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APRESENTAÇÃO
A disciplina Legislação Institucional visa a capacitação dos policiais militares do Estado de Goiás e
será coordenado pelo Comando da Academia de Polícia Militar do Estado de Goiás. É uma disciplina de
aperfeiçoamento profissional com carga horária de 30h.
CONTEÚDOS
MÓDULO I - LEI Nº 8.033, DE 02 DEZEMBRO DE 1975
Aula 1 - Generalidades e Do Ingresso na Polícia Militar
Aula 2 - Da Hierarquia e da Disciplina, Do Cargo e Função Policiais Militares
Aula 3 - Das Obrigações e dos Deveres Policiais-Militares
Aula 4 - Do Compromisso Policial-Militar, Do Comando e Da Subordinação
Aula 5 - Da Violação das Obrigações e dos Deveres
Aula 6 - Dos direitos e das prerrogativas dos Policiais Militares
Aula 7 - Das Situações Especiais e do Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo
Aula 8 - Do Tempo de Serviço e das Recompensas e Dispensas do Serviço
Aula 9 - Disposições Finais
MÓDULO II - LEI Nº 15.704, DE 20 DE JUNHO DE 2006
Aula 1 - Disposições Iniciais e Das promoções
Aula 2 - Dos quadros de acesso e do Teste de Avaliação Profissional
Aula 3 - Da Ficha de Pontuação e Das comissões de Promoção de Praças
Aula 4 - Dos recursos e Disposições finais
COMANDO DA ACADEMIA DE POLICIA MILITAR
Núcleo de Informática e Ensino a Distância do CAPM
Rua 252 nº 21 St. Leste Universitário CEP 74.603-240 Goiânia-GO
Fone: (62) 32011790 Fax: (62) 32011606 - Emails: ead@pm.go.gov.br / ead.apmgo@gmail.com
MÓDULO III - LEI 19.969, DE 11 DE JANEIRO DE 2018
Aula 1 – Contextualização
Aula 2 – Das Sanções
Aula 3 – Da Sindicância
Aula 4 – Do Processo Administrativo
MÓDULO IV - DECRETO Nº 8.896, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2017
Aula 1 – Considerações gerais
Aula 2 – Dos principais fardamentos
Aula 3 - Das peças complementares
Aula 4 – Dos distintivos e das insígnias
Aula 5 - Conceitos gerais sobre os atos administrativos
INSTRUÇÕES METODOLÓGICAS
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino da Distância na qual o discente deverá efetivar a
leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas no plano de tutoria, incluindo a
avaliação via sistema que exige aproveitamento mínimo de 70%, a fim de validar a aplicação da prova escrita
presencial referente ao conteúdo ministrado.
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do conhecimento
produzido, visando à compreensão da Legislação Institucional e suas fundamentações legais vinculadas a
Policia Militar do Estado de Goiás, através de aulas expositivas e estudo de textos pertinentes ao tema.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Generalidades
Como se sabe, todo arcabouço jurídico federal referente às polícias militares dos estados remetem à
determinação de que estas instituições serão reguladas por estatutos próprios. Desse modo, cada estado tem
sua polícia militar regida por lei estadual específica, o que no caso da Polícia Militar do Estado de Goiás é a
Lei 8.033/1975, (Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Goiás) que regula a situação, as obrigações, os
deveres, direitos e prerrogativas dos Policiais Militares Goianos.
Assim, apesar de ser considerada, por força da legislação federal, força auxiliar e reserva do Exército
Brasileiro, a Polícia Militar que é uma instituição permanente e regular, possui também, subordinação
estritamente operacional ao Secretário da Segurança Pública do Estado.
Já, em relação aos seus integrantes, em razão de sua destinação Constitucional de manutenção da
ordem pública do Estado, constituem uma categoria especial de servidores públicos denominados policiais
militares.
Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes situações:
I - Na ativa:
a) os Policiais-Militares de carreira, aqueles que que, no desempenho voluntário e permanente do serviço
Policial-Militar, tem vitaliciedade assegurada ou presumida.
b) os incluídos na Polícia Militar voluntariamente durante os prazos a que se obrigarem a servir;
c) os componentes da reserva remunerada quando convocados para o serviço ativo, em caráter transitório e
mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do Estado, desde que haja conveniência para o serviço.
(Aplica-se também aos Oficiais e Praças da Reserva não Remunerada e ao Policial Militar licenciado a pedido,
conforme regulamento a ser baixado pelo Chefe do Poder Executivo-Lei nº 19.122, de 15-12-2015, art. 13)
d) os alunos de órgãos de formação de Policiais-Militares da ativa.
II - Na inatividade:
a) na reserva remunerada, sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação;
b) reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados, definitivamente,
da prestação de serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do Estado.
Na carreira policial militar, o policial da ativa exerce a atividade policial militar, que é continuada e devotada
as finalidades da Polícia Militar, compreendida pelo serviço policial militar, englobando todos os encargos
previstos e relacionados com a manutenção da ordem pública.
A condição jurídica dos policias militares, além deste estatuto, é definida também constitucionalmente e por
outros dispositivos legais que lhes outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres e obrigações.
O ingresso na Polícia Militar é facultado a todos os brasileiros, sem qualquer distinção, mediante
inclusão, matrícula ou nomeação, observadas as condições legais e os regulamentos da Corporação.
Especificamente, este regulamento trata apenas das condições de ingresso no Quadro de Oficiais,
sendo o ingresso na carreira das praças tratado o MÓDULO II, no estudo da Lei 15.704/06, que institui o plano
de carreira das praças.
Assim, para ingresso no Quadro de Oficiais da Polícia Militar – QOPM, (que se dará no Posto de 2º
Tenente) do Estado de Goiás exigir-se-á que o candidato:
I - tenha sido aprovado em concurso público, ao qual somente poderão inscrever-se bacharéis em
Direito;
II - seja considerado habilitado em exames de capacidade física e de avaliação psicológica, ambos de
caráter eliminatório;
III - tenha comportamento irrepreensível e conduta ilibada, comprovados através de investigação
social;
IV - goze de saúde física e mental, comprovada por Junta Médica Oficial;
V - tenha idade não superior a 32 (trinta e dois) anos completados até o último dia previsto para a
inscrição no respectivo concurso público;
VI - logre aprovação e classificação em curso de formação de oficiais, com duração mínima de 2 (dois)
anos, o qual o candidato realizará a condição de Cadete;
VII - não tenha exercido atividades prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional.
Nesta aula trataremos da hierarquia e da disciplina, que são os pilares e a base institucional da Polícia
Militar, bem como de algumas especificidades inerentes ao cargo e da função policial militar.
Da Hierarquia e da Disciplina
Capitão PM
1º e 2º Tenente
Círculo de Praças
Posto é o grau hierárquico do Oficial, que é coferido pelo Governador e graduação é o grau
hierárquico da Praça, que é coferido pelo Comandante Geral da Polícia Militar. A antigüidade no posto ou na
Cargo Policial Militar será exercido por Policial Militar em serviço ativo e se encontra especificado
nos Quadros de Organização ou em outras disposições legais, correspondendo a um conjunto de atribuições,
deveres e responsabilidades que se constituem em obrigações do respectivo titular. Essas obrigações devem
ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação
específicas.
