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VS(mí n) = 1, 25 ⋅ (1 +
0
470
) = 1, 25 V Capítulo 5
2. No exemplo 1, qual deve ser a mínima tensão de entrada para que o circuito
funcione para qualquer valor da saída?
Solução:
Para que a saída seja regulada, é necessário que a entrada seja 2,5 V maior que a
tensão de saída; portanto, a entrada deve ser: 10 + 2,5 = 12,5 V.
Amplificadores
110
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Ve (V)
6
R1 C 4
4Vpp
1K 10uF
Vs 2
E
+ 0
Vg=2.senw.t(V) R2 Vs (V)
xistem basicamente dois tipos de amplificadores: os de pequenos si 1
Ve 1K
nais e os de potência. -
4V 0
A função dos amplificadores de pequenos sinais, chamados de pré 2Vpp
-amplificadores, é aumentar a amplitude do sinal da ordem de mV fornecido
-1
por uma fonte, como um microfone, toca-CD etc. Esses amplificadores operam (a) (b)
na região linear das curvas características e, portanto, a distorção (deformação)
do sinal é minimizada. Outra característica desses modelos é permitir a análise Figura 5.1
usando parâmetros com valores praticamente constantes, pelo fato de o transis A figura 5.2 apresenta o mesmo circuito da figura 5.1a, mas utilizando um ca a) Circuito com capacitor
tor estar operando na região linear. Esses sinais, mesmo depois de amplificados, pacitor de acoplamento com valor de 0,01 μF. Esse valor de capacitância é ina de acoplamento bem
não possuem potência suficiente para fazer um alto-falante funcionar. dequado, pois sua reatância na frequência de 10 kHz vale 1,6 kΩ, que, ao ser dimensionado e
somada (vetorialmente) a R1 e R2, resulta em um valor de saída de 1,6 V PP. b) formas de onda
Os amplificadores de potência têm como finalidade ampliar o sinal fornecido de entrada e saída.
pelos pré-amplificadores o suficiente para fazer um alto-falante funcionar.
Acoplar significa
deixar passar apenas 5.1 Capacitores de acoplamento
o sinal, bloqueando
Ve (V)
a componente Um capacitor de acoplamento faz a passagem de um sinal CA de um ponto a 6
contínua. outro, sem perda significativa do sinal. Por exemplo, no circuito da figura 5.1a,
4
se o capacitor estiver bem dimensionado (XC << R1 + R2), aparecerá em R2 R1 C 4Vpp
somente a parte alternada da tensão de entrada (Vg), cuja amplitude é definida 1K 0.01uF
Vs 2
pelo divisor de tensão composto por R1 e R2, ou seja, o capacitor terá reatância 0
desprezível (comporta-se como um curto-circuito) diante de R1 + R2. + Vs (V)
1
Vg=2.senw.t(V) R2
Ve 1K
Para um bom acoplamento: -
0
4V
1,6Vpp
XC << R1 + R2 ou
-1
(a) (b)
1
C >>
2πfmín (R1 + R2 )
Figura 5.2
a) Circuito com capacitor
5.2 Capacitores de desacoplamento
em que fmín é a menor frequência de operação do circuito. de acoplamento mal
Outro tipo de acoplamento existente em um amplificador é o de um ponto dimensionado e
Na figura 5.1a, considere que na entrada do circuito existe um gerador CC de não ligado ao terra. O capacitor que executa esse acoplamento é chamado de b) formas de onda
4 V conectado em série, alimentado por uma tensão alternada de 4 V PP e fre capacitor bypass ou capacitor de desacoplamento. Na figura 5.3, a amplitude do de entrada e saída.
quência de 10 kHz. A figura 5.1b mostra as formas de onda na entrada (Ve) e na sinal em R2 (tanto em CC como em CA) é dada pelo divisor de tensão quando
saída (Vs) do circuito, para um capacitor de acoplamento de 10 μF cuja reatância o capacitor não está conectado.
