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1. Apresentação: Olá turma, eu sou o Henrique.

Estou estagiando com a


professora supervisora, e ficamos combinados de que eu iria reger algumas
aulas (uma ou duas) de filosofia com vocês. Andei acompanhando alguns
dias das semanas anteriores o desenvolvimento das aulas, próximas ao meio
do ano, e tentarei dar continuidade aos temas filosóficos que estavam sendo
desenvolvidos. Mas antes disso, gostaria de colocar a ressalva de que de um
professor para outro podem existir diferenças de método, abordagem,
formação, etc, que devem ser consideradas quando pensamos em ‘dar
continuidade’. Tendo isso em vista, parece que minha participação como
estagiário com vocês, é mais uma intervenção, uma experiência
(praticamente pontual em sala) de dialogarmos acerca do encontro entre a
situação de vida de vocês (no ensino médio, se questionando o que querem
‘ser’, seja à caminho da Universidade, ou do mercado de trabalho, entre
outros caminhos possíveis) e da do estagiário (como alguém que está entre
essa mesma Universidade e a escola), em direção à filosofia. Bom, minhak
formação é em filosofia, pela UnB, com a (monografia em Habermas:
Pragmática e Comunicação: Intersubjetividade em Verdade e Justificação
(1999) –filosofia da linguagem. Estou terminando a licenciatura (para poder
dar aulas – é basicamente o bacharel + disciplinas de educação+ estágio),
com o ultimo estágio e com vocês. Fora isso, também estou num mestrado
em Metafísica pela UnB, com uma dissertação em Platão, sobre a Academia,
Fedro, e a Carta VII. Sempre procurei a pesquisa e fiz 3 iniciações científicas
(2 em antiga e 1 em contemp). E um dos requisitos para a realização do
mestrado é que eu dê 1 aula por ano nesses 2 anos. Bom, acho que é o
suficiente quanto a apresentações, sigamos então nessa tentativa de encontro
e diálogo. Minha experiência me faz advertir para certos princípios de meta-
aula: perguntas por favor, desde que de forma organizada (se for muita
gente), cabe manter o nível de comunicação no sentido de um esforço
comum de compreensão. Atenção e dispersão oscilam na consciência, mas o
respeito-amizade precisa estar constantemente vigilante (entre nós, e
principalmente com a professora – com mais experiência filosófica-
pedagógica e que pode intervir a vontade). Dito isso, se não tiverem
questões, vamos ao tema da aula.

Aula 2( segundo ano) :

1. Conhecimento (ler textos didáticos leitura Crítica dos textos das Marias e da
Marilena, selecionar texto filosóficos para leitura em turma: da caverna de
Platão/ Nietzsche a verdade em sentido extra-moral. Recapitulação:
Lógica/Aristóteles (teoria das ideias, lógicas, instrumentos do pensar, empiria-
observação, classificação) – tentar continuar o trabalho da professora
supervisora ao mesmo tempo em que orienta a aula para a formação própria).
Epistemologia: estudo da natureza do conhecimento e da justificação, 1)
definindo propriedades, 2) as condições substantivas ou fontes e 3) os limites do
conhecimento e justificação: abertura para ceticismo. Pretensões de validade na
busca pelo entendimento na filosofia dos atos de fala: 1) inteligibilidade da frase
gramatical (reconhecimento intersubjetivo) 2) sinceridade – expressão
intencional 3) correção. Acerca da Verdade. PCN ler, escrever, refletir,
posicionar-se – currículo, tradição, leituras clássicas.
Conhecimento adquirido x inato, certeza (exemplos dados nas aulas: ‘a
maconha causa mais males do que o alcool’, ‘alguém que se suicida está morto’,
‘o ser humano precisa de água para viver’, ‘o triangulo tem três lados’, ‘não
existe ser vivo imortal’), e dúvida, busca da verdade, transições entre medievais
e modernos na questão do conhecimento. Como conhecemos -> será que
podemos conhecer – o que fundamenta o nosso conhecimento (fenômenos
naturais e humanos)? Trata-se de investigar o conceito filosófico sem dar uma
prévia noção da verdade. A busca da verdade é assim esse trabalho do conceito
na experiência filosófica do conhecimento. A partir da minha monografia pode-
se pensar o conceito de verdade a partir de uma compreensão de busca
pragmática da linguagem – convenções e consensos fundados numa pragmática
em comunidade de comunicação ideal: verificabilidade,
experimentação/funcionamento e aplicação resultados-uso. O problema das
ideologias, pré-conceitos, dificuldades da busca, dogmatismo e ceticismo!
Verdades Reveladas x Alcançadas. Concepções: ἀλήθεια não esquecimento,
desvelado da essência (do que é), o não-escondido, o verdadeiro (o que é
evidente) em relação à aparência. Conhecimento e opinião. Veritas como
precisão de um relato, linguagem como verídica, memória e acuidade mental do
enunciado – seu oposto é a mentira, falsificação. Coisas(seres): reais ou
aparentes/imaginários, enunciados: verídicos/verdadeiros ou falsos. Emunah
(hebraico): confiança-fé-previsão-profecia. Verdade do que foi, do que é e do
que será. Percepção dos seres reais + linguagem que relata +
expectativa/previsão de coisas futuras. Teorias: ἀλήθεια – intelecção, evidência
- correspondência; veritas: coerência interna das idéias – validade lógica;
convenções, acordos, recíprocas; pragmático-experimental. Erro: engano do
juízo, Mentira: juízo deliberadamente errado. Busca das essências e a intuição,
dedução, e indução. Relatividade e Universalidade. A dependência da
linguagem, pensamento e dos seres, do acto de dizer e a vontade (orientação,
amor, busca) que o orienta. Pensar na verdade e no conhecimento das ciências
que vocês estudam: matemática, biologia, física, química, história, geografia,
artes. Textos: Nietzsche : Verdade e Mentira em sentido extra-moral, Platão:
livro VII – alegoria da caverna. Dinâmica: leitura de textos e debate reflexão
em torno deles. Perguntas aos textos/antes dos textos: quais as verdades-
conhecimentos nas ciências que estudam? Física, Química, Biologia, História,
Sociologia, Artes, Educação Física, quais as concepções de verdade aí, qual o
modo de proceder do filósofo em relação ao conhecimento?

Recursos ao PC: imagens, textos: Marilena-trecho Verdade e Mentira, Platão


Caverna – República 514-517c, vídeo.

Aula 3( terceiro ano): Apresentação. Recapitulação. Exposição, texto, debate ἔθος

Teorias Éticas em geral e a história da filosofia. A professora deu aulas sobre Platão,
vídeos que poderiam se enquadrar numa visão crítica da sociedade e da procura da
felicidade, consumo, paradigmas ideológicos etc, e o desastre nuclear de Chernobyl e
sobre a ética aristotélica.

Entre relativismo e universalismo moral: como pensar em princípios da conduta


de vida (boa) humana? Como viver, agir, configurar nossas práticas? Diferença de
moral: recebido, costumeiro – a prática (relativa) de uma ética, x pensado na razão,
princípios com pretensão universal. Como organizar e hierarquizar os valores que
orientam a conduta? Ética e seu desdobramento em antropologia, sociologia, psicologia,
economia, pedagogia, política, direito, desporto. Questões polêmicas, mas sempre
atuais: violências, tortura, “perversões” sexuais, corrupção política, exploração, guerra,
terrorismo, heterocídio, suicídio, eutanásia, desastres ambientais (nuclear/mariana),
aborto, xenofobia (imigração), homofobia, massacres, mas também ‘coisas menores’
como cola, mentira. o que ensinar como condenar moralmente, a partir de uma ética,
esses atos? O papel do intelecto, razão e ética, pensamento e virtude, vontades-emoções
e apetites, convivência, igualdade, dignidade da vida, prática, direito e cidade, natureza,
comunicação – conjunto de valores e princípios que usamos para decidir (julgar e
avaliar) 3 grandes questões da vida: do querer, poder e dever (Cortela – aluno de
Paulo Freire)– e do ser, existir na escolha e responsabilidade (liberdade) situacional–
relação da ética com o natural, cultural-histórico-político-econômico e a busca por
princípios universais) – Schopenhauer: (felicidade) ter, representar, ser. Valores (vida,
morte, belo, justo, bem-mal, bom–mal, nobre), moral-política-costumes, genealogia,
comunidade, comunicação, justiça, o bem, a felicidade, a virtude. Antropologia
filosófica: caráter e constituição do ser humano, sua função, finalidade, paixões,
tendências, conflitos. A harmonia e o esforço de unidade. A crítica da ética: o exame
crítico das várias teorias éticas. Exame de algumas:

