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ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE SANTARÉM

14º Curso de Enfermagem - 1º Ano

Unidade curricular – Perspectivas de Enfermagem I

Teorias percursoras do pensamento em enfermagem

Desenvolvimento do conhecimento teórico em Enfermagem:

A enfermagem profissional começa com Florence Nightingale, quando esta considera as enfermeiras
como um corpo de mulheres escolarizadas. Foi com base em todos os seus conhecimentos adquiridos,
através da prestação de cuidados aos feridos da guerra da cimeira, e ao facto de ter fundado uma escola
de enfermagem no St. Thomas Hospital em Londres que surgiu a enfermagem moderna.

O Século XX foi visto como uma época de sucesso da enfermagem pois ao longo deste desenvolveu-se
um grande trabalho por parte das enfermeiras, no sentido da evolução da profissão.

Surgiram então quatro Eras:

Era do currículo:

- Surgiu a questão sobre o que é que as futuras enfermeiras deveriam estudar e aprender para
se tornarem enfermeiras;

- Surgiu também a ideia de deslocar o ensino de enfermagem dos programas de diploma


sedeado em hospitais para as faculdades e universidades.

Era da Investigação:

- Iniciou-se quando um número maior de enfermeiras começou a dedicar-se a níveis mais


elevados de ensino;

- A investigação surge como o caminho para um novo conhecimento.

Era do ensino graduado:

- Iniciam-se programas de mestrado em enfermagem para enfermeiras com formação


especializada;

- Quase no fim da era esses programas passaram a incluir uma disciplina de teoria de
enfermagem ou de modelos conceptuais de enfermagem que iniciavam os alunos nos
primeiros Teóricos de enfermagem e no processo de desenvolvimento da teoria.

Era da teoria:

- Consequência natural da era da investigação;


- Devido ao aumento do desenvolvimento do conhecimento e do entendimento da
investigação, concluiu-se que a investigação sem teoria produzia informação isolada, mas
quando em conjunto, produziam a ciência da enfermagem.

Todas as eras acima referidas levantaram questões sobre qual o conhecimento necessário para a prática
da enfermagem. Essas questões eram levantadas de acordo com o nível de entendimento específico
existente em cada uma delas.

A enfermagem surgiu enquanto ciência nos anos 50. Até então a prática de enfermagem baseava-se em
princípios e tradições transmitidas através da aprendizagem da prática e da sabedoria do senso comum,
que se adquiria através do número de anos de experiência.

A passagem da enfermagem de vocação para profissão incluiu sucessivas eras de busca de um corpo de
conhecimento substancial sob o qual se baseasse a prática de enfermagem.

Na década de 70, a investigação demonstrou que a enfermagem necessitava de fundamentos


conceptuais e de enquadramentos teóricos. Esta necessidade coincidiu com outros dois marcos na
evolução da teoria de enfermagem: a uniformização dos currículos para o ensino do mestrado em
enfermagem e a decisão de que o ensino de doutoramento para enfermeiras deveria estar na
enfermagem.

Nos anos 80, os desenvolvimentos na teoria de enfermagem caracterizaram uma transição de um


período de pré-paradigma para o período de paradigma. Foi também durante esta década que a proposta
de conceitos de enfermagem globais como um metaparadigma introduziu uma estrutura organizacional
para o desenvolvimento do conhecimento na literatura de enfermagem.

A classificação dos modelos de enfermagem como paradigmas que relacionam um metaparadigma com
determinados conceitos, insere os trabalhos de Teóricos num contexto mais alargado e facilita a
percepção do crescimento da ciência em enfermagem, dentro das perspectivas desse mesmo paradigma.

A função da teoria, enquanto estrutura organizativa, causou uma convergência de ideias, surgindo deste
modo a Era da teoria de Enfermagem.

Na disciplina de enfermagem, a centralidade é devolvida à prática da enfermagem e a teoria e


investigação são reconhecidas como ferramentas da prática.

Terminologia utilizada no conhecimento teórico em enfermagem:

Metaparadigma

Nível mais abstracto do conhecimento;


Determina os principais conceitos que envolvem o conteúdo e o âmbito da disciplina;
Segundo Powers e Knapp: “existe um entendimento generalizado de que o metaparadigma de
enfermagem consiste nos conceitos centrais de pessoas, ambiente, saúde e enfermagem.

