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Nocões de Administração I

TRIBUNAIS

Professor: Eduardo Gnisci

“Multiplicamos os conhecimentos, mas não os homens que pensam”.


Augusto Cury

Índice

Capítulo 1: Noções de Administração


Capítulo 2: Características básicas das organizações formais modernas
Capítulo 1: Noções de Administração

A administração é uma filosofia em ação.

Filosofia como um processo de ação racional e atribuição de valores. E por


intermédio destes dois fatores, a racionalidade e a ética, que a Administração se torna filosófica.

Existe ainda uma outra maneira pela qual o conjunto de atividades classificado como
Administração assume, direta ou indiretamente, uma conotação filosófica. A matéria-prima
essencial da Administração está no homem. A natureza humana é o estofo básico das
organizações, essas coletividades que buscam metas, nas quais nasce a demanda pelas funções
que dão origem à Administração. Assim, a filosofia primitiva do administrador assim como seus
pressupostos a respeito do homem e de sua natureza sempre estarão na equação complexa que
determina as direções da ação coletiva.

A Administração pode ser concebida como a racionalidade aplicada às relações


sociais. Mas, embora seja um domínio para o exercício apropriado da lógica aplicada, seus
praticantes introduzem valores e praticam a ética. É por isso que temos interesse pelos aspectos
lógicos e de valor da administração filosófica e da filosofia administrativa.

A civilização tem como pedra angular o esforço cooperativo do homem para a


concretização do trabalho; esse esforço, em todos os campos da ciência, da organização e em
todas as relações sociais, visa ao bem-estar da sociedade. Se nosso bem-estar depende
realmente desse esforço cooperativo, a ciência de gerir, de coordenar, de comandar e de dirigir
esse esforço é uma ciência presente em todas as atividades humanas.

É por meio da ação humana que damos forma ao pensamento e materializamos o


que queremos.

A Administração faz-se presente pela organização da ação do homem, integrando


recursos e esforços de forma sistêmica.

A Administração está alicerçada na lógica e na clareza do raciocínio humano;


somente assim podemos obter com eficiência o desenvolvimento tecnológico ordenado e rápido,
da mesma forma que somente dentro da metodologia científica podemos aplicar métodos
dedutivos e indutivos, capazes de dar seqüência, forma e lógica aos experimentos e pensamentos
humanos.
Hoje, a Administração é comparada com a arquitetura do pensamento lógico-
administrativo que nos leva à eficácia técnico- funcional.

A tarefa básica da empresa é fazer coisas, realizar eventos por intermédio das
pessoas. Quando falamos em empresa-organização, falamos em Administração não como um
sistema direto e pragmático, mas como um corpo de princípios universais que se aplicam a todo
tipo de atividade humana.

A Administração é o elemento sintetizador da ampliação da atividade humana e,


assim, interage com todas as demais. Assim, não existem sistemas organizacionais
desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
Existem, isso sim, sistemas organizacionais eficazmente administrados e sistemas
mal administrados ou ainda inadministrados.

Pressupomos a história da Administração como iniciada há, aproximadamente, cem


anos, quando ocorreu a definitiva separação entre planejamento e execução de trabalho.

A Administração nasce, portanto, como uma formulação intelectual e racional da


separação e submissão do trabalho manual ao intelectual, reflexo da dependência do trabalho ao
capital.
Seguindo o itinerário histórico, inferimos que depois da Segunda Guerra Mundial, e
em conseqüência da grandeza de experiências traumáticas e das modificações econômicas e
políticas suscitadas pelo conflito, a administração começa a reforçar o seu sistema com conceitos
complementares.

Antecedentes Históricos do Estudo da Administração.

Administração é uma atividade essencialmente empírica. Ao administrarmos


qualquer coisa, seja ela uma empresa, um exército ou nosso próprio tempo, estamos procurando
formas de interagir com a realidade que nos cerca, na busca de determinados objetivos.

Para o estudo da Administração, interessa-nos prioritariamente a administração de


organizações. Entendemos como organizações sistemas com:

a) objetivos fixos ou metas a cumprir - garantir ganhos para o seu proprietário,


prestar serviços médicos à comunidade, preservar a Segurança Nacional, fornecer ajuda
espiritual etc.;

b) recursos materiais e não-materiais - dinheiro, instalações, know-how, máquinas,


tecnologia etc.;

c) grupos de pessoas cujos esforços são coordenados no sentido de se atingir os


objetivos e metas determinadas, utilizando-se dos recursos existentes.

Hospitais,.empresas, sindicatos, fundações, escolas, igrejas, partidos políticos,


associações comunitárias, o Exército e o Estado são exemplos de organizações. Em cada uma
delas, a Administração tem a função de coordenar pessoas e recursos, com vistas a cumprir seus
objetivos e metas. Para cumprir estes objetivos, a Administração deve sempre atuar sobre a
realidade circundante.

Se o administrar é construído sempre a partir da realidade que o cerca, podemos


afirmar com segurança que diferentes realidades demandarão diferentes formas de se
administrar. Em tempo de férias podemos administrar nosso tempo com graus de folga e
tolerância muito maiores do que em semanas em que estamos atulhados de trabalho. Da mesma
forma, administrar uma empresa no começo do nosso século certamente era uma atividade
bastante diferente da prática dos administradores de empresas de hoje.

Todo o conhecimento que possuímos hoje é fruto de uma mecânica cumulativa


histórica e social, baseada na eliminação de explicações que deixam de ter validade e na
incorporação de outras que passam a ter.
Habilidades de um administrador

Existem 3 tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa atuar


com sucesso.

Habilidade técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e


equipamentos necessários para o desempenho de tarefas específicas, por meio de experiência e
educação.

Habilidade humana: Consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com


pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e principalmente liderar grupo de
pessoas.

Habilidade conceitual: Consiste na capacidade de compreender a complexidade


da organização como um todo e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essa
habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização e não
apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato.

Vale reforçar que para a habilidade conceitual necessitamos desenvolver a


capacidade de pensar, definir situações organizacionais e seus respectivos graus de
complexidade e finalmente diagnosticar e propor soluções.

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do
latim:

ad (direção, tendência para)


minister (subordinação ou obediência)
significa: aquele que realiza uma função abaixo do comando de outra.

2-) Tarefa básica da administração: Fazer as coisas por meio das pessoas de
maneira eficiente e eficaz.

3-) Administração: É o processo de planejar, Organizar, Dirigir e Controlar o uso de


recursos a fim de alcançar os objetivos.

As Variáveis Básicas da Administração

Tarefas

Estrutura Pessoas

Organização

Ambiente Tecnologia

As Principais Teorias Administrativas

Foco Teorias Administrativas Principais Enfoques


Administração Científica Racionalização do trabalho no nível
nas Tarefas
operacional.
Teoria Clássica Organização formal.
Teoria Neoclássica Princípios gerais da administração.
Funções do administrador.
Teoria da Burocracia Organização formal burocrática.
Na Estrutura Racionalidade organizacional.
Teoria Estruturalista Múltiplas abordagens:
Organização formal e informal.
Análise intra-organizacional e análise
interorganizacional.
Teoria das Relações Organização informal.
Humanas Motivação, lideranças, comunicações e
dinâmica de grupo.
nas Pessoas
Teoria do Comportamento Estilos de Administração.
Organizacional Teoria das decisões.
Integração dos objetivos organizacionais e
individuais.
Teoria do Mudança organizacional planejada.
Desenvolvimento Abordagem de sistema aberto.
organizacional
Teoria Estruturalista Análise intra-organizacional e análise
ambiental.
no Ambiente Abordagem de sistema aberto.
Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental).
Abordagem de sistema aberto.
Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo
na Tecnologia
tecnológico).

