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PARECER
1 CABEÇALHO
2 RESUMO DA AUTUAÇÃO
2.1 Data da Lavratura Clique aqui para inserir uma data (abaixo do campo 2 do formulário).
2.2 Decreto Aplicado 44.844/2008
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Governo do Estado de Minas Gerais
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
4 FUNDAMENTOS
(analisar ponto a ponto e apagar as partes que não se apliquem ao caso concreto)
Art. 31 – Decreto n° 44.844/2008 - Verificada a ocorrência de infração à legislação ambiental ou de recursos
hídricos, será lavrado auto de infração, em três vias, destinando-se a primeira ao autuado e as demais à
formação de processo administrativo, devendo o instrumento conter:
Requisitos fundamentais Cumprimento
I – nome ou razão social do autuado, com o respectivo O requisito foi devidamente cumprido, uma vez que o
endereço; nome ou razão social do autuado foi corretamente
indicado pelo agente autuante, conforme replicado no
item 1.3 do presente parecer, bem como o endereço.
II – fato constitutivo da infração; O fato constitutivo da infração foi explicitado no Auto
de Infração e replicado no item 2.3 do presente
parecer, atendendo ao presente requisito.
III – disposição legal ou regulamentar em que Esse requisito também foi devidamente atendido,
fundamenta a autuação; tendo o agente autuante indicado adequadamente o
dispositivo legal ou regulamentar que fundamenta a
autuação, conforme replicado no campo 2.3 do
presente parecer.
IV – circunstâncias agravantes e atenuantes; Eventuais circunstâncias agravantes e atenuantes
observadas no momento da expedição do auto de
infração foram consideradas no cômputo da multa
imposta. Caso o autuado comprove em sua defesa
administrativa que faz jus a aplicação de atenuantes
não impostas no momento da lavratura do auto de
infração, estas poderão ser reconhecidas pela
autoridade competente, com base no princípio da
autotutela. Essa avaliação será objeto do presente
parecer.
V – reincidência; Caso tenha sido verificada a existência de reincidência,
esta foi devidamente reconhecida no momento da
expedição do auto de infração. Não sendo possível
constatar a existência de reincidência, a multa foi
fixada em seu mínimo legal.
VI – aplicação das penas; As penalidades cabíveis, previstas no Decreto n°
44.844/2008 foram impostas em desfavor do autuado
e estão descritas no Auto de Infração, atendendo a
esse requisito.
VII – o prazo para pagamento ou defesa; O prazo para pagamento da multa está
adequadamente descrito no formulário de auto de
infração entregue ao autuado razão pela qual o
requisito está devidamente cumprido.
VIII – local, data e hora da autuação; O local, a data e hora estão devidamente indicados no
formulário de auto de infração. Caso eventualmente
tais informações estejam ausentes do auto de infração
tal falha poderá ser convalidada pelas informações
constantes no Boletim de Ocorrência e/ou Auto de
Fiscalização.
IX – identificação e assinatura do servidor credenciado O auto de infração foi devidamente assinado pelo
responsável pela autuação; e servidor credenciado responsável por sua lavratura, o
qual está devidamente identificado.
X – assinatura do infrator ou de seu preposto, sempre O auto de infração está devidamente assinado pelo
que possível, valendo esta como notificação. autuado, por seu representante legal ou preposto.
Caso a assinatura não tenha sido possível no momento
da lavratura do auto de infração, o autuado foi
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O Decreto n° 44.844/2008 tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos
recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades.
No caso concreto, a infração cometida pelo autuado foi capitulada no código descrito abaixo:
No caso em tela, em desfavor do autuado foram impostas as penalidades descritas no campo 2.4 do
presente parecer, das quais passamos a tratar individualmente abaixo:
A multa simples foi computada adequadamente, conforme cálculo demonstrado abaixo, razão pela
qual deverá ser mantida, devidamente corrigida.
