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1.Introdução ...................................................................................................................... 3
2.Desenvolvimento ........................................................................................................... 4
2.1.Conceito de Nacionalização .................................................................................... 4
2.1.1.Evolução jurídico-constitucional do regime das nacionalizações .................... 4
2.1.2.Os limites constitucionais à nacionalização ..................................................... 5
2.1.3.Processos de Nacionalizações .......................................................................... 5
2.1.4.Regime das nacionalizações ............................................................................. 6
2.1.5.Motivos da Nacionalização do BCI e BIM ...................................................... 7
2.1.6.Natureza jurídica do acto de nacionalização .................................................... 8
2.2.Privatizações ........................................................................................................... 8
2.2.1.Conceito de privatizações................................................................................. 8
2.2.2.Pontos positivos e negativos ............................................................................ 9
2.2.3.O processo das privatizações............................................................................ 9
2.2.4.Objectivos das privatizações .......................................................................... 10
2.2.5.Algumas cifras sobre privatizações ................................................................ 10
2.2.6.Controlo.......................................................................................................... 11
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Bibliografias ................................................................................................................... 13
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1.Introdução
Por fim, analisar-se-ão os dois períodos em que, desde 1975, ocorreram fenómenos de
nacionalização e privatização.
Esperemos que seja útil este traçado pelos diversos regimes que enformaram e
enformam a nacionalização e privatização no ordenamento jurídico Moçambicano.
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2.Desenvolvimento
2.1.Conceito de Nacionalização
A nacionalização consiste num acto político, em regra, contido num diploma legislativo,
implicando a transferências das empresas para a propriedade pública, em regra do
Estado em sentido estrito (António Carlos, et al., 2004).
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Em 1996 o art. da CRP previa, no seu n.º 2, a possibilidade de a lei determinar que as
expropriações de latifundiários e de grandes proprietários e empresários ou accionistas
não desse lugar a qualquer indemnização.
De igual modo, está vedada a nacionalização daquelas empresas que sejam o suporte e
requisito essencial de liberdades fundamentais, como seja a liberdade de informação e
de imprensa, o que excluirá a nacionalização extensiva de empresas de comunicação
social.
2.1.3.Processos de Nacionalizações
Até à Lei n.º 62-A/2008, de 11 Novembro, não houve uma lei-quadro ou lei geral sobre
nacionalizações, pelo que todo o acto de nacionalização teria de revestir
individualmente a forma de Lei ou de Decreto-Lei autorizado (cfr. art. 161.º, alínea d) e
art. 165.º, n.º 1, alínea l) CRP).
No que respeita à forma e processo das nacionalizações, a matéria dos meios e formas
de nacionalização dos meios de produção pertence à reserva relativa da Assembleia da
República (cf. art. 165.º, n.º 1, alínea l) CRP). Em 2008, com a Lei n.º 62-A/2008, de 11
de Novembro, que aprova o regime jurídico de apropriação pública por via da
nacionalização (RJN), permite-se doravante que as nacionalizações ocorram aquando de
motivos excepcionais e especialmente fundamentados, porque indispensáveis à
salvaguarda do interesse público (cf. art. 1.º), sendo que para o efeito os actos de
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nacionalização revestem a forma de Decreto-Lei e obedecem aos princípios da
proporcionalidade, da igualdade e da concorrência (cf. art. 2.º).
Cabe ainda referir que só ao Estado é admissível proceder a nacionalizações, pelo que
nenhuma outra entidade pública tem competência para tal, designadamente as Regiões
Autónomas e os Municípios.
A nacionalização do BCI e BIM tem que ver com a solidez desta instituição de crédito
potenciada pela crise financeira de 2007/2009. Assim se explica a adopção de algumas
soluções precipitadas envolvidas.
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«contágio», o risco de «efeitos em cadeia» (como costumamos dizer) no nosso sistema
financeiro era grande, no contexto financeiro internacional, e era um risco que não nos
podíamos dar ao luxo de correr”.
O art. 2.º, n.º 1 do Anexo define que o acto de nacionalização é um acto legislativo, e
deve revestir a forma de Decreto-Lei. Esta solução permite o controlo do Presidente da
República, a quem cabe promulgar. Materialmente, o acto de nacionalização pode ser
considerado um acto administrativo4. Assim se compreende a necessidade de
fundamentação, expressa no art. 2.º, n.º 2. O governo deve respeitar os princípios da
proporcionalidade, da igualdade e da concorrência.
2.2.Privatizações
2.2.1.Conceito de privatizações
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2.2.2.Pontos positivos e negativos
Basicamente, quem vê a privatização como algo positivo acredita que o governo não é
capaz de atender a todos os sectores e geri-los de maneira eficaz. Muitos acreditam que
sectores que já foram privatizados, como o das telecomunicações, melhoraram
significativamente em relação à oferta dos seus serviços. Outro argumento é que, ao
privatizar, evitam-se negociações que favoreçam determinados grupos políticos e,
portanto, combate-se a corrupção.
Assim, pela Lei nº 5/87, de 19 de Janeiro e pelo Decreto nº 10/87, de 30 de Janeiro, foi
estabelecido um quadro de incentivos aos investidores privados nacionais, ao qual se
juntou o Regulamento do Investimento Directo Estrangeiro, aprovado pelo Decreto nº
8/87, de 30 de Janeiro.
Estas foram, sem dúvida, medidas importantes que contribuíram para impulsionar a
actividade privada. No que diz respeito ao processo de alienação de unidades
empresariais pertencentes ou participadas pelo Estado, particular destaque merece o
Decreto nº 21/89, de 23 de Maio que aprovou o Regulamento de Alienação a Título
Oneroso de Empresas, Estabelecimentos, Instalações, Quotas e outras formas de
participação financeira da propriedade do Estado, regulamento que também veio a dar
cobertura legal a uma série de iniciativas que vinham sendo levadas a cabo por alguns
Ministérios e Secretarias de Estado no sentido de alienar um significativo número de
pequenas e médias empresas, com o fito de libertar o estado da gestão de pequenas e
médias empresas não estratégicas e incrementar a participação do sector privado.
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A partir desse marco, assistiu-se à privatização de uma série de empresas estatais e sua
transformação em sociedades anónimas de responsabilidade limitada. Destaca-se aqui a
privatização, através do decreto nº 36/90, de 27 de Dezembro, de três importantes
empresas comerciais e de serviços e sua transformação em S.A.R.L.
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Assim, esta unidade já dirigiu a reestruturação de 59 das maiores empresas detidas pelo
Estado. Deste total, 26 foram já privatizadas no período de 01.01.94 a 31.05.96 de cuja
venda foram arrecadados $US71,6 milhões e desembolsados, em investimentos nos
primeiros 5 meses do corrente ano foram privatizadas 9 empresas com uma forte
componente de investimento estrangeiro.
2.2.6.Controlo
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Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, ficou evidente de que, a nacionalização consiste num
acto político, em regra, contido num diploma legislativo, que incide sobre meios de
produção, implicando a transferências desses meios para a propriedade pública, em
regra do Estado em sentido estrito. A sua consagração constitucional sofreu alterações,
deixando de ser um instituto agressor de direitos, liberdades e garantias sem qualquer
tipo de mecanismo que repusesse a igualdade para continuar com características de acto
autoritário mediante indemnização. E evoluiu também constitucionalmente no sentido
da consagração do princípio da reversibilidade das nacionalizações efectuadas entre
1974 e 1976, essencialmente.
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Bibliografias
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