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1.

INTRODUÇÃO

A década de 70 foi marcada por vários acontecimentos entre diversas áreas da


sociedade, a qual a diferencia de outras décadas.
Está década foi a de “anos de ouro”, os anos 70 veio para quebrar paradigmas com
criação de movimentos culturais (festivais de rock, movimento Punk, o movimento
hippie), a mudança de comportamento social e cultural da juventude, o festejo da vida
alternativa, a visão idealistas dos muitos jovens que lutavam politicamente com o fim da
ditadura e a liberdade de expressão, e a briga pela liberdade marcam está década e
exemplificam a grande mudança social que tivemos. A buscava pela liberdade através
do movimento “amor e drogas”, teve um aumento abusivo de entorpecentes (cocaína,
LSD e maconha), levando muitos jovens a óbito.
Ao longo desses anos houve mudanças de crença, de afirmação a contracultura,
também chamado no Brasil, e no mundo, como “anos de Chumbo” deu -se devido a
vários acontecimentos no âmbito político que se estenderam ao âmbito cultural.
A moda também estava em alta nesta década, o gosto eclético com cores e
estampas era auge entre homens e mulheres. A chegada da televisão, o apoio as
drogas, as roupas esquisitas, os jornais críticos a ditadura, a falta de liberdade de
expressão, o início do tropicalismo, a ditadura militar e a coragem de grandes jovens
idealistas fizeram os anos serem os mais incríveis da nossa história.

2. DESENVOLVIMENTO

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2.1. PERSPECTIVA ARTÍSTICA NA DÉCADA DE 70

2.1.1 Arte Literária

Literatura marginal
Os Anos 70 foram difíceis para a classe intelectual, que tinha que ter criatividade
e cautela para se expressar. Surgia uma forma marginal de expor suas ideias.
“A literatura marginal dos anos 70” foi a forma usada para que os pensamentos
pudessem circular, sendo o Rio de Janeiro uma das principais localidades em que os
jovens poetas se reuniam. A Poesia Marginal ou a Geração Mimeógrafo foi um
movimento sociocultural que atingiu as artes (música, cinema, teatro, artes plásticas),
sobretudo a literatura. Esse movimento influenciou diretamente na produção cultural do
país.

Inspirado nos movimentos de  contracultura, a denominação “Geração Mimeógrafo”


remete justamente à sua principal característica. Ou seja, a substituição dos meios
tradicionais de circulação de obras para os meios alternativos de divulgação. Estes eram
empregados pelos artistas independentes ou chamados de “representantes da cultura
marginal”. Foi assim que os artistas envolvidos sentiram a necessidade de expressar e,
sobretudo, divulgar suas ideias e ideais”.
A partir desse movimento revolucionário literário, a produção poética “fora do
sistema” foi divulgada pelos próprios poetas a partir de pequenas tiragens de cópias.
Elas eram produzidas nos toscos folhetos mimeografados, os quais vendiam sua arte a
baixo custo, em bares, praças, teatros, cinemas, universidades, etc.

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A poesia marginal era formada, em sua maioria, por pequenos textos, alguns com
apelo visual (fotos, quadrinhos, etc.), absorvidos por uma linguagem coloquial (traços da
oralidade), espontânea e inconsciente. A temática cotidiana e erótica era permeada de
sarcasmo, humor, ironia, palavrões e gírias da periferia.
A ditadura militar foi um duro golpe na literatura, tendo sido agravada a partir
de 1970, assim vários escritores tinham que se manter anônimos ou usar nomes falsos
para terem suas obras circulando sem correr o risco de sofrerem com o AI-5. Isso tudo é
claro, influenciou na qualidade do que circulava.  Segundo o artigo de Paloma Vidal
(escritora, tradutora e professora de Teoria Literária da Universidade Federal de São
Paulo) intitulado “Literatura e ditadura: alguns recortes”, o maior desafio dessa literatura
engajada era transmitir uma mensagem política sem se render ao maniqueísmo.

Papel da literatura
A literatura marginal dos anos 70 tinha assim um papel contestatório diante de um
sistema que estava ali para oprimir. Alegoricamente ou jornalisticamente os escritores
dedicavam seu labor a denunciar, mas nem sempre observando o leitor, ou seja, a
qualidade do que estava escrito. Sobre isso Paloma Vidal afirma que “ao deslocar o foco
da literatura para a informação, tende-se a abrir mão da pluralidade de sentidos em
nome de um quadro unificador da realidade. A linguagem se torna apenas um meio de
chegar ao fato”.
Independente das críticas, a literatura marginal dos anos 70, é uma rica fonte de
conhecimento, para estudiosos e críticos literários, apesar de não seguir a estética
literária em vigor na época (motivo pelo qual se chamava de marginal); geralmente
estava na contramão do que se via no mercado.
Segue um poema marginal de Antônio Carlos de Brito, o “Cacaso”. Com um
breve comentário: percebe-se que, de um lado, a figura do general remete à ditadura
militar e, de outro, o pássaro é o poeta (que mesmo sem forças) resiste. No meio do
poema, vemos a anáfora, ressaltando que o poeta estava atento à sua época e no 12º
verso, a conjunção adversativa demonstra que apesar dos tempos duros, a poesia tem
seu poder de luta.