1) ética das virtudes – caráter individual e particularidade contextual/epocal (não uma só


ação, mais reiteradas ações) , educação, comunidade-particular.(Platão, Aristóteles).
Helenismo: Estoicismo ( Zenão de Cítio - apatia e ataraxia, virtude leva à felicidade) e
epicurismo (prazer natural x prazeres artificiais, honra, dinheiro, poder – serenidade,
comedimento, hedonismo – não importa uma alma imortal mas o modo como se vive
p.205 – a)deuses não são temíveis, b)morte não existe c) o prazer, entendido
corretamente é um bem para todos, d) a dor não dura e é suportável quando depois
advêm prazer maior): Filosofia como Eudaimonia busca da felicidade e da vida boa
/equilibrada. Virtudes como capacidades, habilidades que formam um caráter – uma
ética da experiência/intuição de si. Virtudes e sua relação particularista com uma
época/comunidade. Virtude como força, motivo, o que te leva a mover, excelência.
Comunidade como solo das virtudes – formação da identidade. Virtude como
florescimento, desenvolvimento, expressão, emanação. Observação e ponderação
(caráter hermenêutica) de circunstâncias e contextos (particularismo e universalismo) –
ênfase nas práticas, sentido e unidade (narrativa) da ação durante a vida. Práticas como
constância e esforço rumo à um objetivo interno (individual-comunitário) na procura
pela excelência – constituição-cuidado de si. Sabedoria prática φρόνησις – autonomia e
heteronomia

2) Ética cristã ( Agostinho ); <ascese, valores transcendentes, pecado, mal, livre-


arbítrio(cristianismo)

2) ética kantiana (dos deveres ou deontológica)


3) ética vital-potencial (Spinoza-Schopenhauer (negação-compaixão) Nietzsche –
afirmação, transvaloração)

4) Ética utilitarista-consequencialista.

5) Existencialismo (autenticidade e má-fé – Sartre e Heidegger)

6) Ética do discurso/ teoria crítica da sociedade

9) Ética da libertação-emancipação. Ética(s) ou a impossibilidade de uma ética universal


(ideologia, exploração-colonialismo, América-Latina)?

..

. Dinâmica: leitura texto ‘o existencialismo é um humanismo’ pág. 6. Fedro: 237E, p9 246ª


246b 253d 248 d 247d.

Platão:

Usemos, portanto, esse meio. Imaginemos, pois, a alma como uma força mediante a qual são
mantidos naturalmente reunidos uma parelha de cavalos alados e um cocheiro. (246ª) () O
cocheiro que nos governa rege uma parelha na qual um dos cavalos é belo e bom, de boa raça,
enquanto o outro é de raça ruim e de natureza arrevesada. Assim, conduzir o nosso carro é
ofício difícil e penoso’ (246b) O cavalo de melhor aspecto tem um corpo harmonioso e bonito,
pescoço alto, focinho curvo, cor branca, olhos pretos, ama a honestidade e é dotado de
sobriedade e pudor, amigo como é da opinião certa. Não deve ser batido e sim dirigido pelo
comando e pela palavra (253d). O outro – o mau – é torto e disforme, segue o caminho sem
deliberação, com o pescoço baixo tem um focinho achatado e a sua cor é preta; seus olhos de
coruja são estriados de sangue; é amigo da soberba e da lascívia; tem orelhas cobertas de pelos.
Obedece apenas – e com esforço – ao chicote e ao açoite.’(253d) Devemos, além disso,
examinar o seguinte: em cada um de nós há dois princípios que nos governam e conduzem, e
nós os seguimos para onde nos levam: um é o desejo inato do prazer, outro a opinião que
pretende obter o que é melhor. Essas duas tendências que existem dentro de nós concordam por
vezes, em outras entram em conflito, por vezes vence uma e por vezes a outra” (237e) A razão
que atrai as almas para o céu da Verdade é porque somente aí poderiam elas encontrar o
alimento capaz de nutri-las e de desenvolver-lhes as asas, aquele que conduz a alma para longe
das baixas paixões.” (248d) Quando a alma, depois da evolução(revoluções) pela qual passa,
chega a conhecer as essências, esse conhecimento das verdades puras a mergulha na maior das
felicidades.” (247d)
Sartre

Quando, por volta de 1880, os professores franceses tentaram constituir uma moral
laica, disseram mais ou menos o seguinte: Deus é uma hipótese inútil e dispendiosa;
vamos suprimi-la: porém, é necessário – para que exista uma moral, uma sociedade, um
mundo policiado – que certos valores sejam respeitados e considerados como existentes
a priori; é preciso que seja obrigatório, a priori, ser honesto, não mentir, não bater na
mulher, fazer filhos etc., etc. Vamos, portanto realizar uma pequena manobra que nos
permitirá demonstrar que esses valores existem, apesar de tudo, inscritos num céu
inteligível, se bem que, como vimos Deus não exista. É essa, creio eu, a tendência de
tudo o que é chamado na França de radicalismo: por outras palavras, a inexistência de
Deus não mudará nada; reencontramos as mesmas normas de honestidade, de progresso,
de humanismo e teremos assim transformado Deus numa hipótese caduca, que morrerá
tranquilamente por si própria. O existencialista, pelo contrário, pensa que é
extremamente incômodo que Deus não exista, pois, junto com ele, desaparece toda e
qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível; não pode mais existir
nenhum bem a priori, já que não existe uma consciência infinita e perfeita para pensá-
lo; não está escrito em nenhum lugar que o bem existe, que devemos ser honestos, que
não devemos mentir, já que nos colocamos precisamente num plano em que só existem
homens. Dostoievski escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o
ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por
conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora
dela nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas. Com efeito, se a
existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma
natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o
homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos, já prontos,
valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás
de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e
nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o
homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como,
no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que
faz. O existencialismo não acredita no poder da paixão. Ele jamais admitirá que uma
bela paixão é uma corrente devastadora que conduz o homem, fatalmente, a
determinados atos, e que, consequentemente, é uma desculpa. Ele considera que o
homem é responsável por sua paixão. O existencialista não pensará nunca, também, que
o homem pode conseguir o auxílio de um sinal qualquer que o oriente no mundo, pois
considera que é o próprio homem quem decifra o sinal como bem entende. Pensa,
portanto, que o homem, sem apoio e sem ajuda, está condenado a inventar o homem a
cada instante.

Aula 1: mestrado (esboço): A Academia de Platão entre o Fedro e a Carta VII: do amor
aos discursos e da retórica (filosofia da linguagem, fala e escrita, retórica como droga,
educação filosófica, sofística, tradição).

Problematização para o 2/3 anos, Estágio: lida com textos (p/ prova,
construção e leitura dos textos – (leitura crítica, estrutural) para entrevistas,
seminários, conversações em geral, efeitos de persuasão). Crítica do texto e
da escrita, retórica, sofistica oratória, filosofia e dialética, amizade ao saber,
pesquisa, autonomia. Visão geral da filosofia em suas áreas discursivas:
ética, conhecimento, metafísica, estética-artes, ciências. Atividade da razão,
linguagem, discursos. Sua origem e desenvolvimento, didaticamente falando
(com o risco de ser muito ‘compreensivo’): linha
(...)ANTIGA___MEDIEVAL___MODERNA___CONTEMPORÂNEA(...)
2. Entre dogmatismo e ceticismo (exame)
3. Filosofia do amor
4. Platão, filosofia, Academia – conhecimento e retórica –Conversão, alma e
escrita: leitura mito – jogo de significações do fármaco.
5. Formação entre conhecimento, política (República,..), oratória e
escrita(Fedro.).

Recursos: pc, quadro, imagens da academia, Platão, Sócrates, Fedro, Lísias,


Isócrates, projetar texto/entregar xerox
Exercícios:vestibulares

Questão (filosofia-mito)

A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos e levá-la a sério?
Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição anuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em
terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o
pensamento: Tudo é um.

  NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em


verdades racionais.

b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Questão (política-retórica-dialética)

O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre


todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a
discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como
do jogo político.

VERNANT, J.P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por


função

a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.

b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus
magistrados.

c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões
da comunidade.
d) reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados
em caso de guerra.

e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em


assembleias.

Questão (ética-poder)

Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça
era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas
acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras
da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.

RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradva, 2009.

O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão,


sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de

a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.

b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.

c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.

d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.

e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.

