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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS

FABIO ANDRÉ MARTINI


RENAN VINÍCIUS VIEIRA DA ROSA

AÇOS INOXIDÁVEIS PH

PONTA GROSSA
2017
FABIO ANDRÉ MARTINI
RENAN VINÍCIUS VIEIRA DA ROSA

AÇOS INOXIDÁVEIS PH

Trabalho apresentado como requisito parcial para


aprovação na disciplina de Materiais Metálicos 2 na
Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Professor: Selauco Vurobi Júnior.

PONTA GROSSA
2017
1. AÇOS INOXIDÁVEIS ENDURECIDOS POR PRECIPITAÇÃO (Stainless Steels
Precipitation-Hardening)

São as ligas de cromo e níquel que possuem elementos adicionados afim de


promover o endurecimento, como precipitados de cobre, alumínio, titânio, estes aços
podem ser austeníticos que possuem dureza menor do que os semiausteníticos e
martensíticos, mas as propriedades não magnéticas são mantidas, semiausteníticos
que ao contrário dos martensíticos, são moles o suficiente quanto recozidos e com
isso podem ser trabalhados a frio, possuindo boa tenacidade e ductilidade, podendo
ser utilizados na soldagem quando estão nesta condição, ou martensíticos que podem
ser facilmente soldados. Estes podem ser na condição recozido, envelhecido,
solubilizado, aqueles que são austeníticos na condição recozido comumente se
transformam em martensíticos atingindo alta resistência por endurecimento por
precipitação combinado com a transformação martensítica, sendo essas
transformações resultantes de tratamentos térmicos e as vezes em tratamentos como
o subzero (1).
Podem ser de diversas classes como: PH 13-8, 15-5 PH, 17-4 PH, 17-7 PH,
onde variam seus teores de elementos de liga e elementos atuantes como
precipitados. Na tabela 1 pode-se analisar os principais elementos de liga contidos
nos aços 17-7 e 17-4 PH (1).

Tabela 1: Principais elementos de liga contidos nos aços 17-7 PH e 17-4 PH


Elemento de liga Cromo (Cr) Níquel (Ni) Alumínio (Al) Cobre (Cu)
Teor do elemento De 16 a 18%. De 6,50 a De 0,75 a 1,50%. ----------
(17-7 PH) 7,75%.
Teor do elemento De 15,5 a De 3 a 5%. ---------- De 3 a 5%.
(17-4 PH) 17,5%.
Fonte: Adaptado de (1).

Conforme mostrado na tabela 1, visto que possuem outros elementos como


carbono, manganês, mas em teores próximos, os elementos precipitados na matriz
alteram, o cobre por exemplo permite com que estas ligas sejam mais reforçadas no
endurecimento por precipitação, além de ser útil na resistência a corrosão, erosão,
desgaste (2).
Adições de cromo também são efetivas para resistência a corrosão,
resistência a temperaturas elevadas e maior resistência a tração, e com isso
diminuição da ductilidade, característica semelhante à do alumínio, que mantém uma
boa resistência a corrosão e também a oxidação, diminuindo a ductilidade, e em teores
altos de alumínio mesmo com os cuidados a serem tomados no seu aquecimento, são
fáceis de trabalhar e utilizadas na forma forjada. Geralmente as ligas são em condição
recozida, podem ser envelhecidas dependendo a aplicação. O níquel é eficaz na
eliminação de precipitados de carbonetos que podem se formar, aumentam a
ductilidade diminuindo ligeiramente o limite de escoamento além da resistência a
abrasão, e o níquel adicionado até 4% estabiliza a fase austenita pelo fato de
permanecer em solução sólida (3, 4).

2. MICROESTRUTURA

Os aços inoxidáveis endurecidos por precipitação tem três principais


microestruturas: martensítica, semiaustenistica e austenistica, vale a pena ressaltar
que a microestrutura semiaustenistica é predominantemente formada por austenita,
de estrutura CFC, mas com presença notável de martensita, de estrutura TCC (5).
O processo de endurecimento é feito a partir da presença de precipitados
nessas matrizes previamente citadas, onde pode-se citar dentre os precipitados de
matriz austenistica compostos NI3, que se ligam de forma secundária ao alumínio e
titânio. Na matriz semiaustenistica os precipitados mais comuns são o composto
intermetálico NiAl na fase β, o composto Ni3Al e também o Cr2N. Destaca-se entre os
precipitados em matriz martensítica fases CFC ricas em Cobre, o composto NiAl que
forma uma interface coerente com a matriz, partículas finas de austenita e fases no
formato de Laves contendo ferro, nióbio e molibdênio. Deve-se ressaltar que variações
descontroladas na composição, principalmente nos teores de carbono e nitrogênio
podem causar a geração de Ferrita-δ durante o recozimento (1, 5).

Figura 1: Microestrutura de um Aço Inoxidável PH da série AM 350 em planos transversais (a) e


longitudinais (b).