Filosofia
Especifica as definições dos conceitos de metaparadigma em cada um dos modelos conceptuais da
enfermagem;
A obra de Nightingale é um exemplo de uma filosofia de enfermagem.

Modelos conceptuais

Estruturas ou paradigmas que fornecem “um amplo quadro de referências para abordagens sistemáticas
aos fenómenos com os quais a disciplina está relacionada”;
Fornecem diferentes perspectivas da enfermagem de acordo com as características do modelo.

Teoria

“Grupo de conceitos relacionados que sugerem acções para conduzir à prática”.

Dentro das teorias surgem também:

Teoria de Enfermagem

- Grupo de conceitos relacionados que provêm dos modelos de enfermagem.

Teoria de médio alcance

- Nível menos abstracto do conhecimento teórico;

- Incluem pormenores característicos da prática de enfermagem;

- Foi desenvolvida a partir dos temas dos dados da investigação qualitativa;

- Tem um foco de interesse mais limitado do que a teoria.

Grandes teorias

- Quase tão alargadas quanto o modelo de enfermagem de que provêm;

- São consideradas teorias porque propõem algo verdadeiro ou testável, ao contrário dos
modelos de enfermagem, que não propõem verdades que se possam testar.

O nível de abstracção e o conteúdo das teorias são determinantes na amplitude das mesmas.

As teorias podem ser extensas mas limitadas aos aspectos da enfermagem a que dizem respeito.

Além da terminologia associada à estrutura do conhecimento, surgem outros termos sobre


conhecimento e o seu desenvolvimento que podem contribuir para a compreensão das obras teóricas de
enfermagem:

Ciência
É definida quer como um corpo de conhecimento unificado relacionado com conteúdo específico, quer
como os processos e metodologias necessárias para fornecer tal conhecimento;
Desempenha o processo de observação, identificação, descrição, investigação experimental e
explicação teórica dos fenómenos naturais.

Conhecimento

Entendimento adquirido através da aprendizagem ou da investigação do que se sabe acerca do conteúdo


de uma disciplina;
Pode basear-se em factos ou na teoria.

Fenómenos

Conteúdo de uma disciplina;

Conceito

“Ideia ou imagem mental complexa de um fenómeno;


Componentes de maior importância da teoria;
Podem ser conceitos abstractos, quando são independentes do tempo e do espaço e são indirectamente
observáveis, ou conceitos concretos, quando são característicos do tempo e do espaço e são
observáveis.

Modelo

São definidos de várias formas:

Modelos verbais: são declarações, uma forma intimamente relacionada com o


desenvolvimento do conhecimento.

Ex: modelos conceptuais de enfermagem

Modelos esquemáticos: explicam uma ideia através da utilização de esquemas,


símbolos ou visualização física.

Ex: diagramas, desenhos, entre outros.

Paradigma

Expressão utilizada para mostrar o esquema ou abordagens prevalecentes numa disciplina;


Inclui uma visão global, um modelo de enfermagem, os métodos e instrumentos de pesquisa, os
resultados próprios do modelo e uma comunidade de eruditos que contribuem para a ciência.

Definições teóricas

Transmitem o significado de um conceito numa determinada teoria, especificando o indicador


empírico.
Definições operacionais

Determinam como um conceito ou variável é medido num projecto de investigação específico.

Pressupostos

Declarações que o teórico ou o investigador tem como verdades, excluindo a hipótese de as medir ou
testar.

Postulados

Descrevem a relação entre dois ou mais conceitos.

Proposições

São postulados que determinam as relações propostas entre os conceitos de uma teoria;
Conduzem à declaração conclusiva da teoria de médio alcance, que declara o que é proposto ser
verdade e testável sob a forma de uma hipótese.

Hipótese

Afirmação de relação testável.

Investigação

Aplicação de métodos sistemáticos e científicos para estudar os fenómenos e originar conhecimento;


Pode originar teoria quando executada com uma abordagem indutiva; pode testar a teoria quando
conduzida com uma abordagem dedutiva.

Indução

Forma de raciocínio vagamente descrita como partindo do particular para o geral;


Na lógica indutiva combinam-se uma série de características num todo maior ou num conjunto de
coisas;
Na investigação indutiva os eventos especiais são observados e interpretados como uma base para
formular postulados gerais.

Dedução

Forma de raciocínio lógico, vagamente descrita como estando em progresso do geral para o particular;
Envolve uma sequência de postulados oriundos de um modelo conceptual de enfermagem ou de uma
grande teoria.

