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ELETRôNICA 2

A saída é mínima quando R2 vale zero:

VS(mí n) = 1, 25 ⋅ (1 +
0
470
) = 1, 25 V Capítulo 5
2. No exemplo 1, qual deve ser a mínima tensão de entrada para que o circuito
funcione para qualquer valor da saída?

Solução:

Para que a saída seja regulada, é necessário que a entrada seja 2,5 V maior que a
tensão de saída; portanto, a entrada deve ser: 10 + 2,5 = 12,5 V.

Amplificadores

110
eletrônica 2 CAPÍTULO 5

em 10 kHz vale 1,6 Ω. Nessas condições, a amplitude de pico a pico na saída é


determinada pelo divisor de tensão de 2 V PP, constituído por R1 e R2.

Ve (V)
6

R1 C 4
4Vpp
1K 10uF
Vs 2

E
+ 0

Vg=2.senw.t(V) R2 Vs (V)
xistem basicamente dois tipos de amplificadores: os de pequenos si­ 1
Ve 1K
nais e os de potência. -
4V 0
A função dos amplificadores de pequenos sinais, chamados de pré­ 2Vpp
-amplificadores, é aumentar a amplitude do sinal da ordem de mV fornecido
-1
por uma fonte, como um microfone, toca-CD etc. Esses amplificadores operam (a) (b)
na região linear das curvas características e, portanto, a distorção (deformação)
do sinal é minimizada. Outra característica desses modelos é permitir a análise Figura 5.1
usando parâmetros com valores praticamente constantes, pelo fato de o transis­ A figura 5.2 apresenta o mesmo circuito da figura 5.1a, mas utilizando um ca­ a) Circuito com capacitor
tor estar operando na região linear. Esses sinais, mesmo depois de amplificados, pacitor de acoplamento com valor de 0,01 μF. Esse valor de capacitância é ina­ de acoplamento bem
não possuem potência suficiente para fazer um alto-falante funcionar. dequado, pois sua reatância na frequência de 10 kHz vale 1,6 kΩ, que, ao ser dimensionado e
somada (vetorialmente) a R1 e R2, resulta em um valor de saída de 1,6 V PP. b) formas de onda
Os amplificadores de potência têm como finalidade ampliar o sinal fornecido de entrada e saída.
pelos pré-amplificadores o suficiente para fazer um alto-falante funcionar.
Acoplar significa
deixar passar apenas 5.1  Capacitores de acoplamento
o sinal, bloqueando
Ve (V)
a componente Um capacitor de acoplamento faz a passagem de um sinal CA de um ponto a 6
contínua. outro, sem perda significativa do sinal. Por exemplo, no circuito da figura 5.1a,
4
se o capacitor estiver bem dimensionado (XC << R1 + R2), aparecerá em R2 R1 C 4Vpp

somente a parte alternada da tensão de entrada (Vg), cuja amplitude é definida 1K 0.01uF
Vs 2

pelo divisor de tensão composto por R1 e R2, ou seja, o capacitor terá reatância 0
desprezível (comporta-se como um curto-circuito) diante de R1 + R2. + Vs (V)
1
Vg=2.senw.t(V) R2
Ve 1K
Para um bom acoplamento: -
0
4V
1,6Vpp

XC << R1 + R2 ou
-1

(a) (b)
1
C >>
2πfmín (R1 + R2 )
Figura 5.2
a) Circuito com capacitor
5.2  Capacitores de desacoplamento
em que fmín é a menor frequência de operação do circuito. de acoplamento mal
Outro tipo de acoplamento existente em um amplificador é o de um ponto dimensionado e
Na figura 5.1a, considere que na entrada do circuito existe um gerador CC de não ligado ao terra. O capacitor que executa esse acoplamento é chamado de b) formas de onda
4 V conectado em série, alimentado por uma tensão alternada de 4 V PP e fre­ capacitor bypass ou capacitor de desacoplamento. Na figura 5.3, a amplitude do de entrada e saída.
quência de 10 kHz. A figura 5.1b mostra as formas de onda na entrada (Ve) e na sinal em R2 (tanto em CC como em CA) é dada pelo divisor de tensão quando
saída (Vs) do circuito, para um capacitor de acoplamento de 10 μF cuja reatância o capacitor não está conectado.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Figura 5.3 Figura 5.5


Capacitor de Curva IE  · VBE de
desacoplamento desligado: IE um transistor.
R1 R1
a) medida da tensão CC e 1K DCV 1K ACV
b) medida da tensão CA. 2VRMS 2VRMS

