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CRISTIAN PETRY
Ijuí
2018
CRISTIAN PETRY
Ijuí /RS
2018
CRISTIAN PETRY
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo
membro da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Aos meus familiares pelo apoio em toda trajetória de graduação, incentivando a busca
pelo conhecimento, por acreditar que ele pode fazer a diferença. Por ter me proporcionado a
oportunidade de estar concluindo o curso de Engenharia, que se torna a profissão em que se
pretende atuar. Eternamente gratos a vocês.
Ao meu orientador Prof. Me. Carlos Wayhs pela oportunidade de desenvolver esta
pesquisa em conjunto, dando suporte com todos seu conhecimento em engenharia de
fundações e mecânica dos solos.
Não desista nas primeiras tentativas, a persistência é
amiga da conquista.
Bill Gates
RESUMO
Esta pesquisa visa estudar o comportamento do solo residual da cidade de Panambi, quanto a
sua capacidade de carga e recalque, através da realização de ensaios em campo, como o
ensaio de placas e SPT. A fim de obter conhecimento sobre as propriedades e características
do solo estudado, foram realizados ensaios de caracterização granulométrica em laboratório.
Através dos ensaios de prova de carga sobre placa foi possível reproduzir o comportamento
de uma fundação real, permitindo analisar através de uma curva tensão x recalque, os valores
das tensões para o solo estudado. Dentre os resultados apresentados nesta pesquisa, destaca-se
a comparação dos valores obtidos em campo, com métodos teóricos e semi-empíricos, por
metodologias apresentadas nesta pesquisa.
PETRY, Cristian. Study of the load capacity and repression of the residual soil of
Panambi - RS. 2018. Course Completion Work. Civil Engineering Course, Regional
University of the Northwest of the State of Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Ijuí, 2018.
This research aims to study the reaction of the residual soil of the city of Panambi, as well as
its load and repression capacity, through field trials such as the test of slab and SPT. In order
to obtain knowledge about the properties and characteristics of the studied soil, laboratory
tests were carried out on granulometric characterization. Through the tests of load test on slab
it was possible to reproduce the behavior of a real foundation, allowing to analyze through a
tension x stress curve, the values of the tensions for the studied soil. Among the results
presented in this research, it is possible to highlight the comparison of the values obtained in
the field, with theoretical and semi-empirical methods, by methodologies presented in this
research.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
2.2 Fundações......................................................................................................... 20
4 RESULTADOS ................................................................................................ 57
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 76
1 INTRODUÇÃO
Segundo Alonso (2012) a fundação é considerada a parte mais peculiar em uma obra civil,
essa estrutura é responsável por transmitir todas as cargas provenientes da edificação, sendo
considerada um elemento de transição entre a estrutura e o solo.
Para Hachich et.al. (1998), para um bom projeto de fundação é necessário conhecer o
solo, devendo atender a critérios de segurança a ruptura. Os recalques devem ser compatíveis
com a superestrutura e o tipo de empreendimento a ser executado. Através da investigação
geotécnica do solo pode-se obter as propriedades necessárias para definição de qual fundação
melhor se adequa para cada solo, levando em consideração o tipo de estrutura e solicitações de
carga.
Velloso e Lopes (2011) afirmam que quando se aplicam cargas em fundações, surgem
deformações que causam deslocamentos, conhecidos como recalques. Esses deslocamentos
devem estar dentro de limites exigidos para cada construção, levando a fundação a cumprir a sua
funcionalidade. A estimativa dos recalques é de suma importância para qualquer
empreendimento, afim de evitar e controlar danos estéticos e estruturais que esses deslocamentos
possam ocasionar.
De acordo com Terzaghi e Peck (1962), o passo mais importante no projeto de uma
fundação é a determinação da tensão máxima que pode ser aplicada no solo, sem causar a sua
ruptura nem apresentar recalques excessivos.
De acordo com a NBR 6122 (ABNT, 2010), a tensão admissível de uma fundação direta é
a tensão aplicada ao solo que provoca apenas recalques que a construção pode suportar sem
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Estudo da Capacidade de Carga e Recalque de Solo Residual da Cidade de Panambi - RS
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Segundo Russi (2007) uma das formas mais precisas para a determinação da capacidade
do solo é através da realização do ensaio de carregamento direto sobre placas, possibilitando a
análise em escala reduzida do comportamento real da futura fundação, sendo de grande valia para
o dimensionamento de fundações superficiais, contribuindo para a otimização das obras de
fundação.
Partindo desse pressuposto de que a fundação é uma das partes mais importantes da
construção devido a transmissão das cargas ao solo, e de que a determinação da tensão admissível
é um fator indispensável para o correto projeto de uma fundação, o presente estudo torna-se de
grande relevância devido ao fato de ser o primeiro ensaio de placas a ser realizado na cidade de
Panambi, podendo assim determinar a capacidade de carga de solo da cidade, servindo de
parâmetro para futuros empreendimentos que serão executados na cidade.
