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A trazodona e a nefazodona jnfbem a reca:ptação da seroto- A bugTOpiol)a é um ~ovo composto m,onocíclko que ini-
nina (5-HJ") T).as sinapses e possuem alllago'nismo p:.n;a um be a recaptação de doparoina mas pOSSUI pouço delto em
subtipo de receptor de serOlOnina (5-HT 2). Uma vantagem outros sistemas adrenérgicos. A mirlazapl.na 6 uma pipera-
especifica da nefazodona é a austncia de efeitos colaterais zinoazepina tetracidica que é análoga à mtanserina, um an-
anticolinérgicos proeminentes. A tmzodona tem algumas tidepressivo disponivelna Europa.. Ela é um bloqueador ex.,
propriedade sedativas, o que a toma 11tH em pacientes agi- pré-sináptico que aumenta a liberaçãO de norepinefrina ê
tados com distúrbio do sono, particularmente os idosos. serotonina. Ela lam,bem bloqueia os receplores 5-m 2 e 5-
A venlafaxina é um antidepressivo fenileti lamínico que HT 3 e receptores de histamina Hl. Os seus efeitos colaterais
inibe a recapatação de scrotonina e de norcpinefrina. Ela é comuns incluem ganho de peso, boca seca c constipação.
seletiva para estes dois sistemas neuroquimicos, demons- Ela é uma alternativa razoável para pacientes que nilo res-
trando pouca ligacão in vilro a receptores colinérgicos, his-- pondem aos ISRS.
taminérgicos e serotonintrgicos.
TRIClcucos
Imlpramina Tofranil 10-75 mg 100-300 mg Boca seca, ronstipaçio,
Desipr.unina Norpramin 10·75 mg 100-200 mg hipotensao
posturaI,
Amitriptilina Elavil 10·50 mg 100-3OQmg taquiarritmia
Tlimipramina Sunnontil 25,]' mg 200-300 mg
Nomipnlina Pame\or 10·50 mg 75-1SOmg
Protliptilina Y"'1IctH [0-30 rng 20-50 mg
Doxepina Sinequan 25-75 rng 75· 300 mg
TETRACICLICOS
Maprotilina Ludiomil 25 -75 rng 100-300 mg
INIBlOORES SELETIVOS DA RECAPTACÃO DE SERDTDNlNA
fluoxetina Prou, 10-20 mgldla 10-80 rngfdia Nervosismo. insonia,
Senalina Zoloft 50 mgtdia :ID-200 mgfdia tumor, agilllç-Jo,
dor de cabeça,
l'aroxetina Paxil 20 mgldia 20·50 mgldia perda de peso
fluvo"amina Luvox 50 rngldia 50-300 mgldia
Citalopram Ce\exa 10 mgldia 10-40 mgldia
INIBlOORES DA MONOAMINO OXJO.ASE
fenelzina Naroil 15-45 mg 45-75 mg Crises hipenensi,',1$; Pacientes usando estas
sedaçâo, tumor drogas têm que
Tranilctpromi.na Pamate 10-20 mg 20·30 mg estar em dieta livre
de tiramina
ATfplCOS OU NÃO-TR1CfclICOS
Amoxapina Asendin 25-75 mg 100·300 mg
Trazodona D"",I 25-75 mgldia em doses 300 mg/dia em doses Prtapismo Útil como segunda
divididas divididas droga para
distúrbios do sono
Nefuodona Senone 100 mg 2 vezes ao dia 200-400 mg Cefaltia às vezes Tão. ef~ti'\'a quanto a
associada com lm!pramma
sonol~ncia
Venlafa"ina Effexor 25 rng 3 vezes ao dia 200-275 mgldia, tm Hipertensão Inihidor da reca plllçl0
3 vezes de serotonia e
norepinefrina, pode
ser detiva no
U'Ilamento da
depressão resistente
Mlrtazapina Remeroll 15 mg/dia 30-45 mgldia Sonolência, ganho Aumentos com
ponderaI intervalos de 1-2
semanas
Bupropiona Wcllhutlin 100 mg 2 ;'czes ao dia 300 mgldia. em 3 Afeta a recaptação de Pode ser especialmente
"ezes dopamina e de útil na depressão
norepinefrina atípica
PSICOESTlMUI..AN1ES
Dextroanfetamina Dexedlina 2,5 g 5-10 rng O pOlencial para abuso
deve ser
considerado
Pemolina Cylert 18,7' mg 37 rng 2 vczes ao dia
Metilfenidato Rillllina 2.5 rng 2 vezes ao dia 10 mg 3 '"ezcs ao dia
2591
para 6 a 8 mgfdia se necessário. pela avahação clínica. para Tabela 426-5 • CRITÊRIOS DIAGNÔSTICOS PARA O
o controle dos sintomas. Muitos pacientes requerem far- TRANSTORNO DO PÂNICO
macoterapia de manutenção, e outros apresentam sinto- Um ou maiS ataques de panico (penados continuos de medo
mas apesar do tratamento. intenso ou desconforto) ocorreram e (1) eram inesperados (L.
