Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
4
2.1. PERSPECTIVA ARTÍSTICA NA DÉCADA DE 70
Literatura marginal
Os Anos 70 foram difíceis para a classe intelectual, que tinha que ter criatividade
e cautela para se expressar. Surgia uma forma marginal de expor suas ideias.
“A literatura marginal dos anos 70” foi a forma usada para que os pensamentos
pudessem circular, sendo o Rio de Janeiro uma das principais localidades em que os
jovens poetas se reuniam. A Poesia Marginal ou a Geração Mimeógrafo foi um
movimento sociocultural que atingiu as artes (música, cinema, teatro, artes plásticas),
sobretudo a literatura. Esse movimento influenciou diretamente na produção cultural do
país.
5
A poesia marginal era formada, em sua maioria, por pequenos textos, alguns com
apelo visual (fotos, quadrinhos, etc.), absorvidos por uma linguagem coloquial (traços da
oralidade), espontânea e inconsciente. A temática cotidiana e erótica era permeada de
sarcasmo, humor, ironia, palavrões e gírias da periferia.
A ditadura militar foi um duro golpe na literatura, tendo sido agravada a partir
de 1970, assim vários escritores tinham que se manter anônimos ou usar nomes falsos
para terem suas obras circulando sem correr o risco de sofrerem com o AI-5. Isso tudo é
claro, influenciou na qualidade do que circulava. Segundo o artigo de Paloma Vidal
(escritora, tradutora e professora de Teoria Literária da Universidade Federal de São
Paulo) intitulado “Literatura e ditadura: alguns recortes”, o maior desafio dessa literatura
engajada era transmitir uma mensagem política sem se render ao maniqueísmo.
Papel da literatura
A literatura marginal dos anos 70 tinha assim um papel contestatório diante de um
sistema que estava ali para oprimir. Alegoricamente ou jornalisticamente os escritores
dedicavam seu labor a denunciar, mas nem sempre observando o leitor, ou seja, a
qualidade do que estava escrito. Sobre isso Paloma Vidal afirma que “ao deslocar o foco
da literatura para a informação, tende-se a abrir mão da pluralidade de sentidos em
nome de um quadro unificador da realidade. A linguagem se torna apenas um meio de
chegar ao fato”.
Independente das críticas, a literatura marginal dos anos 70, é uma rica fonte de
conhecimento, para estudiosos e críticos literários, apesar de não seguir a estética
literária em vigor na época (motivo pelo qual se chamava de marginal); geralmente
estava na contramão do que se via no mercado.
Segue um poema marginal de Antônio Carlos de Brito, o “Cacaso”. Com um
breve comentário: percebe-se que, de um lado, a figura do general remete à ditadura
militar e, de outro, o pássaro é o poeta (que mesmo sem forças) resiste. No meio do
poema, vemos a anáfora, ressaltando que o poeta estava atento à sua época e no 12º
verso, a conjunção adversativa demonstra que apesar dos tempos duros, a poesia tem
seu poder de luta.
6
Sonhei com um general de ombros largos
que fedia
e que no sonho me apontava a poesia
enquanto um pássaro pensava suas penas
e já sem resistência resistia.
O general acordou e eu que sonhava
face a face deslizei à dura via
vi seus olhos que tremiam, ombros largos,
vi seu queixo modelado a esquadria
vi que o tempo galopando evaporava
(deu pra ver qual a sua dinastia)
mas em tempo fixei no firmamento
esta imagem que rebenta em ponta fria:
poesia, esta química perversa,
este arco que desvela e me repõe
nestes tempos de alquimia.
Cacaso
7
A denominada Arte Conceitual se preocupava em materializar processos decorrentes de
uma ideia, utilizando suportes, muitas vezes, transitórios e reprodutíveis, como
fotografias, audiovisuais, xerox, off-sets, postais, entre outros.