112 113
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
R2 R2
4V C C
1K 4V 1K
(a) (b)
∆VBE v be
rbe = =
R1 R1 ∆IE ie
1K DCV 1K ACV
2VRMS
2VRMS
Pode-se calcular rbe aproximadamente por:
4V R2 R2
C 4V 1K C
1K
25 mV
rbe =
IE
(a) (b)
em que IE é a corrente quiescente de emissor e 25 mV uma constante à tempe
ratura de 25 °C.
5.3 Amplificador emissor comum de pequenos A análise de amplificadores aqui realizada considera os modelos simplificados
sinais de Ebers Moll para determinar os principais parâmetros CA, como ganho de
tensão, impedância de entrada e impedância de saída.
Quando polarizamos um transistor, aplicamos uma tensão de polarização CC
(VBEQ) na base, uma tensão CC entre coletor e emissor (VCEQ), uma corrente 5.3.1 Modelo simplificado do transistor em baixas
CC na base (IBQ) e uma corrente CC de emissor (IEQ). Nessas condições, ao frequências
aplicarmos um sinal na entrada do amplificador, a tensão oscilará acima e abaixo
de VBE. Portanto, existirá uma variação de tensão ao redor do ponto quiescente Esse modelo é para pequenos sinais, pois despreza as capacitâncias parasitárias
(∆VBE), provocando variação de corrente de emissor (∆IE) e, em consequência, das junções. Observe as simplificações a seguir, usadas para representar um sinal
variação de tensão entre coletor e emissor (∆VCE). (figura 5.6).
Um amplificador é de pequenos sinais se a amplitude do sinal for suficientemen • ic = ΔIC: variação da corrente de coletor ao redor do ponto Q;
te baixa para que sua operação ocorra na região linear da curva IE · VBE. • ib = ΔIB: variação da corrente de base ao redor do ponto Q;
• vbe = ΔVBE: variação da tensão base-emissor ao redor do ponto Q;
A figura 5.5 mostra um sinal aplicado na base (∆VBE) e a resposta (∆IE). • vce = ΔVCE: variação da tensão coletor-emissor ao redor do ponto Q.
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eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Figura 5.6 (a) (b) abertos e as correntes e tensões presentes, contínuas (ponto quiescente). A aná
a) Sinais de corrente e C IC
ic
lise desse circuito consiste em determinar o ponto quiescente, como visto an
tensão em um transistor e teriormente.
b) modelo simplificado
para pequenos sinais. IB B B.ib Figura 5.8
VCE ib
Vce Circuito equivalente CC do
VBE amplificador da figura 5.7.
Vbe rbe
E E
Rc
R1
Ve
5.4 Análise de amplificadores TR
Vcc
R2
A análise de amplificadores pode ser feita por parâmetros CC, quando se leva em RE
conta a polarização, conforme explicado anteriormente, ou por parâmetros CA,
que considera a determinação do ganho, como veremos a seguir.
R1 C2
Figura 5.9
Vs
Rs C1 Ve
Circuito equivalente CA do
TR
RL Vcc amplificador da figura 5.7.
R2 Rs Ve
Vg Vs
TR
RE
CE Rc
+ RL
R2
Vg R1
-
5.4.1 Circuito equivalente CC de um amplificador emissor Amplificador EC com resistência de fonte nula e carga infinita
comum
Para fazermos a análise CA desse circuito, devemos considerar que o valor da
A figura 5.8 apresenta o circuito equivalente CC de um amplificador emissor resistência da fonte (RS) do sinal é nula e o valor da carga (RL) ligada na saída é
comum. Para obter esse circuito, os capacitores são considerados circuitos infinito. A figura 5.10 mostra o circuito nessas condições.
116 117
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Figura 5.10 Note, na figura 5.11b, que o sinal de entrada do gerador de sinais (Vg) é igual ao
Amplificador EC com sinal aplicado na base (Ve). Para esse circuito, a impedância de entrada (Ze) no
RS = 0 e RL infinita. gerador Vg é:
Ze = R1//R2//Ze(base)
Rc
em que:
R1 C2
C1 Ve Vs
Ve rbe ⋅ (ib + β ⋅ ib )
TR Vcc Ze( base ) = = = rbe ⋅ (1 + β) ≅ β ⋅ rbe
ib ib
+ R2
Vg
- RE
CE O ganho de tensão entre a saída (Vs) e a entrada (Ve) na base é calculado por:
Figura 5.12
ic
C Circuito equivalente CA do
Transistor Vs
Zs amplificador da figura 5.10.
