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JUIZ DE FORA – MG
2009
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1. Revisão Contabilidade
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Aplicações Origens
Débito Crédito
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3. Contabilidade
3.1. Conceito
É a ciência que permite, por meio de suas técnicas, registrar e controlar os atos e
fatos administrativos ocorridos em determinada entidade, proporcionando um
acompanhamento sistemático de seu patrimônio.
Objetivo Fundamental
Proporcionar a seus usuários as informações econômico-financeiras que auxiliem
na tomada de decisões.
Usuários
Acionistas, sócios ou quotistas
Diretores, administradores e executivos em geral
Instituições financeiras, fornecedores e financiadores externos
Governo
Órgão de classe
Sociedade em geral
3.2. Princípios
De forma geral, princípio é toda proposição diretora, à qual toda norma
subseqüente deve estar subordinada. Assim os princípios contábeis são proposições
básicas que sujeitam todas as normas contábeis seguintes às suas observâncias.
Os princípios de contabilidade conforme Resolução nº 750/93 do Conselho
Federal de Contabilidade:
• Entidade
• Continuidade
• Oportunidade
• Registro pelo valor original
• Atualização Monetária
• Competência
• Prudência
Entidade: Não se deve confundir o patrimônio da entidade com o patrimônio dos
sócios.
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Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado
do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independente de recebimento ou pagamento.
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b.4) O Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas e com os Períodos
Contábeis:
Toda despesa diretamente ligada com as receitas reconhecidas em determinado
período, com as mesmas deverá ser confrontada. Os consumos ou sacrifícios de ativos,
realizados em determinado período e que não puderem ser associados à receita do
período, nem a períodos futuros, deverão ser descarregados como despesa no período
em que ocorrerem.
c.1) A Convenção da Objetividade:
Para procedimentos igualmente relevantes, resultante da aplicação dos
princípios, preferir-se-ão em ordem decrescente:
1) os que puderem ser comprovados por documentos e critérios objetivos;
2) os que puderem ser aprovados por consenso de pessoas qualificadas da
profissão, reunidas em comitês de pesquisa ou em entidades que têm autoridade sobre
princípios contábeis.
c.2) A Convenção da Materialidade:
O contador deverá sempre avaliar a influência da informação à luz da relação
custo benefício, levando em conta aspectos internos do sistema contábil.
c.3) A Convenção do Conservadorismo/Prudência:
Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos,
a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor para o ativo e o maior para o
passivo.
c.4) A Convenção da Consistência:
A contabilidade deverá ser mantida de tal forma que os usuários das
demonstrações contábeis tenham possibilidade de delinear a tendência da mesma com o
menor grau de dificuldade possível, ou seja, os procedimentos adotados em um período
devem ser mantidos, na medida do possível, nos períodos subseqüentes.
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Quadro comparativo:
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4. SOCIEDADES COMERCIAIS
4.4.1. SOCIEDADES
É o acordo consensual em que duas ou mais pessoas (físicas e/ou jurídicas) se obrigam
a conjugar esforços ou recursos para consecução de um fim comum.
São aquelas que prestam serviços, com ou sem fins lucrativos, e não praticam atos de
comércio.
Empresas que tem como objeto social a atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou serviços. (Lei 10.406/02 – Arts. 996 e 982 )
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4.4.2. DESIGNAÇÃO DA SOCIEDADE
Responsabilidade mista – uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra
parte tem responsabilidade limitada. São desta categoria a sociedade em comandita
simples e a sociedade em comandita por ações.
- Fusão
- Incorporação (encampação ou absorção)
- Grupo de Sociedades
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- Consórcio
- Coligadas e controladas
- Subsidiária Integral
Envio pelo correio do Contrato Social, cópias de documentos dos sócios e formulários
para a Secretaria da Receita Federal.
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7º Passo – Cadastro Municipal
Livro Diário
Livro Razão
Livro Caixa
Livros Fiscais
5. O Plano de Contas
. Administração da Empresa
É a maior interessada nas informações “produzidas” pela Contabilidade, sendo,
portanto, a primeira a ter suas necessidades atendidas. O detalhamento do Plano de
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Contas deverá ser devidamente discutido com a Administração para que os
balancetes mensais sirvam de suporte para a tomada de decisões.
. Legislação Fiscal
As informações contidas nos balancetes deverão auxiliar o correto cumprimento das
obrigações principais e acessórios, possuindo dados que permitam um bom
preenchimento da Declaração de Rendimentos, mantendo contas diferenciadas para
os impostos a compensar, a recuperar, a receber, a pagar, além de contas próprias
para as despesas não dedutíveis, as receitas não tributáveis, os resultados de
exercícios futuros e as variações monetárias ativas e passivas.
. Padronização Legal
Na elaboração do Plano de Contas deverá ser levada em consideração a necessidade
de publicação das Demonstrações Financeiras, que deverão obedecer a padronização
determinada pela Lei nº 6.404/76, que visa resguardar os interesses dos acionistas,
fornecedores e das instituições de crédito e outros interessados.
Para atender adequadamente aos interesses acima descritos, devem ser observados os
seguintes aspectos:
. Ramos de Atividade
É um fatos determinante na decisão sobre o que deverá ser detalhado. Se a empresa
tem grande dispêndio com transportes, pode haver a necessidade de que tais gastos
venham a merecer seus registros em um grupo de contas apropriado, onde os
mesmos serão subdivididos por tipo de transporte. Este é apenas um exemplo,
existindo muitos outros que serão característicos de cada ramo de atividade.
. Manual de Contas
É o conjunto de instruções que detalham a correta utilização das contas. Por mais
objetivos que sejam os títulos das contas, sempre poderá surgir dúvidas quando do
processo de classificação, que serão dirimidas mediante consulta ao Manual de
Contas, evitando que operações idênticas terminem por ser registradas em contas
diferentes. Neste manual estará determinado o que pode e o que não pode ser lançado
em cada uma das contas constantes do Plano de Contas.
. Codificação
É o número da conta. Será tão extenso quanto as necessidades de detalhamento, tais
como: filiais, sucursais ou agências e centros de custos, ou mesmo “quebra” das
contas em sub contas. É importante lembrar que quanto maior for a quantidade de
dígitos maior será a dificuldade de memorização dos números, além do aumento na
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margem de erros de Classificação Contábil. Outro aspecto a ser observado por
ocasião da determinação dos números das contas é com relação ao programa de
computação utilizado pela empresa, que estabelece uma quantidade máxima de
dígitos a serem utilizados.
. Especificação
É o “nome” da conta. Deverá representar fielmente o conteúdo das contas. Para tanto
deverá identificar claramente o fato contábil, não deixando margem de dúvidas ou
interpretações divergentes. Uma mesma conta poderá ser utilizada para o registro de
mais de um tipo de operação, bastando que tal condição fique bem clara no seu
“nome”.
. Contas de Compensação
São contas que registram os atos administrativos que não afetam o patrimônio da
empresa no momento que ocorrem. Como não serão publicadas no Balanço
Patrimonial, deixam de ser obrigatórias. Serão bastante úteis quando da determinação
das Notas Explicativas, evitando que alguma deixe de ser publicada por motivo de
esquecimento.
. Contas Retificadas
São aquelas que retificam ou alteram os saldos de outras contas, devendo, portanto,
estar localizadas no mesmo grupo de contas onde consta a conta que está sendo
retificada. Como são retificadoras, apresentam saldos contrários aos das contas
retificadas. Podem estar localizadas no ativo, no passivo, em despesa, em receita ou
até em contas de custo.
. Contas Transitórias
São utilizadas para a “passagem” de valores. Como apresentam sempre saldos
“zero”, podem ser localizadas em qualquer agrupamento de contas, por não afeta-los.
São muito úteis quando os lançamentos contábeis são efetuados só no primeiro grau
(um débito e um crédito).
A empresa “Turma Amarela 2005” foi constituída no dia 01/03/2005; com o capital
social de R$ 50.000,00, dividido em 1.000 quotas no valor de R$50,00 cada uma; a
participação na empresa dos sócios “A” e “B” é de 50% do capital social, da seguinte
forma:
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Sócio “A” subscrição e integralização, no ato da constituição da sociedade, em
moeda corrente do País, de sua parte, no valor de R$25.000,00.
Sócio “B” subscrição e integralização, no ato da constituição da sociedade, de
um imóvel de sua propriedade, avaliado em R$15.000,00 e a subscrição de
R$10.000,00, a integralizar no prazo de 30 dias, após a assinatura do contrato social.
Obs.: A Empresa Turma Amarela 2005 terá sua tributação do IRPJ e CSLL sobre o regime do Lucro
Presumido.
Impostos
• IPI – imposto sobre Produtos Industrializados – Competência da União.
Gerado em empresas industriais.
• ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicações – Competência dos Estados e Distrito Federal.
• ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – Competência dos
Municípios.
• IVVC – Imposto sobre Vendas a Varejo de combustíveis – Competência dos
Estados e Distrito Federal. (criado em 1988). (Empresas distribuidoras).
Taxas
• PIS – Programa de Integração Social
• COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.
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7.1. IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - de competência da União
(governo federal). A alíquota (taxa) do IPI varia de acordo com o Produto, ou seja,
tratando-se de produtos de primeira necessidade, a alíquota é baixa ou até mesmo
zero (matéria prima básica, produtos alimentícios etc.); tratando-se de produtos
supérfluos, a alíquota é elevada, podendo chegar, como é o caso de cigarros,
próximo dos 400%. Outros produtos de alíquota elevada são: bebidas alcoólicas,
perfumes, automóveis etc. É um imposto gerado apenas em empresa industrial.
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Nas operações no mercado futuro, será considerada receita bruta o resultado
positivo dos ajustes diários ocorridos no mês.
Nas transações de câmbio, será considerada receita bruta a diferença bruta positiva
entre o preço de venda e o de compra da moeda estrangeira. Diferença negativa não
poderá ser utilizada para a dedução da base de cálculo dessas contribuições.
Nas aquisições de direitos creditórios, resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços, efetuados por empresas de fomento comercial (factoring), a
receita bruta corresponde à diferença verificada entre o valor de aquisição e o valor
de face de título ou direito creditório adquirido.
A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos
constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deve apurar o valor da base
de cálculo nas operações de venda de veículos usados adquiridos para revenda,
inclusive quando recebidos como parte do pagamento do preço de venda de veículos
novos ou usados, segundo o regime aplicável às operações de consignação.
Na determinação dessa base de Cálculo, será computada a diferença entre o valor
pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e
o seu custo de aquisição de veículo usado, nas mencionadas operações, é o preço
ajustado entre as partes.
Exclusões e deduções gerais à base de cálculo: Par efeito da base de cálculo do
PIS/PASEP sobre o faturamento mensal, podem ser excluídos ou deduzidos da
receita bruta, quando a tenham integrado, os seguintes valores:
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que tenham sido contabilizados como receitas, inclusive os derivados de
empreendimentos objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP)
Das receitas decorrentes das vendas de itens do ativo permanente;
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7.3.2. COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
A COFINS foi instituída pela Lei Complementar nº. 70, de 30 de dezembro de 1991.
Trata-se, na realidade, da contribuição social para financiamento da seguridade social,
nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, um tributo que incide sobre o
valor do faturamento mensal das pessoas jurídicas ou a elas equiparadas.
Os objetivos da seguridade social são os de assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência Social.
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA:
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Alíquota: Três por cento (3%) a partir de fevereiro de 1999.
A alíquota aplicável no regime de não - cumulatividade que é de 7,6% (empresas
tributadas pelo Lucro Real).
“A contabilização é no final de cada mês, é feito por meio do Débito na conta de
“Cofins s/ Faturamento” (dedução de vendas) e Crédito na conta” Cofins a Recolher
(passivo circulante).
Observe-se que o valor do ICMS integra a base de cálculo, que a rigor, favorece o fisco,
já que a alíquota real seria 21,95% (18.000/82.000) e não 18%.
A contabilização será:
D - Compras/Mercadorias ..................................82.000
D - ICMS a Recuperar ...................................... 18.000
C– Fornecedores/Caixa/Bancos c/ Mov ............100.000
Compras/ Mercadorias ICMS a Recuperar
82.000 18.000
Fornecedores/Caixa/Bancos
100.000
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O ICMS pago (ou a pagar) por ocasião da compra caracteriza-se como um
adiantamento da empresa adquirente, já que os impostos sobre vendas são cobrados
do consumidor e não da empresa. Esta é apenas depositária ou um veículo de
arrecadação.
Dessa forma a empresa tem o direito de recuperar o ICMS pago ao seu fornecedor.
Tal recuperação se dará por ocasião da venda da mercadoria adquirida.
Ocorre, porém, que não pouco freqüente o valor real de custo da mercadoria
comprada não é aquele da nota fiscal, em virtude de que uma companhia, para fazer
com que as compras cheguem em segurança ao seu armazém ou depósito, precisa
fazer mais alguns gastos, que geralmente são:
Os gastos com transporte das mercadorias (frete) do armazém do vendedor
para o depósito do comprador;
O valor do prêmio de seguro pago para evitar que a companhia venha a ter
prejuízos em caso de acidente, durante o transporte até seu depósito;
O valor dos gastos alfandegários, no caso de a companhia importar
mercadorias para vender, bem como impostos sobre importações.
Dessa forma, o valor correto de custo das mercadorias compradas é a soma de:
Valor da compra (pela nota fiscal)
Valor do frete
Valor do prêmio de seguro
Valor dos impostos sobre importações
Valor dos gastos alfandegários (casos de mercadorias importadas)
Valor de outros gastos estritamente necessários para fazer as mercadorias
chegarem ao estabelecimento do comprador.
Exemplo 2 – Suponha-se que uma empresa comercial adquira mercadoria para posterior
revenda.
Mercadorias adquiridas – = 400 unidades a R$1.000,00 cada.
IPI = 10%
ICMS = 18% (incluso no preço da mercadoria)
Total do preço das 400 unidades, incluindo 18% de ICMS.
400.0000,00
Mais IPI de 10% 40.000,00
Valor das Notas Fiscais dos fornecedores 440.000,00
( - ) Menos ICMS de 18%, recuperável pela empresa. Portanto,
deve ser excluído do preço das mercadorias.
(72.000,00)
Preço das 400 unidades, líquido do ICMS recuperável. 368.000,00
Preço unitário 920,00
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8.2. NA VENDA
Quando a venda se realiza, a empresa comercial deverá também cobrar o ICMS do
comprador da mercadoria.
Suponhamos que esta mesma mercadoria seja vendida por R$140.000 a vista. Na
emissão da nota fiscal haverá os seguintes destaques:
Preço da mercadoria........................................140.000
ICMS incluso no preço da mercadoria:
18% X 140.000................................................... 25.200
D - Caixa/Clientes
C - Receita Bruta...............................140.0000
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ICMS pago na compra ICMS recebido na venda
7.200
(saldo devido)
25.200
(-) 18.000
7.200
Portanto a empresa deve recolher para o Estado R$ 7.200, já que R$18.000 foram
pagos no momento da compra ao fornecedor. Esta parcela será destacada no Passivo
Circulante “ICMS a Recolher” no valor de R$ 7.200.
