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Divisão de Grandezas Proporcional  p1 = K .

1/6

Além dos problemas que solicitam a divisão de  p2 = K . 1/4


um número em partes diretamente proporcionais,
encontramos aqueles em a divisão deve ser reali-  p3 = K . 1/3
zada em partes inversamente proporcionais.
 p1 + p2 + p3 = 36
A divisão de um número em partes inversamente
proporcionais a outros números dados, consiste Para encontrarmos o valor da constan-
em se determinar as parcelas que são diretamen- te K devemos substituir o valor de p1, p2 e p3 na
te proporcionais ao inverso de cada um dos nú- última expressão:
meros dados e que somadas, totalizam o número
original.

A divisão do número N em partes p1, p2, p3, ..., Portanto:


pn inversamente proporcionais aos números re-
ais, diferentes de zero a1, a2, a3, ..., na respecti-  p1 = 48 . 1/6 = 8
vamente, baseia-se em encontrar a constante K,
real não nula, tal que:  p2 = 48 . 1/4 = 12

Depois de encontrado o valor da constante K,  p3 = 48 . 1/3 = 16


basta substituí-lo nas igualdades onde foi utiliza-
da e realizar as contas para identificar o valor de As parcelas procuradas são respectivamen-
cada uma das partes. te 8, 12 e 16.

Exemplos Temos os problemas que solicitam a divisão de


um número em partes diretamente proporcionais
Divida o número 248 em partes inversamen- a outro grupo de números, assim como aqueles
te proporcionais a 3, 5, 7 e 9. que pedem a divisão em partes inversamente
proporcionais. Temos também os casos onde em
Conforme o explicado sabemos que: uma mesma situação um número de ser dividido
em partes diretamente proporcionais a um grupo
 p1 = K . 1/3 de números e em partes inversamente proporcio-
nais a um outro grupo de números.
 p2 = K . 1/5
A divisão do número N em partes p1, p2, p3,
 p3 = K . 1/7 ..., pn diretamente proporcionais aos números
reais, diferentes de zero a1, a2,a3, ..., na respecti-
 p4 = K . 1/9 vamente e inversamente proporcionais aos núme-
ros reais, diferentes de zero b1, b2, b3, ..., bn res-
 p1 + p2 + p3 + p4 = 248 pectivamente, baseia-se em encontrar a constan-
te K, real não nula, tal que:
Para encontrarmos o valor da constan-
te K devemos substituir o valor Tópico Relacionado
de p1, p2, p3 e p4 na última igualdade:
Exercícios Resolvidos - Divisão em Partes
Logo: Proporcionais

 p1 = 315 . 1/3 = 105 Ou de forma mais simplificada:

 p2 = 315 . 1/5 = 63 Depois de encontrado o valor da constante K,


basta substituí-lo nas igualdades onde foi utiliza-
 p3 = 315 . 1/7 = 45 da e realizar as contas para identificar o valor de
cada uma das partes.
 p4 = 315 . 1/9 = 35
Exemplos
As partes procuradas são respectivamente
105, 63, 45 e 35. Divida o número 1228 em partes diretamen-
te proporcionais a 1, 2, 3 e 4 e inversamente
Divida o número 36 em parcelas inversa- proporcionais a 5, 6, 7 e 8, respectivamente.
mente proporcionais a 6, 4 e 3.
Conforme o explicado sabemos que:
Do enunciado tiramos que:

1
 p1 = K . 1/5 soa utiliza uma fita métrica, que lhe permite com-
parar as medidas da pessoa com as da fita métri-
 p2 = K . 2/6 ca, que se baseia no metro como unidade de
medida. Ela então irá desenhar um molde e o irá
 p3 = K . 3/7 utilizar como padrão para o corte do tecido. As
medidas deste molde serão então uma grandeza
 p4 = K . 4/8 que será utilizada para fazer a roupa nas mesmas
proporções da pessoa.
 p1 + p2 + p3 + p4 = 1228
Grandezas Diretamente Proporcionais
Para encontrarmos o valor da constante K deve-
mos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na última Botando-se embaixo de uma torneira completa-
igualdade: mente aberta, um balde para encher, quanto mais
tempo a torneira permanecer aberta, quanto mais
Logo: água o balde irá conter, pelo menos até que este-
ja cheio. As grandezas tempo de vazão da água
 p1 = 840 . 1/5 = 168 e volume de água no balde são grandezas dire-
tamente proporcionais, pois quanto maior o tempo
 p2 = 840 . 2/6 = 280 de vazão da água, maior o volume de água no
balde.
 p3 = 840 . 3/7 = 360
Duas grandezas são diretamente proporcionais
 p4 = 840 . 4/8 = 420 quando ao aumentarmos o valor de uma delas
um certo número de vezes, o respectivo valor da
As partes procuradas são respectivamente
outra grandeza igualmente aumenta o mesmo
168, 280, 360 e 420.
número de vezes. Quando diminuímos o valor de
Divida o número 981 em partes diretamente uma delas, proporcionalmente o respectivo valor
proporcionais a 2, 6 e 3 e inversamente pro- da outra também diminui.
porcionais a 5, 9 e 4, respectivamente.
Vamos analisar a tabela abaixo que representa os
Do enunciado tiramos que: primeiros dez segundos do balde sob a torneira
completamente aberta:
 p1 = K . 2/5
Tempo em segun- Volume de água no balde em
 p2 = K . 6/9 dos litros

 p3 = K . 3/4 1 0,14

 p1 + p2 + p3 = 981 2 0,28
Para encontrarmos o valor da constante K deve-
mos substituir o valor de p1, p2 e p3 na última 3 0,42
expressão:
4 0,56
Portanto:
5 0,70
 p1 = 540 . 2/5 = 216
6 0,84
 p2 = 540 . 6/9 = 360
7 0,98
 p3 = 540 . 3/4 = 405

Fisicamente falando, grandeza tem um conceito 8 1,12


mais amplo, mas matematicamente que é o que
nosso foco, podemos defini-la como tudo aquilo 9 1,26
que pode ser medido. O número de pessoas em
um elevador, o seu peso e a sua altura são 10 1,40
exemplos de grandezas.