Será considerado vago o cargo, a partir de sua criação e até que um Policial Militar tome posse ou
desde o momento em que o Policial Militar exonerado, dispensado ou por determinação expressa de autoridade
competente o deixe. São também considerados vagos ou cargos Policiais Militares cujos ocupantes tenham
falecido, sido considerados extraviados ou considerados desertores.
Quanto à Função Policial Militar, é o exercício das obrigações inerentes ao cargo Policial Militar.
As obrigações que devido às suas características não são catalogadas como posições tituladas em
Quadro de Organização são cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade Policial
Militar ou de natureza Policial Militar.
Nesta aula veremos algumas considerações a respeito do cumprimento das obrigações policiais
militares, que se manifesta pela observância do valor e da ética policial militar, como também, acerca do dever
policial militar, consubstanciado pela dedicação integral ao serviço policial militar.
O cumprimento das obrigações policiais militares se manifesta pela observância do valor e da ética
policial militar.
I - a dedicação integral ao serviço Policial Militar, que sujeita o Policial Militar à jornada mínima de
40 (quarenta) horas semanais de trabalho, e a fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com o sacrifício
da própria vida (A Portaria nº 2550/2012 estabelece a carga horária máxima de 42 horas semanais).
II - o culto aos símbolos nacionais;
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.
Esta aula tratará do compromisso de honra que todo cidadão presta ao ingressar na Polícia Militar,
bem como de considerações referentes ao comando e subordinação.
Todo cidadão após ingressar na Polícia Militar mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará
compromisso de honra, que terá caráter solene e será prestado na presença de tropa. Neste compromisso ele
afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres Policiais-Militares e manifestará a sua firme
disposição de bem cumpri-los.
O compromisso das Praças terá os seguintes dizeres:
"Ao ingressar na Polícia Militar do Estado de Goiás, prometo regular a minha conduta pelos preceitos
da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me
inteiramente ao serviço Policial Militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo
com o risco da própria vida".
O compromisso do Aspirante a Oficial terá os seguintes dizeres:
"Ao ser declarado Aspirante a Oficial da Polícia Militar, assumo o compromisso de cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao serviço
COMANDO DA ACADEMIA DE POLICIA MILITAR
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Rua 252 nº 21 St. Leste Universitário CEP 74.603-240 Goiânia-GO
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Policial Militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria
vida".
O compromisso do Oficial terá os seguintes dizeres:
"Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra prometo cumprir os deveres de oficial da Polícia
Militar do Estado de Goiás e dedicar-me inteiramente ao seu serviço".
Do Comando e Da Subordinação
Entende-se comando como sendo a soma de autoridade, deveres e responsabilidade de que o Policial
Militar é investido le galmente, quando conduz homens ou dirige uma organização Policial Militar. Está
vinculado ao grau hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o Policial Militar se
define e se caracteriza como chefe.
O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício do Comando, da Chefia e da Direção das
organizações Policiais-Militares, sendo auxiliados por subtenentes e sargentos na sua atividade, quer no
adestramento e no emprego dos meios, quer na instrução e na administração, podendo, também, ser
empregados na execução de atividades de policiamento ostensivo peculiares à Polícia Militar.
As Praças Especiais devem observar as prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes,
exigindo-se lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional, enquanto os cabos e
soldados são, essencialmente, os elementos de execução.
Essa aula trata da violação das obrigações e dos deveres militares e suas consequências, traçando
também algumas considerações relativas aos procedimentos adotados para a apuração e julgamento destes
desvios.
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Da Violação das Obrigações e dos Deveres
A violação das obrigações ou dos deveres por um policial militar poderá constituir crime ou
transgressão disciplinar, sendo a violação dos preceitos éticos tão mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer, podendo acarretar para o policial militar responsabilidade funcional,
pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação específica. A apuração dessas responsabilidades poderá
concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo e pela incapacidade para o exercício das
funções Policiais Militares a ele inerentes.
Lembrando, que aos policias militares são proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre
atos de superiores, quanto as de caráter reivindicatório.
O policial militar que se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade para o exercício
das funções policiais militares a ele inerentes, será afastado do cargo, sendo autoridades competentes para
determinar esse afastamento o Governador do Estado, o Comandante Geral da Polícia Militar e os
Comandantes, os Chefes e os Diretores de OPM, na conformidade da legislação ou regulamentação da
Corporação.
No caso do cometimento de crimes militares, assim considerados como aqueles definidos em lei como
militares a Justiça Militar Estadual será o órgão competente para processar e julgar os policiais militares,
aplicando-se, no que couber, as disposições estabelecidas no Código Penal Militar e Código de Processo Penal
Militar.
Quando a violação corresponder a uma transgressão disciplinar, que será assim especificada e
classificada pelo Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, o policial estará sujeito às penas disciplinares,
que, caso sejam de detenção ou prisão não podem ultrapassar trinta (30) dias.
Esta aula trataremos dos direitos dos policiais militares, em especial aqueles relacionados a sua
condição como trabalhador, e também de suas prerrogativas, enquanto categoria especial de servidores
públicos.
É também direito do policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato
administrativo ou disciplinar de superior hierárquico, recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou
representação, segundo legislação vigente na Corporação. Na esfera administrativa esse direito prescreverá em
quinze (15) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que decorra da
composição de Quadro de Acesso. (Obs.: Art. 27 da Lei nº 15.704/06, estabelece prazo de 05 dias esta mesma
situação)
Os policiais militares alistáveis são elegíveis, sendo que, se tiverem menos de cinco (05) anos (CF/88:
menos de 10 anos) de efetivo serviço será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo, mediante
demissão ou licenciamento “ex ofício”. Já o policial militar em atividade, com cinco (5) ou mais anos (CF/88:
10 anos ou mais) de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo eletivo, será afastado, temporariamente do serviço
ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular. Se eleito, será, no ato da
A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos Policiais Militares
para o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior. Será efetuada pelos critérios de
antiguidade e merecimento ou, ainda, por bravura e "post mortem" e, em casos extraordinários, poderá haver
promoção em ressarcimento de preterição.
Embora este estatuto diga que não haverá promoção de policial militar por ocasião de sua transferência
para a reserva remunerada ou por ocasião de sua reforma, esta previsão se encontra na Constituição Estadual,
determinando que o militar da ativa fará jus à promoção ao posto ou graduação imediatamente superior, se
contar com pelo menos 30 (trinta) anos de serviço, se homem e 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se mulher.
Também é direito dos policiais militares, as férias, que são afastamentos totais do serviço, anuais e
obrigatoriamente concedidas para descanso, competindo ao Comandante Geral da Polícia Militar a
regulamentação da sua concessão.
Somente em casos de interesse da Segurança Nacional, de manutenção da ordem de extrema
necessidade de serviço ou de transferência para a inatividade, os Policiais Militares terão interrompido ou
deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito.
As férias anuais são remuneradas com um terço a mais do que o estipêndio normal e, quando devidas
e não gozadas, integrais ou proporcionais, serão indenizadas nos casos de passagem do policial militar para a
inatividade ou de seu desligamento, voluntário ou não, das fileiras da corporação ( Lei nº 18.062, de 26-06-
2013, art. 1º).