8- Questão 40(filosofia)

Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem moderno está esmagado por um
profundo sentimento de impotência que o faz olhar fixamente e, como que paralisado, para
as catástrofes que se avizinham. Por isso, desde já, salienta-se a necessidade de uma
permanente atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará sua vocação natural
de integrar-se, superando a atitude do simples ajustamento ou acomodação, aprendendo
temas e tarefas de sua época.

FREIRE. P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

Paulo Freire defende que a superação das dificuldades e a apreensão da realidade atual
será obtida pelo(a)

a) desenvolvimento do pensamento autônomo.

b) obtenção de qualificação profissional.

c) resgate de valores tradicionais.

d) realização de desejos pessoais.

e) aumento da renda familiar.

QUESTÃO(DESCARTES-CONHECIMENTO)
TEXTO I Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera
muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios
tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar
seriamente, uma vez em minha vida, desfazerme de todas as opiniões a que até então dera
crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.
(DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultura, 1973)

TEXTO II É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de
busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí
terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma
daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a
metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001

oficinadefilosofia.com 2014

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução


radical do conhecimento, deve-se

A retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.

B questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.

C investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.

D buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.

E encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

QUESTÃO 37 ENEM 2011

TEXTO I A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo decisório


sobre aquilo que terá consequência na vida de toda coletividade. GALLO, S. et al. Ética
e Cidadania. Caminhos da Filosofia. Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).

TEXTO II É necessário que haja liberdade de expressão, Fiscalização sobre órgãos


governamentais e acesso por parte da população as informações trazidas a publico pela
imprensa. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 24
abr. 2010.

Partindo da perspectiva de democracia apresentada no Texto I, os meios de


comunicação, de acordo com o Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por

A orientarem os cidadãos na compra dos bens necessários a sua sobrevivência e bem-


estar.

B fornecerem informações que fomentam o debate politico na esfera publica.

C apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos.


D propiciarem o entretenimento, aspecto relevante para conscientização politica.

E promoverem a unidade cultural, por meio das transmissões esportivas.

microfísica,Cada um de nós em si mesmo (biologia, química, consciência),


Turma,...Escola, Taguatinga, df, centro-oeste, Brasil, America-do-Sul, America-
Latina, America, “Ocidente”, Planeta Terra, Sistema Solar, Via Lactea,
Universo-Mundo(s)...
1. Tema da Aula: Primeiro Contato, Conversa, Planejamento
Instituição Colégio Público
Ano/série ensino médio
Sequência didática: Apresentação do professor (monografia, mestrado,
despressurização, diálogo mais concreto, filosofia em geral), dos alunos (ao final
escrito), perguntas sobre o andamento do curso e conteúdos, expectativas,
propostas.

1- Aula expositiva com apresentação de imagens e modelos 2- debate e reflexão


3- avaliação, construção-interação.

2. Objetivos (geral – específicos) Sondar a atmosfera e coletar elementos para


planejar o andamento do curso de filosofia até o final do ano, com proposta de
alguns textos.
3. Justificativa (apontar para a relevância do tema focado) –.fundamental para o
prosseguimento das aulas e melhor planejamento dos temas, textos, processos,
de interesse comum.
4. Metodologia (diálogo, aula expositiva, imagens/modelos, metodologia
interativo-construtiva).
5. Encaminhamentos didáticos. (biblioteca, livros didáticos)
6. Recursos didáticos (audiovisuais) : quadro, giz, projetor, pc, cabo.
7. Tempo estipulado (por atividade 2h/1h)
8. Avaliação (desenho conceitual ou texto sobre o tema)
9. Referências

Aulas (CED06- Secretaria)

Apresentação; e-mail: conversa sobre o andamento, propostas.

Método: lei

1º ano: Introdução a filosofia, exploração de seus campos clássicos e história (ética,


estética, epistemologia, metafísica, lógica, filosofia da mente, das ciências,
hermenêutica, pragmática, linguística, semiótica, filosofia da religião --- antiga,
medieval, moderna, contemporânea – filosofia da história) questões e alguns conceitos
em grego, suas tarefas, modo de vida, amor a sabedoria, utilidade, importância,
interdisciplinaridade, verdade, conhecimento, razão, discurso, opinião, introdução ao
método científico) Disciplinas Científicas (organização dos saberes sempre em feitura)
Matemática, Biologia, Física, Química, Geografia, História., Artes, Línguas
Estrangeiras, Literatura, Gramática (LP) ed. Física. Formação e continuação dos
estudos, Mercado de Trabalho, Vida.

1ºano: conceitos centrais: filosofia, história da filosofia, razão e verdade;

Filosofia, história da filosofia:

1) A atitude filosófica; 2) O que é filosofia; 3) A origem da filosofia; 4) Períodos e


campos de investigação da filosofia; 5) Principais períodos da história da
filosofia 6) Aspectos da filosofia contemporânea.

Razão e Verdade

2) Os vários sentidos da palavra razão; 8) A atividade racional e suas modalidade;


9) A razão: inata ou adquirida? 10) A razão na filosofia contemporâne; 11)
Ignorância e Verdade; 12) Buscando a Verdade.

AULA1 (1ºANO)-Atitude Filosófica/ Experiência Filosófica

Apresentação, PCN’s, Planejamento (conteúdos- CHAUI) ), avaliação. 2 ED 1,5 +


prova 4 + projeto(escola)2.

a) O espanto como início do filosofar. A surpresa e a indagação.

b) O filósofo não serve pra nada? Ler texto 1( A prática da filosofia: servir-se da razão
para pensar o mundo e a própria vida __ visando sabedoria e felicidade (viver melhor e
mais livre). [Não à aplicação imediatista da ciência, não à alterações imediatas de ordem
prática – e no entanto a filosofia é necessária: outro olhar além das necessidades
imediatas e costumeiras(status quo) ]

“Foi, com efeito, pela admiração que os homens, assim hoje


como no começo, foram levados a filosofar. Pelo que, se foi
para fugir à ignorância que filosofaram, claro está que
procuraram a ciência pelo desejo de conhecer, e não em vista de
qualquer utilidade”ARISTÓTELES_metafísica.

c) A filosofia é um trabalho, exige formação (nem se é jovem nem se é velho demais


para filosofar – a não ser que já se tenha parado de pensar).

d) Experiência filosófica: pensar o pensar e o agir. Trabalho do conceito: sentido dos


problemas. Sentido da existência. Do amor, da amizade, da solidão, da morte?

“não se pode pensar em nenhum homem que não seja também


filósofo, que não pense, precisamente porque o pensar é próprio
do homem como tal” Gransci, Antonio
e) todos são filósofos?As indagações filosóficas nos permeiam a todos (trabalho,
valores, política). Todos são filósofos então? O filósofo escolheu lidar com essas
perguntas de forma profissional e especializada, por meio de conceitos e argumentos
rigorosos. Ele treinou pensar com sistematicidade e constância pensamentos que temos
às vezes espontaneamente.

f) Lidar com informações (notícias, dados), conhecimento (explicações –teorias - da


informação, conexão dos dados – hist, antro, bio, socio, psico) e sabedoria (decisões
refletidas para bem viver – atitude autônoma).

g) Definição de filosofia como tarefa filosófica. Pitágoras/Platão: amante e não sábio


(filo)+(sofia). Sistema( doutrina) x indagação, modo de vida do admirador (surpresa
com o obvio, questionador permanente, atitude problematizadora). Filosofia como
produto e processo. Reflexão radical (raiz, fundamento), rigorosa (linguagem,
conceitos) e de conjunto (totalidade, interdisciplinaridade) sobre os problemas que a
realidade coloca.