Abdução ou raciocínio hipotético dedutivo

Combina a indução e a dedução para originar ideias;


Utiliza a analogia como método para elaborar a teoria.
Enfermagem disciplina e profissão:

Actualmente, a Enfermagem é reconhecida simultaneamente como uma disciplina académica e como


uma profissão;
Trata-se de uma disciplina, pois está inserida na academia e é relativa a um determinado ramo de
ensino, aprendizagem ou do conhecimento;
É uma profissão, pois é dotada de um corpo de conhecimentos científicos especializados nas quais se
baseia a sua prática profissional;
Os trabalhos teóricos de Enfermagem desenvolvidos por várias enfermeiras contribuíram para tal
concretização, na medida em que, representam o conjunto de ideias e o conhecimento sistemático que
fundamenta a enfermagem enquanto disciplina e profissão.

Contributos do desenvolvimento de conhecimento teórico para a enfermagem:

Segundo Donalkdson e Crowley, a utilização da investigação básica e da investigação aplicada são


instrumentos imprescindíveis para a confirmação da enfermagem enquanto disciplina e profissão;
Foram desenvolvidas diversas teorias de enfermagem que foram reconhecidas como estruturas
conceptuais e paradigmas da enfermagem, dando origem a uma visão congruente do conhecimento
teórico de enfermagem;
O desenvolvimento do conhecimento teórico de enfermagem permitiu a passagem de uma enfermagem
direccionada para a concretização do processo de enfermagem para o leque de conhecimentos das
enfermeiras e para a forma como estas utilizam o conhecimento que possuem na adequação dos
cuidados de saúde prestados a cada doente;
O conhecimento teórico de enfermagem é de extrema importância para o seu reconhecimento como
disciplina. Tal conhecimento é transmitido aos que entram na profissão como fundamento para a
prática da profissão;
A evolução da enfermagem ocorre mediante estudos de investigação baseados na teoria possibilitando
a existência de uma nova ciência da enfermagem;
As teorias e a investigação contribuem para a evolução da enfermagem enquanto profissão com novos
conhecimentos adequados às necessidades da sociedade;
A prática aliada a um conjunto de conhecimentos teóricos permite a realização de cuidados de
enfermagem, de forma sistemática e inteligente permitindo o reconhecimento da enfermagem como
profissão devido ao contributo dado à sociedade;
A teoria de enfermagem é crucial para o raciocínio, pensamento crítico e para a tomada de decisões na
prestação de cuidados de enfermagem, instrumentos fundamentais para a prática profissional;
Os trabalhos teóricos de enfermagem indicam uma perspectiva do doente, o que permite direccionar a
prática profissional no doente, característica fundamental da profissão.

Teóricas de enfermagem, trabalhos desenvolvidos e respectivos níveis de teorização

Filosofias de Enfermagem

Florence Nightingale

Preconizou uma abordagem centrada na relação entre enfermagem e doente-ambiente, na qual a doença
é considerada um processo reparador cuja evolução depende da manipulação de factores ambientais
tais como ventilação, luz, dieta, limpeza e barulho.

Ernestine Wiedenbach
Salientou a actuação da enfermagem enquanto arte direccionada para as necessidades do doente.

Virgínia Henderson

Deu particular ênfase à arte de enfermagem e identificou catorze necessidades humanas básicas sobre
as quais deve incidir a actuação de enfermagem no sentido de, permitir ao indivíduo, doente ou
saudável, a conquista da sua independência;
Introduziu a definição de enfermagem, das funções autónomas de enfermagem, dos objectivos de
interdependência do doente e os conceitos de auto-ajuda;
Identificou três papéis que a enfermeira pode assumir na relação com o doente: substituta, ajudante ou
parceira do doente;
Salientou a importância da empatia e da capacidade de “se colocar no lugar do outro” por parte da
enfermeira na relação de ajuda com o doente.

Faye Glenn Abdellah

Introduziu o método de resolução de problemas como meio utilizado para :traçar os problemas do
doente à medida que este se aproxima da resolução do seu problema de saúde;
Considerava a enfermagem como uma arte e como uma ciência que induzia as enfermeiras a actuarem
no sentido de ajudar as pessoas saudáveis e doentes a satisfazer as suas necessidades;
Enunciou 21 problemas de enfermagem através dos quais é possível determinar as necessidades do
doente, tornando-se no primeiro guia para a prestação de cuidados de enfermagem alargados.