A administração na Sociedade Moderna e suas Perspectivas

A administração é o meio para fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor
forma, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia.
A administração na sociedade moderna, toma um rumo de extrema importância, pois
cada empresa tem como exigência premissas básicas como:
• Tomada de decisões,
• Coordenação de múltiplas atividades,
• Condução de pessoas,
• Avaliação de desempenho dirigido a objetivos previamente determinados,
• Obtenção e alocação de recursos, entre outros.

Portanto quando engenheiros, economistas, contabilistas, entre outros profissionais


de áreas específicas ou essencialmente técnicas, são promovidos para cargos executivos
(diretorias, gerências, chefias, supervisões, coordenações, etc.), precisam transformar-se em
administradores e por conseqüência familiarizar-se com os conceitos administrativos ora
aplicados nas organizações.

Estudos apontam para que em futuro próximo, veremos o fim da organização forma
de hoje (a organização burocrática) e o surgimento de uma nova arquitetura organizacional;
sendo que isto ocorrerá em função da necessidade de adequação às novas demandas da era
pós-industrial.

Estas mudanças serão motivadas devido a:

Mudanças rápidas e inesperadas, principalmente na área do conhecimento e da


explosão populacional.
• Imposição de novas e crescentes necessidades não atendidas pela
organização atual.

Crescimento em tamanho das organizações, tornando-as complexas e


internacionais.
Atividades de hoje, que exigem pessoas de competências diversas e altamente
especializadas.
• Foco em mudanças rápidas
Mudanças e transformações carregadas de:
Exigências e pressões: Influências externas e internas:
Sociedade, Incertezas,
Clientes, Ambigüidades,
Novos desafios
Fornecedores,
Evolução tecnológica,
Agências regulamentadoras, Problemas multifacetados,
Governo, Complexidade,
Concorrentes, Informações contraditórias.
Expectativa da alta administração,
Funcionários,
Acionistas.

Turbulências que irão complicar a tarefa administrativa de:


Planejar,Organizar,Dirigir e Controlar

Vários fatores causarão impactos profundos sobre as organizações das empresas,


são eles:

• Crescimento das organizações,


• Concorrência mais aguda,
• Sofisticação da tecnologia,
• Taxas elevadas de inflação,
• Globalização da economia e internacionalização dos negócios,
• Visibilidade maior das organizações.

Tudo isto irá requerer novas formas e modelos de administração, bem como uma
nova mentalidade dos administradores, sendo que estes serão vistos, mais do nunca como um
agente de mudanças.

A Revolução Industrial

Com a invenção da máquina a vapor (1736-1819) e sua aplicação à produção,


surgiu uma nova concepção de trabalho, e está nova visão modificou completamente a estrutura
social e comercial da época.

Está modificação ficou conhecida como a Revolução Industrial (iniciada na


Inglaterra), pois está provocou profundas e rápidas mudanças na economia, política e por
conseguinte na própria sociedade.

A revolução industrial pode ser dividida em duas épocas distintas a saber:

1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro (de 1780 a 1860):


Passou por quatro fases:

1ª fase: Mecanização da indústria e da agricultura:


Surgimento da Máquina de fiar, Tear hidráulico, Tear mecânico, Descaroçador de
algodão.
Substituíram a força motriz do homem, do animal e da roda de água.

2ª fase: A aplicação da força motriz na indústria:


Utilização da máquina a vapor gerou profundas transformações nas oficinas que
viraram fábricas (transportes, comunicações e na agricultura).

3ª fase: O desenvolvimento do sistema fabril:


Desaparece a figura do artesão e suas oficinas, cedendo lugar aos operários e às
fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho.
Outro fator relevante foi a migração da massa humana da área agrícola para as
proximidades das fábricas, provocando desta forma a urbanização.

4ª fase: Ocorre o aceleramento dos transportes e da comunicação.


Surge a navegação a vapor, sendo que logo depois as rodas propulsoras foram
substituídas por hélices; A locomotiva a vapor é aperfeiçoada; Surge a primeira estrada de ferro
na Inglaterra e logo depois nos USA e no Japão; Outros meios de comunicação surgem com
rapidez (Morse inventa o telégrafo elétrico, Graham Bell inventa o telefone); profundas mudanças
ocorrem com maior velocidade neste período.

2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade (de 1860 a 1914):

A revolução entre nesta segunda fase em função de três fatos importantes:


• O aparecimento do processo de fabricação do aço (1856),
• O aperfeiçoamento do dínamo (1873),
• A invenção do motor a combustão interna (1873).

As características da revolução industrial são as seguintes:

• Substituição do ferro pelo aço como material básico na indústria,


• Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes
de energia,
• Desenvolvimento de maquinaria automática,
• Crescente domínio da indústria pela ciência,
• Transformação radical nos transporte e na comunicação (Vias férreas são
ampliadas, construção de automóveis, e as primeiras experiências com o avião, são exemplos
típicos deste período),
• Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista
• Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente.
A Abordagem Clássica da Administração

No início do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos a


respeito da administração:

Taylor (americano): que desenvolveu a chamada Escola da Administração


Científica, cujo foco principal estava em aumentar a eficiência da indústria por meio da
racionalização do trabalho operário.

Fayol (europeu): que desenvolveu a chamada teoria Clássica, cujo foco principal era
o de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios
gerais da administração em bases científicas.

Embora os mesmos não tenham mantido contato e também tendo ambos partido de
pontos de vistas diferentes e até mesmo opostos; suas idéias constituíram as bases da chamada
Abordagem clássica da administração.

Desdobramento da abordagem clássica:

Administração
Científica
(Taylor) Ênfase nas
Tarefas

Abordagem
Clássica da
Administração
Teoria Clássica
Ênfase na
(Fayol) Estrutura

Origens da Abordagem Clássica

A abordagem clássica da administração originou-se das conseqüências geradas


pela revolução industrial, e poderemos resumi-la em dois fatores:

1º O crescimento acelerado e desorganizado das empresas:


• Complexidade em suas administração,
• Abordagem científica substituindo o empirismo e a improvisação,
• Aumento da dimensão das empresas leva a adotar teorias microindustriais.

2º A necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações:


• Obter melhor rendimento possível dos recursos,
• Fazer frente à concorrência e a competição,
• Influenciado pela substituição do capitalismo liberal pelos monopólios
(instalados nos EUA),
• Produção em massa aumenta o número de assalariados,
• Necessidade de se evitar o desperdício,
• Economizar mão-de-obra,
• Surge a divisão do trabalho entre os que pensam e os que executam.

Teorias da Administração

De uma maneira geral os interesses do estudo da administração são voltados para


resultados práticos, existem pelo menos 4 importantes razões para se estudar a teoria da
administração:

• Guiam as decisões da administração;


• Dão forma à nossa visão das organizações;
• Conscientizam-nos do ambiente empresarial;
• São fontes de novas idéias.

A Administração Científica

Taylor

Com sua visão de engenheiro ele revolucionou os processos tradicionais dos


métodos de trabalho através da aplicação de métodos científicos.

Baseia-se na Escola Clássica, onde as pessoas eram consideradas instrumentos


de produção para se atingir a eficiência empresarial.

MÉTODO EMPÍRICO MÉTODO CIENTÍFICO

• Domínio do costume; • Metodologia;


• Tradição; • Pesquisa;
• Experiência; • Normatização e padronização;
• Política do patrão. • Seleção e treinamento, supervisão e
planejamento.
Maus Resultados Maior Eficiência

Fases de estudo do tempo:

• Analítica:
Quebra das atividades e estudo dos melhores métodos para cada movimento
registrado e cronometrado.

