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[1] O documento analisa a evolução histórica dos Programas de Segurança Operacional Específicos da ANAC e do COMAER, e como eles estão alinhados com as normas internacionais estabelecidas pela OACI. [2] Antes da criação da ANAC em 2005, o COMAER era a única autoridade responsável pela aviação civil e militar no Brasil. [3] Atualmente, tanto a ANAC quanto o COMAER trabalham em estreita colaboração para cumprir as diretrizes de segurança operacional estabelecidas pela O
[1] O documento analisa a evolução histórica dos Programas de Segurança Operacional Específicos da ANAC e do COMAER, e como eles estão alinhados com as normas internacionais estabelecidas pela OACI. [2] Antes da criação da ANAC em 2005, o COMAER era a única autoridade responsável pela aviação civil e militar no Brasil. [3] Atualmente, tanto a ANAC quanto o COMAER trabalham em estreita colaboração para cumprir as diretrizes de segurança operacional estabelecidas pela O
[1] O documento analisa a evolução histórica dos Programas de Segurança Operacional Específicos da ANAC e do COMAER, e como eles estão alinhados com as normas internacionais estabelecidas pela OACI. [2] Antes da criação da ANAC em 2005, o COMAER era a única autoridade responsável pela aviação civil e militar no Brasil. [3] Atualmente, tanto a ANAC quanto o COMAER trabalham em estreita colaboração para cumprir as diretrizes de segurança operacional estabelecidas pela O
Com o intuito de entendermos a relação entre os Programas de Segurança Operacional
Específicos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Comando da Aeronáutica (COMAER) – conhecidos como PSOE-ANAC e PSOE-COMAER –, se faz necessário analisar o histórico da evolução documental e o porquê dessas referências normativas existirem. Para tanto, analisando o cenário brasileiro observamos que na data de 27 de agosto de 1946 foi promulgada, pelo Decreto 21.713, a Convenção de Aviação Civil Internacional (CACI), também conhecida como Convenção de Chicago, que passa a fazer parte do Ordenamento Jurídico Brasileiro. No Art.54 desta Convenção, alínea “l”, é determinado que o Brasil deverá “Adotar de acôrdo com as disposições do Capítulo VI desta Convenção, as normas internacionais e os processos recomendados; para a maior conveniência designá-los como Anexos a esta Convenção e notificar todos os Estados contratantes da ação tomada” 1. Dito isto, vamos em busca de documentação internacional referente à Segurança Operacional, tomando por guia a Organização Internacional da Aviação Civil (OACI/ICAO). Chegamos à conclusão de que o documento que buscamos trata-se do Anexo 17 à Convenção supracitada que indica: “Each Contracting State shall establish and implement a written national civil aviation security programme to safeguard civil aviation operations against acts of unlawful interference, through regulations, practices and procedures which take into account the safety, regularity and efficiency of flights.” 2 Observamos, então, que o texto do referido Anexo determina que o Estado signatário da OACI deve apresentar um programa de segurança, devidamente documentado, com o intuito de salvaguardar a Aviação Civil. Continuando a análise do Anexo 17, observemos a seguinte redação: “Each Contracting State shall designate and specify to ICAO an appropriate authority within its administration to be responsible for the development, implementation and maintenance of the national civil aviation security programme.”2 Podemos dizer que neste trecho é explicitado a necessidade de designação formal junto à OACI da Autoridade responsável por “desenvolver, implementar e manter” o programa de segurança do seu respectivo Estado. Até 2005, no Brasil, havia somente uma autoridade responsável pelo desenvolvimento do arcabouço normativo de Aviação, o COMAER (antigo Ministério da Aeronáutica) subordinado ao Ministério da Defesa. Com a sanção da Lei 11.182, de 27 de setembro de 2005, e consequente criação da ANAC passou a existir mais de uma entidade responsável por tratar assuntos relativos à Aviação Civil. Assim, com o intuito de cumprir a redação proposta pelo Anexo 17 citada acima, a ANAC e o COMAER, sendo o COMAER representado por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), apresentaram a Portaria Conjunta nº754/GC5, de 14 de agosto de 2009, que define o Programa de Segurança Operacional do Estado brasileiro (PSO-BR) e os parâmetros para elaboração dos Programas Específicos de cada entidade, inclusive