Lydia E. Hall

Preconizava que as enfermeiras actuam em três níveis representados por três círculos: o corpo (o
cuidar), a doença (a cura) e a pessoa (o núcleo);
Acreditava que os cuidados de enfermagem auxiliavam na rápida recuperação do doente e que era
necessário investir nos cuidados de enfermagem e no ensino na sequência de uma menor prestação de
cuidados médicos.

Jean Watson

A sua obra dá particular importância aos cuidados de enfermagem baseados em princípios humanistas.
Desta forma, considera que a enfermagem deve ter como principais preocupações, a promoção e
restabelecimento da saúde, a prevenção da doença e o cuidar dos doentes de forma holística.

Patrícia Benner

Desenvolveu a descrição sistemática de competências em enfermagem distribuídas por cinco estádios:


principiante, principiante avançado, competente, proficiente e perito, dando origem a uma lista de 31
competências de enfermagem;
Elaborou uma teoria fenomenológica que descreve o cuidar como algo com significado partilhado por
pessoas com especial importância para a enfermagem;
A sua teoria é considerada como uma teoria filosófica da enfermagem.

Modelos Conceptuais e Grandes Teorias de Enfermagem

Dorothea E. Orem
Preconizava que a actuação da enfermagem deveria ser no sentido de auxiliar o indivíduo a ter acções
contínuas de auto-cuidado de forma a manter ou a restabelecer a sua saúde;
Desenvolveu a Teoria do Défice do Auto-Cuidado da enfermagem e identificou três tipos de sistemas
de enfermagem: totalmente compensatório (fazer pelo doente), parcialmente compensatório (ajudar o
doente a ser autónomo) e de apoio-educação (auxiliar o doente a aprender a fazer por si):
A sua obra é considerada um modelo conceptual de enfermagem com três teorias de enfermagem.

Myra Estrin Levine

Formulou uma teoria baseada nos princípios da conservação de energia, integridade estrutural,
integridade pessoal e integridade estrutural. Tais princípios devem ser considerados no sentido de
serem prestados cuidados de enfermagem de forma holística e de auxiliar o indivíduo a adaptar-se ao
seu ambiente;
A sua obra é considerada um modelo conceptual de enfermagem com três teorias: conservação,
redundância e intenção terapêutica.

Martha E. Rogers

Desenvolveu a Ciência dos Seres Humanos Unitários, através da qual atribui particular importância, ao
ser humano e ao ambiente, como elementos unitários fulcrais para a concretização da enfermagem
enquanto ciência e arte.

Dorothy E. Johnson

Elaborou o Modelo de Sistema Comportamental através do qual, enfatiza que, os desequilíbrios


existentes nos subsistemas da dependência, realização, agressivos, de ingestão, eliminatórios e sexual,
originam os problemas nos quais é necessária a intervenção de enfermagem.

Irmã Calista Roy

O Modelo de Adaptação de Roy refere que, o indivíduo é constantemente estimulado pelo ambiente e
que, face aos mesmos, o indivíduo pode apresentar respostas de adaptação ou respostas inadequadas,
sendo estas, as que determinam intervenções de enfermagem.

Betty Neuman

Formulou o Modelo dos Sistemas em que é considerado o crescimento e desenvolvimento, a


componente fisiológica, psicológica, sócio-cultural, espiritual e ambiental do doente. Preconizou uma
abordagem global da pessoa para uma intervenção de enfermagem que objectiva a prevenção da doença
e a manutenção do bem-estar através da diminuição de condições adversas e geradores de stress.

Imogene King

Concebeu a Teoria da Consecução de Objectivos através do qual defende que, o processo de


enfermagem é relativo à relação de compreensão mútua entre enfermeiro-utente, em que, ambos
analisam a situação-problema, estabelecem os objectivos a atingir e trabalham em conjunto para a
concretização desses objectivos.
Nancy Roper, Winifred W. Logan e Alison J. Tierney

Foi proposto por estas teóricas, um Modelo de Vida segundo o qual, existem 12 actividades de vida que
o indivíduo pode ou não ter capacidades para realizar ao longo do seu ciclo vital, passando por um
processo contínuo de dependência-independência nas várias etapas da sua vida e reagindo às mesmas
de acordo com a sua individualidade.