KANT: não é possível aprender filosofia; só é possível aprender


a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão, fazendo-a seguir
os seus princípios universais em certas tentativas filosóficas já
existentes, mas sempre reservando à razão o direito de investigar
aqueles princípios até mesmo em suas fontes, confirmando-os
ou rejeitando-os. Critica da razão pura.

h) O filósofo Sócrates (feio questionador (pai-mãe)(escultor-parteiro): Ironia εἰρωνεία e


Maiêutica μαιευτική – questionar simulando não saber e o parto das ideias (exercício
de memória) – exemplos para pensar o filósofo e a filosofia: Na praça pública Sócrates
filosofa (não está alheio ao mundo concreto); Saber em processo de se fazer ‘sei que
nada sei’(perplexidade diante conteúdos da experiência cotidiana); critica o saber
dogmático sem apresentar solução acabada; Subversivo antidogmático, cavucador de
opiniões, incomodo para os poderosos, desperta consciências. Filosofia como procura,
não posse da verdade. Ler texto p;19. (Sócrates), p. 21 (Blackburn)

Xerox de textos: p. 13 (Mafalda, Sponville) p.20 Luc Ferry. Ced06eja@gmail.com (e-mail


xerox)

AULA 2 1ºano:

(a) Consciência mítica. Mito, divindades como personificação dos dos elementos da
natureza, virtude e defeitos humanos. Mito como forma mais remota de crença
(não-problematizada até os filósofos), lida com a angústia, o sobrenatural,
desconhecido, perigos. Rapsodos/ Aedos. Epopéia (Homero) e sua função
pedagógica. (Ilíada, Odisseia, Teoonia, cosmogonia).
(b) Nascimento no ocidente? Tales, Pitágoras, Heráclito. (Milagre grego ou
influências orientais, egípcias?) Diferença no modo de proceder filosófico?
Aprofundamento de determinadas questões abstratas e práticas, ‘desvinculando-
se’ do aspecto religioso (argumentação, sistema). Questões que se colocavam:
qual é o ser de todas as coisas, qual o princípio constituinte, algo permanece à
mudança? O que é movimento e mudança? Respostas no logos ou razão
(argumentos, causas naturais). Tales e Pitágoras deram outro rumo para as
matemáticas (elaboração de demonstrações racionais e abstratas – não só ligadas
na prática).
(c) Conjuntura da surgimento da Filosofia: 1.Descoberta da escrita ( fixação de
palavras, maior rigor e clareza, estimula o pensamento e o debruçamento, maior
reflexão e publicação. 2. Moeda (impulsiona os negócios, comércio, nova classe
em ascensão ( contra os aristocratas), caráter racional e convencional de sua
concepção (humana não divina)3. Lei escrita ( convenção, sujeita a discussão) 4.
A pólis e o cidadão (sec VIII-VII): Ágora, debates entre justiça e política
(interesses comuns) – isonomia (igualdade perante a lei), isegoria (igualdade de
direito de palavra). O poder da palavra humana do conflito e da argumentação
em comparação com a divina(mágica). Consolidação da cidade e do cidadão.
(menos domínio) 5. Democracia: sec.V. Assembleia, democracia direta (todos
participavam da eleição). Excluidos ( mulheres, escravos, estrangeiros).
(d) Os pré-socráticos, primeiros filósofos da física. Explicar a origem e ordem do
mundo não por base nos mitos transmitidos, mas por si mesmos, pela razão. Da
cosmogonia e teogonias surge a cosmologia. Princípio(ἀρχή) de todas as coisas:
O que faz com que, apesar de toda mudança, haja algo na realidade que sempre
permanece o mesmo? Multiplicidade e identidade.
Ler reale (p.30)

2ºano:conceitos centrais: lógica, conhecimento, metafísica, consciência, cultura,


religião e artes.

Aula 1 Lógica:texto final tughendhat (177) ‘Por que ética’

(a) Por que estudar lógica? – logos, princípios, regras, normas do pensamento,
argumentação ( trabalho, cotidiano, textos, política, pais-filhos, conversa,
defesas de ponto de vista). Antecedentes. Heráclito, Parmênides, Sofistas e
PLATÃO.. identidade e permanência dos seres (Parmênides), e a mudança e
opostos (Heráclito), somos conduzidos aos campos da lógica, da metafísica e da
ontologia (que tentam considerar os dois como possíveis). Persuasão do
interlocutor: retórica: arte do discurso persuasivo e dialética (como arte das
definições no debate). ARISTÓTELES (mais sistemático na lógica) a vê como
Organon, instrumento para proceder corretamente no pensar (no sentido de
raciocinar, inferir) pensar>lógica (inferências, argumentos, conclusões de
correção): organizador das ideias de maneira mais rigorosa – alcançar
conclusões sem erro. Instrumento da razão para distinguir o verdadeiro/válido do
falso/invalido. Lógica entre Filosofia, Matemática, Computação, Tecnologias:
robótica, IA, eng, de produção, adm, controle de tráfego.
(b) Falácias: falácia (trapaça, engano), paralogismo (raciocínio enganoso não
intencional), sofisma(engano intencional). Justificativas e conclusão;
generalizações de falsas causas; enganos preconceituosos (artifícios
psicológicos). 1.Argumento de autoridade (especialista e não-especialista) -
publicidade;2. Argumento contra o homem(ad hominem): ofender, desvalorizar,
caráter x validade do raciocínio. 3. Generalização apressada. Todos os políticos
são corruptos. Poucos fatos - conclusões generalizantes. 4. Aplicação de uma
regra muito geral(necessária) em circunstância particular (acidental). Legalismo.
5. Irrelevância (desvio do assunto, implica com outros pormenores) 6. Petição de
principio (circulo vicioso) 7. Ambiguidade 8. Falsa causa
(c) Princípios da Lógica:
Fundamentos:
1. Inferência: x  y ; visto que conheço x, posso concluir y como
consequência
2. Coerência: visto que x é assim, é preciso que y seja assim;
3. Conclusão sem Contradição: é preciso que não haja contradição entre o que
sabemos de x e a conclusão y que chegamos;
4. Conclusão com base em conhecimentos suficientes: é preciso que saibamos
o suficiente sobre x para entender y e conhecer por que se chegou a y.

Princípios Lógico): identidade A=A, não-contradição ^(A^~A) (não é possível


A ser e não ser o caso, no mesmo tempo e relação), terceiro excluído Aou~A. (A
como proposição ou enunciado).

Princípio da Razão Suficiente (princípio de causalidade): dado x, houve y; dado


x, é necessário eu y. Princípios com validade universal e necessários (em tudo,
no homem mas também no mundo).

(d) Termo e proposição: objeto da lógica é a proposição: juízos formulados pelo


pensamento. Atribuição de um predicado1 a um sujeito S (S é P)
quantidade(universais ou totais e particulares): todo A é B, Nenhum A é B.
qualidade ( afirmativas ou negativas). Ex: 1) proposição universal afirmativa:
‘Todo cão é mamífero” Ex 2) proposição universal negativa: “Nenhum animal é
mineral”. Ex3) proposição particular negativa “algum metal não é solido’; ex 4)
proposição singular positiva“Sócrates é mortal”: Extensão (gênero, espécie,
indivíduo): diagramas  ‘todo Paulista é Brasileiro’, ‘nenhum brasileiro é
argentino’; ‘ algum paulista é solteiro’; ‘todos os D são C, nenhum C é B, logo
nenhum D é N’
(e) Tipos de argumentação: Indução, Analogia, Dedução.

1
1. Substância (homem, animal) 2. Quantidade (2 metros) 3. Qualidade (branco, grego, agradável) 4.
Relação ( o dobro, metade, maior que) 5. Lugar ( na rua, em casa) 6. Tempo ( ontem) 7. Posição
(sentado, em pé) 8. Posse ( armado) 9. Ação ( corta, fere) 10. passividade( está ferido)
(f) Quadrado de oposições
(g) Silogismo
(h) Lógica Simbólica
(i)

AULA 3ºano:

Conceitos centrais: Ética e Ciência, Política. Revisão História da Filosofia.

Aula1: existência ética. Conteúdos , texto final ‘Descoberta e Justificação’

Recapitulação: habilidades filosóficas (PCNS),

Ética; desigualdade social, justo, injusto, certo, errado, bem e mal, vício e
virtude. grandes questões da vida: do querer, poder e dever (Cortela – aluno de Paulo
Freire). Entre relativismo e universalismo moral: como pensar em princípios da conduta
de vida (boa) humana? Como viver, agir, configurar nossas práticas (indivíduo x
social)? A harmonia e o esforço de unidade. O que vamos fazer aqui é o exame crítico
de várias teorias éticas. Diferença de moral: senso recebido, costumeiro – a prática
(relativa) de uma ética, x pensado na razão, princípios com pretensão universal. Como
organizar e hierarquizar os valores que orientam a conduta? Ética e seu tramite entre
ciências como biologia, antropologia, sociologia, psicologia, economia, pedagogia,
política, direito, desporto. Questões éticas, mas sempre atuais: exploração do trabalho,
tortura, “perversões” sexuais, pobreza, corrupção política, guerra nuclear, terrorismo,
heterocídio, suicídio, eutanásia, desastres ambientais, genética, aborto, xenofobia
(imigração), racismos, massacres, mas também ‘coisas menores’ como cola, mentira,
negligência: O que ensinar condenar moralmente, a partir de uma ética? O papel do
intelecto, razão na ética, pensamento e virtude e suas interações, vontades-emoções e
apetites, convivência, igualdade, dignidade da vida, prática do direito na cidade,
conjunto de valores e princípios que usamos para decidir (julgar e avaliar) e do ser,
existir na escolha e responsabilidade (liberdade) situacional– relação da ética com o
natural, cultural-histórico-político-econômico e a busca por princípios universais –
Schopenhauer: (felicidade) ter, representar, ser. Valores (vida, morte, belo, justo, bem-
mal, bom–mal, nobre), moral-política-costumes, genealogia, comunidade, comunicação,
justiça, o bem, a felicidade, a virtude. Moral (hábitos, costumes, situações concretas
da prática) x Filosofia Moral (ética –princípios, fundamentação, forja dos valores
de bem)
CHAUI

