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Aula 06

Filosofia p/ ENEM 2016


Professor: Sergio Henrique

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Filosofia.
Tema: A política.
Professor: Sérgio Henrique
SUMÁRIO
00. Bate papo inicial. Pág. 02
1. A política. Pág. 03
2. O Estado no século XIX. Pág. 13
3. Exercícios. Pág. 19
4. Considerações Finais. Pág. 63

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00. BATE PAPO INICIAL.

Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo novamente


para falarmos de filosofia. Estudar as aulas anteriores, é fundamental
para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar
aqui. Leia com atenção seu texto de apoio e assista as vídeo-aulas. Leia
e releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar
retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer
suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos
bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e
procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. A POLÍTICA.
A política é uma condição necessária e constitutiva da existência
humana, assim, onde houver uma sociedade haverá política. Segundo
Hannah Arendt a política baseia-se na “pluralidade dos homens, a partir
da convivência entre os diferentes, ou seja, não é o domínio, de que se
baseia na distinção entre governantes e governados e nem é mera
violência, mas ação em comum acordo, ação em conjunto, sendo reflexo
da condição plural do homem e fim em si mesma. ”
Há toda uma tradição de vinculação da Política com domínio, com
violência, o que ocorre uma desvinculação da política e liberdade tratada
pelos filósofos que primeiro trataram do tema. Mas o ideal político se
caracteriza pela existência de uma comunidade e pela construção e
manutenção de uma unidade desta comunidade, sem que para isso ela
precise submeter-se a um poder externo, o que não significa uma
sociedade sem organização, é importante tomar ciência de que não há
uma sociedade sem regras e sanções muito claras. Logo, uma
comunidade política ideal, deve estabelecer suas finalidades, regras e
prioridades, afim deve autogoverna-se, constituindo-se sua própria
liberdade.

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Grécia e a invenção da política:


Não podemos dizer que foram os gregos e romanos que inventaram
a política, é claro que civilizações antes deles se organizavam socialmente
e politicamente. A diferença entre os gregos, particularmente Atenas, se
deu pela forma da constituição e do exercício do poder, o que quer dizer

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que antes deles não existiam o poder e a autoridade propriamente
políticos.
Os gregos inventaram a democracia, ou seja, a esfera pública, eles
substituíram o poder despótico ou patriarcal exercido pelo chefe de família
sobre um conjunto de famílias a ele ligadas por laços de dependência
econômica, militar ou por alianças matrimoniais numa esfera privada, por
um tipo de poder que fosse exercido numa esfera pública, ou seja, criaram
uma instituição na qual os privilégios da soberania não se restringiam a
um ou a poucos, mas que fosse exercida pelo povo (demos).
A democracia Ateniense o princípio da soberania do povo, significava
a igualdade entre os cidadãos, e se sustentava pelo exercício da
cidadania ativa, através da igualdade na vida política.

- Cidadão é um indivíduo
que convive em sociedade-
grupo de indivíduos entre os
quais existem relações
recíprocas. É o habitante da
cidade, e tem o direito de

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gozar de seus direitos civis e
políticos do Estado em que
nasceu, ou no desempenho
de seus deveres para com
este.

- Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais


estabelecidos na Constituição de um país.

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“A Era de Péricles” Na representação do alemão Philipp Von Foltz,
de 1853.
Ao analisar a pirâmide social de
Atenas é necessário reconhecer
que a igualdade jamais foi plena,
quando só eram considerados
cidadãos apenas os homens adultos,
nascidos em Atenas, sendo excluídos
da política as mulheres, crianças,
estrangeiros e escravos.

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A organização política da Grécia se estruturava por cidades


independentes chamadas de Cidades-Estados (Pólis).

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A política de Aristóteles e Platão destacam-se como ideais que
contribuíram para o desenvolvimento da Democracia na Grécia antiga.
Uma característica do pensamento político grego está na discussão de
como deveria ser a política e não como ela realmente é, assim, esses
filósofos fazem uma crítica ao sistema democrático grego.
Platão viveu na Grécia antiga durante o período de decadência da
democracia ateniense, por isso pensou que aquela forma de democracia
não era uma boa forma de governo. O filosofo acreditava que os mais
capazes são os que deveriam governar a cidade, e considerava que o mais
bem preparado para governar é o filósofo, pois ele através do exercício
da razão, governaria justamente.
O humano para Platão é dotado de três almas ou três princípios de
atividade:
 Alma concupiscente ou desejante: Busca satisfação dos apetites do
corpo, tanto os necessários à sobrevivência como os que apenas
causam prazer.
 Alma irascível ou colérica: Defende o corpo contra as agressões do
meio ambiente e de outros humanos, reagindo a dor para proteger
nossa vida.
 Alma racional ou intelectual: Dedicação ao conhecimento.
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Platão diz que os seres humanos e a pólis possuem a mesma


estrutura, sendo formada por três classes sociais:
 A classe econômica dos proprietários de terra, artesãos e
comerciantes, que garantem a sobrevivência material da cidade.
 A classe do militar dos guerreiros, responsável pela defesa da
cidade.

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 A classe dos magistrados, que garante o governo da cidade sob as
leias.
Segundo Platão uma cidade perfeita seria aquela governada pelos
sábios, donos de um caráter racional, os detentores de um caráter
irascível por serem corajosos e se dedicarem a proteção e segurança da
cidade e aqueles de caráter concupiscível, ambicioso, o que seriam
responsáveis pela produção dos bens necessários à sobrevivência de
todos. Com essa organização os indivíduos seriam felizes, viveria de
maneira mais adequada, assim a cidade seria auto-suficiente e feliz.
Assim como Platão, Aristóteles também não considerava a
democracia um sistema que promovesse o bem comum. O filósofo
procurou classificar as boas formas de governo, para ele o que torna um
governo bom é aquele que busca o bem comum, o interesse de todos,
sendo a única maneira de garantir a felicidade. E o mau governo, é aquele
no qual o governante governa buscando garantir seus próprios interesses,
e não no interesse da coletividade.
Aristóteles se preocupa com a qualidade das instituições políticas,
assembleias, tribunais, forma da coleta de impostos e tributos,
distribuição da riqueza, organização do exército. O filósofo define “três
formas puras” de governo: 04178253905

 Monarquia: o governo de uma só pessoa visando ao interesse


comum, mas também pode se tornar uma tirania, na qual uma
pessoa governa apenas voltada para a defesa de seus próprios
interesses.

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 Aristocracia: o governo de um pequeno grupo que defende o
interesse de todos, mas também pode gerar uma oligarquia, na qual
o grupo governa apenas voltado para seus próprios interesses.
 República: o governo de um grande grupo que defende o interesse
de todos, mas pode degenerar uma demagogia, na qual governa-
se em proveito próprio, manipulando os demais.

Maquiavel e a Política:
Nasceu em Florença na Itália, considerado o fundador da teoria
política moderna, Maquiavel é um homem do seu tempo, do
Renascimento, um momento histórico com a emergência de novas formas
de relacionamento social e político, com transformações na econômica e
urbanização das cidades, surgem outras maneiras de conceber a política.
Maquiavel era um homem de ideias políticas, que procurou entender
a natureza e os limites do poder político. Diferente de Aristóteles que
considerada a busca do homem pelo bem
viver como algo natural, para Maquiavel o
homem tem uma tendência a divisão e
desunião.
Em sua obra O Príncipe, Maquiavel 04178253905

relata a realidade da Itália fragmentada e


dividida em diversos principados e ducados.
Com a busca incessante dos governantes
pelo poder os homens mentiam, matavam e
julgavam-se acima da moral. Em seu livro,
o autor aconselha o governante para

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conquistar novos territórios e mantê-los, mostrando como funcionavam
os mecanismos do poder político, mas, além disso, ele chama atenção do
povo para os perigos da tirania. O objetivo da obra é o estímulo para se
tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros.
Maquiavel considera a necessidade de governantes bons e
virtuosos, que tenham a capacidade de ler a história e identificar o melhor
momento para a sua realização, ou seja, o governante não pode seguir
nenhuma regra absoluta.
Em sua teoria política sobre a ação dos governantes, Maquiavel
trata de dois conceitos Virtù (virtude) e fortuna (sorte).
A virtù é a capacidade de decidir diante de determinada situação,
ou seja, a capacidade do governante de lidar com os acontecimentos,
sendo necessário moldar suas ações segundo situações, cuja necessidade
se deve a fortuna. A fortuna é o conjunto de tudo o que acontece aos
seres humanos e que eles não conseguem controlar.
Segundo Maquiavel a virtù é o que faz os grandes homens atingirem
seus objetivos utilizando os meios necessários para fazê-lo, ou seja,
encontrar os meios necessários para chegar aos fins, pois os fins são
construídos pelos meios. O homem virtuoso é aquele capaz de conquistar
a fortuna e mantê-la. 04178253905

Maquiavel contraria a concepção cristã da fortuna, pois ela não está


relacionada a sorte ou predestinação, mas sim ao exercício da virtù no
mais alto grau, aproveitando da ocasião dada pela circunstância para
moldar as coisas como bem quiser o virtuoso, ou seja, o sucesso ou
fracasso do príncipe não depende da sorte, mas de como ele age nas
circunstâncias.