O presente estudo contribui para o conhecimento de mais um solo da região, visto que a
pesquisa vem sendo realizada pelo grupo de pesquisa da universidade objetivando conhecer
comportamentos de carga e recalque dos solos do noroeste do estado. A partir deste trabalho
poderão ser realizados novos estudos que possam ampliar e melhorar o conhecimento deste solo e
de solos similares.
1.1 Contexto
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Conforme Cintra, Aoki e Albiero (2013), além da forma teórica para determinação da
capacidade de carga, também existe o método experimental, por meio de provas de cargas em
placa, realizada na etapa de projeto da fundação.
Uma das maneiras mais eficazes para coletar informações seguras para se tomar uma
decisão, está na realização do ensaio de carregamento direto sobre placas, pois, através dele, se
reproduz em escala reduzida o comportamento real da fundação a ser construída. (RUSSI, 2007).
Desta forma, este trabalho visa analisar, o comportamento de solo, através da curva
tensão-recalque, do ensaio de placas, e compará-lo com: métodos teóricos comumente utilizados
para a determinação da tensão admissível e recalques; métodos empíricos e semi-empíricos.
1.2 Problema
De acordo com Ruver (2005), o ensaio de placa na maioria das vezes não é utilizado pelas
construtoras por motivos de cronograma e custos, mas é a forma mais real de se identificar o
comportamento e resistência de um determinado solo, analisando o comportamento tensão-
recalque gerado a partir do ensaio.
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Em termos de ensaios geotécnicos “in situ”, o ensaio SPT tem sido cada vez mais
utilizado em todo o mundo, podendo este ser utilizados para a estimativa de diversos parâmetros
dos solos. Isso porque muitas vezes é a única informação que pode ser disponibilizada, em função
da despreocupação por parte dos construtores com as fundações (RUVER, 2005).
Objetivo Geral:
Objetivos específicos:
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1.2.3 Delimitação
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2 REVISÃO DA LITERATURA
Buscou-se nesta seção apresentar uma revisão da literatura sobre os temas relevantes para o
desenvolvimento do trabalho de pesquisa, referenciando-se nos principais autores e dissertações
nas áreas de mecânica dos solos, geotécnica e fundações.
Nos próximos tópicos serão descritos os temas pertinentes ao tema da pesquisa, abordando
primeiramente formação e classificação do solo, fundações superficiais e profundas, principais
tipos de investigação geotécnica (SPT e Ensaio de Placa), modos de ruptura do solo, conceitos de
tensão admissível, capacidade de carga e de recalque, e métodos para estimativa da capacidade de
carga e recalque.
Para Pinto (1998), os solos constituem-se por um conjunto de partículas formado por
partículas com água (ou outro líquido) e ar nos espaços intermediários, livres para deslocar-se
entre si, podendo em alguns casos ocorrer um processo de cimentação, porém em um grau muito
reduzido.
Do ponto de vista geotécnico, conforme Caputo (1988) os solos podem ser divididos em
três grandes grupos, solos residuais, sedimentares e de formação orgânica. O primeiro grupo
corresponde aos solos residuais ou autóctones, são os que permanecem no local de origem da
rocha, sendo possível observar uma gradual transição do solo até a rocha. O autor cita dentro
deste grupo alguns solos em destaques como os solos lateríticos, expansivos e os porosos. O
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segundo grupo refere-se aos solos sedimentares ou alotóctones, são os que sofrem ação de meios
físicos que promovem o seu transporte, como os aluvionares (transportados pela água), e os
eólicos (transportados pelo vento). Os solos de formação orgânica, originam-se seja da natureza
vegetal (plantas, raízes) ou animal (conchas).
Ainda conforme Chiossi (1983), não existe uma demarcação bem definida entre o solo e a
rocha que a originou. A passagem entre as camadas é gradativa e permite a separação por no
mínimo duas faixas distintas: aquela logo abaixo do solo propriamente dito e outra acima da
rocha. A Figura 2 demonstra um perfil típico de um solo residual.
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2.2 Fundações
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Segundo NBR 6122/2010, para qualquer edificação deve-se realizar uma investigação
geotécnica preliminar, constituída no mínimo por sondagens a percussão (com SPT), para a
determinação da estratigrafia do solo e sua classificação, bem como o nível d’água e a medida do
índice de resistência a penetração (NSPT). Os ensaios de penetração de cone (CPT), palheta,
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De acordo com a norma NBR 6484 (ABNT, 2001) o ensaio consiste em penetrar um
amostrador padrão (com diâmetro interno de 34,6mm e diâmetro externo de 50,8mm), no solo
por meio de golpes de um martelo em queda livre, padronizado em 65kg, a uma altura de 0,75m.