A interrupção da licença especial ou de licença para tratar de interesse particular poderá ocorrer em
caso de mobilização e estado de guerra, em caso de decretação de estado de sítio, para cumprimento de sentença
que importe em restrição da liberdade individual, para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulado
pelo Comandante Geral da Polícia Militar e em caso de pronúncia em processo criminal ou indicação em
inquérito Policial Militar, a juízo da autoridade que efetivar a pronúncia ou a indicação.
Das Prerrogativas dos Policiais Militares
As prerrogativas dos Policiais Militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas
aos graus hierárquicos e cargos, entre as quais estão o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e
emblemas Policiais Militares da Polícia Militar, correspondentes ao posto ou à graduação, honras, tratamentos
e sinais de respeito que lhes sejam asseguradas em leis ou regulamentos, o cumprimento de pena de prisão ou
detenção somente em organização Policial Militar cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência
hierárquica sobre o preso ou detido e julgamento em foro especial, nos crimes militares.
Os uniformes da Polícia Militar, com seus distintivos, insígnias e emblemas são privativos dos
Policiais Militares e representam o símbolo da autoridade Policial Militar com as prerrogativas que lhes são
inerentes.
O Policial Militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos,
emblemas ou às insígnias que ostente.
Nesta aula trataremos de algumas situações em que o policial militar poderá se encontrar durante sua carreira,
bem como das formas de desligamento e exclusão do serviço ativo.
A agregação é a situação na qual o Policial-Militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica
do seu Quadro, nela permanecendo sem número. Entre as diversas situações de agregação está a do policial
que se candidata a cargo eletivo contando mais de 10 anos de efetivo serviço, sendo contada a partir da data
do registro como candidato até sua diplomação ou seu regresso à Corporação, se não houver sido eleito.
É considerado ausente o Policial Militar que por mais de vinte e quatro (24) horas consecutivas deixar
de comparecer, sem comunicar qualquer motivo de impedimento ou aquele que se ausentar, sem licença, da
organização Policial Militar onde serve ou local onde deve permanecer. Já a deserção será considerada nos
casos específicos previstos na legislação penal militar.
Conforme consta do Art. 85 da Lei 8.033/75, o desligamento ou exclusão do serviço ativo da Polícia
Militar é feito em consequência de:
I - transferência para a reserva remunerada;
II - reforma;
III - demissão;
IV - perda do posto ou patente;
V - licenciamento;
VI - exclusão a bem da disciplina;
VII - deserção;
VIII - falecimento; e
IX - extravio.
A reforma é a passagem do policial militar à situação de inatividade e se efetua “ex officio”, dentre
outras situações, quando o policial militar atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos ou for julgado
incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia Militar.
A exclusão a bem da disciplina será aplicada "ex officio" ao Aspirante a Oficial PM ou às Praças com
estabilidade assegurada:
I - sobre os quais houver pronunciado em sentença o Conselho Permanente de Justiça, por haverem
sido condenados em sentença passada em julgado por aquele conselho ou tribunal civil à pena restritiva de
liberdade individual superior a dois (2) anos ou, nos crimes previstos na legislação especial concernente à
Segurança Nacional, à pena de qualquer duração;
II - sobre os quais houver pronunciado tal sentença o Conselho Permanente de Justiça, por haverem
perdido a nacionalidade brasileira; e
III - que incidirem nos casos que motivarem o julgamento pelo Conselho de Disciplina e forem
considerados culpados.
É da competência do Comandante Geral da Polícia Militar o ato de exclusão a bem da disciplina do
Aspirante a Oficial PM, bem como das Praças com estabilidade assegurada.
A Praça excluída a bem da disciplina não terá direito a qualquer remuneração ou indenização.
Nessa aula traçaremos considerações sobre o tempo de serviço, bem como sobre as recompensas e dispensas
a que estão sujeitos os policiais militares.
Do Tempo de Serviço
Os Policiais Militares começam a contar tempo de serviço na Polícia Militar a partir da data de sua
inclusão, matrícula em órgão de formação de Policiais Militares ou nomeação para posto ou graduação na
Polícia Militar.
É importante observar que, na apuração do tempo de serviço do Policial Militar será feita a distinção
entre tempo de efetivo serviço e anos de serviço.
Disposições Finais
O Estatuto do Policial Militar veda o uso, por parte de organização civil, de designações que possam
sugerir sua vinculação à Polícia Militar.
São adotados na Polícia Militar do Estado em matéria não regulada na legislação estadual, as leis e
regulamentos em vigor no Exército Brasileiro, no que lhe for pertinente.
Ao Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Goiás serão ajustados todos os dispositivos legais e
regulamentares a ele pertinentes.
EXERCÍCIOS
1 - Sobre a Polícia Militar, julgue os itens a seguir em verdadeiro ou falso:
( F ) É força auxiliar e reserva das Forças Armadas;
( V ) A Polícia Militar é uma instituição permanente e regular;
( V ) Possui também, subordinação estritamente operacional ao Secretário da Segurança Pública do Estado;
(F) Já, em relação aos seus integrantes, em razão de sua destinação Constitucional de manutenção da ordem
pública do Estado, constituem uma categoria militar de servidores públicos denominados policiais militares.
Nesta aula veremos considerações gerais sobre o plano de carreira das praças, que estabelece critérios
e requisitos para o ingresso na corporação, como também a finalidade, as condições, vagas e forma de
processamento das promoções.
Disposições Iniciais
O ingresso no cargo inicial da carreira de Praça dar-se-á mediante aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, que compreenderá:
II – Provas de aptidão física e mental, mediante testes físicos, exames médicos e psicológicos, na forma
prevista em Edital, ambas de caráter eliminatório;
Neste ponto é importante lembrar, que de acordo com as alterações trazidas pela Lei nº 20.421, de 07-
03-2019, art. 2º, "I", considera-se inicial da Carreira de Praças a graduação de soldado de 2ª classe.
Destaca-se que, para aqueles que desejam ingressar na corporação, são exigidos requisitos para a
inscrição no concurso, a saber:
I – Ser brasileiro;
VII – Ter concluído curso superior. (Redação dada pela Lei nº 16.303, de 04-07-2008.)
Para fins do concurso, considera-se título a prestação, pelo período mínimo de dois anos, de serviço
auxiliar voluntário na Corporação, sendo a ascensão às demais graduações da Carreira de Praça decorrente de
promoção ao grau hierárquico imediatamente superior, de acordo com os critérios estabelecidos nesta em lei.
Das Promoções
São finalidades das promoções o preenchimento das vagas existentes como também garantir o
equilíbrio entre o efetivo e as funções existentes, sendo competência do Comandante Geral a edição do ato
administrativo das promoções das praças.
Para fins de promoção, computam até a data de convocação para a formação dos Quadros de Acesso,
as vagas decorrentes de: (Vide Lei nº 18.287, de 30-12-2013.)
I – Promoções às graduações superiores;
II – Agregação;
III – Passagem para a inatividade;
IV – Licenciamento e exclusão do serviço ativo;
V – Falecimento;
VI – Aumento de efetivo.
Por merecimento: Que se baseia no mérito do candidato, aferido por meio do Teste de Avaliação
Profissional.
Por ato de bravura: A resultante do reconhecimento de ato ou atos incomuns de coragem e audácia,
que independe de vaga, interstício, curso, bem como qualquer outro requisito, devendo, contudo, ser precedida
de sindicância específica. (Vide Lei nº 19.491, de 10-11-2016).