Teorias e Teorias de enfermagem de Médio Alcance

Hildegard E. Peplau

Contribuiu para a enfermagem ao salientar na sua teoria que, a enfermeira deve tornar-se consciente do
seu próprio comportamento afim de auxiliar os utentes na resolução das suas dificuldades através de
quatro fases distintas que ocorrem na relação entre enfermeira e o doente: orientação, identificação,
exploração e resolução.

Ida Jean Orlando (Pelletier)

Na sua teoria, Orlando enfatiza que o processo de enfermagem consiste na relação interpessoal entre
enfermeira e o doente, em que aquela deve ter especial atenção relativamente aos comportamentos
verbais e não verbais do doente e às suas próprias reacções no sentido de adequar as suas intervenções
para o alívio do sofrimento.

Joyce Travelbee

Formulou a Teoria da Relação Pessoa-a-Pessoa, por meio da qual, defende que, a relação entre
enfermeira e o doente era realizada através de quatro estádios distintos em que seriam desenvolvidas a
empatia, a simpatia e a harmonia para uma relação terapêutica eficaz.

Katharine Kolcaba

Determinou como objecto das intervenções de enfermagem, as necessidades de conforto nas quais
estão incluídas as necessidades físicas, psico-espirituais, sociais e ambientais tendo como objectivo, o
sentimento de alívio e tranquilidade do doente;
A sua obra é considerada uma teoria de médio alcance de enfermagem.

Helen C. Erickson, Evelyn M. Tomlin e Mary Ann P. Swain

Teoria de Modelagem e Modelo de Papel – Segundo estas autoras, os cuidados de enfermagem devem
ser adequados à forma como a pessoa compreende o mundo e se adapta a situações de stress, visando a
promoção do auto-cuidado.

Ramona T. Mercer

Teoria da Consecução do Papel maternal – Mercer desenvolveu uma teoria que focaliza os factores
determinantes na realização do poder maternal ao longo do tempo.

Kathryn E. Barnard
Teoria da Interacção da Avaliação da Saúde Infantil – esta teoria enfatiza a interacção entre a mãe e a
criança no contexto ambiental em que se movem.

Madeleine Leininger

Teoria do Cuidar Transcultural – Leininger preconizava que o cuidar, enquanto princípio fulcral dos
cuidados de enfermagem, deve ter em consideração os valores culturais de cada indivíduo, de forma a
melhorar as condições humanas e os estilos de vida.

Rosemarie Rizzo Parse

Segundo Parse, a enfermagem é uma ciência humana cuja prática é independente de outras disciplinas
científicas.

Merle Mishel

Teoria da Incerteza – Esta teoria visa auxiliar a pessoa a adequar as suas respostas face a uma situação
de incerteza resultante de uma doença crónica.

Margaret A. Newman

De acordo com Newman, a finalidade da enfermagem é maximizar a capacidade de utilização do poder


pessoal de cada indivíduo à medida que este se aproxima de um nível de consciência mais elevado.

Evelyn Adams

Identificou noções essenciais relativas ao conceito de enfermagem, tais como o objectivo da profissão,
o beneficiário do serviço profissional, o papel do enfermeiro, a origem da dificuldade do beneficiário, a
intervenção do enfermeiro e as consequências dessa actuação.

Nola J. Pender

Segundo Pender, a enfermagem deve ter como principal fim, a promoção de uma saúde óptima para
todos os indivíduos.

Terminologia usada no conhecimento teórico em enfermagem:

Linguagem do pensamento teórico

Os conceitos são a unidade básica na linguagem do pensamento teórico.

Segundo:

Webster (1991), os conceitos são algo concebido na mente, um pensamento ou uma noção.

Conceitos
Empíricos Abstractos

Observados ou percebidos pelos sentidos.

Exemplo: estetoscópio

Não são observados. Exemplo: esperança, infinito

As teorias são geradas por conceitos. Estas orientam a prática de enfermagem descrevendo, explicando
ou prevendo os fenómenos.

Segundo:

Kerlinger (1973), a teoria é um conjunto de conceitos inter-relacionais, definições e proposições.

Chinn e Kramer (1991), a teoria é uma “estruturação criativa e rigorosa de ideias que projectam uma
tentativa, uma resolução e uma visão sistemática dos fenómenos” (p.79)

Meleis (1991), a teoria de enfermagem é”…uma conceitualização articulada e comunicada da realidade


inventada ou descoberta (fenómeno central e relacionamentos) na enfermagem com a finalidade de
descrever, explicar, prever ou prescrever o cuidado de enfermagem” (p.17)

Barnum (1994) ⇒ uma teoria de enfermagem completa é a que possui contexto, num conteúdo e
processo.