A multa simples foi computada inadequadamente, conforme cálculo demonstrado abaixo, razão pela
qual deverá ser corrigida e fixada no montante de R$ _____________
A multa simples foi computada considerando a correção da UFEMG para o ano de 2014 (Resolução
Conjunta SEMAD, FEAM, IEF e IGAM nº 2.091, de 06 de Junho de 2014). No entanto, a correção da UFEMG a
ser utilizada é aquela do ano da ocorrência do fato, nos termos do Parecer AGE n° 15.333, de 15 de abril de
2014. Desse modo, o valor da multa aplicada deverá ser corrigida e fixada no montante de R$ _____________
A multa simples foi computada considerando a correção da UFEMG para o ano de 201*. No entanto, a
correção da UFEMG a ser utilizada é aquela do ano da ocorrência do fato, nos termos do Parecer AGE n°
15.333, de 15 de abril de 2014. Contudo, de acordo com a Nota Jurídica ASJUR/SEMAD nº 171/2018, “ a
administração pública tem o prazo de cinco anos, contados da data da lavratura do auto de infração, para
promover as alterações que entender necessárias no exercício do controle de legalidade do ato
administrativo”. Considerando que o Auto de Infração foi lavrado no ano de 201*, tal prazo já se esvaiu e,
portanto, em atendimento à supracitada Nota Jurídica, será mantido o valor anotado originalmente pelo
agente autuante.
Nos termos no previsto no código aplicado e conforme estabelece o parágrafo único, do art. 71-H do
Decreto n° 44.844/2008, deve-se manter a penalidade de apreensão e consequentemente o perdimento dos
bens apreendidos.
Foi aplicada a penalidade de suspensão de atividades, prevista no art. 76, do Decreto n° 44.844/2008,
tendo em vista a falta de autorização para a intervenção realizada, a qual deverá ser mantida pela autoridade
competente.
Cumpre observar que não há restrição para que a PMMG promova a suspensão de atividades, mesmo
na ausência de laudo técnico, em assuntos de flora, nos termos do art. 28, §3°, do Decreto Estadual n°
44.844/2008 e do art. 49, §5º do Decreto Estadual nº 47.383/2018.
A atuação estatal deve ser direcionada pelo princípio da Supremacia do Interesse Público e, para que o
interesse público seja de fato alcançado, faz-se necessário que ao Estado sejam conferidos mecanismos
específicos, contemplados no direito positivo. Segundo a lição de José dos Santos Carvalho Filho, esses
mecanismos legais conferidos ao Estado caracterizam-se como verdadeiros poderes ou prerrogativas especiais
de direito público (p.71, 2009).
Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Melo “é necessário que o uso da liberdade e da
propriedade esteja entrosado com a utilidade coletiva, de tal modo que não implique uma barreira capaz de
obstar a realização dos objetivos públicos” (p.811, 2008).
Na seara legislativa, o poder de polícia é conceituado pelo Código Tributário Nacional, em seu art. 78,
in verbis:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Assim, no caso em análise, o agente autuante agiu no estrito cumprimento de seu dever legal. O ato
administrativo praticado, nos termos da legislação vigente, limita a ação individual em prol do interesse
comum, devendo, portanto, ser mantidas as penalidades impostas em desfavor do autuado, descritas no item
2.4 do presente parecer.
Embora não esteja previsto no rol dos direitos individuais e coletivos estabelecidos no art. 5º da
CR/88, o parágrafo segundo do referido artigo admite que outros direitos que não aqueles expressamente nele
previstos também sejam reconhecidos como fundamentais.
Art. 225- Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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Pelo texto constitucional, passa a ser dever de todos tratar o meio ambiente de forma consciente,
responsável e moderada, de modo a garantir uma sadia qualidade de vida não só às presentes gerações, mas
também às futuras, com o uso racional dos recursos naturais.