Ve Vs
B.iz
iz Av.Ve
Ve B Rc
Vg
Ze
R2
(b) Vg R1 rbe
ie
Ze Ze(base) E
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eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Exemplo 2k 2
VB = ⋅ 12 V = 1, 86 2k 2
2k 2 + 12 k
Com base no amplificador da figura 5.13:
Em seguida, VE:
a) determine o valor quiescente de VCE e IC;
VE = 1,86 – 0,7 = 1,16 V
b) determine o valor da tensão na saída de pico a pico, considerando uma tensão
no gerador (Vg) de 40 mV PP; Portanto:
Impedância de entrada:
Solução:
a) Calculamos primeiro os valores quiescentes (figura 5.14): Ze = R1 //R2 //Ze( base ) = 12 k // 2k 2 / /1, 44 k = 811 Ω
Figura 5.14
Impedância de saída:
RC
820
R1
IC Zs = 820 Ω
12K
Ve VCE
VB
TR Vcc O ganho de tensão entre a base (Ve) e a saída (Vs) vale:
12 V
R2 VE
RE2
2K2
RC 820 Ω
220
IE
AV = − =− = −170
rbe 4, 8 Ω
120 121
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Figura 5.17
Amplificador EC com
resistência de fonte e carga.
0, 81 k R1 C2
Ve = ⋅ 40 mVPP = 17, 8 mVPP Rs C1
Vs
1 k + 0, 81 k Ve
TR
RL Vcc
1k
VL = ⋅ −3 VPP = 1, 77 VPP
1 k + 0, 82 k
Observe que o retângulo tracejado no circuito da figura 5.18 é o mesmo circuito
c) As principais formas de onda no circuito, com base nos resultados anteriores, analisado anteriormente. Assim, podemos usar o modelo da figura 5.17 para
estão indicadas na figura 5.16: representá-lo, adicionando a carga (RL) e a resistência da fonte (RS).
(a) Vs
Figura 5.16 Figura 5.18
(a) Rs Ve Vs a) Circuito equivalente
A TR CA do amplificador
40 mVpp Rs Ve RL
Rc da figura 5.17 e
0 + TR
R2 RL
Vg R1 Rc b) transistor substituído
+- R2
Vg R1
pelo modelo.
B -
17,8mVpp
1,86V
0
ic
C
(b) ic Vs
Transistor C
C (b) Vs
Transistor RL
ß.ib
7,7V 3Vpp ib
Ve B Rc RL
ß.ib
ib
Ve B Rc
0 Ze(base)
R2
Vg Ze(base) rbe
D R1
1,77 V R2 ie
0 Vg Ze R1 Erbe
ie
Ze E
122 123
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
A impedância de entrada é calculada da mesma forma que nos modelos apresen de trabalho, deixando o ganho altamente instável. Para tornar o circuito estável
tados, mas a tensão na entrada (Ve) agora é uma parcela da tensão do gerador e reduzir a distorção, aplica-se realimentação negativa em CA.
(Vg) por causa do divisor de tensão existente constituído por RS e Ze.
A figura 5.20 mostra um amplificador EC com realimentação negativa em CA
Ze = R1//R2//Ze(base) por meio do resistor RE1. Esse resistor não tem capacitor de desacoplamento em
paralelo, o que causa a realimentação em CA. Tal realimentação (negativa) di
Ze minui a distorção e torna o ganho do circuito menos dependente do parâmetro
Ve = ⋅ Vg rbe. Do ponto de vista de CC, a resistência do emissor é RE1 + RE2.
Ze + Rs
Figura 5.20
O circuito da figura 5.19 representa o circuito equivalente CA do amplificador Amplificador EC com
da figura 5.17. realimentação negativa –
Rc
resistência de fonte
Figura 5.19 R1 C2 nula e carga infinita.