Grupo Escolar (1974)

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Sonhei com um general de ombros largos
que fedia
e que no sonho me apontava a poesia
enquanto um pássaro pensava suas penas
e já sem resistência resistia.
O general acordou e eu que sonhava
face a face deslizei à dura via
vi seus olhos que tremiam, ombros largos,
vi seu queixo modelado a esquadria
vi que o tempo galopando evaporava
(deu pra ver qual a sua dinastia)
mas em tempo fixei no firmamento
esta imagem que rebenta em ponta fria:
poesia, esta química perversa,
este arco que desvela e me repõe
nestes tempos de alquimia.
Cacaso

Principais Poetas da época:


 Cacaso (1944-1987)
 Chacal (1951)
 Paulo Leminski (1944-1989)
 Francisco Alvim (1938)
 Torquato Neto (1944-1972)
 Ana Cristina César (1952-1983) - considerada uma das principais figuras
femininas da geração mimeógrafo.
 Nicolas Behr (1958)

2.1.2 Artes Plásticas


Artes Plásticas – A arte conceitual

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A denominada Arte Conceitual se preocupava em materializar processos decorrentes de
uma ideia, utilizando suportes, muitas vezes, transitórios e reprodutíveis, como
fotografias, audiovisuais, xerox, off-sets, postais, entre outros.

Os artistas que ergueram os pincéis contra a ditadura e revolucionaram a


produção nacional
Enquanto a produção musical, cinematográfica e teatral no Brasil era alvo
constante de censura durante o período militar, as artes plásticas passaram ao largo do
terror da perseguição policial. Isso não quer dizer, porém, que os artistas mantiveram
seus pincéis e ideias intocados pelos anos de chumbo no país. Pelo contrário, nas
décadas 1960 e 70, com exceção do período em que vigorou o Ato Institucional nº 5, a
produção desse segmento cultural foi bastante profícua, e inclusive responsável por
colocar o Brasil, pela primeira vez, no mapa das performances.
O período de restrições a uma série de direitos no Brasil coincidiu com uma
mudança importante no cenário artístico internacional. No início dos anos 70, a pintura e
a escultura deram lugar às performances no palco principal da expressão artística. “A
arte saiu dos museus e foi para as ruas e até para os corpos dos artistas”, diz Claudia
Calirman, especialista em história da arte, autora do livro Brazilian Art Under
Dictatorship (Arte Brasileira na Ditadura Militar).
Para retratar a produção feita no Brasil durante a ditadura, a especialista
selecionou três artistas que revolucionaram a linguagem artística justamente para driblar
as restrições impostas pelos militares. Antonio Manuel, Artur Barrio e Cildo Meirelles
foram diferenciais por se apropriarem de instrumentos presentes na sociedade, como
cédulas, jornais e garrafas de refrigerante, utilizadas para expressar sentimentos e
opiniões a respeito do regime vigente.

A seguir duas das principais obras da época:

Gravar nas garrafas de refrigerantes (embalagens de retorno) informações e


opiniões críticas, e devolvê-las à circulação. Utiliza-se o processo de decalque (silk-
screen) com tinta branca vitrificada, que não aparece quando a garrafa está vazia e
sim quando cheia, pois então fica visível a inscrição contra o fundo escuro do liquido

Coca-Cola. (Cildo Meireles - Projeto "Coca-Cola" (1970)

Quem matou Herzog?

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Nos anos de censura, medo, e silêncio, que se seguiram à promulgação do AI-5(Artigo Institucional
-5), Cildo Meireles destacou-se pelo seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro: “Quem matou
Herzog?”, de 1975 (Vladimir Herzog foi um mártir da ditadura militar) . Uma mensagem explícita, ainda que
anônima, de sua visão da arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Motivo
pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é livre e
aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da
elitização da arte.

2.1.3 Arte Musical


Passado o fenômeno do rock'n'roll dos anos 60, e graças à bossa nova, jovem
guarda e tropicália, estabelecem-se os grandes nomes de uma chamada MPB mais
moderna com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Gal Costa, Maria Bethânia,
Vinícius de Moraes, Toquinho, Elis Regina, Milton Nascimento e outros. A maior parte
deste segmento permanece em evidência. No começo dos anos 70, surge também uma
importante geração intermediária de novos nomes da MPB que continuariam a fazer
trabalhos de renovação da música popular brasileira durante o começo do século XXI,
tais como Djavan, Fafá de Belém, Fagner, Belchior, Alceu Valença, Zé Ramalho, Morais
Moreira, Baby Consuelo (atual Baby do Brasil), Pepeu Gomes, Elba Ramalho, e outros.
O início da década marca o amadurecimento da carreira da cantora gaúcha Elis Regina
(1945-1982) – uma das maiores intérpretes brasileiras de todas as épocas. Depois de
uma bem-sucedida apresentação na América Latina e Europa, Elis grava e passa a
lançar uma série de músicas de grandes compositores - cantores até então
desconhecidos, revelando-os nacionalmente, como Ivan Lins (com "Madalena", em
1970); João Bosco e Aldir Blanco (com "O Caçador de Esmeraldas" [1973], "Mestres -
sala dos Mares" e "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá" [1974]); Belchior, no show Falso Brilhante,
de 1975, (com "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida"); e Renato Teixeira (com
"Romaria", em 1977).