• Construtiva:
Arquivo de movimentos elementares e tempo. Melhoria e padronização dos
elementos relacionados ao trabalho.

* Em virtude desses estudos, os operários se mostraram resistentes porque


acreditavam que trabalhando mais depressa, faziam com que grandes números de outros
trabalhadores perdessem o emprego.

A administração científica focou a administração geral, preocupando-se nas tarefas


realizadas pelos empregados.

Segundo Taylor as indústrias sofrem de 3 males:

• Vadiagem sistemática (medo dos gerentes abaixarem os salários ou de


perderem o emprego);
• Desconhecimento da Gerência sobre a rotina de trabalho e o tempo
necessário de cada tarefa;
• Falta de padronização dos métodos e técnicas de trabalho.

* Apesar da forma como Taylor considerava os operários, desenvolveu um sistema


educativo que deveria ser implantado gradualmente para evitar descontentamento dos
empregados e prejuízo aos patrões.

Conceito do princípio da exceção:


♦ “O operário cuida da rotina e o chefe cuida dos assuntos mais importantes.”

Objetivos Básicos da Administração Científica:

• Aumentar a produtividade do trabalhador,


• Motivar o trabalhador através do pagamento por peça produzida.

Pontos Relevantes a serem considerados:

• Colaboração entre gerentes e operários,


• Especialização dos operários,
• Divisão das tarefas dos supervisores.

Críticas ao sistema de Taylor:

• Mecanização: desestimula a iniciativa pessoal; não considera os aspectos


psico-sociais.
• Esgotamento físico: funcionários trabalham além da capacidade para obter
salários mais altos.
• Exploração: de operários e clientes.
o Resultado: mais trabalhadores entravam nos sindicatos gerando um clima de
desconfiança entre administração e trabalhadores.

Princípios de Emerson

Foi um engenheiro que simplificou os métodos de trabalho.


Popularizou a Administração Científica.
Desenvolveu os primeiros trabalhos sobre seleção e treinamento de empregado.

1. Planos bem definidos e aliados aos objetivos;


2. Senso comum (bom senso);
3. Orientação e Supervisão competente;
4. Disciplina;
5. Justiça social no trabalho;
6. Registros confiáveis e imediatos;
7. Remuneração proporcional ao trabalho;
8. Normas padronizadas para as condições de trabalho;
9. Normas padronizadas para o trabalho em si;
10. Normas padronizadas para as operações;
11. Estabelecer instruções precisas;
12. Oferecer incentivo ao maior rendimento e á eficiência.

Ford

Americano (nascido no Estado de Michigan)


Era um empresário com visão prática que buscava a cristalização do conceito da
eficiência, no mais amplo sentido, numa fábrica de automóveis.

Princípios de Ford:

Produtividade (tempo) = máxima de produção dentro de um período determinado;


distribuição dos ganhos; redução de custos;redução de preços.
Intensificação (tempo) = aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios
consumidores.
Economicidade = reduzir ao mínimo o volume de matéria-prima (estoque).
* “Estoque inútil representa trabalho humano armazenado”

Políticas de Ford:

• Produção em série e contínua;


• Altos salários;
• Preços mínimos;
• Preocupação com os empregados;
• Técnicos altamente competentes.

* Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente


individual que a história conhece;
* Abraçou corajosamente as idéias da administração científica, revolucionando
nesse processo a indústria automotiva e a nossa sociedade;
* Conservador com relação às práticas administrativas , não respondeu às
mudanças dos tempos. Com isso o seu domínio sobre o mercado automobilístico aos poucos foi
arrancado por empresas com teorias mais avançadas.

Diferenças entre Taylor e Ford:

TAYLOR FORD

• Operário executa movimentos • Operário adapta seus movimentos à


regulados em tempo padrão; velocidade da esteira;

• Preocupou-se com a “economia do • Preocupou-se com a “economia de


trabalho humano”; material e do tempo”;

• Trabalho individual; • Trabalho em equipe;


T
eoria Administrativa

Fayol (Formado em Engenharia de Minas)

Estudos de Fayol

Fayol começa a separar Conhecimentos Tecnológicos de Habilidades


Administrativas.

“Todos os empregados numa organização participam, num maior ou menor grau, da


função administrativa e têm oportunidade para exercitar suas faculdades administrativas e ser
reconhecido por isto. Aqueles que são particularmente talentosos podem subir dos degraus mais
baixos aos mais altos, da hierarquia da organização”

O sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas dos seus


líderes do que de suas habilidades técnicas!!!
Fayol, notou que o efeito da administração sobre as atividades do negócio não foi
completamente entendido e que se as recomendações dos especialistas técnicos poderiam ser
completamente destruídas por procedimentos administrativos falhos.

“Um líder que seja um bom administrador, mas tecnicamente medíocre, é,


geralmente, muito mais útil à empresa do que se ele fosse um técnico brilhante mas, um
administrador medíocre”

As Necessidades da Teoria Administrativa:

Os administradores, segundo Fayol, necessitam de certas qualidades,


conhecimentos e experiências:

ªQualidades físicas: saúde, vigor, trato;


ªQualidades mentais: habilidade de aprender e de entender, julgamento, vigor
mental e habilidade;
ªQualidades morais: energia, firmeza, iniciativa, disposição p/ a responsabilidade,
lealdade, dignidade,tato;
ªEducação geral: familiaridade geral com outros assuntos não exclusivamente da
função desempenhada;
ªConhecimento especial: aquele peculiar à função, seja técnica, comercial,
financeira, administrativa e assim por diante;
ªExperiência: conhecimento advindo do próprio trabalho, o conjunto de lições que
uma pessoa tira das coisas.

As funções básicas da empresa

 Atividades Técnicas:
Þ “Relacionadas com a transformação e produção de bens (produtos e serviços)”
 Atividades Comerciais:
Þ “Relacionadas com as transações de compra, venda e permuta”
 Atividades Financeiras:
Þ “Relacionadas com a captação e bom uso do capital”
 Atividades de Segurança:
Þ “Relacionadas com a preservação e proteção das pessoas e dos bens”
 Atividades Contábeis:
Þ “Relacionadas com os controles e registros, como inventários, balanços, custos e
estatísticas”
 Atividades Administrativas:
Þ “Relacionadas com a integração de todas as operações da organização”;
Þ “as atividades administrativas coordenam e sincronizam as atividades anteriores”,
Þ “tendo portanto interferência e influência sobre elas”.

Segundo Fayol, mesmo sendo apenas uma das seis grandes atividades
organizacionais, as administrativas eram mais importantes que as outras cinco atividades.
Funções Universais da Administração:

ª Previsão: Consiste na avaliação do futuro, tudo aquilo que poderá acontecer.


Um bom plano de ação inclui unidade, continuidade, flexibilidade e precisão.

ª Organização: preparar todas as coisas que sejam úteis ao funcionamento da


empresa, desde a parte material, de pessoal e social.

ª Comando: fazendo agir o pessoal, de forma a obter o máximo retomo em todos


os aspectos, mas principalmente os globais.

ª Coordenação: a harmonia de todas as atividades é o fundamental; os negócios e


os trabalhos dependem desta harmonia para o sucesso; a perfeita sincronização de todas as
coisas e ações leva-nos à harmonia.

ª Controle: medir e dimensionar os atos, para verificar se estão ocorrendo de


acordo com o plano traçado pois esta é a sua finalidade. Assim, localizar as falhas e erros é o
seu principal objetivo, com a finalidade de corrigi-los.