Circuito equivalente CA do Rs Zs C1 Vs
Ve Vs
Ve
amplificador da figura 5.17. TR
Vcc
+ R2
Av.Ve
RL Vg
Vg Ze
- RE1
RE2
CE
Na saída do circuito, em decorrência da carga RL, também haverá uma divisão A figura 5.21 apresenta o circuito equivalente para pequenos sinais. Observe que
de tensão. Portanto, o valor da tensão de saída será dada por: o capacitor de CE deixa em curto-circuito o resistor RE2, e, portanto, esse resistor
não aparece no circuito equivalente CA, somente RE1.
RL
VS = ⋅ A V ⋅ Ve Figura 5.21
RL + R C
(a) Vs
a) Circuito equivalente
CA do amplificador
sendo: Ve com realimentação
TR
da figura 5.20 e
Rc
R R2 b) circuito com modelo
AV = − C Vg R1 RE1 do transistor.
rbe
VS R Vg
R2
rbe
AV = =− C R1
ie
Ve rbe Ze Ze(base) E
RE1
Note que o ganho do amplificador depende do parâmetro rbe, entre outros fato
res. Esse parâmetro é influenciado pelo tipo de transistor e por sua temperatura
124 125
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Analisando o circuito da figura 5.21, podemos notar que o resistor RE1 aparece 5.4.4 Mais sobre amplificador EC com resistência de fonte
no circuito equivalente CA, fazendo a realimentação CA. Perceba que não existe e carga
capacitor de desacoplamento em paralelo com o resistor RE1. O ganho com a
realimentação entre a base e a saída é dado por: O amplificador EC da figura 5.23 apresenta o mesmo circuito do amplificador da
figura 5.20, com a adição das resistências de fonte (RS) e carga (RL). Como já
VS VS RC dito, a resistência de fonte do sinal pode representar também a resistência de saída
AV = = =− do estágio anterior, e a de carga, a resistência de entrada do estágio seguinte.
Vg Ve rbe + RE1
Figura 5.23
Se RE1 >>> rbe, o ganho torna-se praticamente estável. Nesse caso, o ganho é Amplificador EC com
determinado por: realimentação – carga
Rc finita e resistência de
VS VS R R1 C2
fonte não nula.
AV = = ≅− C Vs
Vg Ve RE1 Rs C1 Ve
TR RL Vcc
+ R2
Nessa configuração, o ganho não depende do transistor, mas somente da relação Vg
entre as resistências RC e RE1. Nessas condições, dizemos que a realimentação - RE1
Figura 5.22 O modelo utilizado para calcular a tensão de saída para determinado valor de
Circuito equivalente AC Ve Zs tensão de entrada é o mesmo apresentado anteriormente, com exceção de que
Vs
do circuito da figura 5.20. nesse modelo existe um divisor de tensão na entrada (RS e Ze) e na saída (Zs e
Av.Ve RL). A figura 5.24 ilustra o circuito equivalente.
Vg
Ze
Figura 5.24
Rs Ve Rc
Vs Modelo CA do circuito
da figura 5.23.
Vg
Para o circuito da figura 5.20, a impedância que o gerador Vg percebe é dada Ze Av.Ve
RL
por:
Ze = R1//R2//Ze(base)
Ze(base) = β(rbe + RE1) O ganho de tensão entre a base e a saída é calculado por:
Vs R
Note que a impedância de entrada olhando na base aumentou muito seu valor. AV = ≅− C
Ve RE1
A impedância de saída é dada por: Zs = RC.
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eletrônica 2 CAPÍTULO 5
(b) Rs
VL=10 V
10 K
RL
Vg Buffer 1K Considerando o circuito da figura 5.27, podemos determinar alguns valores,
10 V como:
10 k
• tensão na base: VB = .12 V = 6 V ;
10 k + 10 k
5, 3 V
• corrente de emissor: IE = = 1, 06 mA ;
5k
A figura 5.26 mostra o amplificador coletor comum, que é um circuito com rea • tensão coletor-emissor: VCE = 12 – VE = 12 – 5,3 = 6,7 V.
limentação negativa introduzida por RE.