Fonte: Adaptado de (6)


Nas microestruturas acima, que foram reveladas a partir de um ataque
utilizando um reagente de Fry modificado, mostram a presença de ferrita-δ em uma
matriz martensítica, onde a matriz de coloração mais escura e em formato de agulhas
engloba ilhas de ferrita-δ de coloração mais clara (6).
O reagente modificado de Fry é composto por 1 g de CuCl2, 50 mL de HCl,
150 mL H2O e 50 mL de HNO3, sendo principalmente utilizado para revelar estruturas
martensiticas em aços inoxidáveis, além dele, outro reagente comumente utilizado é
o reagente de Villela, composto por 1g de ácido pícrico, 5ml de HCl e 100ml de etanol,
sendo este utilizado para revelar ferrita-δ e carbetos, para se revelar austenita e
também ferrita, mas de forma mais discreta, utiliza-se o reagente de Behara, uma
solução de 200ml de HCl em 1000ml de H2O, com 0,5g-1g de K2S205 para cada 100ml
de solução (6).

3. TRATAMENTOS TÉRMICOS
Os tratamentos térmicos dos aços inoxidáveis servem para mudar suas
condições podendo melhorar propriedades, reduzir níveis de tensão, restaurar a
máxima resistência a corrosão esta, de alguma maneira foi afetada durante seu
processamento com isso obtendo uma boa combinação de resistência a corrosão e
boas propriedades mecânicas no aço. Os tratamentos recomendados para os aços
inoxidáveis PH são recozimento pleno, envelhecimento, endurecimento por
precipitação, transformação da austenita (7, 8).
São geralmente endurecidos por envelhecimento, tanto os austeníticos como
semiausteníticos e martensíticos, onde os semiausteníticos recebem tratamentos
térmicos posteriores para transformação da austenita em martensita, utilizando-se em
alguns casos do trabalho a frio para facilitar o envelhecimento, onde elementos de liga
são adicionados para atingir níveis de envelhecimento, assim podendo ser descritos
como duplo tratamento térmico (9).
Na liga 17-4 PH por exemplo o endurecimento se dá por precipitação com
estrutura essencialmente martensítica e com conformabilidade limitada quando na
condição solubilizada, e nesta condição ainda deve-se atentar pois pode ter
ductilidade baixa. Nela, podem se formar precipitados finamente dispersos de cobre,
onde essas ligas podem atingir níveis elevados de resistência a tração, e se
trabalhados a frio previamente podem atingir níveis ainda maiores, fazendo com que
estas ligas tenham geralmente boa ductilidade, dureza, com boa resistência a
corrosão. Na liga 17-7 PH a condição é normalmente recozida sendo macio e
formável, podendo ser também recebido trabalhado a frio (8, 9).
Suas estruturas predominantes são austeníticas, e quando são resfriados a
temperatura ambiente começa a formar-se a martensita, e com isso endurecem e se
fortalecem os precipitados que são promovidos pelas adições de elementos de liga.
Estes elementos são dissolvidos durante o recozimento, e ficam retidos em solução
sólida durante aquecimento rápido, produzindo assim os precipitados que aumentam
a resistência da matriz martensítica, tendo uma combinação de aumento de
resistência por transformação martensítica tendo tetragonalização de estrutura, e
endurecimento por precipitação que ocorre nas etapas de envelhecimento (1, 9).

4. PROPRIEDADES, PROCESSAMENTO E APLICAÇÕES

As propriedades dos aços inoxidáveis PH dependem diretamente do tipo de


liga presente, da microestrutura da fase matriz, da natureza dos elementos que irão
promover o endurecimento, desta forma, durante o processo de endurecimento,
ocorre a melhoria de propriedades mecânicas em geral, ressaltando-se a dureza,
principalmente se esse endurecimento for feito em uma matriz martensítica, pois
expondo o material em altas temperaturas para que ocorra a solubilização dos
elementos de liga e posteriormente resfriando-o bruscamente, formando uma matriz
martensítica, seguido de um reaquecimento em temperaturas menores e um
resfriamento rápido que promoverá a retenção dos elementos de liga escolhidos,
proporcionando a formação de precipitados que aumentam a dureza do material (10).
Para matrizes semiausteniticas, ressalta-se propriedades como sua boa
tenacidade e ductilidade, além de que permitem trabalho à frio quando recozidos, isso
só é possível devido à estrutura austenitica que fica retida na fase matriz durante o
recozimento, destacando que estes dependem diretamente da composição do
material e temperatura de recozimento, uma vez que o material é rapidamente
resfriado da temperatura de recozimento até a ambiente para que a estrutura
austenítica da matriz fique retida (10).
Nos aços de matriz austenítica a composição permite que a estrutura não
mude mesmo que sobre ele ocorram processos de envelhecimento e endurecimento,
assim quando ocorre o processo de recozimento a precipitação ocorre sem mudar a
estrutura, dessa forma suas propriedades mecânicas serão melhoradas, entretanto,
continuarão abaixo das propriedades dos outros dois tipos de matriz, porém a não
mudança de estrutura mantém as propriedades não magnéticas do material. Como
sua estrutura sempre permanece a mesma, uma boa utilização desse tipo de material
é em processos de solda e fundição, pois dispensa-se qualquer tipo de tratamento
térmico posterior, ressaltando-se que essa é a principal aplicação desse tipo de
material, independentemente da estrutura da matriz, pois a sua estrutura é facilmente
homogeneizada através de processos de recozimento (10).
Ao comparar-se um aço inoxidável PH 17-7 recozido com um aço com
carbono variando entre 0,35% e 0,45% e baixos teores de níquel e cromo, também
recozido, nota-se que a deformação longitudinal do aço Inoxidável PH alcança valores
maiores que a liga de aço analisada, onde o aço inoxidável PH alcançou valores de
35% enquanto que a liga de aço alcançou um valor de 20%. Além disso, a tensão de
escoamento do aço inoxidável PH testado corresponde a 276 Mpa enquanto que a
liga de Aço testada teve tensão de escoamento correspondente a 414 MPa, ou seja,
o aço inoxidável teve um valor correspondente a 66,7% da tensão de escoamento da
liga de aço (11, 12).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os aços inoxidáveis endurecidos por precipitação possuem excelentes