Post mortem: Aquela que visa expressar o reconhecimento do Estado ao militar falecido no
cumprimento do dever ou em sua consequência, ou ainda, reconhecer o seu direito à promoção, que não tenha
se efetivado por motivo do óbito.
Nesta aula veremos como se processa a formação dos quadros de acesso e os requisitos para que o
militar os componha, bem como as restrições que podem impedir a ascensão na carreira. Também veremos as
condições em que ocorrerá o teste de avaliação profissional (TAP), para aquelas praças que concorrerão à
promoção por merecimento.
Quadros de Acesso são relações nominais dos candidatos a promoção, com três candidatos por vaga,
sendo que o Quadro de Acesso por Antiguidade (QAA), é formado a partir do mais antigo, observando-se a
ordem de antiguidade estabelecida no almanaque, e Quadro de Acesso por Merecimento (QAM), organizado
a partir do mais bem colocado na apuração da Ficha de Pontuação, lembrado que neste último caso, havendo
empate entre candidatos à promoção, prevalecerá aquele que contar com maior tempo de efetivo serviço,
obtiver melhor nota na seleção específica ou tiver menor número de Registro Geral, sucessivamente. Tanto
para promoção por antiguidade quanto por merecimento é condição imprescindível ter o candidato o seu nome
previamente incluído no Quadro de Acesso por Antiguidade (QAA), ou no Quadro de Acesso por Merecimento
(QAM) respectivamente.
São requisitos para a inclusão de nomes de militares em quaisquer dos Quadros de Acesso:
a) na área penal; ou
b) na área cível, quando se tratar ilícito infamante, lesivo à honra e ao pundonor policial ou
bombeiro militar;
IV – Condenada a pena privativa ou restritiva de liberdade, mesmo que beneficiada por livramento
condicional ou suspensão condicional da pena (Vide Lei nº 18.287, de 30-12-2013).
VI – Que tenha atingido o limite de idade para permanência no serviço ativo ou vá atingi-lo até a data
da promoção;
VII – Agregada no desempenho de cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva,
ainda que da administração indireta, exceto em relação ao Quadro de Acesso por Antiguidade, nos termos do
§ 3º do art. 100 da Constituição do Estado de Goiás; (Vide Lei nº 18.287, de 30-12-2013).
O teste de avaliação profissional (TAP), constitui-se em um dos requisitos para a inclusão no Quadro
de Acesso por Merecimento (QAM), e será realizado por uma comissão designada pelo Comandante Geral
com aplicação de provas de conhecimento técnico-profissional específicas, abrangendo também normas
regulamentares pertinentes à Corporação. Para a aprovação no teste o candidato à promoção deverá
atingir, no mínimo, 50 (cinquenta) pontos.
Os candidatos que forem aprovados no (TAP) e classificados dentro do limite compreendido em até
três vezes o número total de vagas ofertadas para cada graduação, terão suas fichas pontuadas. Se houver
empate na pontuação do último candidato classificado em cada graduação, serão pontuadas as fichas de todos
empatados.
Essa aula trata das especificidades consideradas na apuração dos pontos para a elaboração do Quadro
de Acesso por Merecimento (QAM), em que se avalia o mérito alcançado no Teste avaliação profissional
(TAP), e na Ficha de Avaliação Profissional. Também trataremos da constituição e das principais atribuições
das Comissões de Promoção de Praças.
NOME/GRADUAÇÃO: RG:
OPM/OBM: PERÍODO DE OBSERVAÇÃO:
FUNÇÕES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO:
PONTUAÇÃO POSITIVA
Nº ORD ESPECIFICAÇÃO QTD. PONTOS
1 Média final em cursos de formação e de aperfeiçoamento
2 Curso de graduação
3 Curso ou estágio de atualização profissional – 60 h/a
4 Elogio por ação meritória
5 Medalha Tiradentes e Dom Pedro II
6 Medalha de mérito
7 Medalha de Tempo de Serviço
8 Condecorações pela Corporação, coirmãs ou Forças
Armadas
9 Anos de efetivo serviço
10 TAF EX ( ) MB ( ) BOM ( ) -
11 Seleção Específica -
SUBTOTAL 1
PONTUAÇÃO NEGATIVA
Nº ORD ESPECIFICAÇÃO QTD. PONTOS
1 Condenação por crime doloso
2 Condenação por crime culposo
3 Prisão disciplinar
4 Detenção disciplinar
5 Repreensão
SUBTOTAL 2
I - Médias finais dos cursos curriculares de formação, os estágios de adaptação às graduações de cabo
e de sargento e o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS):
De 9 a 10 = 2 pontos;
IV- A cada 60 horas/aula de curso ou estágio de atualização profissional, até o limite máximo de 3.000
(três mil) horas e a cada ano de efetivo serviço prestado na Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros Militar:
V - Medalha de Tempo de Serviço, do Serviço Distinto e Destaque Operacional, nos seus diversos
graus:
VII - Elogio individual, sendo computado um para cada ano de efetivo serviço prestado:
Excelente = 1 ponto
A Comissão de Promoção de Praças (CPP) da PMGO será constituída pelo Subcomandante Geral, que
será o seu presidente, pelo Chefe do Setor de Pessoal e pelo Corregedor, como membros natos, e por outros
dois Oficiais do último posto, como membros efetivos, designados pelo Comandante Geral, pelo prazo de um
ano. Essa Comissão tem, entre as suas principais atribuições:
I – Apresentar proposta dos Quadros de Acesso ao Comandante Geral para fins de aprovação e
publicação;
III – Apreciar os processos e propor, se for o caso, as promoções por ato de bravura e “post mortem”;
V – Avaliar a Ficha Individual de Alterações dos candidatos a promoção, para fins de elaboração do
QAM e da ficha de pontuação;
Essa aula trata dos prazos para a apresentação de recursos, bem como de algumas considerações finais
gerais referentes ao diploma legal em estudo.
Dos Recursos
Disposições Finais
A Lei nº 15.704/2006 é o instrumento legal que regula a carreira das praças, aplicando-se aos atuais
integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e traz, como considerações finais importantes,
a exigência de que toda praça promovida deverá fazer estágio de adaptação à nova graduação com duração e
grade curricular definidas pelo Comandante Geral da respectiva Corporação, sendo a aprovação no referido
estágio um dos requisitos para a inclusão em qualquer dos Quadros de Acesso e para a progressão na carreira,
exceto nos casos de passagem para a reserva remunerada, promoção por ato de bravura e post mortem.
EXERCÍCIOS
1 – Considerando a lei 15.704/06, para aqueles que desejam ingressar na corporação, são requisitos para a
inscrição no concurso:
a) Por antiguidade;
b) Post Mortem;
c) Por bravura;
d) Por merecimento.
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MÓDULO III - LEI 19.969, DE 11 DE JANEIRO DE 2018
Aprova o Código de Ética da Polícia e dos Bombeiros Militares - CEDIME/GO
Aula 1 – Contextualização
Aula 3 – Da Sindicância
O Código de Ética da Polícia e dos Bombeiros Militares, instituído através da Lei 19.969 de 11 de
janeiro de 2018, veio para atender aos anseios das instituições militares bem como constitucionalizar suas
sanções, as quais, outrora, eram largamente aplicadas e contestadas face às penas encarceradoras serem
impostas através de um Decreto (RDPMGO) e não através de Lei, como exige a Constituição Federal, o que
chamava a atenção dos operadores do direito quanto à sua legalidade.