128 129
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
A análise CA é feita usando o mesmo raciocínio utilizado para o amplificador 5.6 Amplificadores de potência
emissor comum. A figura 5.28 mostra o circuito equivalente CA com o transistor
substituído pelo modelo de Ebers Moll, capacitores e fontes CC em curto-circuito. As principais características desejáveis em um amplificador são: linearidade, efi
ciência, potência na saída e ganho de tensão. Dificilmente todas elas estão pre
Figura 5.28 sentes ao mesmo tempo no amplificador, porque, em geral, uma característica
Circuito equivalente CA ib ic afeta outra (ou outras) – melhorar a linearidade, por exemplo, pode comprome
do circuito da figura 5.26. Ve ter a eficiência. Assim, o que o projetista deve fazer é definir quais características
C
B ib devem ser atendidas em detrimento de outras.
rbe
R1/R2
Os amplificadores de potência são usados no último estágio de um amplificador;
Vg
por isso, normalmente têm como carga um alto-falante. Como esses circuitos
Vs trabalham com sinais elevados, sua análise não será feita usando os modelos
E
utilizados.
RE
• Classe A
• Classe B
Para esse circuito, o ganho entre a base e a saída é calculado por: • Classe AB
• Classe C
• Classe D
Vs
AV =
Ve Os amplificadores classes A, B e AB operam de forma linear; os classe C, na
ressonância; e os classe D, no modo de chaveamento. Cada modelo é indicado
em que Vs = RE ⋅ (1 + β ) ⋅ ib e Ve = rbe ⋅ ib + (1 + β ) ⋅ ib para uma aplicação específica: classes A, B e AB em amplificadores de áudio de
equipamentos de grande porte, classe C em radiofrequência (RF) e classe D em
equipamentos portáteis.
Vs RE ⋅ (1 + β )
AV = = ≅1
Ve re '+ (1 + β ) ⋅ RE As classes são caracterizadas pela localização do ponto de operação e duração da
condução do transistor de saída em cada semiciclo. Um amplificador apresen
ta linearidade se operar em uma região linear das curvas características. Desse
Impedância de entrada modo, a relação entre a saída e a entrada é linear e, portanto, o sinal de saída terá
a mesma forma do sinal de entrada, porém com sinal amplificado.
A impedância de entrada do circuito vale:
Define-se a eficiência (η) ou rendimento de um amplificador como a relação en
Ze = R2//R1//Ze(base) tre a potência obtida na carga e a potência CC fornecida pela fonte ao circuito de
saída. A eficiência ideal é 1, valor impossível de atingir, pois nesse caso nenhuma
em que Ze(base) é a impedância olhando na base e pode ser calculada por: potência seria dissipada no circuito amplificador. O rendimento é calculado por:
que normalmente resulta um valor alto. Por exemplo: se β = 200 e RE = 5 kΩ, em que PCA é a potência CA fornecida à carga e PCC a potência CC que a fonte
então Ze(base) = 200 · 5 k = 1 M. fornece ao circuito amplificador.
A impedância de entrada será limitada pelos valores das resistências e po A figura 5.29 mostra, de maneira simplificada, o diagrama de blocos de um
larização dos resistores R1 e R 2. Por exemplo: se R1 = R 2 = 100 k, então amplificador genérico. A carga, representada por RL, pode ser um alto-falante
Ze = 100 k//100 k//1 M = 47,6 k. ou um motor.
130 131
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
Note também que existe um intervalo em que os dois transistores estão cortados; é Figura 5.31
+ Vcc nesse momento que a tensão de entrada é menor que 0,6 V, e isso causa distorção. a) Amplificador classe B,
b) formas de onda de
Essa distorção é chamada de distorção por cruzamento (crossover) e aparece por entrada e saída e
PCC PCA que o transistor só começa a conduzir quando a tensão VBE excede 0,6 V apro c) reta de carga e sinal
ximadamente. Quanto menor a amplitude do sinal, maior a distorção. de entrada e saída.