Os Princípios Gerais da Teoria clássica

• Divisão do Trabalho: especialização das tarefas e das pessoas visando


aumentar a eficiência;

• Autoridade e Responsabilidade: direito de dar ordens e esperar obediência;


a responsabilidade é uma conseqüência da autoridade; devem ser equilibradas entre si;

• Disciplina: obediência, comportamento e respeito às normas estabelecidas;

• Unidade de Comando: o empregado deve receber ordens de um único


superior; princípio da autoridade única;

• Unidade de Direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades


que tenham o mesmo objetivo;

• Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os


interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares;

• Remuneração do pessoal: justa e capaz de satisfazer às necessidades dos


empregados e atender à empresa em termos de retribuição;

• Centralização: concentração da autoridade no topo da empresa;


• Cadeia escalar: linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo;
princípio do comando;

• Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; ordem material
e humana;

• Eqüidade: amabilidade e justiça para obter a lealdade do pessoal;

• Estabilidade e duração do pessoal: quanto mais tempo um empregado


permanecer no cargo, tanto melhor; a rotatividade é um fator negativo;

• Iniciativa: capacidade de visualizar um plano e assegurar o seu sucesso;

• Espírito de Equipe: harmonia e união entre os empregados.

Administração e Organização

Para FAYOL a Administração é um todo do qual a organização é uma das partes.


Assim, a organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo
portanto estática e limitada.

Desta forma, a palavra organização passou a ter dois significados distintos:

1.° como empresa; unidade social. Pode ser dividida em:

organização formal: baseada na divisão do trabalho racional, planejada;


organização informal: originadas nos relacionamentos, relações de amizade, formação de grupos,
interações etc;

2.° como função administrativa e parte do processo administrativo; significa


organizar, estruturar.

Organização Linear e de Staff

A organização linear é uma organização de forma piramidal, caracterizada pela


unidade de comando, unidade de direção, centralização da autoridade e princípio escalar.

Já o Staff se caracteriza pelos Conselhos, Assessorias e Consultorias, não


possuindo autoridade de comando, sendo apenas elemento especialista.

Para FAYOL, o Staff é um grupo de homens, munidos de força, conhecimento e


tempo que possam faltar ao administrador geral, estudando, analisando e propondo alternativas e
planos.
Deve ser um grupo de elite, intelectual e profissional.

Proporcionalidade das Funções Administrativas

Funções Administrativas Funções Níveis mais


altos
• Prever • Técnicas
• Organizar • Comerciais
• Comandar Se • Financeiras
• Coordenar • Contábeis
• Controlar • De segurança Mais baixos

Comparação das Teorias:

X
FAYOL TAYLOR

Teoria Administrativa Teoria da Administração


(Clássica) Científica

Ênfase na estrutura Ênfase na definição das tarefas dos


da organização empregados

Objetivo: Aumentar a eficiência da Objetivo: Aumentar a eficiência da


organização por meio da definição dos organização por meio da especialização
vários níveis de responsabilidade. dos operários

Abordagem Humanística da Administração

Nesta abordagem, a Administração sofre uma verdadeira revolução. Se antes a


ênfase fora tarefas (Taylor) e estrutura (Fayol), agora o enfoque era "pessoas".
A máquina, o método de trabalho e a organização formal dão agora lugar aos
aspectos psicológicos e sociológicos.

A abordagem humanística surge com a Teoria das Relações Humanas, nos Estados
Unidos por volta de 1930 decorrente do desenvolvimento das ciências sociais, principalmente a
Psicologia, que ocupava seus estudos com dois assuntos básicos, ambos abordados pela
Psicologia do Trabalho:
a) a análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho;

b) a adaptação do trabalho ao trabalhador.

Mas, as mudanças ocorridas no campo social, econômico, político e tecnológico


trouxeram novas variáveis para o estudo da Administração.

Estas mudanças provocaram uma revisão dos conceitos e princípios de


Administração, até então aceitos e adotados.

A abordagem humanística começou logo após a morte de TAYLOR, mas somente a


partir da década de 30 mereceu grande aceitação nos Estados Unidos, graças às suas
características democráticas; no restante do mundo, somente após o término da 2.a Guerra
Mundial, recebeu divulgação.

Antecedentes

Os fatos marcantes na Abordagem Humanística foram:

a) a necessidade de se humanizar e democratizar a Administração;


b) o desenvolvimento das chamadas ciências humanas, em especial a Psicologia e
a Sociologia;
c) as idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt
Lewin;
d) as conclusões da experiência de Hawthorne.

Desta forma, a Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística) foi
basicamente um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica.

A Teoria das Relações Humanas surgiu da necessidade de corrigir a forte tendência


a desumanização do trabalho.

Em 1923, ELTON MAYO conduzira uma pesquisa em uma indústria têxtil,


procurando solucionar problemas de produção e rotatividade de pessoal. Introduziu um período
de descanso, determinado pelos próprios operários e contratou uma enfermeira. Em pouco
tempo, surgiu um espírito de equipe, a produção aumentou e a rotatividade de pessoal diminuiu.

Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos iniciou uma série
de experiências, visando obter a causa entre o ambiente físico e o desempenho. Como ponto de
partida, estudou a influência da intensidade de iluminação na produção.

Estes dois trabalhos não apresentaram resultados definitivos, mas apenas


levantaram problemas para futuras análises.
Experiência de Hawthorne

Pesquisa realizada na Westen Electric Company, localizada no bairro de Hawthorne


em chigago.

1ª fase:

Em 1927, sob a coordenação de ELTON MAYO, são escolhidos para a experiência


dois grupos de operários que fariam o mesmo trabalho, em condições idênticas, da Western
Electric Company.

Um grupo o experimental trabalhou sob luz variável em intensidade, e o outro grupo


de controle trabalhou sob luz de intensidade constante.

O objetivo era conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento. Entretanto, nada


foi encontrado; foi verificada a existência de outras variáveis difíceis de isolamento.

Um dos fatores descobertos foi o psicológico: os operários reagiam à experiência


com suposições pessoais, isto é, julgavam que deviam produzir mais quando a intensidade da
iluminação aumentava, e, ao contrário, quando esta diminuía.

Este fato foi comprovado, trocando-se lâmpadas por outras da mesma potência,
fazendo-se crer que a intensidade variava.

E a produtividade era proporcional à intensidade de luz sob a qual os operários


supunham trabalhar.

Assim, comprovava-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator


fisiológico.

2ª fase:

Nesta fase, foram selecionadas e convidadas 6 moças de nível médio, constituindo


se o grupo experimental, sendo que 5 delas montavam relés e a sexta apenas fornecia as peças
necessárias.
O grupo de controle era constituído pelo restante do Departamento.

O grupo experimental tinha ainda um supervisor comum, assim como o grupo de


controle, mas tinha também um observador que permanecia na sala, ordenava o trabalho e
assegurava o espírito de colaboração das moças.

As moças, convidadas a participar da pesquisa, receberam todos os conhecimentos


quanto aos objetivos da mesma; eram constantemente informadas sobre resultados,
modificações, etc.
Esta fase permitiu concluir que, em que pese as variações efetuadas na sala de
provas, estas não chegaram a afetar o ritmo de trabalho, e alguns aspectos foram levantados:

• as moças gostavam de trabalhar na sala de provas,


• o ambiente era amistoso e sem pressões,
• não havia temor ao supervisor,
• houve desenvolvimento social do grupo experimental,
• o grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns

3ª fase:

Em setembro de 1928, foi dado início ao programa de entrevistas, cujos objetivos


eram:

• conhecer atitudes e sentimentos dos trabalhadores,


• ouvir opiniões quanto ao trabalho e tratamento recebido,
• ouvir sugestões.

