas atividades adminis-
trativas, judiciárias ou legislativas. Existem três espécies de arquivos públicos:
Correntes: conjuntos de documentos atuais, em curso, que são objeto de consultas e
pesquisas frequentes;
Temporários: conjunto de documentos oriundos de arquivos correntes que aguar-
dam remoção para depósitos temporários;
Permanentes: são conjuntos de documentos de valor histórico, científico ou cultural
que devem se preservados indefinidamente.
2. Privados
São conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por instituições não públi-
cas, ou por pessoas físicas, devido a suas atividades específicas.
Assim, o arquivo de uma empresa, por exemplo, reflete sua atividade, seu porte e
seus objetivos. Documentos de natureza diversa, relacionados a outros objetivos, não
devem misturar-se com o arquivo principal, já que o tratamento dado a eles deve ser di-
ferente.
A importância dos arquivos está crescendo a cada dia, principalmente devido ao
desenvolvimento da sociedade, pois os arquivos nada mais são do que conjuntos de do-
cumentos recebidos ou produzidos, preservados e organizados.
No passado, a preservação de documentos era encarada principalmente por seu
valor histórico. Mas, com o passar do tempo surgiram novos aspectos relevantes, como a
difusão da informação, principalmente a de conteúdo teórico, o auxílio para eficiência
administrativa, entre outros.
A organização é um ponto importantíssimo, pois deve assegurar que o arquivo te-
nha:
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Tipos de Arquivo
No que se refere à frequencia do uso ou consulta, existem três tipos de arquivos:
Arquivo Ativo: mantém arquivados os documentos e papéis de uso, consulta e refe-
rência constantes e atuais, ou que se encontram em fase de conclusão.
Arquivo Inativo: guarda documentos e papéis que oferecem menor frequencia de
uso, consulta ou referência.
Arquivo Morto: armazena documentos de frequencia de uso, consulta ou referência
quase nulas. No entanto, não se deve considerar este arquivo como um “depósito de
lixo”, mesmo porque os documentos definidos como inúteis ou imprestáveis devem
ser destruídos. O arquivo morto precisa, inclusive, ser organizado dentro das mesmas
técnicas e regras que prevalecem para o arquivo ativo, pois muitas vezes são neces-
sárias a imediata localização e consulta a papéis em desuso.
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Métodos de arquivamento
Modernamente, o arquivamento de informações tornou-se uma tarefa realizada
com a utilização de computadores, facilitando a obtenção dos itens de organização ante-
riormente mencionados.
O fato dos computadores serem cada vez mais utilizados para guardar informa-
ções não torna desnecessário o conhecimento dos métodos de arquivamento, pois estes
oferecem técnicas para a classificação de informações e a simplificação de tarefas como
armazenamento e busca.
Dentre os diversos métodos de arquivamento, iremos abordar três dos mais utili-
zados:
1. Método numérico:
É aquele em que, todo o documento a ser arquivado, recebe um número de iden-
tificação. Este método é considerado um método confidencial, pois para consultar as
pastas necessitamos de um índice auxiliar.
Organiza-se o arquivo utilizando-se pastas numeradas em ordem crescente ou de-
crescente.
O índice auxiliar contém os números das pastas e os assuntos pertinentes. É ne-
cessário que este índice esteja sempre atualizado.
Além da vantagem de ter um método sigiloso, permite também uma maior rapi-
dez na organização do arquivo, uma vez que os números são infinitos.
Matrícula nº 12365
Aluno: José Ribeiro Castro
Endereço: Rua Albertina Cruz, 28
Telefone: 12 3633-3333 Celular: 12 98999-9966
Data de Nascimento: 17/04/1976
2. Método alfabético:
Este método é bastante simples e proporciona consultas diretas e rápidas. Entre-
tanto, alguns critérios devem ser obedecidos para que haja uniformidade no processo de
arquivamento.
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Graus de parentesco e títulos não são considerados, devendo ser colocados entre
parênteses no final.
Ex: José Carneiro Jr. Carneiro, José (Jr.)
Dr. Osvaldo Costa Costa, Osvaldo (Dr.)
Sobrenomes com as palavras “Santo”, “Santa”, “São” não devem ser separados.
Ex: Osvaldo Santa Rosa Santa Rosa, Osvaldo
Sobrenomes precedidos de partículas com inicial maiúscula, estas devem ser conside-
radas como parte do sobrenome.
Ex: Bruno Di Carmo Di Carmo, Bruno
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As empresas conhecidas pela sigla devem ser arquivadas como se fossem palavras
Ex: SENAC SENAC
Nomes de empresas que comecem com artigos, estes devem ser colocados entre pa-
rênteses no final
Ex: A Voz do Povo Voz do Povo (A)
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Documentação
Excursões
Aéreas
Viagens Hotéis
Marítimas
Internacionais Promoção
Rodoviárias
Vendas a Crédito
Vendas à Vista
Excursões
Aéreas
Hotéis
Viagens Marítimas
Promoção
Nacionais Rodo aéreas
Vendas a Crédito
Rodoviárias
Vendas à Vista
Imagine que um dos fornecedores da Caninha Tomou Tombou tivesse que levan-
tar sua ficha. Você acha que esta ficha seria encontrada?
Possivelmente não, pois o arquivo de procura é alfabético de acordo com a razão
social e, provavelmente, o funcionário iria procurar a ficha da Caninha Tomou Tombou,
mesmo porque é assim que a empresa é conhecida. Desta forma não encontrando. A fi-
cha só seria encontrada se o funcionário soubesse que deveria levantar a ficha da Cani-
nha Tomou Tombou procurando-a por sua razão social.