Portanto, passaremos a tecer alguns comentários e apontamentos da novel Lei, que sinaliza uma
melhora imediata na administração castrense e uma maior segurança jurídica na aplicabilidade de suas
medidas.
São duas as finalidades da instituição do Código de Ética e Disciplina às forças militares estaduais,
quais sejam:
Para tanto, o Código de Ética das Forças Militares do Estado de Goiás prima-se pelo respeito ao Estado
Democrático de Direito e pelos direitos individuais garantidos pelo art. 5º da Constituição Federal, inclusive
os relativos à liberdade de expressão e de manifestação do pensamento. Assegura, ainda, aos acusados em
geral, o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Previu também, de forma expressa, princípios constitucionais e administrativos que devem ser
fielmente seguidos quando da elaboração dos atos, sendo eles:
1) Hierarquia
Art. 9º Hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis distintos, dentro da estrutura
militar, por postos e graduações. Parágrafo único. A ordenação dos postos e graduações militares
se faz conforme preceituam os Estatutos das Corporações e as normas legais pertinentes.)
2) Legalidade
3) Moralidade
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4) Publicidade
5) Impessoalidade
6) Motivação
7) Informalismo e;
8) Economia processual
A Disciplina, princípio basilar do militarismo, não teve sua previsão expressa no artigo em comento,
mas sua obediência é corolário do próprio regime militar a que estamos subordinados, sendo indispensável seu
acatamento.
Art. 10. Disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, dos
regulamentos, e princípios militares, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte
de todos os componentes da respectiva Corporação Militar.
§ 1º São manifestações essenciais de disciplina:
I – a correção de atitudes;
II – a rigorosa observância das prescrições regulamentares;
III – a obediência às ordens dos superiores hierárquicos;
IV – a dedicação integral ao serviço;
V – a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da Instituição.
§ 2º A disciplina e a hierarquia devem ser mantidas permanentemente pelos militares da ativa e da
inatividade remunerada.
Para uma melhor didática, iniciaremos o curso discorrendo sobre a maior e mais notória mudança na
Lei da Ética e Disciplina da Policial Militar, qual seja, as sanções.
As sanções disciplinares têm por objetivo o fortalecimento da disciplina, bem como o benefício
educativo ao punido e à coletividade a que pertence, e como funções básicas: a preventiva (prevenção à prática
de novas transgressões disciplinares, com caráter intimidador) e a repressiva (consiste em reprimir a prática de
transgressões disciplinares, impondo penas ou medidas de segurança aos transgressores).
Na contramão do regulamento passado, o CEDIME/GO retirou qualquer pena encarceradora de seu
texto, mas manteve as intensidades das transgressões e classificou-as (art. 18) igualmente fazia o tacitamente
revogado RDPMGO, senão vejamos:
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I – leve (L);
II – média (M);
III – grave (G).
Foi mantido, conforme afirmado, a classificação das transgressões segundo sua intensidade, não
podendo agravar ou atenuar em virtude de circunstâncias supervenientes (art. 19).
Estas intensidades têm importância à medida que são elas que irão determinar qual sanção será aplicada
ao fato (art. 41), vejamos:
a) transgressão leve: advertência a repreensão;
b) transgressão média: reprimenda;
c) transgressão grave: prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional;
Portanto, praticado um fato ensejador de uma transgressão disciplinar, o operador do Direito poderá
precariamente tipificar uma conduta ao transgressor, bastando, para tanto, analisar as condutas previstas nos
artigos 118, 119 e 120 do CEDIME/GO e amoldá-las ao fato.
Art. 118. São transgressões disciplinares leves:
I – deixar de comunicar ao superior hierárquico a execução de ordem dele recebida, tão logo seja
possível fazê-lo;
II – chegar atrasado ou faltar a qualquer evento, serviço ou instrução em que deva tomar parte ou
assistir;
III – deixar de comunicar em tempo hábil os motivos do atraso ou da falta ao serviço ou local onde
deva comparecer;
IV – permutar serviços sem permissão da autoridade competente;
V – afastar-se, injustificadamente, o motorista, da viatura sob sua responsabilidade, durante o serviço
militar ou durante outros afazeres da profissão;
VI – deixar de devolver, ao final do serviço ou do prazo fixado, o armamento e equipamento que lhe
tenham sido entregues;
VII – comparecer a qualquer solenidade, festividade ou reunião social, com fardamento diferente do
convencionado ou em trajes civis, quando deveria comparecer fardado;
VIII – deixar o superior de determinar a retirada, seja de solenidade militar ou civil, de subordinado
que a ela compareça com uniforme diferente do convencionado;
IX – deixar o superior, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado;
X – sobrepor ao uniforme insígnia, distintivo, condecoração ou medalha não-regulamentar, bem como
usá-los indevidamente;
XI – fumar em lugar proibido ou em momento não autorizado;
XII – faltar com o asseio próprio ou da tropa que comandar ou chefiar;
XIII – conversar ou fazer ruído em ocasiões, locais ou horários em desacordo com regulamentação ou
convenção social;
XIV – entrar ou permanecer o subordinado em dependência de OPM ou OBM, sem conhecimento ou
consentimento da autoridade competente;
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XV – usar, quando uniformizado, barba, cabelos, bigode ou costeletas em desacordo com
regulamentação ou convenção;
XVI – usar a militar, quando fardada, piercing visíveis ou acessórios similares, cabelos soltos e/ou
unhas em desacordo com os regulamentos específicos, salvo por recomendação médica;
XVII – usar jóias, correntes, peças de vestimentas e outros adereços que prejudiquem a apresentação
pessoal ou descaracterize o fardamento;
XVIII – deixar de prestar a seu superior hierárquico as continências, honras, sinais de respeito e
cerimônias regulamentares;
XIX – praticar fato doloso definido como contravenção penal.