Se a empresa não vendesse a mercadoria adquirida (ou vendesse um montante
menor que o adquirido), haveria saldo na conta ICMS a Recuperar que comporia o
Ativo Circulante como um direito.
Em resumo a empresa recolherá ICMS sobre a parcela não tributada na operação:
R$ 40.000. Inicialmente, foi pago ICMS sobre R$ 100.000 (compra); como a
mercadoria foi vendida por R$140.000, a diferença (40.000) ainda não tributada.
R$40.000 X 18% = R% 7.200.
Quando o recolhimento (pagamento) dos R$7.200,00 ocorrer, outros valores já poderão
ter sido creditados na conta ICMS a Recolher, decorrente das vendas feitas no(s)
períodos(s) seguintes(s).
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Registro de Compra com ICMS Diferido
D – Mercadoria
C – Fornecedores R$ 150
Compra de mercadorias mediante regime de ICMS diferido, conf. autorização fiscal n.....
No regime especial de Diferimento não existe o registro do valor do ICMS a
Recuperar em decorrência do não-destaque desse imposto na nota fiscal.
No final do período de apuração do ICMS, a empresa faz o cálculo e o registro do
ICMS Diferido, conforme segue:
Registro do ICMS Diferido
D – ICMS Diferido a Recuperar
C – ICMS Diferido a Recolher R$ 11,29
Registro do Recolhimento do ICMS Diferido
D – ICMS Diferido a Recolher
C – Caixa ou Banco c/mov R$ 11,29
Após o recolhimento do imposto, esse valor é recuperado em conjunto com os
demais créditos de ICMS (regime normal), em contrapartida com o ICMS a Recolher
proveniente das vendas da empresa, quando é feito o seguinte lançamento:
D – ICMS a Recolher
C – ICMS Diferido a Recuperar R$ 11,29
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Cálculo do ICMS ST:
Valor dos produtos R$10.000
Valor do ICMS destacado na nota fiscal (alíquota 12%) R$1.200
Margem Bruta definida pelo fisco para o produto 30%
Alíquota do ICMS na venda dos Produtos 18%
10.000 x 1,3 = 13.000
13.000 x 18% = 2.340
ICMS destacado na NF (1.200)
ICMS ST 1.140
Contabilização:
Na Compra:
Considere que o valor do ICMS ST foi pago em Cash.
D – Mercadoria 11.140
C – Fornecedores 10.000
C – Caixa 1.140
Na Venda:
Considere que a empresa vendeu todo o estoque dos produtos adquiridos com ICMS ST
por R$15.000, a prazo. Ela faz os seguintes registros contábeis:
Registro da venda
D – Clientes
C – Vendas de Mercadorias 15.000
Registro do Custo da Venda
D – Custo das Vendas
C – Mercadorias 11.140
Agora considere a venda de produtos sujeitos ao regime de substituição tributária com
as seguintes características:
Valor dos Produtos R$5.000 Valor do ICMS destacado na NF R$ 900
Valor do IPI R$ 500 Valor Total da Operação R$6.040
Valor do ICMS ST R$ 540
Registro da Venda:
D – Cliente 6.040
C – Vendas de Mercadorias 5.500
C – ICMS ST a recolher 540
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OBS.: Desconsideraremos o lançamento do Custo.
Nessa operação, houve retenção de ICMS substituição tributária, em decorrência de
produtos sujeitos a esse regime.
Registro dos Impostos:
D – IPI s/venda
C – IPI a recolher 500
D – ICMS s/vendas
C – ICMS a recolher 900
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Nestas circunstâncias, o comerciante pode tornar-se contribuinte do IPI e recuperar esse
imposto pago por ocasião de suas compras (Ativo Circulante), registrando o
compromisso do mesmo (Passivo Circulante) por ocasião das vendas (esquema igual ao
ICMS retro-apresentado).
Este mesmo caso se aplica também às cooperativas de produtores de álcool que vendam
o produto recebido simbolicamente dos seus associados.
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Supondo que também em Maio/X1, ela tenha concedido R$ 480,00 de Descontos
Incondicionais sobre vendas, e tenha recebido R$ 1.520,00 de Vendas Devolvidas e,
supondo uma alíquota de 0,65%, vamos calcular o valor do encargo com o PIS relativo
a Maio/X1:
377 6,50
PIS a Recolher
(Passivo Circulante)
383,50
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EXERCÍCIOS
1 - Suponha que uma empresa comercial adquire de outra empresa comercial
mercadorias a qual destaca ICMS de 18% sobre os preços das mercadorias.
Suponha que, ao vender, sua empresa deva destacar um ICMS de 16% sobre o preço das
mercadorias. Imagine que inexistam outras despesas e que todas as operações se
realizam a vista e instantaneamente, inclusive as relações entre empresa e Governos
Estaduais. O único ativo de sua empresa está em moeda corrente e vale R$100,00. Você
os entrega ao seu fornecedor e logo após revende mercadorias por R$150,00.
Como resultado final das operações sua empresa terá ....
a) R$ 142,00 em Caixa e R$18,00 em ICMS a recuperar
b) R$ 150,00 em Caixa
c) R$ 150,00 em Caixa e R$9,00 em ICM a recuperar
d) R$ 142,00 em Caixa
2 - No final de cada mês, suponha deva ser feita a “apuração do ICMS” para que, no
mês seguinte, ocorra o recolhimento dele ao governo, se for o caso. As alíquotas do
imposto podem ser diversas (quer quando efetuadas as compras, quer quando efetuadas
as vendas) em função dos bens negociados, da localização e da natureza jurídica das
partes envolvidas. No primeiro mês de atividades de uma empresa que compra e
revende apenas um tipo de mercadoria, mais itens foram comprados do que vendidos.
Relativamente ao ICMS apurado no final de tal mês...
a) a empresa termina com um direito sobre o governo, pois haverá excesso de ICMS a
Recuperar sobre o ICMS a recolher.
b) poderá ocorrer que a empresa acabe com um direito sobre o governo se o saldo do
ICMS a Recuperar for maior que o do ICMS a Recolher.
c) poderá ocorrer que a empresa acabe com um direito sobre o governo se o saldo do
ICMS a Recuperar for menor do que o do ICMS a Recolher.
d) certamente a empresa ficará devendo ICMS ao governo (para pagar no próximo
mês), pois sempre o “ICMS a Recolher” supera o “ ICMS a Recuperar”.
3 - No final do mês de julho/X1, a empresa Cacupé Lisboa Ltda., esta sem mercadorias
em estoque e as únicas contas relativas ao ICMS têm os seguintes saldos: ICMS a
Recuperar R$ 12.100 e ICMS s/ vendas R$ 282.000.
Durante o mês de agosto/X1, ela adquire mercadorias (um só produto) por R$
320.000,00 e o fornecedor informa que o ICMS incluso foi calculado com alíquota de
18%. Durante o mês de agosto/X1, a Cacupé Lisboa Ltda., vende parte do que
comprara. A receita total de tais vendas foi de R$582.000.00 e em 2/6 dela a alíquota de
ICMS foi de 12% e no restante de 18%.
Suponha que a “apuração do ICMS” deve ser mensal.
Pede-se:
a) Posicione os saldos informados no início do enunciado em razonetes e registre a
compra efetuada, que foi a prazo. Com relação às vendas do mês, registre a receita
auferida e o reflexo delas no ICMS (metade das vendas foi a prazo e metade a vista ) .
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b) Efetue, ainda com uso de razonetes, o registro da “apuração do ICMS” no final de
agosto/X1.
COMPRAS VENDAS
Meses Compra Preço das % do Co Venda Preço % do
a Mercadoria ICM m sa das ICM
s S IPI? Vendas S
Junho Prazo 1.960,00 12 Sim Vista 2.400,00 12
Julho Vista 2.660,00 12 Sim Prazo 1.120,00 12
Agosto Prazo 3.325,00 18 Não Vista 6.720,00 12
Setembro Vista 2.380,00 12 Sim Prazo 2.340,00 12
Quer nos “preços das mercadorias” (compras), quer-nos “ preços das vendas”, o ICMS
já está incluso. Nas compras, quando houver IPI, deve ser ele calculado sobre o “preço
das mercadorias” e a ele acrescido para obter o valor total da Nota do Fornecedor.
Sempre que houver IPI, a alíquota a ser utilizada é de 10%. A Cia. Caibi não é
contribuinte do IPI.
Pede-se:
Após posicionar os saldos de 31/05/X3 em razonetes, contabilize as operações de cada
mês e, em cada um, na ordem de “recolhimento do ICMS” (quando for o caso),
“compras”, “vendas” e “apuração do ICMS”. Com relação às vendas, registre apenas a
receita auferida e os reflexos no ICMS. O último registro é o final de setembro/X3.
Demonstre os cálculos dos valores que contabilizar.
5 - Neste exercício, serão utilizadas algumas informações contidas no exercício anterior.
Suponha que o governo institua a partir do mês de Junho/X3, duas taxas, a saber, o PIS
e o COFINS e que exija os seus recolhimentos no mês subseqüente ao de sua apuração
pelo regime de competência.
A seguir, são fornecidas mais algumas informações sobre a Cia. Caibi naqueles meses
(junho a setembro/X3):
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Alíquotas Receitas Dividendos recebidos
Meses Financeiras (considerados
(auferidas) receitas)
PIS COFINS
Junho 0.65% 3% 200,00 5.000,00
Julho 0.65% 3% 310,00 120,00
Agosto 0.65% 3% 320,00 -
Setembro 0.65% 3% 450,00 230,00
Para não acarretar muito trabalho “esqueça” a conta Caixa/Bancos utilizada no exercício
anterior e parta de um novo saldo de Caixa/Bancos no final de Maio/X3 de R$150,00.
Pede-se:
Partindo dos saldos fornecidos neste exercício (que devem ser posicionados em
razonetes), registre apenas as “apurações e os recolhimentos” do PIS e da COFINS, não
esquecendo que, para tal, os valores das “receitas brutas de vendas de mercadorias” e os
valores dos ICMS s/ Vendas” dos meses em exame já foram calculados no exercício
anterior. Demonstre os cálculos e lançamentos.
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RECEITAS BRUTAS DA EMPRESA BETA S/A EM VALOR
FEVEREIRO/X6
Vendas de mercadorias para o mercado nacional 1.500.000,00
Vendas de mercadorias para o exterior 300.000,00
Receitas com prestação de serviços 700.000,00
Total das receitas brutas 2.500.000,00
DEDUÇOES DAS RECEITAS BRUTAS
Vendas canceladas e devoluções 50.000,00
Descontos Incondicionais 30.000,00
Imposto sobre produtos Industrializados 300.000,00
Imposto sobre Circulação de Mercadorias 270.000,00
Imposto sobre serviços 35.000,00
COFINS s/ Faturamento – ainda não calculado e contabilizado
Total das deduções das receitas brutas 685.000,00
TOTAL das receitas líquidas 1.815.000,00
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Efetuar os lançamentos contábeis.
Em Maio/X2 ocorreram as seguintes operações
Vendas Brutas de mercadorias ............................... ... R$ 200.000
Receitas Financeiras ............................................... R$ 3.000
Descontos Incondicionais ........................................ R$ 2.000
Devoluções de vendas ............................................. R$ 1.000
Calcular o valor do PIS e da COFINS e efetuar seus lançamentos contábeis
Obs.: PIS = 0,65%
COFINS = 3%
9. Operações com Mercadorias
1.Vendas
CMV = Ei + C – Ef
CMV : Custo Mercadoria Vendida
Ei : Estoque Inicial
Ef : Estoque Final
31
• Inventário Periódico: quando efetuamos as vendas sem um controle
paralelo e concomitantemente de nosso Estoque e, portanto, sem controlar o custo da
mercadoria vendida. Para apurarmos o RCM, fazemos um levantamento físico de nosso
estoque existente naquela data (contagem do estoque fisicamente), e pela diferença
entre o total das Mercadorias Disponíveis para Venda durante o período e esse Estoque
Final (apurado extracontabilmente), obtemos o CMV nesse período.
• Inventário Permanente: quando controlamos de forma contínua o Estoque
de Mercadorias, dando-lhe baixa em cada venda pelo custo dessas mercadorias
vendidas. Esse controle é permanente é efetuado sobre todas as mercadorias que
estiverem a disposição para venda, isto é, esse controle é efetuado sobre as
Mercadorias Vendidas (CMV) e as Mercadorias que não foram vendidas (Ef).
1ª Etapa:
Apuração do CMV de forma contábil e não algebricamente.
2ª Etapa:
Apuração do RCM de forma contábil.
3ª Etapa:
Apuração do Resultado do Exercício (ARE)
Também podemos apurar a RCM sem utilizar as contas CMV e RCM, apurando o
resultado com mercadorias diretamente na conta ARE.
32
Exercício:
33
Contabilize no Diário e Razão as operações acima. E Apure o CMV e RCM,
sabendo que o Estoque Inicial é de 50 unidades no valor de R$800. E o Método de
Controle do estoque é o Custo Médio Ponderado.
O lançamento seria:
Débito: Estoque
Crédito: Fornecedores...................................850,00
34
2) Pagamento da primeira duplicata, em 30/09/X1, sem descontos.
Débito: Duplicatas a pagar
Crédito: Bancos c/ movimento.......................................... 3.000,00
35
Os lançamentos contábeis seriam:
a) Pelo registro da venda *
Débito: Duplicatas a receber/…
Crédito Vendas...............................................................5.000,00
*Não está sendo considerado o lançamento de baixa do custo da mercadoria
vendida.
b) Pelo recebimento da duplicata, 30 dias antes do vencimento.
Débito: Bancos c/ Movimento............................................4.850,00
Débito: Descontos financeiros concedidos (despesa)...... 150,00
Crédito: Duplicatas a Receber...........................................5.000,00
36
Supondo que cada trator em estoque tivesse um ficha de controle, e a companhia
vendesse o trator MC/334894 – S-432, para conhecer seu custo bastaria uma consulta à
ficha.
Talvez você esteja imaginando que esse método possa ser aplicado a todos os
tipos de estoque. Mas suponha que a mesma empresa que vende tratores seja obrigada a
manter estoque de peças de substituição. Sabendo-se que um trator tem centenas de
peças diferentes, e existem diversos tipos de tratores, e ainda que, o preço de compra
das peças pode variar com freqüência, seria praticamente impossível controlar cada uma
das peças adquiridas pelo seu custo específico, de forma que a baixa pela venda pudesse
ser efetuada pelo preço exato que aquela determinada peça custou à companhia.