(a)Senso moral: crimes no noticiário, culpados impunes, inocentes julgados,


chacina, estupro, feminicídio, suicídio, uso de tecnologias (genética, animais),
estupro. Horror, aflição e angústia como elementos da vida ética. Eutanásia,
aborto, drogas, corrupção. Sentimentos morais

(b)Consciência moral: comportamento próprio, princípios, valores norteadores,


respostas e justificações perante os outros. O bem, a boa vida. Afastar a dor e
possuir a felicidade (ser, ter, ser aprovado). A liberdade é pressuposta no senso e
na consciência moral. Responsabilidade e má-fé. Existência intersubjetiva.

(c) juízo de fato e de valor: ‘está chovendo’, ‘está seco’, ‘ a chuva é boa’, ‘ a seca
é ruim’, ‘ a chuva é bela’. Juízos de fato – metafísica, ciências (o que é, como
são, por que são) – Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências,
acontecimentos, sentimentos, estados mentais, intenções e decisões, desejáveis,
indesejáveis – valores não são, mas valem: valores se referem ao que deve ser (ao
que é não-indiferente) Juízos morais: acerca do bem, felicidade e liberdade
Consciência moral e senso moral estão imersos na cultura. Diferença dos juízos
de fato e de valor assentam na diferenciação entre natureza (estruturas e
processos necessários que existem por si, ex. fenômenos metereológicos) e
cultura (interpretação humana nas relações de modificação com a natureza,
trabalho, signos, práticas.)

(d)Ética e Violência: como evita-la, controlá-la, formações sociais instituem


padrões de conduta normativos e de relação intersubjetiva garantindo a segurança
física e psíquica de seus membros – conservação do corpo social. Diferença na
definição de violência de uma cultura para outra, mas um fundo comum da
violência é percebido nas várias culturas, de forma que os valores éticos são
erguidos a partir daí. Uso da força física e da coação psíquica para obrigar
alguém a fazer algo contrário a seus interesses, desejos, seu corpo e consciência,
causando danos: loucura, morte, suicídio, mais agressão. Crime, vício e mal
assim como honestidade, virtude e bem (o proibido e o permitido)são definidos
numa cultura a partir da concepção desta de violência (contra indivíduo ou
coletivo). Outras formas de violência: discriminação social, política, sexual. A
pessoa e sua liberdade – não coisa.

(e) Constituintes do campo ético.(agente consciente, sujeito moral – que sabe o


bem e o mal, capaz de julgar e decidir o valor dos atos em conformidade com os
valores morais, sabe julgar com responsabilidade – autoria, não por medo ou
recompensa): sabe quando transgredir o que é imoral e injusto, sabe pesar a
situação, as consequências, os meios e fins, motivações e exigências. Vontade
livre (não estar submetido ao exterior, aos instintos e paixões) – poder fazer,
potência, virtude(excelência). Adesão íntima e livre a uma regra/valor.
Solidariedade, compromisso, reciprocidade.

(f) O Agente Moral (consciência de si e dos outros, vontade, responsável, livre).


Passivo: se deixa levar (pelo medo, pelos outros, pelo instinto, inclinações,
circunstâncias); Ativo: consciente, discute o sentido dos valores, avalia, consulta
a razão, considera sem se submeter, autônomo.

(g) Valores, Fins e Meios éticos. Valores universais para uma comunidade mas
relativos às condições sociais, políticas, históricas, econômicas. Desconstrução
da proposta ‘ os fins justificam os meios’. Fins éticos, meios éticos.

(a2) Ética aplicada e Antecedentes, (ver questões éticas acima), “Tudo que é
tecnicamente possível será ética e socialmente aceitável? O progresso é sempre
desejável, sem que investiguemos suas consequências e seus usos? O trabalho do
cientista é neutro? Multidisciplinar. Ecologia, Bioética, Ética nos negócios.

(b2)o que esperar: Não é fácil nem simples viver moralmente: mais do que a
introjeção irrefletida de normas herdadas, e mais do que a decisão arbitrária
subjetiva, é preciso aprender sobre solidariedade, reconhecimento e dignidade.
Reformar o individuo e a sociedade.

1) ética das virtudes – 2) Ética cristã ( Agostinho ); <ascese, valores transcendentes,


pecado, mal, livre-arbítrio(cristianismo) 3) ética kantiana (dos deveres ou deontológica)

4) ética vital-potencial (Spinoza-Schopenhauer (negação-compaixão) Nietzsche –


afirmação, transvaloração) 5) Ética utilitarista-consequencialista. 6) Existencialismo
(autenticidade e má-fé – Sartre e Heidegger)7) Ética do discurso/ teoria crítica da
sociedade 9) Ética da libertação-emancipação. Ética(s) ou a impossibilidade de uma
ética universal (ideologia, exploração-colonialismo, América-Latina

PCNS: Identidade da Filosofia e Cidadania. Razão, meta-discurso, reflexão


(formação x reflexão): 1) lógica, epistemológica (ciências- natureza) – condições
de possibilidade de competências cognitivas – reconstrução racional – sistemas
de regras 2) cultural, modelos de ação individual e coletiva, ilusões, genealogia,
psicanálise, falsa consciência. Competência geral de fala, leitura e escrita.!
Argumentação, Tradição histórica, análise, reconstrução racional e crítica,
compreensão e posicionamento (dissertar) diante de textos diversos: isso é
cidadania e filosofia . Vocabulário, problemas e estilos de fazer filosofia. Sua
história

Aula 2º ano – Conhecimento, Consciência.


Revisão: Nos acercamos dos pensamentos de alguns filósofos, e
conseguimos tirar alguns conceitos importantes para pensar o conhecimento:
percepção, pensamento, realidade, movimento, identidade, . Heráclito,
Parmênides, Demócrito, Sofistas, Platão, Aristóteles.

Heráclito: filósofo da mudança, harmonia entre polos contrários, diferença, dia-noite,


verão-inverno, ‘é e não é : filósofo do devir’, PERCEPÇÃO (sentidos, experiência) E
PENSAMENTO (razão, inteligência) do Cosmos, os sentidos nos iludem quanto à
permanência, estabilidade e durabilidade. A mudança é real e vista pelo pensamento.

Parmênides – filósofo da permanência, da identidade, imutável ‘ o ser é, o não ser não


é’ filósofo do ser. Perceber x conhecer o ser, pensar, falar. Mudança é ilusória
(sentidos, imagens), permanência real. Se nada permanece (aquilo que permanece
identico a si mesmo) nada pode ser pensado.

Demócrito: os seres sugem pela composição de átomos (seu arranjo e


desaparecimento), (átomos -> sentidos(percepção) -> efeito da combinação dos
átomos). Somente o pensamento pode conhecer os átomos, invisíveis para a
percepção sensória. A percepção sensória é verdadeira mas afastada da maior verdade
do puro pensamento. Percepção < Pensamento

Sócrates e Sofistas: p. 135 chaui, Não é possível conhecer o ser, conhecimento como
opiniões subjetivas – linguagem (persuasão). Verdade é questão de opinião e
persuasão (luta discursiva). LINGUAGEM + importante que percepção e pensamento.
Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade de opiniões e
aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Sofistas (advogados, tribunal): defesa de A e
~A, sem se importar com a verdade, convencimento do maior número, aparências,
probabilidade, x procura da verdade, o que é real, o bem falar – a arte do discurso, da
argumentação como dialética (retórica filosófica) ou erística (como retórica sofística).
Conhecimento nos sofistas pela percepção, opinião de cada um, sem se chegar a
princípios universais imutaveis. Sucesso e satisfação no mundo humano acima da
verdade (divina).