8
Nos anos de censura, medo, e silêncio, que se seguiram à promulgação do AI-5(Artigo Institucional
-5), Cildo Meireles destacou-se pelo seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro: “Quem matou
Herzog?”, de 1975 (Vladimir Herzog foi um mártir da ditadura militar) . Uma mensagem explícita, ainda que
anônima, de sua visão da arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Motivo
pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é livre e
aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da
elitização da arte.
9
1971 - A hora e a vez dos mineiros. Com a música "Clube da Esquina", de autoria
de Milton Nascimento com Lô Borges e Márcio Borges, inaugura-se o movimento de
uma nova música mineira que revigoraria a canção popular brasileira do começo da
década. Em torno de Milton Nascimento, e a partir de sua proposta, em 1972, ele lutaria
por lançar um álbum duplo com praticamente todos os seus amigos e parceiros
mineiros, incluindo o seu maior companheiro musical, o letrista Fernando Brant. Assim é
lançado o álbum Clube da Esquina 2 – o nome já deixa bem claro a proposta fechada do
grupo e de como eles se consideravam.
Com o enorme sucesso de vendas do disco, Milton Nascimento torna-se
definitivamente um êxito comercial e todos os seus amigos mineiros também. Dentre o
seleto grupo citamos Lô Borges, Tavinho Moura, Márcio Borges, Wagner Tiso (e seu
grupo Som Imaginário), Ronaldo Bastos e Beto Guedes. Cada um, individualmente,
atingiria carreira de sucesso com discos e shows dentro e fora do Brasil. A música
mineira é a grande sensação do momento.
10
Aproveitando a grande repercussão desses tipos de canções, Os Incríveis ainda
gravariam (em 1971) um compacto simples com o "Hino Nacional" (Música de Francisco
Manoel da Silva e letra de Osório Duque Estrada, adaptação vocal de Alberto
Nepomuceno) e o "Hino da Independência do Brasil" (música de Dom Pedro I e letra de
Evaristo Ferreira da Veiga).
1975 - A década também foi marcada por uma curiosa produção de música
tipicamente norte-americana (no Brasil!) produzida por músicos brasileiros que adotaram
nomes americanizados. Desde o grupo paulistano Pholhas (da Móoca) que cantava em
inglês e português, ao grupo Light Reflections com o grande sucesso "Tell Me Once
Again", que depois viraria comicamente "Telma Eu Não Sou Gay", com Ney Matogrosso;
Tony Stevens (o Jessé) com os sucessos "Flying" e "If I Could Remember"; Christian (da
dupla sertaneja Christian & Ralf) com o hit "Don't Say Goodbye"; o próprio Ralf, da
mesma dupla, com o nome de Dom Elliot; Paul Bryan (Sérgio Sá) com "Listen"; a banda
Lee Jackson, com "Hey Girl", grupo formado por músicos que hoje ocupam lugares de
direção executiva em algumas grandes gravadoras no Brasil; o grupo Sunday, de Hélio
Eduardo Costa Manso, com "I'm Gonna Get Married"; Fábio Jr., que adotou dois nomes
americanos, Mark Davies depois, Uncle Jack, cantando "Don't Let Me Cry"; o grupo
feminino Harmonie Cats, e até a cantora dançarina Gretchen, que começou cantando
em inglês.
12
2.1.4
Arte
Corporal (Dança)
Na década da Disco Music, as casas noturnas começavam a apresentar algumas
características típicas de uma balada, presente até hoje, como o forte show de luzes
dando destaque à pista e a presença do DJ comandando o som. No entanto o que
marcou o período foi a mentalidade do público.
O hedonismo (a busca pelo prazer) era a arma dos jovens contra a caretice e a
repressão do regime militar. Sexo, drogas e disco e soul music embalavam as noites.
Nas boates mais populares, os jovens de todas as classes sociais, negros e brancos,
gays e héteros se reuniam para dançar como se não houvesse amanhã.
Os donos da noite
A exigência de infraestrutura forçou a profissionalização do ramo. Baladas
começaram a virar grandes negócios e consagravam os “reis da noite” – empresários
como Ricardo Amaral, dono da Hippopotamus (no Rio) e da Papagaio (no Rio e em
Sampa). Outras casas que marcaram a época foram a paulistana Banana Power e a
fluminense Dancin’ Days Discotheque, que até virou nome de novela.
