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EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 22ª VARA FEDERAL DE PORTO ALEGRE/RS
PROCESSO Nº 5070080-67.2015.4.04.7100
PROCESSO Nº 5070080-67.2015.4.04.7100
RAZÕES DE APELAÇÃO
Colenda Turma,
Eminente Relator,
DA AUSÊNCIA DE PROVAS
A prova colhida nos autos não demonstrou que foi o réu, ora
apelante, que concorreu para a ocorrência dos fatos narradas na denúncia, como se
passará a demonstrar.
Rua Comendador Manoel Pereira, 24 - Centro - Porto Alegre/RS.
CEP 90030-010 – Fone (51) 32166900 Fax (51) 32166950
O ofício da GVT (evento 39, OFIC3, do IPL) refere que duas linhas
telefônicas estavam associadas ao mesmo endereço nos períodos dos fatos PAULO
RICARDO ROZANO ROCHA JUNIOR e ALEXSANDRO SOUZA DA SILVEIRA,
sendo que este último afirmou que perdeu os documentos em data passada. Logo,
não se pode afirmar com certeza absoluta de que o IP do qual foi emitido o DBE
tenha sido emitido de linha telefônica em nome do filho do réu como quer crer o
Ministério Público Federal.
alteração de contrato social da empresa Turis Sul Turismo e Cambio Ltda, datada de
21 de maio de 2012 – evento 01, notcrime02, página 08, processo de n.
50236901020134047100) tenham sido realizadas pelo réu porquanto o referido DBE
teria, em tese, sido enviado de IP instalado em endereço no qual funcionava o seu
escritório de contabilidade. Ocorre que não há nos autos qualquer prova da autoria
de tais falsificações.
O fato de, em tese, ter sido o réu, ora apelante, responsável pela
confecção do DBE não leva a crer que ele tenha apresentado tais documentos
juntos à Receita Federal do Brasil ou realizado tais falsificações.
Diz a representação fiscal para fins penais, no item II, subitem 1.1,
descrição dos fatos:
esse sistema, ele nos permite identificar o IP, acredito que tenha junto,
a gente sempre manda uma tela do Receitanet log, que na verdade é
um registro, onde a aparece o IP e o endereço da máquina, do
computador em que foi feita aquela transcrição. A gente então infere
que o computador saiu daquele computador e que o preenchimento
tenha sido feito por aquela pessoa ali. É feita a representação, porque,
na verdade, a gente não tem como apontar o dedo para alguém e
dizer quem foi a pessoa exatamente que fez. A gente usa esse registro
como um apontador para que quem for verificar, que na verdade não
cabe a nós, que saiba de onde saiu aquilo
A notícia crime anexada ao evento 01, notcrime 02, aponta na descrição dos
fatos que envelope fechado foi entregue na Delegacia da Receita Federal em Porto
Alegre:
A versão trazida pelo réu, ao contrário do que posto pelo Ministério Público,
é crível, porquanto o contador não é responsável pela autenticidade das assinaturas
postas nos contratos sociais, mas sim as partes.
Logo, tendo em vista que não resta demonstrado que o réu tenha realizado a
falsificação dos documentos, tenha consciência da falsidade dos documentos em
tela ou tenha sido ele o responsável pela entrega dos documentos junto à Receita
Federal, a absolvição é medida que se impõe.
V. PEDIDOS.