Tal regra contém o princípio da prevenção, o qual, segundo Romeu Thomé (THOMÉ DA SILVA, 2013,
p.68), é princípio orientador no Direito Ambiental, enfatizando a prioridade que deve ser dada às medidas que
previnam (e não simplesmente reparem) a degradação ambiental. A finalidade ou o objetivo final do princípio
da prevenção é evitar que o dano possa chegar a produzir-se.
Em matéria de Direito Ambiental, para utilização dos mecanismos de tutela administrativa do meio
ambiente não se depende, necessariamente, da configuração do dano ambiental. Essa realidade está
demonstrada pelas diversas condutas que, mesmo sem a constatação de dano, são caracterizadas como
infrações. Resta também aqui, em nossa opinião, caracterizado o viés preventivo da atividade fiscalizadora
ambiental, caracterizado pela prevenção a ocorrência do próprio dano.
Outro princípio norteador do Direito Ambiental, por sua vez, é o princípio da precaução, o qual,
segundo Romeu Thomé, foi proposto formalmente na Conferência do Rio 92 e é considerado uma garantia
contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda
identificados.
Nota-se, diante do exposto, que o objetivo primordial do ordenamento jurídico brasileiro e dos
princípios norteadores do Direito Ambiental é a prevenção de todo e qualquer dano, devendo o poder público
e a coletividade pautarem-se, sempre, por medidas que evitem a sua ocorrência.
Portanto, a proteção ao meio ambiente é dever do Poder Público e da coletividade, não se admitindo
que o Estado opte por não agir em defesa do meio ambiente, que atue de maneira insuficiente na sua proteção
ou que postergue a adoção das medidas necessárias para a preservação da qualidade ambiental.
No caso em foco, a atuação estatal tem justamente a finalidade de promover a defesa e preservação
ambiental, considerando a imposição do texto constitucional nesse sentido.
A atuação estatal no caso em foco está integralmente pautada nas normas vigentes, tanto no aspecto
processual/procedimental, quanto em relação ao próprio mérito da autuação objeto de discussão.
Vale registrar que foram devidamente observados os requisitos fundamentais do auto de infração,
anteriormente previstos no art. 31 do Decreto n° 44.844/2008 (revogado) e atualmente previstos no Decreto
n° 47.383/2018, inexistindo qualquer vício no ato administrativo praticado.
Assim, não há nenhuma ilegalidade em relação ao auto de infração objeto da presente análise,
devendo este ser mantido, uma vez que o ato administrativo praticado observou inteiramente as normas
aplicáveis ao caso concreto, em todos os seus aspectos.
[SE TIVER TESE DE PROTEÇÃO DE ÁREAS COMUNS OU ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, COLAR
AQUI COMO SUBTÓPICO 4.4.1]
atos administrativos são presumidamente legítimos, legais e verdadeiros, admitindo-se, entretanto, prova em
sentido contrário, ônus que é, portanto, do autuado e não do órgão ambiental.
A presunção de veracidade é o atributo do ato administrativo que diz respeito aos fatos, e, em
decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração Pública.
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, diversos são os fundamentos para justificar esse atributo do
ato administrativo, in verbis:
Especificamente no âmbito das autuações administrativas ambientais, previa o parágrafo 2º do art. 34,
do Decreto nº 44.844/08 (revogado), que “cabe ao autuado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo
do dever atribuído a autoridade julgadora para instrução do processo”. Por sua vez, o art. 61 do Decreto n°
47.383/2018 prevê que “lavratura de auto de infração dispensa a realização de perícia pelo órgão ambiental,
cabendo o ônus da prova ao autuado”, podendo, inclusive ser recusada “a prova considerada ilícita,
impertinente, desnecessária ou protelatória”, nos termos do art. 62 do mesmo Decreto.
Acerca da presunção de legalidade, vejamos as palavras do ilustre doutrinador José dos Santos
Carvalho Filho:
Assim também se posiciona o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais, in verbis:
EMENTA: ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. ART. 29, §§ 1°, III, 2° E 4°, I, DA LEI 9.605/1998.
