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ELETRÔNICO
DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Ano 2010, Número 221 Divulgação: quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Publicação: quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Secretaria Judiciária
Sumário
DIRETORIA-GERAL ................................................................................................................................. 1
CORREGEDORIA ELEITORAL ................................................................................................................ 1
SECRETARIA JUDICIÁRIA ...................................................................................................................... 2
Coordenadoria de Registros Partidários, Autuação e Distribuição ....................................................... 2
Despacho ........................................................................................................................................... 2
Decisão monocrática.......................................................................................................................... 3
Coordenadoria de Processamento - Seção de Processamento I ......................................................... 4
Despacho ........................................................................................................................................... 4
Decisão monocrática.......................................................................................................................... 4
Coordenadoria de Processamento - Seção de Processamento III ..................................................... 12
Decisão monocrática........................................................................................................................ 12
Coordenadoria de Acórdãos e Resoluções ......................................................................................... 35
Acórdão............................................................................................................................................ 35
Pauta de Julgamentos ..................................................................................................................... 36
Despacho ......................................................................................................................................... 37
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................... 38
SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO ............................................................................................. 38
SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ........................................................................... 38
DIRETORIA-GERAL
CORREGEDORIA ELEITORAL
Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n.
2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser
acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 2
SECRETARIA JUDICIÁRIA
Despacho
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 3
2. Entretanto, a petição não vem acompanhada do instrumento de mandato, que também não está
acostado aos autos da Petição em referência.
3. Ademais, o requerimento não está fundamentado e não indica as peças e os documentos a serem
reproduzidos, como determinado pela Portaria n. 254 do Tribunal Superior Eleitoral.
4. Pelo exposto, devolva-se a petição ao advogado.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora
Decisão monocrática
DECISÃO
Vistos.
Trata-se de ação popular ajuizada por Tirmiano do Nascimento Elias em desfavor da Coligação Para o
Brasil Seguir Mudando (PT/PMDB/PC do B/PDT/PRB/
PR/PSC/PSB/PTC/PTN) e de Dilma Vana Rousseff, Michel Miguel Elias Temer Lulia, Ricardo
Lewandowski - Presidente do TSE, José Eduardo de Barros Dutra, José Renato Rabelo, Carlos
Roberto Lupi, Vitor Paulo Araújo dos Santos, Alfredo Nascimento, Vítor Jorge Abdala Nósseis, Eduardo
Henrique Accioly Campos, Daniel S. Tourinho e José Masci de Abreu.
O autor relaciona como litisconsortes passivos José Maria Almeida, Heloisa Helena Lima de Moraes
Carvalho, Luciano Caldas Bivar, Rui Costa Pimenta, Paulo Roberto Matos, José Maria Eymael, José
Levy Fidelix da Cruz, Ivan Martins Pinheiro, Ovasco Roma Altimari Resende, José Luiz de França
Penna, Francisco Dornelles, Severino Sérgio Estelita Guerra, Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia,
Roberto Jefferson Monteiro Francisco, Oscar Noronha Filho, Roberto João Pereira Freire, Luis
Henrique de Oliveira Resende.
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
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O autor alega, essencialmente, que o objetivo desta ação é "impedir que os Requeridos pratiquem atos
de registro de Coligação Partidária entre Partidos Políticos dogmaticamente não iguais e/ou
incompatíveis" (fl. 5).
Sustenta que a formação de coligação partidária sem "alinhamento dogmático entre os Partidos
Políticos" (fl. 9) constitui ato ilegal que afronta aos princípios gerais do Estado Democrático de Direito e
que "ofende valores culturais e históricos da sociedade brasileira" (fl. 9).
Ao fim, pugna pela procedência da ação popular para declarar a nulidade da Coligação requerida, bem
como dos atos de registro dessa Coligação.
A ação foi proposta originalmente perante o Juízo da 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande/MS, que,
julgando-se incompetente para apreciar a demanda, determinou a remessa dos autos a esta c. Corte.
Relatados, decido.
Cuida-se, na origem, de ação popular ajuizada por Tirmiano do Nascimento Elias em desfavor da
Coligação Para o Brasil Seguir Mudando e outros com o objetivo de declarar a nulidade da Coligação
requerida, bem como dos atos de registro dessa Coligação.
A ação é manifestamente incabível, porquanto seu objeto não se enquadra nas hipóteses de cabimento
da ação popular.
À toda evidência, o autor utiliza-se da ação popular como sucedâneo de impugnação de registro, da
qual o requerente sequer seria parte legítima para a propositura.
Ante o exposto, não conheço da ação popular e nego-lhe seguimento, nos termos do art. 36, § 6º, do
RI-TSE.
P. I.
Brasília (DF), 8 de novembro de 2010.
MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR
Relator
Despacho
Fica aberta vista dos autos ao recorrente, por seus advogados, conforme determinação exarada pela
Exma. Sra. MINISTRA CÁRMEN LÚCIA, adiante transcrita:
“Protocolo n. 39.058/2010
DESPACHO
1. Junte-se aos autos do RESPE 293535/SP.
2. Proceda-se às anotações pertinentes.
3. Defiro a vista requerida, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) horas, em secretaria.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora”
MARCO AURÉLIO NETO
Secretário Judiciário
Decisão monocrática
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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DESPACHO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE -APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
A Coligação Mato Grosso Melhor pra Você e Mauro Mendes Ferreira, em peça encaminhada via fac-
símile e subscrita por profissional da advocacia regularmente constituída, requerem a juntada de
substabelecimento.
O processo está no Gabinete.
2. Aguardem a apresentação do original da peça.
3. Publiquem.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE - AUSÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
Itamar da Silva Rios, em peças subscritas por profissional da advocacia regularmente constituído,
requer preferência na apreciação do recurso.
Anoto tratarem-se de petições encaminhadas via fac-símile, cujos originais não foram apresentados até
a presente data.
O processo está no Gabinete, com parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral.
2. A Lei nº 9.800/1999, disciplinadora da prática de atos processuais mediante fac-símile, dispõe sobre
a necessidade de o original ser protocolado em até cinco dias. Isso não ocorreu, contando-se apenas
com o que foi transmitido por fax.
3. Devolvam a peça ao recorrente.
4. Publiquem.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE - AUSÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
Itamar da Silva Rios, em peças subscritas por profissional da advocacia regularmente constituído,
requer preferência na apreciação do recurso.
Anoto tratarem-se de petições encaminhadas via fac-símile, cujos originais não foram apresentados até
a presente data.
O processo está no Gabinete, com parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral.
2. A Lei nº 9.800/1999, disciplinadora da prática de atos processuais mediante fac-símile, dispõe sobre
a necessidade de o original ser protocolado em até cinco dias. Isso não ocorreu, contando-se apenas
com o que foi transmitido por fax.
3. Devolvam a peça ao recorrente.
4. Publiquem.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE - AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
A Coligação Frente de Libertação do Maranhão, em peça subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído, formaliza a desistência de prova testemunhal outrora pretendida.
Anoto tratar-se de petição encaminhada via fac-símile, cujo original não foi apresentado até a presente
data.
O processo está no Gabinete.
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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2. A Lei nº 9.800/1999, disciplinadora da prática de atos processuais mediante fac-símile, dispõe sobre
a necessidade de o original ser protocolado em até cinco dias. Isso não ocorreu, contando-se apenas
com o que foi transmitido por fax.
3. Devolvam a peça à requerente.
4. Publiquem.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE - AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
A peça, protocolada neste Tribunal em 24 de setembro de 2010, refere-se ao original da Minuta de
Agravo Regimental - às folhas 78 a 80 - encaminhada via fac-símile no dia 17 de setembro de 2010,
portanto, depois do prazo de cinco dias previsto no parágrafo único do artigo 2º da Lei nº 9.800/1999.
O regimental volta-se contra decisão pela qual Vossa Excelência negou seguimento ao recurso, tendo
em vista a intempestividade.
O processo está na Secretaria da Presidência, com interposição de recurso extraordinário.
2. A Lei nº 9.800/1999, disciplinadora da prática de atos processuais mediante fac-símile, dispõe sobre
a necessidade de o original ser protocolado em até cinco dias. Isso não ocorreu, contando-se apenas
com o que foi transmitido por fax.
3. Devolvam a peça à agravante.
4. Publiquem.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
PETIÇÃO - FAC-SÍMILE - AUSÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DO ORIGINAL.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
Raimundo Nonato Lima Barros, em peça subscrita por profissional da advocacia regularmente
constituído, requer a juntada do Acórdão nº 12.157-2010 do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.
Alega tratar-se de situação idêntica à do presente autos.
Anoto tratar-se de petição encaminhada via fac-símile, cujo original não foi apresentado até a presente
data.
O processo está com vista à Procuradoria-Geral Eleitoral.
2. A Lei nº 9.800/1999, disciplinadora da prática de atos processuais mediante fac-símile, dispõe sobre
a necessidade de o original ser protocolado em até cinco dias. Isso não ocorreu, contando-se apenas
com o que foi transmitido por fax.
3. Devolvam a peça ao requerente.
4. Publiquem.
Brasília, 9 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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DESPACHO
AGRAVO - CONTRADITÓRIO.
1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista ao agravado para, querendo, manifestar-
se.
2. Publiquem.
3. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 8
Protocolo: 36.505/2010
DESPACHO
AGRAVO - CONTRADITÓRIO.
1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista ao agravado para, querendo, manifestar-
se.
2. Publiquem.
3. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DESPACHO
AGRAVO - CONTRADITÓRIO.
1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista ao agravado para, querendo, manifestar-
se.
2. Publiquem.
3. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTERPOSIÇÃO POR FAC-SÍMILE - NÃO APRESENTAÇÃO DO
ORIGINAL - ARTIGO 2º DA LEI Nº 9.800/1999 - NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. O agravo de instrumento foi interposto via fac-símile, não havendo notícia do recebimento do
original. Nota-se não ter sido preenchido o requisito previsto no artigo 2º da Lei nº 9.800/1999. Eis o
teor do dispositivo:
Art. 2º A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens não prejudica o cumprimento dos
prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu
término.
2. Nego-lhe seguimento.
3. Publiquem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO REGIMENTAL - INTERPOSIÇÃO POR FAC-SÍMILE - NÃO APRESENTAÇÃO DO
ORIGINAL - ARTIGO 2º DA LEI Nº 9.800/1999 - NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. O agravo foi interposto via fac-símile, não havendo notícia do recebimento do original. Nota-se não
ter sido preenchido o requisito previsto no artigo 2º da Lei nº 9.800/1999. Eis o teor do dispositivo:
Art. 2º A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens não prejudica o cumprimento dos
prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu
término.
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 9
2. Nego-lhe seguimento.
3. Publiquem.
4. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTERPOSIÇÃO POR FAC-SÍMILE - NÃO APRESENTAÇÃO DO
ORIGINAL - ARTIGO 2º DA LEI Nº 9.800/1999 - NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. O agravo de instrumento foi interposto via fac-símile, não havendo notícia do recebimento do
original. Nota-se não ter sido preenchido o requisito previsto no artigo 2º da Lei nº 9.800/1999. Eis o
teor do dispositivo:
Art. 2º A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens não prejudica o cumprimento dos
prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu
término.
2. Nego-lhe seguimento.
3. Publiquem.
4. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO REGIMENTAL - INTERPOSIÇÃO POR FAC-SÍMILE - NÃO APRESENTAÇÃO DO
ORIGINAL - ARTIGO 2º DA LEI Nº 9.800/1999 - NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. O agravo regimental foi interposto via fac-símile, não havendo notícia do recebimento do original.