Níveis de teoria

Segundo:

Chinn e Kramer (1991), “ a teoria pode ser caracterizada como micro, macro, molecular, de variação
media, molar, atomista e holística”.

Dickoff, James e Wiedenbach (1968), a teoria desenvolve-se em quatro níveis: isolamento dos factores,
relação dos factores, relação da situação e procuração da situação.

As teorias de enfermagem, inter-relacionam os quatro conceitos do metaparadigma de enfermagem: a


pessoa; o ambiente/sociedade; a saúde; e a enfermagem.

Relação entre a investigação, o desenvolvimento teórico e a prática em enfermagem:

PESQUISA
TEORIA
CONCEITOS

- Pode validar a teoria;

- Baseada no método científico;

- Baseada na visão de mundo

recebido (qualitativa –

pensamentos, sentimentos,

crenças) ou percebido

(quantitativo – factos empíricos

e eventos).

- Pode ser testada

na prática.

PRÁTICA

- Baseada na teoria comprovada através da pesquisa.

Características das teorias:

Torres (1990) apresentou as seguintes características da categoria:

As teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver um
determinado fenómeno;
As teorias devem ser de maneira lógica (raciocínio ordenado);
As teorias devem ser de maneira relativamente simples e ainda generalizáveis;
As teorias podem ser as bases para as hipóteses serem testadas ou para ser expandidas;
As teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina através da
pesquisa implementada para valida-las;
As teorias podem ser usadas por profissionais para orientar e melhorar a sua pratica;
As teorias devem ser consistentes com as outras teorias validadas, leis e princípios, mas devem deixar
as questões não-respondidas, que devem ser investigadas.

Paradigmas de enfermagem:

Os “paradigmas” são para os filósofos Kunh (1970) e Capra (1982), as grandes correntes do
pensamento, a maneira de ver e compreender o mundo.

Os paradigmas da enfermagem são três: a categorização, a integração e a transformação.

Categorização

Segundo o paradigma da categorização, os fenómenos são divisíveis em categorias, classes e grupos


definidos, considerados como elementos isoláveis e manifestações simplificáveis.

Este paradigma orienta o pensamento para encontrar a causa da doença. Por exemplo, o isolamento
diferenciado das bactérias permitiu classificar e associar estas bactérias as sinais e sintomas precisos
das doenças no ser humano. Estas manifestações possuem características bem definidas e medidas.
Podem ser ordenadas, surgem numa sequência definida e as consequências são previsíveis.

Este paradigma está orientado para a saúde pública, que se interessa tanto pela pessoa como pela
doença; mais tarde, ficou também orientado para a doença, que está extremamente ligada à prática
médica.

Integração

O paradigma de integração prolonga o paradigma de categorização reconhecendo os elementos e as


manifestações de um fenómeno e integrando o fenómeno num contexto específico. Por exemplo, o
contexto em que se encontra uma pessoa no momento em que surge uma infecção influenciará a sua
reacção ao agente infeccioso e a sua resposta ao tratamento.

Este paradigma está orientado para a pessoa. Segundo esta orientação, o cuidado dirige-se a manter a
saúde da pessoa em todas as suas dimensões; saúde física, mental e social. O enfermeiro avalia as
necessidades de ajuda da pessoa tendo em conta as suas percepções e a sua globalidade. Centra a sua
atenção na situação presente e utiliza os princípios da relação de ajuda (Meleis, 1991).

Esta orientação reconhece a enfermagem como uma disciplina distinta da medicina.

Transformação

Segundo o paradigma de transformação, o fenómeno é único e é uma unidade global em interacção


recíproca e simultânea com outra unidade global, mas maior, o mundo que a rodeia.
Em 1978, a Conferência Internacional sobre os Cuidados de Saúde Primários destaca a necessidade de
proteger e promover a saúde de todos os povos do mundo.

Os enfermeiros têm a necessidade de compreender os processos, os problemas e as situações das


pessoas de todas as idades, em todas as situações da vida e no mundo em constante evolução (Gortner,
1983; Polit y Hungler, 1991).

Trabalho elaborado por:

Ana Bela Araújo n. 2695

Maria de Fátima Matos n. 2627

Joana Couto n. 2651

Sónia Martins n. 2694

Vanessa Quiteres n. 2646

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