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1971 - A hora e a vez dos mineiros. Com a música "Clube da Esquina", de autoria
de Milton Nascimento com Lô Borges e Márcio Borges, inaugura-se o movimento de
uma nova música mineira que revigoraria a canção popular brasileira do começo da
década. Em torno de Milton Nascimento, e a partir de sua proposta, em 1972, ele lutaria
por lançar um álbum duplo com praticamente todos os seus amigos e parceiros
mineiros, incluindo o seu maior companheiro musical, o letrista Fernando Brant. Assim é
lançado o álbum Clube da Esquina 2 – o nome já deixa bem claro a proposta fechada do
grupo e de como eles se consideravam.
Com o enorme sucesso de vendas do disco, Milton Nascimento torna-se
definitivamente um êxito comercial e todos os seus amigos mineiros também. Dentre o
seleto grupo citamos Lô Borges, Tavinho Moura, Márcio Borges, Wagner Tiso (e seu
grupo Som Imaginário), Ronaldo Bastos e Beto Guedes. Cada um, individualmente,
atingiria carreira de sucesso com discos e shows dentro e fora do Brasil. A música
mineira é a grande sensação do momento.

1972 - Nos primeiros anos da década, acontece um surto de uma produção


musical popular de cunho nacionalista, de exaltação das belezas naturais do país e da
ideia básica de que "Deus é brasileiro" – muito ao gosto do ainda período militar –, numa
tentativa quase ufanista de direita representada principalmente pela dupla Dom & Ravel
com a música "Só O Amor Constrói", de 1971, e outro grande sucesso que Dom
(Domingos Leoni) compôs (em 1970) para o então popular grupo de rock Os Incríveis –
"Eu Te Amo Meu Brasil".

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Aproveitando a grande repercussão desses tipos de canções, Os Incríveis ainda
gravariam (em 1971) um compacto simples com o "Hino Nacional" (Música de Francisco
Manoel da Silva e letra de Osório Duque Estrada, adaptação vocal de Alberto
Nepomuceno) e o "Hino da Independência do Brasil" (música de Dom Pedro I e letra de
Evaristo Ferreira da Veiga).

1973 - É o apogeu da carreira de Raul Seixas (1945-1989) – o maior roqueiro da


história da música pop brasileira. Tendo começado profissionalmente dois anos antes,
foi somente em 1973 que ele consegue o seu primeiro grande sucesso com "Ouro de
Tolo", incluída em seu primeiro LP solo a música Krig-há, Bandolo! No mesmo ano,
viriam outros hits como "Metamorfose Ambulante", "Mosca na Sopa", e "Al Capone"
(com Paulo Coelho). Sua carreira se consolidaria com os três álbuns – Gitá (1974), Novo
Aeon (1975) e Há Dez Mil Anos Atrás (1976). Outros grandes sucessos de Raul Seixas
são: "Como Vovó Já Dizia" (com Paulo Coelho, em 1975), "Rock das Aranha" (em 1980)
e "Cowboy Fora da Lei" (em 1987). Desfrutando de um dos maiores públicos da história
da música popular brasileira, Raul foi o primeiro artista nacional a ter um disco
organizado e lançado por um fã-clube, a coletânea de gravações raras 'Let Me Sing My
Rock-and-roll', de 1985. Com o passar dos anos, sua importância e influência na música

brasileira só vieram a aumentar.


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1974 - Época áurea de uma nova geração de grupos de rock brasileiros de
variadas tendências como “O Terço”, de influências do rock progressivo com o guitarrista
Sérgio Hinds como seu líder – que desembocaria no grupo “14 Bis”; do “Joelho de
Porco”, com o seu som pré-punk anarquista cômico formado pelo popular baixista Tico
Terpins; o “Moto Perpétuo”, formado pelo cantor e compositor Guilherme Arantes; o
“Casa das Máquinas”, formado por Netinho, ex-“Incríveis”, o “Som Nosso de Cada Dia”;
e o lendário “Made In Brasil”, formado por Oswaldo Vecchione e seu irmão Celso
Vecchione, talvez o mais popular e roqueiro da época, dentre outros mais. Destaque
para os Secos & Molhados (com Ney Matogrosso), o mais criativo grupo da década a
misturar pop-rock com música brasileira, portuguesa e outras influências – sua curta
duração (1971-74) atingiu grande sucesso nacional.