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A ideia do contrato social e a formação do Estado Moderno:
No século XVIII e XIX ocorrem diversas transformações sociais e
políticas, tendo como consolidação o sistema capitalista que são bases
para construção de uma nova sociedade. A ideia de democracia é
retomada de forma diferente da Grécia Antiga. Como vimos na Grécia, só
os homens adultos ricos proprietários de terra eram considerados
cidadãos, excluindo as mulheres, crianças, estrangeiros e escravos da
vida política e do exercício da cidadania nas cidades. Na democracia da
Idade Moderna todos tinham o status de cidadãos.

Estado é a organização política básica de uma sociedade. Compreende


as instituições políticas, jurídicas, administrativas e econômicas, tendo
um território próprio e independente sob um governo autônomo.

Max Weber refletiu sobre a formação do Estado moderno, segundo o


autor, Estado é o monopólio da força, considerado legítimo na medida em
que se faz necessário para a manutenção da ordem e da segurança.
Para Max Weber o Estado é uma instituição que detém uma
autoridade sobre os cidadãos e controla todas as ações que ocorrem em
sua jurisdição ou em seu território. 04178253905

No período que se instaura os Estados Modernos, se coloca uma


discussão sobre o poder político, momento que traz consigo a reflexão
sobre o papel do Estado e a violência, prática já utilizado por Maquiavel,
em O Príncipe para garantir a manutenção do poder. A partir disso surgem
novas ideias políticas, que consideram a sociedade e o Estado criações

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humanas e não fenômenos da natureza, sendo necessário um “contrato”
para organizar a sociedade.
Alguns intelectuais da política moderna consideram que tanto o
Estado quanto à sociedade se organizam através de pactos ou contratos
firmados entre os indivíduos para regulamentar o convívio social, superar
os conflitos e instaurar a ordem política.
O contrato estabelece regras e leis, assim como o poder que
organiza a coletividade, assim, os indivíduos concordam em renunciar à
liberdade natural e a posse natural de bens e armas e em transferir a um
terceiro, o soberano, algumas formas de poder. As filosofias baseadas
nessa ideia ficaram conhecidas como contratualismo ou jusnaturalismo
(doutrina que acredita no direito natural).
Os contratualistas tem como base o conceito de Estado de Natureza
ou de condição humana, que tem a função de explicar a situação pré-
social na qual os indivíduos existem isoladamente.

Filósofos Contratualistas:

 Thomas Hobbes: A natureza humana é egoísta e individualista, o


homem para Hobbes é mau por natureza, e resolveu viver em
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agrupamentos sociais para garantir a sobrevivência, ou seja, o


objetivo fundamental do Estado é garantir a segurança e a paz
social, para que o homem saia do estado de guerra contra todos.
Antes dessa necessidade de se organizarem e se agruparem o
homem vivia em um “estado de natureza”, de modo primitivo,
estado que ninguém respeita ou reconhece o direito do outro,

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vivendo em conflitos e guerras, o que o levou a dizer que “o homem
é o lobo do homem”. O homem se recusou a viver nesse estado de
guerra, então para saírem desse estado de insegurança renunciam
de seus direitos naturais, cedendo-o a uma pessoa, o soberano, a
única pessoa que pode assegurar a ordem e a paz. Assim Hobbes
defendia um Estado autoritário, absoluto na mão do monarca para
garantia da paz.
 John Locke: Filósofo e político que também se apoiava nas ideias
do Estado de Natureza e contrato social. Defendia uma monarquia
parlamentarista, na qual o poder estaria no Parlamento, nos
representantes da população, e não na realeza. Os indivíduos no
Estado de Natureza segundo Locke, já gozam de direitos básicos e
naturais como liberdade, propriedade e o direito à vida, mas não há
uma garantia da manutenção desses direitos. O objetivo do
contrato social é para que os indivíduos garantam a preservação
dos direitos naturais, principalmente a propriedade, assim o pacto
entre os indivíduos institui a sociedade civil e o Estado, tornando-
se um pacto de consentimento, pois todos os indivíduos concordam
em instituir leis que preservem tudo aquilo que já desfrutavam no
Estado de Natural. Logo não há uma renúncia à liberdade individual,
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mas sim a instauração de uma nova forma de liberdade, a liberdade


civil, o que torna os direitos naturais, direitos políticos.
 Jean-Jacques Rousseau: Acreditava que o homem nasce livre na
natureza, mas nos aprisionamos pelas convenções sociais. No
Estado de Natureza os homens eram livres entre si, e isolados uns
dos outros, vivendo em paz e harmonia. A sociedade o corrompe os

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homens, sendo a origem da propriedade, a origem da verdadeira
desigualdade. Rousseau considera que a fundação histórica da
sociedade civil está no ato do primeiro ser humano que cercou um
terreno e afirmou: “Isto é meu! ”. A partir daí, inicia-se o processo
de acumulação de bens. O filósofo acreditava que o primeiro
contrato social que instituiu o Estado não foi de consentimento de
todos, mas sim da ação de indivíduos ricos coagindo os mais pobres,
na tentativa da busca de interesses individuais. Rousseau dedica-
se a encontrar formas de garantir de forma efetiva a preservação
dos direitos dos indivíduos, e pensa em um novo pacto social que
deve abranger todos os indivíduos, pela união de todos
denominando a vontade geral, dando origem a um corpo social, o
Estado, sendo o Soberano o próprio Estado como união dos
indivíduos.

2. ESTADO NO SÉCULO XIX.


Formação dos Estados Liberais – caracterizados pela liberdade
individual no exercício da economia, da política e da religiosidade e que
funcionavam segundo os princípios democráticos.
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Em outros termos, o liberalismo se dá pela exigência da burguesia


pela liberdade de mercado para o desenvolvimento do capitalismo. Nesse
sentido, os proprietários privados são capazes de estabelecer as regras e
as normas da vida econômica e que fazem numa esfera que não é estatal,
entre o Estado e o indivíduo intercala-se uma esfera social: sociedade
civil. Diferente do que pensavam os Contratualistas, a sociedade civil não

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é o Estado, mas sim a esfera dos interesses dos proprietários privados.
Assim a função do Estado é de arbitrar, por meio das leis e da força, os
conflitos da sociedade civil.
O papel do Estado no liberalismo é de legislar, permitir e proibir
tudo quanto pertença à esfera da vida pública, mas não tem o direito de
intervir sobre a esfera privada, tendo que garantir a liberdade de
consciência e de pensamento de todos os governados, e só poderá
exercer censura nos casos em que emitir opinião, se coloque em risco o
próprio Estado.
Nesse contexto o indivíduo passa a ser uma figura principal, as
teorias políticas liberais afirmam, que o indivíduo é a origem e o destino
do poder político, nascido de um contrato social voluntário e consentido,
no qual os contratantes cedem poderes, mas não cedem sua
individualidade, assim o indivíduo se torna cidadão.
O Estado liberal se apresenta como república representativa
constituída por três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Sendo
possível a representação dos três poderes apenas os homens com
propriedades, sendo excluídos da cidadania e do poder político os
trabalhadores e as mulheres, isto é, a maioria da sociedade.
Com a exclusão de grande parte da sociedade do poder político, o
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Estado liberal é mercado por lutas populares intensas. A política liberal


resultou de acontecimentos econômicos, históricos e sociais que
impuseram mudanças na concepção do poder do Estado com a explosão
de várias revoluções burguesas.
As revoluções burguesas resultaram na ascensão da burguesia
enquanto classe social e política dominante, com o objetivo de derrubar

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a realeza e a nobreza passou a dominar o Estado o que determinou muitas
mudanças, porém as classes populares buscavam muito mais, uma
sociedade mais justa, livre e feliz.
As revoluções têm por objetivo derrubar o Estado, pois percebem
como responsável ou cúmplice das desigualdades e injustiças existentes
na sociedade, assim ocorrem ações políticas a partir de lutas sociais e
políticas contra o poder, sendo formada por dois grupos, uma de caráter
burguês, outra de caráter popular. As movimentações de caráter popular
são sufocadas pelos grupos de caráter burguês. Reprimida pela burguesia
os grupos populares não desaparecem, sempre estão na busca por
melhores condições de vida e com reivindicações isoladas de participação
política. Na medida em que se desenvolve o capitalismo esses grupos se
fortalecem se constituindo como uma classe social: os proletariados ou
trabalhadores industriais.
Com a força da classe trabalhadora e sua ação política surgem
novas teorias políticas, as teorias socialistas, tendo divergência do
Liberalismo.
Karl Marx teórico do pensamento socialista partiu da existência de
classes sociais antagônicas, ou seja, a Burguesia detentora dos meios de
produção, e a classe trabalhadora, dona da sua força de trabalho
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explorada pelos proprietários donos do meio de produção.