R2 R2
4V C C
1K 4V 1K

(a) (b)

Ao acionarmos a chave que interliga o capacitor ao circuito (figura 5.4), notare­


mos que a tensão em R2 terá apenas a componente contínua e seu valor será
Figura 5.4 VBE
V
equivalente ao especificado pelo divisor de tensão. Atenção: essa observação é
Capacitor de
válida somente se o capacitor apresentar reatância muito menor que R1//R2. No
desacoplamento ligado:
caso da componente alternada, o valor da tensão CA será praticamente nulo,
a) medida da tensão CC e
pois os terminais de R2 estarão em “curto-circuito” para CA.
b) medida da tensão CA.
Nesse gráfico, define-se a resistência incremental ou resistência dinâmica da jun­
ção base-emissor como:

∆VBE v be
rbe = =
R1 R1 ∆IE ie
1K DCV 1K ACV
2VRMS
2VRMS
Pode-se calcular rbe aproximadamente por:
4V R2 R2
C 4V 1K C
1K

25 mV
rbe =
IE

(a) (b)
em que IE é a corrente quiescente de emissor e 25 mV uma constante à tempe­
ratura de 25 °C.

5.3  Amplificador emissor comum de pequenos A análise de amplificadores aqui realizada considera os modelos simplificados
sinais de Ebers Moll para determinar os principais parâmetros CA, como ganho de
tensão, impedância de entrada e impedância de saída.
Quando polarizamos um transistor, aplicamos uma tensão de polarização CC
(VBEQ) na base, uma tensão CC entre coletor e emissor (VCEQ), uma corrente 5.3.1  Modelo simplificado do transistor em baixas
CC na base (IBQ) e uma corrente CC de emissor (IEQ). Nessas condições, ao frequências
aplicarmos um sinal na entrada do amplificador, a tensão oscilará acima e abaixo
de VBE. Portanto, existirá uma variação de tensão ao redor do ponto quiescente Esse modelo é para pequenos sinais, pois despreza as capacitâncias parasitárias
(∆VBE), provocando variação de corrente de emissor (∆IE) e, em consequência, das junções. Observe as simplificações a seguir, usadas para representar um sinal
variação de tensão entre coletor e emissor (∆VCE). (figura 5.6).

Um amplificador é de pequenos sinais se a amplitude do sinal for suficientemen­ • ic = ΔIC: variação da corrente de coletor ao redor do ponto Q;
te baixa para que sua operação ocorra na região linear da curva IE · VBE. • ib = ΔIB: variação da corrente de base ao redor do ponto Q;
• vbe = ΔVBE: variação da tensão base-emissor ao redor do ponto Q;
A figura 5.5 mostra um sinal aplicado na base (∆VBE) e a resposta (∆IE). • vce = ΔVCE: variação da tensão coletor-emissor ao redor do ponto Q.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Figura 5.6 (a) (b) abertos e as correntes e tensões presentes, contínuas (ponto quiescente). A aná­
a) Sinais de corrente e C IC
ic
lise desse circuito consiste em determinar o ponto quiescente, como visto an­
tensão em um transistor e teriormente.
b) modelo simplificado
para pequenos sinais. IB B B.ib Figura 5.8
VCE ib
Vce Circuito equivalente CC do
VBE amplificador da figura 5.7.
Vbe rbe

E E
Rc

R1
Ve
5.4  Análise de amplificadores TR
Vcc
R2
A análise de amplificadores pode ser feita por parâmetros CC, quando se leva em RE
conta a polarização, conforme explicado anteriormente, ou por parâmetros CA,
que considera a determinação do ganho, como veremos a seguir.

A figura 5.7 mostra um estágio de um amplificador emissor comum (EC) com­


pleto com os capacitores de acoplamento (C1 e C2) e de desacoplamento ou
bypass (CE). O símbolo Vg representa a fonte do sinal a ser amplificado e RS, sua
resistência interna ou de saída (pode representar a saída de um estágio amplifi­ 5.4.2  Circuito equivalente CA de um amplificador emissor
cador). Os resistores R1, R2, RC e RE são de polarização e RL a resistência de comum para pequenos sinais
carga ou a impedância de entrada do estágio seguinte.
A figura 5.9 apresenta o circuito equivalente CA de um amplificador emissor
Figura 5.7 comum para pequenos sinais. Para obter esse circuito, os capacitores e as fontes
Estágio de um amplificador CC são considerados curto-circuito (∆V = 0) e as correntes e tensões são varia­
EC completo. ções: ∆VBE, ∆VCE, ∆IB, ∆IE e ∆IC. Nesse circuito, é preciso determinar as impe­
dâncias de entrada e saída e os ganhos de tensão e corrente.
Rc