Os antidepressivos são muito menos eficazes para a an- e.• não OCOrreram Imediatamente antes ou durante a exposiciO
siedôlde cr ônica ou gcner alizadôl. Quase lodos os benzodi- a alguma sltuaçâo que quase sempre causa ansiedade) e (2) MO
azepinicos propiciam um alMo a CUrtO prazo q ue é dra- foram di!Sencadeados por situações nas quais a pessoa era o
mático na ansiedad e generalizada, porém são comuns o foco de ateny10 de outros.
hábito e a dependência, de forma que é necessário caUlela. Ou quatro ataques ocorreram dentro de um penado de .. semanas
Se os smtomas de ansiedade apresentarem qualquer carac- ou um ou mais ~{aques foram seguidos por pelo menos I mts
teríStica slluacional generalizada. Outras medidas teraptu- de medo ~istente de ter OUtrO :laque.
Pelo menos quatro dos silllOlllllS segumteS desenvol\"t.ram-se
ticas devem ser consideradas antes de prescre\-er ben- durante pelo menos um dos aaques
zodlazepinicos. Devem ser tentadas todas as variações da Encurumento da respiraç:lo (diSpnéia) ou serwções de
psicOterapia cognitivo-componam~tal, inclusive tranqui- sufocamemo
hzaçâo, educação, exercicios de relaxamento. hiPnose e Vertigem, tontura ou sensaç;l;o de desmaio
omras psicolerapias. As alteraçOes ambientais podem ser Palpitacões ou freqíle.ncta cardiaca acelerada (taquicardia)
consideradas em casa e no trabalho. dependen do dos sin- Tremores
tomas de ansiedade específicos para cadôl indivíduo. Quan- Sudorcse
do for prescrita a intervenção pslcofarmacológica, ela deve Sufocaç"-o
Náusea ou desconforto abdominal
set oferecida por um período defmido de 1 a 4 semanas, Despersonali2~ç;I;o ou desrealli:açl0
enquantO a situação é tranq\'ull,zada pelo médico. Pode-se Donntnda ou sensações de fonm.gamento (parestcsias)
fazer uma tentativa com anti-histamilllcos, tais CQmo a di- Ondas de calor ou calafrios
fenilidramina. 2S mg uts vezes ao dia , para alguns paci- Dor ou desconfono !Onoco
entes. A buspirona é um agente ansiolitico não-benzodia- Medo de morrer
zeplnlco que a lgumas vezes oferece alfvio em doses imci- Medo de · ficar louco" ou de fazer alguma COISa
ais de 5 IUg duas vezes ao dia. Os benzodiazepini cos apre- descontroladamentc
sentados na Tabela 426-2 s:lo eficazes em muitos pacien- Durnnte alguns destes ataques pelo menos quatro dos SIntOmas
dcsenvoh'eram-se subitamente e atingiram Um pico nos 10
tes. O lorazepam é frequentemente o primeiro a ser utili-
mmutos miciais do primeiro slnlQma notado durnnte o aaque
zado devido a seu relativamente curto tempo de ação (meia-
vida de 10 a IS horas) e pela ma Ior faci lidade de ajuste de
doses em pacientes idosos ou doentes. O lorazepam deve
ser administrado pelo menos duas vezes ao dia e: [requen-
temente t rês vezes ao dia, dev ido à sua meia-vida ma is TRANSTORNOS SOMATOFORMES
curta em comparação com outras drogas, tais como o dia-
zepam. A dosagem inicial para a maioria dos pacientes é
Os transtornos somatofonnes (Tabela 426-7) são um grupo
heterose:neo de: transtornos que companilham as caraClertsLi-
de 0,5 mg duas vezes ao dia. A dose deve ser aumentada
CllS comuns de mimet1zar doençasclfniCllS. Este mimetismo pode