Ainda de acordo com NBR 6484/2001, o avanço da perfuração dos 0,55 m iniciais de cada metro
de profundidade deve ser feito por meio de trépano de lavagem. Anota-se a quantidade de golpes
necessários para fazer com que o amostrador penetre 15 cm do solo, esse procedimento repete-se
três vezes, ou seja, 45 cm a cada metro de profundidade do furo de sondagem. O índice de
resistência a penetração (NSPT) é o valor somatório de golpes dos 0,30 m últimos da penetração
do amostrador. As amostras de solos retiradas no interior do amostrador, deve-se coletar a cada
metro de profundidade ensaiada (ABNT, 2001).
Ruver (2005) dissertou que metodologias de execução de ensaios SPT variam dependendo
do país, fazendo-se necessário a uniformização dos valores NSPT em termos de energia de
cravação. Considerando a Equação 1, para o caso brasileiro adota-se a energia teórica de
cravação de 72%, faz-se a correlação dos valores NSPT para o padrão internacional de 60% de
aproveitamento de energia teórica, tendo-se:
De acordo com a NBR 6484/2001 é possível correlacionar o solo com os valores de NSPT.
A Tigura 1 correlaciona os valores de para argila e siltes argilosos. (ABNT, 2001)
De acordo com a NBR 6122/2010, os resultados do ensaio de prova de carga sobre placa
devem ser interpretados de modo a considerar a relação modelo-protótipo (efeito de escala), bem
como as camadas influenciadas do solo. (ABNT, 2010)
O ensaio de placas é regido pela NBR 6489/1984 “prova de carga direta sobre terreno de
fundação”, que descreve os equipamentos e procedimentos a serem realizados e utilizados para o
ensaio, onde utiliza-se uma placa com área mínima de 0,5m², que será alocada no mesmo nível
em que será assentada a fundação. AplicaM-se cargas verticais no centro da placa, em estágios e
mede-se a deformação simultaneamente com o incremento da carga, resultando em um gráfico de
pressão x recalque (ABNT, 1984).
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Para Teixeira e Godoy (1998) a prova de carga padrão utiliza-se apenas uma placa de 80
cm de diâmetro. No entanto, no estudo da relação modelo-protótipo, quando os resultados da
prova de carga terão que ser extrapolados para sapatas ou placas maiores, pode-se utilizar placas
de tamanhos diferentes, como 30, 60 e 80 cm de diâmetro.
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Conforme Alonso (2012), relacionando a pressão aplicada (que pode ser lida no
manômetro acoplado ao macaco hidráulico) e o recalque medido no deflectômetro, é possível
traçar uma curva pressão x recalque. O autor indica que a pressão é aplicada em estágios, sendo
que, somente será aplicado um incremento de pressão após os recalques estarem estabilizados. A
curva pressão x recalque é exemplificada na Figura 10.
Segundo Alonso (2012) para evitar interpretações erradas é importante para o ensaio de
placas conhecer o perfil geotécnico do solo. Se no subsolo existirem camadas compressíveis
profundas em profundidade que não sejam solicitadas pelas tensões aplicadas como na Figura 11,
a prova de carga não terá eficiência ao se estimar a tensão admissível da fundação, uma vez que o
bulbo de pressões desta é maior que o da placa.
Velloso e Lopes (2011) como detalhado na Figura 13, classifica o ensaio de placas quanto
a sua localização: na superficie, em cavas ou em furos.
Velloso e Lopes (2011) relacionam a carga aplicada sob uma fundação superficial a três
fases de deslocamentos verticais (ou recalques) correspondentes (Figura 14). Para pequenos
valores de carga, os recalques serão aproximadamente proporcionais, chamando-se então a
primeira faze de elástica, onde os recalques são reversíveis. Na segunda fase, surgem
deslocamentos plásticos, surgindo, inicialmente, junto às bordas da fundação. Conforme o
carregamento vai aumentando, a zona plástica toma uma proporção maior, o que caracteriza
recalques irreversíveis. Para cargas ainda maiores, ocorre um processo de recalque continuado,
mesmo com uma carga constante, a velocidade de recalque cresce continuamente até que ocorre a
ruptura do solo, atinge-se então o limite de resistência da fundação.
Segundo Vesic (1975) apud Cintra, Aoki e Albiero; (2003), o autor considera que em um
elemento isolado de fundação pode ocorrer três modos de ruptura do maciço do solo:
a) ruptura geral;
b) ruptura local;
c) ruptura por puncionamento;
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A ruptura local (Figura 16), é definida apenas imediatamente abaixo da base do elemento
de fundação, pela formação de uma cunha e de superfícies de deslizamento que se iniciam junto
ás bordas da fundação. É caracterizada como um caso intermediário entre a ruptura geral e por
puncionamento).