Nota-se não ter sido preenchido o requisito previsto no artigo 2º da Lei nº 9.800/1999. Eis o teor do
dispositivo:
Art. 2º A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens não prejudica o cumprimento dos
prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu
término.
2. Nego-lhe seguimento.
3. Publiquem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO - REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL - IRREGULARIDADE -
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. "Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo" - primeira parte
da cabeça do artigo 37 do Código de Processo Civil. A agravante não se faz representada por
causídico devidamente constituído. O subscritor do agravo de folhas 2 a 5 - Doutor Luiz Alex M. dos
Santos, OAB/AP nº 1341 - não possui, no processo, os indispensáveis poderes.
Nem se diga pertinente o disposto na segunda parte do aludido preceito legal. Há de se ter em conta
que a interposição de recurso não se mostra passível de enquadramento entre os atos reputados
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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urgentes. É que concorre, sempre, a possibilidade de o provimento judicial ser contrário aos interesses
sustentados no processo, cabendo à parte precatar-se.
A jurisprudência deste Tribunal é no sentido de ter-se como inexistente o recurso subscrito por
advogado sem procuração no processo. Confiram os seguintes precedentes: Agravos Regimentais nos
Recursos Especiais Eleitorais nos 26782 e 31223, relatados pelos Ministros Gerardo Grossi e Marcelo
Ribeiro, com acórdãos publicados nas Sessões de 25 de setembro de 2006 e de 25 de outubro de
2008, respectivamente.
2. Em face da irregularidade da representação processual, nego seguimento a este agravo de
instrumento.
3. Publiquem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO - REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL - IRREGULARIDADE -
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. "Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo" - primeira parte
da cabeça do artigo 37 do Código de Processo Civil. A agravante não se faz representada por
causídico devidamente constituído. O subscritor do agravo de folhas 2 a 5 - Doutor Luiz Alex M. dos
Santos, OAB/AP nº 1341 - não possui, no processo, os indispensáveis poderes.
Nem se diga pertinente o disposto na segunda parte do aludido preceito legal. Há de se ter em conta
que a interposição de recurso não se mostra passível de enquadramento entre os atos reputados
urgentes. É que concorre, sempre, a possibilidade de o provimento judicial ser contrário aos interesses
sustentados no processo, cabendo à parte precatar-se.
A jurisprudência deste Tribunal é no sentido de ter-se como inexistente o recurso subscrito por
advogado sem procuração no processo. Confiram os seguintes precedentes: Agravos Regimentais nos
Recursos Especiais Eleitorais nos 26782 e 31223, relatados pelos Ministros Gerardo Grossi e Marcelo
Ribeiro, com acórdãos publicados nas Sessões de 25 de setembro de 2006 e de 25 de outubro de
2008, respectivamente.
2. Em face da irregularidade da representação processual, nego seguimento a este agravo de
instrumento.
3. Publiquem.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
DECISÃO
RECURSO ESPECIAL - CONTRARIEDADE A PRECEDENTE - NEGATIVA DE SEQUÊNCIA.
1. Em julgamento ocorrido em 6 de maio do corrente ano, o Tribunal assentou ser de 180 dias, a partir
da diplomação, o prazo para formalizar-se a representação contra doadores, presente o
extravasamento dos limites legais. Fê-lo no julgamento do Recurso Especial Eleitoral nº 36552/SP,
sendo designado para redigir o acórdão o Ministro Marcelo Ribeiro.
Pois bem, a representação revelada à folha 2 diz respeito às eleições de 2006, e somente veio a ser
formalizada em 6 de maio de 2009.
2. Ante o quadro, nego seguimento a este recurso especial.
3. Publiquem.
4. Intimem.
Brasília, 11 de novembro de 2010
Ministro MARCO AURÉLIO
Relator
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 11
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 12
Decisão monocrática
DECISÃO
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Firmo Abade do Nascimento contra decisão
denegatória de recurso especial proferida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí
(TRE/PI).
Parecer da d. Procuradoria-Geral Eleitoral, às fls. 64-66, pelo desprovimento do agravo.
É o relatório.
Decido.
Não há como o agravo prosperar.
Não constam dos autos as certidões de intimação do acórdão que julgou o recurso eleitoral e do
acórdão que julgou os embargos de declaração, peças essenciais à formação do agravo de
instrumento.
Assim, não é possível aferir a tempestividade do recurso especial eleitoral e, consequentemente, do
presente agravo de instrumento.
Assinalo, ainda, que cabe ao TSE a análise final sobre a tempestividade do apelo nobre. Nesse
sentido, cito o seguinte precedente:
Agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de cópia de certidão de intimação do acórdão
regional. Peça essencial. Formação deficiente. Recurso a que se nega provimento.
1. Não se conhece de agravo de instrumento desprovido de cópia da certidão de intimação do acórdão
recorrido.
2. É do TSE a aferição última sobre a tempestividade dos recursos aqui analisados.
(AgRgAg nº 9.013/PB, DJ de 12.9.2008, rel. Min. Joaquim Barbosa).
Conforme a jurisprudência firmada nesta Corte, cabe ao agravante zelar pela correta formação do
agravo, não sendo admitida a conversão do feito em diligência para a complementação do traslado:
Agravo de instrumento. Ausência. Cópia. Recurso especial. Impossibilidade. Compreensão.
Controvérsia. Art. 2º da Res.-TSE n° 21.477/2003. Aplicação. Súmula n° 288 do Supremo Tribunal
Federal. Ônus. Agravante. Fiscalização. Traslado. Descabimento. Diligência. Complementação.
1. Ante a deficiência na formação do agravo de instrumento e ausentes peças essenciais à
compreensão da controvérsia, não há como se conhecer de agravo de instrumento, incidindo, na
espécie, a Súmula n° 288 do Supremo Tribunal Federal.
2. O ônus de fiscalizar a formação desse apelo é do agravante, competindo-lhe verificar se constam
todas as peças obrigatórias ou de caráter essencial, não sendo admitida nem sequer a conversão do
feito em diligência para complementação do traslado.
Agravo regimental desprovido. (Grifei.)
(Ac. n° 6.435/CE, DJ de 2.6.2006, rel. Min. Caputo Bastos).
Diante do exposto, nego seguimento ao agravo, com base no art. 36, § 6º, do RITSE.
Publique-se.
Brasília-DF, 3 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
DESPACHO
Encaminhem-se os autos à d. Procuradoria-Geral Eleitoral para emitir parecer.
Publique-se.
Brasília-DF, 4 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
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2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado:
"AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO DIRETAMENTE NO TSE.
IMPOSSIBILIDADE. DESOBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE. PRECLUSÃO.
SEGUNDO AGRAVO. FUNDAMENTOS NÃO IMPUGNADOS. SÚMULA Nº 182/STJ.
DESPROVIMENTO.
1. A interposição de dois recursos contra a mesma decisão enseja o conhecimento apenas do primeiro
protocolizado, ocorrendo preclusão consumativa quanto ao segundo.
2. Não cabe a interposição de agravo de instrumento diretamente nesta Corte (art. 279 do Código
Eleitoral).
3. Viola o princípio da unirrecorribilidade o manejo de mais de um recurso contra a mesma decisão.
4. Agravo regimental desprovido" (fl. 69).
Os recorrentes sustentaram, em suma, violação do art. 14, § 10, da Constituição Federal.
É o breve relatório. Decido.
O recurso não merece prosperar. Bem examinados os autos, verifico que os recorrentes não
apresentaram, expressamente, preliminar formal de repercussão geral da matéria constitucional
discutida no caso, nos termos do art. 543-B, § 2º, do Código de Processo Civil. Anote-se, acerca do
tema:
"1. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a
apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a
demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado
na petição de recurso extraordinário.
2. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de
existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente.
3. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue,
liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento
interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal).
4. Agravo regimental desprovido" (AgR-AI 707.121/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).
É dizer, deveriam os recorrentes demonstrar a repercussão geral da matéria constitucional, cujo
exame, quanto ao aspecto formal, cabe também à Presidência deste Tribunal. Nesse sentido,
colaciono, entre outras, a seguinte decisão:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL.
REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS
3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO.
INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PRIMEIRO DE
ADMISSIBILIDADE, REALIZADO NO TRIBUNAL A QUO, PARA APRECIAR, COMO OCORREU NO
CASO, A EXISTÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO" (AgR-AI 718.993/SP, Rel. Min. Cármen
Lúcia).
Constato, também, que falta o necessário prequestionamento da norma constitucional apontada como
violada (art. 14, § 10). Como tem consignado o Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula 282, é
inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no
julgado recorrido.
Ainda que assim não fosse, ressalto que o Tribunal Superior Eleitoral, ao decidir a respeito da
viabilidade do agravo regimental, o fez exclusivamente com fundamento na legislação
infraconstitucional pertinente (incidência da Súmula 182 do Superior Tribunal de Justiça e do art. 279
do Código Eleitoral).
Portanto, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Logo, incabível o recurso extraordinário.
Nesse sentido, confira-se, entre muitos outros:
"CONSTITUCIONAL. PROCESSO ELEITORAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
INDIRETA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA.
AGRAVO IMPROVIDO.
I - O TSE decidiu a causa à luz da legislação infraconstitucional cabível à espécie. A violação ao texto
constitucional, se ocorrente, seria indireta.
II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da
Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por
demandar a análise de legislação processual ordinária.
III - Agravo regimental improvido" (AgR-AI 707.204/MA, de minha relatoria).
Isso posto, nego seguimento ao recurso.
Publique-se.
Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-
2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 14
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, à unanimidade, rejeitou matéria preliminar e, no mérito,
concedeu, parcialmente, a segurança pleiteada por José Pio Mendes de Mesquita e Elisane de Castro
Galvão, respectivamente, prefeito e vice-prefeita do Município de Lagoa de São Francisco/PI, conforme
acórdão assim ementado (fl. 761):
MANDADO DE SEGURANÇA - AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - OITIVA DE
TESTEMUNHAS REFERIDAS - POSSIBILIDADE - §§ 2º E 3º DO ART. 5º DA LEI COMPLEMENTAR
Nº 64/90 - SOLICITAÇÃO E JUNTADA DE DOCUMENTOS NÃO RELACIONADOS COM FATOS
ARTICULADOS NA INICIAL - EMENTA INTEMPESTIVA - IMPOSSIBILIDADE - SEGURANÇA
PARCIALMENTE CONCEDIDA.
- O deferimento de testemunhas referidas não viola direito líquido e certo, uma vez que tal medida
encontra previsão nos §§ 2º e 3º do art. 5º da Lei Complementar nº 64/90.
- O deferimento de solicitação e de juntada de documentos não relacionados com os fatos veiculados
na inicial da ação de impugnação de mandato eletivo viola o devido processo legal, o contraditório e
ampla defesa, ao admitir indevida emenda à exordial, com a inclusão de fatos inéditos para serem
apurados mesmo após o decurso do prazo decadencial de quinze dias da diplomação, para propositura
da ação.
- Segurança parcialmente concedida.
Opostos embargos de declaração (fls. 769-775), foram eles rejeitados pela Corte de origem, à
unanimidade (fls. 779-782).
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 788-802), ao qual o Presidente do Tribunal a quo
negou seguimento (fls. 825-828).
Daí o presente agravo de instrumento (fls. 2-16), no qual José Pio Mendes de Mesquita alega violação
aos arts. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal, e 3º, § 3º, da Lei Complementar nº 64/90.
Sustenta que, embora o autor da ação de impugnação de mandato eletivo, ora agravado, tenha citado
os nomes de Antônio José Brasil e Valter José de Barros como eleitores que tiveram seus votos
comprados, bem como descrito relatos que atestariam a compra de votos, tais pessoas não foram
arroladas como testemunhas na mencionada ação.