Art. 119. São transgressões disciplinares médias:
I – retardar, injustificadamente, a execução de qualquer ordem;
II – dificultar ao subordinado a apresentação de qualquer recurso administrativo disciplinar;
III – deixar, injustificadamente, de encaminhar à autoridade competente, dentro do prazo fixado em
lei, regulamento ou convenção, recurso ou documento que receber, não estando a solução em sua alçada;
IV – deixar, dentro do prazo legal ou regulamentar, de informar à autoridade competente falta ou
irregularidade que presenciar ou tiver ciência de sua ocorrência;
V – deixar de ter compostura em lugar público;
VI – portar ou expor arma de fogo sem estar devidamente autorizado ou em desconformidade com a
legislação vigente;
VII – frequentar lugares incompatíveis com o decoro da classe;
VIII – desrespeitar convenções sociais;
IX – desconsiderar ou desrespeitar autoridades civis;
X – envolver-se, durante o serviço, com assuntos alheios as suas funções que possam causar prejuízo
à execução das tarefas sob sua responsabilidade;
XI – deixar de cumprir as prescrições regulamentares no âmbito de suas atribuições;
XII – apresentar-se com uniforme desabotoado, desfalcado de peças, sujo ou desalinhado;
XIII – prestar informação a superior hierárquico, induzindo-o a erro, deliberada ou intencionalmente;
XIV – içar ou arriar bandeira ou insígnia sem ordem legal ou superior;
XV – omitir e/ou acrescentar indevidamente, em nota de ocorrência, relatório ou qualquer documento,
dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
XVI – não ter o cuidado devido como instrutor ou monitor na preparação das matérias a serem
ministradas ao corpo discente, ou de faltar às aulas sem justo motivo;
XVII – receber ou permitir que seu subordinado receba, injustificadamente, e em razão de sua função,
quaisquer objetos de valor, mesmo a título de doação;
XVIII – executar atividade que envolva acentuados perigos, sem autorização superior, salvo nos casos
de competições ou demonstrações esportivas legais;
XIX – adentrar em alojamento estranho ao seu, depois da revista do recolher, salvo se no desempenho
de suas funções;
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XX – adentrar, sem permissão ou ordem superior, em lugar onde lhe seja vedado;
XXI – deixar de receber, sem justificativa, remuneração, alimentação, fardamento, equipamento ou
material que lhe seja destinado ou deva ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade;
XXII – maltratar ou não ter o devido cuidado com animais ou a flora;
XXIII – aceitar manifestação coletiva de seus subordinados, salvo as que demonstrem íntima, boa e sã
camaradagem;
XXIV – perder ou retardar a corrida para o incêndio, salvamento ou qualquer outro tipo de ocorrência,
ou ainda atrasar ou contribuir para seu atraso;
XXV – resistir ou oferecer resistência ao cumprimento de ordem de superior hierárquico concernente
à realização de quaisquer procedimentos operacionais em ocorrência, desde que previstos em norma
operacional;
XXVI – praticar ilícito doloso definido como crime punível com detenção.
Art. 120. São transgressões disciplinares graves:
I – ofender, provocar, desafiar, desacreditar, dirigir-se, referir-se, ou responder de maneira
desatenciosa ao superior hierárquico ou funcional, por atos, gestos ou palavras;
II – desconsiderar, censurar, desdenhar, desacreditar, ofender, maltratar, injuriar, caluniar, difamar
militar pessoalmente ou na presença de amigos ou familiares;
III – espalhar, injustificadamente, notícias ou informações que levem a injúria, difamação ou calúnia;
IV - publicar, compartilhar ou divulgar ofensas a superiores hierárquicos, pares e subordinados na
internet;
V - publicar, compartilhar ou divulgar ofensas à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros Militar na
internet;
VI – utilizar ou autorizar o emprego de subordinados para execução de serviços pessoais ou não
previstos em lei, regulamento ou convenção;
VII – concorrer para a discórdia ou desarmonia entre os militares;
VIII – editar ato administrativo faltando qualquer de seus requisitos básicos, com o fim de causar
prejuízos a militar ou à Corporação;
IX – fazer uso do anonimato para a prática de atos que levem a instauração injustificada de
procedimento ou processo administrativo ou judicial contra militar;
X – deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares na esfera de suas atribuições;
XI – deixar de atender, retardar ou prejudicar, injustificadamente, as medidas ou ações de ordem
judicial, administrativa, policial ou regras de trânsito;
XII – deixar de comunicar, injustificadamente, ao superior imediato ocorrência policial, administrativa
ou de interesse da segurança pública, no âmbito de suas atribuições;
XIII – deixar de cumprir ordem não manifestamente ilegal;
XIV – dar, por escrito ou verbalmente, ordem não manifestamente ilegal ou claramente inexequível,
que possa acarretar ao subordinado responsabilidade penal ou civil, ainda que não chegue a ser cumprida;
PROCEDIMENTO
Processo = Procedimento +
Contraditório e Ampla Defesa
Por que chamamos a Sindicância de procedimento, se sob a égide do RDPMGO havia o contraditório
e a ampla defesa?
Por um fato muito simples! Lembra que falamos que o CEDIME se alinhou às doutrinas
administrativistas e processos dos demais órgãos públicos?
Então, neste compasso, a Sindicância agora passou a seguir o rito procedimental do IPM no que for
cabível, ou seja, passou a ser inquisitorial.
Inquisitorial quer dizer sem direito a ampla defesa e contraditório, caracterizando um verdadeiro
PROCEDIMENTO de cunho investigativo.
Agora sim! Iremos tratar da maior mudança no paradigma disciplinar da Polícia Militar do Estado de
Goiás, que é a previsão legal do legítimo processo administrativo disciplinar.
O processo administrativo deve estar pautado nos princípios que já vimos no início do curso, quais
sejam, Hierarquia, Disciplina, Legalidade, Moralidade, Publicidade, Impessoalidade, Motivação,
Informalismo e Economia processual, dentre outros princípios constitucionais implícitos.
Sendo assim, o PAD instituído veio ao encontro dos processos de todas as outras instituições, militares
ou não, consagrando, de vez o devido processo legal administrativo, com as devidas nuanças.
O CEDIME previu 3 (três) ritos processuais: O Sumário, o Ordinário e o Especial.
Importante observar que agora foi instituída a figura do Escrivão nos processos administrativos
disciplinares, ou seja, geralmente, um praça de maior graduação atuará no processo juntamente ao
Encarregado, auxiliando-o, o que reforça a importância do conhecimento na Lei e nos ritos.
Art. 62. Deverá ser nomeado escrivão no Processo Administrativo Disciplinar – PAD –, não podendo
recair a escolha em Praça, quando o acusado for Oficial.
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Outra importante previsão foi a questão do curador aos inimputáveis e semi-imputáveis (art. 63) bem
como a questão da exceção de suspeição e impedimento, onde qualquer ator no processo poderá ser compelido
a deixar de figurar em decorrência de laços de amizade (ou inimizade) ou parentesco das partes processuais
(art. 64 e ss).
Finalmente, outra norma a ser destacada é a já prevista no Código de Processo Penal, tocante a
possibilidade da testemunha ou a vítima requerer a retirada do acusado da audiência caso se sinta constrangida
com sua presença, prosseguindo o feito com a presença do advogado ou defensor dativo.
Transcorrida esta introdução, passemos à análise dos ritos em si:
Do Processo Sumário (art. 69 e ss.):
Com um rito mais simples, o Processo Sumário é destinado aos casos em que a transgressão disciplinar
precariamente tipificada seja de intensidade leve, não havendo previsão para seu término, mas pela conjugação
das fases seguidas, provavelmente não levará mais do que 5 (cinco) dias para ser concluído.
Para os alunos em formação, ou seja, Cadetes (CFO) e Soldados de 3ª Classe (CFP), será adotado este
rito até mesmo para as transgressões disciplinares médias e graves.
Mapa mental do Processo Sumário:
TRANSGRESSÕES LEVES
O processo se inicia com a CITAÇÃO do acusado, a qual deverá conter o nome do acusado e da
autoridade militar (ou àquele a quem ela delegar poderes para atuar no processo), o histórico e a capitulação
da imputação e deverá ser feita pessoalmente, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da data
da audiência.
Se o acusado não comparecer à audiência de instrução e julgamento, e dependendo da complexidade
do caso, poderá o rito ser convertido em ordinário ou especial.
Na audiência, será dada a palavra será dada a palavra ao acusado para apresentar suas alegações orais,
em seguida, às eventuais testemunhas e novamente ao acusado para apresentar alegações finais, também orais,
sendo lavrada ata de toda a audiência.