Exemplo 2: para ilustrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no início
do mês de março, possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria
avaliada a R$20,00 cada uma, ou seja, um total de R$400,00 de estoque inicial. A
movimentação dessa mesma mercadoria em março é a seguinte:
DATA OPERAÇÃO
Para calcular o CMV de Março e o valor do Estoque Final de março pelo método
do custo específico há que se informar relativamente ás vendas, que unidades estão
sendo vendidas. Suponha-se, agora, as seguintes informações:
37
9.5.2. PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (PEPS)
O nome desse método representa uma tradução literal do inglês “first in first out.”
(FIFO). O método consiste em utilizar o custo unitário das compras efetuadas primeiro
para valorizar as quantidades vendidas e, dessa forma, obter o valor do custo das
vendas. Em resumo vendem-se primeiro as unidades que foram adquiridas primeiro.
Com isso, O CMV retrata o valor das mercadorias adquiridas há mais tempo e o que
resta, o Estoque Final, retrata o valor do custo das mercadorias que foram compradas
mais recentemente.
Exemplo:
Utilizando os dados do exemplo 2 do método do custo específico, observe-se
como pode ser representada a movimentação física e financeira pelo método PEPS:
38
CMV = EI + C - EF
CMV = 400 = 1.950 - 1350
CMV = 1.000
9.5.3. ÙLTIMO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (UEPS)
Também conhecido por LIFO (do inglês “last in first out”), esse método consiste
em utilizar o custo unitário das mercadorias compradas por último para valorizar as
quantidades vendidas, obtendo, assim, o custo de vendas.
A forma de controlar o estoque pelo método UEPS é análoga à do método PEPS,
ou seja, são também utilizadas fichas de controle. Esse método, entretanto, é utilizado
muito raramente pelas empresas no Brasil, por não ser aceiro pela legislação do imposto
de renda.
O método em exame raciocina assim: as unidades que por foram adquiridas, são as
primeiras a serem vendidas.
Novamente se valendo dos dados fornecidos do exemplo 2 do método do custo
específico vejamos;
39
Observa-se que o estoque final de março será de 40 unidades avaliadas por R$1.100,00
pelo uso do método UEPS. O CMV de março será de R$1.250,00.
CMV = EI + C - EF
CMV = 400 + 1.950 – 1.100
CMV = 1.250
O valor do estoque final (40 unidades) ficou sendo de R$1.250 pelo método do “custo
médio ponderado móvel” enquanto o valor do CMV de março foi de R$1.094,00.
40
Custo PEPS UEPS Custo Médio
Específico
Vendas 1.800 1.800 1.800 1.800
( - ) CMV 1.050 1.000 1.250 1.094
Lucro Bruto 750 800 550 706
Estoque Final 1.300 1.350 1.100 1.256
O estoque inicial era o mesmo nas quatro situações (R$400,00) e as compradas também
foram às mesmas, pelos mesmos valores, ou seja, de R$1.950,00. Em qualquer das
situações havia R$2.350,00 de mercadorias disponíveis para venda (R$400,00 + R$
1.950,00).
Logo, o que não sobrou em estoque final em termos de valor é porque foi vendido.
Observa-se que isto é verdade, pois, somando-se em cada caso, o valor do CMV com o
valor do estoque final resulta sempre em R$2.350,00.
Por outro lado, as receitas foram iguais nos quatro casos. Os lucros brutos foram
diferentes em função de CMVs diferentes.
Em qualquer das situações, as quantidades físicas iniciais, compradas e vendidas foram
absolutamente iguais. Os diferentes valores de CMV e de Estoque Final se devem então,
unicamente ao método que foi usado. E todos os métodos se basearam nos CUSTOS DE
AQUISIÇÃO.
41
Assim, em 31 de dezembro do Ano 4, o percentual a ser utilizado para fins de cálculo
desta provisão será de 1,38%.
Convém ressaltar que a legislação tributária poderá fixar os limites e os critérios para
cálculo desse percentual.
Não se deve calcular a Provisão sobre direitos provenientes de vendas com reserva de
domínio, de alienação fiduciária em garantia, ou de operações com garantia real.
Vendas com reserva de domínio: A empresa cede a posse do bem ao cliente, mas
reserva para si o domínio (propriedade). Enquanto o cliente não pagar a última
prestação, não será dono do bem, podendo o vendedor reavê-lo e o cliente perder tudo o
que pagou.
Operações com Garantia Real: Ocorrem por meio de penhor (garantia representada
pela entrega de bem móvel), hipoteca (garantia de pagamento da dívida, dada a um
credor e representada por um bem móvel, o qual permanece em posse do devedor) e
alienação fiduciária (transferência de domínio/propriedade do bem adquirido em
garantia do financiamento da compra desse bem).
Lançamento da provisão
Despesas c/crédito de Liq. Duvidosa
a Prov. p/devedores duvidosos
Pela constituição da provisão à razão de 1,5%
sobre os créditos a receber........................... 1.500
Lançamento da baixa:
Prov. p/devedores duvidosos
a Dupl. a receber
Baixa da dupl. nº 002, por sido considerada incobrável 450
42
Provisão p/devedores duvidosos Despesas c/crédito de Liq. Duvidosa
(b)450 1.500 (a) (a) 1.500
1.050
Duplicatas a receber
(a) 100.000 450 (b)
99.550
Provisão insuficiente:
Lançamento da baixa:
Diversos
a Dupl. a receber
Prov. p/devedores duvidosos 1.050
Perdas com clientes 950 2.000
Duplicatas a receber
(sd) 99.550 2.000
97.550
Lançamento da provisão
43
Despesas c/crédito de Liq. Duvidosa
a Prov. p/devedores duvidosos
Pela constituição da provisão à razão de 1,5%
sobre os créditos a receber........................... 3.000
Há saldo remanescente
Suponhamos o seguinte saldo R$1.000
Lançamento da Reversão
Lançamento da provisão
Despesas c/crédito de Liq. Duvidosa
a Prov. p/devedores duvidosos
Pela constituição da provisão à razão de 1,5%
sobre os créditos a receber........................... 3.000
Havendo saldo remanescente, a nova provisão poderá ser constituída pela diferença,
eliminando, assim, o lançamento da reversão.
Lançamento da provisão
Despesas c/crédito de Liq. Duvidosa
a Prov. p/devedores duvidosos
Complemento da provisão, aproveitando
Saldo remanescente (3000 – 1000) ........................... 2.000
44
10.2 ASPECTOS FISCAIS:
A partir do ano – calendário 1997 a legislação fiscal não mais permite a dedutibilidade
dessa provisão (Lei 9.430/96 e IN SRF 93/97), ou seja, esse gasto não é mais admitido
como despesa dedutível do lucro contábil na determinação da base de cálculo do
imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido.
De acordo com a nova regulamentação fiscal, somente serão dedutíveis da base de
cálculo do imposto de renda e contribuição social os registros contábeis relativos a
perdas de créditos referentes aos casos em que (art. 340 do RIR/99):
3 – haja garantia para os valores a receber, mas estes estejam vencidos há mais de dois
anos e com procedimentos judiciais para recebimento ou para arresto (apreensão de
bens ou objetos por decisão judicial) das garantias já em andamento. Consideram-se
créditos com garantia àqueles decorrentes de vendas a prazo “com reserva de
domínio, de alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias
reais”.
45
EXERCÍCIOS
46
11.1. Fluxo de Caixa
a) Aumento do Caixa:
b) Diminuição do Caixa:
47
Letra de câmbio;
Depósitos a Prazo Fixo;
Certificado de Deposito Bancário – CDB
IRRF a recuperar
a Bancos C/Movimento
Valor do imposto de renda retido na fonte sobre aplicação a curto prazo
conf. extrato..... 750
Admita-se que a empresa Alfa faça aplicação a prazo fixo (títulos e valores
mobiliários), em 01-11-04 com data de resgate marcada para 30-04-05.
Valor da aplicação R$ 50.000,00 e o total do resgate será de R$ 80.000,00, e IRRF de
15%. (poderá ser lançado na data da aplicação ou na data do resgate)
48
Contabilização no dia da aplicação:
Aplicações financeiras
a Diversos
Pela aplicação financeira nesta data, em Títulos e Valores Mobiliários,
com rendimentos prefixados, pelo prazo de 6 meses.
a Bancos C/Movimento
Valor aplicado nesta data, conf. aviso bancário 50.000
a Juros ativos a Vencer
Juros sobre aplicação financeira 30.000
80.000
IRRF a recuperar
a Aplicações financeiras
Valor do imposto de renda retido na fonte sobre aplicação com prazo e
rendimentos prefixado, pelo prazo de 6 meses.
4.500
11.4. Financiamentos
49
Contabilização no dia do empréstimo:
Diversos
a Empréstimos a pagar
Empréstimo efetuado com vencimento em três parcelas
Banco Y
Líquido creditado 90.000
Juros Passivos a vencer
Juros referente a empréstimo supra... 13.500 103.500
A medida que for passando o tempo, a Despesa de Juros a Apropriar será baixada com
Despesas Financeira. (A apropriação da despesas deverá ser lançada até apropriarmos
toda a despesa).
50
11.4.2. Empréstimos com Juros – Pós-fixados (variações monetárias)
Em virtude da inflação do período, os índices para cálculo dos encargos financeiros são
conhecidos após a data do empréstimo.
Neste caso podemos tratar de forma individualizada da variação monetária e dos juros.
Variação Monetária: é a atualização de uma divida em virtude da taxa de câmbio.
Exemplo: A Cia Machado Ltda, efetuou empréstimo junto ao Banco Prisma S/A no
valor de R$ 50.000 em 1º de maio, para o pagamento no dia 10 de julho, com correção
monetária pós-fixada mais juros de 12% a.a., também calculados no vencimento sobre o
valor do empréstimo, atualizado pela taxa do dia.
Diversos
a Banco Prisma
Pela atualização do valor do empréstimo como segue:
Variações Monetárias Passivas
Correção monetária do período 10.000
Juros Passivo
Juros cobrado a taxa de 12% a.a sobre o valor atualizado 800
10.800
CONCEITO
51
que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo
especificações da arrendatária e para uso próprio desta.
ASPECTOS FISCAIS
Neste caso, as parcelas do valor residual pagas antes do término do contrato devem
compor o ativo da arrendatária.
OPÇÃO DE COMPRA
Após a opção de compra, o bem poderá ser depreciado mediante utilização das regras
para depreciação de um bem adquirido na condição de usado, a saber:
Para determinação da taxa de depreciação deverá ser considerado o maior prazo de vida
útil do bem.
DEDUTIBILIDADE DA DEPRECIAÇÃO
52
artigo 13, inciso III da Lei 9.249/95, ou seja, somente será dedutível a depreciação de
bens relacionados intrinsecamente com a produção ou a comercialização de bens e
serviços.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
53
A utilização de contas de compensação é procedimento eficaz de controle para a
empresa, ao propiciar o registro de atos relevantes que não estejam espelhados no
sistema patrimonial, mas cujos efeitos possam vir a constituir-se em modificações no
patrimônio da entidade.
Registro da despesa:
Despesas Bancárias
a Banco Alfa
Conf. aviso, sobre cobrança de título.... 22
Quando o título não for quitado pelo cliente o banco devolve os títulos para a empresa,
fará o lançamento apenas de baixa nas contas de compensação.
Diversos
a Duplicatas descontadas
54
Nosso desconto de duplicatas conf. borderô
Banco alfa
Liquido creditado............... 446
Juros Passivos
Juros cobrados, pelo desconto de duplicatas 50
Despesas Bancárias
Comissões e Taxas pelo desconto de duplicatas 4
Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a receber
Baixa pela liquidação dos títulos, conf. aviso bancário.... 500
Exemplo: Uma empresa comercial contrata junto ao Banco a abertura de um crédito por
contrato de caução de Duplicatas, pelo prazo de seis meses, no valor de R$2.000. A
empresa compromete-se a manter em cobrança caucionada o valor de R$3.000 de
duplicatas de sua emissão. O banco cobra comissão sobre as duplicatas, que serão
caucionadas no valor de R$100, e despesas sobre o contrato no valor de R$20
Pela comissão cobrada pelo banco sobre contrato e sobre duplicatas para
cobrança:
Despesas bancárias
a Banco c/mov.
Despesas bancárias sobre o contrato e sobre duplicatas para cobrança 500
Suponhamos que o banco tenha recebido dos clientes o valor de R$300.
Baixa pelo recebimento de duplicatas:
Bancos conta Caução
a duplicatas a receber
55
Baixa pelo recebimento das duplicatas nº.... conf. aviso 300
Observe que a conta Bancos Conta Caução possui saldo devedor de R$1.000 referente
aos valores dos títulos que excederam o empréstimo efetuado.
Banco c/mov.
a Banco conta caução
Nosso crédito ref. ao valor dos títulos caucionados ... 1.000
Nota:
1. Ocorrendo vencimento do contrato, as duplicatas que estiverem em caução serão
baixadas na compensação e transferidas para cobrança simples.
2. Se houver saldo credor na conta Bancos Conta Caução, a empresa o cobrirá.
56
13. Operações com Pessoal
Além da despesa total com salários, a empresa terá ainda os encargos com a
contribuição de previdência, referente a parte patronal, e com o FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço).
57
13.1.2.3. Adiantamentos:
As empresas poderão proceder adiantamento a seus funcionários. Sobre o
adiantamento não incide nenhum desconto. Porém, na elaboração da Folha de
Pagamento, o valor do adiantamento integra o rendimento bruto do empregado, para se
efetuarem todos os cálculos. Na própria Folha de Pagamento, o valor do adiantamento
também é deduzido do salário bruto, para se chegar ao líquido.
13.1.2.4. Salário-Família:
O salário-família é um auxílio da Previdência Social aos trabalhadores de baixa
renda que possuem filhos com até 14 anos de idade.
A empresa paga esse benéfico ao empregado, que é reembolsada pela
Previdência Social quando efetua os recolhimentos correspondentes à folha de
pagamento. Sobre o salário-família não incide nenhum desconto ou encargo.
Exemplo:
Suponhamos que uma determinada empresa comercial possua cinco empregados. E no
dia 20 de setembro, fornece adiantamento de salário, pagando em dinheiro, a
importância de R$6.000.
Contabilização:
Adiantamentos a Empregados
a Caixa
Adiantamento conf. folha 6.000
58
Registro do Salário Família:
Contribuição da Previdência a recolher
a Salários a pagar
Salário família ref. a dois dependentes, conf. folha de setembro 20
Retenções do salário:
Salários a pagar
a diversos
a contribuições de Previdência a recolher 1.200
a Imposto de Renda Fonte a recolher 1.000
a Contribuição Sindical Classe a Recolher 90
a Empréstimo 60
a Adiantamentos a Empregados 6.000 8.350
Pelas retenções conf. folha de pagamento
Encargos Sociais
a Contribuição da Previdência a recolher 4.020
Contribuição de previdência parte patronal
FGTS
a FGTS a recolher 1.200
FGTS do período
Diversos
a Caixa
Salários a pagar 6.670
Contribuições da Previdência a recolher 5.200
Imposto de Renda Fonte a recolher 1.000
Contribuição Sindical Classe a Recolher 90
Empréstimo 60
FGTS a recolher 1.200
1.4. Encargos Complementares:
1.4.1. Provisão para Férias:
Todo empregado, após cada período de 12 meses de trabalho, terá direito a um
mês de férias regulamentares, observando-se o limite de faltas estabelecido na CLT.