A teoria socialista, afirma que a revolução socialista é uma
revolução social para terminar com a exploração de classe, fundadas na
propriedade privada. Essa revolução tem que ser construída por um
sujeito político e histórico consciente de sua realidade social, para dar fim
à propriedade privada dos meios de produção que gera a exploração dos

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trabalhadores e causa dominação política, desigualdades e exclusão social
e cultural.

3. POLÍTICA E DEMOCRACIA.
A partir do século XX a democracia propagou-se em escala mundial
tendo como base a ideologia liberal, que define a democracia como o
regime político da lei e da ordem, a fim de garantir interesses e liberdade
individuais. O liberalismo entende a sociedade como um campo de
interesses particulares conflitantes e a liberdade como a livre competição
entre indivíduos no mercado.
A política democracia automaticamente deve pressupor uma
sociedade democrática baseadas em duas práticas políticas fundamentais
da democracia, sendo elas as eleições e os antagonismos, maioria e
minoria.
As eleições são essenciais para a democracia, pois deixa claro que o
poder não pertence aos ocupantes do governo, são apenas
representantes do povo, cujo mandato pode renovar se não cumprir o que
foi delegado para representar.
A ideia do antagonismo para a ideologia liberal, se refere às vontades
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que devem ser respeitadas e garantidas pela lei, mostra que existem
diversos grupos na sociedade e essas divisões são legítimas.
Uma sociedade democrática deve criar e garantir direitos aos
cidadãos, não como privilégios, mas como universal e válido para todos
os membros de uma sociedade.

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Sabemos que uma sociedade para ser democrática, ela deve ser
construída por eleições, partidos políticos, divisão dos três poderes,
respeito à vontade da maioria e das minorias, mas ter como primordial a
garantia de direitos.

Eleições não são a única representação de uma sociedade


democrática, é necessário a garantia e a manutenção de direitos.

A única sociedade que considera o conflito importante para o


desenvolvimento dos indivíduos sociais, pois além de trabalhar
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politicamente os conflitos procuram torná-los direitos. A luta por melhores


condições de vida exige que esses direitos sejam reconhecidos e
respeitados através de organizações e movimentos sociais e populares, o
que cobra do Estado e ao mesmo tempo limita seu poder.

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A democracia é uma sociedade de plena transformação, com
sujeitos aberto ao tempo e a transformações, que luta por novos direitos
e pelo combate de desigualdades, diferenças de classe e liberdade.

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4. EXERCÍCIOS.
1. (Uepa 2014) “As Catilinárias” são um célebre discurso de Marco Túlio
Cícero, filósofo e cônsul romano do século I a.C., contra Lucius Catilina.
O discurso denuncia a trama do jovem patrício e de seus seguidores para
obter riquezas com a derrubada do governo republicano. O discurso é
representativo da obra ciceroniana que, em geral, apresenta a política
como tema central, mesmo em textos cujo propósito seja tratar de
questões jurídicas e filosóficas. Essa inclinação na obra de Cícero se
explica pelo (a):
a) ligação entre pensamento filosófico e vida política na Roma
republicana, cuja ordem democrática ensejava uma prerrogativa
utilitária para o exercício filosófico.
b) fato de Cícero ocupar cargos políticos no Império Romano, o que
demarca a peculiaridade da sua obra.
c) força do pensamento jurídico na vida pública romana, o que limitava
as possibilidades temáticas de especulação filosófica.
d) fragilidade reflexiva da filosofia romana se comparada às obras gregas
dos séculos anteriores.
e) espaço ocupado pela oratória nas obras filosóficas romanas,
empregada como valioso instrumento para a ação política.
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2. (Ufsm 2015) Revoltas e movimentos sociais, como os ocorridos


recentemente no Brasil, estão frequentemente envolvidos no
aperfeiçoamento da vida social e podem ter papel adaptativo. Na história
da filosofia política moderna, alguns filósofos conceberam seres humanos
como átomos individuais movidos por apetites ou desejos guiados pelo

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prazer e dor, sendo o apetite fundamental do homem a autopreservação.
Numa situação de escassez de bens, com pessoas guiadas exclusivamente
por desejos antecipadores de prazer e voltados à autopreservação,
haverá, inevitavelmente, conflito social. Que alternativa(s) racional(is)
soluciona(m) o conflito?

I. Uso da força e violência.


II. Uso da ideologia e controle da informação.
III. Acordo e deliberação coletiva.
IV. Apelo à tradição e costume.
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)
a) I e II apenas.
b) I, II e III apenas.
c) III apenas.
d) III e IV apenas.
e) IV apenas.

3. (Ufsm 2015) A antropologia empírica e social faz, dentre outras coisas,


uma descrição da visão de mundo de outros povos, povos isolados, com
outras línguas e concepções da realidade. A antropologia filosófica é a
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atividade reflexiva que busca tornar transparentes os conceitos


fundamentais associados à nossa própria visão de mundo. Esses conceitos
são, posteriormente, utilizados por outras partes da filosofia, como a
filosofia política, ética e a filosofia do direito.

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Qual par de conceitos a seguir se ajusta à antropologia filosófica e à
filosofia política?
a) Ato e potência.
b) Adaptação e reprodução.
c) Pessoa e corporeidade.
d) Causa e efeito.
e) Classe social e estamento.

4. (Unesp 2015) Para o teórico Boaventura de Sousa Santos, o direito se


submeteu à racionalidade cognitivo-instrumental da ciência moderna e
tornou-se ele próprio científico. Existe a necessidade de repensarmos os
direitos humanos. Boaventura nos instiga a pensar que eles possuem um
caráter racional e regulador da vida humana. Esses direitos não
colaboram para eliminar as assimetrias políticas, culturais, sociais e
econômicas existentes, especialmente nos países periféricos. Os direitos
humanos, num plano universalista e aberto a todos, não modificam as
estruturas desiguais, mas ratificam a ordenação normativa para
comandar uma sociedade.

(Adriano São João e João Henrique da Silva. “A historicidade dos direitos


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humanos”. Filosofia, ciência e vida, dezembro de 2014. Adaptado.)

De acordo com o texto, os direitos humanos são passíveis de crítica,


porque
a) desempenham um papel meramente formal de proteção da vida.

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b) inexistem padrões universalistas aplicáveis à totalidade da
humanidade.
c) são incompatíveis com os valores culturais de nações não ocidentais.
d) sua estrutura normativa carece de racionalidade e de cientificidade.
e) são destituídos de uma visão religiosa e espiritualista de mundo.

5. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.

Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os


desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a
refletir sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa
plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão
capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a
paz entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos
– sociedade cosmopolita.

(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a


república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo:
Ática, 2003. p.49-50.)

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Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de Kant, assinale


a alternativa correta.
a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna
imperativo um governo paternal para indicar a felicidade.
b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados
cidadãos ativos também as mulheres e os empregados.

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c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da
comunidade e o chefe de Estado.
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em
conformidade com a lei universal da liberdade.
e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o
descontentamento e a oposição ao poder legislativo supremo.

6. (Unesp 2014) Governos que se metem na vida dos outros são


governos autoritários. Na história temos dois grandes exemplos: o
fascismo e o comunismo. Em nossa época existe uma outra tentação
totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso mesmo, talvez, mais
perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde sempre foi um dos
substantivos preferidos das almas e dos governos autoritários. Quem
estudar os governos autoritários verá que a "vida cientificamente
saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E, aqui, o advérbio
"cientificamente é quase vago porque o que vem primeiro é mesmo o
desejo de higienização de toda forma de vício, sujeira, enfim, de
humanidade não correta. Nosso maior pecado contemporâneo é não
reconhecer que a humanidade do humano está além do modo "correto"
de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de gente
04178253905

"saudável" é um mundo sem Eros.

(Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do
governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)

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Na concepção do autor, o totalitarismo
a) é um sistema político exclusivamente relacionado com o fascismo e o
comunismo.
b) inexiste sob a égide de regimes políticos institucionalmente
democráticos e liberais.
c) depende necessariamente de controles de natureza policial e repressiva
dos comportamentos.
d) mobiliza a ciência para estabelecer critérios de natureza biopolítica
sobre a vida.
e) estabelece regras de comportamento subordinadas à autonomia dos
indivíduos.

7. (Unioeste 2013) “Através dos princípios de um direito natural


preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de
subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um poder
limitado, de direito de resistência, Locke expôs as diretrizes fundamentais
do Estado liberal.”

Bobbio.