R1 C2
Figura 5.9
Vs
Rs C1 Ve
Circuito equivalente CA do
TR
RL Vcc amplificador da figura 5.7.
R2 Rs Ve
Vg Vs
TR
RE
CE Rc
+ RL
R2
Vg R1
-

A resposta global é a superposição das respostas no circuito na análise CC e no


circuito na análise CA.

5.4.1  Circuito equivalente CC de um amplificador emissor Amplificador EC com resistência de fonte nula e carga infinita
comum
Para fazermos a análise CA desse circuito, devemos considerar que o valor da
A figura 5.8 apresenta o circuito equivalente CC de um amplificador emissor resistência da fonte (RS) do sinal é nula e o valor da carga (RL) ligada na saída é
comum. Para obter esse circuito, os capacitores são considerados circuitos infinito. A figura 5.10 mostra o circuito nessas condições.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Figura 5.10 Note, na figura 5.11b, que o sinal de entrada do gerador de sinais (Vg) é igual ao
Amplificador EC com sinal aplicado na base (Ve). Para esse circuito, a impedância de entrada (Ze) no
RS = 0 e RL infinita. gerador Vg é:

Ze = R1//R2//Ze(base)
Rc
em que:
R1 C2
C1 Ve Vs
Ve rbe ⋅ (ib + β ⋅ ib )
TR Vcc Ze( base ) = = = rbe ⋅ (1 + β) ≅ β ⋅ rbe
ib ib
+ R2
Vg
- RE
CE O ganho de tensão entre a saída (Vs) e a entrada (Ve) na base é calculado por:

VS −RC ⋅ ic −RC ⋅ β ⋅ ib −RC ⋅ β ⋅ ib R


AV = = = = ≅− C
Ve rbe ⋅ (ib + ic ) rbe ⋅ (ib + β ⋅ ib ) rbe ⋅ (1 + β ) ⋅ ib rbe

em que rbe é a resistência incremental da junção base-emissor definida ante­


Observe que o circuito equivalente CC do circuito da figura 5.10 é igual ao da riormente e β o ganho de corrente na configuração emissor comum. O sinal
figura 5.8 e o circuito equivalente CA está indicado na figura 5.11a. negativo na expressão do ganho indica defasagem de 180º entre os valores de
entrada e de saída.
Figura 5.11
a) Circuito equivalente O circuito equivalente da saída é obtido aplicando Thévenin na saída do circuito
CA do amplificador da figura 5.11a. Desse modo, a resistência vista com a fonte de corrente eliminada
Vs
da figura 5.8 e (aberta) é RC e a tensão em vazio é AV · Ve.
b) transistor substituído Ve
pelo modelo. TR A impedância de saída (Zs) é calculada por:
Rc
+ R2
(a) Vg R1 Zs = RC
-
O circuito da figura 5.12 representa o circuito equivalente CA do amplificador
da figura 5.10.

Figura 5.12
ic
C Circuito equivalente CA do
Transistor Vs
Zs amplificador da figura 5.10.
Ve Vs
B.iz
iz Av.Ve
Ve B Rc
Vg
Ze
R2
(b) Vg R1 rbe
ie
Ze Ze(base) E

Como RL é infinita, então Vs = AV · Ve e, nesse caso, Vg = Ve.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Exemplo 2k 2
VB = ⋅ 12 V = 1, 86 2k 2
2k 2 + 12 k
Com base no amplificador da figura 5.13:
Em seguida, VE:
a) determine o valor quiescente de VCE e IC;
VE = 1,86 – 0,7 = 1,16 V
b) determine o valor da tensão na saída de pico a pico, considerando uma tensão
no gerador (Vg) de 40 mV PP; Portanto:

c) desenhe as formas de onda da tensão nos pontos A, B, C e D. IC = I E

Dados: β = 300 e VBE = 0,7 V.