Sendo assim, a cada mês trabalhado, ou fração superior a 14 dias, o empregado
tem direito a 1/12 (um doze avos) de 30 dias de férias.
Segundo o Princípio da Competência, as férias transcorridas e ainda não gozadas
devem ser provisionadas, de modo a se incluir o referido valor como custo ou despesa
do exercício.
59
O cálculo para determinar o valor da Provisão para Férias é efetuado
multiplicando-se o número de dias de férias a que o empregado tem direito por 1/30 da
sua remuneração mensal, acrescido de 1/3 do salário normal, podendo, ainda, o referido
valor ser acrescido dos encargos sociais cujo o ônus couber à empresa.
Exemplo:
Uma empresa comercial com apenas um funcionário, com salário de R$1.500,00, data
de contratação do empregado 01 de abril. Em 31 de abril iremos efetuar o cálculo e a
contabilização da referida provisão:
Ou
Salário + 1/3 Salário dividido por 12 meses
2000/12 = 166,67
Sobre o valor das férias teremos Contribuição Previdenciária e FGTS.
Cont. Prev. = 26,8% de R$166,67
FGTS = 8% de R$166,67
Lançamento:
Férias Provisionadas
a Provisão para Férias
Valor que se provisiona conf. relação.... 166,67
Encargos Sociais
a Provisão para encargos sociais 44,67
Valor que se provisiona ref. cont. Previdenc.
FGTS
a Provisão para FGTS 13,33
Valor que se provisiona ref. FGTS
Encargos Sociais
a Provisão para encargos sociais 33,50
60
Valor que se provisiona ref. cont. Previdenc.
FGTS
a Provisão para FGTS 10,00
Valor que se provisiona ref. FGTS
61
DEMONSTRAÇÕES ( RELATÓRIOS) CONTÁBEIS
HISTÓRICO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
BALANÇO PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS
ACUMULADOS
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE
RECURSOS
NOTAS EXPLICATIVAS
HISTÓRICO
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados na
contabilidade, em determinado período.
Os relatórios contábeis são conhecidos como informes contábeis.
Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras
(terminologia usada pela lei 6404/76), ou Demonstrações Contábeis (terminologia
preferida pelos contadores).
62
Empresas Ltdas: Pela legislação do Imposto de Renda, as Sociedades por Quotas de
Responsabilidade Limitada devem seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades
por Ações. Embora não seja necessária a publicação das Demonstrações Contábeis por
parte das empresas “Ltdas”, deve essas empresas estruturar suas demonstrações nos
moldes da Lei das S/A, para melhor atender às exigências do Imposto de Renda.
Somente a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos é exigência específica
das Sociedades por Ações.
63
RECEITA E DESPESA
A Despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter receita (todo consumo
de bens ou serviços com objetivo de obter receita é um sacrifício, um esforço para a
empresa). Ela é refletida no Balanço através de uma redução no caixa (quando é pago
no ato) ou mediante um aumento de uma dívida (quando a despesa é contraída no
presente para ser paga no futuro). A despesa pode, ainda originar-se de outras reduções
de ativo, como é o caso de desgastes de máquinas, devedor duvidoso, etc.
A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e
despesas de uma empresa em determinado período (normalmente 12 meses ).
É apresentada de forma dedutível (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as
despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)
O art. 187 da Lei das S/A estabelece a ordem de apresentação das receitas, custos e
despesas, nessa demonstração, para fins de publicação.
Os princípios contábeis que devem nortear a contabilidade das empresas no
reconhecimento contábil das receitas, custos e despesas, princípios estes expressos no
parágrafo 1º do art 187 da referida lei, como segue:
Parágrafo 1º - Na determinação do resultado dos exercícios serão computados:
a) As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
b) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
64
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
DO EXERCÍCIO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
( - ) Deduções de Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
( - ) Custo dos Serviços / Mercadorias Vendidas
= LUCRO OPERACIONAL BRUTO
( - ) Despesas Operacionais
Vendas
Administrativas
+ ou – Resultados Financeiros Líquidos
Outras Despesas (receitas) Operacionais
= LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
+ - Resultados não Operacionais
= RESULTADO ANTES DO IMP. DE RENDA E CONTR. SOCIAL
( - ) Provisão p/ Imposto de Renda
( - ) Provisão p/ Contribuição Social
= RESULTADO DO EXERCÍCIO
65
Descontos Incondicionais: São aqueles concedidos por uma empresa sobre os
preços de venda de suas mercadorias (em função de grande quantidade vendida,
para atender ao pedido de clientes especiais, ou por outro motivo qualquer),
sendo especificados na nota fiscal.
66
OBS.: Os impostos sobre vendas não pertencem à empresa, mas ao governo. Ela é uma
mera intermediária que arrecada impostos junto ao consumidor e recolhe ao governo;
por isso, não devem ser considerados como receita real da empresa.
Exemplo:
Suponha-se a Cia. Desequilibrada vendeu R$ 5.000,00 de mercadorias de má qualidade,
metade para o comprador “A” e metade para “B”. A empresa “A” devolveu 20% do lote
e a empresa “B” aceitou a proposta da Companhia Desequilibrada de 10% de
abatimento para evitar devolução.
A - 20% = 500,00
B - 10% = 250,00
Portanto Deduções são ajustes (e não despesas) realizados sobre a Receita Bruta para se
apurar a Receita Líquida. O que interessa para a empresa é efetivamente a Receita
Líquida que é o que sobra em termos de receita.
67
O Lucro Bruto, após cobrir o custo da fabricação do produto (ou o custo da mercadoria
adquirida para revenda, ou o custo do serviço prestado), é destinado à remuneração das
despesas de vendas, administrativas e financeiras, bem como à remuneração do governo
(Imposto de Renda e dos Proprietários da empresa (Lucro Líquido)).
Portanto, quanto maior for a fatia denominado lucro bruto, maior poderá ser a
remuneração dos administradores, sócios, diretores da empresa, do pessoal; de vendas,
governo etc.
- A expressão Custo de Vendas é bastante genérica, devendo, por essa razão, ser
especificada por setor na economia.
• para empresas industriais o custo das vendas é denominado Custo do Produto
Vendido ( CPV);
• para empresas comerciais o custo das vendas é denominado Custo das
Mercadorias Vendidas ( CMV);
• e para empresas prestadoras de serviços o custo das vendas é denominado Custo
dos Serviços Prestados CSP).
68
- As Despesas Operacionais são necessárias para vender os produtos ou prestar os
serviços, administrar a empresa e financiar as operações, enfim são todas as despesas
que contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DESPESAS FINANCEIRAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS:
São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De maneira geral, são
gastos nos escritórios que visam à direção ou à gestão da empresa e constitui-se de
várias atividades gerais que beneficiam todas as fases do negócio ou objeto social.
Podemos citar como exemplo: honorários da administração (Diretoria e Conselho),
salários e encargos sociais do pessoal administrativo, alugueis, materiais de escritório,
seguros, assinaturas de jornais e revistas, despesas legais e judiciais etc.
A Lei das Sociedades por Ações em seu artigo 187 define a apresentação como
despesas operacionais “as despesas financeiras deduzidas das receitas”.
69
Despesas Financeiras:
São as remunerações de capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou incorridos (juros
passivos), comissões bancárias, descontos financeiros (condicionais) concedidos,
variação cambial passiva, variação monetária passiva etc.
As receitas de natureza financeira são derivadas de aplicações financeiras, juros
recebidos (juros ativos), descontos obtidos, variação cambial ativa, variação monetária
ativa etc.
Variações Cambiais: Essas decorrem de operações que envolvem obrigações/ direitos
em moeda estrangeira, a qual quando oscila em relação à moeda nacional, gera aquelas
“Variações Cambiais”.
70
O Imposto de Renda incide sobre o Lucro Líquido das empresas.
Ressaltamos que a base de cálculo para o imposto de renda não é exatamente o lucro
apurado pela contabilidade, mas aquele ajustado às disposições da legislação do
Imposto de Renda que será denominado LUCRO REAL (este lucro será calculado em
um livro extra contábil denominado LALUR) (livro de apuração do lucro real).
Participações no Lucro:
“Debênture”: Título de renda fixa emitido por empresas para captar recursos,
investir ou pagar dívidas. Podem ser negociadas como se fossem ações. Alguns
tipos podem ser convertidos em ações da empresa que a emitiu, depois de um prazo
definido (normalmente superior a um ano).
De Empregados e Administradores – É um complemento à remuneração de
empregados e administradores. Normalmente, é definido no estatuto ou contrato
social um percentual sobre o lucro.
71
Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de
Empregados - São doações às constituições de fundações com a finalidade de
assistir seu quadro de funcionários, às previdências particulares no sentido de
complementar aposentadoria etc. que, definidas em estatutos, serão calculadas e
deduzidas como uma participação nos lucros anuais.
Exemplo:
Lucro depois do Imposto de Renda e Contrib. Social ...................1.000.000
( - ) Participação de Debêntures - 10% ............................................ (100.00)
900.000
( - ) Participações de Empregados ( 900.000 X 10%) ....................... (90.000)
810.000
( - ) Participação Administração (810.000 X 10%) .............................(81.000)
729.000
( - ) Participação das Partes Beneficiárias (729.000 X 10%) .............(72.900)
656.100
( - ) Contribuições e doações -----------
= Lucro Líquido ------------
Lucro Líquido por Ação: Ë exigência do inciso VII do art. 187 da Lei das Sociedades
por Ações que na DRE seja exibido, em seu final. Lucro (ou) prejuízo líquido por ação
do capital social obtido pela divisão do lucro (prejuízo) líquido do exercício pelo
número de ações em que se divide o Capital Social da Companhia.
O lucro por ação é informação de grande utilidade, podendo ser usada para objetivos
diversos, sendo particularmente importante no caso de companhias abertas, pois é
utilizada para melhor avaliação dos resultados das operações dos exercícios passados,
permitindo conhecer sua evolução período a período. Possibilita melhor avaliação pelos
investidores dos resultados apurados pela
companhia em relação às ações que possui.
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NOTA:
VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS E PASSIVAS
73
EXERCICIOS
CIA KABANA
Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício com os saldos das seguintes contas
de resultado:
CONTAS R$
Vendas de Mercadorias 25.000
Alugueis e condomínios 300
Abatimentos s/ vendas 200
Despesa com Marketing 500
IPTU 300
Comissões e despesas bancárias 100
Serviços prestados por Pessoa Jurídica 900
COFINS s/ receita bruta 750
CMV 8.500
Fretes e Carretos p/ entrega mercadorias 200
Despesa c/ pesquisa de mercado e Opinião 500
Contribuição Sindical 65
Honorários da Diretoria 2.000
Descontos Concedidos 800
ICMS s/ Vendas 4.000
Energia Elétrica 200
Descontos Obtidos 110
Variação Monetária Passiva 60
Despesas legais e judiciais 30
Despesa c/ Vale Transporte 120
Alugueis Recebidos 1.200
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Empresa Beta LTDA
Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício com os saldos das seguintes contas
de resultado:
CONTAS R$
Custo de Mercadorias Vendidas 18.000
Despesas c/ comissões s/ vendas 2.600
Vendas Canceladas 1.500
Despesa c/ Assinatura de Jornais e Revistas 150
Ganho na Alienação de Imobilizado 200
Despesa c/ 13º salário pessoal Administração 4.000
Juros Passivos 1.200
Variação Cambial ativa 300
Despesa c/ Assistência Médica 1.800
Despesas bancárias 250
Despesas com Amostras 600
Despesa c/ seguro Prédio Administração 350
ICMS s/ Vendas 5.000
Despesas c/ Viagem 800
IOF – Imposto Operações Financeiras 150
Despesa c/ Conservação e limpeza 300
Juros Recebidos 200
Despesa c/ Depreciação 700
Receita de Vendas 35.000
CPMF –Cont. Provisória Mov. Financeira 50
Recuperação de Despesas 250
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PAPELARIA ALFA LTDA
A empresa comercial “Papelaria Alfa Ltda.” apresentou no final do exercício de X1, os
seguintes saldos das contas de resultado:
CONTAS VALOR
ICMS s/ Vendas 6.800
Despesa c/ Aluguel 200
Comissão s/ Vendas 500
Juros Ativos 450
CMV 11.200
Salários funcionários Administração 4.800
Ganho na Alienação de Bens Imobilizado 750
Descontos Concedidos Incondicionalmente 280
Receita de Venda de Mercadorias 45.000
Despesa c/ Propaganda e Publicidade 350
Depreciação 220
Despesa c/ Material Escritório 50
Descontos concedidos 150
Despesa c/ Telefonema 1.500
PIS s/ Faturamento 1.200
Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício
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CIA TECELAGEM JUIZ DE FORA
Dados da DRE da Cia.
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Marque as opções corretas:
1) Deduções são:
( ) Ajustes
( ) Despesas
( ) Perdas
( ) Custos
78
BALANÇO PATRIMONIAL
É considerado o mais importante relatório gerado pela contabilidade. Ë através dele que
se consegue definir e identificar a saúde financeira e econômica da empresa no fim do
ano ou em qualquer outra data fixada.
É a demonstração que encerra a seqüência dos procedimentos contábeis, apresentado de
forma ordenada os três elementos componentes do patrimônio:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
São os itens positivos do patrimônio. É o conjunto de bens e direitos de propriedade
da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes e
futuros para a empresa. São os bens e direitos que proporcionam ganhos para a empresa.
Se o bem ou direito não for de propriedade da empresa, não constará do seu Ativo. O
Arrendamento mercantil (leasing) de uma máquina por uma empresa que paga aluguel
mensal não se caracteriza como Ativo, embora o bem esteja dentro da empresa ( é posse
e não propriedade).
Uma empresa que possui uma “marca” conhecida no mercado não poderá evidenciá-la
como Ativo, embora seja um bem (intangível) de sua propriedade, pois é impossível
avaliá-la (a marca) monetariamente. Exceção haverá quando a marca for comprada de
terceiros.
Se a empresa tiver um título a Receber de uma empresa falida, este não será Ativo, pois
não há possibilidade de convertê-lo em dinheiro; não traz benefícios algum para sua
portadora (veja-se o título é um direito de propriedade da empresa e mensurável
monetariamente, mas não traz benefícios à empresa; portanto, é uma perda e não Ativo).
Para ser Ativo é necessário que preencha quatro requisitos simultaneamente:
a) Bens ou direitos;
b) De propriedade da empresa;
c) Mensurável monetariamente;
d) Benefícios presentes e futuros.