Platão/Sócrates: Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade


de opiniões e aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Conhecimento sensível e inteligível, crença ->
opinião -> pensamento -> ideia, intuição intelectual. Alegoria da caverna Dialética
como modo de vida prático e libertador conhecimento como desvelamento e
libertação: do debate das opiniões, criticismo das posições, das crenças, das
hipóteses, evidências, argumentos, para procura das definições corretas, conceitos e
saber verdadeiro, dialética como busca do conhecimento no desafio do discurso com a
realidade.. Teeteto: crença(percepção, opinião) verdadeira e justificada.
Aristóteles: conceitos como sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem,
raciocínio, intuição (condição para todas demonstrações e raciocínios). Acumulo e
confronto desses elementos. Livros sobre conhecimento: Metafísica e Sobre a Alma.
Conhecimento sensível e racional são diferentes mas articulados. A abstração dos
seres sensívels e das coisas particulares elabora conceitos universais – sem oposição
entre mundo sensível e inteligível. Substância, ato e potência, propriedades essenciais
e acidentais, foma e matéria, causas. Ciência como indicação das causas; primeiras de
todas os seres: causa material, causa formal, causa eficiente, causa final. Superar os
enganos da opinião e compreender a natureza da mudança.

Cristianismo: Teoria do conhecimento rompe com a conexão direta e harmoniosa


entre intelecto e verdade. Para os gregos somos partícipes de todas as formas de
realidade (natureza, divindade). Cultura Judaica: Pecado origina separação com Deus:
como podemos conhecer a verdade? como o finito pode conhecer o infinito? Fé e
razão: verdade de fé (revelação, mistério, escritura), verdade de razão ( por si) A fé
ilumina a razão. Causa da verdade é a inteligência divina, a causa do erro é a vontade
humana. Verdade associada à noção de pessoa e alma (consciência): vontade,
imaginação, memória, inteligência.

Antigos: Como é possível errar, se iludir? Com exceção dos céticos, não
colocavam em dúvida nossa faculdade de conhecer. Se o verdadeiro é o próprio
ser fazendo-se ver em todas as coisas, como o falso é possível se o falso é dizer e
pensar que existe o que não existe? Modernos: Como é possível o próprio
conhecimento da verdade (Descartes, Locke, Bacon)?

Outros conceitos: dogmatismo, ceticismo, criticismo. Empirismo e racionalismo

Questões Possíveis:
1.Caracterize brevemente as concepções de realidade e de conhecimento de Heráclito, Parmênides,
Demócrito, apontando as divergências e convergências existentes entre elas.

2. Como Sócrates se opunha aos sofistas em relação ao conhecimento da verdade? No que consistia a arte
de falar bem para os sofistas e no que consistia a arte de falar bem para o filósofo?

3. Como Platão supera as doutrinas dos pré-socráticos Heráclito e Parmênides? Explique a teoria da
Reminiscência em Platão.

4. Diferencie as posturas de Platão e de Aristóteles com relação à validade e à importância dos


conhecimentos sensíveis e inteligíveis.

5. Pelo que vimos até agora, que conceitos são centrais para entender o problema do
conhecimento em filosofia? Discorra sobre pelo menos três conceitos que constituem o
problema do conhecimento. (movimento, permanência, ser, linguagem, razão, sentidos,
opinião, percepção)
Aula Ética dos deveres. Uma observação sobre a ética cristã: críticas – sua não universalidade
por pertencer a determinada cultura (pacote bíblico tem de ser comprado?), heteronomia,
hipotética interessada das recompensas e punições aos mandamentos. Conjugar o mal e a
bondade divina. KANT:

1. Época, iluminismo. KANT. Teocentrismo medieval substituído por um crescent


antropocentrismo, a reflexão filosófica seculariza-se, volta a privilegiar seu elemento
racional, separado da religião (laica). Ascensão da burguesia e florescimento do comércio,
revolução científica – saber e poder de domínio da natureza. Ilimnismo exaltou a
capacidade humana de conhecer e agir pela luz da razão. Crítica da religião, submissão do
indivíduo à heternomia do preconceito que conduz ao fanatismo. Contra a autoridade, ideal
de tolerância e autonomia do sujeito moral.
2. Crítica da razão pura. Não podemos saber sobre a imortalidade da alma, a liberdade e a
existência de Deus. Não podemos conhecer as coisas metafísicas só as fenomênicas ( o que
é). Critica da razão prática: volta como imperativo – (o que deve ser) a possibilidade da
liberdade enquanto ação moral de vontade e autodeterminação. Reino causal da natureza
x reino dos fins racionais (realidade com modalidade prática).
3. Formalismo moral: ações guiadas por princípios dados pela consciência moral, ou razão
universal prática (e abstrata). Atos bons ou maus, vontade boa – que obedece como um
mandamento a um imperativo racional. Uma ordem – a) imperativo hipotético: ordena uma
ação como meio de alcançar qualquer outra coisa que se queira ou seja, a ação é boa
porque possibilita alcançar outra coisa além dela. Prazer, adquirir coisas, felicidade,
sucesso. B) categórico: o que visa a uma ação necessária por si mesma, a ação é boa em si
sem objetivar outra coisa além de si mesma. Incondicionado, absoluto, realização da ação
tendo em vista o que deve. Exemplo de análise: “Furto” – concepção judaico cristã:
mandamento de Deus. Concepção jusnaturalista: direito natural comum a todos.
Concepção empirista: interesse próprio por evitar o desprazer, censura ou prisão. KANT:
enraíza-se na própria natureza da razão. Ao aceitar o roubo como máxima pessoal para
universal se todos puderem roubar não há como manter o que foi furtado.
4. Felicidade? Não. O agir moral não é norteado por condicionantes como alcançar o céu, ser
feliz ou evitar a dor, ou por qualquer interesse. O imperativo funda-se na razão
desinteressada. Não se trata de algo subjetivista mas elevado à universalidade. “ Age
apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal.” FDmetCOst.
5. O dever, o imperativo: não um dever cego e exterior, mas iluminado e interior ao sujeito
que se auto-determina e livremente assume sua determinação. Autonomia e
universalidade da lei moral ( a consciência em geral). Dignidade: não usar o ser humano
como meio, mas como fim. O que tem preço pode ser trocada por algo com valor
equivalente. (uma coisa). O que tem dignidade tem valor por si mesma e está acima do
preço (ser-aí), ou seja, de uma equalização com mercadoria, coisa trocável, perdendo sua
especificidade própria, sua singularidade, seu hic et nunc, aqui e agora introcável e
intransferível. Reconhecimento racional da dignidade humana. “ age de tal maneira que
uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre e
simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.”
6. Crítica: sujeito abstrato da ação moral
Aula: Ética vital/potencial – Nietzsche; Ética Utilitarista.

1. UTILITARISMO ÉTICO:
a)Época: séc XIX; era do conforto e do bem-estar, (capitalismo, revolução industrial,
tecnologias). Nova ordem econômica e social.
Reformas liberais e revolução socialista se confrontam: discrepâncias entre riqueza e
pobreza. Nesse contexto se desenvolve a teoria utilitarista com intenção de estender os
benefícios a todos.
b) autores: Jeremy Bentham (1748-1832) Stuart Mill (1806-1873) – inclusive Mill
apoiou as sufragistas (sua mulher feminista Herriet Taylor).
c) elementos teóricos:
1. verdade depende dos resultados práticos (consequências) alcançados pela ação mas
sem reduzir grosseiramente verdade à utilidade. Uma proposição é verdadeira quando
funciona, têm consequências que permitem que nos orientemos na realidade.
2. sofrimento das massas oprimidas faz Mill defender a coparticipação na indústria,
representação política de expressões minoritárias, pluralismo, diversidade, liberdade de
expressão.
3. na moral - forma atualizada do hedonismo grego: busca do prazer e princípio da
utilidade: O bem é o que possibilita (produz na prática, util) a felicidade e reduz a dor e
o sofrimento para o maior número de pessoas e cidadãos. Felicidade como prazer e
ausência de dor. Infelicidade como dor ou privação do prazer. Prazer como bem-estar
no capitalismo. P. 210 subsistência, segurança, abundância, eleições periódicas,
sufrágio livre, liberdade de contrato.
4. Críticas e questões em aberto: O que as ideias de dor e prazer incluem? Quais os
prazeres superiores, como conciliar os interesses individuais e coletivos? Bomba
atômica: posso usar qualquer instrumento ou meio para promover como consequência
um suposto ‘conforto coletivo’? Críticas ao sistema de mercado do capitalismo tardio
na democracia indireta.

“ O credo que aceita como fundamento da moral o Útil ou o Princípio


da Máxima felicidade considera que uma ação é correta na medida
em que tende a promover a felicidade, e errada quando tende a
gerar o oposto da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a
ausência da dor; por infelicidade, dor, ou privação do prazer.” Stuart
Mill. O utilitarismo.