A ruptura por puncionamento (Figura 17), não é fácil de ser observada. Com a aplicação
da carga o elemento de fundação tende a afundar, o solo externo à área carregada praticamente
não é alterado e não é possível observar movimento do solo na superfície. A fundação é mantida
em equilibrio vertical e horizontal.
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Para Teixeira e Godoy (1998) a tensão admissível sempre será fixada levando-se em conta
dois critérios que norteiam o projeto de fundações, são eles: a segurança à ruptura e o recalque
admissível. Segundo o autor, o critério de segurança a ruptura visa proteger a fundação de uma
ruptura, sendo de fácil satisfação quando se aplica um coeficiente de segurança adequado a
tensão que causa a ruptura do solo. O critério de recalque admissível implica a uma tensão que
conduza a fundação a recalques que a superestrutura possa suportar, sendo este mais difícil de ser
avaliado e também o critério que governa a maioria dos problemas práticos.
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(2)
Cintra, Aoki e Albierom (2003) ressalta que não se trata da capacidade de carga da sapata,
porque a tensão de ruptura depende dos parâmetros de resistência do solo. Para sapatas com
dimensões idênticas, em solos diferentes, a capacidade de carga não será a mesma. Também não
se deve considerar a capacidade de carga do solo, pois depende da geometria da sapata, como
exemplo, em um mesmo solo, para sapatas com dimensões diferentes, a capacidade de carga não
será a mesma. Justificando-se, portanto, que a denominação apropriada para a capacidade de
carga do sistema sapata-solo.
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Terzaghi em 1943 apresentou uma teoria de ruptura do solo a partir de duas curvas
distintas relacionando tensão x recalque ilustrado pelas curvas e , de acordo com dois
gêneros de ruptura do maciço do solo, representados por meio de curvas típicas (Figura 19).
(CINTRA; AOKI; ALBIERO; 2003)
ruptura é perfeitamente encontrada pela abcissa da tangente vertical á curva. Este caso é
caracterizado pela ruptura geral do maciço do solo. (CINTRA; AOKI; ALBIERO; 2003)
Quando o solo é caracterizado fofo ou mole, a curva tensão x recalque é representada pelo
tipo e o ponto de ruptura não fica claramente definida, neste caso, predomina a ruptura local, a
capacidade de carga é arbitrada por Terzaghi como sendo a abcissa do ponto a partir do qual
a curva se torna retilínea. A interpretação da curva é motivo de discussão pelo fato de que não
definir um critério de ruptura adequado, não sendo evidenciada de maneira nítida (CINTRA;
AOKI; ALBIERO; 2003).
(3)
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Vesic (1975) apud Cintra, Aoki e Albiero (2003) sugere aplicar-se os fatores de forma de
De Beer (1967, apud Vesic, 1975) que podem ser obtidos pelas equações contidas na figura 21,
que relacionam a geometria da sapata e também o angulo de atrito interno do solo ∅.
Conforme Cintra, Aoki e Albiero (2003), posteriormente leva-se esses fatores para uma
equação geral da capacidade de carga na ruptura geral, que considera a forma da sapata
representada pela Equação 4:
(4)
De acordo com Terzaghi (1943) apud Cintra, Aoki e Albiero (2003), a ruptura de solos
fofos ou moles ocorre de maneira local, em tais solos propõe-se a utilização de valores reduzidos
de resistência do solo (C e ∅), conforme Equação 5 e 6.
(5)
∅ ∅ (6)
Onde C é o valor de coesão do solo, ∅ é o ângulo de atrito interno, e C' e ∅' são fatores de
minoração para o caso descrito acima.
A Figura 22, correlaciona o valor de NSPT para a determinação do peso específico de solos
argilosos. Já a Figura 23, determina a coesão do solo conforme o índice SPT, sendo ambas as
tabelas utilizadas no método teórico de Terzaghi com a Equação 4.
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∅ √ (7)
∅ (8)
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√ (9)
√ (10)
Ruver e Consoli (2006) ressalta que o estudo foi desenvolvido para solos residuais que
apresentam um perfil homogêneo, de pelo menos duas vezes o lado ou diâmetro da fundação.
Também descreve que o método foi elaborado para fundações entre 0,3 m e 1,6m, não sendo
aconselhável que se extrapole as equações para fundações que não se enquadre neste intervalo.
Para a determinação da tensão admissível, Mello (1975, apud Ruver, 2005) apresenta de
forma semi-empírica a Equação (11), que pode ser aplicada para qualquer tipo de solo, com
valores de entre 4 e 16, onde é a tensão admissível em MPa..