Defende que, por meio artificioso, o agravado pretendeu obter a oitiva dessas pessoas como se fossem
testemunhas referidas, evitando, assim, o devido contraditório em relação às informações prestadas.
Não foram oferecidas contrarrazões.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não conhecimento do agravo (fls. 840-842).
Decido.
Em face da matéria versada nos autos, tenho que o recurso especial está a merecer melhor exame.
Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento, com base no art. 36, § 7º, do Regimento
Interno do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de determinar a subida dos autos do recurso especial.
Ressalto que o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí deverá proceder à intimação da parte contrária para
que, assim desejando, apresente suas contrarrazões.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 10 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 15
O Juízo da 45ª Zona Eleitoral do Paraná julgou procedente representação, por propaganda eleitoral
irregular, ajuizada pela Coligação Laranjeiras do Sul no Caminho da Verdade contra a Coligação
Laranjeiras Segue em Frente, Jonatas Felisberto da Silva e Walter Pedro Becker, candidatos,
respectivamente, aos cargos de prefeito e vice-prefeito do Município de Laranjeiras do Sul/PR, para
condená-los ao pagamento de multa fixada no valor de R$ 5.320,50 (fls. 23-25).
Interposto recurso, a Corte Regional daquele estado, por unanimidade, negou-lhe provimento, por
acórdão assim ementado (fl. 100):
RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL IRREGULAR.
CARACTERIZAÇÃO. BEM MÓVEL PARTICULAR. PLACA EM CAMINHÃO DE SOM QUE EXCEDE
METRAGEM DE 4M2. EFEITO VISUAL ANÁLOGO AO DE OUTDOOR. RECURSO DESPROVIDO.
1. É permitida a afixação de propaganda eleitoral em bens particulares, desde que a metragem total
não exceda o limite de 4m2, nos moldes do artigo 37, § 2º, da Lei nº 9.504/97 c/c artigo 14, da
Resolução nº 22.718/08, do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.
2. A afixação de propaganda eleitoral em caminhão possui efeito visual similar ao de um outdoor, cuja
utilização é vedada pela legislação eleitoral.
3. Recurso conhecido e no mérito, desprovido.
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 118-127), no qual a Coligação Laranjeiras Segue em
Frente, Jonatas Felisberto da Silva e Walter Pedro Becker sustentam violação ao art. 41 da Lei nº
9.504/97, tendo em vista que não houve nenhuma irregularidade na veiculação da propaganda eleitoral
em comento.
Alegam que a propaganda foi veiculada em carro de som, ou seja, em bem móvel, que não se
enquadra na proibição prevista no art. 14 da Res.-TSE nº 22.718/2008. Citam jurisprudência do
Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.
Defendem que estilização de carro de som não se insere na inovação em questão.
Ressaltam a necessidade de expressa vedação legal para a configuração da propaganda eleitoral
irregular, sob pena de cerceamento da liberdade de veiculação de propagandas eleitorais.
Afirmam que, ao contrário do que decidido pela Corte de origem, a propaganda visual em carro de som
não foi tratada na Res.-TSE nº 22.718/2008, tampouco o § 4º do art. 13 da mesma resolução limitou o
tamanho das bandeiras e dos cartazes móveis.
Não foram apresentadas contrarrazões, conforme certidão de fl. 131-verso.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não conhecimento do recurso (fls. 135-137).
Decido.
Na espécie, a Corte Regional manteve sentença que julgou procedente representação eleitoral
proposta com fundamento nos arts. 37, § 2º, da Lei nº 9.504/97, e 14 da Res.-TSE nº 22.718/2008, em
virtude de veiculação, pelos recorrentes, de propaganda eleitoral em caminhão, com efeito visual
análogo ao de outdoor e que teria ultrapassado o limite de 4m2.
Colho os seguintes trechos do voto condutor do acórdão regional (fls. 107-109):
A Coligação recorrida, ao ajuizar a representação, acostou à petição inicial as fotografias de fls. 6/7,
evidenciando a nítida irregularidade da propaganda impugnada, em razão da veiculação de
propaganda eleitoral irregular por meio da afixação de banners em caminhão de som em dimensões
que extrapolam o limite de 4m2.
Assim, tenho que propaganda eleitoral impugnada, nos moldes que foi realizada, equipara-se à
propaganda feita por meio de outdoor, dada a sua dimensão, o requinte de sua elaboração, bem como,
por sua aparência, não é propaganda acessível, em termos de custo, a qualquer candidatura. Tudo
isso, sem falar que a propaganda circulava pelas ruas do município de Laranjeiras do Sul, em
caminhão especialmente preparado para esse fim.
Com efeito, é visível que o material de propaganda preenche as duas laterais do caminhão e também
sua parte de trás. Assim, não há dúvida de que a soma de todos os espaços da carroceria do
caminhão preenchidos com o material de propaganda supera em muito os 4m2, estabelecidos como
limite de propaganda eleitoral em bens particulares.
Não procedem as alegações de que a imposição da penalidade violaria o princípio da liberdade da
propaganda eleitoral. Isso, porque autoriza-se a interferência da Justiça Eleitoral para se coibir
eventuais excessos, que extrapolem o razoável e permitido.
No caso não há que se falar em aplicação dos artigos 12 e 69-A, da Resolução nº 22.718/08, do
Tribunal Superior Eleitoral - TSE, pois a propaganda em comento regula-se, como visto, pelas regras
dispostas nos artigos 14 e 17, do mesmo texto normativo.
Desse modo, entendo correta a r. sentença proferida em primeiro grau, que declarou irregular a
propaganda e imputou aos seus responsáveis a sanção prevista no artigo 17, da Resolução nº
22.718/08, do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.
(...)
Assim, segundo o entendimento do Colendo Tribunal Superior Eleitoral, a propaganda similar à de
outdoor, como a veiculada, em grandes proporções, por meio de caminhões, como se fossem outdoors
itinerantes, estão sujeitas à multa prevista no artigo 39,§8, da Lei nº 9.504/97, correspondente a
prevista no artigo 17, da Resolução nº 22.718/08, do Tribunal Superior Eleitoral - TSE. (grifo nosso).
No caso em exame, os recorrentes defendem que a propaganda veiculada em um carro de som, de
natureza móvel, não se enquadraria na vedação do art. 14 da Res.-TSE nº 22.718, que assim dispõe:
Art. 14. Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça
Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas
ou inscrições, que não Eleições 2008 - Instruções do TSE 218
excedam a 4m2 e que não contrariem a legislação, inclusive a que dispõe sobre posturas municipais
(Lei no 9.504/97, art. 37, § 2º).
Vê-se que a norma regulamentar diz respeito à veiculação de propaganda em bens particulares e não
estabelece distinção da mobilidade ou das características do respectivo bem.
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Por tal razão, não procede o argumento dos representados de que não poderia ser imposta a sanção,
até porque isso ensejaria evidente burla à vedação imposta.
Nesse ponto, correta a afirmação do relator na Corte de origem no sentido de que "a propaganda
similar à de outdoor, como a veiculada, em grandes proporções, por meio de caminhões, como se
fossem outdoors itinerantes, estão sujeitas à multa prevista no artigo 17, da Resolução nº 22.718/08,
do Tribunal Superior Eleitoral - TSE" (fl. 109).
Cito, ainda, os seguintes precedentes:
Para modificar o entendimento do Tribunal de origem de que a propaganda fixada em caminhão tem
dimensões superiores a 4m² seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório, o que é vedado
em sede de recurso especial, a teor do Enunciado nº 279 do Supremo Tribunal Federal.
Agravo regimental desprovido.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 11210, de 17.11.2009, grifo nosso).
ELEIÇÕES 2006. PROPAGANDA ELEITORAL. MULTA. RECURSO ESPECIAL. REEXAME DE
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. CAMINHÃO. EFEITO VISUAL DE OUTDOOR. DESEQUILÍBRIO NO
PLEITO. PRECEDENTES.
- Caminhão-baú ostensivamente decorado com fotos, nomes e números de candidato tem o mesmo
efeito visual de outdoor, o que configura ofensa ao § 8º do artigo 39 da Lei n° 9.504/97.
(Recurso Especial nº 27.091, rel. Min. Ari Pargendler, de 19.8.2008, grifo nosso).
Pelo exposto, nego seguimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 6º, do Regimento Interno
do Tribunal Superior Eleitoral.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 10 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo, por unanimidade, negou provimento a recurso
interposto contra sentença do Juízo da 36ª Zona Eleitoral daquele estado, que julgou procedente
representação formulada pela Coligação Unidos para Mudar contra a empresa M4 - Jornalismo,
Fotografia e Fotojornalismo Ltda., por pesquisa eleitoral sem prévio registro, condenando-a ao
pagamento de multa no valor de R$ 53.205,00, em favor do Fundo partidário, com base no art. 38, I, da
Lei nº 9.096/95, combinado com a Res.- TSE nº 19.768/1996.
Eis a ementa do acórdão regional (fl. 168):
RECURSO. PESQUISA ELEITORAL. OPINIÃO PÚBLICA OU MANIFESTAÇÃO JORNALÍSTICA.
IMPROVIMENTO.
No caso dos autos, mesmo que se concluísse que os dados veiculados não tinham sido originados de
uma pesquisa eleitoral propriamente dita, tratando-se, conforme denominado pelo recorrente, de
opiniões jornalísticas, que nada mais são que meros levantamentos de opiniões, não houve a
observância da regra contida no art. 19, parágrafo único, da Resolução TSE nº 21.576/03, ou seja, não
houve esclarecimento expresso de que os dados fornecidos ao público não derivaram de uma pesquisa
de opinião, mas sim de manifestação dos seus próprios jornalistas.
Destarte, deve-se considerar a divulgação como pesquisa eleitoral, para fins de incidência na regra do
art. 33, da Lei nº 9.504/97.
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 176-190), em que a recorrente alega afronta aos arts.
33 da Lei nº 9.504/97 e 19 da
Res.- TSE nº 21.576/2004, bem como divergência jurisprudencial.
Aduz que a norma do art. 33 da supracitada lei não é direcionada a empresas jornalísticas, mas a
entidades e empresas que realizam pesquisa de opinião pública, assim como que a multa nele prevista
é aplicada em decorrência de divulgação de pesquisa de opinião pública e não em razão de
"comentário no bojo e dentro do contexto de opinião jornalística" (fl. 179), como é o caso dos autos.
Sustenta que, na espécie, não houve pesquisa eleitoral, divulgação de enquete ou sondagem, e sim
comentários em matéria jornalística, os quais foram, inclusive, desfavoráveis ao adversário da
recorrida. Assim, afirma que a decisão recorrida afrontou não apenas a lei como também o princípio da
proporcionalidade.
Aponta que se pode concluir, da própria leitura da matéria em questão, que esta possui cunho
meramente jornalístico, razão pela qual defende ser prescindível mencionar que se tratava de matéria
jornalística e não de pesquisa de opinião, como entendeu o Tribunal a quo.
Afirma que a multa é uma pena e esta deve, necessariamente, estar prevista em lei, razão pela qual
argumenta que a lei foi violada, porquanto se está aplicando uma pena a jornalistas pelo simples fato
de terem divulgado suas opiniões, o que afrontaria o princípio da reserva legal.
Cita julgados de diversos Tribunais Regionais Eleitorais para caracterizar a divergência jurisprudencial.
Não foram apresentadas contrarrazões, conforme certidão de fl. 196.
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 17
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, por unanimidade, negou provimento a recurso e manteve a
sentença do Juízo da 169ª Zona Eleitoral daquele estado que julgou improcedente ação de
investigação judicial eleitoral, fundada em captação ilícita de sufrágio e abuso do poder econômico,
proposta por Sérgio de Mello contra José Carlos Augusto e Edvaldo Donizete Morais, candidatos
eleitos, respectivamente, aos cargos de prefeito e vice-prefeito do Município de Guaíra/SP.