1975 - A década também foi marcada por uma curiosa produção de música
tipicamente norte-americana (no Brasil!) produzida por músicos brasileiros que adotaram
nomes americanizados. Desde o grupo paulistano Pholhas (da Móoca) que cantava em
inglês e português, ao grupo Light Reflections com o grande sucesso "Tell Me Once
Again", que depois viraria comicamente "Telma Eu Não Sou Gay", com Ney Matogrosso;
Tony Stevens (o Jessé) com os sucessos "Flying" e "If I Could Remember"; Christian (da
dupla sertaneja Christian & Ralf) com o hit "Don't Say Goodbye"; o próprio Ralf, da
mesma dupla, com o nome de Dom Elliot; Paul Bryan (Sérgio Sá) com "Listen"; a banda
Lee Jackson, com "Hey Girl", grupo formado por músicos que hoje ocupam lugares de
direção executiva em algumas grandes gravadoras no Brasil; o grupo Sunday, de Hélio
Eduardo Costa Manso, com "I'm Gonna Get Married"; Fábio Jr., que adotou dois nomes
americanos, Mark Davies depois, Uncle Jack, cantando "Don't Let Me Cry"; o grupo
feminino Harmonie Cats, e até a cantora dançarina Gretchen, que começou cantando
em inglês.

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2.1.4
Arte

Corporal (Dança)
Na década da Disco Music, as casas noturnas começavam a apresentar algumas
características típicas de uma balada, presente até hoje, como o forte show de luzes
dando destaque à pista e a presença do DJ comandando o som. No entanto o que
marcou o período foi a mentalidade do público.
O hedonismo (a busca pelo prazer) era a arma dos jovens contra a caretice e a
repressão do regime militar. Sexo, drogas e disco e soul music embalavam as noites.
Nas boates mais populares, os jovens de todas as classes sociais, negros e brancos,
gays e héteros se reuniam para dançar como se não houvesse amanhã.

Extravasar era a palavra-chave: a galera usava muita cor, brilho e materiais


sintéticos. O lurex (um tecido com fios metálicos) aparecia em blusas, macacões e
vestidos. No look das garotas, maquiagem forte, meia arrastão e plataformas altíssimas
eram essenciais. Elas se inspiravam na novela Dancing Days, enquanto os garotos
copiavam Os Embalos de Sábado à Noite.
Solta o som!
A pista se consagrava como a grande atração. Não podia parar jamais! Por causa
disso, essa época vê surgir a figura do DJ (abreviação de “disc jockey”), que comandava
o som. Ele tinha área de destaque no salão e interagia com o público. O uso de dois
toca-discos foi uma grande revolução, mas poucos avançaram nas mixagens próprias.

Os donos da noite
A exigência de infraestrutura forçou a profissionalização do ramo. Baladas
começaram a virar grandes negócios e consagravam os “reis da noite” – empresários
como Ricardo Amaral, dono da Hippopotamus (no Rio) e da Papagaio (no Rio e em
Sampa). Outras casas que marcaram a época foram a paulistana Banana Power e a
fluminense Dancin’ Days Discotheque, que até virou nome de novela.

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2.2. PERSPECTIVA CULTURAL: HÁBITOS, COSTUMES E TRADIÇÕES
Os anos 70 foi marcado pela busca liberdade, juventude e quebra de tabus.
Diferente das décadas passadas, os anos 70 ficou marcada pelo o movimento
contracultura. O movimento Hippie surgia, e este movimento pregada o uso das drogas,
como maconha e o uso excessivo de LSD levando à morte milhares de jovens. Porém o
movimento Hippie auxiliou para que essa década ganhasse força e ficasse marcada
como a melhor época da história do Brasil. Com seus variados tipos de vestimentas e
idealização da “Paz e Amor” o estilo hippie se instalou nessa década. Criando como
costume o uso da calça boca de sino, barbas grandes, no caso dos homens, cabelos
longos e batas e blusas estampadas, consequentemente, neste momento, a moda
passou a ser unissex.
Salientamos que o movimento Hippie auxiliou para o marco dos anos 70, porém
alguns costumes simples ficaram marcado.
Na década de 70 o envio de cartas e cartões natalinos eram frequente, um
método utilizado por diversas famílias. A compra de LP’s também era constante nessa
época, utilizava-se para a escuta e acompanhamento de novas letras de músicas
descritas nas capas.
Não se pode falar da década de 70 sem mencionar a importância da tradição
religiosa. A moral era rígida nas décadas anteriores e frequentar a igreja católica era
uma obrigação familiar, basicamente um monopólio da religião católica. Mas esse
monopólio perde sua força com o surgimento de novas religiões e filosofias como o
Candomblé, Umbanda, Grupos Religiosos e Evangélicos.
Vale salientar, que nos anos anteriores as moças eram guardadas para o
casamento, ou seja; sua pureza era prometida ao seu futuro marido. No entanto, isso
muda com a ideia de liberdade na década de 70, essa tradição se extingue. Com o uso
de roupas mais chamativas e, inclusive, o uso de biquínis sensuais, o sexo antes do