Note, a Lei não fala em tomada de Termo (vide art. 74 c/c 78 do Processo Ordinário), e sim em lavrada
de ata (art. 70, §2º), ou seja, o escrivão terá um papel de suma importância, pois deverá transcrever todas as
alegações orais das partes.
Finalmente, a Autoridade Militar ou seu delegado poderá oferecer transação ao acusado, dando-lhe a
oportunidade de substituir a sanção prevista por prestação de serviços alternativos proporcionais ao causado,
caso em que, sendo frutífera, poderá tornar a pena alternativa definitiva.
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Do Processo Ordinário (art. 71 e ss.):
O PAD ordinário é escrito e será observado sempre que a transgressão disciplinar militar for de
NATUREZA MÉDIA E GRAVE, desde que não se vislumbre, inicialmente, a sanção de exclusão a bem da
disciplina ou de perda das prerrogativas militares.
Portanto, podemos assim resumir quando será adotado este rito:
1) A transgressão seja de intensidade MÉDIA ou GRAVE (* lembrando que se for aluno em curso de
formação, o rito será o sumário);
2) Não se vislumbre, inicialmente, a sanção de exclusão a bem da disciplina ou da perda das
prerrogativas militares.
Prazo: 30 (trinta) dias prorrogáveis por mais 10 (dez).
Diferente do rito sumário, citada a parte para o comparecimento na audiência de instrução e
julgamento, a ser realizada no prazo de 5 (cinco) dias, terá o acusado a oportunidade de apresentar suas
alegações preliminares em 3 (três) dias, onde o próprio acusado ou seu defensor poderá suscitar qualquer
matéria de defesa, inclusive competência, suspeição ou impedimento da autoridade processante ou
investigante, bem como pedir diligências ou perícias e arrolar testemunhas até o limite de 05 (cinco).
Na audiência, presente o acusado e/ou seu defensor, a autoridade ouvirá e reduzirá a termo as
declarações das testemunhas arroladas na instauração do feito, até o limite de 05 (cinco), em seguida ouvirá
da mesma forma as declarações das testemunhas arroladas pela defesa, seguido de eventuais peritos ou
diligências, e, por último, reduzirá a termo o interrogatório do acusado, quando este não for revel.
Terminada a instrução do feito, a autoridade dará a palavra ao acusado ou seu defensor por 20 (vinte)
minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), para apresentação de alegações orais, que serão reduzidas a termo
pelo escrivão, ou, considerando a complexidade do caso, concederá prazo máximo de 05 (cinco) dias para
apresentação de memoriais.
A autoridade poderá apresentar sua decisão na mesma audiência, ou, considerando a complexidade do
caso, apresentá-la em 05 (cinco) dias, após as alegações orais ou apresentação dos memoriais. Se a autoridade
que dirigir o feito for por delegação, nesta fase deverá fazer conclusos os autos para a autoridade delegante,
emitindo parecer para que ela proceda à decisão no prazo de 5 (cinco) dias.
Todos os atos realizados em audiência serão registrados em ata a ser assinada por todos e autuada
juntamente com a documentação produzida na audiência.
Caso necessário, a audiência poderá ser suspensa devido à necessidade de diligências a serem
realizadas.
Do Processo Especial (art. 80 e ss.) - CONSELHO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Cabimento: Quando a Praça ofender a ética militar ou cometer outra transgressão disciplinar militar
cumulada ou não com aquela, ainda que estiver ou ingressar na situação de desertor por prazo superior a 06
(seis) meses e sejam, por isso, recomendadas a exclusão a bem da disciplina (art. 34 – remeter), a reforma ou
a perda das prerrogativas militares do transgressor.
Prazo: 40 (quarenta) dias, se não houver algum incidente de insanidade suscitado.
Notas importantes:
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1) Cabível somente às Praças;
2) Quando houver ofensa à ética militar cumulada ou não com transgressão militar;
3) Cabível mesmo que o Praça estiver ou ingressar na condição de desertor por prazo superior a 06
(seis) meses;
4) Será dirigido por Conselho de Ética e Disciplina, mesmo estando a Praça na atividade ou
inatividade.
EXERCÍCIOS
O artigo 5º diz que: “fica proibido alterar as características dos uniformes (fardamentos) e sua correta
apresentação em público, bem como a de seus pares e subordinados”. Ou seja, não é permitido usar fardamento
ou apor insígnias não contempladas neste decreto. Quando o policial militar estiver frequentando curso, estágio
ou atividades relacionadas a ensino ou instrução poderá utilizar fardamentos, condecorações e insígnias ou
distintivos previstos neste regulamento, desde que haja autorização expressa do comandante da unidade de
ensino envolvida.
1) Farda de passeio com bibico para homens e mulheres (3A): é destinado ao expediente
administrativo, trânsito e visitas, devendo conter:
Os cabos e sargentos usarão o distintivo de quadro em metal prateado do lado direito da gola e do lado
esquerdo deverão afixar o distintivo de graduação. Já para as mulheres, além dos acessórios listados pelos
homens, acrescenta-se a meia de seda na cor da pele, a saia reta na cor ocre escuro e o sapato social, que tem
o salto quadrado de 30 a 60 mm
2) Farda operacional com gorro de pala ou boina (4A): é destinado ao policiamento ostensivo
geral e instruções gerais, devendo conter:
II - gandola na cor cáqui, com a bandeira de Goiás na parte superior da manga direita, emblema da
PMGO na parte superior da manga esquerda, posto/graduação e nome de guerra bordados em linha preta
sobre o tecido na cor da farda;
IV – calça operacional na cor cáqui, presa com alça de elástico (bombacha) na altura imediatamente
acima do cano do coturno;
VI – cinto de nylon de armação (cinto de guarnição) na cor preta, com fivela na cor preta;
O local apropriado pra os praças utilizarem as escudetes indicativas de graduação é nas mangas da
gandola, logo abaixo da bandeira de Goiás e do emblema da PMGO.
3) Farda de policiamento em eventos (4C): assim como no fardamento acima descrito, esta farda é
destinada ao policiamento ostensivo geral e instruções
gerais, devendo conter as mesmas peças de fardamento elencadas acima, além do capacete para policiamento
de eventos na cor branca e o colete refletivo, ambos no padrão PMGO.
I – camiseta regata na cor preta com o posto/ graduação seguido do nome de guerra bordado do lado
superior direito e emblema da PMGO do lado esquerdo;
Os calções não podem ser iguais para cabos e sargentos, para estes últimos, o calção tem que conter
uma listra vertical, que indicará a sua graduação, se não tiver a camisa regata, o policial poderá usar a camisa
meia manga. Já para as mulheres acrescenta-se a calça legging na cor preta, com o cumprimento até a altura
da metade da panturrilha, além do top preto. Vale lembrar que a camiseta, diferentemente dos homens, deverá
ficar por fora da calça legging.