Medir é comparar duas grandezas, utilizando uma Conceitualmente a razão de dois valores quais-
delas como modelo ou padrão. Uma costureira, quer da primeira coluna é igual a razão dos res-
por exemplo, para obter as medidas de uma pes-

2
pectivos valores da segunda coluna, assim te- E por fim o valor da variável z:
mos:
Podemos então dizer que os números 15, 17, 21
Cada uma das igualdades acima são exemplos e 25 são respectivamente diretamente proporcio-
de uma proporção. Estas proporções são forma- nais aos números 165, 187, 231 e 275, pois a
das pela igualdade de duas razões. A primeira é a divisão de qualquer um dos números do primeiro
razão de dois valores da primeira grandeza e a grupo, pelo respectivo número do segundo grupo
segunda é a razão dos respectivos valores da é sempre igual a 1/11, ou seja, também podemos
segunda grandeza. obter o valor de x, y ou z simplesmente se divi-
dindo 15, 17 ou 21 por 1/11.
Exemplos Envolvendo Grandezas e Números
1
Diretamente Proporcionais /11 é o resultado da simplificação da única razão
que não possui incógnitas, 25/275, por 25.
Se o balde da situação acima tiver uma ca-
pacidade de 7,98 litros, estando o mesmo va- 165, 187 e 231 são os respectivos valores de x,
zio, quantos segundos serão necessários para y e z.
enchê-lo completamente?
Grandezas Inversamente Proporcionais
Podemos escolher qualquer uma das linhas da
tabela acima, para juntamente com o 7,98 corres- Na situação de estudo que tivemos acima, vimos
ponde à capacidade do balde, montarmos uma que o referido balde leva 57 segundos para ser
proporção. completamente cheio, quando o mesmo está
totalmente vazio e a torneira completamente
Vamos chamar de t o tempo que estamos procu- aberta, mas o que aconteceria se tivéssemos
rando e por comodidade nos cálculos, vamos diversas torneiras com vazão idêntica?
escolher a primeira linha da tabela para montar-
mos a proporção abaixo: Vejamos mais esta outra tabela:

Tempo em segundos
Quantidade de torneiras
para se encher o
completamente abertas
balde
Observe que esta proporção segue os mesmos
padrões das quatro proporções citadas mais aci-
ma. A primeira razão é formada por dois valores 1 57
da primeira coluna e a segunda razão, pelos dois
respectivos valores da segunda coluna, só que 2 28,5
neste caso a linha do consequente (denominador)
não têm os seus dados visíveis na tabela, pois 3 19
paramos a tabela na décima linha.
4 14,25
Vamos encontrar o valor de t recorrendo à propri-
edade da quarta proporcional que estudamos no 5 11,4
tópico proporção:

Serão necessários 57 segundos para se en-


Você deve ter percebido o óbvio. Quanto mais
cher o balde completamente.
torneiras se têm, mais rapidamente se enche o
Os números 15, 17, 21 e 25 são respectiva- balde.
mente diretamente proporcionais aos núme-
Duas grandezas são inversamente proporcionais
ros x, y, z e 275. Quais os valores de x, y e z?
quando ao aumentarmos o valor de uma delas
A partir dos dados do enunciado podemos escre- um certo número de vezes, o respectivo valor da
ver a seguinte proporção: outra grandeza diminui o mesmo número de ve-
zes. Quando diminuímos o valor de uma delas,
proporcionalmente o respectivo valor da outra
aumenta.
O valor da variável x pode ser obtido da seguinte
Vejamos as seguintes proporções obtidas a partir
forma:
da tabela acima:

De forma análoga obtemos o valor da variável y:

3
Cada uma destas proporções é formada pela Então os números 2, 3 e 4 são respectivamente
igualdade da razão de dois valores da primeira inversamente proporcionais aos núme-
grandeza com o inverso da razão dos respectivos ros 12, 8 e 6. Observe que multiplicando um nú-
valores da segunda grandeza. Repare que os mero do primeiro conjunto de números, pelo res-
termos da segunda razão estão invertidos em pectivo número do outro conjunto, o resultado
relação aos termos da primeira. sempre será 24, pois os números são inversa-
mente proporcionais. Então se dividirmos 24 por
Exemplos Envolvendo Grandezas e Números um número do consequente iremos obter o res-
Inversamente Proporcionais pectivo número do antecedente e se dividir-
mos 24 por um número do antecedente iremos
Estando o balde vazio, em quantos segun- obter o respectivo número do consequente.
dos conseguiremos enchê-lo completamente
utilizando-nos de 6 torneiras? Note que neste exemplo se multiplicarmos o se-
gundo elemento de cada conjunto iremos obter o
Como no exemplo anterior, podemos escolher número 24 ao qual nos referimos no parágrafo
qualquer uma das linhas da tabela acima e para anterior e pelo explicado neste mesmo parágrafo,
variar vamos escolher a terceira linha juntamente de uma forma alternativa podemos obter o valor
com o 6, das seis torneiras, para montarmos a dea e o valor de b. O segundo elemento foi esco-
proporção. lhido porque ele não possui variáveis, somente
números.
Novamente iremos chamar de t o tempo que es-
tamos procurando. A proporção será então: O valor de a é 2 e o valor de b é 6.

Regra de Três Simples

Note que temos t/19 no segundo membro, que é o Regra de três simples é um processo prático para
inverso da razão 19/t. resolver problemas que envolvam quatro valores
dos quais conhecemos três deles. Devemos, por-
Novamente recorrendo à propriedade da quarta tanto, determinar um valor a partir dos três já
proporcional vamos encontrar o valor de t: conhecidos.

Serão necessários 9,5 segundos para se en- Passos utilizados numa regra de três simples
chê-lo completamente.
· Construir uma tabela, agrupando as grandezas
Os números a, 3 e 4 são respectivamente da mesma espécie em colunas e mantendo na
inversamente proporcionais aos números 12, mesma linha as grandezas de espécies diferentes
8 e b. Quais os valores de a e b? em correspondência.

Com os dados do problema montamos a propor- · Identificar se as grandezas são diretamente ou


ção abaixo: inversamente proporcionais.

· Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos:
Repare que o antecedente de cada razão (nume- a) Se 8m de tecido custam 156 reais, qual o pre-
rador da fração) é um valor do primeiro conjunto. ço de 12 m do mesmo tecido?
Repare principalmente que o consequente de
cada razão (denominador da fração) é o inverso
do respectivo valor do segundo conjunto, isto
porque eles são inversamente proporcionais.

Continuando:

Agora facilmente podemos obter o valor de a:

Observe que as grandezas são diretamente pro-


porcionais, aumentando o metro do tecido au-
E também o valor de b: menta na mesma proporção o preço a ser pago.

4
Observe que o exercício foi montado respeitando termo x com o produto das outras razões de
o sentido das setas. acordo com o sentido das setas.

A quantia a ser paga é de R$234,00. Resolução:

b) Um carro, à velocidade de 60km/h, faz certo


percurso em 4 horas. Se a velocidade do carro
fosse de 80km/h, em quantas horas seria feito o
mesmo percurso?

Será preciso de 25 caminhões.

Objetivos:

Estes tutoriais trarão uma série de tópicos sobre


matemática básica de nível primário e secundário
e que são pontos fundamentais em concursos
Observe que as grandezas são inversamente públicos realizados, e até mesmo podem servir
proporcionais, aumentando a velocidade o tempo como fonte de consultas e recursos. Neste sétimo
diminui na razão inversa. tutorial será visto o sistema de cálculo da regra de
três, bem como serão colocados exercícios resol-
Resolução: vidos para fixação de conteúdo.