√
4≤ ≤ 16 (11)
5≤ ≤ 20 (12)
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Cintra, Aoki e Albiero (2003) demonstram que é possível estimar a tensão admissível de
acordo com a NBR 6122/2010, valores básicos de tensão admissível tabela 2. Relaciona-se o tipo
de solo por meio de investigação de campo e/ou laboratorial. Valores estes fixados, que serve
como orientação inicial, e que seu uso deve ser restrito a cargas não superiores a 1.000 kN por
pilar. Em sua versão atualizada, a norma restringe o uso destes valores, devendo esta ser adotada
somente para fins de pré-dimensionamento.
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Em Hachich et al. (1998), indica-se que a prova de carga sobre placa nasceu antes mesmo
das conceituações da Mecânica dos Solos, aplicada de forma empiricamente na tentativa de obter
informações sobre o comportamento tensão-deformação de um determinado solo de fundação. O
autor indica que o resultado se dá na forma de um gráfico Tensão x Recalque, ilustrado na Figura
25.
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Segundo Alonso (2012), a curva tensão x recalque obtida atraves do ensaio apresentam
dois casos extremos. Os solos que apresentam ruptura geral, isto é, uma tensão ruptura bem
definida ( ), são solos considerados resistentes (argilas rijas ou areias compactas). Por outro
lado, quando o solo apresenta ruptura local, não há definição do valor de tensão de ruptura, sendo
caracterizados em geral solos de baixa resistência (Figura 26).
Para Alonso (2012), a ordem de grandeza que se pode admitir para a tenão admissível,
com base nos resutaldos de um ensaio de prova de caraga, é dada pelas Equações 13 e 14, onde é
desprezado o tamanho da sapata.
Para Cudmani (1994) apud Russi (2007), quando a carga de ruptura não está
perfeitamente caracterizada no gráfico carga x recalque, se faz necessário a utilização de critérios
de definição da carga de ruptura. Segundo o autor tem-se utilizados muitos critérios, geralmente
arbitrárias, para a determinação da carga de ruptura a partir de provas de carga, entre eles se
encontram o critério de limitação do recalque total:
2.7 Recalques
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De acordo com Velloso e Lopes (2011), toda fundação sofre deslocamentos verticais
(recalques), horizontais e verticais provenientes das solicitações. Esses deslocamentos dependem
do solo e da estrutura. Quando os valores desses deslocamentos ultrapassam certos limites, a
estrutura pode chegar ao colapso, pelo surgimento de esforços para os quais ela não está
dimensionada. Pode-se dizer então que os deslocamentos têm influência sobre a estrutura que vai
desde o surgimento não previsto até ao colapso.
Velloso e Lopes (2011) salientam que a previsão de recalques é um dos exercícios mais
difíceis da Geotecnia e que os resultados obtidos dos cálculos, por mais aproximados que sejam,
devem ser encarados como uma estimativa. O autor indica que a previsão de recalques pode ser
separada em três grandes métodos: racionais, semi-empíricos e empíricos. Os métodos racionais
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[ ] (15)
Em que:
3 MÉTODO DE PESQUISA
Esta pesquisa pode ser caracterizada como aplicativa, pois tem como objetivo estabelecer
conhecimentos de emprego prático para a solução de um problema específico.
3.2 Delineamento
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ensaios em campo “in situ”, para então realizar a execução dos ensaios SPT e sobre placa, e
posteriormente determinar-se os valores de tensão admissível e de ruptura a partir dos métodos.
Finaliza-se pela análise dos valores encontrados por diversos métodos descritos na bibliografia.
Na Figura 27, apresenta-se o fluxograma desta pesquisa.
Determinado a região a ser realizado, buscou-se o local para execução dos ensaios, sendo
escolhida a área em que se encontra a fábrica de rações da empresa Cotripal Agropecuária
Cooperativa, devido a existência de realização de ensaio SPT recente e também a disponibilidade
de equipamentos necessários para a execução do ensaio sobre placas.
Foram realizados no dia 28 de outubro de 2017 dois ensaios de prova de carga direta
sobre o terreno através do uso de duas placas, respectivamente 30 e 48 cm de diâmetro.
Os ensaios foram realizados na cota superficial do terreno, já que haviam sido realizadas a
limpeza da vegetação e terraplanagem da área. Definiu-se esta cota, pois desta forma o solo se
apresentava adequado para receber uma fundação superficial hipotética. O tempo estava bom,
sem ocorrência de precipitação pluviométrica. A Figura 30 demonstra o local da execução dos
ensaios.
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Para o local de estudo foram executados os ensaios SPT, descrito na revisão bibliográfica
no item 2.3.3, os ensaios foram executados conforme as recomendações da NBR 6489/1984
intitulada “Prova de carga direta sobre terreno de fundação”, que “fixa as condições gerais a
satisfazer nas provas de carga sobre terreno, para fins de fundação por sapatas rasas, assim como
as informações que devem constar do registro da mesma”. (ABNT, 1984)
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Para o sistema de reação da carga aplicada necessário para execução do ensaio, adotou-se
uma escavadeira hidráulica de marca Case modelo Cx220B, que possui massa de 22,174 t, cuja
máquina é utilizada em obras de terraplanagem e mineração, dando suporte a execução do ensaio,
e que é apresentada na Figura 35.