79
PASSIVO
Representa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão
cobradas, reclamadas a partir da data do seu vencimento.
O Passivo é conhecido no mercado financeiro como dívida com terceiros ou recursos
(dinheiro) de terceiros ou CAPITAL DE TERCEIROS.
O Passivo Exigível evidencia o endividamento da empresa; o seu crescimento de forma
desordenada pode levar a empresa à concordata ou falência.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
"Representa o total das aplicações dos proprietários na empresa"
O investimento inicial dos proprietários (a primeira aplicação) é denominado
contabilmente, de Capital. Se houver outras aplicações por parte dos proprietários,
haverá acréscimo de capital.
É importante lembrar que o termo capital significa recursos. O Capital próprio, portanto
indica recursos (financeiros ou materiais) dos proprietários (sócios ou acionistas)
aplicados na empresa. Capital de terceiros, por seu lado, significa recursos de outras
pessoas (físicas ou jurídicas) aplicados na empresa.
A importância inicial que os proprietários investem na empresa, contabilmente, é
denominada de CAPITAL ou CAPITAL NOMINAL. (Esse valor será modificado,
normalmente aumentado com o passar do tempo).
No caso dos sócios (ou acionistas) se comprometerem a investir na empresa certa
quantia, esse capital será denominado de CAPITAL SUBSCRITO (assinado e
comprometido).
Ao cumprirem o contrato firmado, fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa, os
PROPRIETÁRIOS INTEGRALIZAM O CAPITAL.
80
ORIGENS E APLICAÇÕES
O lado do passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio
(Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem do capital.
Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo e Patrimônio Líquido.
Esses recursos financeiros ou materiais são originados dos proprietários, fornecedores,
governo, bancos, financeiras etc.
Assim, se uma empresa pedir emprestado recursos a uma instituição financeira (Bancos,
por exemplo), haverá uma origem de recursos: Passivo. Todavia, esses recursos
originados serão aplicados em algum lugar do Ativo: Estoques, Máquinas, Caixa .......
Dessa forma fica bastante simples de entender por que o Ativo será sempre igual ao
Passivo, pois a empresa só pode aplicar que tem origem. Se há uma origem de
R$50.000,00 (Passivo + PL), haverá uma aplicação de R$50.000,00 (Ativo).
É através do Passivo e Patrimônio Líquido que identificamos as "ORIGENS DE
RECURSOS".
Lembre-se: a empresa só pode aplicar (ativo) aquilo que tem origem (passivo +
patrimônio líquido). Sendo assim se a empresa possui R$8.000,00 de origem (passivo e
PL) o valor das aplicações (ativo total) só poderá ser de R$8.000,00, portanto:
81
A EXPRESSÃO BALANÇO PATRIMONIAL
Colunas Comparativas: A Lei das Sociedades por Ações dispõe que as demonstrações
de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes do
exercício anterior. Assim o Balanço Patrimonial, bem como todas as demonstrações
financeiras, serão apresentadas em duas colunas: exercício atual e exercício anterior.
82
Por exemplo, quando se têm números como R$ 850.560.930,00 podem eliminar os três
dígitos (930) e ficar com R$ 850.560, desde que se coloque no cabeçalho das
demonstrações, a expressão em milhares (ou em $ mil). Se forem eliminados seis
dígitos, coloca-se no cabeçalho: em $ milhões.
Tal fato facilita as publicações, fundamentalmente porque serão necessárias
demonstrações com duas colunas.
ATIVO PASSIVO
83
CIRCULANTE CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE RESULTADO EXERC. FUTURO
. Investimentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO
. Imobilizado
. Diferido
LONGO PRAZO, por sua vez identifica um período superior a um ano. Assim, ao
contrair um financiamento de um banco, com resgate de dívida após 5 anos, ESSA
DÍVIDA SERÁ CONSIDERADA DE LONGO PRAZO.
ATIVO CIRCULANTE.
Nesse grupo são classificados: dinheiro em poder da empresa (caixa ou bancos) e
também todos os valores que serão transformados em dinheiro a curto prazo ( duplicatas
a receber, estoques, investimentos temporários etc).
Esse grupo, ATIVO CIRCULANTE é aquele que gera dinheiro para a empresa pagar as
suas contas a curto prazo. Esse grupo é conhecido também como CAPITAL DE GIRO,
pois seus itens estão sempre se renovando.
84
Contas a Receber – são valores não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias
ou prestação de serviços a prazo. São valores a receber de clientes, também
denominados Duplicatas a Receber;
Estoques – são mercadorias a serem revendidas. No caso de indústria, são os
produtos acabados, bem como matéria-prima e outros materiais secundários que
compõem o produto de fabricação;
Investimentos Temporários - são aplicações realizadas normalmente no mercado
financeiro com o excedente do Caixa. São investimentos por um curto período, pois
tão logo a empresa necessite do dinheiro, ela desfaz da aplicação;
Despesas do exercício seguinte – são as despesas contraídas antecipadamente e
ainda não consumidas. Certamente essas despesas serão utilizadas dentro de um
ano; São elas; seguros antecipados etc.
Deduções do Circulante:
Contas a receber – a parcela estimada pela empresa que não será recebida em
decorrência dos maus pagadores deve ser subtraída de Conta a Receber, com o título
“Provisão para Devedores Duvidosos”.
Parte das Duplicatas a Receber, negociadas com as instituições financeiras com o
objetivo da realização financeira antecipada daqueles títulos, deve ser subtraída de
Conta a Receber com o título “Duplicatas Descontadas”.
Estoques – se o valor do mercado deste item for menor que o valor do custo de
aquisição ou produção, deverá ser deduzida a provisão para ajustá-lo ao valor de
Mercado (conservadorismo).
ATIVO PERMANENTE.
Esse grupo irá registrar itens que dificilmente serão transformados em dinheiro, POIS
NÃO SE DESTINAM À VENDA, visto que são utilizados somente como meios de
produção ou meios para a empresa obter a sua renda. É conhecido também como
ATIVO FIXO, pois seus valores não mudam constantemente, uma vez que a empresa
não compra e vende esses valores com freqüência. São itens usados por vários anos
(vida útil longa) e sua reposição, ao contrário do circulante, é lenta.
O Ativo Permanente se divide em três grupos:
85
INVESTIMENTOS - são aplicações que nada tem haver com a atividade da empresa
(compra de ações de outras empresas, obras de arte, imóveis alugados a terceiros ou
imóveis para renda etc.).
IMOBILIZADO - são os bens destinados à manutenção da atividade principal da
empresa. Bens que auxiliam a empresa na consecução de sua atividade, tais como:
imóvel (onde está sediada a empresa), instalações, móveis e utensílios, veículos,
máquinas e equipamentos, marca e patentes etc. Os bens tangíveis com o passar do
tempo sofrem deterioração física ou tecnológica. Dessa forma, perdem a sua eficiência
funcional. Tal perda é acumulada, de forma aproximada, na conta Depreciação
Acumulada.
Quando se tratar de bens intangíveis (marca, patentes, direitos autorais, benfeitorias em
imóveis de terceiros...), a diminuição do valor denomina-se Amortização Acumulada.
Quando se tratar de recursos naturais (jazidas, reflorestamento, poço de petróleo.), a
diminuição é denominada Exaustão Acumulada.
O Passivo agrupa contas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que
serão liquidadas mais rapidamente integram um primeiro grupo. Aquelas que serão
pagas num prazo mais longo forma outro grupo.
Existe analogia entre Passivo e Ativo em termos de liquidez decrescente; por outro lado,
no ativo aparecem às contas as conta que se converterão mais rapidamente em dinheiro
e, por outro lado, no passivo, são destacadas, prioritariamente, as contas que devem ser
pagas mais rapidamente.
PASSIVO CIRCULANTE
Evidencia todas as dívidas com terceiros que serão pagas a curto prazo: dívidas com
fornecedores de mercadorias, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos bancários
com vencimentos nos próximos 360 dias, provisões , imposto de renda, férias, 13º
salário etc.
86
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO.
Nesse item serão classificadas todas as obrigações com terceiros liquidadas a longo
prazo. Essas dívidas normalmente se referem aos financiamentos obtidos junto às
instituições financeiras (bancos de desenvolvimento e de investimento).
São classificadas neste grupo as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e
despesas a elas correspondentes. Devem compor este grupo as receitas recebidas ou
faturadas antecipadamente que não corram o risco de devolução por parte da empresa,
tais como aluguel recebido antecipadamente (com cláusula de não-reembolso)
Os adiantamentos com risco de restituição devem ser classificados no Passivo
Circulante.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
RESERVAS DE CAPITAL
Consiste em registrar doações e subvenções para investimento, ágio e deságio na
emissão de ações, entre outros casos.
CONCEITO: As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela
companhia e que não transitam pelo Resultado com Receitas, por se referirem a
serviços.
87
Normalmente deveria constar como reservas p/ ágio na emissão de ações, a
alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição e as doações.
Estas desde que tenham as seguintes características: valores recebidos para
expansão da empresa, que não tenham qualquer utilização para cobertura de
quaisquer despesas, encargos ou prejuízos e que não tenham perante o
doador quaisquer obrigações futuras. Tecnicamente não deveriam estar
abrangidos os valores recebidos, perdoados ou frutos de isenções ou reduções
de passivos, incluindo impostos, que dependessem de obrigações a serem
satisfeitas posteriormente.
Dentro do conceito mais moderno de resultado e para evitar discussões e
julgamentos sempre polêmicos, a tendência atual é a de se reduzir
drasticamente à abrangência dessas reservas e de outras mutações
patrimoniais fora do resultado.
É extremamente desejável que as isenções de impostos, reduções e demais
incentivos fiscais sejam caracterizados como incremento do resultado e não
com Reservas de Capital. É muito mais fruto de esforço da empresa em termos
de melhoria de sua rentabilidade, inclusive de planejamento tributário, do que
efetivar contribuições externas ao capital da empresa.
Entretanto, a Lei 6404/76 ainda inclui como Reserva de Capital o Prêmio na
emissão de debêntures e as Subscrições para investimento.
88
Na conta Capital ... 50.000.0000 de ações a R$ 1,00................... R$ 50.000.000
89
saber quanto lhe custaria caso tivesse comprado. Esse deverá ser então o
valor do imóvel e o da Reserva de Capital.
Na determinação do lucro sujeito ao imposto de renda – lucro real – somente
as doações feitas pelo Poder Público poderão ser excluídas da tributação,
desde que registradas como reserva de capital.
Alguns exemplos:
1) Isenção ou redução do imposto de renda: é o caso de empresas
incentivadas nas áreas da Sudene, Sudam etc. O valor do imposto de renda
que deixa de ser pago deve ser apropriado a crédito dessa reserva. Essa
apropriação é comumente feita contra o recebimento integral da despesa do
imposto de renda o resultado do exercício;
2) Incentivo de ICMS: para determinados empreendimentos, devido a sua
localização ou ramo de atividade, a critério da respectiva Legislação
Estadual, poderão ser concedidos, como incentivo fiscal, reduções do ICMS
devido ou devolução de ICMS recolhido.
Tal incentivo é uma subvenção e os recursos correspondentes
devem ser obrigatoriamente aplicados na expansão da
empresa ( investimentos).
Devido a sua sistemática, ou seja, depósito em conta vinculada até que seja
apresentado e aprovado pelo órgão competente um projeto específico de
investimento e, ainda mais, à obrigatoriedade de registro de uma reserva de
90
capital na liberação, muitas dúvidas têm surgido quanto a sua forma de
contabilização.
Em decorrência das normas da Lei nº. 6.404/76 e da legislação fiscal,
impondo o registro desse valor em conta de reserva de capital, o esquema
de lançamento a seguir visualizado pode ser apresentado:
No recolhimento do ICMS:
Esse retorno não é considerado, pois, nem receita nem redução de qualquer despesa,
RESERVA DE REAVALIAÇÃO
São as contrapartidas de acréscimos de valor atribuído ao Ativo Permanente em
circunstância de novas avaliações, normalmente ao valor de mercado.
91
Na primeira subconta, estariam classificadas as reavaliações feitas pela
empresa de seus próprios bens, pela parcela da nova avaliação ao preço de
mercado que exceder o valor líquido contábil anterior dos bens. Essa conta
deverá estar segregada a ter controles por natureza dos ativos a que se refere
para registro das baixas, quando ocorrerem.
A Segunda conta devem ser registradas as contrapartidas relativas aos débitos
feitos na conta de Investimentos em coligadas e controladas avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, quando tais débitos forem oriundos de
reavaliações feitas pelas coligadas e controladas. A baixa posterior dessa
conta de Reserva de Reavaliação deverá ser feita à medida da realização dos
ativos correspondentes na coligada e controlada pela baixa dos ativos ou sua
depreciação e amortização.
RESERVA DE LUCRO
Reserva Legal: Essa reserva, basicamente instituída para dar proteção ao credor; é
tratada no art.193 da Lei 6.404/76 e deverá ser constituída com a destinação de 5% do
lucro líquido do exercício. Será constituída obrigatoriamente pela companhia, até que
seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida;
ou poderá, a critério da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo desta
reserva, somado ao montante das Reservas de Capital, atingir 30% do capital social.
A utilização da reserva legal está restrita à compensação de prejuízos e ao
aumento do capital social. Essa incorporação ao capital pode ser feita a
qualquer momento a critério da companhia. A compensação com prejuízos
92
ocorrerá obrigatoriamente quando ainda houver saldo de prejuízos, após terem
sido absorvidos os saldos de Lucros Acumulados e das demais Reservas de
Lucros (parágrafo único do art. 189 da Lei 6.404/76).
93
(ou até o surgimento de prejuízos) em exercícios futuros. Dessa forma, com a
sua constituição, está fortalecendo a posição da Sociedade para fazer frente à
situação prevista.
No exercício em que ocorrer tal perda efetivamente - quando o lucro será,
portanto, menor -, efetua-se a reversão da Reserva para Contingências
anteriormente constituída para a conta de Lucros Acumulados. Como se
verifica, essa prática visa evitar dividendos distribuídos, quando se prevêem
significativas baixas (ou eventualmente prejuízos) no lucro líquido, oriundas de
fatos extraordinários por ocorrer.
CONTAS DE COMPENSAÇÃO
94
Tais contas constituem um sistema que registra operações não
modificadoras do patrimônio, razão pela qual são também denominadas
“contas extra patrimoniais” e se posicionam em separado, no Balanço
Patrimonial, logo após a totalização do Ativo e do Passivo ( pois não podem ser
a estes somadas).
O sistema de contas de compensação, portanto, tem característica
eminentemente de controle, principalmente de eventos que possam influenciar
no patrimônio da empresa, caracterizadores de expectativas.
O significado do nome “contas de compensação” provém do fato de
registrarem por idêntico valor, a débito e a crédito, os atos mencionados.