116
, V
IE =
Figura 5.13 220 Ω

VRC = 0,82 k · 5,2 mA = 4,26 V

VCE = 12 – (4,26 + 1,16) = 6,58 V e VC = 12 – 4,26 = 7,74 V


Rc
D
A
b) O valor da resistência incremental da junção base-emissor vale:
R1 C2
B C Vs
Rs C1
Ve 25 mV 25 mV
TR RL Vcc rbe = = = 4, 8 Ω
IE 5, 2 mA
R2
Vg
RE A impedância olhando na base é:
CE

Ze( base ) ≅ β ⋅ rbe = 300 ⋅ 4, 8 = 1440 Ω

Impedância de entrada:
Solução:

a) Calculamos primeiro os valores quiescentes (figura 5.14): Ze = R1 //R2 //Ze( base ) = 12 k // 2k 2 / /1, 44 k = 811 Ω

Figura 5.14
Impedância de saída:

RC
820

R1
IC Zs = 820 Ω
12K
Ve VCE
VB
TR Vcc O ganho de tensão entre a base (Ve) e a saída (Vs) vale:
12 V
R2 VE
RE2
2K2
RC 820 Ω
220
IE
AV = − =− = −170
rbe 4, 8 Ω

O modelo para CA do amplificador é o da figura 5.15:

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Figura 5.15 Amplificador EC com resistência de fonte e carga


Rs Zs
1K Ve 0,82 K Vs Para esse modelo, consideramos uma resistência de fonte (RS) e uma resistência
de carga (RL), conforme ilustra a figura 5.17. A resistência da fonte pode repre­
Vg
Ze sentar também a resistência de saída do estágio anterior e a de carga, a resistência
40 mVpp
0,81 K -170.Ve RL de entrada do estágio seguinte.
1K

Figura 5.17
Amplificador EC com
resistência de fonte e carga.

Podemos determinar a tensão Ve: Rc

0, 81 k R1 C2
Ve = ⋅ 40 mVPP = 17, 8 mVPP Rs C1
Vs
1 k + 0, 81 k Ve
TR
RL Vcc

Portanto, o valor do gerador é: + R2


Vg
- RE
AV · Ve = –170 · 17,8 mVPP = –3VPP CE

A tensão na carga vale:

1k
VL = ⋅ −3 VPP = 1, 77 VPP
1 k + 0, 82 k
Observe que o retângulo tracejado no circuito da figura 5.18 é o mesmo circuito
c) As principais formas de onda no circuito, com base nos resultados anteriores, analisado anteriormente. Assim, podemos usar o modelo da figura 5.17 para
estão indicadas na figura 5.16: representá-lo, adicionando a carga (RL) e a resistência da fonte (RS).
(a) Vs
Figura 5.16 Figura 5.18
(a) Rs Ve Vs a) Circuito equivalente
A TR CA do amplificador
40 mVpp Rs Ve RL
Rc da figura 5.17 e
0 + TR
R2 RL
Vg R1 Rc b) transistor substituído
+- R2
Vg R1
pelo modelo.
B -
17,8mVpp
1,86V
0
ic
C
(b) ic Vs
Transistor C
C (b) Vs
Transistor RL
ß.ib
7,7V 3Vpp ib
Ve B Rc RL
ß.ib
ib
Ve B Rc
0 Ze(base)
R2
Vg Ze(base) rbe
D R1
1,77 V R2 ie
0 Vg Ze R1 Erbe
ie
Ze E

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

A impedância de entrada é calculada da mesma forma que nos modelos apresen­ de trabalho, deixando o ganho altamente instável. Para tornar o circuito estável
tados, mas a tensão na entrada (Ve) agora é uma parcela da tensão do gerador e reduzir a distorção, aplica-se realimentação negativa em CA.
(Vg) por causa do divisor de tensão existente constituído por RS e Ze.
A figura 5.20 mostra um amplificador EC com realimentação negativa em CA
Ze = R1//R2//Ze(base) por meio do resistor RE1. Esse resistor não tem capacitor de desacoplamento em
paralelo, o que causa a realimentação em CA. Tal realimentação (negativa) di­
Ze minui a distorção e torna o ganho do circuito menos dependente do parâmetro
Ve = ⋅ Vg rbe. Do ponto de vista de CC, a resistência do emissor é RE1 + RE2.
Ze + Rs

Figura 5.20
O circuito da figura 5.19 representa o circuito equivalente CA do amplificador Amplificador EC com
da figura 5.17. realimentação negativa –
Rc
resistência de fonte
Figura 5.19 R1 C2 nula e carga infinita.
Circuito equivalente CA do Rs Zs C1 Vs
Ve Vs
Ve
amplificador da figura 5.17. TR
Vcc
+ R2
Av.Ve
RL Vg
Vg Ze
- RE1