O programa foi muito bem recebido. Em fevereiro de 1929 foi criada a Divisão de
Pesquisas Industriais. Entre 1928-30 foram entrevistados 21.126 empregados dos 40.000
existentes.

Em 1931, o sistema adotou a técnica de entrevista não diretiva: os operários falavam


livremente sobre aquilo que desejassem.
Surge daí a revelação da existência de uma organização informal, destinada a
protegê-los contra o que consideravam ameaça ao seu bem-estar.

Esta organização informal manifestou-se através de:

• produção controlada por padrões que os próprios operários estabeleciam e


consideravam normal,
• punições aplicadas pelo grupo aos operários que ultrapassavam aqueles
padrões,
• uso de expressões que traduziam suas insatisfações;
• lideranças informais, que mantinha os grupos unidos e assegurava o respeito
às regras de conduta;
• preocupações fúteis com relação a promoções;
• contentamentos e descontentamentos exagerados em relação aos superiores
imediatos.

4ª fase:

Nesta fase foram escolhidos 9 operadores, 9 soldadores e 2 inspetores para a


composição do grupo experimental, todos montadores de terminais telefônicos.

Esta experiência durou de novembro de 1931 a maio de 1932 e tinha por objetivo
analisar a organização informal.

O sistema de pagamento era baseado na produção.


O primeiro aspecto constatado foi que os operários usavam de uma série de
artimanhas, tais como:
• sempre que julgavam que a produção havia atingido o normal, diminuíam o
ritmo de trabalho;
• ao relatarem a sua produção, o faziam de tal forma que o excesso de um dia
pudesse ser lançado num dia de baixo rendimento;
• solicitavam pagamento pelos excessos de produção.

Constatou-se ainda uma certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal:

aquele que prejudicasse um companheiro era considerado delator e era punido;


faziam pressões para que os mais "rápidos" estabilizassem sua produção, através
de punições simbólicas.

Conclusões da Experiência de Hawthorne

Os resultados permitiram o estabelecimento dos princípios básicos da Escola de


Relações Humanas, que veio a se formar logo em seguida. Vejamos as conclusões:

a) o nível de produção é resultante da integração social


o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do
empregado, mas pela capacidade social do trabalhador que, quanto mais integrado socialmente
ao grupo, mais produzirá;

b) o comportamento social dos empregados se apóia totalmente no grupo


o operário não age isoladamente, mas sim como membro do grupo;

c) as recompensas e as sanções sociais são importantes


tanto as recompensas como as sanções aplicadas pelo grupo tinham para o operário
um efeito muito superior àquelas aplicadas pela empresa;

d) os grupos informais são diversos


a empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de
diversos grupos informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da
empresa; os grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de
recompensas e punições, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças;

e) as relações humanas são intensas e constantes


os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se em
uma constante interação social; seu comportamento é influenciado pelo meio ambiente e pelas
normas existentes;

f) a importância do conteúdo do cargo afeta o moral do trabalhador


o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do
trabalhador; trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes, afetando de forma
negativa o trabalhador e reduzindo sua eficiência;

g) deve se dar ênfase aos aspectos emocionais


os elementos emocionais do comportamento humano passam a merecer uma
observação e acompanhamento especial.
A Civilização Industrializada e o Homem

Segundo ELTON MAYO, enquanto a eficiência material aumentou tremendamente


nos últimos 200 anos, a capacidade humana para o trabalho não acompanhou o mesmo ritmo.
Assim, ele propõe "uma nova concepção nas relações humanas no trabalho". Ele
lembra que os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência e nenhum para a cooperação.

Os Pontos de Vista de Elton Mayo

a) o trabalho é uma atividade grupal


o nível de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos
incentivos salariais e materiais;

b) o operário não reage isoladamente


a reação do operário não é uma atitude isolada, mas sim a atitude de um membro de
um grupo social;

c) a administração tem uma tarefa básica


deverá formar uma elite capaz de compreender e de se comunicar, através de
chefes democráticos, persuasivos e simpáticos;

d) há a necessidade de "estar junto" e de "ser reconhecido"


a pessoa humana é motivada essencialmente por estas duas necessidades e, desse
modo, receber uma adequada resposta;

e) e a fábrica, como uma nova unidade social, será o futuro


numa visão romântica, ELTON MAYO afirma que a fábrica surgirá como uma nova
unidade social, proporcionando um novo lar, um local de compreensão e de segurança emocional.

Conflito Social

Enquanto os objetivos organizacionais das empresas visam apenas à eficiência, os


objetivos pessoais dos empregados visam ao bem-estar.

Daí surge uma incompatibilidade, principalmente quando a eficiência sufoca o


trabalhador.

A este choque de interesses, Mayo denominou "Conflito Social" que deve ser
evitado a todo custo.

Administração Contemporânea

Segundo Chiavenato (1999), “a palavra administração vem do latim ad (direção,


tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma
função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro”. Maximiniano
(2000) define Administração como “o processo de tomar e colocar em prática, decisões sobre
objetivos e utilização de recursos”.
As funções do administrador correspondem aos elementos da Administração que
Fayol definira no seu tempo (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar), mas com uma
roupagem atualizada. Dentro da linha proposta por Fayol, os autores neo-clássicos adotam o
processo administrativo como núcleo de sua teoria eclética e utilitarista. Cada autor, todavia,
desvia-se dos demais por adotar funções administrativas ligeiramente diferentes. Quando
consideradas em um todo integrado, as funções administrativas formam o processo
administrativo. De um modo geral, aceita-se hoje o planejamento, a organização, a direção e o
controle como as funções básicas do administrador. Essas quatro funções básicas — planejar,
organizar, dirigir e controlar — constituem o chamado processo administrativo. As funções do
administrador que formam o processo administrativo são mais do que uma seqüência cíclica, pois
elas estão intimamente relacionadas em uma interação dinâmica. O processo administrativo é
cíclico, dinâmico e interativo. Toda a literatura neoclássica se assenta no processo administrativo
para explicar como as várias funções administrativas são desenvolvidas nas organizações. Na
seqüência abordaremos cada uma das quatro funções administrativas.

Planejamento

As organizações não trabalham na base da improvisação. Tudo nelas é planejado


antecipadamente. O planejamento é a primeira função administrativa, por servir de base para as
demais funções. O planejamento é a função administrativa que define quais os objetivos a atingir
e como se deve fazer para alcançá-los. Trata-se de um modelo teórico para a ação futura.
Começa com a definição dos objetivos e detalha os planos para atingi-los da melhor maneira
possível. Planejar é definir os objetivos e escolher o melhor curso de ação para alcançá-los. O
planejamento define onde se quer chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que
seqüência.

¾ Estabelecimento de objetivos
O planejamento é um processo que começa com os objetivos e define os planos
para alcançá-los. O estabelecimento dos objetivos a serem alcançados é o ponto de partida do
planejamento. A fixação dos objetivos é a primeira coisa a ser feita: saber onde se pretende
chegar para se saber exatamente como chegar até lá. Objetivos são resultados futuros que se
pretende atingir. São alvos escolhidos que se pretende alcançar em um certo espaço de tempo,
aplicando-se determinados recursos disponíveis ou possíveis. Assim, os objetivos são pretensões
futuras que, uma vez alcançadas, deixam de ser objetivos para se tornarem realidade.