Nota: As contas de compensação não figuram na atual lei das sociedades por
ações (Lei n° 6.404/76). Certamente porque o diplom a legal cuidou, apenas, de
normatizar o sistema contábil de divulgação e publicação de dados sobre o
patrimônio efetivo da empresa e não de regulamentar métodos internos de
controle da entidade.
É importante salientar, ainda, que o fato de a Lei das S/A não fazer menção às
contas extra patrimoniais não significa nenhuma restrição ao seu uso.
95
1.2.2 – Fianças, avais etc.: Fianças a favor de terceiros, títulos de favor,
avais etc. Constituem eventos suscetíveis de controle, sobretudo pelas suas
possíveis repercussões.
O registro e o controle por meio das contas de compensação, nesses casos,
chega a representar um imperativo de boa organização e de técnica
contábil e realça a utilidade dessa contas.
96
Contas de Compensação Ativas Contas de Compensação Passivas
97
Pela baixa de apólice de seguro (por ocasião de seu vencimento)
98
1.4 - CONCLUSÃO
EXERCÍCIOS
CIA VIOLETA
A Cia. Violeta apresentou em 31 de dezembro de X1 Balancete de verificação das
seguintes contas:
99
Mercadorias 150.000
ICMS a recolher 50.000
Gastos pré-operacionais 100.000
Amortização Benfeitorias Imóveis 3º 10.000
Obras de Arte 50.000
Lucro do exercício 100.000
Reserva Legal 10.000
Construções em andamento 100.000
Reserva estatutária 10.000
Receita de exercícios futuros 20.000
Empréstimos a sócios 50.000
Reserva p/ Contingências 20.000
Empréstimos e financiamentos – L.Prazo 50.000
CIA DELTA
CONTAS SALDO
CAIXA 200,00
CAPITAL 50.000,00
CLIENTES 40.000,00
PIS A RECOLHER 8.000,00
IMÓVEIS PARA RENDA 6.000,00
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 23.000,00
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS - 5 ANOS 4.200,00
RESERVA LEGAL 8.000,00
DESPESAS EXERC. SEGUINTE – PRÊMIO DE SEGUROS 1.000,00
GASTOS C/ PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 2.000.00
MERCADORIAS 28.600,00
100
DIVIDENDOS A PAGAR 2.000,00
DUPLICATAS DESCONTADAS 20.000,00
LUCRO DO EXERCÍCIO 1.600,00
AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 1.000,00
EMPRÉSTIMOS A SÓCIOS 5.000,00
PRÓ-LABORE A PAGAR 3.000,00
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 5.000,00
APLICAÇÃO FINANCEIRA DE LIQUIDEZ IMEDIATA 2.000,00
PROVISÃO P/DEVEDORES DUVIDOSOS 1.000,00
FORNECEDORES 4.000,00
ALFA LTDA
Balancete de Verificação em 31-12-X1 da Empresa Alfa Ltda.
CONTAS SALDOS
101
Descontos concedidos 300,00
Salários e Ordenados a pagar 400,00
Vendas canceladas 100,00
Prêmio de seguros a vencer 150,00
Despesa com ICMS 50,00
Empréstimos bancários (l2 meses) 200,00
Despesa de Depreciação 16,00
Depreciação Acumulada 16,00
Juros Ativos 150,00
ALFA LTDA
O Balancete de verificação da Empresa Alfa Ltda no dia 30 de Novembro de X1 era
composto pelas seguintes contas:
CONTAS SALDOS
Abatimentos s/ Vendas 400,00
Despesa com seguro Prédio Administração 900,00
Energia Elétrica a pagar 200,00
Custo de Mercadorias Vendidas 8.500,00
Pró-Labore 1.700,00
Estoque de Mercadorias 15.000,00
Depreciação 1.000,00
Juros Ativos 50,00
Duplicatas a Receber 20.500,00
Dividendos a pagar 2.100,00
Comissões s/ vendas 1.500,00
Depreciação Acumulada 1.000,00
Pró-Labore a pagar 1.700,00
Descontos incondicionais 100,00
102
Capital Social 20.000,00
Juros Passivos 700,00
Imóveis p/ renda 3.500,00
ICMS s/ vendas 1.000,00
Receita de Vendas 25.000,00
Terrenos 16.000,00
Duplicatas Descontadas 2.000,00
13º Salário Pessoal Administração 300,00
ICMS a recolher 1.000,00
Despesas Bancárias 1.200,00
Banco c/ Movimento – Banco ABC 1.550,00
Empréstimos e Financiamentos longo Prazo 28.000,00
Fretes e Carretos s/ vendas 600,00
Títulos a Receber a Longo Prazo 5.000,00
Descontos Obtidos 150,00
Energia Elétrica 250,00
Aplicações Financeiras a Curto Prazo 1.500,00
103
CONTAS SALDOS EM 31/12/X1
Caixa 2.200
Banco c/ Movtº - Banco XYZ 5.000
Duplicatas a Receber 62.409
Vendas de mercadorias 349.432
Títulos a receber curto prazo 600
Custo de mercadoria vendida 290.100
Fornecedores 53.000
Terrenos 2.450
Capital Social 11.550
Empréstimos Bancários - Longo Prazo 7.350
Salários e Ordenados – Administração 5.000
Títulos a Receber longo Prazo 30
PIS a Recolher 750
Edificações 29.400
Depreciação Acumulada 4.704
Reserva legal 1.000
Reserva p/ contingências 715
ICMS a recolher 10.000
Propaganda e publicidade 2.000
Material de escritório 300
Despesa c/ fretes 900
COFINS a recolher 5.000
Mercadorias 37.900
Empréstimos bancários - curto prazo 1.270
Descontos concedidos 4.800
13º Salário – Administração 800
Abatimentos 500
ICMS s/ vendas 10.000
PIS s/ vendas 750
Vendas canceladas 32
Reserva p/ incentivos fiscais 15.400
COFINS s/ vendas 5.000
104
Durante o mês de dezembro foi detectada a falta de alguns lançamentos das
seguintes operações:
a) Recebeu 01 duplicata nº 005 em dinheiro no valor de R$ 2.409.
b) As Edificações (um único prédio) são depreciadas a taxa de 4% ao ano.
c) As despesas com telefonemas durante o mês de dezembro foram de R$300,00 com
vencimento em 05/01/X2.
d) Foi efetuada uma aplicação financeira de liquidez imediata no Banco XYZ de R$
1.000.
Elaborar a DRE e Balanço Patrimonial.
CIA ALBATROZ
A Companhia acima apresentava o seguinte balancete de verificação:
Balancete de Verificação em 30/11/ X2
Contas Saldos Devedores Saldos Credores
Caixa 5.000
Banco Azul S/A 25.000
Duplicatas a Receber 300.500
Estoque 500.000
Imóveis 50.000
Móveis e utensílios 10.000
Veículos 12.000
Marcas e Patentes 2.000
Investimentos em sociedades coligadas 100.000
Fornecedores 250.000
Títulos a pagar 70000
Contas a pagar 20.000
Salários a pagar 10.000
Financiamentos bancários 400.000
Capital Social 250.000
Custo das Mercadorias Vendidas 750.000
Despesas de salário 83.000
Despesas de comissões 55.000
Despesas de aluguel 12.000
Despesas de material de escritório 3.500
Despesas diversas 5.000
Vendas 899.500
Receita de Serviços 13.500
TO T A L 1.913.000 1.913.000
105
Durante o mês de Dezembro/X1, ocorreram as seguintes transações:
1) Cobrança de duplicatas no valor de R$87.000, recebidas em caixa.
2) Depósito de R$80.000 (que estavam em caixa) no Banco Azul S/A.
3) Compra de R$110.000 de mercadorias, sendo 50% à vista e o restante a Prazo.
4) Pagamento de uma diferença de R$3.000 de salários pagos a menor em outubro,
com dinheiro do caixa.
5) Venda de mercadorias no valor de R$150.000, sendo 80% a prazo e o restante à
vista, depositando em banco a quantia recebida. A mercadoria vendida custou
R$105.000, e foi baixada do estoque.
6) Os diretores decidiram não manter dinheiro em caixa, fazendo todos os pagamentos
por banco. O saldo de caixa foi depositado no banco.
7) Venda de mercadorias à vista no valor de R$200.000 concedendo o desconto de
10% na Nota Fiscal. A mercadoria vendida custou R$140.000 para a companhia.
8) Pagamento de uma Nota Promissória que estava devendo, no valor de R$50.000.
9) Pagamento de salários no valor de R$10.000, referente a novembro, e o aluguel de
outubro e novembro (2.000 por mês).
10) Devolução de parte da venda a prazo referida no item 5, no valor de R$30.000. Esse
valor foi baixado de duplicatas a receber. A mercadoria entrou novamente em
estoque pelo seu valor de custo, R$21.000.
11) Compra à vista de material de expediente no valor de R$4.000.
12) Registro do valor dos salários a pagar referentes a Dezembro, no valor de
R$11.000, e também do valor do aluguel a pagar referente ao mesmo mês, no
montante de R$2.000.
13) Pagamento dos salários e do aluguel que haviam sido registrados como a pagar no
item 12.
14) Pagamento aos fornecedores de duplicatas no montante de R$130.000.
15) Compra de mercadoria à vista no valor de R$120.000, obtendo um desconto de
R$6.000 na nota fiscal.
16) Venda de mercadorias no valor de R$180.000, sendo 20% à vista e o restante a
prazo. A mercadoria foi baixada do estoque pelo seu preço de custo, R$126.000.
17) Recebimento de duplicatas no montante de R$150.000.
18) Publicação de uma propaganda no jornal da Cidade, que custou R$30.000, pagos à
vista.
19) Compra de mercadoria à vista no valor de R$45.000, obtendo um desconto de
R$1.300 na nota fiscal. Ao mesmo tempo, foi feito o registro do frete a pagar sobre
a mercadoria comprada, no valor de R$2.000.
20) Pagamento de uma fatura de frete sobre as mercadorias vendidas, a qual não havia
sido registrada anteriormente, no valor de R$5.000.
21) Pagamento através de cheques:
a) fornecedores: R$49.000
b) contas a pagar: R$15.000
c) títulos a pagar: R$5.000
22) Os acionistas decidiram aumentar o capital para R$300.000, integralizando o valor
do aumento (R$50.000) em moeda corrente depositando no Banco Azul S/A.
23) Pagamento de R$2.500 de despesas diversas.
106
Pede-se: Extrair um balancete de verificação para 31/12/X1
Apurar o Resultado do exercício e Balanço Patrimonial.
PELICANO S/A
A firma é uma empresa comercial que compra e vende sapatos; apresentava o seguinte
balancete de verificação:
CONTAS SALDOS
Bancos c/ Movimento 43.000
Clientes 300.000
Provisão p/ Devedores Duvidosos 3.000
Estoque 312.000
Imóveis 86.000
Móveis e Utensílios 68.000
Veículos 40.000
Fornecedores 195.000
Contas a pagar 13.000
Capital Social 382.000
CMV 617.000
Despesas de salários 40.000
Despesas de comissões 23.000
Devedores Duvidosos 3.000
Despesas de viagens 15.000
Despesas de conservação da loja 2.500
Honorários da diretoria 36.000
Despesas de juros 11.500
Vendas 1.004.000
107
1) Aumento de capital social no montante de R$18.000.
2) Venda de mercadorias no valor de R$70.000, sendo 70% a vista e o restante a
prazo, com ICMS de 18%. Baixou a mercadoria do estoque pelo seu preço de
custo: R$42.000.
3) Registro feito pela firma no valor do frete a pagar sobre as mercadorias
vendidas: R$ 2.800.
4) Compra de mercadorias á vista no valor de R$35.000 com ICMS de 18%.
5) Compra de móveis e utensílios a prazo, no montante de R$1.500.
6) Conserto feito na loja, o qual custou R$1.100, pago a vista.
7) Pagamento de R$6.000 de salários ref. a Dezembro e R$2.000 de comissões aos
seus vendedores.
8) Cobrança de duplicatas que tinha a receber no valor de 28.000.
9) Pagamento do frete registrado na transação nº3.
10) Pagamento da compra de móveis e utensílios da transação nº5.
11) Venda de mercadorias a Vista no valor de R$48.000 com ICMS de 18%. As
mercadorias haviam custado R$29.000 à companhia.
12) Pagamento de conta a pagar no valor de R$3.000.
13) Compra de mercadorias à vista no valor de 20.000, com ICMS de 18% ,
pagando mais R$500 a título de frete.
14) Empréstimo no Banco XYX, no valor de 50.000.
15) Pagamento aos fornecedores no montante de R$52.000.
16) O cliente MAL DE VIDA que foi transferido p/ devedores duvidosos foi
considerado incobrável.
17) Do saldo final da conta clientes 3% foram constituídos uma provisão p/ crédito
Liquidação Duvidosa.
18) O contador esqueceu de contabilizar e pagar O PIS e a COFINS referente todo o
ano de X2. Contabilizar a provisão dos mesmos em dez/x2 para serem pagos em
Janeiro/X3.
CIA LISBOA
Levante o balanço patrimonial após cada uma das operações abaixo
relacionadas:
a) O acionista constituiu a companhia e integralizou seu capital social através de
cheque nº001 depositado no Banco XYZ no valor de R$10.000;
b) Compra a vista de um terreno no valor de R$3.500;
c) Aquisição a prazo de mercadorias no valor de R$2.000;
d) Aumento do capital social com um edifício no valor de R$5.000;
e) Venda a prazo de 30% das mercadorias pelo preço de custo;
f) Aquisição a vista de máquinas no valor de R$4.000;
g) Recebimento total do valor proveniente da venda de mercadorias;
h) Recebimento de um empréstimo bancário no valor R$6.000;
i) Pagamento da obrigação com o fornecedor;
j) Compra a vista de ações de outras sociedades no valor de R$1.800;
k) Pagamento de 20% do empréstimo.
108
SUCUPIRA COMÉRCIO LTDA
109
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS
ACUMULADOS
(Instrumento de Integração entre BP e DRE)
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados é uma das demonstrações
financeiras cuja elaboração é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro real (caput do art, 274 do RIR/99).
Demonstra com clareza para os interessados a destinação do lucro, a canalização, a
distribuição do lucro do exercício.
Apenas uma parte do Lucro Líquido é distribuída para os proprietários da empresa, em
forma de dividendos. A maior parcela, normalmente, é retida na empresa e reinvestida
no negócio.
A destinação (canalização) do Lucro Líquido para os proprietários (distribuição de
dividendos) ou o reinvesti mento na própria empresa (retenção do lucro) será
evidenciada na Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, antes de ser indicada
no Balanço Patrimonial.
Encerra-se a Demonstração do Resultado do Exercício com a apuração do Lucro
Líquido. Em seguida, transporta-se o Lucro Líquido para a Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados para efetuar a sua destruição.