Por isso, usualmente, é criado um arquivo de referência cruzada, onde a Caninha é
cadastrada em duas fichas. Veja:
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5. Ordem cronológica
Os documentos são arquivados por ordem e data, crescente ou decrescente. A or-
dem alfabética pode ser utilizada no caso de documentos com a mesma hora e data.
6. Geográfico
É utilizado quando arquivamos os documentos considerando-se uma divisão geo-
gráfica previamente estabelecida.
A divisão geográfica pode ser feita por países, estados, cidades, bairros, entre ou-
tras.
Este método é muito utilizado nos departamentos de vendas.
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Controle de Estoque
O controle de estoques é importante para qualquer tipo de empresa e significa in-
vestir “dinheiro”, portanto deve ser racionalmente dimensionado.
Existe uma inter-relação do setor de suprimentos com os setores de produção, fi-
nanceiro e de vendas principalmente, visto que a falta de itens em estoque pode acarre-
tar sérios problemas de desempenho operacional, causando grandes prejuízos à empresa,
como aumento de custos e despesas financeiras, ociosidade de recursos e redução da
lucratividade.
Nivelamento de Estoque
O nivelamento determina a condição ideal do fluxo financeiro dos estoques. Em
uma primeira abordagem, a gestão econômica dos estoques busca mantê-los em cons-
tante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos.
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Tal fator somente é obtido ao manter os estoques mínimos, sem correr o risco de
não tê-los em quantidades suficientes e necessárias para manter um fluxo de produção
de uma encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo.
A quantidade ideal de estoque mínimo deve ser bem mensurada, considerando,
entre outros, os seguintes parâmetros:
• Possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor;
• Possíveis variações nas médias de vendas;
• Identificação da sazonalidade.
Devemos considerar dois fatores fundamentais para a determinação dos estoques:
1) Quanto maior a quantidade estocada, maiores serão os custos com a manutenção
dos estoques. Por outro lado, vemos um aspecto a ser levado em conta que é a ga-
rantia da não paralisação da empresa por falta de material.
2) Qualquer redução nas quantidades em estoque reduz também os custos de estoca-
gem, mas aumenta os custos de obtenção dos materiais, o que pode provocar a para-
lisação das atividades da empresa por falta de material.
É preciso levar em conta que a gestão dos estoques apresenta os seguintes sinto-
mas:
Exercícios
1. O que é Estoque?
2. Para gerenciar estoques é necessário levar em consideração duas funções que
norteiam sua finalidade. Quais são elas? Comente.
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ARMAZENAGEM
Na moderna administração, a armazenagem pode ser conceituada como um con-
junto de atividades relacionadas à função de abastecimento, a qual requer meios, méto-
dos é técnicas adequadas, bem como instalações apropriadas, e que tem como propósito
o recebimento, a estocagem e a distribuição de materiais.
Estruturas de Armazenagem
O propósito da armazenagem está fixado em uma estrutura básica, formada pelo
tripé recebimento, estocagem e distribuição.
Estas atividades básicas dessa estrutura podem sem assim descritas:
Recebimento: trata-se de um conjunto de operações que envolvem a identificação do
material recebido, o confronto do documento fiscal com o pedido, a inspeção qualitativa
e quantitativa do material e a sua aceitação formal.
Estocagem: é um conjunto de operações relacionadas à guarda do material. A estocagem
constitui um dos pontos mais vitais na formação do conjunto de atividades da armazena-
gem, exigindo técnicas específicas para alcançar a eficiência da racionalização e da eco-
nomia desejada.
Distribuição: refere-se a um conjunto de operações próprias relacionadas à expedição do
material, envolvendo a acumulação do que foi recebido da estocagem, a embalagem
adequada e a respectiva entrega ao requisitante.
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• Os itens que possuem uma forte correlação com respeito ao tipo devem ser estoca-
dos próximos.
Tamanho
• Estocar mercadorias pesadas, volumosas e de difícil movimentação próximas ao seu
ponto de uso.
• Propiciar vários locais e tamanhos de estocagem
• Os itens pesados devem ser estocados em áreas com teto baixo e os leves e de fácil
movimentação em áreas com pé-direito alto.
• Não levar em conta o tamanho dos itens individuais e sim o tamanho do estoque
total de um item.
• Características dos materiais
• Projetar o layout para acomodar apropriadamente os itens perecíveis;
• Propiciar um layout eficiente, com técnicas de estocagem, para maximizar a utiliza-
ção do espaço para itens com formatos diferentes e que possam ser comprimidos
• Planejar a proteção dos materiais perigosos a fim de evitar incêndios e proteger ou-
tros materiais no caso de um acidente
• Elaborar o layout da compatibilidade dos itens estocados dentro da proximidade de
cada um
• Programar o layout para maximizar a proteção dos itens de segurança pela localiza-
ção.
Utilização do espaço
• Conservar o uso do espaço ao maximizar a concentração das mercadorias na esto-
cagem, maximizar a utilização do espaço cúbico e minimizar as perdas nos vãos de
estocagem;
• Projetar o layout em torno de obstáculos e outras limitações à utilização do espaço;
• Os corredores devem ser retos e os principais devem levar até às portas;
• Os corredores devem ter largura suficiente para permitir uma operação eficaz, sem
desperdício de espaço;
• Todos os lados da estocagem devem ter acesso por um corredor;
• Evitar o bloqueio do estoque;
• As pilhas de material devem ser uniformes, retas, estáveis e de fácil acesso;
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