04178253905

Considerando o texto citado e o pensamento político de Locke, seguem


as afirmativas abaixo:

I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil,


segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, através do qual

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os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consentimento para
ingressar no estado civil.
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a
proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos
poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são princípios
fundamentais do liberalismo político de Locke.
III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso
contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são
suficientes para conferir legitimidade ao direito de resistência, pois o
exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em
consequência, o retorno ao estado de natureza.
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a
sociedade política com a finalidade de preservar e proteger, com o
amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político
unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à
propriedade.
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual “se unem os
membros de uma comunidade para formar um corpo vivo e coerente”,
decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza.

04178253905

Das afirmativas feitas acima


a) somente a afirmação I está correta.
b) as afirmações I e III estão corretas.
c) as afirmações III e IV estão corretas.
d) as afirmação II e III estão corretas.
e) as afirmações III e V estão incorretas.

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8. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo.

I. “Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade


não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por
inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma vez aceita, não vejo por
que razão alguém deveria justificar a sua fé...”.
II. “O homem não é a consequência duma intenção própria duma
vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios para obter-se um ideal
de humanidade; um ideal de felicidade ou um ideal de moralidade; é
absurdo desviar seu ser para um fim qualquer”.
III. “(...) podemos estabelecer como máxima indubitável que nenhuma
ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na
natureza humana algum motivo que a produza, distinto do senso de
sua moralidade”.
IV. “A má-fé é evidentemente uma mentira, porque dissimula a total
liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi que há também má-
fé, escolho declarar que certos valores existem antes de mim (...).”

Os quatro fragmentos de texto acima são, respectivamente, atribuídos


04178253905

aos seguintes pensadores


a) Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume.
b) Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre.
c) Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes.
d) Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche.

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9. (Ufsj 2013) “A soberania é a alma do Estado, e uma vez separada do
corpo os membros deixam de receber dela seu movimento”.

Esse fragmento representa o pensamento de


a) Hume em sua memorável defesa dos valores do Estado e da sua ligação
direta com a sua “alma”, tomada aqui por intransferível soberania.
b) Hume e a descrição da soberania na perspectiva do sujeito em termos
de impressões e ideias, que a partir daí cria um Estado humanizado que
dá movimento às criações dos que nele estão inseridos.
c) Nietzsche, em sua mais sublime interpretação do agón grego. Ao centro
daquilo que ele propôs como sendo a alma do Estado e onde a indagação
sobre o lugar da soberania, no permanente desafio da necessária
orquestração das paixões, se faz urgente.
d) Hobbes e o seu conceito clássico de soberania, entendido como o
princípio que dá vida e movimento ao corpo inteiro do Estado, por sua
vez criado pelo artifício humano para a sua proteção e segurança.

10. (Ufsm 2013) Os filósofos Ame Naess e George Sessions propuseram,


em 1984, diversos princípios para uma ética ecológica profunda, entre os
quais se encontra o seguinte: 04178253905

O bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana na Terra


têm valor em si mesmos. Esses valores são independentes da utilidade
do mundo não humano para finalidades humanas.

Considere as seguintes afirmações:

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I. A ética kantiana não se baseia no valor de utilidade das ações.


II. “Valor intrínseco” é um sinônimo para “valor em si mesmo”.
III. A ética utilitarista rejeita a concepção de que as ações têm valor em
si mesmas.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) I, II e III.

11. (Ufsj 2013) Ao declarar que “a moral e a religião pertencem


inteiramente à psicologia do erro”, Nietzsche pretendeu
a) destruir os caminhos que “a psicologia utiliza para negar ou afirmar a
moral e a religião”.
b) criticar essa necessidade humana de se vincular a valores e instituições
herdados, já que “o Homem é forjado para um fim e como tal deve
existir”. 04178253905

c) denunciar o erro que tanto a moral quanto a religião cometem ao


confundir “causa com efeito, ou a verdade com o efeito do que se
considera como verdade”.
d) comprovar que “a moral e a religião estão no imaginário coletivo, mas
para se instalarem enquanto verdade elas precisam ser avalizadas por
uma ciência institucionalizada”.

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12. (Unesp 2013) Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária
se, em virtude da transformação estética, representar, no destino
exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade,
rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo
os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é
revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a
“revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria
dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é
inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente
política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de
transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial
subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de
Brecht.

(Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.)

Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se


por
a) apresentar conteúdos ideológicos de caráter conservador da ordem
burguesa. 04178253905

b) comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos


consumidores culturais.
c) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política
imediata.
d) subordinar-se aos imperativos políticos e materiais de transformação
da sociedade.

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e) contemplar as aspirações políticas das populações economicamente
excluídas.

13. (Unesp 2013) Texto 1

Sobre o estupro coletivo de uma estudante de 23 anos em Nova Déli, o


advogado que defende os suspeitos declarou: “Até o momento eu não vi
um único exemplo de estupro de uma mulher respeitável”. Sobre esta
declaração, o advogado garantiu que não tentou difamar a vítima. “Eu só
disse que as mulheres são respeitadas na Índia, sejam mães, irmãs,
amigas, mas diga-me que país respeita uma prostituta?!”

(Advogado de acusados de estupro na Índia denuncia confissão forçada.


http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)
Texto 2

Na Índia, a violência contra as mulheres tomou uma nova e mais perversa


forma, a partir do cruzamento de duas linhas: as estruturas patriarcais
tradicionais e as estruturas capitalistas emergentes. Precisamos pensar
nas relações entre a violência do sistema econômico e a violência contra
04178253905

as mulheres.

(Vandana Shiva, filósofa indiana. No continuum da violência. O Estado de


S.Paulo, 12.01.2013. Adaptado.)

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Os textos referem-se ao fato ocorrido na Índia em dezembro de 2012.
Pela leitura atenta dos textos, podemos afirmar que:
a) segundo a filósofa, fatos como esse explicam-se pela confluência de
fatores históricos e econômicos de exclusão social.
b) para a filósofa, a violência contra as mulheres na Índia deve- se
exclusivamente ao neoliberalismo econômico.
c) as duas interpretações sugerem que a prevenção de tais atos violentos
depende do resgate de valores religiosos.
d) sob a ótica do advogado, esse fato ocorreu em virtude do desrespeito
aos direitos humanos.
e) as duas interpretações limitam-se a reproduzir preconceitos de gênero
socialmente hegemônicos naquele país.

14. (Ueg 2013) As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam


um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou
e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A.


M. Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p.
24. 04178253905

A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas pensadoras
contemporâneas, refletindo sobre eventos como a ascensão do nazismo,
o Holocausto, o papel histórico das massas etc. No trecho citado, ela
reflete sobre a importância da ação e do discurso como fomentadores do

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que chama de “negócios humanos”. Nesse sentido, Arendt defende o
seguinte ponto de vista:
a) a condição humana atual não está condicionada por ações anteriores,
já que cada um é autor de sua existência.
b) a necessidade do ser humano de ser autor e produtor de ações
históricas lhe tira a responsabilidade sobre elas.
c) o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias
preexistentes de ações anteriores.
d) o produtor de novos discursos sempre precisa levar em conta discursos
anteriores para criar o seu.

15. (Ufsm 2013) Leonardo Boff define sustentabilidade do seguinte


modo: Uma ação é sustentável se, e somente se, ela é destinada a manter
as condições energéticas, informacionais, físico-químicas que sustentam
todos os seres, especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida
humana, visando à sua continuidade e ainda atender as necessidades da
geração presente e das futuras, de tal forma que o capital natural seja
mantido e enriquecido em sua capacidade de regeneração, reprodução e
coevolução.

04178253905

Considere as seguintes afirmações:

I. Atender as necessidades da geração presente é condição necessária,


mas não suficiente, para haver sustentabilidade.
II. Atender as necessidades da geração futura é condição suficiente, mas
não necessária, para haver sustentabilidade.

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III. Manter o capital natural é condição necessária e suficiente para haver
sustentabilidade.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

16. (Ufsm 2013) O filósofo André Comte-Sponville escreveu o seguinte:

Quanto às empresas, elas tendem antes de mais nada ao lucro. Não as


critico por isso: é a função delas, e desse lucro todos nós necessitamos.
Mas quem pode acreditar que o lucro baste para fazer que uma sociedade
seja humana? A economia produz riquezas, e riquezas são necessárias, e
nunca serão demais. Mas também precisamos de justiça, de liberdade, de
segurança, de paz, de fraternidade, de projetos, de ideais... Não há
mercado que os forneça. É por isso que é preciso fazer política: porque a
moral não basta, porque a economia não basta e, portanto, porque seria
04178253905

moralmente condenável e economicamente desastroso pretender


contentar-se com uma e outra.