Após a destinação do Lucro Líquido, o que fica retido é transportado para o Balanço
Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido (recursos dos proprietários); há assim, mais
uma origem de recursos para a empresa, e tal origem é aplicada no Ativo.
A referida demonstração é também obrigatória para as limitadas e outros tipos de
sociedades, conforme a legislação do Imposto de Renda. Para as companhias abertas,
entretanto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu em sua instrução nº
59 de 22-12-86, a obrigatoriedade de elaboração e publicação da Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido, que conterá em uma de suas colunas, a Demonstração
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados é uma das demonstrações
financeiras cuja elaboração é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro real ( caput do art, 274 do RIR/99).
O Lucro retido na empresa pode ser utilizado para aumentar o Capital da empresa, ser
destinado a algum fim específico; neste caso será tratado em forma de reserva: reserva
legal (uma parte do Lucro Líquido - 5% - para manter a integridade do Capital); reserva
para expansão da empresa, reserva estatutária (para renovação de equipamentos, para
pesquisa de novos produtos etc.), prevista no estatuto da empresa.
110
A parte do lucro não distribuída aos proprietários e não utilizada para aumento de
Capital, reservas e outros fins será acumulada na conta Lucros Acumulados.
Lucros Acumulados normalmente são remanescentes de lucro sem fim específico, sem
destino certo, em suspenso.. Lucros Acumulados serão adicionados ao Lucro Líquido
do próximo exercício social para, com aquele, participar de uma nova distribuição
(destinação). Daí a expressão Demonstração de Lucros Acumulados, que significa o
Lucro Líquido do Exercício mais o remanescente de lucro não específico de ano(s)
anterior (es).
FORMA DE PREPARAÇÃO
É de preparação rápida e simples, pois nada mais representa do que uma mera
transcrição, de forma ordenada e racional, da conta de razão Lucros ou Prejuízos
Acumulados. Assim sendo, para sua preparação deve-se tomar a ficha de razão dessa
conta e prepará-la. Todavia, ela somente deve ser feita após todos os ajustes finais, ou
seja, após de se ter levantado o Balanço final do exercício.
111
FORMA DE APRESENTAÇÃO
Exercício
Atual
Saldo de Lucros Acumulados no início do
Período Xxxxxxx
(+ ou -) Ajustes de exercícios anteriores Xxxxxxx
(+) Reversão de Reservas Xxxxxxx
(+) Lucro Líquido do Exercício Xxxxxxx
= Lucro Total Disponível Xxxxxxx
(-) Transferências p/ Reservas de Lucros
a) Reserva Legal Xxxxxxx
b) Reservas Estatutárias Xxxxxxx
c) Reservas p/ Contingências
d) Reserva Orçamentária Xxxxxxx
e) Reserva de Lucros a Realizar Xxxxxxx
(-) Juros sobre o capital próprio
Xxxxxxx
(-) Dividendos
Xxxxxxx
= Saldo de Lucros Acumulados no final do período
Xxxxxxx
Xxxxxxx
A Lei das S/A estabeleceu o critério de que o lucro líquido do ano não deve estar
influenciado por efeitos que, na verdade, não pertencem ao exercício, para que o
resultado do ano reflita um valor que possa ser comparado com o de outros anos
seguintes em bases similares. Daí decorre a importância da consistência na aplicação
dos critérios contábeis. Dessa forma, os valores relativos a justes de exercícios
anteriores serão lançados diretamente na conta Lucros ou prejuízos Acumulados, sem
afetar as receitas ou despesas do ano, o que é definido pelo parágrafo 1º do artigo 186
da Lei nº 6404/76, que reproduzido a seguir.
112
Como se constata, a Lei das S/A deixa bem claro que:
1 - os ajustes de exercícios anteriores não devem afetar o resultado normal do presente
exercício, determinando que seus efeitos sejam registrados diretamente na conta
integrante do Patrimônio Líquido Lucros (Prejuízos) Acumulados, e;
2 - por outro lado, determina que sejam tratados como ajustes de exercícios anteriores
somente os casos de: efeitos de mudança de critério contábil e retificação de erro.
113
não dispor de informações ou condições suficientes para um cálculo correto, sendo que
só posteriormente venha a ter a possibilidade do cálculo perfeito.
114
transferências quando houver passagem de saldo da Reserva de Reavaliação ou da
Reservas de Capital, estas últimas somente em caso excepcional.
A Reserva de Lucros a Realizar, constituída em anos anteriores, é revertida para Lucros
Acumulados no ano em que são realizados financeiramente os lucros reconhecidos
como receitas no passado.
A Reserva para Contingências deve também ser revertida para Lucros Acumulados no
exercício em que ocorrer a perda que a originou, ou quando deixar de existir o
fundamento para o qual foi criada.
Reserva Legal: Art.193 da Lei 6.404/96 - essa reserva basicamente instituída para dar
proteção ao credor e deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do
exercício. Essa reserva será constituída obrigatoriamente, pela companhia, até que seu
valor atinja 20% do capital social realizado, quando então não deverá de ser acrescida.
Somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar capital.
115
Reserva de Lucros a Realizar: Essa reserva é constituída como uma destinação dos
lucros dos exercícios, sendo, todavia, optativa sua constituição. O objetivo de constituí-
la é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizados financeiramente (apesar de
contábil e economicamente realizada) pela companhia e também não distribuir
dividendo obrigatório, fixado como porcentagem do lucro do exercício, sobre essa
mesma parcela.
Os Juros sobre o Capital Próprio foram introduzidos pela Lei 9.249 de 26-12-95 que em
seu art 9º, com as alterações do art 88, XXVI, da Lei 9.430/96, faculta às empresas
deduzir da base de cálculo do imposto sobre a renda, a título de remuneração do capital
próprio, os juros pagos ou creditados a titular, sócio ou acionista, limitado à Taxa de
Juros de Longo Prazo (TJLP).
Conforme a referida legislação e as normas da Receita Federal, esse valor deve ser
debitado ao Resultado do Exercício como Despesa Financeira, em contrapartida à conta
ou subconta do exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou acionista ou do
titular da empresa individual. A utilização do valor creditado, líquido do imposto
incidente na fonte, para integralização de aumento de capital na empresa, não prejudica
sua dedutibilidade (Instrução Normativa SRF nº41/98, art.1º).
A contabilização desses juros como despesa financeira, como determinado pela Receita
Federal, implica graves prejuízos à comparabilidade das demonstrações contábeis, já
que, como esses juros são facultativos, algumas empresas os contabilizam e outras não.
Além disso, a comparabilidade fica ainda mais prejudicada com a limitação de seu valor
à metade do lucro antes de sua contabilização ou à metade do saldo de Lucros
Acumulados, fazendo com que algumas empresas não possam considerá-lo em sua
integridade.
Para amenizar tais distorções, a CVM determinou, em sua Instrução nº 247/96, que os
juros sobre o capital próprio sejam destinados diretamente da conta Lucros
Acumulados, sem transitar pelo Resultado do Exercício. Por essa Deliberação, as
companhias abertas que os tiverem contabilizado como despesa financeira, para fins de
dedutibilidade fiscal, ficam obrigadas a efetuar a reversão de seu valor, na última linha
da Demonstração do Resultado.
116
“Os juros remuneratórios do capital próprio são dedutíveis, para efeito de
determinação do Lucro real, a partir do ano-calendário de 1996 e, para efeito de
determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do
ano-calendário de 1997 (art. 88, XXVI, da Lei nº. 9430/1996 e art. 51 da IN SRF
nº.93/1997).”
I - capital social;
II - reservas de capital;
III - reservas de reavaliação;
IV - reservas de lucros;
V - lucros (ou prejuízos) acumulados; e
VI - ações (ou quotas, nas sociedades limitadas) em tesouraria (conta retificadora)
Entretanto, para compor a base de cálculo dos juros sobre o capital próprio, não devem
ser considerados, salvo se forem adicionados na determinação do lucro real e da base
de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, os seguintes valores:
c) parcela ainda não realizada (não computada na apuração do lucro real) da reserva de
reavaliação de imóveis integrantes do Ativo Permanente e de patentes ou direitos de
117
exploração de patentes, que tenha sido incorporada ao capital social (de que tratam os
arts. 436 e 437 do RIR/1999).
2) Para efeito de cálculo dos juros remuneratórios do capital próprio, não deve ser
computado, como integrante do patrimônio líquido, o lucro do próprio período de
apuração.
Taxa a utilizar: Os juros sobre o capital próprio ser calculados pela taxa que a empresa
considerar conveniente para remunerar o capital colocado à sua disposição pelo seu
titular ou pelos seus sócios ou acionistas, desde que não excedam á variação, pro rata
dia, da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP)
Como essas taxas são anuais, para a sua utilização no cálculo de juros sobre o capital
próprio, elas precisam ser ajustadas pro rata dia para o período de referência dos juros.
118
I - Fatores de acumulação mensal da TJLP anual relativa a cada trimestre:
• janeiro a março ........................................ (1+0,10)¹/¹² =1,0080
• abril a junho ............................................. (1+0,0975)¹/¹² = 1,0078
• julho a setembro ...................................... (1+0,0975)¹/¹² = 1,0078
• outubro a dezembro ................................. (1+0,0975)¹/¹² = 1,0078
Observe-se que, por meio de um cálculo linear, mediante a soma de 3/12 da TJLP anual
vigente em cada trimestre do ano, chegamos ao percentual anual aproximado de
9,8125% ;
• jan. a mar. (10,00% : 12) X 3 = ............................... 2,5000%
• abr. a jun. (9,75% : 12) X 3 = ................................ 2,4375%
• jul. a set. (9,75% : 12) X 3 = ................................2,4375%
• out. a dez. (9,75% : 12) X 3 = ................................2,4375%
9,8125%
(1)Lembramos que não deve ser computado como integrante da conta de lucros
acumulados o lucro ou o prejuízo do próprio ano-calendário
119
Nesse caso temos:
Exemplos:
• 1ª Situação:
Admitindo-se que, na hipótese exemplificada, o lucro apurado em 31.12.2004, antes
da dedução dos juros remuneratórios do capital próprio e da provisão para o Imposto
de Renda, mas excluído do valor da Contribuição Social sobre o Lucro (valor
provisório da contribuição, haja vista que a sua base de cálculo ainda não foi afetada
pelos juros remuneratórios) seja de R$300.000,00, temos:
120
lucro do ano de 2004, independentemente do resultado do período, pois o valor dos
referidos juros está dentro dos limites de 50% dos lucros acumulados e das reservas
de lucros de períodos anteriores ( 50% de R$700.000,00 = R$350.000,00).
• 2ª Situação:
Admitamos, agora, que os saldos de lucros acumulados e de reservas de lucros de
períodos anteriores totalizem R$400.000,00. Nesse caso, o limite de dedutibilidade dos
juros remuneratórios do capital próprio será o maior dentre os seguintes valores:
Portanto, nesse caso, daquele total de juros calculados pela TJLP, de R$216.480,00,
somente R$200.000,00 são dedutíveis para efeitos fiscais. Assim, se a empresa
contabilizar os juros remuneratórios do capital próprio pelo total de R$216.480,00,
deverá adicionar ao lucro líquido para fins de determinação do lucro real e da base de
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, a parcela de R$16.480,00, excedente ao
limite dedutível.
Cabe observar que, nesta segunda hipótese, a alternativa mais benéfica à empresa é
contabilizar os juros somente pelo limite dedutível e, se os sócios ou os acionistas
desejarem receber quantia maior, deverá ser feita uma distribuição de lucro. Esse
procedimento se justifica porque os juros são tributados na fonte e a distribuição de
lucros é isenta do Imposto de Renda.
121
subconta do seu passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou
acionista da sociedade ou do titular da empresa individual.
Incorporação ao Capital Social: O valor dos juros creditados individualizadamente
aos beneficiários, líquido do Imposto de renda incidente na fonte, pode ser utilizado
para integralização de capital subscrito na empresa, sem prejuízo do direito da
dedutibilidade da despesa, tanto para efeito do lucro real quanto da base de cálculo da
CSLL ( parágrafo único do art. 1º da IN SRF nº. 41/1998)
TRIBUTAÇÃO NA FONTE:
Alíquota: Os juros pagos ou creditados sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda
na fonte à alíquota de 15%, na data do pagamento ou crédito aos beneficiários (pessoa
física ou jurídica) residentes no Brasil ou no exterior (exceto os mencionados abaixo)
DIVIDENDOS
122
Na hipótese do estatuto ser omisso, os acionistas têm direito de receber como Dividendo
Obrigatório à metade do Lucro Líquido Ajustado que será calculado da seguinte forma.
Esta demonstração não é obrigatória pela Lei nº 6404/76 das Sociedades por Ações, mas
sua publicação é exigida pela CVM em sua instrução nº 59, de 22/12/86 para as
companhias abertas.
É de muita utilidade, pois fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas
diversas contas componentes do Patrimônio Líquido; faz clara indicação do fluxo de
uma conta para outra e indica origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no
Patrimônio Líquido durante o exercício.
Ao contrário da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados que fornece a
movimentação basicamente, de uma única conta do Patrimônio Líquido (Lucros
Acumulados), a DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO evidencia a movimentação de diversas (todas) contas do PL ocorrida durante
o exercício. Assim, todo o acréscimo e diminuição do Patrimônio Líquido são
evidenciados através desta demonstração, bem como da formação e utilização das
reservas (inclusive aquelas não originadas por lucro).
123
É muito mais completa e abrangente de a DLPA. É consideravelmente relevante para as
empresa que movimentam constantemente as contas do Patrimônio Líquido. Sua
importância se torna mais acentuada em face dos critérios da Lei, pois a demonstração
indicará claramente a formação e a utilização de todas as reservas, e não apenas as
originadas por lucros: servirá também para melhor compreensão, inclusive quanto ao
cálculo dos dividendos obrigatórios.
Se elaborada esta demonstração, não há necessidade de se apresentar a Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, uma vez que aquela inclui esta.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é fundamental para elaboração
da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e para ser fornecidas às
empresas (investidoras) que avaliam seus investimentos permanentes em coligadas ou
controlados pelo Método da Equivalência Patrimonial.
Por esses fatos, recomenda-se sua adoção por todas as empresas mesmo as fechadas e
limitadas, como já vem ocorrendo na prática.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros
motivos, tais como:
124
- Apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta de Lucros
Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros
a Realizar, Reserva para Contingência e outras;
- Reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos
Acumulados;
- Compensação de Prejuízos com Reservas etc.
TÉCNICA DE PREPARAÇÃO
125
126
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DETALHADA
No modelo apresentado, estão a coluna de Lucros Acumulados exatamente as mesmas informações que constariam da Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
A coluna relativa ao Capital deve ser efetivamente o movimento no Capital Realizado. Caso a empresa tenha Capital a Realizar, que é
conta redutora do patrimônio, pode-se para simplicidade, fazer uma só coluna para o capital, já deduzida a conta Capital a Realizar.