¾ Desdobramento dos objetivos


Os objetivos das organizações podem ser visualizados em uma hierarquia que vai
desde os objetivos globais da organização (no topo da hierarquia) até os objetivos operativos ou
operacionais, os quais envolvem simples instruções para a rotina cotidiana (na base da
hierarquia). Em decorrência da hierarquia de objetivos surgem os desdobramentos dos objetivos.
A partir dos objetivos organizacionais, a empresa pode fixar suas políticas, diretrizes, metas,
programas, procedimentos, métodos e normas. Enquanto os objetivos organizacionais são
amplos e genéricos, a focalização torna-se cada vez mais restrita e detalhada à medida que se
desce em seus desdobramentos.

¾ Abrangência do planejamento
Além da hierarquia de objetivos, existe também uma hierarquia do planejamento.
Nesse sentido, existem três níveis distintos de planejamento: o planejamento estratégico, o tático
e o operacional.
1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: É o planejamento mais amplo e abrange
toda a organização. Suas características são:
9 É projetado no longo prazo e seus efeitos e conseqüências são estendidos para
vários anos (em geral, cinco) pela frente.
9 Envolve a empresa como uma totalidade, abrange todos os recursos e áreas de
atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional.
9 É definido pela cúpula da organização (no nível institucional) e corresponde ao plano
maior ao qual todos os demais estão subordinados.
2. PLANEJAMENTO TÁTICO: É o planejamento que abrange cada departamento
ou unidade da organização. Suas características são:
9 É projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual.
9 Envolve cada departamento, abrange seus recursos específicos e preocupa-se em
atingir os objetivos departamentais.
9 É definido no nível intermediário, em cada departamento da empresa.
3. PLANEJAMENTO OPERACIONAL: É o planejamento que abrange cada tarefa
ou atividade específica. Suas características são:
9 É projetado para o curto prazo, para o imediato.
9 Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente e preocupa-se com o alcance de
metas específicas.
9 É definido no nível operacional, para cada tarefa ou atividade.

¾ Tipos de planos
O planejamento produz um resultado imediato: o plano. O plano é o produto do
planejamento e constitui o evento intermediário entre os processos de elaboração e de
implementação do planejamento. Todos os planos têm um propósito comum: a previsão, a
programação e a coordenação de uma seqüência lógica de eventos, os quais deverão conduzir
ao alcance dos objetivos que os comandam. O plano é um curso predeterminado de ação sobre
um período específico que representa uma resposta a uma antecipação ao tempo no sentido de
alcançar um objetivo formulado, O plano descreve um curso de ação para alcançar um objetivo e
proporciona respostas às questões: o quê, quando, como, onde e por quem. Existem quatro tipos
distintos de planos, que podem ser estratégicos, táticos ou operacionais, conforme seu nível de
abrangência:
1. Procedimentos. São planos relacionados a métodos de trabalho ou de execução. Quase
sempre, os procedimentos são planos operacionais. São representados por gráficos
denominados fluxogramas.
2. Orçamentos. São planos relacionados a dinheiro, receita ou despesa, dentro de um
determinado espaço de tempo. Os orçamentos são planos estratégicos quando envolvem a
empresa como uma totalidade e abrangem um período longo, como é o caso do
planejamento financeiro estratégico. São planos táticos quando cobrem determinada
unidade ou departamento da empresa por médio prazo, como são os orçamentos
departamentais de despesas e que envolvem o exercício anual, ou os orçamentos anuais
de despesas de propaganda etc. São planos operacionais quando a dimensão é local e
sua temporalidade é de curto prazo, como é o caso do fluxo de caixa (cash flow), dos
orçamentos de reparos ou de manutenção etc.
3. Programas ou programações. São os planos relacionados a tempo. Os programas se
baseiam na correlação entre duas variáveis: tempo e atividades a serem executadas. Os
métodos de programação variam, indo desde programas simples (nos quais se utiliza um
simples calendário para programar atividades, como uma agenda) até programas
complexos (que exigem técnicas matemáticas avançadas ou processamento de dados por
computador para correlacionar interdependências entre variáveis). A programação — seja
simples ou complexa — constitui uma ferramenta básica no planejamento. O programa
mais simples é o cronograma: um gráfico de dupla entrada no qual as linhas representam
as tarefas ou atividades e as colunas definem espaços de tempo (horas, dias ou meses).
Os programas complexos utilizam técnicas complicadas, como PERT (Program Evaluation
Review Technique) — técnica de avaliação e revisão de programas.
4. Regras ou regulamentos. São planos operacionais relacionados a comportamentos
solicitados às pessoas. Especificam como as pessoas devem se comportar em
determinadas situações. Visam substituir o processo decisório individual, restringindo o
grau de liberdade das pessoas em determinadas situações previstas de antemão.

Organização

A palavra organização pode assumir vários significados:


1. Organização como uma entidade social. É a organização social dirigida para
objetivos específicos e deliberadamente estruturada. A organização é uma entidade social porque
é constituída por pessoas. É dirigida para objetivos porque é desenhada para alcançar resultados
— como gerar lucros (empresas em geral) ou proporcionar satisfação social (clubes) etc. É
deliberadamente estruturada pelo fato de que o trabalho é dividido e seu desempenho é atribuído
aos membros da organização. Nesse sentido, a palavra organização significa um
empreendimento humano moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos. Essa
definição se aplica a todos os tipos de organizações, sejam elas lucrativas ou não, como
empresas, bancos, financeiras, hospitais, clubes, igrejas etc. Dentro desse ponto de vista, a
organização pode ser visualizada sob dois aspectos:
™ Organização formal. É a organização baseada em uma divisão de trabalho racional
que especializa órgãos e pessoas em determinadas atividades. É a organização
planejada definida no organograma, sacramentada pela direção e comunicada a
todos por meio dos manuais de organização. É a organização formalizada
oficialmente.
™ Organização informal. É a organização que emerge espontânea e naturalmente
entre os ocupantes de posições na organização formal e a partir dos
relacionamentos humanos como ocupantes de cargos. Forma-se a partir das
relações de amizade (ou de antagonismos) e do surgimento de grupos informais que
não aparecem no organograma ou em qualquer outro documento formal.
2. Organização como função administrativa e parte integrante do processo
administrativo. Nesse sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os
recursos e os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer suas atribuições e as
relações entre eles.
Trataremos aqui da organização sob o segundo ponto de vista, ou seja, a
organização como a segunda função administrativa e que depende do planejamento, da direção e
do controle para formar o processo administrativo.
Assim, organizar consiste em:
™ Determinar as atividades necessárias ao alcance dos objetivos planejados
(especialização);
™ Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização);
™ Designar as atividades às pessoas específicas (cargos e tarefas).

¾ Abrangência da organização
A organização pode ser estruturada em três níveis diferentes:
1. Organização em nível global. É a organização que abrange a empresa como
uma totalidade. É o desenho organizacional que pode assumir três tipos: a organização linear, a
organização funcional e a organização do tipo linha/staff. Os três tipos de organização serão
estudados no próximo capítulo.
2. Organização em nível departamental. É a organização que abrange cada
departamento da empresa. É o chamado desenho departamental ou departamentalização. Os
tipos de departamentalização serão vistos no capítulo subseqüente.
3. Organização em nível das operações. É a organização que focaliza cada tarefa,
atividade ou operação. É o chamado desenho dos cargos ou tarefas. É feito por meio da
descrição e análise dos cargos.