indicando para a OACI quais são os escopos de ação de cada Organização. Isto posto, chegamos à publicação dos programas que são tema do presente expediente. A Resolução nº352, de 10 de fevereiro de 2015, aprova o PSOE-ANAC. Por sua vez a Portaria nº897/GC3, de 25 de junho de 2018, aprova a edição da DCA 63-5 tratando do PSOE-COMAER. Podemos dizer que tanto as portarias e resoluções individuais quanto as conjuntas já denotam, de forma razoável, a integração documental entre ANAC e COMAER no intuito de aproximarem seus programas específicos. No entanto é notório que somente estes instrumentos dificilmente dariam conta de sobrepor tamanho obstáculo que é a integração dos PSOE- ANAC/COMAER. Assim, a Portaria Conjunta nº1, de 28 de abril de 2017, institui um Grupo de Trabalho (GT) para revisão do PSO-BR que inclui ANAC e COMAER (DECEA, CENIPA* e ASOCEA**). Analisando os PSOE- ANAC/COMAER podemos listar alguns pontos comuns importantes: a) Ambos programas específicos ratificam o desenvolvimento e atuação coordenados entre as autoridades aeronáuticas [Prefácio, PSOE-ANAC / Prefácio, PSOE-COMAER]; b) Ambos indicam a necessidade de planejamento para alocação de recursos humanos e financeiros para que se alcance os objetivos e diretrizes de segurança operacional da forma regulamentada [Art. 5º, PSOE-ANAC / Item 2.3.2, PSOE-COMAER]; c) Ambos indicam a contínua atualização e aprimoramento de seus programas de modo a atingir altos níveis de desempenho [Art. 6º, PSOE-ANAC / Item 6.1, PSOE-COMAER]; d) Ambos indicam pessoa única responsável por sua entidade, de modo a ser o Executivo responsável pela supervisão, gerenciamento e desempenho da Segurança Operacional no âmbito de suas responsabilidades [Art. 10, PSOE-ANAC / Item 1.3.3, PSOE-COMAER]; e) Ambos propõem que deveram ser definidos em regulamentação os Níveis Aceitáveis de Desempenho da Segurança Operacional (NADSO) [Art. 15, PSOE-ANAC / Item 4.2.1, PSOE-COMAER]; f) Ambos dispõem que os NADSO devem ser monitorados de modo que sejam atingidos e mantidos, dentro do escopo de cada entidade [Art. 15, PSOE-ANAC / Item 4.2.2, PSOE- COMAER]; g) Ambos definem que é necessário a indicação de metas e objetivos de desempenho para monitoramento e garantia de manutenção da Segurança Operacional, dentro do escopo de cada entidade [Art.16, PSOE-ANAC / Item 4.2.2, PSOE-COMAER]. Poderíamos continuar a leitura dinâmica dos programas específicos e, assim, seguir identificando pontos em comum dos documentos, porém acredito ser mais positivo fazer uma análise geral do cenário. Até a criação da ANAC, o COMAER detinha tanto as responsabilidades de manutenção da soberania e controle do espaço aéreo brasileiro quanto as de regulamentar os atos da aviação civil no Brasil. Para tanto, existiam, respectivamente, a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV), que se tornaria DECEA em 2001, e o Departamento de Aviação Civil (DAC). Deste modo a integração era facilitada e o próprio Comando tinha melhor entendimento de como os atos administrativos aconteciam. Com a criação da ANAC, em 2006, e a consequente assunção das responsabilidades referentes à aviação civil houve uma cisão nas ações que vinham sendo tomadas pelo COMAER. Deste modo, vendo que em instrumentos normativos, grupos de trabalhos, desenvolvimento de material, decisões colaborativas, e outras várias atitudes que podemos observar na evolução histórica, tanto do PSO-BR quanto dos programas específicos da ANAC e do COMAER fica claro o esforço despendido por ambas entidades no intuito de atingir e manter altos níveis de Segurança Operacional. Por fim, podemos dizer que ao analisar, tanto a evolução histórica documental quanto os produtos finais atuais, o Brasil, com suas duas autoridades responsáveis por implementar a Segurança Operacional, está cumprindo muito bem o seu papel como Estado Contratante da CACI.
* CENIPA – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS
** ASOCEA - ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO Referências: 1. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d21713.htm 2. International Civil Aviation Organization (ICAO). ANNEX 17 – Security — Safeguarding International Civil Aviation Against Acts of Unlawful Interference. 9ª Ed. Montreal, Canadá. 3. https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/seguranca- operacional/programas-de-seguranca-operacional/PSOBR.pdf 4. https://www2.anac.gov.br/biblioteca/plano/PSOE-ANAC.pdf 5. https://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=4794