Considere as seguintes afirmações:

I. A liberdade de ação pode ser incompatível com a justiça.

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II. A intervenção na economia é própria de um estado liberal.
III. Comte-Sponville prescreve que a política deva ser um complemento
indispensável à moral e à economia.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I e II.
b) apenas III.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

17. (Unisc 2013) Um dos problemas principais da Filosofia Política é o de


determinar a natureza do Estado, entendido como sociedade
politicamente organizada. Essa questão começou a ser debatida na
Filosofia Antiga e foi retomada, depois, na Idade Moderna pela ocasião do
surgimento dos Estados Nacionais modernos, constituindo um tema
central tanto da tradição liberal quanto do pensamento marxista.
Considere agora as seguintes afirmações sobre esse assunto:

I. Para Aristóteles, como para os sofistas, a natureza do Estado é artificial.


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Surge de um acordo implícito por meio do qual alguns grupos humanos


colocaram um fim em suas disputas.
II. Segundo Aristóteles, os homens têm tendência a viver em sociedade
porque não podem se bastar a si mesmos.
III. Hobbes considerava que o Estado surgiu por meio de um acordo
implícito por meio do qual os indivíduos abriram mão de seu direito de

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revidar os danos sofridos pela ação de outra pessoa, fazendo justiça
pelas suas mãos, e transferiram esse direito a um terceiro impessoal:
o Estado.
IV. Para Locke, os indivíduos não têm direito à propriedade privada e o
único proprietário deve ser o Estado.
V. Para Marx, os estados nacionais, criados pela burguesia, representam
os interesses de todas as classes sociais.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa II está correta.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente a afirmativa IV está correta.
e) Somente as afirmativas IV e V estão corretas.

18. (Unioeste 2013) Em filosofia política, o contratualismo visa à


construção de uma “teoria racional sobre a origem e o fundamento do
Estado e da sociedade política”. O modelo contratualista é “... construído
com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza /
estado (ou sociedade) civil’” (cf. BOBBIO), sendo que a passagem do
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estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social.

Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é


INCORRETO afirmar que
a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da
origem e fundamento do Estado, é o estado político historicamente

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existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o
consenso.
b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos
singulares, livres e iguais uns em relação aos outros, sendo o estado de
natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade.
c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a
qualquer forma de sociedade natural, encontra seu princípio de
fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes
do contrato social.
d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um
“estado de relativa paz, concórdia e harmonia”, para Hobbes, o estado
de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos,
de insegurança e violência.
e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante
uma ou mais convenções, ou seja, mediante “um ou mais atos
voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado
de natureza”, e ingressar no estado civil.

19. (Unesp 2013) Leia.

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Desde o início da semana, alunos da rede municipal de Vitória da


Conquista, na Bahia, não vão mais poder cabular aulas. Um “uniforme
inteligente” vai contar aos pais se os alunos chegaram à escola – ou
“dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema, baseado em rádio-
frequência, funciona por meio de um minichip instalado na camiseta do
novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes na

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segunda-feira. Funciona assim: no momento em que os alunos entram na
escola, um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS
aos pais avisando sobre a entrada na instituição.

(Natália Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na


Bahia. Folha de S.Paulo, 22.03.2012.)

A leitura do fato relatado na reportagem permite repercussões filosóficas


relacionadas à esfera da ética, pois o “uniforme inteligente”
a) está inserido em um processo de resistência ao poder disciplinar na
escola.
b) é fruto de uma ação do Estado para incrementar o grau de liberdade
nas escolas.
c) indica a consolidação de mecanismos de consulta democrática na
escola pública.
d) introduz novas formas institucionais de controle sobre a liberdade
individual.
e) proporciona uma indiscutível contribuição científica para a autonomia
individual.

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20. (Upe 2013) O objetivo da política pode ser resumido em uma frase:
Com liberdade política, o homem se torna autenticamente ele próprio,
livre para ordenar os negócios internos da nação e para afirmar-se face
ao exterior. A política pretende subjugar a violência por meio do debate,
do pacto, da busca de uma vontade comum através de caminhos legais.

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JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, 1999, p.69.

Com relação a esse assunto, assinale com V as afirmativas Verdadeiras e


com F as Falsas.

( ) Liberdade política consiste no direito do cidadão em tomar parte na


organização e no exercício do governo; também em votar e ser
votado, desde que preenchidas as exigências legais.
( ) O conceito moderno de política está ligado estritamente ao poder.
O exercício do poder, entretanto, está estritamente vinculado à
Antiguidade.
( ) As dimensões intersubjetiva e social são iniludíveis. Estes são dois
dos elementos que constituem o campo da significação política.
( ) Na concepção crítica do pensamento liberal burguês, a liberdade
tem como ponto de partida a liberdade individual e não o interesse
coletivo.
( ) Desde sua origem, o pensamento filosófico não cessou de refletir
sobre a dimensão do fenômeno político, elaborando teorias para
explicar sua origem, sua finalidade e suas formas.

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Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


a) V, F, V, V, V
b) F, F, V, F, V
c) V, V, V, F, F
d) F, V, F, F, F
e) V, F, V, F, V

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21. (Ifsp 2011) “– Mas escuta, a ver se eu digo bem. O princípio que de
entrada estabelecemos que devia observar-se em todas as circunstâncias,
quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me parece, ou ele
ou uma das suas formas, a justiça. Ora nós estabelecemos, segundo
suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada um
deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza
é mais adequada.”

(PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed.


Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 2001, p. 185.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção platônica de


justiça, na cidade ideal, assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, a cidade ideal é a cidade justa, ou seja, a que respeita o
princípio de igualdade natural entre todos os seres humanos,
concedendo a todos os indivíduos os mesmos direitos perante a lei.
b) Platão defende que a democracia é fundamento essencial para a
justiça, uma vez que permite a todos os cidadãos o exercício direto do
poder.
c) Na cidade ideal platônica, a justiça é o resultado natural das ações de
04178253905

cada indivíduo na perseguição de seus interesses pessoais, desde que


esses interesses também contribuam para o bem comum.
d) Para Platão, a formação de uma cidade justa só é possível se cada
cidadão executar, da melhor maneira possível, a sua função própria, ou
seja, se cada um fizer bem aquilo que lhe compete, segundo suas
aptidões.

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e) Platão acredita que a cidade só é justa se cada membro do organismo
social tiver condições de perseguir seus ideais, exercendo funções que
promovam sua ascensão econômica e social.

22. (Uff 2011) Durante a maior parte da história da humanidade, o bem-


estar e o interesse dos governantes têm predominado sobre o bem-estar
e o interesse dos governados. Os gregos foram os primeiros a
experimentar a democracia, isto é, regime político em que os cidadãos
são livres e o governo é exercido pela coletividade para atender ao bem-
estar e ao interesse de todos, e não só de alguns.
Aristóteles refletiu sobre essa experiência e concluiu que a finalidade da
atividade política é
a) evitar a injustiça e permitir aos cidadãos serem virtuosos e felizes.
b) impor a todos um pensamento único para evitar a divisão da sociedade.
c) preparar os cidadãos como bons combatentes para conquistarem
outros povos.
d) habituar os seres humanos a obedecer.
e) agradar aos deuses.

23. (Ifsp 2011) Reconhecido por muitos como fundador do pensamento


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político moderno, Maquiavel chocou a sociedade de seu tempo ao propor,


em O Príncipe, que
a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca, embora submetido
às leis divinas, pode interpretá-las de forma autônoma, sem a
necessidade de recorrer ao Papa.

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b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e incontestável, pois o
príncipe recebe seu poder diretamente de Deus.
c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna a soberania e cujo
poder não conhece outros limites que não aqueles ditados pela moral.
d) a autoridade do príncipe deriva do consentimento dos governados, pois
a função do Estado é promover e assegurar a felicidade dos seus
súditos.
e) a política é autonormativa, justificando seus meios em prol de um bem
maior, que é a estabilidade do Estado.

24. (Uenp 2011) “Estas três formas podem degenerar: [...] A tirania não
é, de fato, senão a monarquia voltada para a utilidade do monarca; a
oligarquia, para a utilidade dos ricos; a democracia, para a utilidade dos
pobres. Nenhuma das três se ocupa do interesse público. Podemos dizer
ainda, de um modo um pouco diferente, que a tirania é o governo
despótico exercido por um homem sobre o Estado, que a oligarquia
representa o governo dos ricos e a democracia o dos pobres ou das
pessoas pouco favorecidas.”
Aristóteles. Política.

04178253905

De acordo com o fragmento de texto, assinale a alternativa que melhor


completa a tabela abaixo:

Forma autêntica Forma degenerada


Um no governo (I) Tirania
Alguns no governo Aristocracia (II)

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Muitos no governo República (III)

a) (I) democracia - (II) monarquia - (III) oligarquia


b) (I) monarquia - (II) democracia - (III) oligarquia
c) (I) oligarquia - (II) monarquia - (III) democracia
d) (I) monarquia - (II) oligarquia - (III) democracia
e) (I) democracia - (II) oligarquia - (III) monarquia

25. (Unesp 2011) Analise o texto político, que apresenta uma visão muito
próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos
primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são práticas
distintas.