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casamento passa a ser algo comum pela a juventude. Os homossexuais ganham
espaço e o modelo de família já não é o tradicional da década, sendo que pais e mães
podem criar seus filhos separadamente, tendo como consequência, faltas emocionais,
havendo dificuldades nas relações humanas.
Nesta década o desenvolvimento de um dos meios de comunicação também foi
marcante. Comercializado na década de 50, a TV preto e branco passa a ser algo do
cotidiano familiar, passando a ser considerada uma cultura popular no Brasil pela
sociedade. O primeiro canal inaugurado no Brasil foi a TV Tupi. Diante de várias
modernidades naquela época, a TV se expandiu e foi sendo criado diversos canais de
transmissão. como: TV Record, TV Continental e etc. Na década de 60 foi inaugurada
em Recife a primeira emissora de TV, sendo elas, TV Jornal do Comércio e TV Rádio
Clube de Pernambuco, e, posteriormente surgirem as emissoras: Record, Globo e
Bandeirantes.
Foi somente em 1972 a inauguração da TV a cores no Brasil através de um
pronunciamento do Ministério da Comunicação e, logo após, foi inaugurada a
transmissão em cadeia nacional. Após esse feito, foram transmitidos diversos programas
na Rede Globo. Desta forma, cada emissora tentava exibir e ganhar seu público com a
exibição do canal a cores. A chegada das telenovelas trazia ao público uma revolução
social, pois mostrava o realismo, afim de trazer a consciência da época ao expectador. A
Rede Globo teve um papel importante neste movimento, aliada ao movimento contra
censura, passou a contratar para dirigir seus espetáculos e programas, pessoas ligadas
a esse movimento, pois assim a ideia poderia ser melhor empregada nas
apresentações. Dias Gomes, Odivaldo Vianna Filho e Paulo Ponte, filiados ao PCB
contribuíram na revolução das telenovelas e, assim tornaram-se pessoas importantes
para o movimento. “O bem-amado”, “Saramandaia” e “Bandeira 2” fizeram parte desta
nova consciência de valores.
Quando o movimento hippie também conhecido como “desbunde”, começou a
perder o seu auge, pois o movimento Punk começou a nascer. Cabelo corte índio
moicano e roupas rasgadas, o movimento veio com tudo representando o oposto do
hippie, um visual mais agressivo. Mas o logo em seguida tivemos o movimento Disco,
roupas coloridas, camisetas apertadinhas em homens, a discoteca fez muito sucesso
nessa década, nesse movimento o homossexualismo começa a ser mais aparente, pois
segundos os homossexuais eram as discotecas que os faziam se sentir mais livres.

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Para ilustrar todo os costumes desses anos incríveis, podemos citar como um
clássico cinematográfico o filme “Os embalos de sábado à noite”, retratando exatamente
o movimento da década.
O jornalismo também marcou seu apoio a expressão cultural, o Estado de São
Paulo que apoiou o Golpe de 64 substituía as matérias cortadas por versus de Camões
e receitas de bolo, mesmo assim a censura os atacava, obrigando a publicação em seu
próprio jornal sobre a proibição de publicações ofensivas a ditadura.
O automóvel da década era o recém-chegado ao mercado Volkswagen e o Fiat
147 que com uma forte campanha de marketing foi um dos carros mais adquiridos.
Tínhamos também a cultura das “pornochanchadas” que estavam em alta com
seus filmes conhecidos como “Boca de Lixo”, exibidos no centro da cidade de São
Paulo. Nesta época o pornô estava em alta e se inicia a vinculação do nu artístico na
televisão e jornais.
Em paralelo o mercado da música crescia, defendida pelo estilo “Brega” a mulher
teve seu direito declarado e escancarado com a música que ecoa aos quatro cantos do
mundo com a frase “Pare de tomar a Pílula”, um grito de liberdade e direito da mulher na
escolha da sua própria vida, o que afrontava diretamente os costumes impostos pela
igreja católica.
Conhecido como “Cagão”, o indivíduo que nunca experimentou o famoso
“bagulhinho” (cigarro da maconha), a indústria tabagista associava o cigarro ao esporte
como hoje cerveja relacionada ao futebol.
Anos 70, os incríveis anos de ouro, marcado pela cultura de novos valores ,
ousado em começar o movimento Tropicalista, em querer acabar com a ditadura, em
brigar pela liberdade de expressão.
Década boa, importante na história e que começou a mover grandes revoluções a
favor do direito a subjetividade do indivíduo.
Os movimentos culturais, as roupas esquisitas, a vontade de viver em uma
sociedade que não podia de fato viver livremente, tornou esses anos o mais incrível que
se podia ser.
E mais que um “bêbado equilibrista” ou até “para não dizer que não falei das
flores” encerramos com o grande pedido da década “Pai, afasta de mi m esse cálice”
pois nos anos de ouros só queremos “abrir as asas e soltarmos a fera”!

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2.3 Perspectivas Política

Política interna
Durante a década de 1970, três generais se sucedem no governo do Brasil. A
ditadura militar implantada em 1964 atinge o apogeu durante a primeira metade do
decênio, ao fim da qual começa a se abrandar. O AI-5 vigora por quase todo o período,
assim como o sistema bipartidário, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena) dando
sustentação ao governo e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) fazendo oposição.
A década se aproxima do fim com o ressurgimento dos movimentos sociais e se fecha
com o início da redemocratização.

Ditadura militar
A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe
militar, em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart.
O regime militar durou 21 anos (1964-1985), e estabeleceu a censura à imprensa,
restrição aos direitos políticos e perseguição policial aos opositores do regime.

