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A enfermagem profissional começa com Florence Nightingale, quando esta considera as enfermeiras
como um corpo de mulheres escolarizadas. Foi com base em todos os seus conhecimentos adquiridos,
através da prestação de cuidados aos feridos da guerra da cimeira, e ao facto de ter fundado uma escola
de enfermagem no St. Thomas Hospital em Londres que surgiu a enfermagem moderna.
O Século XX foi visto como uma época de sucesso da enfermagem pois ao longo deste desenvolveu-se
um grande trabalho por parte das enfermeiras, no sentido da evolução da profissão.
Era do currículo:
- Surgiu a questão sobre o que é que as futuras enfermeiras deveriam estudar e aprender para
se tornarem enfermeiras;
Era da Investigação:
- Quase no fim da era esses programas passaram a incluir uma disciplina de teoria de
enfermagem ou de modelos conceptuais de enfermagem que iniciavam os alunos nos
primeiros Teóricos de enfermagem e no processo de desenvolvimento da teoria.
Era da teoria:
Todas as eras acima referidas levantaram questões sobre qual o conhecimento necessário para a prática
da enfermagem. Essas questões eram levantadas de acordo com o nível de entendimento específico
existente em cada uma delas.
A enfermagem surgiu enquanto ciência nos anos 50. Até então a prática de enfermagem baseava-se em
princípios e tradições transmitidas através da aprendizagem da prática e da sabedoria do senso comum,
que se adquiria através do número de anos de experiência.
A passagem da enfermagem de vocação para profissão incluiu sucessivas eras de busca de um corpo de
conhecimento substancial sob o qual se baseasse a prática de enfermagem.
A classificação dos modelos de enfermagem como paradigmas que relacionam um metaparadigma com
determinados conceitos, insere os trabalhos de Teóricos num contexto mais alargado e facilita a
percepção do crescimento da ciência em enfermagem, dentro das perspectivas desse mesmo paradigma.
A função da teoria, enquanto estrutura organizativa, causou uma convergência de ideias, surgindo deste
modo a Era da teoria de Enfermagem.
Metaparadigma
Filosofia
Especifica as definições dos conceitos de metaparadigma em cada um dos modelos conceptuais da
enfermagem;
A obra de Nightingale é um exemplo de uma filosofia de enfermagem.
Modelos conceptuais
Estruturas ou paradigmas que fornecem “um amplo quadro de referências para abordagens sistemáticas
aos fenómenos com os quais a disciplina está relacionada”;
Fornecem diferentes perspectivas da enfermagem de acordo com as características do modelo.
Teoria
Teoria de Enfermagem
Grandes teorias
- São consideradas teorias porque propõem algo verdadeiro ou testável, ao contrário dos
modelos de enfermagem, que não propõem verdades que se possam testar.
O nível de abstracção e o conteúdo das teorias são determinantes na amplitude das mesmas.
As teorias podem ser extensas mas limitadas aos aspectos da enfermagem a que dizem respeito.
Ciência
É definida quer como um corpo de conhecimento unificado relacionado com conteúdo específico, quer
como os processos e metodologias necessárias para fornecer tal conhecimento;
Desempenha o processo de observação, identificação, descrição, investigação experimental e
explicação teórica dos fenómenos naturais.
Conhecimento
Fenómenos
Conceito
Modelo
Paradigma
Definições teóricas
Pressupostos
Declarações que o teórico ou o investigador tem como verdades, excluindo a hipótese de as medir ou
testar.
Postulados
Proposições
São postulados que determinam as relações propostas entre os conceitos de uma teoria;
Conduzem à declaração conclusiva da teoria de médio alcance, que declara o que é proposto ser
verdade e testável sob a forma de uma hipótese.
Hipótese
Investigação
Indução
Dedução
Forma de raciocínio lógico, vagamente descrita como estando em progresso do geral para o particular;
Envolve uma sequência de postulados oriundos de um modelo conceptual de enfermagem ou de uma
grande teoria.
Filosofias de Enfermagem
Florence Nightingale
Preconizou uma abordagem centrada na relação entre enfermagem e doente-ambiente, na qual a doença
é considerada um processo reparador cuja evolução depende da manipulação de factores ambientais
tais como ventilação, luz, dieta, limpeza e barulho.
Ernestine Wiedenbach
Salientou a actuação da enfermagem enquanto arte direccionada para as necessidades do doente.
Virgínia Henderson
Deu particular ênfase à arte de enfermagem e identificou catorze necessidades humanas básicas sobre
as quais deve incidir a actuação de enfermagem no sentido de, permitir ao indivíduo, doente ou
saudável, a conquista da sua independência;
Introduziu a definição de enfermagem, das funções autónomas de enfermagem, dos objectivos de
interdependência do doente e os conceitos de auto-ajuda;
Identificou três papéis que a enfermeira pode assumir na relação com o doente: substituta, ajudante ou
parceira do doente;
Salientou a importância da empatia e da capacidade de “se colocar no lugar do outro” por parte da
enfermeira na relação de ajuda com o doente.