em 0,5 mgld ia a cada trts dias alé que os si n tomas-alvo se
envolver um exagero da gravidade ou da incapacidade de uma
resolvam ou sobrevenham efeitos colaterais sed ativos. A
doe.nça clínica real. ou pode consisli r inteiramente na simula-
paroxetina em dose de 20 a 40 mgldia também é eficaz. Os
çto de uma doença dfnica que rtao está presente. Diversos dis-
pacientes idosos devem ser acompanhados cuidadosamente
tllrbios em evolução são ~somatoformes~ no todo ou em pane,
para o desenvolvimento de ataxia de marcha. Devem ser
mas não são estritamente classificados na categoria de lranslor-
dadas oponunidades para todos os pacientes de desconti-
no somatOrorme:.
nua r ou reduzir a dose.
Patolenla
vem sistemas orgân icos, tais como do r abdominal ou hc-
m orraglil. Ainda não existem explicações neurobiológicas verossímeis pu
SIMUlAÇÃO. Simul;lção ê a produÇão de sintomas físicos os tra nstornos soffiatoformes. Eles devem ser compreendidos COI»a
ou psicológicos falsos ou grosseiramente exagerados quan- um fenómeno psicológico, com níveis VOlriáveis de autocoIlSCil&,
do esta produção dos sintomas e a motivação são conscien- da em cada individuo para com a natureza fictiOa do Inmstomr.
temente compreendidas pelo paciente. No caso da simula- Freud e seus rol.aborndores acredilavam que os sintomas ~
Ção, o ganho secundaria ou reforço ambiental para o com- riam ser produzidos por um processo de dissociação - a eKpu1s:k..
ponamento estão geralmente transparentes, Estes reforços da conscirncia uma memória ou de sentimentos dolorosos e se.
ambientais tipicamente incluem o alívio de trabalho duTO TCposiçãO por um si ntoma físico. A vantagem que o transtom.:
ou de responsabilidades, como n o treinamento mili tar, ou co nversivo gera para o paciente é a prote~'âo propiciada pela &.-
um panorama de recompensa financei:ra significa tiva, como física, !XJrque esta dor está assodada ou simboliza um simom.
nos litígios. físico. Esta proteção propiciada pela dor psicológica e pelo estn::ssr
$' i • DA RIDUiI CRINICA. Em meados dos anos de 1980, é denominada ganho primdrio do distúrbio somatofonne. O ga-
surgiram relatos nos EUA de uma síndrome de fatigabilida- ho primário não é sempre prontameme discernível. porque o pa-
de patológica. Em alguns pacientes com esta sindrome, fa- dente estâ qua<;e sempre inconsciente dele.
tores psicológicos inconscientes slo con tribuintes pratica- O ganho secundarlo associado co m o trans torno conversil
me:nte: certos. Outros fa tores contr ibuin tes, incl u indo dis- rdere-se a um ganho financeiro claram ente \isívd ou alívio da
função do sistema imunológico, hipotensão ortostática e responsabilidade que um estado de doença co nfere. Estes gan-
sistema endocrinológico, estão sob investigação. hos podem ser vistos por meio de muitos pretextos, tais como
RBROmllGlA. Existe uma considerável sobreposiçãO en- pensões por incapacidade, alivio do trabalho, aumento da aten-
tre pacientes que se queixam de fadiga crônica e o co njunto ção da famma e dos méd icos e pagamentos de inde nização.
d e sintomas miá!gicos que é denominado fibromialgia (Cap.