Serão acompanhadas as definições técnicas des-


te tema, e realizados alguns exercícios já com
suas respostas fornecidas para que a pessoa
possa acompanhar passo-a-passo a aplicação de
cada item. Este tutorial não tem como objetivo ser
apenas a única fonte de leitura, sendo necessário
O tempo a ser gasto é 3 horas. o estudo em livros técnicos e um acompanha-
mento personalizado em questões de maior
Observe que o exercício foi montado respeitando
abrangência, porém serve como uma fonte de
os sentidos das setas.
direcionamento e consulta.
Regra de Três Composta
Regra De Três
A regra de três composta é utilizada em proble-
* Definição
mas com mais de duas grandezas, direta ou in-
versamente proporcionais. Podemos definir REGRA DE TRÊS ao cálculo ou
processo matemático utilizado para resolver pro-
Exemplo:
blemas que envolvam duas ou mais grandezas
a) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam diretas ou grandezas inversamente proporcionais.
160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões
O problema que envolve somente duas grande-
serão necessários para descarregar 125m3?
zas diretamente é mais comumente chamado de
regra de três simples.

Exemplos de fixação da definição:

1) Um ingresso de show custa R$ 15,00, então, o


custo de 06 bilhetes será?

Aumentando o número de horas de trabalho, po- Grandeza 1: Número do bilhete


demos diminuir o número de caminhões. Portanto
a relação é inversamente proporcional (seta para Grandeza 2: Preço do bilhete
cima na 1ª coluna). Cálculos:
Aumentando o volume de areia, devemos aumen-
01 bilhete = R$ 15,00
tar o número de caminhões. Portanto a relação é
diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª 06 bilhetes = R$ 15,00 x 6
coluna). Devemos igualar a razão que contém o

5
Total: R$ 90,00 dezas a outra varia, porém de forma contrária,
mais na mesma proporção.
2) Um automóvel percorre um espaço de 480 km
em 02 horas. Quantos kms ele percorrerá em 06 A montagem da solução deste tipo de problema é
horas? feita invertendo as ordens das grandezas.

Grandeza 1: Distância percorrida 2 – Um certo homem percorre uma via de deter-


minada distância com uma bicicleta. Sabendo-se
Grandeza 2: Tempo necessário que com a velocidade de 05 Km/h, ele demora 06
horas, quanto tempo este homem gastará com
Cálculos: sua bicicleta para percorrer esta mesma distância
com uma velocidade 03 Km/h.
Distância 1 = 480 km / 02 horas

Distância 2 = ? / 06 horas

01 hora percorrida = 240 km

06 horas percorrida = 240 km x 6

Resultado: 1440 Kms

* Variantes da regra de três

Direta ou Inversa - È definido na regra de três os 03


termos de “direta ou inversa”, dependendo do tipo
de relação que existem entre as duas grandezas Assim: O tempo gasto é de 10 horas
envolvidas no processo do problema.
* Quadro de fixação da Regra de três direta e
Exemplos de fixação da definição: inversa

a) Regra de três simples direta - Regra de três simples direta

Nesta modalidade de regra de três é envolvida


duas grandezas diretamente proporcionais, ou
seja, quando a variação de uma delas correspon-
de à mesma variação da outra grandeza dada no
problema a ser resolvido.

A montagem da solução deste tipo de problema é


feita na mesma ordem de todas as grandezas.

1 – Um certo alimento tem o custo de R$ 5,00 por


05 quilos. Calcular o preço de 10 quilos deste - Regra de três simples inversa
alimento

Assim: 10 Kgs do alimento Y custam R$ 10,00 Regra de três composta – Este tipo de cálculo de
regra de três envolve mais de duas grandezas
b) Regra de três simples inversa proporcionais.
Nesta modalidade de regra de três são envolvidas Exemplos de fixação da definição:
duas grandezas inversamente proporcionais, ou
seja, quando existe a variação de uma das gran- 1) Se 20 homens trabalhando durante 15 dias
constroem 500 metros de um muro, quantos ho-

6
mens serão necessários para construir mais 1000
metros deste muro em 30 dias?

Grandeza 1 : Número de homens trabalhando

Grandeza 2 : Tempo de duração do trabalho

Grandeza 3 : Tamanho do muro Assim: 22 metros custarão R$ 110,00

2) Se 10 carros consomem em 05 dias a quanti- 2)Em 06 dias de trabalho, 12 confeiteiros fazem


dade de 1000 litros de gasolina, quantos carros 960 tortas. Em quantos dias 04 confeiteiros pode-
usaremos para consumir somente 500 litros de rão fazer 320 tortas
gasolina no espaço de 02 dias??
Solução: O problema envolve três grandezas
Grandeza 1: Número de carros (tempo, número de confeiteiros, quantidade de
tortas)
Grandeza 2: Número de dias

Grandeza 3: Quantidade combustível

- Método mais prático de solução da regra de


três composta Nas próximas lições veremos mais sobre os prin-
cipais temas de matemática para concursos.
Faça a comparação da grandeza que irá determi-
nar com as demais grandezas. Se esta grandeza Porcentagem
for inversa, invertemos os dados dessa grandeza
das demais grandezas. A percentagem ou porcentagem (do latim per
centum, significando "por cento", "a cada cente-
A grandeza a se determinar não se altera, então, na") é uma medida de razão com base 100 (cem).
igualamos a razão das grandezas e determina- É um modo de expressar uma proporção ou uma
mos o valor que se procura. relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o
outro é o inteiro) a partir de uma fração cujo de-
Veja: nominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um nú-
mero por 100 (cem).
Na alimentação de 02 bois, durante 08 dias, são
consumidos 2420 kgs de ração. Se mais 02 bois Dizer que algo (chamaremos de blusas) é "70%"
são comprados, quantos quilos de ração serão de uma loja (lê-se: "as blusas são setenta por
necessários para alimentá-los durante 12 dias. cento de uma loja"), significa dizer que blusas é
equivalente a 70 elementos em um conjunto uni-
verso de 100 elementos (representando lojas, que
pode ter qualquer valor), ou seja, que a razão é
a divisão:

para 1.

Ou seja, a 0,7ª parte de 1, onde esse 1 represen-


tando o valor inteiro da fração, no caso, "loja".
Assim: serão necessários 7260 Kgs de ração
Em determinados casos, o valor máximo de uma
* Alguns exercícios resolvidos percentagem é obrigatoriamente de 100%, tal
qual ocorre na umidade relativa do ar. Em outros,
1)Se 10 metros de um tecido custam R$ 50,00, contudo, o valor pode ultrapassar essa marca,
quanto custará 22 metros ? como quando se refere a uma fração maior que o
valor (500% de x é igual a 5 vezes x).
Solução: O problema envolve duas grandezas
(quantidade de tecidos e preço da compra) Existem muitas formas de se calcular porcenta-
gem. Podemos utilizar Regra de 3 ou multiplican-
do. Por exemplo:

Qual é o valor de 25% de 50?

