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E SUAS TECNOLOGIAS
FRENTE: HISTÓRIA
EAD – MEDICINA
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO
AULA 1
Córdoba
Renascimento
Cultura Teocêntrica Antropocêntrica
cultural. Granada
Espanha
Portugal
Ilhas de
Cabo Verde
No processo de ocupação portuguesa do atual território do Brasil, 5. (Unicamp simulado/2011) Segundo o historiador indiano K.M.
as primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou
de Cabral podem ser caracterizadas como um período em que aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da
a) Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de
estava voltado prioritariamente para a busca de riquezas no poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares,
Oriente. poder detido apenas pelas nações europeias.
b) prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham por Adaptado de C.R. Boxer, O império marítimo português, 1415-1835.
principal foco a busca e a exploração de ouro nas regiões Lisboa: Ed. 70, 1972, p. 55.
centrais da colônia.
c) Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação, Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na
interessado na imediata exploração agrícola das férteis terras América
que a colônia oferecia. a) se diferenciavam, pois na Índia a presença dos portugueses
d) prevaleceram as disputas pela colônia com outros países visava o comércio, e para este fim eles estabeleciam feitorias,
europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa e enquanto na América o território se tornaria uma possessão de
francesa no litoral brasileiro. Portugal, por meio de um empreendimento colonial destinado
e) Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e a produzir mercadorias para exportação.
empenhou-se em estender seus domínios em direção ao sul, b) se diferenciavam, pois a colonização dos portugueses na
chegando até a região do Prata. Índia buscava promover o comércio de especiarias e de
escravos, enquanto na América estabeleceu-se uma colônia de
3. (Unesp/2016) Entre os motivos do pioneirismo português nas exploração, que visava apenas a extração de riquezas naturais
navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar que serviriam às manufaturas europeias.
a) a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os c) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque em ambas
comerciantes genoveses e venezianos. se estabeleceu um sistema colonial baseado na monocultura,
b) a centralização monárquica e o desenvolvimento de no latifúndio e na escravidão, mas na América este sistema
conhecimentos cartográficos e astronômicos. era voltado para a produção de açúcar, enquanto na Índia
c) a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e produziam-se especiarias.
tecnológico britânico. d) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque ambas
d) o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio sofreram exploração econômica, mas na Índia uma civilização
entre as nações. mais desenvolvida apresentou resistência à dominação, levando
e) o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas à sua destruição, ao contrário do Brasil, onde a colonização foi
de conservação dos alimentos. mais pacífica, por meio da civilização dos índios.
Anotações
SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO – AUTOR: DAWISON SAMPAIO
DIG.: CINTHIA – REV.: RITA
EXERCÍCIOS
1. O texto indica um dos elementos que permeava o imaginário popular e o inconsciente coletivo na época das Grandes Navegações: o
temor do desconhecido. A mentalidade medieval sob a influência dos valores religiosos propiciou a disseminação de tais elementos.
O próprio Oceano Atlântico era conhecido como “Mar Tenebroso”. Naufrágios e mortes também contribuíram para a mentalidade
descrita no fragmento.
Resposta: C
2. Após a chegada dos portugueses ao Brasil observou-se, por parte dos lusos, relativo desinteresse que perdurou por cerca de 30 anos.
Nesse período foram fundadas feitorias que serviam de entrepostos comerciais. Apesar da exploração de aves exóticas, couros e
peles, predominava a exploração do pau-brasil que contava com a mão de obra dos nativos que trabalhavam na base do escambo.
A justificativa para os portugueses terem relegado a nova possessão a uma condição subalterna se dá pelos lucros obtidos com a
exploração do comércio oriental de especiarias que se apresentava muito mais lucrativo neste momento.