13
2.2. PERSPECTIVA CULTURAL: HÁBITOS, COSTUMES E TRADIÇÕES
Os anos 70 foi marcado pela busca liberdade, juventude e quebra de tabus.
Diferente das décadas passadas, os anos 70 ficou marcada pelo o movimento
contracultura. O movimento Hippie surgia, e este movimento pregada o uso das drogas,
como maconha e o uso excessivo de LSD levando à morte milhares de jovens. Porém o
movimento Hippie auxiliou para que essa década ganhasse força e ficasse marcada
como a melhor época da história do Brasil. Com seus variados tipos de vestimentas e
idealização da “Paz e Amor” o estilo hippie se instalou nessa década. Criando como
costume o uso da calça boca de sino, barbas grandes, no caso dos homens, cabelos
longos e batas e blusas estampadas, consequentemente, neste momento, a moda
passou a ser unissex.
Salientamos que o movimento Hippie auxiliou para o marco dos anos 70, porém
alguns costumes simples ficaram marcado.
Na década de 70 o envio de cartas e cartões natalinos eram frequente, um
método utilizado por diversas famílias. A compra de LP’s também era constante nessa
época, utilizava-se para a escuta e acompanhamento de novas letras de músicas
descritas nas capas.
Não se pode falar da década de 70 sem mencionar a importância da tradição
religiosa. A moral era rígida nas décadas anteriores e frequentar a igreja católica era
uma obrigação familiar, basicamente um monopólio da religião católica. Mas esse
monopólio perde sua força com o surgimento de novas religiões e filosofias como o
Candomblé, Umbanda, Grupos Religiosos e Evangélicos.
Vale salientar, que nos anos anteriores as moças eram guardadas para o
casamento, ou seja; sua pureza era prometida ao seu futuro marido. No entanto, isso
muda com a ideia de liberdade na década de 70, essa tradição se extingue. Com o uso
de roupas mais chamativas e, inclusive, o uso de biquínis sensuais, o sexo antes do
14
casamento passa a ser algo comum pela a juventude. Os homossexuais ganham
espaço e o modelo de família já não é o tradicional da década, sendo que pais e mães
podem criar seus filhos separadamente, tendo como consequência, faltas emocionais,
havendo dificuldades nas relações humanas.
Nesta década o desenvolvimento de um dos meios de comunicação também foi
marcante. Comercializado na década de 50, a TV preto e branco passa a ser algo do
cotidiano familiar, passando a ser considerada uma cultura popular no Brasil pela
sociedade. O primeiro canal inaugurado no Brasil foi a TV Tupi. Diante de várias
modernidades naquela época, a TV se expandiu e foi sendo criado diversos canais de
transmissão. como: TV Record, TV Continental e etc. Na década de 60 foi inaugurada
em Recife a primeira emissora de TV, sendo elas, TV Jornal do Comércio e TV Rádio
Clube de Pernambuco, e, posteriormente surgirem as emissoras: Record, Globo e
Bandeirantes.
Foi somente em 1972 a inauguração da TV a cores no Brasil através de um
pronunciamento do Ministério da Comunicação e, logo após, foi inaugurada a
transmissão em cadeia nacional. Após esse feito, foram transmitidos diversos programas
na Rede Globo. Desta forma, cada emissora tentava exibir e ganhar seu público com a
exibição do canal a cores. A chegada das telenovelas trazia ao público uma revolução
social, pois mostrava o realismo, afim de trazer a consciência da época ao expectador. A
Rede Globo teve um papel importante neste movimento, aliada ao movimento contra
censura, passou a contratar para dirigir seus espetáculos e programas, pessoas ligadas
a esse movimento, pois assim a ideia poderia ser melhor empregada nas
apresentações. Dias Gomes, Odivaldo Vianna Filho e Paulo Ponte, filiados ao PCB
contribuíram na revolução das telenovelas e, assim tornaram-se pessoas importantes
para o movimento. “O bem-amado”, “Saramandaia” e “Bandeira 2” fizeram parte desta
nova consciência de valores.