RE2
CE

Na saída do circuito, em decorrência da carga RL, também haverá uma divisão A figura 5.21 apresenta o circuito equivalente para pequenos sinais. Observe que
de tensão. Portanto, o valor da tensão de saída será dada por: o capacitor de CE deixa em curto-circuito o resistor RE2, e, portanto, esse resistor
não aparece no circuito equivalente CA, somente RE1.
RL
VS = ⋅ A V ⋅ Ve Figura 5.21
RL + R C
(a) Vs
a) Circuito equivalente
CA do amplificador
sendo: Ve com realimentação
TR
da figura 5.20 e
Rc
R R2 b) circuito com modelo
AV = − C Vg R1 RE1 do transistor.
rbe

5.4.3  Amplificador EC com realimentação parcial ic


C
Vs
(b) Transistor
Como visto anteriormente, o amplificador EC tem o ganho, entre a base e o ß.ib
coletor, dado por: Ve ib B Rc

VS R Vg
R2
rbe
AV = =− C R1
ie
Ve rbe Ze Ze(base) E

RE1

Note que o ganho do amplificador depende do parâmetro rbe, entre outros fato­
res. Esse parâmetro é influenciado pelo tipo de transistor e por sua temperatura

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Analisando o circuito da figura 5.21, podemos notar que o resistor RE1 aparece 5.4.4  Mais sobre amplificador EC com resistência de fonte
no circuito equivalente CA, fazendo a realimentação CA. Perceba que não existe e carga
capacitor de desacoplamento em paralelo com o resistor RE1. O ganho com a
realimentação entre a base e a saída é dado por: O amplificador EC da figura 5.23 apresenta o mesmo circuito do amplificador da
figura 5.20, com a adição das resistências de fonte (RS) e carga (RL). Como já
VS VS RC dito, a resistência de fonte do sinal pode representar também a resistência de saída
AV = = =− do estágio anterior, e a de carga, a resistência de entrada do estágio seguinte.
Vg Ve rbe + RE1

Figura 5.23
Se RE1 >>> rbe, o ganho torna-se praticamente estável. Nesse caso, o ganho é Amplificador EC com
determinado por: realimentação – carga
Rc finita e resistência de
VS VS R R1 C2
fonte não nula.
AV = = ≅− C Vs
Vg Ve RE1 Rs C1 Ve
TR RL Vcc
+ R2
Nessa configuração, o ganho não depende do transistor, mas somente da relação Vg
entre as resistências RC e RE1. Nessas condições, dizemos que a realimentação - RE1

estabilizou o ganho. Na prática, o ganho varia quando substituímos o transistor,


RE2
mas é uma variação muito pequena. CE

A análise CA do circuito da figura 5.20 pode ser feita considerando o circuito


equivalente CA da figura 5.21, resultando no circuito simplificado da figura 5.22.

Figura 5.22 O modelo utilizado para calcular a tensão de saída para determinado valor de
Circuito equivalente AC Ve Zs tensão de entrada é o mesmo apresentado anteriormente, com exceção de que
Vs
do circuito da figura 5.20. nesse modelo existe um divisor de tensão na entrada (RS e Ze) e na saída (Zs e
Av.Ve RL). A figura 5.24 ilustra o circuito equivalente.
Vg
Ze
Figura 5.24
Rs Ve Rc
Vs Modelo CA do circuito
da figura 5.23.

Vg
Para o circuito da figura 5.20, a impedância que o gerador Vg percebe é dada Ze Av.Ve
RL
por:

Ze = R1//R2//Ze(base)

As impedâncias de entrada e de saída são dadas por:


e a impedância olhando na base:
Ze = R1//R2//Ze(base), Ze(base) = β · (rbe + RE1) e Zs = RC.

Ze(base) = β(rbe + RE1) O ganho de tensão entre a base e a saída é calculado por:

Vs R
Note que a impedância de entrada olhando na base aumentou muito seu valor. AV = ≅− C
Ve RE1
A impedância de saída é dada por: Zs = RC.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

5.5  Amplificador coletor comum Figura 5.26


Amplificador
Como vimos, ao ligarmos uma fonte de alta impedância de saída a uma carga coletor comum.
de baixo valor, a maior parte da tensão estará na resistência interna da fonte. R1
Para evitar que isso aconteça, devemos intercalar um circuito com alta im­ C1 Ve
pedância de entrada e baixa impedância de saída entre a saída da fonte e a TR
Vcc
carga, conforme ilustra a figura 5.25. Quando inserimos um transistor nesse C2
R2 VS
circuito, ele passa a ser chamado de amplificador coletor comum, também co­ Vg
nhecido por seguidor de emissor ou buffer. As principais características desse
circuito são: altíssima impedância de entrada, baixa impedância de saída e RE
ganho unitário.