“A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o


“chanceler de ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do
estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir
ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e
mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da
democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França.
Isso é condenável? 04178253905

Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de continuar tendo


acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as
organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a
frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado,
George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem

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para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas
conduzem sua política externa para viver”.

(Veja, 02.03.2011.
Adaptado.)

A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o


filósofo
a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo
simpático à repressão militar sobre populações civis.
b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a
qualquer tipo de manifestação de autoritarismo por parte dos
governantes.
c) foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de
Marx e Engels.
d) foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como
base da vida política.
e) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente
pragmáticos.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

A oratória no contexto romano representa bem mais do que simples


técnicas de convencimento. Ela representa uma tentativa de mesclar a
habilidade dos sofistas (filósofos que buscavam convencer independente
da verdade) com os ensinamentos morais de Platão (a busca do bom, do
belo e do justo). Assim, a oratória para os romanos, no espaço público,
acaba por se converter em um discurso que possui como objetivo atingir
a um fim que mantenha relação com os princípios morais que estejam
voltados para um bem maior. Este “bem” somente é alcançado na vida
pública por meio da ação política.
A filósofa Hannah Arendt também abordou a questão do discurso
alertando para os riscos que ele pode trazer. Segundo ela, o discurso no
espaço público nem sempre se refere à questão política, este pode ser
utilizado como instrumento totalitário e de dominação. No regime
totalitário tudo acaba por se tornar público e começa a ser tratado como
assunto político quando na verdade não o é. Apenas se procede desta
04178253905

maneira como forma de expor uma falsa transparência quando no fundo


se objetiva a dominação.

Resposta da questão 2:
[C]

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Segundo o filósofo moderno Baruch Espinoza tudo o que existe tem
propensão a se manter existindo como é, portanto tudo tende a
conservar-se. No caso dos homens, aliados a esse instinto de
conservação, ocorre uma mistura desordenada das ideias, onde as
emoções manifestam paixões que guiam os homens em suas ações, isto
é, para Espinoza o direito natural de cada homem. Assim, o homem não
age guiado pela tradição ou costumes, mas sim pelas suas paixões. Como
na natureza há regras, os homens, inseridos na natureza, também devem
seguir regras, contudo, estas devem ser recomendadas exclusivamente
pela razão, o direito natural então irá se expressar através dessa razão.
Em sociedade o Estado é o detentor do poder e do direito, mas se o Estado
seguir a razão que é própria de cada um dos indivíduos estará seguindo
o direito natural de cada um, isto levará a divergência de opiniões e ao
conflito. Para que os homens possam coexistir, o Estado deve limitar o
poder dos indivíduos, mas não invalidar seu direito natural. Desta forma,
Espinoza não possui o objetivo de entender os homens, mas melhorá-los
em sua condição, uma vez que suas paixões interferem no
desenvolvimento de uma vida coletiva. O caminho para a solução dos
conflitos, uma vez que somos seres individuais, átomos existenciais
dentro de um corpo coletivo, só pode se dar por meio do acordo
04178253905

estabelecido entre os homens no intuito de que todos possam


compreender que sem um consentimento esclarecido em conjunto,
jamais se poderá atingir a autopreservação individual. Somente pela
liberdade, atingida pelo consenso, evita-se a diferenciação das opiniões e
a legitimação do conflito. A violência já é uma propensão natural no direito
natural dos indivíduos, seu uso não possibilita o desenvolvimento da

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preservação a que todo ser humano tem direito, pois esta representa a
exposição das paixões individuais, já existentes, em cada ser humano.

Resposta da questão 3:
[C]

Os conceitos de ato e potência correspondem às teorias


desenvolvidas por Aristóteles, inseridas no estudo da Filosofia,
trabalhados dentro da área do conhecimento. Os conceitos de adaptação
e reprodução correspondem ao estudo das teorias da evolução e biológica,
trabalhados dentro da Biologia. Os conceitos de causa e efeito
correspondem as teorias desenvolvidas por Aristóteles, inseridas no
estudo da Filosofia trabalhados dentro da área do conhecimento. Os
conceitos de classe social e estamento correspondem às teorias que visam
explicar a estratificação social, estudadas dentro da Sociologia. O conceito
de pessoa corresponde ao estudo da Antropologia Filosófica que por meio
de teorias, investiga as estruturas essenciais do homem que se
manifestam por meio de suas dimensões pessoal, social, afetiva, política
e transcendental. O conceito de corporeidade está inserido no estudo da
filosofia política que investiga o ser humano como um corpo vivo,
04178253905

pensante e participante de uma existência concreta e coletiva, buscando


entender a maneiras pela qual o homem pode garantir sua existência
individual em um espaço compartilhado com outras existências
individuais no meio de um espaço coletivo.

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Resposta da questão 4:
[A]

No texto da questão dois pontos são destacados como referente ao


papel dos direitos humanos, sendo eles: o “caráter racional e regulador
da vida humana” e “ratificam a ordenação normativa para comandar a
sociedade”. Estas afirmações encontram respaldo na filosofia política dos
contratualistas que estabelece que os direitos inerentes aos seres
humanos, e que não estão sujeitos à discussão, pois surgem devido à
conveniência dos homens que abrem mão de sua liberdade para viverem
em sociedade. Assim, surge o direito natural como polo regulador dos
limites que a sociedade organizada não pode ultrapassar na consolidação
de sua estrutura. Contudo, o texto nos coloca que devido ao progresso
das ciências atualmente se descaracterizou sua fundamentação passando
estes, a serem tratados como conceito obsoleto que pode ser questionado
livremente sem que haja qualquer empecilho caso se julgue que eles não
atendam mais as concepções vigentes. Portanto, da mesma forma, os
direitos humanos não se fazem mais uma garantia absoluta para a
proteção a vida, mas constituem-se como meras referências formais na
realidade universal. 04178253905

Resposta da questão 5:
[D]

Kant foi um Iluminista que, influenciado por Hume, Newton e


Rousseau, confiou na capacidade do homem de se aperfeiçoar e se tornar

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autônomo. O seu cosmopolitismo, seguindo essa confiança, observava e
pensava a história universal a partir do ponto de vista universal, isto é, a
partir daquilo que pudesse beneficiar a todos, sem exceção. Apesar de
haver um irracionalismo estampado na nossa história, o filósofo tomava
como possível desvendar os motivos fundamentais que determinavam o
bem e o mal e, partindo disso, construir através do aperfeiçoamento
humano uma constituição política boa.

Resposta da questão 6:
[D]

No texto em questão, o autor se refere ao problema da governança


confundir ou até atravessar as esferas pública e privada dominando os
cidadãos através de discursos que buscam domesticar e higienizar a ação
humana através do “científico”, ou da “saúde pública”.

“O Estado-Cientista, forma privilegiada da autoridade


soberana dos países industrializados, organiza-se como
estrutura total da sociedade. Pretende ser uma síntese entre
os três níveis constitutivos das coletividades: o domínio
04178253905

privado, a atividade econômica e a ordem estatal. A


dominação política penetra a realidade até constituí-la.
Fortalecida por seu aparelho técnico-científico e industrial, ela
impõe seu poder, fabricando o tempo e o espaço, construindo
a terra e o céu”. (F. Châtelet. História das ideias políticas.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009, p. 332)

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Para lembrarmos a principal referência do texto citado na questão,

“Em sua maravilhosa descrição de um futuro maníaco por saúde e


felicidade, Huxley diagnostica a grande e insuspeita vítima do novo
totalitarismo do bem: a morte da liberdade em nome da felicidade
limpinha do mundo. O governo deveria deixar as pessoas sentirem o gosto
que quiserem em suas bocas”. (Luiz Felipe Pondé, “Gosto que cada um
sente na boca não é da conta do governo”. Folha de S. Paulo, 14.03.2012)

Resposta da questão 7:
[E]

Segundo a tradição liberal, o objetivo de um bom governo é: 1)


preservar, o quanto possível, o direito dos seus cidadãos à vida, à
liberdade, à saúde e à propriedade; 2) processar e punir aqueles que
violarem os direitos instituídos; 3) sempre perseguir o bem público até
nos momentos em que isso entrar em conflito com o bem individual. O
governo, então, provê algo não disponível no estado de natureza, isto é,
a busca da preservação dos direitos naturais através da intervenção de
04178253905

uma autoridade racional como um juiz imparcial capaz de determinar a


severidade do crime e definir uma punição proporcional. Por essa
peculiaridade a sociedade civil é um avanço sobre o estado de natureza.
De modo geral, o pensamento de John Locke (1632-1704) é
reconhecido como a fundação da tradição liberal. Dois conceitos
fundamentais são trabalhados por esse filósofo, a saber, o conceito de