RL
Pré amplificadores Estágio de potência
(a)
TR1
Vs Ve
-+ 2V
Vs
TR2
Figura 5.29 1V
Diagrama de blocos
5.6.1 Amplificador classe A Ve RL
0V
Cross over
de um amplificador. É a classe de amplificadores com a maior linearidade (menor grau de distor + - -1V
ção), porém com o menor rendimento, de aproximadamente 25% no máximo. -2V
Isso significa que, para obter 10 W de potência na carga, a fonte deve ter po Ic
(b)
tência de 40 W. Reta de carga
sinal de saida
Ic
(c)
Rc
R1 C2
A figura 5.32 mostra um circuito que não necessita de fonte simétrica. Nesse
C1
TR RL
caso, a fonte de alimentação para polarizar o transistor TR 2 é o capacitor CL, que
Vcc
tem valor elevado (tipicamente 1 000 μF) e consegue manter a carga.
R2
Ve VCE
RE
CE Figura 5.32
Amplificador classe B
(a) (b) com fonte simples.
TR1
CL
5.6.2 Amplificador classe B + - Vs
+ -
O amplificador classe B é polarizado no corte (correntes quiescentes nulas); por
tanto, a potência em CC é baixa e o rendimento alto. A figura 5.31 mostra um TR2
RL
Ve
circuito classe B denominado push-pull com saída complementar e as formas de
onda de entrada (Ve) e saída (Vs). No semiciclo positivo do sinal de entrada, a con
dução é feita pelo transistor TR1 (NPN) e, no semiciclo negativo, pelo TR2 (PNP).
Observe que, para a configuração classe B, é necessário o uso de fonte simétrica e
os transistores devem estar na configuração coletor comum (seguidor de emissor).
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eletrônica 2 CAPÍTULO 5
5.6.3 Amplificador classe AB mos um par Darlington no lugar de cada um dos transistores de saída dos cir
cuitos da figura 5.32. Observe a necessidade de colocar quatro diodos em vez de
Esse amplificador é um intermediário entre os classes A e B em termos de dois (figura 5.34).
eficiência e distorção. Nessa classe, os transistores são polarizados um pou
co acima do corte com uma tensão próxima de 0,6 V. A partir desse valor, Figura 5.34
quando a tensão de entrada (Ve) se torna positiva, o transistor TR1 conduz no Aumento do ganho
semiciclo positivo e, quando a tensão de entrada fica negativa, TR 2 conduz +Vcc de corrente do
no semiciclo negativo, eliminando o crossover. estágio de saída.
-Vcc -Vcc
Ve RL
RB
f0 f
(a) (b)
A fonte (–VCC) que polariza o transistor TR2 também pode ser eliminada, adi
cionando um capacitor de grande valor em série com a carga, como foi feito no
classe B. O ganho de corrente do estágio de saída pode ser aumentado se inserir
134 135
eletrônica 2 CAPÍTULO 5
O ganho é máximo na frequência de ressonância (fo), que pode ser calculada por: Figura 5.37
Amplificador classe
1 +V D básico.
fo =
2π LC
TR1 L VS
-Comp VC
V’ S
Observe que não existe polarização de base; é o sinal que providencia essa polari + C1
zação. TR2 C
R1
5.6.5 Amplificador classe D
-V
Nessa classe de amplificadores, os transistores operam como chave. No corte a
corrente é zero e na saturação a tensão é zero. Desse modo, a potência dissipada
é muito baixa, a eficiência aumenta e, portanto, a fonte de alimentação requer
menor potência. Esse tipo de amplificador é largamente usado em equipamentos
portáteis. Os componentes representados por L e C compõem o filtro passa-baixa de rede,
constituída por R1 e C1, compensando a reatância indutiva da bobina do alto
A ideia básica consiste em converter o sinal de áudio (Vs) em um sinal de onda -falante. Dessa maneira, o filtro enxerga uma carga resistiva em alta frequência.
Figura 5.36 quadrada modulado em PWM (modulação por largura de pulso) de frequência
Diagrama de blocos de muito maior que a de áudio. Depois, efetua-se a filtragem, recuperando o sinal
um amplificador classe D. de áudio (figura 5.36).
onda triangular VT
de alta
frequência VC V’S VS
Estágio de
Comparador saida de FPB Carga
potência
entrada
Vs
de áudio
+V +V
-V -V
Para VC = +V, o transistor TR1 corta e o TR2 conduz a saída V’S = –V, se a queda
de tensão através de TR2 for desprezível. Similarmente, se VC = –V, TR1 conduz
e TR2 corta a saída V’S = +V.
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