Esses circuitos são usados em várias aplicações, como no estágio de saída de


amplificadores, em que é necessário efetuar o casamento da impedância
do alto-falante (em geral 4 a 8 Ω) com a impedância de saída do amplifi­
cador. Essa configuração também é utilizada para construir um regulador A análise CC do amplificador da figura 5.26 é igual à do amplificador emissor
de tensão em série. comum, ou seja, com os resistores R1 e R2 polarizando a base do transistor de tal
forma que VCE seja aproximadamente a metade de VCC.
Figura 5.25
a) Carga de baixo Figura 5.27
valor ligada na saída Amplificador coletor
de circuito com alta comum – análise CC.
R1
impedância de saída e
Rs 10 K
b) buffer como interface.
10K VB
TR Vcc
(a)
12 V
VL =1 V R2
0,7 V
10 K
Vg RL
10V 1K RE
VE 5K

(b) Rs
VL=10 V
10 K

RL
Vg Buffer 1K Considerando o circuito da figura 5.27, podemos determinar alguns valores,
10 V como:
10 k
• tensão na base: VB = .12 V = 6 V ;
10 k + 10 k

• tensão de emissor: VE = VB – 0,7 = 5,3 V;

5, 3 V
• corrente de emissor: IE = = 1, 06 mA ;
5k

A figura 5.26 mostra o amplificador coletor comum, que é um circuito com rea­ • tensão coletor-emissor: VCE = 12 – VE = 12 – 5,3 = 6,7 V.
limentação negativa introduzida por RE.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

A análise CA é feita usando o mesmo raciocínio utilizado para o amplificador 5.6  Amplificadores de potência
emissor comum. A figura 5.28 mostra o circuito equivalente CA com o transistor
substituído pelo modelo de Ebers Moll, capacitores e fontes CC em curto-circuito. As principais características desejáveis em um amplificador são: linearidade, efi­
ciência, potência na saída e ganho de tensão. Dificilmente todas elas estão pre­
Figura 5.28 sentes ao mesmo tempo no amplificador, porque, em geral, uma característica
Circuito equivalente CA ib ic afeta outra (ou outras) – melhorar a linearidade, por exemplo, pode comprome­
do circuito da figura 5.26. Ve ter a eficiência. Assim, o que o projetista deve fazer é definir quais características
C
B ib devem ser atendidas em detrimento de outras.
rbe
R1/R2
Os amplificadores de potência são usados no último estágio de um amplificador;
Vg
por isso, normalmente têm como carga um alto-falante. Como esses circuitos
Vs trabalham com sinais elevados, sua análise não será feita usando os modelos
E
utilizados.
RE

Os amplificadores de potência se dividem em classes. As mais conhecidas são:

• Classe A
• Classe B
Para esse circuito, o ganho entre a base e a saída é calculado por: • Classe AB
• Classe C
• Classe D
Vs
AV =
Ve Os amplificadores classes A, B e AB operam de forma linear; os classe C, na
ressonância; e os classe D, no modo de chaveamento. Cada modelo é indicado
em que Vs = RE ⋅ (1 + β ) ⋅ ib e Ve = rbe ⋅ ib + (1 + β ) ⋅ ib para uma aplicação específica: classes A, B e AB em amplificadores de áudio de
equipamentos de grande porte, classe C em radiofrequência (RF) e classe D em
equipamentos portáteis.
Vs RE ⋅ (1 + β )
AV = = ≅1
Ve re '+ (1 + β ) ⋅ RE As classes são caracterizadas pela localização do ponto de operação e duração da
condução do transistor de saída em cada semiciclo. Um amplificador apresen­
ta linearidade se operar em uma região linear das curvas características. Desse
Impedância de entrada modo, a relação entre a saída e a entrada é linear e, portanto, o sinal de saída terá
a mesma forma do sinal de entrada, porém com sinal amplificado.
A impedância de entrada do circuito vale:
Define-se a eficiência (η) ou rendimento de um amplificador como a relação en­
Ze = R2//R1//Ze(base) tre a potência obtida na carga e a potência CC fornecida pela fonte ao circuito de
saída. A eficiência ideal é 1, valor impossível de atingir, pois nesse caso nenhuma
em que Ze(base) é a impedância olhando na base e pode ser calculada por: potência seria dissipada no circuito amplificador. O rendimento é calculado por:

Ve (RE ⋅ (1 + β ) + re' ) ⋅ ib potência do sinal entregue para a carga P


Ze( base ) = = = re' + (1 + β) ⋅ RE ≅ β ⋅ RE η= = CA
ib ib potência CC fornecida ao ciircuito de saída PCC

que normalmente resulta um valor alto. Por exemplo: se β = 200 e RE = 5 kΩ, em que PCA é a potência CA fornecida à carga e PCC a potência CC que a fonte
então Ze(base) = 200 · 5 k = 1 M. fornece ao circuito amplificador.

A impedância de entrada será limitada pelos valores das resistências e po­ A figura 5.29 mostra, de maneira simplificada, o diagrama de blocos de um
larização dos resistores R1 e R 2. Por exemplo: se R1 = R 2 = 100 k, então amplificador genérico. A carga, representada por RL, pode ser um alto-falante
Ze = 100 k//100 k//1 M = 47,6 k. ou um motor.

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

Note também que existe um intervalo em que os dois transistores estão cortados; é Figura 5.31
+ Vcc nesse momento que a tensão de entrada é menor que 0,6 V, e isso causa distorção. a) Amplificador classe B,
b) formas de onda de
Essa distorção é chamada de distorção por cruzamento (crossover) e aparece por­ entrada e saída e
PCC PCA que o transistor só começa a conduzir quando a tensão VBE excede 0,6 V apro­ c) reta de carga e sinal
ximadamente. Quanto menor a amplitude do sinal, maior a distorção. de entrada e saída.

RL
Pré amplificadores Estágio de potência
(a)
TR1

Vs Ve
-+ 2V
Vs
TR2
Figura 5.29 1V

Diagrama de blocos
5.6.1  Amplificador classe A Ve RL
0V
Cross over

de um amplificador. É a classe de amplificadores com a maior linearidade (menor grau de distor­ + - -1V
ção), porém com o menor rendimento, de aproximadamente 25% no máximo. -2V
Isso significa que, para obter 10 W de potência na carga, a fonte deve ter po­ Ic
(b)
tência de 40 W. Reta de carga

Figura 5.30 sinal de entrada


A polarização no circuito de um amplificador classe A é feita de tal modo que o
Amplificador classe A:
transistor fica conduzindo enquanto tiver sinal de entrada, portanto em 360°
a) circuito e
(figura 5.30). A polarização é igual à dos transistores amplificadores de baixo
b) formas de onda
sinal, estudados anteriormente.
e reta de carga. Q
0
distorção por crossover

sinal de saida
Ic

(c)

Rc

R1 C2
A figura 5.32 mostra um circuito que não necessita de fonte simétrica. Nesse
C1
TR RL
caso, a fonte de alimentação para polarizar o transistor TR 2 é o capacitor CL, que
Vcc
tem valor elevado (tipicamente 1 000 μF) e consegue manter a carga.
R2
Ve VCE
RE
CE Figura 5.32
Amplificador classe B
(a) (b) com fonte simples.
TR1
CL
5.6.2  Amplificador classe B + - Vs
+ -
O amplificador classe B é polarizado no corte (correntes quiescentes nulas); por­
tanto, a potência em CC é baixa e o rendimento alto. A figura 5.31 mostra um TR2
RL
Ve
circuito classe B denominado push-pull com saída complementar e as formas de
onda de entrada (Ve) e saída (Vs). No semiciclo positivo do sinal de entrada, a con­
dução é feita pelo transistor TR1 (NPN) e, no semiciclo negativo, pelo TR2 (PNP).
Observe que, para a configuração classe B, é necessário o uso de fonte simétrica e
os transistores devem estar na configuração coletor comum (seguidor de emissor).

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

5.6.3  Amplificador classe AB mos um par Darlington no lugar de cada um dos transistores de saída dos cir­
cuitos da figura 5.32. Observe a necessidade de colocar quatro diodos em vez de
Esse amplificador é um intermediário entre os classes A e B em termos de dois (figura 5.34).
eficiência e distorção. Nessa classe, os transistores são polarizados um pou­
co acima do corte com uma tensão próxima de 0,6 V. A partir desse valor, Figura 5.34
quando a tensão de entrada (Ve) se torna positiva, o transistor TR1 conduz no Aumento do ganho
semiciclo positivo e, quando a tensão de entrada fica negativa, TR 2 conduz +Vcc de corrente do
no semiciclo negativo, eliminando o crossover. estágio de saída.