Quando o movimento hippie também conhecido como “desbunde”, começou a
perder o seu auge, pois o movimento Punk começou a nascer. Cabelo corte índio
moicano e roupas rasgadas, o movimento veio com tudo representando o oposto do
hippie, um visual mais agressivo. Mas o logo em seguida tivemos o movimento Disco,
roupas coloridas, camisetas apertadinhas em homens, a discoteca fez muito sucesso
nessa década, nesse movimento o homossexualismo começa a ser mais aparente, pois
segundos os homossexuais eram as discotecas que os faziam se sentir mais livres.
15
Para ilustrar todo os costumes desses anos incríveis, podemos citar como um
clássico cinematográfico o filme “Os embalos de sábado à noite”, retratando exatamente
o movimento da década.
O jornalismo também marcou seu apoio a expressão cultural, o Estado de São
Paulo que apoiou o Golpe de 64 substituía as matérias cortadas por versus de Camões
e receitas de bolo, mesmo assim a censura os atacava, obrigando a publicação em seu
próprio jornal sobre a proibição de publicações ofensivas a ditadura.
O automóvel da década era o recém-chegado ao mercado Volkswagen e o Fiat
147 que com uma forte campanha de marketing foi um dos carros mais adquiridos.
Tínhamos também a cultura das “pornochanchadas” que estavam em alta com
seus filmes conhecidos como “Boca de Lixo”, exibidos no centro da cidade de São
Paulo. Nesta época o pornô estava em alta e se inicia a vinculação do nu artístico na
televisão e jornais.
Em paralelo o mercado da música crescia, defendida pelo estilo “Brega” a mulher
teve seu direito declarado e escancarado com a música que ecoa aos quatro cantos do
mundo com a frase “Pare de tomar a Pílula”, um grito de liberdade e direito da mulher na
escolha da sua própria vida, o que afrontava diretamente os costumes impostos pela
igreja católica.
Conhecido como “Cagão”, o indivíduo que nunca experimentou o famoso
“bagulhinho” (cigarro da maconha), a indústria tabagista associava o cigarro ao esporte
como hoje cerveja relacionada ao futebol.
Anos 70, os incríveis anos de ouro, marcado pela cultura de novos valores ,
ousado em começar o movimento Tropicalista, em querer acabar com a ditadura, em
brigar pela liberdade de expressão.
Década boa, importante na história e que começou a mover grandes revoluções a
favor do direito a subjetividade do indivíduo.
Os movimentos culturais, as roupas esquisitas, a vontade de viver em uma
sociedade que não podia de fato viver livremente, tornou esses anos o mais incrível que
se podia ser.
E mais que um “bêbado equilibrista” ou até “para não dizer que não falei das
flores” encerramos com o grande pedido da década “Pai, afasta de mi m esse cálice”
pois nos anos de ouros só queremos “abrir as asas e soltarmos a fera”!
16
2.3 Perspectivas Política
Política interna
Durante a década de 1970, três generais se sucedem no governo do Brasil. A
ditadura militar implantada em 1964 atinge o apogeu durante a primeira metade do
decênio, ao fim da qual começa a se abrandar. O AI-5 vigora por quase todo o período,
assim como o sistema bipartidário, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena) dando
sustentação ao governo e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) fazendo oposição.
A década se aproxima do fim com o ressurgimento dos movimentos sociais e se fecha
com o início da redemocratização.
Ditadura militar
A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe
militar, em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart.
O regime militar durou 21 anos (1964-1985), e estabeleceu a censura à imprensa,
restrição aos direitos políticos e perseguição policial aos opositores do regime.
A Concentração do Poder
Os atos institucionais foram promulgados durante os governos dos generais
Castello Branco (1964-1967) e Artur da Costa e Silva (1967-1969). Na prática, acabaram
com o Estado de direito e as instituições democráticas do país.