7
100% representam o total, ou seja, 50. E 25% parecer e o "c" teria evoluído para um segundo
representam X. Fazendo a regra de três, temos: círculo.

50/100 = X/25 A porcentagem serve para representar de uma


maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
50 . 25 = 100X referenciando.

1250 = 100X Por exemplo, se temos 100 caixas, sendo que 40


delas estão cheias de areia, dizemos que 40%
X = 1250/100 ("40 partes de 100", ou seja, 40 partes de 100
caixas, logo são 40 caixas) estão cheias, e que as
X = 12,5 restantes estão vazias (60 caixas, ou 60% nesse
caso).
Portanto, 25% de 5.
O cálculo de porcentagem é bastante simples.
Ponto percentual é o nome da unidade na qual
Normalmente se usa a regra de três simples e
pode ser expresso o valor absoluto da diferença
direta.
entre quaisquer pares de porcentagens.
Se tivéssemos 200 caixas, e 50 delas estivessem
Por exemplo: se uma determinada taxa de juros
com areia, qual seria a porcentagem de caixas
cair de 24% ao ano para 12% ao ano, pode-se
vazias?
dizer que houve redução de 50% {[(valor inicial)-
(valor final)]/(valor inicial)}, mas não que houve Fazendo a subtração, descobrimos que 150 estão
redução de 12%. Dizer que houve uma redução vazias. Aplicando a regra de três para descobrir a
de 12% implica que o valor final seja de 12% me- porcentagem:
nor que o valor inicial, no nosso exemplo, a taxa
final seria 21,12% ao invés de 12%. 200 -> 100%
150 -> x

200x = 15000
O Ponto Percentual é uma unidade que pode 2x = 150
expressar essa diferença, voltando ao nosso x = 75
exemplo, é correto dizer que houve redução de x = 75%
12 pontos percentuais na tal taxa de juros.
Ou seja, 75% das caixas estão vazias (que repre-
Muitos acreditam que o símbolo "%" teria evoluí- sentam 150 caixas)

do a partir da expressão matemática É importante lembrar que 1% é igual á 1/100. É


possível que em alguns vestibulares você encon-
Porém, alguns documentos altamente antigos tre problemas do tipo:
sugerem que o % evoluiu a partir da escrita da
expressão latina "per centum", sendo conhecido (30%)2 = (30/100)2 = 0,32 = 0,09 = 9/100 = 9%
em seu formato atual desde meados do século
10050% = 10050/100 = 1000,5 = 10
XVII. Apesar do nome latino, a criação do concei-
to de representar valores em relação a uma cen- É frequente o uso de expressões que refletem
tena é atribuída aos gregos. acréscimos ou reduções em preços, números ou
quantidades, sempre tomando por base 100 uni-
dades. Alguns exemplos:

A gasolina teve um aumento de 15% Significa


que em cada R$100 houve um acréscimo de
R$15,00 o cliente recebeu um desconto de 10%
em todas as mercadorias.

Significa que em cada R$100 foi dado um des-


conto de R$10,00
Segundo o historiador David Eugene Smith, o
símbolo seria originalmente escrito "per 100" ou Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são
"per c". Smith estudou um manuscrito anónimo craques.
de 1425, contendo um círculo por cima do "c". Significa que em cada 100 jogadores que jogam
Com o tempo a palavra "per" acabaria por desa- no Grêmio, 90 são craques.

8
Razão Centesimal

Toda a razão que tem para consequente o núme-


ro 100 denomina-se razão centesimal. Alguns Portanto o jogador fez 6 gols de falta.
exemplos:
2) Se eu comprei uma ação de um clube por
R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa
percentual de lucro obtida?

Podemos representar uma razão centesimal de Montamos uma equação, onde somando os
outras formas: R$250,00 iniciais com a porcentagem que au-
mentou em relação a esses R$250,00, resulte
nos R$300,00.

As expressões 7%, 16% e 125% são chama-


das taxas centesimais ou taxas percentuais.

Considere o seguinte problema:


Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos
cavalos ele vendeu? Uma dica importante: o FATOR DE MULTIPLI-
CAÇÃO.
Para solucionar esse problema devemos aplicar a
taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos. Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um
determinado valor, podemos calcular o novo valor
apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o
fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%,
multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa tabela abaixo:
a porcentagem procurada.
Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
Portanto, chegamos a seguinte definição:
10% 1,10
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma
taxa percentual a um determinado valor. 15% 1,15

Exemplos: 20% 1,20

Calcular 10% de 300. 47% 1,47

67% 1,67

Calcular 25% de 200kg.


Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00
temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00

No caso de haver um decréscimo, o fator de mul-


tiplicação será:
Logo, 50kg é o valor correspondente à porcenta-
gem procurada. Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na
forma decimal)
EXERCÍCIOS:
Veja a tabela abaixo:
1) Um jogador de futebol, ao longo de um campe-
onato, cobrou 75 faltas, transformando em gols
Desconto Fator de Multiplicação
8% dessas faltas. Quanto gol de falta esse joga-
dor fez?

9
10% 0,90

25% 0,75

34% 0,66

60% 0,40

90% 0,10

Grandezas Inversamente Proporcionais


Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00
temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00. Uma grandeza é inversamente proporcional
quando operações inversas são utilizadas nas
Proporcionalidade Direta e Inversa grandezas.

Definimos por grandeza tudo aquilo que pode ser Por exemplo, se dobramos uma das grandezas
contado e medido, como o tempo, a velocidade, temos que dividir a outra por dois, se triplicamos
comprimento, preço, idade, temperatura entre uma delas devemos dividir a outra por três e as-
outros. As grandezas são classificadas em: dire- sim sucessivamente.
tamente proporcionais e inversamente proporcio-
nais. A velocidade e o tempo são considerados gran-
dezas inversas, pois aumentarmos a velocidade,
Grandezas Diretamente Proporcionais o tempo é reduzido, e se diminuímos a velocida-
de, o tempo aumenta.
São aquelas grandezas onde a variação de uma
provoca a variação da outra numa mesma razão. Exemplo 3
Se uma dobra a outra dobra, se uma triplica a
outra triplica, se uma é dívida em duas partes Para encher um tanque são necessárias 30 vasi-
iguais a outra também é dívida à metade. lhas de 6 litros cada uma. Se forem usadas vasi-
lhas de 3 litros cada, quantas serão necessárias?
Exemplo 1

Se três cadernos custam R$ 8,00, o preço de seis


cadernos custará R$ 16,00. Observe que se do-
bramos o número de cadernos também dobramos
o valor dos cadernos. Confira pela tabela:

Utilizaremos 60 vasilhas, pois se a capacidade da


vasilha diminui, o número de vasilhas aumenta no
intuito de encher o tanque.