Saldos em 31/12 de X0 67.000 2.070 20.100 13.320 6.104 5.140 6.123 1.677 7.932 19.590 149.056
Ajustes Exercícios Anteriores
Correção Monetária - 921 29.850 - 1.441 1.542 763 503 2.020 2.337 39.377
Aumento de Capital
127
Reserva Legal - - - - - - - 984 - (984) -
Reserva Estatutária - - - - - 2.405 - - - (2.405) -
Res. Lucros p/ Expansão - - - - - - 6.000 - - (6.000) -
Res. Lucros a Realizar - - - - - - - - 3.077 (3.077) -
Dividendos a distribuir - - - - - - - - - (7.920) (7.920)
Saldos em 31/12 de X1 132.000 4.991 29.850 - 6.245 9.087 9.306 3.164 11.829 11.930 218.402
128
Prof.: Robson Dutra Ferreira 129
31-12- X0 31-12-X1
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Capital Subscrito 70.000 135.000
Menos : A Realizar 3.000 3.000
Realizado 67.000 67.000
Reservas de Capital
Ágio na Emissão de Ações 2.070 4.991
Correção Monetária do Capital 20.100 29.850
Subvenções para Investimentos 13.320 -
35.490 34.841
Reservas de Lucros
Reservas para Contingências 6.104 6.245
Reservas Estatutárias 5.140 9.087
Reservas De Lucros p/ Expansão 6.123 9.306
Reserva Legal 1.677 3.164
Reservas de Lucros a Realizar 7.932 11.829
26.976 39.631
129
Prof.: Robson Dutra Ferreira 130
EXERCÍCIOS
Capital Social.......................................................................................1.500.000
Reserva de Reavaliação........................................................................ 600.000
Reserva Legal ....................................................................................... 400.000
Outras Reservas de Lucros.................................................................. 100.000
Lucros Acumulados............................................................................... 40.000
Prejuízos Acumulados.......................................................................... (320.000)
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.................................................. 2.320.000
2) Patrimônio Líquido em XO
Modificações em X1
130
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3) Patrimônio Líquido em XO
Modificações em X1
131
Prof.: Robson Dutra Ferreira 132
4) PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM X1
Capital Social 500.000
Reserva Legal 20.000
Reserva p/ Contingências 10.000
Reserva de Reavaliação 100.000
Lucros Acumulados 200.000
Prejuízos Acumulados (150.000)
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 680.000
Modificações em X2:
a) Redução do Capital Social, referente devolução de parte das ações aos
acionistas no valor de R$ 120.000 pagas em moeda corrente.
b) Reversão da Reserva p/ Contingências.
c) Compensação do prejuízo acumulado com parte da conta Lucros
Acumulados.
d) Lucro Líquido de X2 = 250.000
e) Destinação do Lucro de X2
5% Reserva Legal
10% Reserva p/ Expansão
25% Dividendos
5) CIA VIOLETA
132
Prof.: Robson Dutra Ferreira 133
Capital 550.000
Provisão p/devedores Duvidosos 50.000
Aplicação Financeira – Curto Prazo 30.000
Benfeitorias em imóveis de Terceiros 80.000
Reserva de reavaliação 10.000
Duplicatas Descontadas 100.000
Encargos Sociais a recolher 30.000
Capital a integralizar 50.000
Prêmios de seguros a vencer 100.000
Pró-labore a pagar 50.000
Mercadorias 150.000
ICMS a recolher 50.000
Gastos pré-operacionais 100.000
Amortização Benfeitorias Imóveis 3º 10.000
Obras de Arte 50.000
Lucro do exercício 100.000
Reserva Legal 10.000
Construções em andamento 100.000
Reserva estatutária 10.000
Receita de exercícios futuros 20.000
Empréstimos a sócios 50.000
Reserva p/ Contingências 20.000
Empréstimos e financiamentos-L. Prazo. 50.000
133
Prof.: Robson Dutra Ferreira 134
134
Prof.: Robson Dutra Ferreira 135
Durante o mês de dezembro foi detectada a falta de alguns lançamentos das seguintes
operações:
a) Recebeu 01 duplicata nº 005 em dinheiro no valor de R$ 2.409.
b) As Edificações (um único prédio) são depreciadas a taxa de 4% ao ano.
c) As despesas com telefonemas durante o mês de dezembro foram de R$300,00
com vencimento em 05/01/X2.
d) Foi efetuada uma aplicação financeira de liquidez imediata no Banco XYZ de R$ 1.000.
Elaborar a DRE e Balanço Patrimonial.
Durante o ano X2 ocorreram as seguintes modificações:
1- Reversão da reserva p/ contingências do ano X1
2- O Lucro do período foi de R$ 5.000,00 (X2)
3- Aumento do capital com o total da reserva legal de X1
4- Destinação do lucro de X2
5% p/ Reserva Legal
25% distribuídos aos acionistas
10% p/ Reserva p/ Expansão
Elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do ano X2
7) CIA MARAVILHA
135
Prof.: Robson Dutra Ferreira 136
CONTAS SALDO
136
Prof.: Robson Dutra Ferreira 137
137
Prof.: Robson Dutra Ferreira 138
CONTAS SALDO
Bancos C/ Movimento – Banco do Brasil
ICMS a Recuperar
Empréstimos a sócios
Empréstimos e Financiamentos – 5 anos
Alugueis
Custo da Mercadoria Vendida
Depreciação acumulada
ICMS
Depreciação
Duplicata Descontada
Reserva Estatutária
Pro – Labore
Aplicação Financeira liquidez imediata – Banco do Brasil
Salários e Ordenados a pagar
Obra de Arte
Receita de Vendas de Mercadorias
Aluguéis pagos antecipadamente
Cliente – Azul e Branco Ltda
ICMS a recolher
138
Prof.: Robson Dutra Ferreira 139
Descontos incondicionais
Mercadorias p/ Revenda
Fretes e Carretos
Empréstimos a Funcionários
Amortização Acumulada
Capital Social (Subscrito)
Descontos Concedidos
Fornecedores Nacionais – Antônio & Silva Ltda
Edificações
Descontos Obtidos
Salários e Ordenados – Administração
Imobilizado em andamento
Reserva Legal
Gastos c/ Pesquisa e desenvolvimento
Ganho na Alienação de Bens do Imobilizados
Juros Passivos
Dividendos a pagar
Provisão p/ Férias
COFINS a recolher
Adiantamento de clientes
Capital a Integralizar
Reserva p/ Contingências
Lucros Acumulados
Material de Escritório
Reserva de Reavaliação de ativos próprios
No Ano de 2001 várias operações realizadas já foram contabilizadas, que ficaram
com os seguintes saldos em 31/12/2001
CONTAS SALDO
ICMS a Recuperar 600
Empréstimos a sócios 51.400
Empréstimos e Financiamentos – 5 anos 5.000
Custo da Mercadoria Vendida 50.000
ICMS 8.000
139
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6 – Pagamento com cheque do Banco do Brasil ref. NF 00021 de Antônio & Silva
(fornecedor) no valor de R$13.000,00.
140
Prof.: Robson Dutra Ferreira 141
• Imposto de Renda...................R$4.961
• Contribuição Social..................R$2.977
Pede-se:
Levantar o Balancete de Verificação ref. 2001 e em seguida DRE, Balanço
Patrimonial e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
141
Prof.: Robson Dutra Ferreira 142
142
Prof.: Robson Dutra Ferreira 143
Observe-se que o fato gerador da Reserva para Contingências ainda não ocorreu,
porém há grande probabilidade de vir a ocorrer.
\exatamente aqui se diferencia esta Reserva da Provisão. A Provisão para
Contingências é constituída em virtude de um fato ocorrido que pode torna-se um
passivo.
Exemplos de Provisão para Contingências: erros na aplicação de leis trabalhistas
que possam ser reclamados pelos empregados; possível incidência de ICMS sobre
uma mercadoria vendida, sobre cuja tributação específica haja dúvida no momento
etc. Enfim, qualquer fato já ocorrido que possa gerar dívida para a empresa. Veja-
se que a Provisão gera uma despesa (e uma dívida), enquanto a Reserva não.
EXERCÍCIOS
Uma companhia apresenta o seguinte balanço patrimonial:
ATIVO PASSIVO
Imóvel 7.000 Empréstimos a pagar 9.000
Fornecedores 2.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 6.000
Prejuízos Acumulados (10.000)
TOTAL 7.000 TOTAL 7.000
O Valor do passivo a descoberto é:
( ) R$ 4.000
( ) R$ 7.000
( ) R$ 10.000
( ) R$ 11.000
143
Prof.: Robson Dutra Ferreira 144
144
Prof.: Robson Dutra Ferreira 145
A Cia. Brasil alugou um terreno e nele realizou benfeitoria para uso em sua
atividade operacional no montante de R$36.000,00. A operação foi realizada
no mês de outubro de 2001 e o contrato de locação está previsto para
03(três) anos. O valor da amortização a ser lançada em cada período-base
anual, a partir de 2001, é de respectivamente, em:
a) R$3.000,00, R$12.000,00, R$12.000,00 e R$9.000,00;
b) R$12.000,00, R$12.000,00 e R$12.000,00;
c) R$18.000,00 e R$18.000,00;
d) R$9.000,00, R$9.000,00, R$9.000,00 e R$9.000,00.
145
Prof.: Robson Dutra Ferreira 146
( ) R$ 2.000
( ) R$ 8.000
( ) R$ 7.000
( ) R$ 47.000
( ) R$ 13.750
( ) R$ 19.050
( ) R$ 17.750
( ) R$ 11.150
146
Prof.: Robson Dutra Ferreira 147
VENDAS:
DATA UNIDADES
15.03.2001 60
( ) R$2.800
( ) R$2.200
( ) R$1.600
( ) R$ 600
10.12.2001 Compra 20 R$ 60 R$
3
11.12.2001 Venda 15
17.12.2001 Compra 25 R$ 100 R$
4
27.12.2001 Venda 9
( ) R$ 96
( ) R$ 72
( ) R$ 76
( ) R$ 84
147
Prof.: Robson Dutra Ferreira 148
( ) R$ 642
( ) R$ 294
( ) R$ 620
( ) R$ 316
( ) R$262
( ) R$218
( ) R$200
( ) R$280
( ) R$ 59.100
( ) R$ 37.100
( ) R$ 58.700
( ) R$ 21.200
148
Prof.: Robson Dutra Ferreira 149
a) I e III
b) II e III
c) III e IV
d) I e IV
149
Prof.: Robson Dutra Ferreira 150
A Cia. Brasil alugou um terreno e nele realizou benfeitoria para uso em sua
atividade operacional no montante de R$36.000,00. A operação foi realizada
no mês de outubro de 2001 e o contrato de locação está previsto para
03(três) anos. O valor da amortização a ser lançada em cada período-base
anual, a partir de 2001, é de respectivamente, em:
a)R$3.000,00, R$12.000,00, R$12.000,00 e R$9.000,00;
b)R$12.000,00, R$12.000,00 e R$12.000,00;
c)R$18.000,00 e R$18.000,00;
d)R$9.000,00, R$9.000,00, R$9.000,00 e R$9.000,00.
150
Prof.: Robson Dutra Ferreira 151
1º) A empresa ALFA revende aparelhos para cópias xerográficas e presta serviços em
manutenção e em Novembro/X4 apresentou o seguinte balancete de verificação:
151
Prof.: Robson Dutra Ferreira 152
2º) O Balancete de Verificação da Cia Alagoas no dia 30/11/X1 era constituído pelas
seguintes contas: Clientes R$87.000; Estoque de Material de Escritório R$19.000;
Bancos c/ Movimento R$86.000; Terrenos R$ R$15.000; Fornecedores R$15.000;
Caixa R$22.000; Veículos R$23.000; Contas a Pagar R$7.000,00; Despesas de
Alugueis R$28.500; Títulos a Pagar R$28.000; Receitas de Serviços R$64.000;
Despesas c/ Comissões R$5.000; Dividendos a Pagar R$25.000; Receitas Financeiras
R$3.500; Despesas c/ Salários R$57.000; Capital Social ________________; Lucros
Acumulados R$20.000.
Observação: Você deverá descobrir, por dedução, o valor do Capital Social.
152
Prof.: Robson Dutra Ferreira 153
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Prof.: Robson Dutra Ferreira 154
Anexos
1 ATIVO
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Prof.: Robson Dutra Ferreira 155
155
Prof.: Robson Dutra Ferreira 156
1.3.2.04 Instalações
1.3.2.05 Móveis e Utensílios
1.3.2.06 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
1.3.2.07 Veículos
1.3.2.08 Marcas e Patentes
1.3.2.09 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
1.3.2.10 Imobilizado em Andamento
1.3.2.11 Direito de Uso de Telefones
1.3.2.12 ( - ) Depreciação, ( ou Amortização ) Acumulada
1.3.3 ATIVO DIFERIDO
1.3.3.01 Gastos Pré-Operacionais
1.3.3.02 Gastos de Organização ou Reorganização
1.3.3.03 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento
1.3.3.04 Gastos com Implantação de Novos Sistemas e Métodos
1.3.3.05 ( - ) Amortização Acumulada
2. PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE ( até 12 meses)
2.1.1 Empréstimos e Financiamentos
2.1.1.01 Empréstimos Bancários
2.1.1.02 Financiamentos Bancários
2.1.1.03 Títulos a Pagar
2.1.2 Debêntures
2.1.2.01 Debêntures Conversíveis em Ações
2.1.2.02 Debêntures Não-Conversíveis
2.1.3. Fornecedores
2.1.3.01 Fornecedores Nacionais
2.1.3.01.01 Sigma Ltda
2.1.3.01.02 ----------------------------------
2.1.3.02 Fornecedores Estrangeiros
2.1.3.02.01 -------------------------------------
2.1.4. Obrigações Tributárias
2.1.4.01 IPI a Recolher
2.1.4.02 ICMS a Recolher
2.1.4.03 ISS a Recolher
2.1.4.04 Provisão para o Imposto de Renda
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Prof.: Robson Dutra Ferreira 157
157
Prof.: Robson Dutra Ferreira 158
158
Prof.: Robson Dutra Ferreira 159
159
Prof.: Robson Dutra Ferreira 160
160
Prof.: Robson Dutra Ferreira 161
5 CONTAS DE APURAÇÃO
5.1 CUSTO DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS VENDIDOS
5.1.1 Custos dos Produtos Vendidos
5.1.1.01 Custo dos Produtos Vendidos
5.1.2 Custo dos Serviços Prestados
5.1.2.01 Custo dos Serviços Prestados
5.1.3 Custo das Mercadorias Vendidas
5.1.3.01Custo das Mercadorias Vendidas
5.1.4 Apuração do Resultado do Exercício
5.1.4.01 Apuração do Resultado do Exercício
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Prof.: Robson Dutra Ferreira 162
BIBLIOGRAFIA:
162