Eis a ementa do acórdão regional (fl. 338):
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 20
Verifico que a Corte Regional Eleitoral concluiu que o conjunto probatório não é apto para demonstrar a
prática de captação ilícita de sufrágio por parte dos agravados.
Assentou, também, que a prova testemunhal apresenta contradições que comprometem sua
credibilidade e que não se comprovou participação nem anuência dos agravados na prática prevista no
art. 41-A da Lei das Eleições.
Para modificar essas conclusões, seria necessário reexaminar o acervo probatório, o que é inviável em
sede de recurso especial, a teor da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal.
Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base no art. 36, § 6º, do Regimento
Interno do Tribunal Superior Eleitoral.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
Cuida-se de lista tríplice destinada ao preenchimento de vaga de juiz efetivo, da classe jurista, do
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, em face do término do 2º biênio do Dr. Tarcísio Brilhante de
Holanda.
Tendo em vista a existência de certidões positivas em relação aos Drs. Manoel Castelo Branco
Camurça e Machidovel Trigueiro Filho, determinei, em despacho de fls. 189-190, que se oficiasse o
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, a fim de que cientificasse os citados advogados para que
trouxessem aos autos, no prazo de 15 dias, certidão circunstanciada informando o objeto e o
andamento dos processos, facultando-lhes, desde logo, a respectiva manifestação, caso assim
pretendessem.
Em certidão de fl. 195, a Secretaria Judiciária informou que, até o momento, não foram prestadas
informações pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Despacho.
Proceda-se a reiteração da comunicação do despacho de
fls. 189-190.
Publique-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 21
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, por unanimidade, negou provimento aos recursos e manteve a
sentença proferida pelo Juízo da 33ª Zona Eleitoral daquele estado que julgou parcialmente procedente
representação proposta pela Coligação Agora é a Vez contra Carlos Alberto Jung e Fauzi Bakri, então
candidatos, respectivamente, aos cargos de prefeito e vice-prefeito do Município de União da
Vitória/PR, Warrib Motta, Rádio Difusora Colméia de Porto União, Rádio Top FM e Rádio Educadora de
União da Vitória, por violação ao disposto no art. 45, IV, da Lei nº 9.504/97, condenando as referidas
emissoras ao pagamento de multa, nos termos do art. 21, § 4º, da Res.-TSE nº 22.718/2008 (fls. 172-
181).
Eis a ementa do acórdão regional (fl. 172):
RECURSO ELEITORAL. TRANSMISSÃO DE PRONUNCIAMENTO DE CANDIDATO A VICE-
PREFEITO - DVULGAÇÃO DE CARTA RENÚNCIA - REMISSÃO À CAMPANHA REALIZADA E AO
CANDIDATO A PREFEITO - PROPAGANDA ELEITORAL CARACTERIZADA - TRANSMISSÃO EM
CADEIA DE RÁDIO - INFRAÇÃO AO ARTIGO 45, IV, DA LEI Nº 9.504/97 - APLICAÇÃO DE MULTA -
SENTENÇA MANTIDA - RECURSOS DESPROVIDOS.
Opostos embargos de declaração (fls. 185-188), foram eles rejeitados, por unanimidade, pela Corte de
origem (fls. 192-197).
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 208-219), ao qual a Presidente do Tribunal a quo
negou seguimento (fls. 227-229).
Daí a interposição do presente agravo de instrumento (fls. 2-15), no qual as agravantes afirmam
que ficou devidamente demonstrado, nas razões do recurso especial, o dissídio jurisprudencial entre as
Cortes Regionais de São Paulo e do Paraná.
Sustentam que não se faz necessário o reexame de matéria de fato por este Tribunal.
A esse respeito, aduzem que a simples transmissão, ao vivo, do discurso de renúncia de Fauzi Bakri
ao cargo de vice-prefeito não se subsume às hipóteses previstas no art. 45 da Lei Eleitoral.
Argumentam que, no período eleitoral, qualquer notícia que se refira ao pleito tem grande relevância
para a comunidade e, por via de consequência, é de interesse jornalístico.
Asseguram que não poderiam antever o teor do mencionado discurso, e que estariam igualmente
impossibilitadas de exercer controle prévio a respeito do que seria transmitido.
Defendem que, ao contrário do que foi consignado na decisão regional, o fato de o então candidato ter
renunciado apenas um dia após a transmissão do pronunciamento de renúncia - prática comum no
meio político - não afasta o caráter de matéria jornalística.
Não foram apresentadas contrarrazões, conforme atesta a certidão de fl. 233.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não provimento do recurso (fls. 237-240).
Decido.
A Corte Regional Eleitoral do Paraná manteve sentença do Juízo da 33ª Zona Eleitoral daquele estado
que aplicou multa às agravantes com fundamento no art. 45, IV, da Lei nº 9.504/97.
As agravantes alegam que a transmissão do discurso de renúncia de candidatura "não se subsume as
hipóteses previstas no art. 45 da Lei Eleitoral" (fl. 10).
Examinando as alegações das agravantes, tenho que o recurso especial está a merecer melhor
exame.
Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento, com base no art. 36, § 7º, do Regimento
Interno do Tribunal Superior Eleitoral e, considerando o disposto no art. 36, § 4º, do mesmo regimento,
estando os autos suficientemente instruídos para apreciação da controvérsia, determino a reautuação
do feito como recurso especial.
Proceda-se à intimação da agravada, a fim de apresentar contrarrazões ao especial.
Anoto que, tendo em vista os termos da manifestação do Ministério Público Eleitoral (fls. 237-240), será
despicienda nova vista dos autos ao Parquet.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
A Infoglobo Comunicações S/A e Ricardo Noblat interpuseram recurso especial eleitoral (fls. 102-107)
contra acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), que negando provimento a
recurso eleitoral, manteve a multa imposta aos ora agravantes, no valor de R$ 53.205,00 (cinquenta e
três mil e duzentos e cinco reais), em decorrência da divulgação de pesquisa eleitoral sem registro.
O acórdão regional foi assim ementado (fl. 95):
PESQUISA ELEITORAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO. MULTA.
Reconhecida a divulgação de pesquisa eleitoral não registrada. Não há que se falar em mera análise
da situação eleitoral no Município do Rio de Janeiro.
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 22
DECISÃO
Cuida-se de recurso ordinário (fls. 143-167) interposto por Adi Xavier de Castro, contra decisão do
Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC), que acolhendo impugnação formulada pelo
Parquet, indeferiu o seu pedido de registro de candidatura ao cargo de deputado estadual, em razão da
incidência da hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC nº 64/90.
Em petição às fls. 187-189, o recorrente pede a desistência do presente recurso, manifestando a sua
ausência de interesse em dar prosseguimento ao feito.
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Considerando que na procuração outorgada aos advogados subscritores da petição, acostada à fl. 221
dos autos, constam expressos poderes para desistir, homologo o pedido e determino o retorno dos
autos à origem.
Publique-se.
Brasília-DF, 5 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
DECISÃO
Pedro Serafim de Souza Filho interpôs recurso especial (fls. 620-626 - anexo 1 - volume 2) contra
acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE/PE), que lhe aplicou multa pela realização
de propaganda eleitoral extemporânea. O acórdão regional foi assim ementado (fl. 589 - anexo 1 -
volume 2):
Recurso Eleitoral. Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Eleições Municipais (2008). Candidato.
Prefeito. Propaganda Extemporânea. Calendário. Multa.
1. A propaganda realizada fora do prazo legal, de forma subliminar e incutindo na população a idéia de
candidatura às próximas eleições, caracteriza-se como extemporânea, vedada por lei (art. 36, caput, da
Lei 9504/97), por se tratar de conduta que afeta a lisura do pleito.
2. Multa que se aplica no mínimo legal.
No especial, interposto com fundamento no art. 276, I, b, do Código Eleitoral, o ora agravante
apresentou dissídio jurisprudencial e alegou que no caso dos autos não há pretensão de reexame de
prova, mas de nova valoração, perfeitamente admissível em recurso especial.
Aduziu que o calendário de fls. 493, distribuído pelo recorrente, não consubstancia propaganda
eleitoral por não conter menção à candidatura, desmerecimento de rivais ou exaltação de qualquer
feito.
Afirmou que a posição adotada no acórdão regional destoa do entendimento jurisprudencial desta
Corte.
O presidente do TRE/PE negou seguimento ao recurso (fls. 640-641 - anexo 1 - volume 2).
Daí o presente agravo de instrumento (fls. 2-7) em que Pedro Serafim de Souza Filho sustenta que não
incidem, in casu, os Enunciados Sumulares nos 7/STJ e 279/STF.
Argumenta que (fl. 4)
[...] além de admitir a revaloração da prova no recurso excepcional, todos os precedentes colacionados
limitam a propaganda eleitoral extemporânea àquela que remete a candidatura, contém enaltecimentos
ou coisa que o valha [...].
Cita precedentes.
Contraminuta às fls. 36-42.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opina pelo desprovimento do agravo (fls. 47-52).
É o relatório.
Decido.
O agravo não merece prosperar, ante a inviabilidade do recurso especial.
Para melhor exame das questões recursais, reproduzo a fundamentação adotada pela Corte Regional
(fls. 593-595 - anexo 1 - volume 2):
Resta claro, no caso em análise, que o então Prefeito de Ipojuca se utilizou da publicidade institucional
daquele município para promoção pessoal, ao colorir a cidade na quase totalidade dos seus bens e
imóveis públicos com suas cores de campanha (referente ao pleito de 2004 e que usa desde o início de
sua gestão) que, diga-se de passagem, não são as cores do município. É caso sintomático de
propaganda subliminar e extemporânea, tão mais quando de domínio público que o recorrido sairia
candidato ao pleito de 2008.
[...]
Sustentou, a Procuradoria Eleitoral, e de tal não se pode fugir, o enquadramento da conduta praticada
pelo recorrido na hipótese de propaganda eleitoral extemporânea, posto que temos, em pleno período
pré-eleitoral, um pretenso candidato à reeleição, que de fato se reelegeu em 2008, a "pintar" a cidade
na qual vai concorrer ao pleito com suas cores de campanha. Ademais, foi juntado aos autos exemplar
de calendário que foi produzido e distribuído para toda a cidade, referente ao ano de 2007, com a foto
do Prefeito inserida em meio às cores laranja e azul. Ressalta, também, o Parquet de primeira
instância, que as frases utilizadas na propaganda institucional da Prefeitura: "Ipojuca tá demais" e
"Nunca se fez tanto em tão pouco tempo" trazem no seu significado um link direto com a pessoa do
chefe do executivo municipal, configurando "um apelo publicitário e subliminar para a continuidade da
gestão" .
A jurisprudência desta Corte estabelece como ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao
conhecimento geral, embora de forma dissimulada, a candidatura, mesmo apenas postulada, e a ação
política que se pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto
ao exercício de função pública (Acórdãos nos 5.120/RS, DJ de 23.9.2005, rel. Min. Gilmar Mendes;
18.958/SP, DJ de 5.6.2001, e 16.426/MT, DJ de 9.3.2001, rel. Min. Fernando Neves).
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No caso vertente, a Corte Regional assentou que houve o desbordamento da publicidade institucional
por meio da utilização de cores, distribuição de calendários e frases que continham apelo eleitoral em
favor do então prefeito candidato à reeleição.
O recurso especial, interposto com base em dissídio jurisprudencial, não tem chances de êxito, haja
vista que não foi demonstrada a similitude fática entre as decisões confrontadas.
Além do mais, a alteração do entendimento do Tribunal a quo, estritamente vinculado à análise
probatória, encontra óbice nos Enunciados nos 7/STJ e 279/STF.