Nietzsche e a Ética vital/potencial.

1. Século XVII Spinoza e Hume já levantam críticas à capacidade da consciência dominar as


paixões. Suspeita da Consciência Humana (ilusões da consciência e inconsciência): Marx
(materialismo x religião/ideias), Nietzsche( crítica da moral) Freud (crítica da sexualidade).
2. Nietzsche (1844-1900). O pensamento desse filósofo se orienta no sentido de recuperar as
forças vitais, instintivas, subjugadas pela razão durante séculos.
3. Crítica de Sócrates como racionalista na moral ( acredita no controle racional das paixões. A
moral racionalista tem finalidade repressora e não libertadora.
4. Desconfiança dos instintos acelerou a domesticação do ser humano pelo cristianismo.
5. Faz uma genealogia histórica da moral (que investiga a origem dos valores) e denuncia
mordazmente a incompatibilidade entre essa moral tradicional (racional, cristã) e a vida. Sob
domínio da moral o ser humano se enfraquece tornando-se doentio e culpado. Os instintos
vitais se degeneraram, tudo que é natural e espontâneo nos seres humanos vira vício e
pecado.
Contra a humildade, a bondade e a piedade, o amor ao próximo, Nietzsche antepõe o querer-
viver, o querer-poder das forças vitais dentro de si. Contra uma moral de escravos, antepõe
uma moral dos senhores. Contra uma moral negativa da vida, uma moral afirmativa da vida.
6. Propõe nessa crítica da moral tradicional, uma transvaloração de todos os valores: Qual o valor
dos valores? Questão que remete à criação de valores.
“Se até agora não se pôs em causa o valor dos valores ‘bem e mal’, é porque se supôs que
existiram desde sempre; instituídos num além, encontravam legitimidade num mundo
suprassensível. No entanto, uma vez questionados, revelam-se apenas ‘humanos demasiado
humanos’; em algum momento e em algum lugar, simplesmente foram criados.” MARTON,
Scarlett.Nietzsche, a transvaloração dos valores. Valores criados se naturalizam e ficam
inquestionáveis, tornam-se conceitos abstratos.
7. Moral de escravos: herdeira de Sócrates-Platão e do judaico-cristianismo, baseada na
subjugação dos instintos pela razão. Os fracos ou ressentidos dominam os fortes pela moral
(dever, castigo). O homem-fera é domesticado - vira cordeiro. A moral plebeia estabelece o
‘bem’ e o ‘mal’ como valores metafísicos, transcendentes, independentes da concretude
vivida, inquestionáveis. Nega os valores vitais; quer paz, repouso (passividade). Diminui a
potência do indivíduo. Ideal ascético é um ressentimento contra a vida, e uma má-consciência
– sentimento de culpa. Sentimento voltado contra si – noção de pecado, inibe a ação.
Mortificação (não a vida) e um além-mundo. Práticas altruístas ‘desinteressadas’ destroem o
amor de si, domesticando os instintos e uniformizando tudo.
8. Moral de senhores: Moral que visa à conservação e expansão da vida e seus instintos
fundamentais. Ética dos melhores. Modelo: guerreiros belos e bons da sociedade grega,
guerra, combate, disputas pela gloria, fama, coragem. Sim à vida. Exalta a capacidade de
criação as forças plásticas, plenas, de invenção cujo resultado é alegria e afirmação da potência
(virtude, capacidade, poder, vigor, autorrealização). O homem tem de se superar (enquanto
animal doméstico) e reavaliar os valores (ir para além do bem e do mal), desprezar os valores
que diminuem a vida, criar outros mais comprometidos com a vida (transconsciência
dionisíaca) . Dimensão das forças, instintos e vontade de potência é fundamental. “ O que é
bom? Tudo o que intensifica no homem o sentimento de potência, a vontade de potência, a
própria potência. O que é mau? Tudo que provém da fraqueza.” Vontade de poder quer dizer
dizer sim ao mundo, recuperando as forças vitais entorpecidas e se auto-superando e auto-
realizando valores vitais e potentes, criadores, emancipadores – livres.
9. Críticas: Nietzsche Niilista e amoral, extremo individualista?
10. Além do bem e do mal. 171, 115, 154

Diferença entre sofistas, céticos, dogmáticos:


Ser -------------------linguagem/pensamento humano (logos)

Sofista: σοφιστής conceito polimorfo. Podem ser filósofos num sentido positivo, mas num
sentido negativo um professor de retórica erística (argumentos falaciosos – que parecem
válidos mas não são, que parecem sábios mas não são): arte de vencer um debate público ou
privado (sem precisar ter razão). Sabichões de tudo através dessa pseudoarte 2 (astronomia,
meteorologia, questões científicas, acerca do ser e do vir a ser, legislação, letras, artes, crítica
literária), ensinavam por dinheiro ‘tudo’ – ou ‘a virtude’, como ser melhor em tudo, ou pelo
menos a aparência de saber acerca de algum debate (na praça, no tribunal, na rua, em casa)
para vencê-lo, através de rotinas e artifícios ( e expedientes enganos) – ter sucesso, sem bem
sucedido. Competiam em escolas, por fama, riqueza e alunos. A verdade em si não existe
(Górgias diz, o ser não existe). O que existe são as opiniões subjetivas de cada um com suas
percepções e achismos. O que determina a verdade é o jogo dessas opiniões através da
linguagem do plausível persuasivo. A maioria persuadida é que determina a verdade em
situações práticas na vida pública e privada. A verdade, ‘o’ conhecimento verdadeiro não
existe e ao mesmo tempo é tudo que parece ser (conhecimento relativo ao jogo de opiniões e
método da persuasão discursiva). Podem manipular a verdade inclusive (defendendo o que é
falso) Demagogos com habilidade de enganar o povo - antilógicos. Protágoras (só ensinava o
que os alunos queriam aprender), Górgias (só ensinava retórica). Menos debatedores ,
pesquisadores: mais performáticos monológicos, exibidores (cobravam para declamar seus
discursos). Mas como a retórica poderia ajudar alguém em carpintaria, ou a ser um
comandante militar exitoso? Como ensinar a virtude? Personalidade, experiência, inteligência
e aptidão naturais se ensinam?

Cético: σκέψις, investigação usa a razão contra ela mesma no sentido de duvidar de suas
capacidades, suas possibilidades de atingir a certeza absoluta (seja na lógica, na matemática,
na experiência presente), o conhecimento verdadeiro. Não é possível atingir um conhecimento
absolutamente seguro e verdadeiro. Não há conhecimento nem justificação. Górgias como
cético e ‘sofistas’ também?: sua maneira de ser cético diz que o ser, a realidade, não se deixa
desvelar pelo pensamento nem pela linguagem. Pirro como exemplo de filósofo da suspenção
de juízo diante das incertezas – que nem afirma que o conhecimento é possível nem que é
impossível – continua investigando purificando os dogmas e praticando uma ataraxia. Se o
conhecimento implicasse certeza, conheceríamos muito pouco. Pois só temos certezas de
tautologias (a=a) ou ‘eu exito’, ‘ eu tenho crenças’. Certezas como garantias, certificados,
mandatos para proposições. O sentido de certeza depende do seu contexto (certezas lógicas,
metafísicas, morais). Sócrates e sua modéstia no conhecimento como certo ceticismo também!
‘não é possível conhecer’  isso é certo?

Dogmático: No senso comum designa certezas não questionadas do cotidiano (ex. dogmas
religiosos) que se admite certo e abdica-se da dúvida. Resiste ao diálogo, petrificado e
cristalizado em crenças como algo acabado. Teme o novo e tenta impor seu ponto de vista.
2
Se a retórica não tem nenhum tópico em específico, não pode ser considerada uma arte ou ciência
universal, nem ao menos arte ou ciência.
Intransigência e prepotência podem se associar ao dogmático na política por exemplo em
determinada ideologia, negando o pluralismo – diferentes pontos de vista. Ditadura por ex.
censura, repressão, etc.

No sentido filosófico: A filosofia não é uma crítica? Mas alguns filósofos possem um conjunto
de crenças ou dogmas, uma doutrina, conjunto de ensinamentos. Ou num sentido filosófico,
propõe uma doutrina positiva. Estão convencidos que a razão pode alcançar a certeza
absoluta. Ou que algo pode ser conhecido. Alguns postulam conhecimentos não-evidentes.

Aula 1º ano : Sócrates, Período Antropológico.