289). A fibromialgia é uma constelação de sintomas vagos, InCidência a Prevalência
incluindo hipersensibilidade d isseminada, pontos de gati-
lho e dor generalizada_Apesar de sua causa ser pouco clara Não existem bons dados epidemiológicos sobre os transtor-
no presen te, a fibromialgia parece ser uma síndrome dolo- nos somatoformes. Esludos transversa is de pacientes assistidos
rosa, mais especificamente um distúrbio com sensibilidade por se rviços de neurologia geral indiCllill taxas de prevaléncia
anormal à dor. de 15 a 2 0% nas populações_ Não estão disponíveis eslUdos
populacionais especfficos para este distúrbio .
SEDATIVOS HIPNÓTICOS
Hidrato de cloral 500 rog SOO-I .OOO mg Sedação; riSço de Raramente apropriado
5uperdosagem
MeprobamatO 200 mg 3 vezes ao dia 1.200-1.600 rng
ANTl-HISTAMINICOS
Difenidramina 25 mg VO a qualquu hora .sOmg Boca 5eCI., confusão Mais útil ao deitar, pelo
mental sono associado
HidrOKizina
BENZODIAZEPiNICOS
Lorazepam 0.5 mg VO 2-10 mg divididos ) ,·tzes Também efetivo para
ao dia ansiedade generalizada
Oiuepam S mgVO 5-10 mg 2 ve:es ao dia Possibilidade dt Potencial pa ra abuso por
drogadi~o mui tos usuários
Triazolam 0.125 mg 0,25-0.5 mg ao deitar
Clordiazepóxido 5 mg 2 vezes ao dia 10-30 mg
Tenuzepam 7,5 mg ao deitar 15-30 rng
Alprazolam 0,25 mg 2 "czes ao dia 2-8 mydia Ataxia, sonolbcia
Clorazepaw 7,5 mg ao dcitar 15-60 mgfdia
Flurcepam 15 mg ao dcitar 30-60 mg Ataxia, sonol~ ncia PotenCial para abuso
O:><azepam 10 mg 2 vezes ao dia 60-120 rng/dia
Clonazepam 0,25 mg qd 1.3 mg/dia Sedaçao, ataxia A longa duraç;\o da açãO
pennite d ose única
diária
Buspirona 5 mg 2 vezes ao dia 20-30 mgfdia Nel.... osismo. dor de Sem dependência mesmo
""'"
com uso prolongado
Zolpidem 10 mg ao deitar 10 mg ao deitar Hábito, sonol!ncia Ma is usado oonforrnt a
necessidade
IHLOOUEADORES
Propranolol 20 Jng 2 vezes ao dia Individualizar entre -+{l e Bradjcardia, confusão Nao bloqueia o
120 mg/dia mental componente medo da
ansiedade ou do
plnico
Capitulo 426 Os Distúrbios Psi~iátrkXls na Práti:a Mé!Ica 2595
cientemen~e !;;pl)g'olai os efeitos adversos. Embora a psico- Tabela 426-9 • A ESQUIZOFRENIA E OUTROS
terapia a longo prazo deva ser realizada por psiquiatras, os TRANSTORNOS PSICÓTICOS
médicos generalistas frequenlemcme podem oferecer a es-
clarecedora in~eFvenção iniciaL O procedimento mais efi- SINTOMAS CARACTERfSTICOS
caz"[)!lW pacientes que demonstram paarões comportamen- Pelo menos dois dos seguintes estiveram presentes a 1p.aior pane
tais de transtOITIO ae personalidade na prática médica sào do tempo durante um período de 1 mes (ou menos, se tral3d:
•f
as variantes do lipo de psicoterapia descritas ç:omo ~inter com sucesso):'
pessoais~ (ver adiante). Delirios
Alucinaçlies
Fala desorganizada (p. ex., descanilamentos frequentes, ~sa' -
de um tópico ao outro", ou incOt:ri';ncia)
Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatõnioo
TRANSTORNOS ESQUIZOFRÊNICOS Sintomas negativos ú. e., embotamentO afetivo, alogia ou
avoliç:'\o)
A esquizofrenia é o principal transtorno mental psiC6lico
arquetípico. A psicose é definida como um distúrbio psiquiátri- OISFUNÇÃO SOCIAUOCUPACIONAL
co que rompe com a realidade experimental ou com os proces- Durante uma porção significativa do tempo desde o inicio do
distúrbio, uma ou mais das principais áreas de funcionamenw
sos de pensamento. A esquizofrenia tem início mais frequente-