Resposta: A
3. Questão clássica que propõe a identificação dos fatores responsáveis pelo pioneirismo português nas Grandes Navegações. O crescente
interesse no ocidente pelas especiarias orientais somado às adversidades para aquisição desses gêneros em virtude do ataque dos
piratas mouros e do monopólio das cidades italianas, levou os lusitanos a se lançaram ao oceano em busca de uma rota alternativa
que os levassem até a fonte dos valiosos produtos orientais. Para esse fim, contribuiu decisivamente a prematura centralização do
poder na mão do rei, processo iniciado com a dinastia de Borgonha no século XII e que teve seu ápice no século XIV com a chamada
Revolução de Avis. Os investimentos dos soberanos de Avis se somavam ao contexto favorável de incremento dos conhecimentos
técnicos que favoreceram a navegação oceânica, como era o caso dos instrumentos de orientação, como a bússola, astrolábio e ainda
o aperfeiçoamento das cartas náuticas.
Resposta: B
4. Ainda que os interesses econômicos, como a busca de metais preciosos e das especiarias devido à necessidade de um novo caminho para
o oriente (monopólio das cidades italianas e dos riscos da navegação no Mediterrâneo), estejam entre as mais importantes motivações
da expansão marítima, não devemos esquecer que, além da burguesia mercantil e do Estado moderno que procurava fortalecer-se, a
Igreja também tinha interesses associados a esse empreendimento, pois ali estava uma oportunidade de expandir a fé cristã católica
(motivação religiosa), conferindo um caráter cruzadístico servindo inclusive para legitimar o movimento em questão.
Resposta: B
5. Dentro do contexto da formação dos impérios coloniais, resultado da Expansão Marítima, Portugal teve papel de destaque, figurando
entre suas principais motivações a busca de especiarias e de metais preciosos bem como a aquisição de matérias-primas que contribuíssem
para uma balança comercial favorável. Nesse sentido, a relação de Portugal com as Índias se estruturava em linhas gerais em torno da
fundação de feitorias (entrepostos comerciais), que permitiam aos lusos adquirir as especiarias tão apreciadas na Europa. Já as terras
recém-descobertas no novo mundo assumiam uma tarefa complementar à metrópole, oferecendo gêneros tropicais, além de servir
de mercado consumidor para os produtos manufaturados, constituindo uma típica colônia de exploração assentada no latifúndio,
monocultor, escravista e exportador. Devemos no entanto, considerar que, o sistema de feitorias também foi implantado, por exemplo,
na exploração do Pau-Brasil nos primeiros anos da colonização.
Resposta: A
6. É importante observar a importância da África no processo de expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI. A tomada de Ceuta,
marco inicial das Grandes Navegações pelos portugueses em 1415, é indicativo de tal importância. O projeto português consistia no
contorno do litoral africano (Périplo Africano) até chegar às Índias, o que se concretizou em 1498. Na passagem portuguesa no litoral
africano, ainda que não se observe esforços para colonizar o continente, fato que os europeus, via de regra, só farão no contexto do
neocolonialismo no século XIX, manifestavam-se as primeiras relações de exploração em que os portugueses retiravam alguns produtos
que tivessem relevância econômica dentro da lógica mercantilista e principalmente o tráfico humano de escravos. Esses elementos
posteriormente passaram a constituir a principal mão de obra para os gêneros do plantation do Brasil. Essa exploração, ao longo do
tempo, contribuiu para o quadro de miséria na África e que só seria agravado nos séculos seguintes.
Resposta: D
7. Dentre os acontecimentos que assinalaram a passagem para os tempos modernos, destacam-se, pela profundidade de suas
consequências, as Grandes Navegações. Nessa época, os europeus contornaram a África, estabeleceram novas rotas comerciais com o
Oriente, circunavegaram o mundo e chegaram às Américas. Reconhecido por muitos historiadores como o primeiro passo no complexo
processo de globalização do planeta, o expansionismo marítimo possibilitou aos europeus, especialmente Portugal e Espanha, pioneiros
nesse processo, o domínio de várias regiões do mundo durante um longo período.
Resposta: A
9. Tem sido comum a análise feita por alguns autores associando o processo histórico da Expansão Marítima como sendo a origem da
globalização. Tal pensamento se justifica na medida em que os empreendimentos marítimos, sobretudo os ibéricos, contribuíram com
suas descobertas (Novo Mundo), para uma irreversível expansão e integração comercial.