Sócrates e Sofistas: p. 135 chaui, Não é possível conhecer o ser, conhecimento como
opiniões subjetivas – linguagem (persuasão). Verdade é questão de opinião e
persuasão (luta discursiva). LINGUAGEM + importante que percepção e pensamento.
Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade de opiniões e
aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Sofistas (advogados, tribunal): defesa de A e
~A, sem se importar com a verdade, convencimento do maior número, aparências,
probabilidade, x procura da verdade, o que é real, o bem falar – a arte do discurso, da
argumentação como dialética ou como retórica sofística. Conhecimento nos sofistas
pela percepção, opinião de cada um, sem se chegar a princípios universais imutaveis.
Sucesso e satisfação no mundo humano acima da verdade (divina).

Platão: Da imposição das palavras, da ilusão dos sentidos e da multiplicidade de


opiniões e aparências, para, através do método, ironia, exame, maieutica, chegar ao
desvelamento da essência e do conceito. Conhecimento sensível e inteligível, crença ->
opinião -> pensamento -> ideia, intuição intelectual. Dialética como modo de vida
prático: do debate das opiniões, criticismo, das crenças, das hipóteses, evidências,
argumentos, para procura das definições corretas, conceitos e saber verdadeiro,
conhecimento e o desafio do discurso. A alegoria da Caverna, conhecimento como
desvelamento e libertação. Teeteto: crença(percepção, opinião) verdadeira e
justificada.

Sofista: σοφιστής conceito polimorfo. Podem ser filósofos num sentido positivo, mas num
sentido negativo um professor de retórica erística (argumentos falaciosos – que parecem
válidos mas não são, que parecem sábios mas não são): arte de vencer um debate público ou
privado (sem precisar ter razão). Sabichões de tudo através dessa pseudoarte 3 (astronomia,
meteorologia, questões científicas, acerca do ser e do vir a ser, legislação, letras, artes, crítica
literária), ensinavam por dinheiro ‘tudo’ – ou ‘a virtude’, como ser melhor em tudo, ou pelo
menos a aparência de saber acerca de algum debate (na praça, no tribunal, na rua, em casa)
para vencê-lo, através de rotinas e artifícios ( e expedientes enganos) – ter sucesso, sem bem
sucedido. Competiam em escolas, por fama, riqueza e alunos. A verdade em si não existe
(Górgias diz, o ser não existe). O que existe são as opiniões subjetivas de cada um com suas
percepções e achismos. O que determina a verdade é o jogo dessas opiniões através da
linguagem do plausível persuasivo. A maioria persuadida é que determina a verdade em
situações práticas na vida pública e privada. A verdade, ‘o’ conhecimento verdadeiro não
existe e ao mesmo tempo é tudo que parece ser (conhecimento relativo ao jogo de opiniões e
método da persuasão discursiva). Podem manipular a verdade inclusive (defendendo o que é
falso) Demagogos com habilidade de enganar o povo - antilógicos. Protágoras (só ensinava o
que os alunos queriam aprender), Górgias (só ensinava retórica). Menos debatedores ,
pesquisadores: mais performáticos monológicos, exibidores (cobravam para declamar seus
discursos). Mas como a retórica poderia ajudar alguém em carpintaria, ou a ser um
comandante militar exitoso? Como ensinar a virtude? Personalidade, experiência, inteligência
e aptidão naturais se ensinam?

*Atenas centro político, cultural e comercial da Grécia. Participação nas assembleias


leva à disputa verbal, o cidadão precisava persuadir os demais, ser bom orador, falar
em público. Do ideal de educação do jovem guerreiro , tem-se uma mudança para o
ideal de formação do cidadão. Opinião, deliberação, discussão. Quem dava essa

3
Se a retórica não tem nenhum tópico em específico, não pode ser considerada uma arte ou ciência
universal, nem ao menos arte ou ciência.
educação? Sofistas (Protágoras, Górgias, Isócrates). Os cosmologos não falam nada útil
para a cidade e se envolvem em erros e contradições. Mestres de retórica – arte da
persuasão – ganhar a discussão sem precisar em razão.

Sócrates se rebela contra os sofistas: dizendo que não eram filósofos, não tinham amor
pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia desde que
lucrassem com isso. Faziam o erro e a mentira valerem enquanto verdade. Concorda
com os sofistas no ideal de educação e contra os cosmologos.

“Antes de querer conhecer a natureza e persuadir os outros, é preciso conhecer a si


mesmo”.

O que é a justiça, a beleza, a coragem, a amizade, o amor? Sócrates fazia perguntas


sobre as ideias, práticas e valores em que os gregos acreditavam saber. Suas perguntas
deixavam eles embaraçados ‘o que é’- qual o fundamento acional para o que você diz
e pensa?. Sócrates não respondia por elas: ‘só sei que nada sei’, por isso estou
perguntando. A consciência da própria ignorância como começo da filosofia. Sócrates
procurava a definição dos valores, o conceito, aquilo que são em si mesmos, a
essência. Sentidos, opinião (mutáveis, variáveis) x Trabalho do Pensamento (verdade
intemporal, universal, necessária).

Sócrates contra o poder: os poderosos não querem que as pessoas pensem. Melhor
que elas aceitem tudo como é, ou como fazem-nos acreditar que seja. Sócrates é um
perigo, faz a juventude pensar, acusam ele de corromper a juventude, desrespeitar os
deuses. Querem fazê-lo parar de filosofar. Sòcrates prefere morrer a parar de filosofar:
uma vida não examinada não vale a pena ser vivida.

1) Filosofia se volta a questões humanas (ação, comportamentos, ideias, crenças, valores, moral e
política)
2) Pensamento racional, conhecer-se a si mesmo, refletir
3) Encontrar a verdade e a capacidade de conhecer (o pensamento oferece critérios)
4) Encontrar a definição, o conceito, a essência para além da variedade de opiniões contrárias e
diferentes.
5) Opinião/imagens/sentidos/hábitos/tradição/interesse x conceito/ideia (essência inteligível,
pensamento puro.
6) Trabalho do pensamento (dialética) como purificação dos preconceitos, conhecer a verdade
( imutável, universal, necessária)
7) Contra os sofistas pois opiniões e percepções são fontes de erro, mentira, não podem ser
usados para persuasão. Pensamento e conhecimento verdadeiro.
Aula terceiro ano –Política:

Cap. 32 – Inicio da vida política Cap 33 – As filosofias políticas Cap. 17 – Política, para quê? Cap.
19- Política normativa.

Introdução à Filosofia Política (Sponville). Conceitos iniciais.


A filosofia política: senso comum ( seja mais político – seja mais negociador?); falamos de
política da empresa, da escola, do clube, como regras ou estruturas internas. Politicagem como
a política num sentido pejorativo ( sentido atribuído por causa dos incessantes denúncias e
escândalos de corrupção na política).

Política, do grego – pólis, cidade. Filosoficamente a arte de governar, gerir o destino da cidade
de forma a garantir a vida boa, bela, justa e livre.. Várias concepções no decorrer da história.
Alguns Conceitos como ação, poder, força e violência, autoridade, coerção, persuasão, Estado,
governo.

Poder: capacidade agir, influênciar, produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos. 2
polos Aquele que exerce o poder e aquele que obedece. Na política, trata-se de conjuntos de
relações pelas quais indivíduos e grupos interferem na atividade de outros indivíduos e grupos.
Instrumento do poder – força ( em sentido não físico): Gérard Lebrun, pág.221 Marias. O que
nos interessa é pensar a questão do poder de Estado,

Poder de Estado: instância tida como própria para exercício do poder político em várias áreas
da vida pública (pensar nessa Escola pública, estatal, que vocês estão). O monopólio da força
física pode ser necessário para o funcionamento da ordem social, apesar de não ser suficiente
para preservar o poder. A legitimidade do poder é fundamental (consentimento dos
governados) caso contrário (quando não há legitimidade, obediência) há resistência justificada
contra o estado vigente. Estados teocráticos: poder legítimo vem da vontade de Deus;
Monarquias hereditárias: poder transmitido de geração em geração por tradição; Aristocracia:
apenas os melhores mandam (melhores em riqueza, linhagem, força, saber); Democracia:
poder legítimo nasce da vontade do povo.

Institucionalização do Poder: Modernidade – leis, pactos sociais (contratos, consensos da


população), impostos, exército, polícia, sistema jurídico-penal. O monopólio da força permitiu
a retirada do poder de grupos ou indivíduos de fazerem justiça com as próprias mãos – ganho
no processo civilizatório. Legitimidade das instituições, o poder legítimo, baseada no estado de
direito (leis estabelecidas, constituição).

Democracia:

Totalitarismos:

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