I – gorro sem pala (bibico), na cor preta com a borda em fio dourado e insígnia metálica própria de
acordo com o posto ou graduação;
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II – bata especial para gestante, tipo camisão, na cor ocre escuro, com a bandeira de Goiás na parte
superior da manga direita, emblema da PMGO na parte superior da manga esquerda e plaqueta de acrílico
presa na parte direita da bata;
IV – calça especial para gestantes, com cós de malha, na cor ocre escuro;
Dentre os inúmeros fardamentos previstos neste decreto em anexo, existem alguns que são de posse
obrigatória, ou seja, todo policial tem que receber da instituição. Os modelos de uniformes obrigatórios vão
variar de acordo com o posto ou graduação do policial militar. No caso dos cabos e soldados são obrigatórios
o fardamento operacional com gorro de pala e o de educação física e, de forma excepcional, a túnica odre e a
farda de passeio com bibico. Nos casos de sargentos e subtenentes são obrigatórias a farda de passeio, a farda
operacional com gorro com pala e o de educação física e, de forma excepcional, a túnica ocre.
Algumas dúvidas podem surgir com relação aos calçados permitidos, como modelo, cor etc. O
regulamento prevê que o coturno poderá ser de cano curto, o sapato é o social com cadarço e o tênis na cor
preta, sem detalhes.
Além do fardamento básico (calça e gandola, camisa e calça, calção e camisa), existem algumas peças
complementares que fazem parte da vestimenta do policial militar, os quais tem a padronização estabelecida
logo abaixo:
I. Cinto de nylon: confeccionado na cor preta, com a fivela na cor prata, quando se tratar de Praças e
dourada; quando de oficiais;
II. Gravata: confeccionada na cor preta, lisa. Devendo ser usada até acima da fivela do cinto, apenas nos
uniformes tipo túnica.
III. Sunga: na cor preta.
IV. Macaquinho: Para mulheres, cor preta, modelo olímpico até o meio da coxa.
V. Meias: tem que ser de cano médio, na cor branca para uniforme de educação física e preta nos demais
uniformes.
VI. Capa de colete antibalístico: deve ser na mesma cor que o fardamento utilizado. Por exemplo, na
farda cáqui a capa também deve ser caqui e não preta. Esta é usada no colete tático.
VII. Capa de colete tático: cor preta.
Existem distintivos de metal e distintivos emborrachados, não sendo permitido o uso de distintivos de
curso de especialização e extensão bordados no fardamento. O uso destes distintivos é permitido e regulado
nas situações abaixo:
a) Nas túnicas e nos uniformes de passeio (3A) serão usados os distintivos de metal;
O parágrafo 5° do artigo 91 diz que: “as miniaturas das insígnias deverão ser de metal e afixadas no
lado esquerdo do gorro sem pala”.
Quanto aos distintivos de cursos de formação, especialização e extensão, no que tange à carreira dos
cabos e sargentos estão regulamentados no artigo 98.
Estes distintivos deverão ser usados sobre o bolso direito superior da túnica ou camisa meia manga, se
emborrachados deverão ser usados em escalas de cinza e preto.
O parágrafo 5° diz que: “somente poderá ser utilizado um distintivo de cursos de formação, habilitação,
adaptação ou aperfeiçoamento, e sempre, o que corresponder ao curso de maior posto ou graduação”.
Ou seja, se você tem um distintivo do curso estágio de adaptação de cabo e acaba de concluir o estágio
de adaptação de sargentos, obrigatoriamente você terá que usar este último, pois só pode usar um distintivo e
é o que corresponder ao curso de maior graduação, conforme preceitua o parágrafo 6° do artigo 98: “somente
será usado o distintivo que corresponder ao curso de maior nível em cada modalidade”.
Os distintivos de curso de especialização e extensão deverão ser usados acima do bolso superior
direito, no limite de 03 cursos. Neste caso, os distintivos serão dispostos em forma de pirâmide. Se for usado
02 distintivos eles serão dispostos na vertical, no alinhamento do bolso. E, se for usado apenas 01, este será
colocado de forma centralizada.
Nem toda condecoração pode ser utilizada no uniforme do policial militar, mas, tão somente aquelas
concedidas pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ou por organizações militares, sendo vedado o
uso de barretas, medalhas e outras condecorações no fardamento operacional (4 A). No entanto, nas túnicas e
no fardamento de passeio (3A) é permitido o uso deles. Logo a seguir, vamos destacar o conceito de barreta e
de medalhas:
b) Medalha: peça de metal, de formato variável, pendente de fita, com passador ou roseta
correspondente à condecoração. A aposição das medalhas obedece a algumas regras: devem ser
colocadas de cima para baixo e da direita para a esquerda, na seguinte ordem:
a) Medalha Tiradentes;
b) De mérito
c) De serviço distinto
d) De tempo de serviço
e) Coragem e bravura
f) As de campanha
g) As demais medalhas da própria Corporação, de corporações militares coirmãs ou das Forças
Armadas
h) As comemorativas
i) As estrangeiras
j) Demais medalhas ou condecorações inerentes à atividade policial;
a) Serão usadas no lado esquerdo da túnica, em uma fileira única de três medalhas no máximo. Caso
tenha uma única fileira, esta deve tangenciar a parte inferior da pestana do bolso superior esquerdo
(para túnicas masculinas) e o topo da fileira alinhado horizontalmente com o ponto de encontro
entre as golas (para as túnicas femininas).
b) Nas fileiras de medalhas, o alinhamento é feito pela parte inferior da insígnia, devendo as fitas ser
dobradas de maneira a também ficarem no mesmo alinhamento. Convém destacar que o
regulamento proíbe o uso simultâneo de medalhas, distintivos de cursos ou estágios, isto é, não
pode haver a aposição de distintivos de cursos ou estágios em cima das medalhas, nem distintivos
de Organização Militar.
Quanto à apresentação pessoal o policial militar deve usar óculos escuros, discretos e sem cores vibrantes
I – plaqueta de acrílico na cor preta e letras douradas, logo abaixo da costura superior do bolso direito,
constando a graduação abreviada, o nome de guerra e o tipo sanguíneo. Esta plaqueta é usada no uniforme de
passeio.
Já no uniforme operacional será usado a tarjeta bordada Block 2, em caixa alta, altura 9 mm e na cor
preta, com tipo sanguíneo na cor vermelha, em fonte menor.
Para terminar é necessário falar dos listeis. Poderão ser usados no uniforme operacional (4A), sendo
vedado o uso no uniforme de passeio (3A):
Este velcro tem que ser na cor do tecido, centralizados vertical e horizontalmente, entre a ombreira e
o símbolo da PMGO na manga esquerda das gandolas.
Os artigos 103 e 104 deste regulamento traz algumas proibições com relação ao uso de listel, quais
sejam:
Art.105. É vedado o uso concomitante do listel e do distintivo que corresponda ao mesmo curso em
um mesmo fardamento.
Ou seja, se já houver no fardamento operacional o distintivo de algum curso, como por exemplo, o
distintivo do Curso de Operações de Choque, não será permitido o uso do listel. Da mesma forma, caso haja
um listel, não poderá haver o brevê do curso.
2) Com relação aos fardamentos usados pela Corporação, marque a alternativa correta:
a) Farda de passeio com bibico para homens e mulheres (3A): é destinado ao policiamento
ostensivo geral e instruções gerais
b) Farda operacional com gorro de pala ou boina (4A): é destinado a expediente administrativo,
trânsito e visitas
c) Farda de policiamento em eventos (4C): destinado a policiamento ostensivo geral e
eventos
d) No uniforme de educação física os calções podem ser iguais para cabos e sargentos, não
precisando conter qualquer diferenciação