Direção

A direção constitui a terceira função administrativa e vem depois do planejamento e


da organização. Definido o planejamento e estabelecida a organização, resta fazer as coisas
andarem e acontecerem. Este é o papel da direção: acionar e dinamizar a empresa. A direção
está relacionada à ação e tem a ver com as pessoas. Ela está diretamente relacionada à atuação
sobre as pessoas. As pessoas precisam ser dinamizadas em seus cargos e funções, treinadas,
guiadas e motivadas para alcançarem os resultados que delas se esperam. A função de direção
se relaciona à maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados por meio da atividade das
pessoas que compõem a organização. A direção é a função administrativa que se refere às
relações interpessoais dos administradores e seus subordinados. Para que o planejamento e a
organização sejam eficazes, eles precisam ser dinamizados pela orientação a ser dada às
pessoas por meio de uma adequada comunicação e habilidade de liderança e de motivação.

¾ Abrangência da direção
Dirigir significa interpretar os planos para os outros e dar as instruções sobre como
executá-los em direção aos objetivos a atingir. Os diretores dirigem os gerentes, os gerentes
dirigem os supervisores, e os supervisores dirigem os funcionários ou operários. A direção pode
se dar em três níveis distintos:
1. Direção em nível global. Abrange a organização como uma totalidade. É a
direção propriamente dita. Cabe ao presidente da empresa e a cada diretor em sua respectiva
área. Corresponde ao nível estratégico da organização.
2. Direção em nível departamental. Abrange cada departamento ou unidade da
organização. É a chamada gerência. Envolve o pessoal do meio do campo, isto é, do meio do
organograma. Corresponde ao nível tático.
3. Direção em nível operacional. Abrange cada grupo de pessoas ou de tarefas. É
a chamada supervisão. Envolve o pessoal da base do organograma. Corresponde ao nível
operacional da organização.

Controle

A palavra controle pode assumir vários significados em Administração, a saber:


• Controle como função restritiva e coercitiva. Utilizado no sentido de coibir ou
limitar certos tipos de desvios indesejáveis ou de comportamentos não-aceitos. Neste sentido, o
controle apresenta um caráter negativo e limitativo, sendo muitas vezes interpretado como
coerção, delimitação, inibição e manipulação. É o chamado controle social aplicado nas
organizações e na sociedade para inibir o individualismo e a liberdade das pessoas.
• Controle como um sistema automático de regulação. Utilizado no sentido de
manter automaticamente um grau constante de fluxo ou funcionamento de um sistema, como o
controle automático de refinarias de petróleo, indústrias químicas de processamento contínuo e
automático. O controle detecta desvios e proporciona automaticamente ação corretiva para voltar
à normalidade. Quando algo está sob controle significa que está dentro do normal.
• Controle como função administrativa. É o controle como parte do processo
administrativo, como o planejamento, a organização e a direção.
Tratar-se-á, aqui, do controle sob o terceiro ponto de vista, ou seja, o controle como
a quarta função administrativa do processo administrativo. A finalidade do controle é assegurar
que os resultados do que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível
aos objetivos previamente definidos. A essência do controle reside em verificar se a atividade
controlada está ou não alcançando os objetivos ou resultados desejados. O controle consiste
fundamentalmente em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente
determinado. Como processo, o controle apresenta quatro fases.

¾ Fases do controle
O controle é um processo cíclico composto por quatro fases, a saber:
1. Estabelecimento de padrões ou critérios. Os padrões representam o
desempenho desejado. Os critérios representam normas que guiam as decisões. São
balizamentos que proporcionam meios para se definir o que se deverá fazer e qual o desempenho
ou resultado a ser aceito como normal ou desejável. São os objetivos que o controle deverá
assegurar. Os padrões são expressos em tempo, dinheiro, qualidade, unidades físicas, custos ou
de índices. A Administração Científica preocupou-se em desenvolver padrões, como o tempo
padrão no estudo dos tempos e movimentos. Custo padrão, padrões de qualidade, padrões de
volume de produção são exemplos de padrões ou critérios.
2. Observação do desempenho. Para se controlar um desempenho deve-se pelo
menos conhecer algo a respeito dele, O processo de controle atua no sentido de ajustar as
operações a determinados padrões previamente estabelecidos e funciona de acordo com a
informação que recebe. A observação ou verificação do desempenho ou do resultado busca obter
informação precisa a respeito daquilo que está sendo controlado.
3. Comparação do desempenho com o padrão estabelecido. Toda atividade
proporciona algum tipo de variação, erro ou desvio. Deve-se determinar os limites dentro dos
quais essa variação será aceita como normal. Nem toda variação exige correções, mas apenas as
que ultrapassam os limites da normalidade. O controle separa o que é excepcional para que a
correção se concentre unicamente nas exceções ou nos desvios. Para tanto, o desempenho deve
ser comparado ao padrão para verificar eventuais desvios. A comparação do desempenho com o
padrão estabelecido é feita por meio de gráficos, relatórios, índices, porcentagens, medidas
estatísticas etc. Esses meios de apresentação supõem técnicas à disposição do controle para que
este tenha maior informação sobre aquilo a ser controlado.
4. Ação corretiva. O objetivo do controle é manter as operações dentro dos padrões
definidos para que os objetivos sejam alcançados da melhor maneira. Variações, erros ou desvios
devem ser corrigidos para que as operações sejam normalizadas. A ação corretiva visa fazer com
que aquilo que é feito seja feito exatamente de acordo com o que se pretendia fazer.

¾ Abrangência do controle
Enquanto o planejamento abre o processo administrativo, o controle serve de
fechamento. A abrangência do controle pode ser em nível global, departamental ou operacional,
respectivamente, dentro dos planos estratégico, tático e operacional.

A Comunicação nas Organizações


Os fatores que influenciam a comunicação pessoal também se aplicam na
comunicação das organizações. Entretanto existem fatores que são peculiares na comunicação
das organizações.

Canais formais de comunicação: influenciam de duas maneiras a eficácia da


comunicação. Primeiro, as distâncias aumentam de acordo com o tamanho (ex: filiais) das
organizações. Segundo, inibem o fluxo livre de informações entre os diversos níveis da
organizações.

Estrutura de autoridade: a comunicação respeita o nível hierárquico da empresa,


isto é, quem se comunicará com quem.

Especialização do trabalho: a divisão e simplificação das tarefas facilitam a


comunicação, devido os indivíduos de um mesmo grupo possuírem um mesmo jargão.

Propriedade da informação: são informações que os indivíduos de uma


organização detém sobre um determinado assunto. Estas informações dificilmente são divididas
com os outros membros da organização.

Redes de comunicação nas organizações: A rede de comunicação é um conjunto


de canais dentro de uma organização, através do quais a comunicação se processa.

Comunicação Vertical: A comunicação vertical é qualquer comunicação que se


processe para cima ou para baixo na cadeia de comando. Eventuais problemas – na
comunicação de cima para baixo, as informações normalmente são filtradas, modificadas ou
interrompidas. Os superiores só passam aquilo que é relevante aos subordinados.
Na comunicação de baixo para cima, acontece a mesma coisa por razões diferentes.
Os gerentes médios não passam as informações irrelevantes (e, principalmente aquelas que vão
de encontro com os seus interesses) aos superiores, para evitarem que estes fiquem
sobrecarregados com informações desnecessárias.
Comunicação lateral e informal: A comunicação lateral é uma comunicação entre os
departamentos de uma organização, geralmente seguindo o fluxo do trabalho, proporcionando um
canal direto para a coordenação e a solução dos problemas.
A rede de boatos é outro tipo de comunicação informal. A rede de boatos são
os vários caminhos através dos quais as comunicações informais atravessam uma organização:
os quatro tipos são linha única, fofoca, probabilidade e a cadeia do grupo.