Do exposto, sendo inviável o recurso especial, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base
no art. 36, § 6º, do RITSE.
Publique-se.
Brasília-DF, 9 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral do Acre, por maioria, negou provimento a recurso e manteve a sentença
proferida pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral daquele estado que desaprovou as contas de Marcelo
Menezes Jucá, candidato ao cargo de vereador nas eleições de 2008, em resolução assim ementada
(fl. 202):
RECURSO ELEITORAL - PRESTAÇÃO DE CONTAS - CANDIDATO - ELEIÇÕES 2008 -
CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO - DOAÇÃO IRREGULAR - ART.
16, PARÁGRAFO ÚNICO, DA RES. TSE n. 22.715/2008 - CONFIGURAÇÃO - DESAPROVAÇÃO DAS
CONTAS - RECURSO IMPROVIDO.
1. Devem ser rejeitadas as contas de candidato que recebe doação em dinheiro procedente de fonte
vedada, notadamente quando a própria empresa doadora presta informações dando conta de que é
concessionária ou permissionária de serviço público. (art. 16, III, Res. TSE n. 22.715/2008).
2. Recurso improvido.
Opostos embargos de declaração (fls. 216-222), foram eles rejeitados, por maioria, pela Corte de
origem (fls. 225-232).
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 238-253), no qual Marcelo Menezes Jucá alega que a
vedação para contribuições de campanha prevista na Res.-TSE nº 22.715/2008 afeta somente as
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, e não as autorizadas.
Sustenta que a Guascor do Brasil é empresa autorizada, que tem interesses exclusivamente privados,
não possuindo, assim, o caráter público que rege a concessão e a permissão.
Argumenta que referida empresa não distribui energia elétrica, apenas a produz, e que a distribuição é
exclusiva da Companhia de Eletricidade do Acre (ELETROACRE).
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 271-274).
Decido.
Cuida-se de processo de prestação de contas de campanha referente às eleições de 2008.
Inicialmente, consigno que o acórdão regional foi proferido em 17.11.2009 (fl. 211) e publicado em
19.11.2009 (fl. 214), portanto, posteriormente à publicação da Lei nº 12.034/2009, que estabeleceu o
cabimento de recurso em processo de prestação de contas de campanha.
A citada lei acrescentou os §§ 5º, 6º e 7º ao art. 30 da Lei nº 9.504/97, dispositivos que possuem o
seguinte teor:
Art. 30. (...)
§ 5º Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos e comitês financeiros caberá recurso
ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário
Oficial.
§ 6º No mesmo prazo previsto no § 5º, caberá recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, nas
hipóteses previstas nos incisos I e II do § 4º do art. 121 da Constituição Federal.
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se aos processos judiciais pendentes.
Conforme decidido pelo Tribunal, em 28.10.2010, no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 9.867, relator Ministro Marcelo Ribeiro, tais dispositivos têm eficácia imediata, dado seu
caráter processual, aplicando-se aos processos pendentes.
Feitas essas considerações, examino o recurso especial de
fls. 238-253.
O cerne da controvérsia cinge-se em saber se a empresa Guascor do Brasil, que doou recursos para a
campanha eleitoral do recorrente, enquadra-se ou não na vedação prevista no art. 16, III, da Res.-TSE
nº 22.715/2008, in verbis:
Art. 16. É vedado a partido político e a candidato receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro
ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de (Lei nº
9.504/97, art. 24, I a XI):
(...)
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
(...)
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Parágrafo único. O uso de recurso recebido de fontes vedadas constitui irregularidade insanável e
causa para desaprovação das contas, ainda que o valor seja restituído.
Para esclarecer a questão referente à natureza jurídica da empresa doadora, o relator originário do
processo no Tribunal de origem determinou o envio de ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL).
Transcrevo o seguinte trecho do relatório do acórdão relativo ao recurso eleitoral (fls. 205-206):
Buscando maior [sic] subsídios para minha decisão, resolvi oficiar a Agência Nacional de Energia
Elétrica, para esclarecer melhor a questão, conforme despacho de folha 186.
Em resposta ao despacho, a Agência informou que `No tocante ao regime de exploração, a empresa
Guascor foi outorgada como PIE seguindo os preceitos legais estabelecidos na Lei nº 9.074, de 07 de
julho de 1995, em sua Seção II. Por tratar-se de autorização, a outorga está dispensada de licitação, ao
contrário do que ocorreu no caso de concessões e permissões".
Ressaltou ainda que a implantação e exploração dos empreendimentos outorgados como PIE
(Produtor Independente de Energia Elétrica) será por conta e risco do próprio empreendedor.
Por fim, juntou cópia da resolução nº 449 de 29 de dezembro de 1998, que versa sobre a autorização
outorgada a empresa GUASCOR. (grifo nosso).
Verifico, assim, que a Agência Nacional de Energia Elétrica afirmou que a empresa Guascor do Brasil
é autorizatária de serviço público, tendo sido outorgada como Produtora Independente de Energia
Elétrica.
Desse modo, tenho que não cabe à Justiça Eleitoral entender de modo contrário ao que informou a
própria ANEEL e afirmar que a empresa em questão enquadra-se em outro tipo de regime de
exploração.
Não incide, portanto, na espécie, a vedação prevista no art. 16, III, da Res.-TSE nº 22.715/2008, razão
pela qual as contas de campanha do recorrente devem ser aprovadas.
Tenho como corretos, pois, os fundamentos do voto vencido, proferido pelo Juiz Maurício Hohenberger,
que abaixo transcrevo (fls. 209-210):
Observando o caso posto, analisando a Resolução que dá vida a outorga pelo poder público tenho que
essa autorização está condicionada à compatibilidade com o interesse público que se tem em vista
proteger.
Primeiro porque, observo que realmente não existiu qualquer tipo de licitação para concessão da
digitada autorização, conforme indicado pelo Superintendente de Concessões e Autorizações de
Geração, na folha 191.
Em segundo porque, a autorização, pela forma precária como concedida, pode sim ser revogada a
qualquer momento, sem acarretar para a Administração qualquer responsabilidade, conforme
consignado pelo § 2º do art. 4 da Resolução n. 449/98.
Entendo ser suficientes esses requisitos que dão precariedade a outorga para caracterizar como uma
autorização pura e simples, diversa das delegações vedadas pelo art. 16, III, da Resolução TSE n.
22.715/2008.
Ademais, se a própria Agência Reguladora que outorgou licença a empresa, entende que essa é
simples autorização, não podendo ser confundida com as outras formas de delegação do Poder
Público, firmando inclusive resolução específica neste sentido, não posso entender de modo diverso.
Pelo exposto, dou provimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 7º, do Regimento Interno do
Tribunal Superior Eleitoral, a fim de reformar o acórdão regional e aprovar as contas de Marcelo
Menezes Jucá, candidato ao cargo de vereador nas eleições de 2008.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 10 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
Cuida-se de recurso especial eleitoral interposto por Maria de Lourdes Silva do Nascimento e Francisco
Canindé Oliveira da Luz em face de acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte
(TRE/RN), que negando provimento a recurso eleitoral, manteve sentença que julgou improcedente
representação fundada em captação ilícita de sufrágio ajuizada em desfavor de Ronaldo Marques
Rodrigues e Carlos Alberto de Carvalho Pereira. Eis a ementa do decisum (fl. 238):
RECURSO ELEITORAL - CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO - JULGAMENTO IMPROCEDENTE
PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU - ALEGAÇÃO DE COMPRA DE VOTOS E PROMESSA DE
VANTAGEM EM TROCA DE VOTO - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA - IMPROVIMENTO DO
RECURSO.
Na espécie, alega-se que houve captação ilícita de sufrágio nos moldes do art. 41-A da Lei das
Eleições, por meio da compra em espécie da consciência dos eleitores em relação aos seus votos por
parte do primeiro dos recorridos e pela promessa de vantagem pessoal em troca de votos por parte do
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segundo dos recorridos, tudo em relação aos munícipes do Distrito de Coqueiros, Município de Ceará-
Mirim.
Quanto ao primeiro dos recorridos não ficou demonstrado nos autos o nexo causal entre o infrator da
norma e o recorrido, não havendo, assim, como responsabilizá-lo por tal conduta.
Em ralação (sic) ao segundo dos recorridos constata-se que a sua conduta caracteriza-se como
promessa de campanha, admissível nas disputas eleitorais, além de que se pode constatar nos autos
que o ato ensejador da controvérsia na realidade foi pleiteado junto à Administração municipal, que a
realizou por ato discricionário, como lhe é de direito.
Assim, não havendo nos autos provas robustas a comprovar os fatos descritos com a inicial, não há
como se reconhecer a captação ilícita de sufrágio como pleiteado pelos recorrentes.
Recurso a que se nega provimento.
Os recorrentes suscitam violação ao art. 41-A da Lei nº 9.504/97 e afirmam que (fl. 265)
É estarrecedora a forma de conquista de votos por parte dos Recorridos, que se utilizaram da
fragilidade econômica dos eleitores para, em época de campanha, captarem ilicitamente os seus votos,
o que nitidamente proporcionou vantagem pessoal aos mesmos, influenciando, de forma lesiva, o
resultado do pleito.
Alegam que Ronaldo Marques Rodrigues autorizou Pedro Batista Bezerra, conhecido por Pedro Gato,
a comprar votos em seu nome e tal fato ficou comprovado, tendo este, inclusive, confessado o crime.
Informam ainda, que com ele foi apreendida a quantia de R$422,00 (quatrocentos e vinte e dois reais)
em espécie e um cheque no valor de R$1.000,00 (mil reais), conforme auto de exibição e apreensão
constante dos autos.
Aduzem que o vereador reeleito Carlos Alberto de Carvalho Pereira, muito influente junto à prefeita
municipal, prometeu aos jogadores e torcedores do time Palmeiras Futebol Clube a doação de terreno
contendo um campo de futebol, em troca de seus votos.
E que, para cumprir tal promessa, a titular do executivo municipal desapropriou, em setembro de 2008,
o campo de futebol, que era de propriedade do senhor Rodrigo Nobre Pereira, o qual ajuizou ação
visando à desconstituição do ato expropriatório.
Argumentam que o novo prefeito revogou o aludido ato, reconhecendo a ação eleitoreira da gestão
anterior.
Citam precedentes.
Requerem seja dado provimento ao recurso para que sejam impostas aos recorridos as sanções
decorrentes da prática de captação ilícita de sufrágio.
Ronaldo Marques Rodrigues e Calos Alberto de Carvalho Pereira apresentaram contrarrazões às fls.
354-369.
Preliminarmente, apontam a intempestividade do recurso, ao argumento de que o prazo para sua
interposição, previsto no art. 96 da Lei nº 9.504/97, é de vinte e quatro horas.
Sustentam a impossibilidade de se reexaminar matéria fático-probatória.
No mérito, aduzem que não ficou comprovada a prática do ilícito.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opina pelo não conhecimento do recurso e, caso assim não se entenda,
pelo seu desprovimento (fls. 377-383).
É o relatório.
Decido.
Quanto à preliminar de intempestividade suscitada nas contrarrazões, registro que o acórdão recorrido
foi prolatado em 17 de dezembro de 2009 (fl. 253), já na vigência da Lei nº 12.034/2009, que passou a
prever o prazo de três dias para a interposição do recurso, ex vi do art. 41-A, § 4º, acrescido à Lei nº
9.504/97. Mesmo antes da citada lei, em se tratando de recurso especial, o prazo era de três dias.
Ultrapassada a barreira processual, o recurso não tem como prosperar.