As duas grandezas são muito utilizadas em situa-


ções de comparação, isto é comum no cotidiano.

A utilização da regra de três nos casos envolven-


Exemplo 2
do proporcionalidade direta e inversa é de extre-
Para percorrer 300 km, um carro gastou 30 litros ma importância para a obtenção dos resultados.
de combustível. Nas mesmas condições, quantos
Juros Simples e Juros Composto
quilômetros o carro percorrerá com 60 litros? E
com 120 litros? A fórmula clássica para o cálculo de juro simples
é:

j = C x r / 100,

sendo

C = Capital

10
R = a taxa percentual. Mas aí vem uma pergunta: como isso? Se eu
tenho um contrato com a Caixa Econômica de
Agora vamos tratar do tempo. receber 6% ao ano, como é que ela vai pagar ao
mês?
Se alguém empresta dinheiro a 3%a.m., isto sig- É assim mesmo, pois entra aí uma outra coisa
nifica por convenção (combinação, acordo, trato nova: o regime de capitalização.
entre pessoas) que para cada R$ 100,00 embuti-
dos no valor do empréstimo, R$ 3,00 deverão ser O que é isto? Nada de mais, apenas quer dizer
pagos como aluguel desse dinheiro todo o mês. que, embora o contrato diga que os juros serão
pagos ao depositante à taxa de 6%a.a. (R$ 6,00
'a.m.', então, é uma combinação (convenção) de juros a cada ano para R$ 100,00 depositados),
entre pessoas, que quer dizer 'ao mês', 'todo combinou-se que o cálculo será feito à taxa equi-
mês', 'por mês'. valente a cada mês de decurso do empréstimo,
pelo tempo em meses combinado entre as partes
Poderia ser 'a.a.', que significaria 'ao ano', 'por em que estiver valendo a operação.
ano'
O regime de capitalização, no nosso exemplo, é
Então, simplesmente - caso seja uma taxa 'a.m.' - mensal. Equivale a dizer 'todo mês faça o cálculo
a gente multiplica o que se ganha de juro pelo do juro'.
tempo em meses que o dinheiro ficou à disposi-
ção de quem o tomou. Logo, o juro que sai de Então, o equivalente a um mês de uma taxa de
6% a.a. é 6 a.a./12, ou seja, 0,5% a.m.
j = r x C / 100
A taxa de 6% a.a. então é dita 'taxa nominal', pois
vai se repetir 't' meses e a fórmula é simplesmen- é uma taxa só de nome. Ela, integralmente, não
te afetada disto, passando a ser serve ao cálculo efetivo de juro. E esta divisão por
12 é uma convenção também. Poderia ser feita
j = r x C / 100 x t
de outro jeito, mas combinou-se assim. Uma divi-
ou são simples.

j = Cit/100 (como nos livros). Por conseqüência, a verdadeira taxa da Caderne-


ta de Poupança é 0,5% a.m. e é esta que deve
Se o tomador permanecer 3 meses com o dinhei- ser incluída no cálculo.
ro do empréstimo, terá de pagar 3 x j, ou seja, r x
C / 100 x 3, que pode se entendido que ele paga- Então, o juro da Caderneta de Poupança deve ser
rá três vezes mais juros do que alguém que fica- calculado - como todo juro -conforme a fórmula
ria apenas um período. clássica:

Mas vamos tratar de 't' valendo 1 mês para cons- j = 0,5 x C / 100.
truirmos nossa história. Assim, ainda não preci-
Então vamos fazer continhas. Vamos supor al-
samos escrevê-lo na fórmula. Vamos entender
guém deposite R$ 500,00 na Caderneta de Pou-
que o 'contrato' é de um período apenas. Pode
pança no primeiro dia útil do ano, só para facilitar
ser o empréstimo por apenas um mês.
tudo.
A Caderneta de Poupança, por exemplo, paga
02/01/2006 -> R$ 500,00.
6% a.a. ao depositante (veja que o depositante
aqui é quem empresta dinheiro ao banco). Quando chegar no dia 02/02/2006, há a conta-
gem do juro:
Mas as sutilezas, com o desenvolvimento das
relações comerciais, vão se refinando. j = 0,5 x 500,00 / 100 = R$ 2,50.
Uma pergunta: No caso da Caderneta de Pou- Então, a Caixa Econômica Federal deposita os
pança, isto significa que quem depositar seu di- R$ 2,50 na conta do depositante como aluguel do
nheiro lá irá receber R$ 6,00 por cada R$ 100,00 dinheiro. Esta conta-poupança fica, então, com o
somente quando seu depósito fizer um ano? valor de R$ 502,50.
Nada impediria que fosse assim. Quem quiser
emprestar dinheiro e pôr a mão nos juros após Este valor, por convenção (combinação entre as
um ano de empréstimo pode fazer isto. pessoas) passa a se chamar Montante.
Mas, combinou-se outra coisa: a Caderneta de Montante é o que havia antes do juros, mais os
Poupança iria pagar todo mês. juros.

11
Mas aí, nosso depositante, que é uma pessoa Para prosseguir, relembremos que
muito influenciável, ouve falar que um outro ban-
co paga uma taxa melhor na Caderneta de Pou- Montante (M) é igual ao Capital ( C ) acrescido
pança, sem saber que o sistema é unificado e as dos juros (j) no fim do período.
Cadernetas de Poupança obedecem sempre à
regra da Caixa Econômica Federal, e saca total- M=C+j
mente o valor do montante. E leva para outro
banco o valor total de R$ 502,50, abrindo uma M = C + r x C / 100
nova conta.
Para facilitar, vamos dizer que não seja C o nu-
Então, neste novo banco, ele deposita, no mesmo merador daquela fraça, mas 'r'. Reescrevamos e
dia 2/2 o seu dinheiro para uma nova aplicação. não mudemos nada