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liberdade e o conceito de propriedade. Uma noção importante para o
pensador britânico define que para sermos livres enquanto
compartilhamos um mesmo espaço público necessitamos anteriormente
regular e restringir a própria liberdade total do indivíduo, pois apenas
assim seria possível a fruição tranquila da propriedade.
De acordo com Locke, o estado de natureza (a condição natural da
humanidade) é um estado de perfeita e completa liberdade, no qual
qualquer um poderia conduzir a sua vida como considerasse apropriado
independentemente do que outros pensassem. Todavia, essa liberdade é
só aparentemente total. Apesar de não existir um código civil e um
governo para impedir as transgressões, o estado de natureza não é
totalmente sem moralidade. O estado de natureza é anterior à política,
porém não é anterior à moralidade. Segundo Locke, existe no estado de
natureza uma observação de leis naturais que estabelecem uma
igualdade entre todos os homens e, por conseguinte, também a igualdade
dos direitos de todos os homens à vida, à saúde, à liberdade e à posse.
Essa lei natural que estabelece a igualdade entre os homens e é base da
moralidade é dada a nós por Deus. Como todos nós somos de Deus e não
podemos retirar de ninguém o que é por direito Dele, então há uma
proibição fundamental em maltratar qualquer outro. Estabelecida essa
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moralidade, o estado de natureza é um estado de liberdade plena para


perseguir livre de interferências o próprio interesse, os próprios planos,
etc., porém tal liberdade não significará liberação incondicionada. Isso
não quer dizer, entretanto, que comportamentos desviados dessa lei
natural não aconteçam, e se este tipo de comportamento que usurpa de
outro a sua propriedade ocorrer, então surge o risco de ele se transformar

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em tendência. Para deter essa tendência surge a necessidade de instituir
uma autoridade civil através de um contrato que manterá a liberdade,
porém restringirá o comportamento desviado daqueles que usurpam
aquilo que é propriedade de outros. A natureza do governo estabelecido
pelo contrato é garantir o bem-estar das pessoas, de modo que se tal
governo estabelecido não cumprir a sua finalidade as pessoas podem se
insurgir contra ele.

Resposta da questão 8:
[B]

Thomas Hobbes (1588-1679) foi um filósofo inglês que hoje é


mais conhecido pela sua filosofia política. Na sua principal obra, o Leviatã,
o autor estabelece a fundação de uma grande tradição do pensamento
político, a tradição contratualista. Apesar de favorecer na sua teoria o
governo absoluto de um monarca, ele também desenvolveu pontos
decisivos do liberalismo: o direito individual, a necessidade do caráter
representativo do poder político, etc.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo alemão ocupado
principalmente com a questão da fundamentação da moral. Para ele não
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há qualquer fundamento indiscutível para a moral e, por conseguinte, a


ação se justifica por ela mesma e não pela sua conformação com algum
código. Sua filosofia é extremamente inspirada nos pensadores pré-
socráticos e se organiza através de um método genealógico.
David Hume (1711-1776) foi um filósofo escocês dedicado ao
desenvolvimento do empirismo e do ceticismo. No seu pensamento a ação

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moral não possui um caráter absolutamente racional, pois uma ação não
pode ser movida unicamente pela razão, ela necessita também das
paixões.
Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo francês central para
o desenvolvimento da tradição existencialista. Sua ideia fundamental era
a de que os homens são condenados a ser livres e com isso ele promove
uma inversão, a saber, que a existência precede a essência, ou seja, não
existe um criador que nos forma, porém nos formamos durante nossa
existência através daquilo que projetamos e realizamos. A existência é
primordialmente uma responsabilidade.

Resposta da questão 9:
[D]

Para Hobbes (1588-1679), o pacto social é uma instituição precária,


pois ela não é suficiente para garantir a paz e a prosperidade. Os homens
presunçosos sempre acreditariam saber mais que outros e assim, se livres
para tanto, se mobilizariam inevitavelmente para desencadear guerras e
tomar o poder. Para evitar tais catástrofes, o pacto social deve instituir a
submissão da vontade de todos os indivíduos à vontade de um único
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déspota. O pacto social deve conceder a soberania a um único homem e


o corpo social deve se submeter totalmente a ele. Sendo assim, Hobbes
não considera que o contrato social seja contrário ao poder absoluto, mas
justamente o contrário e se desejamos paz e prosperidade, então
devemos no momento do pacto submeter a nossa vontade à vontade do
déspota – o autor do Leviatã não nega a legitimidade de outros regimes,

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porém qualquer regime que divida o poder e faça possível uma
competição que poderia comprometer a paz é tido como ilegítimo. Como
podemos perceber, Hobbes considera que a principal atribuição do
déspota é a promoção e segurança da paz, para tanto ele deve abolir
qualquer possibilidade de disputa e instituir uma ordem de acordo com a
qual o cidadão deverá sempre estar conforme – e isto tanto em matéria
política, quanto religiosa.

Resposta da questão 10:


[E]

A ética kantiana não é utilitarista, a ética kantiana é usualmente


classificada como deontológica, isto é, a ética kantiana propõe que as
ações dos homens precisam ser guiadas por um senso de dever, elas
precisam de um caráter necessário para serem boas e corretas. Já a ética
utilitarista propõe que uma ação boa e correta é aquela que maximiza a
felicidade geral; Jeremy Bentham e John Stuart Mill são seus maiores
teóricos.

Resposta da questão 11: 04178253905

[C]

O erro da confusão de causa e consequência está em toda tese


formulada pela moral e pela religião, quer dizer, a razão doente considera
erroneamente que o procedente está antes do precedente, por exemplo,
a causa da felicidade é a vida virtuosa – diz a moral e a religião –, quando,

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ao contrário, a felicidade mesma é quem permite o sujeito agir
virtuosamente.

Resposta da questão 12:


[C]

A tese de Marcuse revela algo que libera a obra de arte de um


engajamento literal do seu sentido estético, quer dizer, a proposição do
filósofo expõe que a intenção da obra não é engajada politicamente
apenas se ela estiver vinculada propositalmente a uma classe oprimida
da sociedade, mas sim sempre que ela revelar, segundo uma
exemplaridade que extrapola o contemporâneo, a evidência um futuro
decadente. A arte é muito mais subversiva quando está próxima da
libertação e quando favorece a liberdade do artista e do homem.

Resposta da questão 13:


[A]

A questão trabalha um problema complicado, a saber, o


preconceito. O preconceito do argumento moralista do advogado, citado
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no Texto 1, que ilustra o preconceito sistemático desenvolvido a partir de


uma estrutura, apontado pela filósofa no Texto 2. O advogado busca
amenizar um ato abominável através de uma opinião completamente
preconceituosa sobre as mulheres, o comportamento delas, e sobre as
prostitutas; uma opinião originada na estrutura patriarcal da sociedade
indiana que busca dominar a liberdade das mulheres subjugando-a.

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Sobre o preconceito em geral segue este texto:

“Segundo Heller (1989), o preconceito é categoria do pensamento


e do comportamento cotidiano. Contudo, a autora afirma que não é por
fazer parte da vida cotidiana que os preconceitos devem ser naturalizados
e aceitos. Em suas palavras, “quem não se liberta de seus preconceitos
artísticos, científicos e políticos acaba fracassando, inclusive
pessoalmente” (Agnes Heller).
Entretanto, problematizar as situações que envolvem preconceitos,
desmistificar suas origens não é tarefa fácil, justamente porque as
pessoas imersas na vida cotidiana precisam de certa praticidade, de
“pragmatismo” para que a vida flua. Para tanto, uma das características
da vida cotidiana é a ultrageneralização. Segundo Heller, chegamos à
ultrageneralização de nosso pensamento e comportamento cotidiano de
duas maneiras: “por um lado, assumimos estereótipos, analogias e
esquemas já elaborados; por outro, eles nos são ‘impingidos’ pelo meio
em que crescemos”. Devido a essas condições, muitas pessoas demoram
a adotar uma “atitude crítica” em relação aos esquemas recebidos, e
outras nunca chegam a fazê-lo.
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Pode-se dizer, então, que as
ultrageneralizações são “juízos provisórios” ou “regra provisória de
comportamento”, que nos permitem transitar pelas várias atividades que
temos que realizar, parafraseando Heller: “provisória porque se antecipa
à atividade possível e, nem sempre, muito pelo contrário, encontra
confirmação no infinito processo da prática”. Mas, quando esses juízos
provisórios são refutados pela ciência e por uma experiência

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cuidadosamente analisada e, mesmo assim, conservam-se inabalados
contra todos os argumentos da razão, estamos diante de um preconceito.