A Concentração do Poder
Os atos institucionais foram promulgados durante os governos dos generais
Castello Branco (1964-1967) e Artur da Costa e Silva (1967-1969). Na prática, acabaram
com o Estado de direito e as instituições democráticas do país.
Com o Ato Institucional nº 2, os antigos partidos políticos foram fechados e foi adotado o
bipartidarismo. Desta forma surgiram:
Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o governo;
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), representando os opositores, mas cercado
por estreitos limites de atuação.

Aliança Renovadora Nacional (ARENA)

Fundada em 4 de abril de 1966, a ARENA era um partido político


predominantemente conservador. A ARENA foi rebatizada Partido Democrático
Social (PDS). Mais tarde, um grupo de políticos do PDS abandonou o partido e formou a
"Frente Liberal", a qual, depois, tornou-se o Partido da Frente Liberal(PFL), atual DEM.
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O PDS, posteriormente, mudou o seu nome para Partido Progressista Renovador(PPR),
e depois para Partido Progressista Brasileiro (PPB), que hoje se chama Partido
Progressista(PP).

Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi um partido político brasileiro que


abrigou os opositores do Regime Militar de 1964. Organizado em fins de 1965 e fundado
no ano seguinte, o partido se caracterizou por sua multiplicidade ideológica graças
sobretudo, aos embates entre os "autênticos" e "moderados" quanto aos rumos a seguir
no enfrentamento ao poder militar.Com o fim do bipartidarismo, as inúmeras correntes
que formavam o MDB fundaram legendas como o Partido dos Trabalhadores (PT) e
Partido Democrático Trabalhista (PDT), e outras que vieram mais tarde desde os anos
oitenta. Em 1988, uma cisão no PMDB deu origem ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB), formado pela ala então socialdemocrata e os intelectuais do partido
ligados ao ex-governador paulista Franco Montoro.
O Ato Institucional nº 5 foi publicado no dia 13 de dezembro de 1968, assinado
pelo presidente Costa e Silva e marcou a fase mais dura do período de ditadura militar
no Brasil.

Com a promulgação do AI-5, o presidente adquiria poderes como:


 cassar os mandatos legislativos, executivos, federais, estaduais e municipais;
 Suspender os direitos políticos dos cidadãos, demitir, remover, aposentar
funcionários civis e militares;
 Demitir e remover juízes;
 Decretar estado de sítio sem restrições ao país;
 Confiscar bens para punir a corrupção;
 Legislar por decreto e baixar outros atos institucionais completares.
 No que diz respeito aos direitos do cidadão comum, o AI-5 feria as garantias civis
mais elementares. Vejamos:
 O governo retirou o direito a habeas corpus (liberdade provisória enquanto
responde ao processo) aos acusados de crimes contra a segurança nacional;
 Os acusados passaram a ser julgados por tribunais militares sem direito a
recorrer.
No mesmo dia da publicação do ato, o presidente Arthur da Costa e Silva fechou
o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e as câmaras municipais.

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Da mesma maneira, colocou a polícia e as Forças Armadas de prontidão. Em
agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral e assumiu o
vice-presidente Pedro Aleixo, político civil mineiro.

Emílio Garrastazu Médici

Mandato 30/10/1969 a 15/3/1974

Política Derrotou a Guerrilha do Araguaia e criou o


Interna Departamentos de Operação de Informação

Política Acordo com o Paraguai e Argentina para a


Externa construção da usina. Visita aos Estados Unidos.

Em outubro de 1969, 240 oficiais generais indicam para presidente o general


Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), ex-chefe do SNI. Em janeiro de 1970, um
decreto-lei tornou mais rígida à censura prévia à imprensa.
Emilio Garrastazu Médici foi presidente da República do Brasil, durante o período
da Ditadura Militar. Seu mandato foi entre os anos de 1969 e 1974. O governo do
general Médici é considerado pelos historiadores o mais repressivo e violento do regime
militar brasileiro (1964 a 1985).
A censura aos meios de comunicação e as torturas de prisioneiros políticos
tornaram-se comuns. A opção pela luta armada cresceu nesse período, e dois focos
guerrilheiros no meio rural foram dissolvidos, um em Ribeira no Estado de São Paulo, e
outro no Araguaia no Pará. As guerrilhas urbanas também foram formas de resistência
que se ampliaram, destacando-se dois importantes militantes políticos que pensaram
essa tática de combate ao regime militar: Carlos Marighella da Ação Libertadora
Nacional (ALN) e Carlos Lamarca da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ambos
foram assassinados pelo regime no período do governo Médici, respectivamente nos
anos 1969 e 1971.
O aparato de repressão do regime militar foi aprimorado no governo Médici para
atacar os movimentos de esquerda que cresciam no período. Desse modo, as
operações repressivas, situadas em São Paulo, designadas de Operação Bandeirantes
(Oban) foram expandidas e tornaram-se o Comando de Operações de Defesa Interna
(CODI) que coordenava os Departamentos de Operações e Informações (DOIs). Além

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desses órgãos, o regime militar também contava com os órgãos de informação do
exército, marinha e aeronáutica (respectivamente: Ciex, Cenimar e Cisa).

 Principais características do governo Médici:

 Forte censura aos órgãos de imprensa.