(p. ex., trabalho, relações pessoais, autocnidado) estão
mente na adolescência tardia. Os sintomas caractelisticos de acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do inIcio
esquizofrenia situam-se em duas amplas categorias descritas (ou quando o início for na infância ou adolescência, falha em
como sintomas positivos e negativos. As características positi- atingir o nlve! esperado de funcionamento ocupacional,
vas incluem comportamentos tais como os delírios e as alucina- acadêmico e de relações interpessoais)
ções. As características negativas incluem sintomas tais como o DURAÇÁO
embotamento do afeto, a anedonia e a apatia. Quando a carac- Sinais continuos do distúrbio persistem por pelo menOS 6 meses.
telÍstica clínica predominante é um distúrbio dos processos de Este período de 6 meses deve incluir pelo menos I més de
pensamento, o transtorno esquizofrênico é descrito como de- Sintomas característicos como os descritos anteriormente
sorganizado. O curso da esquizofrenia geralmente é marcado (i. C., sintomas da fase ativa) e pode incluir fases de sintomas
por um declínio no funcionamento psicossocial, com uma ten- prodi'lmicos ou residuais. Durante essas fases residuais ou
dência de o paciente ficar cada vez mais pard baixo no estrato prodrómicas, os sinais do distúrbio podem ser apenas a
social. Para a maioria dos pacientes ela se torna uma enfermida- manifestação de sintomas negativos ou dois ou mais dos
de crônica, caracterizada por reincidências. sintomas característicos presenles em uma forma atenuada
Cp. ex., crenças estranhas, experiências sensitivas incomuns)
EXCLUSÃO DE TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO ETRANSTORNO DO
DlagnOsUco eManifestações Clinicas HUMOR
Os transtornos esquizoafctivos e o transtorno do humor com
A esquizofrenia é definida como um distúrbio mental de çaracteríCilS psicóticas foram descartados porque (1) nenhum
longa duração, pois é necessário que suas caracteristicas psi- episódio depressivo maior Ou epis6d..ios maniacos ocorreram
cológicas persistam por 6 meses (Tabela 426-9) . Também é concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou (2) se os
necessário que haja deterioração psicossocial a partir de um episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase
nível anterior de funcionamento como parte da definição ativa, sua duração total foi breve em relação à duração dos
de esquizofrenia. Quando um distúrbio mental psicótico períodos ativo e residual
persistiu por menos de 6 meses, não é recomendável utili- EXCLUSÃO DE DEPENDt.NCIA DE SUBSTÂNCIAlSITUAÇÁO CÚNICA GERAL
zar o diagnóstico de esquizofrenia. A esquizofrenia também O distúrbio não é devido a efeitos diretos de uma substância
tende a se caracterizar por reincidências agudas de caracte- (p. ex., abuso de drogas, medicamenlos) ou a uma situaçâo
rísticas pSicológicas ao longo do tempo. Durante primei- ° clínica geral
ro episódio de qualquer distúrbio psicótico, devem ser con- *NOla; apenas umsimoma caraCteríslico é necessário se os deHrios 5âo
siderados um transtorno afetivo ou uma doença clínica sis- bizarros ou se as alucinações consistem em uma voz fazendo comentários
têmica; os episódios psicóticos secundários a reações tóxi- constantes no comportamento ou nos p.nsamentos da Jl<'S5O', ou envolvem
cas a drogas, privação de sono, e causas médicas invariavel- duas ou mais vOzes conversando umas cOm as OUlTOS.
mente persistem por menos de 6 meses.