02/02/2006 -> R$ 502,50. M = C + r / 100 x C

No dia 02/03/2006, um mês após, o novo banco Para facilitar a visualização, uma vez que a divi-
paga-lhe a taxa padrão, isto é, são é por uma constante, que tal escondê-la, sem
deixar de considerá-la?
j = 0,5 x 502,50 / 100 = R$ 2,5125.
Vamos trocar a alíquota 'r' por 'i', significando
Como não temos representação além da dos r/100.
centavos, o banco deposita R$ 2,51 em sua con-
ta, agora somando os R$ 502,50 iniciais com os M=C+ixC
novos juros, isto é, indo o Montante para R$
Ou
505,01.
M = C + Ci
Não satisfeito com o juro pago, ele retira o dinhei-
ro deste banco e vai a outra Caderneta de Pou- ou
pança com a mesma ilusão de ganhar mais do
que antes e abre uma nova conta. M = C ( 1 + i ) ---> (1)
02/03/2006 -> R$ 505,01. Então, se formos calcular o montante de R$
500,00 aplicados por 1 mês, à taxa de 0,5%a.m.,
No dia 02/04/2006 ele vai ao banco e encontra o faríamos assim
juro de
r = 0,5; i=0,005
j = 0,5 x 505,01 / 100 = R$ 2,52,
M = 500 ( 1 + 0,005) ou
perfazendo o montante de R$ 507,53.
M = 500 ( 1,005).
Nosso amigo então percebe que perdeu tempo,
teve trabalho de abrir contas desnecessariamen- Aquele '1' do '1 + 0,005' representa o valor apli-
te. Se ele tivesse deixado o dinheiro no primeiro cado anterior.
banco, o valor seria o mesmo, pois as regras de
cálculos são as mesmas e foram aplicadas sem- Veja que realmente esta última fórmula dá o pri-
pre sobre o valor que teriam caso ficassem numa meiro valor calculado ao fim do primeiro mês.
mesma instituição bancária.
R$ 502,50.
Agora vamos ver o que aconteceria, caso nosso
ambicioso depositante deixasse seu dinheiro na Voltemos a (1)
primeira conta, sem abrir todas aquelas outras.
M=C(1+i)
500,00.
1o. Juro -> 0,5 x 500,00 / 100 = 2,50. Isto daria o primeiro montante.

500,00 + 2,50 = 502,50. Mas, lembra?, o primeiro montante é o 'capital' da


2o. Juro -> 0,5 x 502,50 / 100 = 2,51. segunda aplicação:

502,50 + 2,51 = R$ 505,01 M2 = 'M' vezes a partícula que afeta o valor apli-
3o. Juro -> 0,5 x 505,01 / 100 = 2,52. cado.
505,01 + 2,52 = 507,53.
Releia:

12
M2 = { C ( 1 + i ) } x (1 + i ) Duplicata: papel emitido por pessoas jurídicas
contra clientes físicos ou jurídicos, especificando
Veja, (1 + i) está sendo multiplicado por si mes-
vendas de mercadorias com prazo ou prestação
mo, ou seja
de serviços a serem pagos mediante contrato
M2 = C ( 1 + i ) ^ 2. firmado entre as partes.

Continuando, Nota promissória: título que comprova uma apli-


cação com vencimento determinado. Este produto
M3 = 'M2' vezes a partícula que afeta o valor apli-
é muito utilizado entre pessoas físicas e ou pes-
cado.
soas físicas e instituições financeiras credencia-
Reescrevendo M3, das.

M3 = { C ( 1 + i ) ^2 } x ( 1 + i) Letra de câmbio: como a promissória, é um título


que você pode simplificar para que comprova uma aplicação com estabelecimen-
to prévio do vencimento. No caso da letra, o título
M3 = C ( 1 + i ) ^ 3. ao portador somente é emitido por uma instituição
financeira credenciada.
Se formos ver a aplicação inicial de R$ 500,00 no
início de nossa história, teremos que Ao descontar um dos títulos citados ou qualquer
M3 = 500,00 x ( 1 + 0,005 ) ^ 3 outro produto do mercado financeiro, são levadas
em conta algumas condições:
que resulta
Dia do vencimento: o dia estabelecido para ven-
R$ 507,53. cimento do título.
Você viu que, na nossa história de alguém depo- Tempo ou prazo: diferença entre o dia do venci-
sitar um valor inicial e retirar após o primeiro perí-
mento e o dia da negociação. Essa diferença
odo esse valor mais seus juros, abrir uma nova
conta com o montante arrecadado e fazer uma costuma ser definida em dias.
nova aplicação para repetir isto mais à frente,
resultou em cálculos isolados de juros simples. Valor Nominal: valor mostrado no título e que
deve ser pago no dia do vencimento.
Entretanto, o valor final, utilizando-se o recurso do
cálculo de Juros Compostos levou ao mesmo Valor Atual: valor a ser pago ou recebido em
resultado. data anterior ao vencimento. Comumente efetua-
do com desconto.
Isto funcionou em ambos os casos em virtude da
taxa de aplicação (no caso, 0,5% a.m.) ser a O desconto simples comercial pode ser calculado
mesma, e o valor inicial também o mesmo.
aplicando a seguinte expressão matemática:
Por fim, juros compostos tratam de montantes d=N*i*n
(valor mais aluguel do valor). Ou sejam, juros
simples reaplicados a cada período. Na expressão para cálculo do desconto simples
temos:
Descontos Simples
d = valor do desconto
No sistema financeiro, as operações de emprés-
timo são muito utilizadas pelas pessoas, tais mo- N = valor nominal do título
vimentações geram ao credor um título de crédito,
que é a justificativa da dívida. Esses títulos pos- i = taxa de desconto
suem datas de vencimento pré-determinadas,
n = tempo (antecipação do desconto)
mas o devedor tem o direito de antecipar o pa-
gamento; caso isto aconteça, um abatimento Com base na expressão para o cálculo do des-
chamado de desconto é efetuado. Existem vários conto, podemos estabelecer outra expressão
produtos utilizados nas operações financeiras, matemática capaz de determinar o valor atual
como principais temos: comercial, que é dado por:

13
A = N – d, lembrando que d = N * i * n. A = 4 476

A=N–N*i*n i = 32,4% a.a. = 32,4/100 = 0,324 a.a. = 0,324/12


= 0,027 a.m.
A = N*(1 – i * n)
A = N*(1 – i *n)
É importante ressaltar que as operações de des-
conto comercial devem ser efetuadas em perío- 4476 = 4800*(1 – 0,027 * n)
dos de curto prazo, já que em períodos longos o
valor do desconto pode ser maior que o valor 4476/4800 = 1 – 0,027n
nominal do título.
0,9325 = 1 – 0,027n
Exemplo 1
0,9325 – 1 = – 0,027n
Um título de R$ 10 000,00 é descontado à taxa
– 0,0675 = – 0,027n (multiplicar por –1)
de 1,5% ao mês, faltando 25 dias para o venci-
mento. 0,0675 = 0,027n
Determine: 0,0675/0,027 = n
a) o valor do desconto simples comercial. n = 2,5
b) o valor atual comercial do título. O tempo de resgate do título foi o correspondente
a 2,5 meses ou 2 meses e 15 dias.
Temos:
População e Amostra
N = 10 000
Toda pesquisa estatística precisa atender a um
n = 25
público alvo, pois é com base nesse conjunto de
i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015 ao mês = 0,0005 ao pessoas que os dados são coletados e analisa-
dia dos de acordo com o princípio da pesquisa. Esse
público alvo recebe o nome de população e cons-
a) d = N * i * n titui um conjunto de pessoas que apresentam
características próprias, por exemplo: os usuários
d = 10 000 * 0,0005 * 25 de um plano de saúde, os membros de uma equi-
pe de futebol, os funcionários de uma empresa,
d = 125
os eleitores de um município, estado ou país, os
Desconto comercial de R$ 125,00. alunos de uma escola, os associados de um sin-
dicato, os integrantes de uma casa e várias situa-
b) A = 10 000 – 125 ções que envolvem um grupo geral de elementos.
A população também pode ser relacionada a um
A = 9875 conjunto de objetos ou informações. Na estatísti-
ca, a população é classificada como finita e infini-
Valor atual, o desconto simples comercial será de
ta.
R$ 9 875, 00.
População finita: nesses casos o número de
Exemplo 2
elementos de um grupo não é muito grande, a
Um título no valor de R$ 4 800,00 foi resgatado entrevista e a análise das informações devem
anterior ao seu vencimento por R$ 4 476,00 e a abordar a todos do grupo. Por exemplo:
taxa de desconto comercial utilizada foi de 32,4%
 As condições das escolas particulares na cida-
ao ano. Determine o tempo de antecipação do
de de Goiânia. Se observarmos o grupo chega-
resgate.
remos à conclusão de que o número de escolas
N = 4 800 particulares em Goiânia é considerado finito.

14
População infinita: o número de elementos nes- no entanto, nunca chegará a metade de um carro,
se caso é muito elevado, sendo considerado infi- não haverá "frações" no número de carros. O
nito. Por exemplo: resultado a princípio não é completamente co-
nhecido, mas sempre descritível com facilidade.
 A população da cidade de São Paulo.
Variáveis Aleatórias Contínuas
Amostra diz respeito a um subconjunto da popu- Uma Variável Aleatória que pode assumir qual-
lação, fração ou uma parte do grupo. Em alguns quer valor numérico em um determinado intervalo
casos seria impossível entrevistar todos os ele- ou coleção de intervalos é chamada de variável
mentos de uma população, pois levaria muito aleatória contínua.
tempo para concluir o trabalho ou até mesmo
Imagine umas olimpíadas o lançamento do marte-
seria financeiramente inviável, dessa forma, o
lo (podendo ser o disco, lança ou outro), sabemos
número de entrevistados corresponde a uma de antemão que os valores do lançamento de
quantidade determinada de elementos do conjun- martelo atingem no máximo a distância de 60
to, uma amostra. metros e a distância mínima classificatória de 30.

Conceitos Básicos Ou seja, todos os lançamentos serão dentro des-


se intervalo podendo assumir uma infinidade de
Uma variável aleatória pode ser considerada co- possibilidades, pois sempre existirá uma fração
mo o resultado numérico de operar um mecanis- para medir as menores diferenças possíveis entre
mo não determinístico ou de fazer uma experiên- um lançamento a outro, como 59 metros, 25 cen-
cia não determinística para gerar resultados alea- tímetros, 12milimetros e assim por diante.
tórios.
Neste caso x seria uma variável aleatória contí-
Matematicamente, uma variável aleatória é defi- nua que assume qualquer valor no intervalo 30
nida como uma função mensurável de um espaço (maior igual a) x (menor ou igual a) 60
probabilidade para um espaço mensurável (sig-
ma-álgebra). Este espaço mensurável é o espaço Gráficos
de possíveis valores da variável, e é normalmente
tomado como a sig,a-álgebra baseada na topolo- Os gráficos constituem uma forma clara e obje-
gia usual dos números reais, e nós iremos geral- tiva de apresentar dados estatísticos. A inten-
mente assumir isto nos passos seguintes, exceto ção é a de proporcionar aos leitores em geral a
nos casos devidamente assinalados. compreensão e a veracidade dos fatos. De
acordo com a característica da informação pre-
Uma Variável aleatória é uma descrição numérica cisamos escolher o gráfico correto. Os mais
do resultado do experimento. É a forma encontra- usuais são: gráfico de segmentos, gráfico de
da para narrarmos o que acontece. barras e gráfico de setores.
Variáveis Aleatórias Discreta Gráfico de Segmento ou gráfico de linhas
Uma variável pode assumir duas classificações,
Discreta ou Contínua.
Objetivos: simplicidade, clareza e veracidade.

Para melhor explicar o conceito associamos a Uma locadora de filmes em DVD registrou o
algum exemplo real. número de locações no 1º semestre do ano de
2008. Os dados foram expressos em um gráfi-
Um pequeno dado de seis lados, muito comum co de segmentos.
em jogos de tabuleiros, ele é o melhor exemplo
para uma Variável Aleatória Discreta Finita. Pois
todas as vezes em que lançarmos o dado, ele
sempre nos dará um "valor" inteiro. Não existe a
possibilidade que ele caia de "lado" nos dando
um valor surpreendente como 2,5555.

O seu Espaço Amostral é {1,2,3,4,5,6} não ha-


vendo nenhum valor intermediário.

Outro exemplo de Variável Aleatória Discreta


Infinita, seria o número de carros que chegam no
pedágio, sabemos que virá infinitamente carros,

15
Gráfico de setores

Objetivos: expressar as informações em uma


circunferência fracionada. É um gráfico muito
usado na demonstração de dados percentuais.

O gráfico a seguir mostrará a preferência dos


clientes de uma locadora quanto ao gênero dos
filmes locados durante a semana.

Gráfico de Barras horizontal e vertical

Objetivo: representar os dados através de re-


tângulos, com o intuito de analisar as projeções
no período determinado.

O exemplo abaixo mostra o consumo de ener-


gia elétrica no decorrer do ano de 2005 de uma
família.

Distribuição de Frequência

Quando o conjunto de dados consiste de um


grande número de dados, indica-se alocá-los
numa tabela de distribuição de frequência ou
tabela de frequência. Os dados nessa tabela são
divididos em classes pré-estabelecidas, anotan-
do-se a frequência de cada classe. Então uma
tabela de frequência é um arranjo tabular dos
dados com a frequência correspondente. As tabe-
las de frequência servem de base para as repre-
sentações gráficas.
O primeiro trabalho para construção de uma tabe-
la de frequência é a escolha das classes.