 Combate com repressão aos movimentos populares de esquerda, que
protestavam contra a ditadura militar no Brasil. Os movimentos estudantil e
sindical foram os principais alvos da repressão do governo Médici.
 Combate à guerrilha urbana e rural utilizando, inclusive, métodos de tortura.
 Crescimento acelerado da economia. Este período ficou conhecido como “milagre
econômico”. Foi proporcionado graças a grande entrada de investimentos
estrangeiros. O período também foi caracterizado pela estabilização da economia
brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) aumentou muito neste período.
 Grande desenvolvimento industrial.
 Aumento da entrada no Brasil de empresas multinacionais.
 Investimentos em grandes obras públicas, principalmente na área de
infraestrutura.
 Estimulo ao patriotismo, principalmente através do aumento de gastos com
propagandas oficiais.
 Criação de empresas estatais, tais como: Embrapa, Telebrás e Infraero.

Ernesto Geisel

Mandat
15/03/1974 a 15/03/1979
o

Criação do estado do Mato-Grosso do Sul, fusão


Política
do estado da Guanabara ao Rio de Janeiro e fim
Interna
do AI-5.

Reconhecimento da independência da Angola,


Política acordos sobre energia nuclear com a Alemanha
Externa Ocidental e reatadas as relações diplomáticas com
a China.

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A Redemocratização
No dia 15 de março de 1974, Médici foi substituído na Presidência pelo general
Ernesto Geisel (1974-1979). Ele assumiu prometendo retomar o crescimento econômico
e restabelecer a democracia.
Mesmo lenta e controlada a abertura política começava, o que permitiu o crescimento
das oposições.
O governo Geisel aumentou a participação do Estado na economia. Vários
projetos de infraestrutura tiveram continuidade, entre elas, a Ferrovia do Aço, em Minas
Gerais, a construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins e o Projeto Carajás.
Diversificou as relações diplomáticas comerciais e diplomáticas do Brasil, procurando
atrair novos investimentos.
Nas eleições de 1974, a oposição aglutinada no MDB, obteve ampla vitória. Ao mesmo
tempo, Geisel procurava conter este o avanço. Em 1976, limitou a propaganda eleitoral.
No ano seguinte, diante da recusa do MDB em aprovar a reforma da Constituição,
o Congresso foi fechado e o mandato do presidente foi ampliado para seis anos.
A oposição começou a pressionar o governo, junto com a sociedade civil. Com a
crescente pressão, o Congresso já reaberto aprovou, em 1979, a revogação do AI-5. O
Congresso não podia mais ser fechado, nem ser cassados os direitos políticos dos
cidadãos.
Geisel escolheu como seu sucessor o general João Batista Figueiredo, eleito de forma
indireta. Figueiredo assumiu o cargo em 15 março de 1979, com o compromisso de
aprofundar o processo de abertura política.
As reformas políticas continuaram sendo realizadas, mas a linha dura continuava
com o terrorismo. Surgiram vários partidos, entre eles o Partido Democrático Social
(PDS) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Foi fundada a Central Única dos
Trabalhadores (CUT).

João Baptista Figueiredo

Mandato 15/03/1979 a 15/03/1985

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Política Criação do estado de Rondônia e Reabertura
Interna política com a lei da Anistia

João Baptista de Oliveira Figueiredo foi presidente do Brasil entre os anos de


1979 e 1985. General do Exército Brasileiro, Figueiredo foi o último governante da
ditadura militar no Brasil. Este governo foi caracterizado pela transição da ditadura para
a democracia, processo iniciado no governo anterior (Ernesto Geisel).

 Política no governo Figueiredo


 Transição do regime militar ditatorial para o democrático.
 Medidas voltadas para a abertura política no país.
 Aprovação da Lei da Anistia em 1979. Com a lei os exilados puderam retornar
ao país e os presos políticos ganharam a liberdade.
 Reforma partidária com o fim do bipartidarismo (ARENA e MDB). Novos partidos
políticos puderam ser criados.
 Retorno das eleições diretas para governadores de estados. 
 Culminando no Movimento das Diretas Já 

2.4 Perspectiva Econômica


A década de 1970 ficou conhecida como aquela em que a crença nos ícones dos
anos 60 fora abalada, o que levou algumas manifestações a tornarem-se mais sutis e
desregradas, como nos festivais de rock ao ar livre, onde se festejava a vida alternativa,
de amor e drogas. No Brasil, por exemplo, muitos jovens idealistas levaram a cabo sua
luta política por meio do combate armado, na clandestinidade, para combater o regime
militar.
A década de 70 foi uma época de mudanças em toda a parte do mundo. Com isso
a economia nos anos 70 foi movimentada. O processo de globalização inicializou-se
através da popularização dos programas de televisão. O que de certa forma contribui
para o aumento das importações. As Exportações também foram influenciadas pelo
fenômeno.
Com a TV as pessoas começam a acompanhar o que acontece do outro lado do
mundo, e com a importação conseguiam ter acesso a objetos e mercadorias vindas de
vários países do mundo.