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No local onde o ensaio foi realizado, ocorreu a execução de terraplenagem da área, sendo
que na área específica da aplicação de cargas, executou-se um aterro, originando-se a base para a
pavimentação local do acesso à fábrica de rações da empresa, portanto o solo do local estava
devidamente compactado.
Foi realizada uma raspagem em torno do local, com ajuda da própria escavadeira, para a
instalação e preparação do ensaio de prova de carga sobre placa, com objetivo de limpeza da
superfície e nivelamento, conforme condiz com a NBR 6489 (ABNT, 1984). A Figura 36 ilustra
este processo.
Após a instalação dos tripés, a régua de alumínio foi montada verificando-se seu nível.
Então foi possível fixar as hastes que dão suporte aos três relógios deflectômetros, que foram
instalados junto a placa, posicionados de forma equidistante em todo seu perímetro, para
verificar-se os deslocamentos de todo o conjunto. A Figura 39 demonstra um dos relógios
montados.
O ensaio procedeu conforme recomendado pela NBR 6489/84 (ABNT, 1984), após cada
aumento de carga aplicada, os recalques lidos imediatamente em intervalos sucessivos e dobrados
(1, 2, 4, 8, 15, minutos, e etc.) até que as leituras estejam estabilizadas, tendo uma tolerância
máxima de 5% de diferença do recalque total entre leituras. O ensaio deverá ser executado até,
pelo menos, observar-se um recalque total de 25 mm ou até atingir-se o dobro da taxa admitida
pelo solo. Para descarregamento, utilizam-se os mesmos critérios de leitura e de estabilização
considerados para o carregamento. (ABNT, 1984)
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A aplicação das cargas se deu pelo macaco hidráulico e eram acrescidas em estágios de 50
kN/cm² para a placa de 30 e 48 cm, tanto para o carregamento até a descarga realizada em
estágios sucessivos. Somente, após a estabilização dos recalques (tolerância de 5% do total de
recalque) passou a um novo acréscimo de carga, correspondendo a diferença entre leituras de
1,25 mm.
Na área dos dois ensaios, retirou-se uma amostra de 60 kg de solo para realização dos
ensaios de caracterização em laboratório, bem como também realizou-se posteriormente o ensaio
SPT.
Para o local de estudo foram executados os ensaios SPT, descrito na revisão bibliográfica
no item 2.3.1, a fim de determinar os valores de NSPT das camadas do maciço de solo onde os
ensaios de placas foram executados. Este ensaio é regido pela NBR 6484 (ABNT, 2001)
intitulado “Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio”, a qual
“prescreve o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT,
cujas finalidades, para aplicações em Engenharia Civil, são:
ensaio de placa. Juntamente com o suporte do ensaio SPT e ensaios de caracterização geotécnica,
trazem maiores informações ao engenheiro para o dimensionamento mais coerente do projeto de
fundações.
Os ensaios de granulometria foram realizados de acordo com a NBR 7181 (2016) – “Solo
- Análise granulométrica”, que prescreve o método para a análise granulométrica dos solos,
realizada por peneiramento ou por uma combinação de sedimentação e peneiramento. (ABNT,
2016)
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4 RESULTADOS
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Conforme Moreira (2014), de acordo com DNIT (2006) os materiais para utilização como
subleito devem apresentar uma expansão menor que 2% e um ISC maior que 2%. Já para á sub-
base, uma expansão menor que 2% e ISC maior que 20%. Indicando assim a possibilidade de
utilizar este solo como sub-base para a pavimentação e um ótimo material para subleito.
Na Figura 43 apresenta-se o gráfico das curvas tensão – recalque, para a placa de 30 cm,
para o carregamento indicado pela curva na cor azul e descarregamento indicado na cor
vermelha, conforme valores das tensões e recalques obtidos na Tabela 5.
Pelo gráfico da Figura 43 apresentado da placa de 30cm, através da linha azul que indica
o carregamento, percebe-se que a tensão de ruptura no solo foi de 560 kPa e recalque médio de
29,18mm. O recalque resultante em 25mm foi atingido em uma tensão de 500kPa.
194 0,008881944
250 243 4,90 5,36 6,45 5,57 0,011604167
300 292 6,17 6,37 8,34 6,96 0,0145
350 340 7,69 7,67 10,58 8,65 0,018013889
400 389 9,33 9,02 12,87 10,41 0,021680556
450 437 11,98 10,79 16,40 13,06 0,027201389
500 486 14,30 11,49 19,54 15,11 0,031479167
550 534 16,02 12,04 21,36 16,47 0,034319444
550 534 16,02 12,04 21,36 16,47 0,034319444
DESCARREGAMENTO
Na Figura 44, apresenta-se a curva carga – recalque adimensionalizada obtida para a placa
de 30 cm de diâmetro, onde o recalque é dividido pelo diâmetro.