Com efeito, a conclusão adotada no acórdão regional, com base no exame soberano da prova, foi de
que, em relação a Ronaldo Marques Rodrigues "em nenhum momento houve sua anuência à conduta
praticada por Pedro Batista Bezerra, vulgo Pedro Gato" (fl. 245).
Firmou-se, ainda, que "os testemunhos tanto das testemunhas dos representantes (ora recorrentes),
como dos representados (ora recorridos) são insuficientes para concluir que houve captação ilícita de
sufrágio" (fl. 251).
Em relação a Carlos Alberto de Carvalho Pereira, concluiu-se que não foi caracterizado o ilícito e a
desapropriação do terreno destinado a uso como campo de futebol "não foi um ato do
representado/recorrido, e sim da Prefeitura daquela municipalidade, o que é um ato legítimo e legal da
Administração municipal em proporcionar o bem-estar de sua comunidade" (fl. 252).
Conforme salientado no parecer ministerial, que adoto como razão de decidir (fl. 379),
O exame dos argumentos expostos na petição recursal demanda, necessariamente, o reexame do
conjunto fático-probatório apresentado nestes autos, o que não é permitido em sede de recurso
especial eleitoral, a teor da Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça e da Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
Em relação à divergência jurisprudencial, os recorrentes não realizaram o indispensável cotejo analítico
entre o acórdão recorrido e os julgados paradigmas, o que é imprescindível para a demonstração da
similitude fática entre os casos confrontados.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 6º, do RITSE.
Brasília-DF, 10 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
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DECISÃO
O Juízo da 141ª Zona Eleitoral de Goiás julgou procedente representação, por propaganda eleitoral
antecipada, proposta pelo Ministério Público Eleitoral contra Ridoval Darci Chiarelloto, Marconi Ferreira
Perillo Júnior, senador, e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), condenando-os ao
pagamento de multa individual no valor de R$ 40.000,00 (fls. 79-85).
Interpostos recursos, o Tribunal Regional Eleitoral daquele estado, à unanimidade, rejeitou as
preliminares de falta de interesse de agir e impossibilidade jurídica do pedido e acolheu a de
ilegitimidade passiva de Marconi Ferreira Perillo Júnior, extinguindo o processo, sem resolução de
mérito, em relação a ele. No mérito, deu parcial provimento aos recursos para reduzir as multas ao
mínimo legal.
Eis a ementa do acórdão regional (fls. 158-159):
RECURSO ELEITORAL. ELEIÇÕES 2008. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA
VEICULADA EM PROGRAMA PARTIDÁRIO.
1. A penalidade de que trata o § 3º do artigo 36, da Lei federal nº 9.504/1997 aplica-se, tão-somente,
ao responsável pela divulgação do programa, no caso, o partido político, e o beneficiário, `não podendo
se estender a quem se limita a passar a mensagem, pois o faz pelo partido, que, sendo ficção jurídica,
tem de se expressar através de alguém" (TSE, ERESPE nº 26189, in DJ de 15.03.2007).
2. Configura-se propaganda eleitoral extemporânea apta a ensejar a penalidade de que trata o art. 36,
§ 3º, da Lei federal nº 9.504/97, a veiculação em propaganda partidária, de mensagem com conotação
eleitoreira e evidente objetivo de remeter o telespectador às eleições vindouras, em claro
desvirtuamento de sua finalidade.
3. A veiculação de inserções em emissora de grande cobertura e repercussão na cidade, por si só,
torna conhecido o nome do futuro candidato, constituindo forte apelo visual, capaz de influir
diretamente na opinião do eleitorado.
4. No geral, a propaganda eleitoral extemporânea aparece disfarçada, acobertada com astúcia, a fim
de salvar-se do controle exercido pela Justiça Eleitoral.
5. Não havendo circunstâncias agravantes, nem prova de reincidência, a multa deve ser fixada no
mínimo legal.
6. Recurso conhecido e parcialmente provido.
Opostos embargos de declaração por Ridoval Darci Chiarelloto (fls. 106-113), foram eles rejeitados, à
unanimidade (fls. 114-122).
Seguiu-se a interposição de dois recursos especiais, aos quais o Vice-Presidente do Tribunal a quo
negou seguimento (fls. 21-26).
Daí a interposição do presente agravo de instrumento (fls. 2-17), no qual Ridoval Darci Chiarelloto
alega que indicou, em seu recurso especial, a negativa de vigência a dispositivo legal, porém, a
decisão agravada nada mencionou a esse respeito.
Defende que o caso em comento diz respeito à propaganda partidária, decorrente da Lei nº 9.096/95, e
que não há na referida lei previsão de aplicação da penalidade de multa.
Afirma que, nos termos do art. 45, § 2º, da Lei nº 9.096/95, a única pena a ser aplicada a partido
político, por utilizar indevidamente o tempo de propaganda, seria a perda do mesmo tempo da inserção
no semestre seguinte.
Assevera que aplicar, na espécie, pena prevista em outra lei, além de negar vigência à disposição
legal, fere o princípio da segurança jurídica.
Indica ofensa ao art. 36, § 3º, da Lei nº 9.504/97, porquanto o acórdão recorrido, ao aplicar-lhe a pena
de multa, em momento nenhum mencionou sua responsabilidade na elaboração e formulação do
programa, objeto do litígio, ou demonstrou o benefício que teria auferido com a exibição deste.
Acrescenta que destacou, em seu recurso especial, que após a exibição do programa partidário não
houve alteração quanto a sua candidatura nas pesquisas de intenção de voto, o que não foi
considerado na decisão regional.
Aponta divergência jurisprudencial, afirmando que realizou o cotejo analítico entre o acórdão recorrido
e os julgados paradigmas.
Argui que a simples afirmação, na propaganda partidária, de que seria competente para administrar
não consistiria em propaganda eleitoral antecipada.
Defende que a responsabilidade por uso indevido de horário reservado a propaganda partidária
ensejaria a punição tão somente do partido político. Cita, nesse tocante, o entendimento consignado
por esta Corte Superior no julgamento das Representações nos 901, 902 e 903.
Afirma que, em conformidade com a jurisprudência, não caberia a aplicação de penalidade ao
apresentador do programa, ainda que ele seja conhecido como pré-candidato às eleições.
Foram apresentadas contrarrazões (fls. 128-134).
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não conhecimento do presente agravo, por meio do parecer
de fls. 164-167.
Decido.
Verifico que o recurso especial interposto pelo ora agravante padece de intempestividade reflexa.
Consta do Sistema de Acompanhamento Processual da Justiça Eleitoral que o acórdão regional (fls.
135-160), que apreciou recursos contra a sentença proferida em sede de representação, foi publicado
em sessão em 3.12.2008, e os embargos foram opostos pelo agravante em 9.12.2008 (fl. 106).
O prazo para oposição de declaratórios em representação, mesmo em sede de recurso eleitoral, é de
24 horas, e não três dias.
Sobre a questão, colho o seguinte precedente da jurisprudência desta Corte:
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DECISÃO
O Juízo da 141ª Zona Eleitoral de Goiás julgou procedente representação, por propaganda eleitoral
antecipada, proposta pelo Ministério Público Eleitoral contra Ridoval Darci Chairelloto, Marconi Ferreira
Perillo Júnior e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), condenando-os ao pagamento de
multa individual no valor de R$ 40.000,00 (fls. 38-44).
Interpostos recursos, o Tribunal Regional Eleitoral daquele estado, à unanimidade, rejeitou as
preliminares de falta de interesse de agir e impossibilidade jurídica do pedido e acolheu a de
ilegitimidade passiva de Marconi Ferreira Perillo Júnior, extinguindo o processo, sem resolução de
mérito, em relação a ele.
No mérito, deu parcial provimento aos recursos para reduzir as multas ao mínimo legal.
Eis a ementa do acórdão regional (fls. 68-69):
RECURSO ELEITORAL. ELEIÇÕES 2008. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA
VEICULADA EM PROGRAMA PARTIDÁRIO.
1. A penalidade de que trata o § 3º do artigo 36, da Lei federal nº 9.504/1997 aplica-se, tão-somente,
ao responsável pela divulgação do programa, no caso, o partido político, e o beneficiário, `não podendo
se estender a quem se limita a passar a mensagem, pois o faz pelo partido, que, sendo ficção jurídica,
tem de se expressar através de alguém" (TSE, ERESPE nº 26189, in DJ de 15.03.2007).
2. Configura-se propaganda eleitoral extemporânea apta a ensejar a penalidade de que trata o art. 36,
§ 3º, da Lei federal nº 9.504/97, a veiculação em propaganda partidária, de mensagem com conotação
eleitoreira e evidente objetivo de remeter o telespectador às eleições vindouras, em claro
desvirtuamento de sua finalidade.
3. A veiculação de inserções em emissora de grande cobertura e repercussão na cidade, por si só,
torna conhecido o nome do futuro candidato, constituindo forte apelo visual, capaz de influir
diretamente na opinião do eleitorado.
4. No geral, a propaganda eleitoral extemporânea aparece disfarçada, acobertada com astúcia, a fim
de salvar-se do controle exercido pela Justiça Eleitoral.
5. Não havendo circunstâncias agravantes, nem prova de reincidência, a multa deve ser fixada no
mínimo legal.
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A esse respeito, consignou o Ministério Público Eleitoral em seu parecer: "o agravo não merece ser
conhecido, por ausência de peças indispensáveis de seu processamento" (fl. 92).
Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base no art. 36, § 6º, do Regimento
Interno do Tribunal Superior Eleitoral.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, por unanimidade, negou provimento a recurso e manteve
sentença do Juízo da 130ª Zona Eleitoral daquele estado que julgou procedente representação, por
propaganda eleitoral extemporânea, proposta pelo Ministério Público Eleitoral contra José Arimatéia
Guerra Lira, candidato à reeleição ao cargo de vereador do Município de Minaçu/GO, para condená-lo
ao pagamento de multa (fls. 38-49).
Eis a ementa do acórdão regional (fl. 48):
RECURSO ELEITORAL. DIVULGAÇÃO DE MENSAGEM SEMELHANTE À PROPAGANDA
ELEITORAL EM JORNAL FUNDADO NA VÉSPERA DO PERÍODO ELEITORAL. PROPAGANDA
ELEITORAL EXTEMPORÂNEA CARACTERIZADA.
1. A divulgação de mensagem semelhante à propaganda eleitoral, em jornal fundado na véspera do
período eleitoral, tem efeito eleitoral concreto e caracteriza-se como propaganda eleitoral
extemporânea.
2. Recurso conhecido e improvido para manter a decisão que julgou procedente a Representação por
propaganda eleitoral extemporânea.
Seguiu-se a interposição de recurso especial (fls. 50-57), ao qual a Presidente do Tribunal a quo negou
seguimento (fls. 76-78).
Daí o presente agravo de instrumento (fls. 2-7), no qual José Arimatéia Guerra Lira sustenta que
demonstrou o dissídio jurisprudencial ao apresentar as ementas dos acórdãos paradigmas no recurso
especial.
Ressalta que a Corte de origem decidiu de forma divergente, em hipótese similar a presente, em que a
matéria jornalística foi divulgada na mesma ocasião e no mesmo jornal.
Cita julgados desta Corte no sentido de que as mensagens de felicitação e cumprimento, sem
conteúdo eleitoral, constituem atos de promoção pessoal, e não de propaganda eleitoral.
Foram apresentadas contrarrazões às fls. 81-86.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não conhecimento do agravo, e, caso superado tal
entendimento, pelo não provimento (fls. 91-95).
Decido.