Introduziu o método de resolução de problemas como meio utilizado para :traçar os problemas do
doente à medida que este se aproxima da resolução do seu problema de saúde;
Considerava a enfermagem como uma arte e como uma ciência que induzia as enfermeiras a actuarem
no sentido de ajudar as pessoas saudáveis e doentes a satisfazer as suas necessidades;
Enunciou 21 problemas de enfermagem através dos quais é possível determinar as necessidades do
doente, tornando-se no primeiro guia para a prestação de cuidados de enfermagem alargados.
Lydia E. Hall
Preconizava que as enfermeiras actuam em três níveis representados por três círculos: o corpo (o
cuidar), a doença (a cura) e a pessoa (o núcleo);
Acreditava que os cuidados de enfermagem auxiliavam na rápida recuperação do doente e que era
necessário investir nos cuidados de enfermagem e no ensino na sequência de uma menor prestação de
cuidados médicos.
Jean Watson
A sua obra dá particular importância aos cuidados de enfermagem baseados em princípios humanistas.
Desta forma, considera que a enfermagem deve ter como principais preocupações, a promoção e
restabelecimento da saúde, a prevenção da doença e o cuidar dos doentes de forma holística.
Patrícia Benner
Dorothea E. Orem
Preconizava que a actuação da enfermagem deveria ser no sentido de auxiliar o indivíduo a ter acções
contínuas de auto-cuidado de forma a manter ou a restabelecer a sua saúde;
Desenvolveu a Teoria do Défice do Auto-Cuidado da enfermagem e identificou três tipos de sistemas
de enfermagem: totalmente compensatório (fazer pelo doente), parcialmente compensatório (ajudar o
doente a ser autónomo) e de apoio-educação (auxiliar o doente a aprender a fazer por si):
A sua obra é considerada um modelo conceptual de enfermagem com três teorias de enfermagem.
Formulou uma teoria baseada nos princípios da conservação de energia, integridade estrutural,
integridade pessoal e integridade estrutural. Tais princípios devem ser considerados no sentido de
serem prestados cuidados de enfermagem de forma holística e de auxiliar o indivíduo a adaptar-se ao
seu ambiente;
A sua obra é considerada um modelo conceptual de enfermagem com três teorias: conservação,
redundância e intenção terapêutica.
Martha E. Rogers
Desenvolveu a Ciência dos Seres Humanos Unitários, através da qual atribui particular importância, ao
ser humano e ao ambiente, como elementos unitários fulcrais para a concretização da enfermagem
enquanto ciência e arte.
Dorothy E. Johnson
O Modelo de Adaptação de Roy refere que, o indivíduo é constantemente estimulado pelo ambiente e
que, face aos mesmos, o indivíduo pode apresentar respostas de adaptação ou respostas inadequadas,
sendo estas, as que determinam intervenções de enfermagem.
Betty Neuman
Imogene King
Foi proposto por estas teóricas, um Modelo de Vida segundo o qual, existem 12 actividades de vida que
o indivíduo pode ou não ter capacidades para realizar ao longo do seu ciclo vital, passando por um
processo contínuo de dependência-independência nas várias etapas da sua vida e reagindo às mesmas
de acordo com a sua individualidade.
Hildegard E. Peplau
Contribuiu para a enfermagem ao salientar na sua teoria que, a enfermeira deve tornar-se consciente do
seu próprio comportamento afim de auxiliar os utentes na resolução das suas dificuldades através de
quatro fases distintas que ocorrem na relação entre enfermeira e o doente: orientação, identificação,
exploração e resolução.
Na sua teoria, Orlando enfatiza que o processo de enfermagem consiste na relação interpessoal entre
enfermeira e o doente, em que aquela deve ter especial atenção relativamente aos comportamentos
verbais e não verbais do doente e às suas próprias reacções no sentido de adequar as suas intervenções
para o alívio do sofrimento.
Joyce Travelbee
Formulou a Teoria da Relação Pessoa-a-Pessoa, por meio da qual, defende que, a relação entre
enfermeira e o doente era realizada através de quatro estádios distintos em que seriam desenvolvidas a
empatia, a simpatia e a harmonia para uma relação terapêutica eficaz.
Katharine Kolcaba
Determinou como objecto das intervenções de enfermagem, as necessidades de conforto nas quais
estão incluídas as necessidades físicas, psico-espirituais, sociais e ambientais tendo como objectivo, o
sentimento de alívio e tranquilidade do doente;
A sua obra é considerada uma teoria de médio alcance de enfermagem.