Quando está usando variáveis discretas, deve-


mos unir duas ou mais classes em uma só. Por
exemplo, no censo de carros por família
na cidade de Campo Grande, as classes serão: 0,

16
A ideia geral da probabilidade é frequentemente
1, 2, ..., n. Onde n é o maior número de carros por dividida em dois conceitos relacionados:
família. Se a classe 0 e 1 for muito freqüente,
 Probabilidade de frequência ou probabili-
devemos uni-las então as classes serão: 0-1, 2-3, dade aleatória, que representa uma série de
eventos futuros cuja ocorrência é definida por
...,n. alguns fenômenos físicos aleatórios. Este concei-
to pode ser dividido em fenômenos físicos que
são previsíveis através de informação suficiente e
Quando tratar-se de variáveis contínuas as clas- fenômenos que são essencialmente imprevisí-
ses deverão ser escolhidas de um modo ao aca- veis. Um exemplo para o primeiro tipo é uma role-
ta, e um exemplo para o segundo tipo é
so. A escolha depende do número total de obser- um decaimento radioativo.
vações, amplitude da variação e a precisão re-  Probabilidade epistemológica ou probabili-
querida nos cálculos. dade Bayesiana, que representa nossas incerte-
zas sobre proposições quando não se tem co-
nhecimento completo das circunstâncias causati-
Deve ser observado que quanto maior o nº de vas. Tais proposições podem ser sobre eventos
passados ou futuros, mas não precisam ser. Al-
classes, maior poderá ser o erro na análise esta- guns exemplos de probabilidade epistemológica
são designar uma probabilidade à proposição de
tística. Pode então fazer classes de pequenas que uma lei da Física proposta seja verdadeira, e
amplitudes, porém pode-se aumentar excessiva- determinar o quão "provável" é que um suspeito
cometeu um crime, baseado nas provas apresen-
mente o nº de classes (de 10 a 20 classes é um tadas.
número aceitável). É uma questão aberta se a probabilidade aleató-
ria é redutível à probabilidade epistemológica
baseado na nossa inabilidade de predizer com
As classes devem ser mutuamen- precisão cada força que poderia afetar o rolar de
te exclusivas (um valor de classe exclui o outro) um dado, ou se tais incertezas existem na nature-
za da própria realidade, particularmente em fe-
para que não haja dúvida na localização do dado. nômenos quânticos governados pelo princípio da
incerteza de Heisenberg. Embora as mesmas
As classes devem der definidas (inaceitáveis regras matemáticas se apliquem não importando
classes como “50 ou mais”). qual interpretação seja escolhida, a escolha tem
grandes implicações pelo modo em que a proba-
bilidade é usada para modelar o mundo real.
O centro da classe é a média dos limites da clas-
Formalização da Probabilidade
se. Os centros de classe e as respectivas fre-
Como outras teorias, a teoria das probabilida-
quências são usados nos cálculos das estatísti- des é uma representação dos conceitos probabi-
lísticos em termos formais – isso é, em termos
cas descritivas. Fornecem também os elementos
que podem ser considerados separadamente de
para a organização dos gráficos como o histo- seus significados. Esses termos formais são ma-
nipulados pelas regras da matemática e da lógica,
grama, o polígono de frequência e a ogiva. e quaisquer resultados são então interpretados ou
traduzidos de volta ao domínio do problema.
Em estatística, a distribuição de frequência é
um arranjo de valores que uma ou mais variáveis Houve pelo menos duas tentativas com sucesso
de formalizar a probabilidade, que foram as for-
tomam em uma amostra. Cada entrada na tabela
mulações de Kolmogorov e a de Cox. Na formu-
contém a frequência ou a contagem de ocorrên- lação de Kolmogorov,conjuntos são interpretados
cias de valores dentro de um grupo ou intervalo como eventos e a probabilidade propriamente dita
específico, e deste modo, a tabela resume a dis- como uma medida numa classe de conjuntos. Na
tribuição dos valores da amostra. de Cox, a probabilidade é entendida como uma
primitiva (isto é, não analisada posteriormente) e
Probabilidades a ênfase está em construir uma associação con-
sistente de valores de probabilidade a proposi-

17
ções. Em ambos os casos, as leis da probabilida- Uma aplicação importante da teoria das probabili-
de são as mesmas, exceto por detalhes técnicos: dades no dia a dia é a questão da confiabilidade.
No desenvolvimento de muitos produtos de con-
1. Uma probabilidade é um número entre 0 e sumo, tais como automóveis e eletro - eletrônicos,
a teoria da confiabilidade é utilizada com o intuito
2. A probabilidade de um evento ou proposi- de se reduzir a probabilidade de falha que, por
ção e seu complemento, se somados, valem até sua vez, está estritamente relacionada à garantia
1; e do produto. Outro bom exemplo é a aplicação
da teoria dos jogos, uma teoria rigorosamente
3. a probabilidade condicionada ou conjun- baseada na teoria das probabilidades, à Guerra
ta de dois eventos ou proposições é o produto da Fria e à doutrina de destruição mútua assegura-
probabilidade de um deles e a probabilidade do da.
segundo, condicionado na primeira.
Em suma, é razoável pensar que a descoberta de
O leitor vai encontrar uma exposição da formula- métodos rigorosos para estimar e combinar pro-
ção de Kolmogorov no artigo sobre teoria das babilidades tem tido um impacto profundo na
probabilidades, e no artigo sobre o teorema de sociedade moderna. Assim, pode ser de extrema
Cox a formulação de Cox. Veja também o artigo importância para muitos cidadãos compreender
sobre os axiomas da probabilidade. como estimativas de chance e probabilidades são
feitas e como elas contribuem para reputações e
Aplicações da Teoria da Probabilidade no Co-
decisões, especialmente em uma democracia.
tidiano

Um efeito maior da teoria da probabilidade no


cotidiano está na avaliação de riscos e no comér-
cio nos mercado de matérias-primas. Governos
geralmente aplicam métodos de probabilidade
na regulação ambiental onde é chamada de
"análise de caminho", e estão frequentemente
medindo o bem-estar usando métodos que são
estocásticos por natureza, e escolhendo projetos
com os quais se comprometer baseados no seu
efeito provável na população como um todo, esta-
tisticamente.

De fato, não é correto dizer que estatísticas este-


jam envolvidas na modelagem em si, dado que,
normalmente, estimativas de risco são únicas
(one-time) e, portanto, necessitam de modelos
mais fundamentais como, por exemplo, para de-
terminar "a probabilidade de ocorrência de outro
atentado terrorista como o de 11 de setembro em
Nova York". Uma pequenos tende a se aplicar a
todas estas situações e à percepção dos efeitos
relacionados a tais situações, o que faz de medi-
das de probabilidade uma questão política.

Um bom exemplo é o efeito nos preços do petró-


leo da probabilidade percebida de qualquer confli-
to mais abrangente no Oriente Médio - o que con-
tagia a economia como um todo. A estimativa
feita por um comerciante de comodidades de que
uma guerra é mais (ou menos) provável leva a
um aumento (ou diminuição) de preços e sinaliza
a outros comerciantes aquela opinião. Da mesma
forma, as probabilidades não são estimadas de
forma independente nem, necessariamente, raci-
onal. A teoria de finança comportamental surgiu
para descrever o efeito de tal pensamento de
grupo (groupthink) na definição de preços, políti-
ca, paz e conflito.

18

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