Os subtipos de esquizofrenia são definidos pelos sinto-
mas predominantes no momento da avaliação clínica mais da populaçãO geral; desta forma, a posiÇãO inferior dos pacientes
recente. Os subtipos incluem o tipO paranóide, O tipo de- parece ser mais o resultado da enfermidade do que sua causa.
sorganizado, o tipo catatônico e um tipo indiferenciado. Os Em 70% dos esquizofrênicos, a doença tem início entre 15 e
sintomas cata tônicos envolvem tanto o componamento mo- 35 anos. A doença afeta homens e mulheres em igual proporção
tor acentuadamente retardado (freqüentemente ao ponto de ao longo da vida. A idade na qual o risco de início atinge um
não apresentar nenhum movimento voluntário; padente ° pico é de l5 a 24 anos em homens e de 25 a 34 anos em mulhe-
mantém qualquer postura na qual foi passivamente coloca- res. Existem diferenças étnicas sutis, com uma maior inciden~
do) quanto O comportamento motor acentuadamente agi- cia nos países escandinavos e em raças diferentes da branca.
tado. Nas fonnas paranóides da esquizofrenia, os plincipais
sintomas são freqüentemente os delírios paranóides, e estes
tendem a permanecer constantes ao longo do tempo. O ter- Fisiopatologia
mo esquizofrenia tipo TCsidual, é utilizado quando os sinto-
mas positivos de psicose regredimm, porém o paciente man- A fisipatologia da esquizofrenia é desconhecida, e ainda não
tém uma função psicossocial ruim. foi determinada a origem anatõmica dos sintomas. Entretanto,
muitas situaçOes (p. ex., trauma, distúrbios convulsivos e do-
ença de Huntington) podem produzir delírios e alucinações se-
melhantes aos da esquizofrenia. Muitos especialistas relataram
Epidemiologia na esquizofrenia uma incidência acima da média de anormali-
dades neurológicas não-localizatórias, alterações que não estão
A prevalência de esquizofrenia na população geral é por vol- presentes em outras situações psiquiátricas.
ta de I %, com uma incidência em tolTlO de 0,5 por 1.000 pesso- Dentre os pacientes esquizofrênicos hospitalizados, 25%
as/ano. As taxas de prevalência são oito vezes maiores nas ca- mostram traçados eletroencdalográHcos anormalmente lentos
madas socioeconômicas desfavorecidas. Os pais de esquizofrf'- com o uso das técnicas de registro padronizadas. A tomografIa
nicos possuem uma distribuição de classes semelhantes àqucla computadorizada e a ressonância magnética mostraram alarga-
Capflulo 426 OS DistiI1Xos l'sã1uiâtriOOs na Prátk:a MéOCa 2597
mento do ventrfculo lateral e do terceiro ventrículo, alargamen- .----_-''''',._-.. ,.-.''''-111..__''''1
A adminiStraÇão de drogas antipsicóticas a longo prazo é
tO dos sulcos corticais, atrofia cerebelar, assimetria cerebral e
diminuição da densidade do cérebro. Apesar de não serem da- essencial pa;i"a,re.duzir recaídas (Iabela 426-1O). O tratamen-
ras as implicações destes achados, eles se correlacionam com a to farmacológico inicial da psicose deve começar coma ad-
piora do distlirbio cognitivo, ajustamento pré-mórbido ruim e ministração de uma daS drogasantipsicóticas -atipicas~ mais
du ração mais longa da doença. recentes. Este grupo de dJ;ogas indui a olanzapina, a rispe--
Fortes evidencias implicam falores genéticos na esquizofre- ridona, a que,tiapina, a ziprasidona e a clozapina. O uso da