Teoria de Modelagem e Modelo de Papel – Segundo estas autoras, os cuidados de enfermagem devem
ser adequados à forma como a pessoa compreende o mundo e se adapta a situações de stress, visando a
promoção do auto-cuidado.
Ramona T. Mercer
Teoria da Consecução do Papel maternal – Mercer desenvolveu uma teoria que focaliza os factores
determinantes na realização do poder maternal ao longo do tempo.
Kathryn E. Barnard
Teoria da Interacção da Avaliação da Saúde Infantil – esta teoria enfatiza a interacção entre a mãe e a
criança no contexto ambiental em que se movem.
Madeleine Leininger
Teoria do Cuidar Transcultural – Leininger preconizava que o cuidar, enquanto princípio fulcral dos
cuidados de enfermagem, deve ter em consideração os valores culturais de cada indivíduo, de forma a
melhorar as condições humanas e os estilos de vida.
Segundo Parse, a enfermagem é uma ciência humana cuja prática é independente de outras disciplinas
científicas.
Merle Mishel
Teoria da Incerteza – Esta teoria visa auxiliar a pessoa a adequar as suas respostas face a uma situação
de incerteza resultante de uma doença crónica.
Margaret A. Newman
Evelyn Adams
Identificou noções essenciais relativas ao conceito de enfermagem, tais como o objectivo da profissão,
o beneficiário do serviço profissional, o papel do enfermeiro, a origem da dificuldade do beneficiário, a
intervenção do enfermeiro e as consequências dessa actuação.
Nola J. Pender
Segundo Pender, a enfermagem deve ter como principal fim, a promoção de uma saúde óptima para
todos os indivíduos.
Segundo:
Webster (1991), os conceitos são algo concebido na mente, um pensamento ou uma noção.
Conceitos
Empíricos Abstractos
Exemplo: estetoscópio
As teorias são geradas por conceitos. Estas orientam a prática de enfermagem descrevendo, explicando
ou prevendo os fenómenos.
Segundo:
Chinn e Kramer (1991), a teoria é uma “estruturação criativa e rigorosa de ideias que projectam uma
tentativa, uma resolução e uma visão sistemática dos fenómenos” (p.79)
Barnum (1994) ⇒ uma teoria de enfermagem completa é a que possui contexto, num conteúdo e
processo.
Níveis de teoria
Segundo:
Chinn e Kramer (1991), “ a teoria pode ser caracterizada como micro, macro, molecular, de variação
media, molar, atomista e holística”.
Dickoff, James e Wiedenbach (1968), a teoria desenvolve-se em quatro níveis: isolamento dos factores,
relação dos factores, relação da situação e procuração da situação.
PESQUISA
TEORIA
CONCEITOS
recebido (qualitativa –
pensamentos, sentimentos,
crenças) ou percebido
e eventos).
na prática.
PRÁTICA
As teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver um
determinado fenómeno;
As teorias devem ser de maneira lógica (raciocínio ordenado);
As teorias devem ser de maneira relativamente simples e ainda generalizáveis;
As teorias podem ser as bases para as hipóteses serem testadas ou para ser expandidas;
As teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina através da
pesquisa implementada para valida-las;
As teorias podem ser usadas por profissionais para orientar e melhorar a sua pratica;
As teorias devem ser consistentes com as outras teorias validadas, leis e princípios, mas devem deixar
as questões não-respondidas, que devem ser investigadas.
Paradigmas de enfermagem:
Os “paradigmas” são para os filósofos Kunh (1970) e Capra (1982), as grandes correntes do
pensamento, a maneira de ver e compreender o mundo.
Categorização
Este paradigma orienta o pensamento para encontrar a causa da doença. Por exemplo, o isolamento
diferenciado das bactérias permitiu classificar e associar estas bactérias as sinais e sintomas precisos
das doenças no ser humano. Estas manifestações possuem características bem definidas e medidas.
Podem ser ordenadas, surgem numa sequência definida e as consequências são previsíveis.
Este paradigma está orientado para a saúde pública, que se interessa tanto pela pessoa como pela
doença; mais tarde, ficou também orientado para a doença, que está extremamente ligada à prática
médica.
Integração
Este paradigma está orientado para a pessoa. Segundo esta orientação, o cuidado dirige-se a manter a
saúde da pessoa em todas as suas dimensões; saúde física, mental e social. O enfermeiro avalia as
necessidades de ajuda da pessoa tendo em conta as suas percepções e a sua globalidade. Centra a sua
atenção na situação presente e utiliza os princípios da relação de ajuda (Meleis, 1991).
Transformação