A figura 5.33a mostra esse conceito com as baterias B1 e B2 polarizando os TR1


transistores TR1 e TR2, respectivamente. Na prática, as baterias são substituídas
TR2
por tensões obtidas por meio do divisor de tensão ou por diodo. No circuito da
figura 5.33b, a tensão em R2 representa a bateria B1, que polariza TR1, e a tensão
em R3 representa a bateria B2, que polariza TR2. No circuito da figura 5.33c, a
tensão de polarização é obtida nos diodos D1 e D2. A polarização por diodos é Ve RL
preferível, pois a tensão não dependerá da alimentação VCC. TR3
TR4
Figura 5.33
Amplificador classe AB:
a) eliminando o crossover; (a) +Vcc -Vcc
b) polarização com
divisor de tensão e
TR1
c) polarização por diodos.
B1

Ve B2 5.6.4  Amplificador classe C


TR2 RL
Os amplificadores classe C têm rendimento maior que os classes A, B e AB, pois
o transistor conduz somente uma pequena parte do semiciclo positivo. A diferen­
-Vcc ça principal entre os classe C e os outros é que o ganho é máximo em uma única
+Vcc +Vcc frequência, chamada de ressonância. A figura 5.35 mostra o circuito e o compor­
tamento do ganho de acordo com a frequência. Quando o sinal de entrada atinge
(b) (c) a frequência de ressonância estabelecida, o transistor começa a conduzir e o cir­
R1 R1
cuito LC (chamado de circuito tanque) passa a oscilar no ganho máximo.
TR1 TR1
R2
D1 Figura 5.35
Amplificador classe C:
R3 D2 a) circuito e
Ve RL Ve RL b) curva de resposta
TR2 TR2 C Ganho
L em frequência.
R4 R4 C2
Vs
C1 Vcc

-Vcc -Vcc
Ve RL
RB

f0 f
(a) (b)
A fonte (–VCC) que polariza o transistor TR2 também pode ser eliminada, adi­
cionando um capacitor de grande valor em série com a carga, como foi feito no
classe B. O ganho de corrente do estágio de saída pode ser aumentado se inserir­

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eletrônica 2 CAPÍTULO 5

O ganho é máximo na frequência de ressonância (fo), que pode ser calculada por: Figura 5.37
Amplificador classe
1 +V D básico.
fo =
2π LC
TR1 L VS
-Comp VC
V’ S

Observe que não existe polarização de base; é o sinal que providencia essa polari­ + C1
zação. TR2 C
R1
5.6.5  Amplificador classe D
-V
Nessa classe de amplificadores, os transistores operam como chave. No corte a
corrente é zero e na saturação a tensão é zero. Desse modo, a potência dissipada
é muito baixa, a eficiência aumenta e, portanto, a fonte de alimentação requer
menor potência. Esse tipo de amplificador é largamente usado em equipamentos
portáteis. Os componentes representados por L e C compõem o filtro passa-baixa de rede,
constituída por R1 e C1, compensando a reatância indutiva da bobina do alto­
A ideia básica consiste em converter o sinal de áudio (Vs) em um sinal de onda -falante. Dessa maneira, o filtro enxerga uma carga resistiva em alta frequência.
Figura 5.36 quadrada modulado em PWM (modulação por largura de pulso) de frequência
Diagrama de blocos de muito maior que a de áudio. Depois, efetua-se a filtragem, recuperando o sinal
um amplificador classe D. de áudio (figura 5.36).

onda triangular VT
de alta
frequência VC V’S VS
Estágio de
Comparador saida de FPB Carga
potência
entrada
Vs
de áudio
+V +V

-V -V

A tensão de saída do comparador (VC) é:

VC = +V, se Vs > V T, e VC= –V, se Vs < V T.

Essa tensão (VC) é aplicada na entrada de um amplificador fonte comum com um


par complementar de transistores MOS, que operarão como chave (figura 5.37).

Para VC = +V, o transistor TR1 corta e o TR2 conduz a saída V’S = –V, se a queda
de tensão através de TR2 for desprezível. Similarmente, se VC = –V, TR1 conduz
e TR2 corta a saída V’S = +V.

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