Colho o seguinte trecho do voto condutor do acórdão regional (fls. 45-46):
1) a matéria divulgada no Jornal Folha do Norte, na semana de 21 27/04/2008, por ocasião da segunda
edição do jornal, foi veiculada nos seguintes termos (fl. 27-v):
A Folha do Norte está de parabéns por acreditar em Minaçu e no Norte Goiano. Não é fácil criar um
jornal, ainda mais no interior, onde os desafios são enormes. Acho que essa iniciativa é muito louvável
e só tem a engrandecer ainda mais a nossa cidade.
2) entretanto, na semana de 11 a 20/04/2008 (fl. 19, ao final), a edição de lançamento do referido
periódico, consta apenas a propaganda do recorrente, com o destaque de seu nome na expressão:
`Vereador Ari".
3) nas fls. 27v-29 e 32, foram juntadas cópias de exemplar do Jornal Folha do Norte, onde foram
veiculadas diversas mensagens de cumprimentos ao mencionado veículo de comunicação, enviadas
por Vereadores, Prefeito, Vice-Prefeito, Secretário Municipal, Advogado, Produtor Rural e ocupantes de
outros cargos;
4) o jornal foi fundado na véspera do período eleitoral, com indício de propósito de promover as
lideranças econômicas e políticas locais, tanto que na sua primeira edição, de 11 a 20/04/2008, já
estampou a propaganda de empresas, profissionais liberais e agentes políticos locais (fls. 17, 18, 19,
21 e 23);
5) A petição inicial imputa expressamente ao recorrente a propaganda extemporânea nesta primeira
edição do periódico;
6) A promoção pessoal, na véspera do período eleitoral, quando iminente a movimentação política das
convenções partidárias implica efeito eleitoral concreto, razão pela qual configura-se propaganda
eleitoral extemporânea;
7) As matérias impugnadas pelo MPE na localidade, veiculadas no aludido periódico, possuem todas
as características de verdadeira propaganda eleitoral, com destaque no nome do pré-candidato, com
marcação na borda, só faltando o número do candidato que somente seria definido com as convenções
partidárias;
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8) Matérias jornalísticas com tais características, apresentadas por jornal fundado na véspera do
período eleitoral, não estão acobertadas pelo art. 16-A da Resolução TSE 22.718/2006, incluído pela
Resolução TSE 22.874/2008, que se baseou em entrevista com pré-candidato por empresa jornalística
existente há várias décadas.
Em face de todas essas circunstâncias assinaladas pela Corte de origem, tenho que, para afastar a
conclusão das instâncias ordinárias quanto à configuração da propaganda eleitoral extemporânea,
seria necessário o reexame do contexto fático probatório da demanda, o que é vedado em sede de
recurso especial, nos termos da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal.
Ademais, anoto que o Tribunal já pacificou jurisprudência no sentido de que é possível condenação por
propaganda eleitoral antecipada, ainda que ela tenha sido realizada de forma subliminar e mesmo que
não se refira expressamente à plataforma política, ao cargo pretendido ou às aptidões do beneficiário.
A esse respeito, cito o seguinte precedente:
REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA. PROGRAMA PARTIDÁRIO.
NOTÓRIO PRÉ-CANDIDATO. APRESENTAÇÃO. LEGIMITIDADE PARA FIGURAR NO POLO
PASSIVO. PROMOÇÃO PESSOAL. TEMA POLÍTICO-COMUNITÁRIO. ABORDAGEM. CONOTAÇÃO
ELEITORAL. CARÁTER IMPLÍCITO. CARACTERIZAÇÃO. PROCEDÊNCIA. RECURSO.
DESPROVIMENTO.
(...)
2. Nos termos da jurisprudência da Corte, deve ser entendida como propaganda eleitoral antecipada
qualquer manifestação que, previamente aos três meses anteriores ao pleito e fora das exceções
previstas no artigo 36-A da Lei n° 9.504197, leve ao conhecimento geral, ainda que de forma
dissimulada, a candidatura, mesmo que somente postulada, a ação política que se pretende
desenvolver ou as razões que levem a inferir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública.
3. A configuração de propaganda eleitoral antecipada não depende exclusivamente da conjugação
simultânea do trinômio candidato, pedido de voto e cargo pretendido.
4. A fim de se verificar a existência de propaganda eleitoral antecipada, especialmente em sua forma
dissimulada, é necessário examinar todo o contexto em que se deram os fatos, não devendo ser
observado tão somente o texto da mensagem, mas também outras circunstâncias, tais como imagens,
fotografias, meios, número e alcance da divulgação.
(...)
6. Recurso desprovido.
(Recurso em Representação nº 177.413, rel. Min. Joelson Dias, de 10.8.2010, grifo nosso).
Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base no art. 36, § 6º, do Regimento
Interno do Tribunal Superior Eleitoral.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
DECISÃO
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, por unanimidade, negou provimento a recurso e
manteve a decisão proferida pelo juiz relator que julgou procedente representação, com fundamento no
art. 12 da Res.-TSE nº 23.191/2009, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral contra Jorge Sayed
Picciani, candidato a senador, Leonardo Carneiro Monteiro Picciani e Rafael Carneiro Monteiro
Picciani, candidatos ao cargo de deputado federal (fls. 99-105).
Eis a ementa do acórdão regional (fls. 100-101):
Recurso. Representação. Propaganda eleitoral irregular. Eleições 2010. Resolução TSE 23.193/2009.
Bem particular. Placas. Justapostas. Dimensão acima de 4m2. Análise em cotejo. Irregularidade.
l - quando se está diante de placas justapostas, para incidência do §2° do artigo 37 da lei 9.504/97, há
de se analisar o material em cotejo, e não isoladamente, para concluir qual sua dimensão. Dessa
forma, quando esta ultrapassar os 4m2, ou causar efeito visual majorado, há subsunção normativa
diante da conduta, que se reputa como veiculadora de propaganda irregular.
2-o prévio conhecimento do beneficiário da propaganda irregular pode advir diante das circunstâncias e
peculiaridades do caso concreto, conforme dicção do artigo 40-B da lei 9.504/97. Assim, ação dotada
de organicidade e sistematicidade, consistente na afixação de placas do mesmo padrão gráfico que
majore o efeito visual das mesmas não escapa do âmbito de ingerência dos seus beneficiários,
mormente quando se está em plena campanha eleitoral.
3 - Conforme precedente do E. TSE, por se tratar de propaganda em bem particular, não se aplica a
regra do § 1° do art. 37 da Lei n°. 9.504/97, que estabelece a não incidência de multa ante a retirada de
propaganda veiculada especificamente em bem público. Assim sendo, a retirada do material pelos
recorridos após notificação para fazê-lo não elide sua responsabilidade quando resta demonstrado nos
autos seu prévio conhecimento acerca do ilícito.
Voto pelo conhecimento e provimento do recurso.
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Seguiu-se a interposição de recurso especial por Jorge Sayed Picciani, Leonardo Carneiro Monteiro
Picciani e Rafael Carneiro Monteiro Picciani (fls. 109-124), ao qual o Presidente do Tribunal a quo
negou seguimento (fls. 135-140).
Daí o presente agravo de instrumento (fls. 2-20), em que os agravantes alegam que não se faz
necessário o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, mas somente sua revaloração.
Reiteram a alegação de violação ao art. 37, §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.504/97, sob o argumento de que
retiraram as propagandas impugnadas no prazo de 48 horas, não cabendo a imposição de multa na
espécie.
Sustentam que, de acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, quando se trata de bem
particular, a retirada da propaganda após a notificação afasta a aplicação de multa.
Defendem que, em relação às eleições de 2010, incide a nova redação do § 2º do art. 37 da Lei nº
9.504/97.
Aduzem que a decisão agravada se omitiu quanto ao dissídio jurisprudencial apontado no recurso
especial.
Foram apresentadas contrarrazões às fls. 146-149.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não provimento do agravo, em parecer de fls. 154-158.
Decido.
Colho do voto condutor do acórdão regional (fls. 103-105):
Contudo, razão não assiste aos recorrentes, uma vez que do material fático-probatório constante dos
autos vê-se que está caracterizada a propaganda eleitoral irregular, com o prévio conhecimento acerca
do material e das condições de modo, tempo e lugar quanto à sua veiculação.
Ressalte a decisão combatida não aplicou a multa do §8º do artigo 39 da Lei 9.504/97, e sim analisou o
fato sob o ângulo da incidência da infração ao §2º do artigo 37 da mesma lei.
Vale ressaltar que a inicial capitula a conduta dos representados, como inserta no § 8º do artigo 39 da
Lei das Eleições, contudo, narra como causa de pedir próxima a aposição de placas lado a lado de
modo a majorar o efeito visual, sendo este semelhante a um outdoor. Ou seja, impugna-se a
propaganda irregular por conta de sua dimensão. Dessa forma, vê-se que o decisum impugnado
prestigia o princípio da congruência quando aplica a multa por conta da infração ao § 2º do artigo 37
dessa mesma lei.
Com efeito, há violação às normas eleitorais no que tange às dimensões da propaganda eleitoral,
tratando-se de faixas que, somadas, ultrapassam a dimensão permitida por lei. Ressalte-se que à fl. 03
há relatório da equipe de fiscalização da Justiça Eleitoral que dá conta de que as placas ultrapassam
os 4m². Ademais, a afixação de placas lado a lado traz efeito visual majorado.
(...)
Assim sendo, resta configurada a propaganda eleitoral irregular.
(...)
Diante da exegese dos dispositivos legais supra mencionados, vê-se que o rito estabelecido no § 1º do
art. 11 da resolução é o mesmo sistema estabelecido pelo §1º do artigo 37 da Lei 9.504/97, que diz
respeito à propaganda eleitoral irregular em locais vedados.
No entanto, a causa de pedir ora analisada diz respeito à afixação de propaganda eleitoral em bens
particulares, cujo sistema de responsabilização é diverso. Naquele caso, conforme disposto no § 1º do
artigo 37, a retirada do material no prazo estipulado elide a incidência da multa. Neste caso, ao
contrário, a retirada do material só exonera o beneficiário que não possui prévio conhecimento acerca
dos mesmos.
Isto porque, quando a Resolução alude à sanção por propaganda irregular com infração ao seu artigo
12 aproveita somente a pena disposto no §1º do seu artigo 11, não aproveitando seu sistema de
responsabilidade.
(...)
Dessa forma, ressaltando que todos os participantes do processo eleitoral devem prévia adesão às
normas que regem a propaganda eleitoral, e, tendo em vista que aquele que promove a propaganda
eleitoral dela é responsável e tem o prévio conhecimento, a retirada do material perfeita dentro do
prazo estipulado não elide a responsabilidade do beneficiário por sua veiculação irregular, quando as
dimensões da propaganda forem superiores a 4m², e os beneficiários dela tiverem prévio
conhecimento, que pode advir das circunstâncias do caso concreto.
A Corte Regional Eleitoral, portanto, reconheceu que houve a veiculação, pelos agravantes, de placas
com dimensões superiores a 4m². Para modificar esse entendimento, seria necessário o reexame do
conjunto fático-probatório, o que é vedado em sede de recurso especial, a teor do Enunciado nº 279 do
Supremo Tribunal Federal.
Incide, portanto, na espécie, o art. 37, § 2º, da Lei nº 9.504/97, que dispõe:
§ 2º Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça
Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas
ou inscrições, desde que não excedam a 4m² (quatro metros quadrados) e que não contrariem a
legislação eleitoral, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no § 1º.
Os agravantes alegam que retiraram a propaganda após a notificação, e que tal providência elidiria a
incidência da multa.
Não obstante, tenho como corretos os fundamentos do acórdão regional. Observo que a retirada da
propaganda, veiculada em bem particular, com dimensões superiores a 4m², não constitui condição de
procedibilidade para a aplicação da multa prevista no § 1º do mencionado dispositivo, mas sim efetiva
penalidade a ser imposta ao representado.