(Heller”. (A. F. M. Cordeiro & J. F. Buendgens - Preconceitos na escola:


sentidos e significados atribuídos pelos adolescentes no ensino médio.
Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e
Educacional, Sp. Volume 16, Número 1, Janeiro/Junho de 2012)

Resposta da questão 14:


[C]

Para Arendt, a ação é uma das categorias fundamentais da condição


humana e constitui a mais alta realização da vita activa. Arendt analisa a
vita activa através de três categorias que correspondem às atividades
fundamentais do nosso ser-no-mundo: trabalho, obra e ação. O trabalho
é a atividade que é ligada à vida e suas necessidades; a obra é a atividade
ligada à condição da mundidade; e a ação é a atividade ligada à condição
de pluralidade. A filósofa considera cada atividade autônoma, pois cada
uma possui princípios distintos e é julgada segundo critérios diferentes.
O trabalho é julgado de acordo com a sua capacidade de manter a vida
04178253905

humana, de suprir as nossas necessidades de consumo e reprodução, a


obra é julgada por sua habilidade de construir e assegurar um mundo
pronto para a utilidade do homem, e a ação é julgada por sua habilidade
de apresentar a identidade do agente, afirmar a realidade do mundo e
atualizar nossa capacidade de ser livre.

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Resposta da questão 15:
[A]

Através do uso da expressão condicionante “se, e somente se”, o


prof. Leonardo Boff cria a exigência de que todos os critérios elencados
sejam efetivados, ou seja, o professor define todos esses critérios como
necessários para a ação sustentável, e insuficientes em si mesmos. Para
que a Terra, a vida do homem e a comunidade sobrevivam e persistam
saudáveis, atendendo as necessidades das gerações sem degradação
irreversível de sua materialidade, é necessária a manutenção de todas,
sem exceção, condições energéticas, físico-químicas e informacionais.

Resposta da questão 16:


[D]

A questão possui algumas imprecisões. De acordo com o texto


citado podemos depreender que a liberdade significa aquilo circunscrito
pela justiça que precisamos, ou a justiça da cidade, e, por
conseguinte, que a liberdade seja compatível com a justiça. Porém, as
coisas não são tão simples. O próprio texto dá a entender que a liberdade
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pode ser incompatível com a justiça, pois a liberdade da ação no mercado


não nos é suficiente e essa insuficiência cria a necessidade de
estabelecermos uma justiça. Ou seja, a ação livre do mercado pode criar
desigualdades que afetam negativamente a convivência entre os homens
que são definidos como iguais. Como o autor diz, a produção empresarial
não é suficiente para fazer que uma sociedade seja humana. E

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encontramos outra imprecisão na definição de estado liberal como
interventor. Entendemos que segundo o texto podemos estabelecer a
seguinte linha de raciocínio:
1) o mercado não basta,
2) é necessário o estabelecimento de uma justiça,
3) a liberdade é definida segundo essa justiça,
4) então o mercado sofre primordialmente uma intervenção do
estado para o estabelecimento da justiça, isto é, da liberdade. Porém,
além de o autor não estabelecer claramente qualquer distinção do tipo na
passagem citada, o conceito de estado liberal é tradicionalmente não
interventor e, portanto, é pouquíssimo aceitável, seja o raciocínio que for
do autor da questão, que se descreva um estado liberal como interventor.

Resposta da questão 17:


[B]

Para Platão, como podemos afirmar a partir do Livro II da República,


os homens se agrupam em cidades porque não são autossuficientes. Já
Aristóteles diz que os homens se agrupam em aldeias porque não são
autossuficientes, e se agrupam em cidades porque apenas nelas eles são
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capazes de realizar sua virtude essencial.


Seguindo as pistas da sua concepção ontológica, Hobbes toma o
homem como uma máquina movida pelo desejo. No estado natural, esse
movimento que o homem realiza engendra uma realidade cuja lei é a “lei
dos lobos”. O constante perigo e temor pela vida definem a necessidade

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de um artifício que se sobreponha ao estado de natureza. O estado de
sociedade é esse artifício

Resposta da questão 18:


[A]

No pensamento contratualista encontramos como ponto de partida


o Estado de natureza, exemplificado, mais fortemente, pelas filosofias de
Hobbes, Locke, Rousseau e Rawls. Os elementos que caracterizam o
Estado de natureza diferem entre os pensadores, e também entre eles
diferem as funções exercidas por este recurso teórico.

Resposta da questão 19:


[D]

Especificamente, a questão se refere mais a uma questão Política,


pois a Ética tem a ver com uma reflexão teórica sobre a maneira segundo
a qual um homem estabelece os seus hábitos. Sendo a liberdade um dado
constitucional presente no texto fundador da sociedade democrática, o
problema de restringir a ação de um cidadão livre através de um controle
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do Estado, isto é, através do uso de poder, passa a ser um problema


especialmente político. Isso quer dizer que a questão deve
primordialmente se referir aos princípios e modos de organização da
cidade e não a uma especulação sobre o dever ser. Resumindo, a questão
é: o Estado pode controlar desta maneira a ação de um cidadão livre? O

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Estado possui esse poder, se o cidadão não comete nenhuma ação
criminosa?

Resposta da questão 20:


[E]

A liberdade política está relacionada com o processo de


emancipação do homem. A visão de Jaspers está ligada ao pensamento
iluminista segundo o qual o homem deve buscar sua autonomia, ou seja,
deve buscar livrar-se de qualquer tutela. Isso significa, em última
instância, que o homem deve buscar se estabelecer na sociedade de tal
maneira que ninguém precisará nem deverá esclarecê-lo sobre quais as
ações são as boas e necessárias. Assim, a autonomia livraria o homem da
necessidade, por exemplo, de pedir um alvará na prefeitura para realizar
qualquer projeto que ele concebeu e deseja tornar real, pois ele próprio
seria capaz de julgar a bondade e a necessidade da ação que pretende
realizar, ou teria a sensatez de discutir sobre a validade das suas
projeções com seus concidadãos.

Resposta da questão 21: 04178253905

[D]

A alternativa D é a única correta, pois para Platão só há justiça na


cidade ideal se houver uma divisão racional do trabalho. A justiça depende
da diversidade das funções, que são executadas por três classes distintas:
artesões e comerciantes; soldados; e guardiães. O princípio da igualdade

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(alternativa A) para Platão diz respeito somente à repartição de bens e
não a todos os direitos, portanto, a democracia não é adequada, já que
não deve haver igualdade no direito ao poder (alternativa B), pois
somente os mais aptos têm esse direito. Na cidade ideal, a vida cotidiana
é controlada pelo Estado, uma vez que se viveria numa espécie de
comunismo, abolindo-se a propriedade e a família, cabendo ao Estado o
fornecimento da educação adequada para cada um. Desse modo, os
interesses ou ideais pessoais são descartados no modelo platônico
(diferente do que afirmam as alternativas C e E).

Resposta da questão 22:


[A]

Somente a alternativa A é correta. Aristóteles considerava os


homens como animais políticos. Sendo assim, somente através de um
governo político estes poderiam se tornar virtuosos e chegar à felicidade.

Resposta da questão 23:


[E]

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A alternativa E é a única correta. É justamente em “O príncipe” que


foi explicitada a ideia de que os fins justificam os meios, pois vale tudo
para se manter a autoridade. O livro é praticamente um manual sobre o
que um governante deve fazer e como deve se comportar para manter
seu poder e provocou uma ruptura com a moral vigente. Maquiavel afirma
ainda que para um bom governante é necessário possuir uma combinação

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de virtú (qualidades que um bom administrador e governante deve
possuir para passar por cima dos obstáculos do destino) com fortuna
(sorte).

Resposta da questão 24:


[D]

Somente a alternativa [D] está correta. Segundo o texto, a tirania


é a forma degenerada da monarquia. A oligarquia é a forma de governo
para os ricos, ou seja, uma forma degenerada de aristocracia. Por fim, a
democracia é a forma de governo para a utilidade particular dos pobres,
podendo, por isso, ser considerada como uma forma degenerada da
República.

Resposta da questão 25:


[E]
Nicolau Maquiavel (1469-1527), para descrever a ação do príncipe
(governante) usa de duas expressões italianas virtú e fortuna. A virtú
significa virtude, no sentido grego de força, valor, uma qualidade de
guerreiro e lutador forte e viril. Em Maquiavel, não se trata disto, mas sim
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da capacidade do príncipe de perceber o jogo das forças que caracteriza


o momento político para agir, seja de qual maneira for, para alcançar seus
objetivos. O pensamento de Maquiavel se aproxima com o texto da
questão quando ela se aplica a fortuna, ou seja, a ocasião (pragmático)
que não deve deixar escapar pelo príncipe e nela utilizar-se dos meios
necessários para seus fins.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem, querido estudante. Se chegou até aqui é um bom sinal:
o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da
importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não esqueça
dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Você
sabe que com uma boa nota no ENEM poderá escolher uma ótima
universidade e também seu curso dos sonhos. Lembre-se sempre de suas
motivações: ter um bom emprego, estudar numa instituição de prestigio
e várias coisas mais, pois elas vão te dar a energia que você precisa para
encarar o desafio de estudar muito e fazer uma excelente nota no ENEM.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se
contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula.

Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.


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