Вы находитесь на странице: 1из 2

Bandido bom é bandido morto?

É ponto pacífico que a violência está presente na realidade brasileira, seja nas grandes cidades,
seja nos pequenos municípios do interior. A criminalidade é enorme e o Brasil foi considerado o décimo
primeiro país mais inseguro do mundo, segundo a ONG norte-americana Social Progress Alternative
(dados de 2014). Contudo, a violência não ocorre apenas da parte dos bandidos, mas igualmente por parte
das polícias. São frequentes nos meios de comunicação as notícias sobre ações violentas de policiais.
Recentemente o Instituto Datafolha conduziu uma pesquisa que mostra que 50% da população das
grandes cidades brasileiras concordam com a frase "bandido bom é bandido morto", o que revela que
metade dessa população, de certa forma, aprova a violência por parte dos agentes da lei. O que você pensa
disso? Concorda ou não com essa frase? Por quê? Redija uma dissertação apresentando argumentos para
justificar o seu ponto de vista.

ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

Divulgação

Cena do filme "Tropa de Elite", que foi um dos maiores sucessos do cinema brasileiro
contemporâneo, e põe em foco a violência em nossa sociedade

A pesquisa
Segundo pesquisa Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG
que reúne especialistas em violência urbana do país, metade da população das grandes cidades brasileiras
acredita que "bandido bom é bandido morto". As informações são do jornal Folha de S.Paulo. O instituto
ouviu 1.307 pessoas em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes. Para a pergunta se bandido bom é
bandido morto, 50% disseram concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não
concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos,
há empate técnico, e a pesquisa indica a sociedade dividida.
[BOL Notícias/Datafolha]

Violência contra violência


A alta letalidade policial no Brasil ainda é pequena na opinião do deputado federal Jair
Bolsonaro (PP-RJ). Em vídeo postado pelo seu filho, o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), o
parlamentar fluminense afirmou que “violência se combate com violência”, e não com bandeiras de
direitos humanos, como as defendidas pela Anistia Internacional. Questionado sobre um levantamento da
organização que mostrou que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo, Bolsonaro se irritou e disse
que ainda é pouco diante da criminalidade que impera no país. “Eu acho que essa Polícia Militar do Brasil
tinha que matar é mais. Quase metade dessas mortes são em combate, em missão. Então, a Anistia
Internacional está na contramão do que realmente precisa a segurança pública do nosso país”, afirmou o
parlamentar do PP.
[Revista Exame]
Tolerância da sociedade
"A tolerância da sociedade a uma polícia violenta contribui para a criação de um terreno fértil
para o surgimento de grupos de extermínio (integrados por policiais)", afirmou a pesquisadora Camila
Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC e associada ao Núcleo de Estudos da Violência da
Universidade de São Paulo (NEV-USP). Segundo ela, um dos reflexos dessa posição da sociedade é que
jurados em tribunais civis tendem a absolver muito mais policiais acusados de homicídio do que a própria
Justiça Militar. Outro fator que mostra essa tendência é o fato de que cada vez mais políticos vêm sendo
eleitos com discursos baseados em ações robustas da polícia para o combate à violência.
[BBC Brasil]

Sem ordem nem lei


A ausência de respeito ao modelo de “ordem sob a lei” tem se perpetuado dentro da estrutura
policial brasileira por razões diversas – como a falência dos modelos policiais, o descrédito nas
instituições do sistema de justiça e segurança, a impunidade – mas principalmente por uma certa
tolerância da própria sociedade com esse tipo de prática. Analisando o problema do ponto de vista
sociopolítico veremos que a violência policial tem raízes culturais muito antigas (desde a implantação do
regime colonial e da ordem escravocrata), e que estas têm uma relação diretamente proporcional à
ineficiência do Estado de punir, na maioria dos casos, as práticas criminosas dos agentes de segurança.
É difícil admitir, mas existe uma demanda dentro da sociedade para a prática da violência policial. É esta
violência que serve à sociedade dentro de diversos aspectos e circunstâncias, mas especialmente no
tocante à solução dos crimes contra o patrimônio e na repressão às classes perigosas. Por isso mesmo, a
dificuldade do Estado no âmbito da segurança pública, no final do século XX, continua sendo o controle
da violência legítima, do qual decorreria consequentemente a extinção do uso ilegítimo da força por parte
dos organismos policiais.
[dh.net.org.br]

Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
De preferência, dê um título à sua redação.

Вам также может понравиться