nia. Dez a 15% dos filhos de pacientes esquizofrênicos têm a clozap,iria não pode ser considerado um ttatamento de pri-
doença. A coincidtncia de esquizofrenia em gêmeos monozigó- meira linha dev~do à sua, tOxicidade .hematopoética e hepá-
ticos gira em tomo de 60%. Uma evidencia adicional para um tica. Estes agentes s1l0 denominados adpicos devido aO es-
~ tor genético veio de estudos de crianças filhas de pais esqui- pectro de efeitos colaterais, que difere significativame.nte
=ofrênicos que fo ram criadas pelos seus pais naturais ou por daquele das drogas antipsicólicas mais antigas e tradicio-
pais adotivos rulG-esquizofrênicos: a probabilidade de destn- nais, como o haloptridol e a c1orpromazina. As novas dro-
\""Olver a doença é idêntica em ambas as circunstâncias, inde- gas, como grupo, possuem menos efeitos colaterais agudos
pendentemen te do ambiente. Apesar desses achados, fatores no sistema motor do que as drogas mais antigas c p,oaem ter
fa miliares foram implicados de outras maneiras. Em famílias um risco mais baixo a longo prazo para discincsia tardia.
co m interação emocional exagerada, os pacientes esquizofrêni- Estes agentes também são mais eficazes para OS sintomas
COS parecem se sair pior. Os ambientes com menor estimulo psicó~icos negativos da esquizofrenia, como a apatia e a
emocional parecem permiti r que os pacientes esquiz.ofrf nicos anergla.
funcionem melhor. O regime inicial típico inclui risperidona, 2 mg d,uas vezes
ao dia, com aumento para 6 a lO mgfdia de dose total depois
de 1 semana, se for bem tolerado. Geralmente se observa eficá-
• Tratamento e Prognóstico cia antipsicótica nesta faixa de dose-alvo da rispertdona, com
uma defasagem de 4 a 6 semanas para alguns efeitos. Uma
Dürante um
período de 25 a 30 anos, cerca de um terço outra alternativa é a olanzapina, que pode ser administrada
dos pacientes com esquizofrenia demonstrou alguma recu- uma vez ao dia. A dose inicial de olanzapina é de 5 mg ao dia
peração ou remissão, mas o restante dos pacientes penna- com aumenlosde 5 mga intervalos semanais até atingira faixa
neceu com sintomas residuais impo rtantes ou necessitou de 15 a 20 rng caso os sintomas não melhorem e os efeitos
de hospitalização prolongada. O tratamento requer o esta- colaterais sej am toleráveis. A agre5Shidade do regime de doses
belecimento de uma relação psi<:otcrapêutica a long'o prazo é ditada pela quali&de e gravidade dos sin tomas psicóticos. O
com o paciente ou com sua fam(lia, O que pode facilitar a início do efeito de qualquer droga antipsicótica é defasado,
monito rização do curso clínico, o reconhecimento de sin- assim, agentes psicotrópicos adicionais podem ser administra-
lomas precoces de descompensaçao, e melhorar a aderência dos durante os primeiros dias de tratamento. Um benzodiaze-
a tratamenlOS psicofarmacol6gicos. A psicoterapia para a pínico (p. ex., alpnuolam., 0,25 mg ttts vezes ao dia) pode ser
esquizofrenia é de supone (ver adiante), educacional e rea- adicionado quando a agitação e o distúrbio do sono forem gra-
bilitativa, em uma tentativa de prevenir ou minimizar a d e- ves. O fator que mais freqUentemente limita a administr.lção
terioração psicossocial crônica que pode ocorrer durante o de drogas antipsicóócas é o aparecimento de efeitos colaterais
curso da doença. extrapiramidais, incluindo distonia, acatisia e parkinsonismo.