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Além disso, esta década foi considerada por muitos, como a “era do
individualismo” e também ficou marcada com o início dos movimentos de defesa do
meio ambiente. Mas infelizmente, nem tudo foram flores, e uma crise muito forte atingiu
grandes potências.
Conhecida como a “década do milagre brasileiro”, naquela época os militares estavam
no poder e a economia parecia que iria auxiliar o país, com base no fortalecimento de
Estado, nas multinacionais e no grande capital nacional.
O Brasil chegou a ser considerado a 9ª economia mundial. Porém, nem tudo o
que parece, realmente é. Pois com a crise do petróleo e com a política de fixação de
preços imposta, no final da década de 70, o Brasil enfrentou uma das piores inflações
que já havia sido vista. Uma das ações tomadas para evitar a crise – que não teve
sucesso – foi a criação do Proálcool em 1975. Foi um programa criado para criar um
motor alternativo que funcionasse através de álcool e não de gasolina e diesel.
Sem dúvida, a crise do petróleo fora o evento econômico da década, quando em
1973-74, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do
barril de petróleo, elevando seu preço em mais de 300% pelo barril, gerando uma
escassez de combustíveis no mercado mundial, inclusive levando os EUA a entrarem
em recessão. Posteriormente, em 1979 surge uma nova crise do petróleo, motivada pela
ascensão do Aiatolá Khomeini, inimigo dos Estados Unidos.
Quanto ao Brasil, vale lembrar que não passou impune pelas crises que se
sucederam, pois queimara suas reservas oriundas do “milagre econômico” e, apesar de
tornar-se a 9ª economia do mundo, irá desestruturar-se durante a segunda crise do
petróleo, com o aumento dos preços dos combustíveis elevando o índice de inflação do
País descontroladamente.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
. Diante do tema pesquisado e estudado, percebemos que a década de 70 foi
marcada por diversos acontecimentos importantes para o país, ao mesmo tempo que
teve a forte marca da censura, teve também muita criatividade e engajamento de muitos
artistas e intelectuais, assim como a contribuição de vários movimentos culturais.
Conhecida também como aquela que teve a crença nos ícones dos anos 60
abalada, o que levou algumas manifestações a tornarem-se mais sutis e desregradas,

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como nos festivais de rock ao ar livre, onde se festejava a vida alternativa, de amor e
drogas, muitos jovens idealistas levaram a cabo sua luta política por meio do combate
armado, na clandestinidade, para combater o regime militar.
Nos meios de comunicação a televisão passa de revelar escândalos e tornar
evidentes o cotidiano dos famosos. Foi o auge das discotecas e da dance music, o qual
acompanhava a euforia do experimentalismo musical, especialmente com incorporação
de instrumentos, como no rock progressivo.
Observamos que muitas coisas que vivemos nos dias de hoje são reflexos
positivos e negativos dos movimentos das décadas anteriores. Cada década que se
passa, há momentos marcantes, no caso de 70, foi marcado pelos movimentos culturais
e a busca incessante pela liberdade de expressão, liberdade religiosa, política e etc. Em
contrapartida, este movimento contracultura nos trouxe negativamente o conhecimento
das drogas, até hoje não aceitos pela sociedade.
Três importantes acontecimentos no âmbito político no mundo influenciaram com
muita opressão nosso momento político. Com isso a luta constante de dois polos sendo
um a censura e ditadura e outro a liberdade de expressão e cultura são sempre
protagonistas deste ano brilhante.
A economia mundial, entra em recessão após a crise do petróleo de 1973, mas
o Brasil, ainda sob impulso do milagre econômico e alçado para a posição de 9ª
economia do mundo, postergando os efeitos desta primeira crise do petróleo, utilizando
reservas cambiais e, em seguida, empréstimos internacionais para equilibrar sua
deficitária balança comercial. Porém o milagre econômico começa a declinar.
Podemos afirmar que a moda anos 70 foi uma das mais ricas na história, tanto
que até nos dias atuais, a época serve como inspiração para alguns estilistas famosos
que muitas vezes estão resgatando peças que fizeram sucesso nessa época. A década
de 70 foi caracterizada pela moda hippie e romantismo. O período foi de bastante
revolução no comportamento dos jovens, tanto na música como na liberação sexual da
mulher que se refletiu na roupa vestimenta.
Contudo, consideramos que a década de 70 foi umas das mais importantes para
o desenvolvimento do país, de uma forma geral.

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REFERÊNCIAS

https://www.todamateria.com.br/poesia-marginal/

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3551/3551.PDF

https://veja.abril.com.br/entretenimento/os-artistas-que-ergueram-os-pinceis-contra-a-
ditadura-e-revolucionaram-a-producao-nacional/

http://cildomeireles.blogspot.com/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142014000100011

http://www.advivo.com.br/blog/jose-carlos-lima/a-arte-conceitual-da-decada-de-70

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-uma-balada-nos-anos-70/

http://ipinose-total-3h.blogspot.com/2010/05/historia-da-musica-brasileira-de-
1960_03.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_televis%C3%A3o_no_Brasil#Televis
%C3%A3o_a_cores

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_Renovadora_Nacional

https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Democr%C3%A1tico_Brasileiro_(1966)

https://www.todamateria.com.br/ditadura-militar-no-brasil/

http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/visitantes/panorama-das-
decadas/copy_of_decada-de-70

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