combinações de propriedades podendo ser mais efetivas que ligas com
transformações martensíticas apenas, pois além de sofrerem tais transformações, as
formações dos precipitados agem dando outras propriedades para estes aços, que
em geral são divididos em três classes.
Podem ter ampla aplicabilidade pelos teus altos valores de resistência
mecânica que podem atingir, que é dada pela tetragonalização que a transformação
martensítica ocasiona na austenita uma transformação por cisalhamento da estrutura,
combinada com os precipitados, o que faz com que discordâncias, por exemplo,
possuam dificuldades em seu movimento. Além destes altos índices de resistência,
estas ligas com a ação destes precipitados podem se tornar mais resistentes a
oxidação, corrosão, que a torna ainda mais aplicável. Também, nota-se que muitas
vezes a condição mais comum é a recozida, esta devido a transformação martensítica
gerar deformação e ocasionar tensões acumuladas, então este recozimento ajuda no
alívio de tensões internas.
REFERÊNCIAS

1. WASHKO, S.D – AGGEN, G. Wrought Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook
– Properties and Selection Irons Steels and High-Performance Alloys. ASM
International, v. 1, p. 2006-2012, 2162-2188. 10 ed. 1990.

2. BLAIR, M. Cast Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook – Properties and
Selection Irons Steels and High-Performance Alloys. ASM International, v. 1, p. 2213.
10 ed. 1990.

3. FUJITA, T. Elevated-Temperature Properties of Stainless Steels- Quenched


and Tempered Martensitic Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook – Properties
and Selection Irons Steels and High-Performance Alloys. ASM International, v. 1, p.
2283. 10 ed. 1990.

4. SUBRAMANYAM, D.K. Austenitic Manganese Steels. In: ASM Metals Handbook


– Properties and Selection Irons Steels and High-Performance Alloys. ASM
International, v. 1, p. 1957-1969. 10 ed. 1990.

5. POLLARD, B. Selection of Wrought Precipitation-Hardening Stainless Steels.


In: ASM Metals Handbook – Welding, Brazing, and Soldering. ASM International, v.
6, p. 1233-1234. 1993.

6. VOORT, G.F.V, LUCAS, G.B. Metallography and Microstructures of Stainless


Steel and Maraging Steels. In: ASM Metals Handbook – Metallography and
Microstructures 2004. ASM International, v. 9, p.1593 e 1649. 2004.

7. DOUTHETT, J. Heat Treating of Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook –


Heat Treating. ASM International. v. 4, p. 1682. 1991.

8. SINHA, A.K. Ferritic Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook – Heat Treating.
ASM International. v. 4, p. 1734. 1991.

9. DAVIS, J.R. Surface Engineering of Stainless Steels. In: ASM Metals Handbook
– Surface Engineering. ASM International, v. 5, p. 1980-1989, 1994.

10. WASHKO, S.D.; AGGEN, G., Allegheny Ludlum Steel, Division of Allegheny
Ludlum Corporation. In: ASTM Handbook – Properties and Selection: Irons, Steels
and High-Performance Alloys. ASM International, v.1, p. 2183-2186, Junho 1995.

11. ASM ALLOY CENTER DATABASE. Unclassified, Low Ni-Cr, Carbon Steel -
Annealed, ASM INTERNATIONAL-Materials Information, 1989. 2 p. Disponível em: <
http://mio.asminternational.org.proxy01.dotlib.com.br/ac/index.aspx?profileKey=AllDa
tabases-2a5cbf09-9dbe-429e-8c8c-3768c0077ad4>. Acesso em: 13 nov. 2017.

12. ASM ALLOY CENTER DATABASE. Stainless Steel PH17-7 - Annealed, ASM
INTERNATIONAL-Materials Information, 1989. 2 p. Disponível em: <
http://mio.asminternational.org.proxy01.dotlib.com.br/ac/index.aspx?profileKey=AllDa
tabases-2a5cbf09-9dbe-429e-8c8c-3768c0077ad4>. Acesso em: 13 nov. 2017.

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