Resposta: D
10. Pela interpretação do fragmento oferecido na questão, podemos afirmar que o processo de globalização trata-se de um fenômeno
amplo e com implicações econômicas, sociais, culturais entre outras e que tende a se acelerar pela “expansão dos fluxos de informação”.
De fato, os avanços tecnológicos ao longo da história contribuíram para diminuir as distâncias entre países permitindo uma ampliação
das relações comerciais e de alguma forma também a integração de culturas distintas, sendo estes considerados elementos constitutivos
do que se convencionou chamar de globalização. Alguns autores interpretam a expansão marítima como uma manifestação da
globalização pois permitiu uma ampliação do conceito de mundo conhecido além da expansão do comércio. Ainda que tal expansão
econômica tenha ocorrido praticamente de maneira unilateral dentro de uma postura eurocêntrica e etnocêntrica submetendo a
América a uma rígida dominação e exploração, desprezando e até suprimindo por vezes sua realidade cultural.
Resposta: D
11. A riqueza de detalhes da pintura de grandes dimensões, representando múltiplas expressões e situações, eternizaram a versão histórica
oficial da descoberta do Brasil como um ato heroico e pacífico, celebrado em ecumenismo por colonizadores e indígenas. Essa visão
romantizada da chegada dos portugueses projeta a ideologia da classe dominante, ou seja, da história oficial. Rendeu homenagens a
Victor Meirelles, como a Ordem da Rosa, também originou as primeiras críticas, justamente pelo que seria “um excesso de imaginação”.
O item E responde à questão, na qual o quadro de Victor Meirelles repassa excesso de imaginação dos primeiros dias da ocupação
portuguesa no Brasil.
Resposta: E
12. O pau-brasil foi a primeira atividade econômica fonte de lucros dos portugueses no Brasil. Para obtenção da madeira, criaram um sistema
de feitorias que, por meio do escambo, intermediava com os índios o corte e o transporte do pau-brasil para os navios. Entenda-se
por escambo uma relação de troca que, nesse caso específico, os índios recebiam produtos de pequeno valor pelo seu trabalho.
Resposta: E
13. Nos trinta primeiros anos (1500 – 1530), denominados pela historiografia tradicional como período pré-colonial, Portugal não
promoveu ações concretas no sentido de iniciar efetivamente a colonização do Brasil, tal fato só ocorreria a partir da década de 1530
com a expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa e a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias. Dentre as razões
desse relativo desinteresse pelo Brasil, destacamos o fato de o comércio oriental das especiarias ser mais lucrativo e por não terem
inicialmente encontrado metais preciosos. Porém, deve-se ressaltar que Portugal não abandonou o território, destacando para a área
recém-descoberta expedições que visavam o reconhecimento, exploração (expedições exploradoras em 1501 e 1503) e a defesa contra
as investidas das demais nações europeias (expedições guarda-costeiras em 1516 e 1526).
Resposta: C
14. É possível perceber, desde os primeiros registros, a perspectiva econômica que os navegadores atribuíram sobre a terra
recém-“descoberta”. De fato, essa visão é reflexo da mentalidade mercantilista que predominava naquele momento, em que a busca de
metais preciosos e de especiarias era prioritário para a consagração do projeto expansionista no qual Portugal se insere. Desta maneira,
a lógica do sistema colonial orientava-se para a busca de matérias-primas e gêneros de primeira necessidade para que fossem transformados
em manufaturados (note que, nesse período, ainda não se pode falar em industrialização, que será capitaneada pela Inglaterra no
séc. XVIII), sendo as colônias uma reserva de mercado para tais produtos.
Percebe-se ainda que tal mentalidade contribuía para que os europeus não percebessem e não respeitassem os valores culturais e
econômicos dos povos nativos, o que gerou muitos conflitos e mortes (genocídio), além da tentativa de imposição dos valores europeus
(etnocídio).
Resposta: B
15. A Carta de Pero Vaz de Caminha evidencia a visão dos europeus sobre as terras recém-descobertas revelando ainda uma das motivações
do projeto expansionista levado a cabo pelos portugueses no qual a Igreja teve importante papel. Logo, diante da frustração inicial
por não terem encontrado metais preciosos, a Carta destaca como maior valor a catequese dos nativos.
Resposta: A