Na Figura 45 apresenta-se o gráfico das curvas tensão – recalque, para a placa de 48 cm,
para o carregamento indicado pela curva na cor azul e descarregamento indicado na cor
vermelha, conforme valores das tensões e recalques obtidos na Tabela 6.
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Pelo gráfico da Figura 45 da placa de 48 cm, através da linha azul que indica o
carregamento, pode-se observar que não foi possível atingir a ruptura do solo, devido ao sistema
de reação não ser suficiente para realizar os acréscimos de carga. O recalque da placa de 48cm
não ultrapassou o limite de 2 5mm, o que não caracteriza a ruptura do solo.
A partir dos dados obtidos nos ensaios de campo foram aplicadas as metodologias de
cálculos descritas na revisão bibliográfica no item 2.6 para obtenção da capacidade de carga,
adotando as Equações 13 e 14 apresentadas na revisão bibliográfica.
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De acordo com o gráfico tensão – recalque da Figura 43 para a placa de 30 cm, a tensão
de ruptura resultou em um valor de 560 kPa. A tensão correspondente a um recalque de 10 mm
resultou em um valor da tensão de 390 kPa e para o recalque de 25 mm a tensão resultante de 500
kPa. Portanto, segundo as Equações 13 e 14 temos o valor da tensão admissível de 250 kPa.
Para a placa de 48 cm, como pode-se observar no gráfico tensão – recalque da Figura 44 a
tensão para a ruptura do solo não foi atingida. O valor correspondente a um recalque de 10 mm
resulta em um valor da tensão de 379 kPa. Já a tensão que resulta em um recalque de 25 mm não
foi possível obter o valor, portanto, segundo a Equação 13 temos o valor da tensão admissível de
370 kPa.
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σ σadm
σadm Alonso σadm Cudmani
σ σ (d/30) Real
Local σ Rup
25mm 10mm σ σ σ σ
σ (d/30) /2
10mm rup/2 25mm/2 10mm 222,5
Panambi 560 500 390 390 280 250 390 195
Fonte: Autoria própria
σ σadm
σadm Alonso σadm Cudmani
σ σ (d/30) Real
Local σ Rup
25mm 10mm σ σ σ σ
σ (d/30) /2
16mm rup/2 25mm/2 10mm 259
Panambi - - 370 518 - - 370 259
Com a aplicação da carga, o solo estudado apresentou uma ruptura típica por
puncionamento, onde o solo externo à área carregada não é alterado e não é possível observar
movimento do solo na superfície, conforme item 2.4. A ruptura do solo ocorreu após o
carregamento ultrapassar os 550 kPa. As leituras efetivadas nos relógios deflectômetros em R1 e
R2 indicaram, 29,53 e 28,83 mm de recalque respectivamente. Tem-se então um valor
[R(médio)] de 29,18 mm, conforme a Tabela 6. Já na Figura 47 é possível observar o recalque
gerado pela aplicação da carga no solo, ocasionando uma típica ruptura por puncionamento.
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Em sequência, no ensaio com a placa de 48 cm de diâmetro, não foi possível chegar a sua
tensão de ruptura pela tensão aplicada ser maior que a reação de apoio disponível. A maior carga
aplicada foi de 534 kPa. As leituras efetivadas nos relógios deflectômetros em R1, R2 e R3
indicaram, 16,02, 12,04 e 21,36 mm de recalque respectivamente, resultando em um valor médio
de 16,47mm, conforme Tabela 7
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Para determinação da tensão de ruptura pela teoria de Terzaghi, descrita no item 2.6.1.1
dada pela Equação 4, adotou-se para a placa de 30 cm de diâmetro o valor da coesão em 60,36
kPa, obtido na tabela apresentada na Figura 23, o peso específico de 17 kN/m³, determinado pela
tabela da Figura 22, o ângulo de atrito interno de 20º, determinado pela Equação 6, a coesão do
solo de 40,24 determinado pela Equação 5. Não foi considerada a sobrecarga pois o ensaio
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N c y B ф ф' c' Nc Nq
9,45 60,36 17 0,3 28,75 20 40,24 14,8 6,4
Ny Nq/Nc tg ф Sc σR
Sq Sy
FS σadm
5,39 0,43 0,36 1,43 1,36 0,6 862,50 3 287,50
Fonte: Autoria própria
Pelo método de Ruver e Consoli (2006) para o cálculo da tensão admissível do solo
utilizaram-se a correção dos valores de NSPT dada pela Equação 1. O método faz uso das
Equações 9 e 10 do item 2.6.1.2 da revisão bibliográfica. Portanto teve-se os seguintes resultados
para a tensão admissível do solo: da Equação 10, o valor inferior de 56,23 kPa e da Equação 9 o
valor superior de 160,14 kPa respectivamente para a placa de 30 cm.