Com o Ato Institucional nº 2, os antigos partidos políticos foram fechados e foi adotado o
bipartidarismo. Desta forma surgiram:
Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o governo;
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), representando os opositores, mas cercado
por estreitos limites de atuação.
18
Da mesma maneira, colocou a polícia e as Forças Armadas de prontidão. Em
agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral e assumiu o
vice-presidente Pedro Aleixo, político civil mineiro.
19
desses órgãos, o regime militar também contava com os órgãos de informação do
exército, marinha e aeronáutica (respectivamente: Ciex, Cenimar e Cisa).
Ernesto Geisel
Mandat
15/03/1974 a 15/03/1979
o
20
A Redemocratização
No dia 15 de março de 1974, Médici foi substituído na Presidência pelo general
Ernesto Geisel (1974-1979). Ele assumiu prometendo retomar o crescimento econômico
e restabelecer a democracia.
Mesmo lenta e controlada a abertura política começava, o que permitiu o crescimento
das oposições.
O governo Geisel aumentou a participação do Estado na economia. Vários
projetos de infraestrutura tiveram continuidade, entre elas, a Ferrovia do Aço, em Minas
Gerais, a construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins e o Projeto Carajás.
Diversificou as relações diplomáticas comerciais e diplomáticas do Brasil, procurando
atrair novos investimentos.
Nas eleições de 1974, a oposição aglutinada no MDB, obteve ampla vitória. Ao mesmo
tempo, Geisel procurava conter este o avanço. Em 1976, limitou a propaganda eleitoral.
No ano seguinte, diante da recusa do MDB em aprovar a reforma da Constituição,
o Congresso foi fechado e o mandato do presidente foi ampliado para seis anos.
A oposição começou a pressionar o governo, junto com a sociedade civil. Com a
crescente pressão, o Congresso já reaberto aprovou, em 1979, a revogação do AI-5. O
Congresso não podia mais ser fechado, nem ser cassados os direitos políticos dos
cidadãos.
Geisel escolheu como seu sucessor o general João Batista Figueiredo, eleito de forma
indireta. Figueiredo assumiu o cargo em 15 março de 1979, com o compromisso de
aprofundar o processo de abertura política.
As reformas políticas continuaram sendo realizadas, mas a linha dura continuava
com o terrorismo. Surgiram vários partidos, entre eles o Partido Democrático Social
(PDS) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Foi fundada a Central Única dos
Trabalhadores (CUT).
21
Política Criação do estado de Rondônia e Reabertura
Interna política com a lei da Anistia
22
Além disso, esta década foi considerada por muitos, como a “era do
individualismo” e também ficou marcada com o início dos movimentos de defesa do
meio ambiente. Mas infelizmente, nem tudo foram flores, e uma crise muito forte atingiu
grandes potências.
Conhecida como a “década do milagre brasileiro”, naquela época os militares estavam
no poder e a economia parecia que iria auxiliar o país, com base no fortalecimento de
Estado, nas multinacionais e no grande capital nacional.
O Brasil chegou a ser considerado a 9ª economia mundial. Porém, nem tudo o
que parece, realmente é. Pois com a crise do petróleo e com a política de fixação de
preços imposta, no final da década de 70, o Brasil enfrentou uma das piores inflações
que já havia sido vista. Uma das ações tomadas para evitar a crise – que não teve
sucesso – foi a criação do Proálcool em 1975. Foi um programa criado para criar um
motor alternativo que funcionasse através de álcool e não de gasolina e diesel.
Sem dúvida, a crise do petróleo fora o evento econômico da década, quando em
1973-74, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do
barril de petróleo, elevando seu preço em mais de 300% pelo barril, gerando uma
escassez de combustíveis no mercado mundial, inclusive levando os EUA a entrarem
em recessão. Posteriormente, em 1979 surge uma nova crise do petróleo, motivada pela
ascensão do Aiatolá Khomeini, inimigo dos Estados Unidos.