Os elementos da comunicação são:


Fonte ou Emissor: quem deseja passar a mensagem.
Codificador: o símbolo ou código que será utilizado pela fonte na transmissão da
mensagem.
Mensagem: a informação codificada mandada do emissor para o receptor.
Canal: o meio de comunicação entre o emissor e o receptor (o fio condutor da
mensagem).
Decodificador: a interpretação e tradução de uma mensagem.
Receptor: a quem se deseja passar e/ou tem a finalidade de receber a mensagem.

Barreiras à comunicação interpessoal eficaz:


a) Reconhecendo as barreiras à comunicação interpessoal eficaz:
Percepções diferentes: pessoas com conhecimentos e experiências distintas
costumam perceber o mesmo fenômeno de diferentes formas.
Diferenças de linguagem: o uso de palavras que possibilitam diferentes
interpretações (percepções diferentes); termos técnicos (jargão empresarial) para as pessoas
leigas em determinados assuntos.
Ruído: é qualquer fator que perturbe, confunda ou interfira na comunicação.
Reações emocionais: qualquer tipo de emoção pode influenciar na maneira em que
vamos compreender ou passar a mensagem.
Inconsistência nas comunicações verbais e não-verbais: as mensagens são
fortemente influenciadas por fatores não-verbais, como os movimentos do corpo, postura, gestos,
expressões faciais, contato físico etc.
Desconfiança: a confiança ou não na mensagem pode gerar credibilidade ao
emissor.

b) Superando as barreiras à comunicação interpessoal eficaz:


Superando as diferenças de percepção: é preciso observar o ponto de vista da outra
pessoa. Adiar as reações até que a informação relevante seja entendida diminuirá a ambigüidade
da mensagem.
Superando diferenças de linguagem: os termos técnicos devem ser substituídos por
uma linguagem simples e direta. Os receptores devem tirar suas possíveis dúvidas e repetir os
principais tópicos da mensagem.
Superando o ruído: procurar eliminá-lo, se não for possível aumente a clareza e a
força da mensagem.
Superando Reações emocionais: aceitando-as como parte do processo de
comunicação, e procurando compreendê-las objetivando melhorar a atmosfera mudando seu
próprio comportamento.
Superando as inconsistências nas comunicações verbais e não-verbais: é estar
consciente delas e evitar o envio de mensagens falsas.
Superando Desconfiança: um bom relacionamento com as pessoas com as quais
nos comunicamos, usando sempre a honestidade e as boas intenções.
Redundância: é a repetição ou reformulação da mensagem para assegurar sua
recepção ou reforçar o seu impacto.
Capítulo 2: Características básicas das organizações formais modernas

Organização da empresa é a 
ordenação  e o 
Estrutura organizacional
agrupamento de atividades 
e recursos, visando ao 
OLIVEIRA, D. de P. Rebouças alcance de objetivos e 
de. Sistema, Organização e resultados estabelecidos. 
Métodos. São Paulo. Atlas. (p.84)

Estrutura organizacional é o
conjunto ordenado de
responsabilidades, autoridades,
comunicações e decisões das
unidades organizacionais de uma
empresa. (p.90)

Estrutura Formal, objeto de grande Estrutura Informal é a rede de relações


parte de estudo das organizações sociais e pessoais que não é
estabelecida ou requerida pela estrutura
empresarias, é aquela deliberadamente formal. Surge da interação social das
planejada e formalmente representada, pessoas, o que significa que se
em alguns de seus aspectos, pelo desenvolve espontânea mente quando
organograma. (p.86) as pessoas se reúnem. Portanto,
apresenta relações que, usualmente, não
aparecem no organograma. (p.86)
Níveis de Influência da Estrutura 
Organizacional

Nível Institucional
Planejamento
Estratégico

Nível Tático Planejamento


Tático

Planejamento
Nível Operacional Operacional

Organogramas

Organograma é um gráfico que representa a organização formal, configurada na estrutura


que foi delineada pelo Regulamento da Instituição, apresentando-se no mesmo os diversos
setores, suas posições e respectivas interdependências, via hierárquica, itinerário de
comunicações, vinculação e subordinação.
Importante salientar que o “novo” organograma deixa de ser um elemento totalmente
estático, rígido e segmentado para se transformar num ponto de referência da estrutura
hierárquica da empresa num dado momento organizacional. Nesta nova postura, o organograma
deve possuir um caráter dinâmico, ser altamente flexível e funcional, possibilitando uma
integração sistêmica e sinérgica entre todos os setores da empresa.

Tipos

Em Barras
São representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde
o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da Autoridade que o representa.
Em Setores (Setorial ou Setograma)
São elaborados por meio de círculos concêntricos, os quis representam os diversos níveis
de autoridade a partir do círculo central, onde se localiza a autoridade maioe da empresa.

Radial (Solar ou Circular)


O seu objetivo é mostrar o macro sistema das empresas componentes de um grande grupo
empresarial.
Organograma Linear de Responsabilidade – OLR
Possui um diferencial em relação aos demais organogramas pois sua preocupação não é
representar o posicionamento hierárquico, mas, sim, o inter-relacionamento entre as diversas
atividades e os responsáveis por cada uma delas.

Informativo
Apresenta um máximo de informações de diversas naturezas relacionadas com cada
unidade organizacional da empresa.
DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Adm.: João da Silva
Código: Referência:400 -30 Lotação: 21
Síntese da Atribuições:
-Processar o controle de férias
-Elaborar a Folha de Pagamento

Clássico (Vertical ou Retangular)


É o tipo de organograma mais completo e usual, o qual permite melhor entendimento da
representação orgânica de uma empresa. Demonstra os órgãos de decisão, de assessoria,
operacionais e o posicionamento hierárquico.
Decisão Superior

Assessoria

Decisão Intermediária Decisão Intermediária

Operacionais Operacionais

Técnicas para Construção

Representação dos órgãos


1. Assessores – ligados à linha
2. Assistentes – ligados ao órgão

2
Diretoria Diretoria Assessoria

1 (da pessoa)
Assessoria
(do órgão)

Linhas Tracejadas
Para os órgãos que não existem formalmente ou deseja destacá-los, objetivando um
estudo isolado.
Manutenção

Ônibus Tratores Caminhões Automóveis

Os níveis superiores devem ser, discretamente, maiores que seus subordinados:


Diretoria

Departamento

Divisão

Serviço

Seção

Setor

Para melhorar a estética usar a forma intercalada na elaboração do organograma


clássico

Representação das Linhas


a) Órgãos de decisão – representada por linhas verticais

b) Órgãos de assessoria – representada por linhas horizontais

Representação dos Tipos de Autoridade


Autoridade Colorido Preto / Branco
Deliberativa ______________
Executiva __________
Fiscal _ ._ . _ . _ ._
Consultiva ______ . . ______
Técnica ................
Coordenadora =============

Nível dos Órgãos


1º nível – órgãos deliberativos
2º nível – órgãos executivos
3º nível – órgãos técnicos
4º nível – órgãos operacionais
Deliberativos

Executivos

Técnicos Técnicos

Operacionais Operacionais Operacionais

Nomenclatura dos Órgãos


Os órgãos que estiverem no mesmo nível hierárquico devem possuir a mesma
nomenclatura.
Estruturas Clássicas
• Linear (escalar, hierárquica, vertical ou militar)
É um tipo de estrutura no qual prevalece a centralização, exigindo chefias autocráticas e
com grande conhecimento da organização como um todo, cuja autoridade deve ser implacável,
restando aos subordinados obediência e execução das atividades decorrentes de seu trabalho.

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