A esse respeito, este Tribunal já se manifestou no julgamento do Recurso na Representação nº 1867-
73.2010.6.00.0000, de 24.8.2010, de relatoria do Ministro Joelson Dias:
REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL. PAINEL. NYLON. SUPERIOR A 4M2. COMITÊ
ELEITORAL. BENS PARTICULARES. OUTDOOR. NÃO CARACTERIZAÇÃO. NOVA DISCIPLINA DA
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Em decisão de fls. 308-317, dei parcial provimento aos recursos especiais interpostos nos autos, tão
somente para tornar sem efeito a pecha de protelatórios, bem como a multa aplicada aos recorrentes
no julgamento dos embargos de declaração pelo Tribunal Regional da Bahia (fls. 247-258).
Adalberto Alves Pinto e Valdir Oliveira Costa interpuseram agravo regimental (fls. 319-323).
Em petição de fl. 242, a Coligação Agora Somos Nós e Arielson Pereira Melo, candidato ao cargo de
prefeito nas eleições de 2008 no Município de Medeiros Neto/BA, requerem a juntada do instrumento
de mandato e, em caráter extraordinário, vista dos autos fora de secretaria, pelo prazo de cinco dias.
À fl. 242, determinei a juntada da petição e as anotações necessárias, bem como deferi o pedido de
vista.
Despacho.
Reexaminando a petição de fl. 242, verifico que a Coligação Agora Somos Nós e Arielson Pereira Melo
não figuram como partes na investigação judicial proposta pelo Ministério Público Eleitoral (fls. 2-8).
Ademais, os peticionários não postularam o ingresso no feito, com a demonstração do interesse
jurídico no deslinde da demanda.
Pelo exposto, indefiro o pedido de vista, bem como revogo a providência de anotação determinada à fl.
242.
Ressalto que os requerentes poderão ter acesso aos autos no gabinete e retirar as cópias que assim
desejarem.
Publique-se.
Intimem-se.
Brasília, 11 de novembro de 2010.
Ministro Arnaldo Versiani
Relator
HABEAS CORPUS Nº 3942-85.2010.6.00.0000 ANGRA DOS REIS-RJ 147ª Zona Eleitoral (ANGRA
DOS REIS)
IMPETRANTES: LUIZ CARLOS DA SILVA NETO e Outros
PACIENTE: VILMA TEIXEIRA FERREIRA DOS SANTOS
ADVOGADO: LUIZ CARLOS DA SILVA NETO
AUTORIDADE COATORA: LUIZ MÁRCIO VICTOR ALVES, Juiz Membro do TRE
Ministro Marcelo Ribeiro
Protocolo: 39.711/2010
DECISÃO
Cuida-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Vilma Teixeira Ferreira dos
Santos, "contra ato do eminente Juiz Luiz Márcio Victor Alves Pereira, do Tribunal Regional Eleitoral do
Rio de Janeiro" (fl. 2), que indeferiu pedido liminar nos autos do Habeas Corpus nº 382821, mantendo
a prisão preventiva da paciente, determinada pelo magistrado eleitoral, com base no art. 312 do Código
de Processo Penal.
Pedem o afastamento da regra disposta na Súmula/STF nº 691, tendo em vista a existência de
flagrante ilegalidade e abuso de poder na determinação da prisão preventiva da paciente, que é
vereadora, presidente da Câmara Municipal de Angra dos Reis/RJ.
Defendem a nulidade do processo, em razão da violação ao princípio do juiz natural, com base na
Constituição Estadual do Rio de Janeiro, que no seu art. 161, IV, d, item 3, estabelece a competência
originária do Tribunal de Justiça do Estado para o processamento e julgamento de prefeito, vice-
prefeito e vereador, nos crimes comuns e de responsabilidade.
Alegam que a referida norma guarda simetria com o preceito contido nos arts. 25 e 125, § 1º, da
Constituição Federal, que dispõem sobre a autonomia legislativa e judiciária dos Estados.
Indicam precedentes jurisprudenciais do STJ e do STF, que afirmam a "possibilidade de fixação de foro
por prerrogativa de função pela Constituição Estadual" (fl. 6).
Ressaltam que "JOEL J. CÂNDIDO (em Direito Eleitoral Brasileiro, Ed. Edipro, 8º edição, pg. 351),
menciona a hipótese do prefeito com foro por prerrogativa de função perante o Tribunal Regional
Eleitoral, constatação que, por força do art. 161, inciso IV, alínea `d", 3, da Constituição do Estado do
Rio de Janeiro, se aplica ao ocupante de cargo de vereador" (fl. 12).
Concluem, asseverando que (fls. 14-15)
(1) A competência em referência é de caráter absoluto, o que enseja a declaração de nulidade dos atos
decisórios praticados por MM. Juízo absolutamente incompetente, devendo o feito ser encaminhado ao
Juízo competente, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro; (2) tanto o SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA quanto o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, além de autorizada doutrina, fixaram
posicionamento seguro no sentido da validade da disposição da CONSTITUIÇÃO ESTADUAL que
dispunha sobre foro por prerrogativa de função de ocupante do cargo de Vereador.
Requerem (fl. 15)
Seja DEFERIDA A MEDIDA LIMINAR EM HABEAS CORPUS, para que seja SOBRESTADO O
ANDAMENTO DA AÇÃO PENAL E PERMITIDO QUE A PACIENTE AGUARDE EM LIBERDADE O
JULGAMENTO DA IMPETRAÇÃO, por estarem ambos os elementos autorizadores da tutela de
urgência, o fumus boni juris e o periculum in mora.
É o relatório.
Decido.
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 35
Como afirmei nos autos do Habeas Corpus nº 3458-70, também impetrado em favor da ora paciente, o
writ se volta contra decisão de relator do TRE/RJ que, em sede de habeas corpus, indeferiu a liminar
pleiteada, o que afasta a competência deste Tribunal Superior, a teor do disposto na Súmula/STF nº
691. Nesse sentido, o seguinte julgado desta Corte: HC nº 590/MA, DJ de 14.4.2008, rel. Min. José
Delgado.
Admite-se, em caráter excepcional, o afastamento de tal regra, caso seja demonstrado flagrante
constrangimento ilegal sofrido pelo paciente (HC nº 537/RJ, DJ de 8.8.2006, rel. Min. Cezar Peluzo), o
que, em princípio, não vislumbro na hipótese dos autos.
Sustentam os impetrantes violação ao princípio do juiz natural, ao argumento de que a competência
originária para o julgamento de vereador pela prática de crime eleitoral seria do Tribunal Regional
Eleitoral, o que ensejaria a nulidade dos atos decisórios, incluindo o decreto de prisão preventiva da
ora paciente.
Ocorre que o art. 161 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro estabelece a competência do
Tribunal de Justiça para o julgamento de vereador pela prática de crime comum e de responsabilidade.
No caso dos autos, a paciente foi denunciada pela prática dos crimes eleitorais descritos nos arts. 299
e 377 do Código Eleitoral, não havendo na Constituição Federal a previsão de foro privilegiado de
vereador nessa hipótese.
Ademais, já decidiu esta Corte pela competência do juiz eleitoral para o julgamento de crimes eleitorais
praticados por vereador, conforme se depreende da ementa do seguinte julgado:
HABEAS-CORPUS. CRIME ELEITORAL. VEREADOR. IMUNIDADE PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA.
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. JUIZ ELEITORAL. FUNDAMENTAÇÃO. INEXIGÊNCIA.
CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. WRIT. NÃO
CABIMENTO. PENA INFERIOR A UM ANO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA.
HABEAS-CORPUS EX OFFICIO.
1. CRIME ELEITORAL PRATICADO POR VEREADOR. COMPETÊNCIA DO JUIZ ELEITORAL PARA
PROCESSAR E JULGAR A AÇÃO, VISTO QUE A CONSTITUICÃO FEDERAL APENAS CONFERE
ÀQUELE IMUNIDADE MATERIAL, E NÃO PROCESSUAL.
[...] (Grifei.)
(HC nº 326/PE, DJ de 4.9.98, rel. Min. Maurício Corrêa).
Frise-se que o foro privilegiado de prefeito municipal é estabelecido na própria Constituição Federal, no
art. 29, X, o que não ocorre no caso de vereador.
Com efeito, não há como estabelecer, tomando-se como parâmetro o disposto na Constituição
Estadual - que prevê foro privilegiado de vereador nos casos de crime comum e de responsabilidade -,
a competência originária de Tribunal Regional Eleitoral para o julgamento dos crimes eleitorais.
Ante o exposto, nego seguimento ao habeas corpus, com base no art. 36, § 6º, do RITSE.
Publique-se.
Brasília-DF, 10 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
Acórdão
ACÓRDÃO
Ementa:
Processo administrativo. Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Pedido de autorização para a
realização de eleição suplementar no Município de Marcação/PB, após as eleições gerais de 2010.
Pedido deferido.
Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em deferir a realização das
eleições suplementares, nos termos das notas de julgamento.
Brasília, 9 de novembro de 2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes a Ministra Cármen Lúcia, os Ministros Marco
Aurélio, Aldir Passarinho Junior, Hamilton Carvalhido, Arnaldo Versiani, Henrique Neves e o
Procurador-Geral Eleitoral, Roberto Monteiro Gurgel Santos.
ACÓRDÃO
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 36
Ementa:
Representação. Limite de doação. Ilicitude de prova.
– No julgamento do Agravo Regimental no Recurso Especial nº 28.218, o Tribunal decidiu que constitui
prova ilícita aquela colhida mediante a quebra do sigilo fiscal do doador, sem autorização judicial,
consubstanciada na obtenção de dados relativos aos rendimentos do contribuinte, para subsidiar a
representação por descumprimento de limite legal de doação.
Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Ementa:
Processo administrativo. Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Pedido de autorização para a
realização de eleição suplementar no Município de Itapororoca/PB, após as eleições gerais de 2010.
Pedido deferido.
Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em deferir a realização das
eleições suplementares, nos termos das notas de julgamento.
Brasília, 9 de novembro de 2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes a Ministra Cármen Lúcia, os Ministros Marco
Aurélio, Aldir Passarinho Junior, Hamilton Carvalhido, Arnaldo Versiani, Henrique Neves e o
Procurador-Geral Eleitoral, Roberto Monteiro Gurgel Santos.
Pauta de Julgamentos
Elaborada nos termos do Regimento Interno, para julgamento a partir da próxima sessão, respeitado o
prazo de 48 horas, contado desta publicação do processo abaixo relacionado.
REPRESENTAÇÃO Nº 3296-75.2010.6.00.0000
ORIGEM: BRASÍLIA – DF
RELATOR: MINISTRO JOELSON DIAS
REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
REPRESENTADAS: COLIGAÇÃO PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO
(PRB/PDT/PT/PMDB/PTN/PSC/PR/PTC/PSB/PCdoB) E OUTRA
ADVOGADOS: ADMAR GONZAGA E OUTROS
REPRESENTADO: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
ADVOGADOS: JOSÉ GERARDO GROSSI E OUTROS
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2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 37
Despacho
DESPACHO
Intime-se o recorrente para regularizar sua representação processual, uma vez que a procuração de fl.
492 não confere poderes para desistência de recursos.
Após, voltem-me os autos conclusos.
Publique-se.
Brasília, 10 de novembro de 2010.
Ministro RICARDO LEWANDOWSKI
- Presidente -
PUBLICAÇÃO Nº 147/2010
DESPACHO
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Ano 2010, Número 221 Brasília, quinta-feira, 18 de novembro de 2010 Página 38
Diante do pedido de efeitos modificativos, abra-se vista aos embargados para manifestação no prazo
de 3 (três) dias.
Publique-se.
Brasília-DF, 4 de novembro de 2010.
Ministro Marcelo Ribeiro, relator.
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
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