Mello (1975, apud Ruver, 2005), propõe a equação 11 do método conforme item 2.6.1.3
da revisão bibliográfica. Com o valor de NSPT chegou-se ao valor da tensão admissível de 207,41
kPa para a de 30 cm.
De acordo com o método de Teixeira e Godoy (1998), descrito no item 2.6.1.4 da revisão
bibliográfica, tem-se a equação 12, a qual resultou em um valor da tensão admissível de 189 kPa.
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O módulo de elasticidade do solo , foi desenvolvido por Ruver (2005) para solos
residuais, apresentada na Equação 16 a seguir e utilizada para o Método Teoria da Elasticidade:
(16)
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Recalques W (mm)
Tensão (kPa)
W centro W canto W médio W Ensaio
62 0,61 0,39 0,52 1,50
124 1,23 0,79 1,04 1,69
187 1,84 1,18 1,57 1,92
Fonte: Autoria própria
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5.1 Conclusões
Pelo método HRB/AASHTO, pertence ao grupo A-7-5. Pelo (SUCS) foi classificado no
grupo CH.
Quanto sua empregabilidade para pavimentação de acordo com DNIT (2006) e os ensaios
de ISC e expansão, o solo apresenta perfeitas condições para ser utilizado como sub-base.
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O valor de NSPT médio para a área de influência do bulbo de tensões para a placa de 30cm
de diâmetro, apresentou um valor de 9,45, valor este corresponde as argilas de consistência
média.
Os valores obtidos através dos métodos teóricos e semi-empíricos descritos no item 2.6.1
da revisão bibliográfica, estão apresentados na tabela 12 e Figura 52.
Pelo método de Teixeira e Godoy (1998), o valor da tensão admissível resultou em 189
kPa, tendo uma diferença de 15,06 % a menos do ensaio de placa. Sendo assim, ocorre uma
similaridade muito próxima entre o método no valor da tensão admissível, chegando-se ao
segundo método mais próximo ao ensaio de placa, entre os demais métodos.
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Mello 207,41
Terzaghi 287,5
O método médio de Ruver e Consoli (2006), resultou no valor de 108,184 kPa, sendo uma
diferença pelo ensaio de placa de – 51,38 %, ou seja, o valor da tensão admissível é inferior ao
valor da tensão admissível encontrada no ensaio de placa de 30 cm de diâmetro, resultando no
método que mais diferiu dentre todos os métodos.
Para a ruptura no solo pelo ensaio com a placa de 30 cm de diâmetro, resultou no valor de
tensão de 560 kPa, no qual gerou um recalque médio de 29,18 mm, ocasionando em uma ruptura
típica por puncionamento. A tensão de ruptura no solo pelo ensaio com a placa de 48 cm de
diâmetro não foi possível ser encontrada, devida a falta de reação de apoio, para atingir a ruptura
do solo.
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O método da elasticidade linear, que apresenta os recalques imediatos para cada carga
aplicada, diferencia-se do apresentado no ensaio de prova sobre placa, superestimando os
recalques, divergindo em média 37% do recalque real apresentado pela placa no ensaio de prova
de carga.
REFERÊNCIAS
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______. NBR 6457: Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de
caracterização. Versão corrigida. Rio de Janeiro. 2016a. 8 p.
______. NBR 6459: Solo - Determinação do limite de liquidez. Rio de Janeiro. 2016b. 5 p.
______. NBR 6484: Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos. Rio de
Janeiro, 2001. 17 p.
______. NBR 6489: Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação. Rio de Janeiro, 1984. 2p
______. NBR 8036: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para
fundações de edifícios. Rio de Janeiro, 1983 3 p.
______. NBR 7180. Solo - Determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro. 2016c. 7 p.
______. NBR 9895: Solo – Índice de suporte Califórnia. Rio de Janeiro. 2016. 14 p.
CAPUTO, Homero. Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. Vol. 1. Rio de Janeiro:
Livros técnicos e científicos S.A., 1988.
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CINTRA, José Carlos A.; AOKI, Nelson; ALBIERO, José Henrique. Tensão admissível em
fundações diretas. São Carlos: RiMa, 2003. p. 135
HACHICH. Waldemar; FALCONI. Frederico F.; SAES. José Luiz; FROTA. Régis G.
Q.; CARVALHO. Celso S.; NIYAMA. Fundações Teoria e Prática. 2.ed. São Paulo, PINI.
1998.
PINTO, Carlos de Souza. Propriedades dos solos. In: HACHICH, Waldemar (Org). et al.
Fundações: teoria e prática. 2. Ed. São Paulo: Pini, 1998. 754 p.
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