Quanto ao Brasil, vale lembrar que não passou impune pelas crises que se
sucederam, pois queimara suas reservas oriundas do “milagre econômico” e, apesar de
tornar-se a 9ª economia do mundo, irá desestruturar-se durante a segunda crise do
petróleo, com o aumento dos preços dos combustíveis elevando o índice de inflação do
País descontroladamente.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
. Diante do tema pesquisado e estudado, percebemos que a década de 70 foi
marcada por diversos acontecimentos importantes para o país, ao mesmo tempo que
teve a forte marca da censura, teve também muita criatividade e engajamento de muitos
artistas e intelectuais, assim como a contribuição de vários movimentos culturais.
Conhecida também como aquela que teve a crença nos ícones dos anos 60
abalada, o que levou algumas manifestações a tornarem-se mais sutis e desregradas,
23
como nos festivais de rock ao ar livre, onde se festejava a vida alternativa, de amor e
drogas, muitos jovens idealistas levaram a cabo sua luta política por meio do combate
armado, na clandestinidade, para combater o regime militar.
Nos meios de comunicação a televisão passa de revelar escândalos e tornar
evidentes o cotidiano dos famosos. Foi o auge das discotecas e da dance music, o qual
acompanhava a euforia do experimentalismo musical, especialmente com incorporação
de instrumentos, como no rock progressivo.
Observamos que muitas coisas que vivemos nos dias de hoje são reflexos
positivos e negativos dos movimentos das décadas anteriores. Cada década que se
passa, há momentos marcantes, no caso de 70, foi marcado pelos movimentos culturais
e a busca incessante pela liberdade de expressão, liberdade religiosa, política e etc. Em
contrapartida, este movimento contracultura nos trouxe negativamente o conhecimento
das drogas, até hoje não aceitos pela sociedade.
Três importantes acontecimentos no âmbito político no mundo influenciaram com
muita opressão nosso momento político. Com isso a luta constante de dois polos sendo
um a censura e ditadura e outro a liberdade de expressão e cultura são sempre
protagonistas deste ano brilhante.
A economia mundial, entra em recessão após a crise do petróleo de 1973, mas
o Brasil, ainda sob impulso do milagre econômico e alçado para a posição de 9ª
economia do mundo, postergando os efeitos desta primeira crise do petróleo, utilizando
reservas cambiais e, em seguida, empréstimos internacionais para equilibrar sua
deficitária balança comercial. Porém o milagre econômico começa a declinar.
Podemos afirmar que a moda anos 70 foi uma das mais ricas na história, tanto
que até nos dias atuais, a época serve como inspiração para alguns estilistas famosos
que muitas vezes estão resgatando peças que fizeram sucesso nessa época. A década
de 70 foi caracterizada pela moda hippie e romantismo. O período foi de bastante
revolução no comportamento dos jovens, tanto na música como na liberação sexual da
mulher que se refletiu na roupa vestimenta.
Contudo, consideramos que a década de 70 foi umas das mais importantes para
o desenvolvimento do país, de uma forma geral.
24
REFERÊNCIAS
https://www.todamateria.com.br/poesia-marginal/
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3551/3551.PDF
https://veja.abril.com.br/entretenimento/os-artistas-que-ergueram-os-pinceis-contra-a-
ditadura-e-revolucionaram-a-producao-nacional/
http://cildomeireles.blogspot.com/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142014000100011
http://www.advivo.com.br/blog/jose-carlos-lima/a-arte-conceitual-da-decada-de-70
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-uma-balada-nos-anos-70/
http://ipinose-total-3h.blogspot.com/2010/05/historia-da-musica-brasileira-de-
1960_03.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_televis%C3%A3o_no_Brasil#Televis
%C3%A3o_a_cores
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_Renovadora_Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Democr%C3%A1tico_Brasileiro_(1966)
https://www.todamateria.com.br/ditadura-militar-no-brasil/
http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/visitantes/panorama-das-
decadas/copy_of_decada-de-70
25