AUTO DE INFRAÇÃO. IBAMA. GUARDA DOMÉSTICA. MANTER EM CATIVEIRO ESPÉCIES DA
FAUNA SILVESTRE SEM AUTORIZAÇÃO. ACÓRDÃO QUE DECLAROU A INEXIGIBILIDADE DA
MULTA. PERDÃO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.[...]
2. Segundo o acórdão recorrido, “No presente caso, a validade da autuação foi reconhecida,
posto que a conduta descrita no auto de infração efetivamente se enquadra nos dispositivos
legais já citados e as verificações e os atos administrativos praticados pelo IBAMA gozam
de presunção de legitimidade e de veracidade, até prova em contrário” [...] (STJ. Recurso
Especial nº 2017/0161069-3. Segunda Turma. Julgado em 07/12/2017, Publicado em
19/12/2017)
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Destarte, somente uma matéria probatória consistente é capaz de afastar a validade do ato
administrativo, que, repita-se, presume-se emitido com a observância da lei, até prova em contrário.
De certo, não compete ao autuado transmitir para a administração a obrigação que a lei lhe atribuiu,
ou seja, a responsabilidade de produzir elementos probatórios aptos a afastar a autuação em questão, tendo
em vista, principalmente, que as constatações efetivas no momento da fiscalização foram claramente
explicitadas no Boletim de Ocorrência/Auto de Fiscalização e no Auto de Infração.
No caso concreto, entretanto, o autuado não trouxe aos autos elementos de prova aptos a
desconstituir a presunção de legalidade e veracidade do ato administrativo, razão pela qual as penalidades
aplicadas devem ser mantidas.
5 CONCLUSÃO
Opinamos ainda pelo não acolhimento dos argumentos apresentados pelo Autuado em sua defesa,
face à ausência de fundamentos de fato e de direito que justificassem o acolhimento das argumentações
apresentadas e tendo em vista estar o Auto de Infração em conformidade com os requisitos formais.
Opinamos ainda pelo acolhimento parcial dos argumentos apresentados pelo Autuado em sua defesa,
apenas para reconhecer a aplicação de atenuante, face à ausência de fundamentos de fato e de direito que
justifiquem o acolhimento das outras argumentações apresentadas e tendo em vista estar o Auto de Infração
em conformidade com os requisitos formais.
Opinamos assim, pela manutenção das seguintes penalidades aplicadas no presente auto de infração,
quais sejam:
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DECISÃO
O (a) Superintendente de Controle Processual e Apoio Normativo, nos termos do art. 29, inciso IV, do
Decreto n.º 47.042/2016 em observância ao disposto nos artigos 34, 35, 36, 37 e 38 do Decreto n.º
44.844/2008, e tendo em vista o Parecer acostado aos autos, decide
Escolher requisitos de admissibilidade.
Pelo não acolhimento dos argumentos apresentados pelo Autuado em sua defesa, face à ausência de
fundamentos de fato e de direito que justificassem o acolhimento das argumentações apresentadas
e tendo em vista estar o Auto de Infração em conformidade com os requisitos formais.
Pelo acolhimento parcial dos argumentos apresentados pelo Autuado em sua defesa, apenas para
reconhecer a aplicação de atenuante, face à ausência de fundamentos de fato e de direito que
justifiquem o acolhimento das outras argumentações apresentadas e tendo em vista estar o Auto de
Infração em conformidade com os requisitos formais.
Pela manutenção das seguintes penalidades aplicadas no presente auto de infração, quais sejam:
Notifique-se o atuado para, quanto ao indeferimento do por ele pleiteado, apresentar Recurso no
prazo de 30 (trinta) dias ou efetuar o pagamento do valor da multa, devidamente atualizada, sob
pena de encaminhamento do processo administrativo para fins de inscrição do valor em dívida ativa
do Estado.
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